Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Módulo 3
Transferência de calor em regime permanente em uma Aleta
O calor chega por radiação, que é um tipo de troca térmica que somente ocorre
de uma maneira significativa à altas temperaturas. O mecanismo exato de transferência
de calor por radiação não é perfeitamente conhecido. O interessante é que a
transferência de calor por radiação é máxima em um vácuo completo. Em termos
práticos, na Engenharia, esta forma de calor tem um significado com temperaturas
acima (ou por volta) de 500 0C. Entretanto, não veremos neste curso este tipo de
transferência de calor.
Imaginemos agora que estamos dentro de um quarto onde uma das paredes
recebe uma alta incidência de energia solar. A medida que a luz do sol ilumina a parede,
calor é adicionado ao sistema e a parede esquenta. Qual é a maior temperatura?
Não é necessário pensar muito para saber que a face externa possui a maior
temperatura. Existe um gradiente de temperatura entre as faces interna e externa da
parede. Este tipo de troca de calor, que geralmente ocorre em sólidos ou, em alguns
casos particulares, em líquidos escoando em regime laminar, é chamado de calor de
condução. Matematicamente:
dT
QCOND k.A.
dx
Sendo que:
1
Módulo 3 EQ-502/A 10 Semestre de 2000
Sendo que:
Pede-se:
2
Módulo 3 EQ-502/A 10 Semestre de 2000
O que se propõe pode ser traduzido nas Figuras 3.1 e 3.2, que representam
respectivamente a aleta quadrada e a aleta triangular. Nestas figuras estão apresentados
os volumes de controle para os quais se deseja analisar a variação da temperatura. Este
volume de controle está distante tanto da parede (início da aleta) como da extremidade
(final da aleta) que são pontos onde se aplicam as condições de contorno do problema.
TBASE
x x+x
QCONV
QCOND|x QCOND|x+x
QCONV
x x+x
3
Módulo 3 EQ-502/A 10 Semestre de 2000
x x+x
QCONV
QCONV
QCOND|x QCOND|x+x
x x+x
QCONV
1. A temperatura ambiente não varia, pois a energia que vai para o ambiente é
pequena em relação a sua grande quantidade de energia e grande tamanho;
2. Os valores de k e h independem da temperatura;
3. Os efeitos de borda são desprezíveis;
4. A relação comprimento/perímetro >>1. Tal fato indica a validade da
consideração de fluxo unidimensional;
5. Calor por radiação é desprezível, pois tratam-se de temperaturas não superiores a
500 oC, apesar de ser uma condição limite;
6. Não há geração de calor, que poderia existir através da existência de uma reação
química ou de outra forma de energia, como a elétrica, se transformando em calor;
7. Não há acúmulo de energia, uma vez que o foco de estudo está no processo em
regime permanente e não na variação do tempo. Deseja-se conhecer como o processo
funciona depois da fase inicial transiente que será a parcela mais significativa do tempo
de operação.
4
Módulo 3 EQ-502/A 10 Semestre de 2000
Entrada = Saída
ENTRADA:
Tanto na aleta de base triangular, como na aleta de base quadrada, entra calor por
condução em x. Matematicamente este calor é expresso por:
dT
QCOND x k.A.
dx
Sendo:
SAÍDA:
Calor por condução deixa o volume de controle em x+x e deseja-se saber qual
o seu valor. Entretanto como x é pequeno, pode-se utilizar o Teorema de Taylor para
poder expressar o valor da condução em x+x em função do calor por condução em x.
Por Taylor, conhecendo-se o valor da função em um ponto genérico x 0, bem como as
suas derivadas neste ponto x0, pode-se expressar o valor desta função nas proximidades
deste ponto por:
1
f x f x 0 f ' x 0 . x x 0 .f " x 0 . x x 0
2!
No nosso caso , onde queremos aplicar Taylor para se achar o calor de condução
em x+x, sabemos que o nosso ponto x 0 conhecido são os valores da função e suas
derivadas em x. O ponto x+x que não conhecemos, corresponde ao x da fórmula
anterior. Desta forma, substituindo:
Q' 'COND x
QCOND x x QCOND x Q'COND x . x x x . x x x 2 ....
2!
5
Módulo 3 EQ-502/A 10 Semestre de 2000
Ou:
dT dT d dT d2 dT x 2
k.A. k.A. k.A. . x k.A. . ....
dx x x dx x dx dx x dx 2 dx x 2!
Tanto a aleta quadrada como a triangular perdem calor por convecção nas suas
áreas laterais. Entretanto, um problema tem que ser resolvido em relação a escolha de
temperatura. Matematicamente:
dT 1 d 2T
T x .x . .x 2 ....
dx x 2! dx 2
x
em x+x
.
Não se pode dizer que existe uma área associada à convecção em x , ou mesmo
em x+x visto que, nestes pontos isoladamente, existe somente o perímetro associado,
cuja área é nula.
Qual valor deve ser utilizado? Uma boa escolha seria o valor médio:
T x T x x 1 dT 1 d 2T
T* T x . .x . .x 2 ....
2 2 dx x 4 dx 2
x
Desta forma:
1 dT 1 d 2T
QCONV h.A L . T x . .x . .x 2 .... TAR
2 dx x 4 dx 2
x
Perímetro.x = 3.l3. x
6
Módulo 3 EQ-502/A 10 Semestre de 2000
Perímetro.x = 4.l4. x
dT dT d dT d2 dT x 2
k.A T . k.A T . k.A T . . x k.A T . . ...
dx x dx x dx dx x dx 2 dx x 2
dT x d 2T x
h.P.x. T ... TAR
dx 2 2
dx 4
d dT d2 dT x 2
0 k.A T . . x k.A T . . ...
dx dx x dx 2 dx x 2
dT x d 2T x 2
h.P.x. T ... TAR
dx 2 dx 2 4
Colocando x em evidência:
d 2T d 3T x dT x d 2T x 2
0 k.A T . k.A T . . ... h.P. T ... TAR
dx 2 dx 3 2 dx 2 dx 2 4
Fazendo x0:
d 2T
k.A T . h.P. T TAR 0
dx 2
Ou:
d 2T h.P
. T TAR 0
2 k.A T .
dx
A equação anterior é válida tanto para a aleta de base triangular como para a de
base quadrada.
7
Módulo 3 EQ-502/A 10 Semestre de 2000
A solução geral será dada pela soma das soluções homogêneas e particular.
T=TP+TH
Sendo:
TH= solução homogênea;
TP= solução particular.
y e x
P.2 Q. R 0
Q Q 2 4.P.R
i i 1,2
2.P
Se 12:
y A1.e1x A 2 .e 2 x
Se 1=2:
y A1 A 2 .x .ex
Se i=ai.b:
y e ax . A. cos bx B. cos bx
8
Módulo 3 EQ-502/A 10 Semestre de 2000
d2T
4.T 80
dx 2
d2T
4,56.T 91,2
dx 2
A solução homogênea é:
i 2,135
Portanto:
Th 3 A1 .e 2 ,135 x A2 .e 2,135 x
i 2,0
Portanto:
Th 4 B1 .e 2. x B 2 .e 2. x
Tanto para a aleta quadrada como a aleta triangular existe um termo particular.
No caso da aleta triangular, 3(x)= -91,2; e para a aleta quadrada, 4(x)=-80.
Este método requer que se faça uma suposição inicial quanto à forma da solução.
Se por exemplo (x) for uma constante, então a solução particular yp também é uma
constante, cujo valor não sabemos a princípio. Se (x) for um polinômio de grau n,
então a solução particular yp será também um polinômio, cujos coeficientes são
determinados a partir da equação diferencial original. Se o termo particular for uma
função senoidal, então a particular sempre terá a forma senoidal-cossenoidal.
9
Módulo 3 EQ-502/A 10 Semestre de 2000
Exemplos:
1. Constante c:
(x)= c
Assim sendo:
c
yP
R
2. Polinômio:
N
( x) PN ( x) i .x i N
i 0
4x 8.x 3 6.3.x 2. 2 4. 3.3.x 2 2. 2 .x 1 4 3.x 3 2 .x 2 1.x 0
Analisando-se todos os coeficientes multiplicados x0, x1, x2 e x3 e igualando-se
os dois lados da igualdade:
4.3 8 0 3 2
12.3 4. 2 0 2 6
6.3 8. 2 4.1 4 0 1 10
2. 2 4.1 4. 0 0 0 7
y P 7 10.x 6.x 2 2.x 3
A solução é y=yH+yP:
10
Módulo 3 EQ-502/A 10 Semestre de 2000
P.r 2
Q.r k . .e rx a.e rx
a
P.r Q.r k
2
Resolvendo:
R n .P .a n.Q.b R n .P .b n.Q.a
2 2
R n .P n.Q
2 2 2
R n .P n.Q
2 2 2
y P x. x
Se ainda duplica a solução, multiplicar mais uma vez por x, até que esta
duplicação deixe de ocorrer:
Exemplo 3.y’’-6.y’=18:
Solução homogênea:
3.2 6. 0 1 0 2 2
y H A B.e 2 x
Solução particular:
11
Módulo 3 EQ-502/A 10 Semestre de 2000
y= yH+yP = A+B.e2x-3.x
x c
yP
R R
Assim sendo, TP= 20 0C; tanto para a aleta de base triangular, como para a de
base quadrada. Portanto a solução final será:
T A1 .e 2,135. x A2 .e 2,135. x 20
T B1 .e 2. x A2 .e 2. x 20
dT
k.A. h.A. TF TAR
dx x 1
Sendo:
TF= temperatura final da aleta.
dT
k. h. TF 20
dx x 1
TF A1 .e 2,135 A2 .e 2,135 20
12
Módulo 3 EQ-502/A 10 Semestre de 2000
100.2,135. A 1.e 2,135 A 2 .e 2,135 10. A 1.e 2,135 A 2 .e 2,135
Resolvendo o sistema encontra-se que A1=6,029 e A2=473,971. Portanto:
d. A aleta de base triangular é mais eficiente visto que dissipou mais calor para o
mesmo volume de aleta.
O calor dissipado pela aleta pode ser determinado fazendo um balanço global na
aleta ( que corresponde ao calor dissipado pela sua área lateral mais o calor dissipado na
13
Módulo 3 EQ-502/A 10 Semestre de 2000
sua extremidade ser igual ao calor que entra em x=0). Portanto pode-se calcular o calor
dissipado pelo calor de condução que entra em x=0.
Figura 3.3. Ilustração para mostrar que todo o calor dissipado passa por x=0.
dT
Calor que entra k.A. calor dissipado total
dx x 0
Para a aleta de base triangular:
QDISSIPADO= 999,25 W
QDISSIPADO= 928,70 W
14