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DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E A PRÁTICA EDUCATIVA INCLUSIVA IV.

INTRODUÇÃO

Quando uma criança nasce com uma deficiência começa para ela e sua família
uma longa história de dificuldades. Não é apenas a deficiência que torna difícil a sua
existência, mas a atitude das pessoas e da sociedade diante de sua condição.
Durante muito tempo acreditou-se que as pessoas com deficiência mental não
aprendiam os conteúdos acadêmicos ensinados na escola. Por essa razão, a sua
educação era pautada na crença de que só teriam acesso a aprendizagens
relacionadas a atividades da vida diária (autocuidado e segurança), algumas
habilidades sociais, de lazer e de trabalho supervisionado, ou pouco mais.
Felizmente, a ideia e a vergonha do deficiente foram sendo substituídas pela
esperança e possibilidade de aprendizagem. Portanto, qual a importância de
desenvolver um trabalho eficaz com a criança com deficiência intelectual a fim de que
ela tenha sucesso no processo ensino-aprendizagem?

Na busca de responder à problemática objetivou-se reconhecer que existem


fatores que prejudicam o processo ensino-aprendizagem da criança com deficiência
intelectual, enfatizando que o processo de inclusão ainda representa um desafio para
toda comunidade escolar, bem como, visa possibilitar ao professor uma melhor
reflexão sobre sua imprescindível tarefa no processo de construção do conhecimento.
Sendo assim, o professor tem que se predispor a criar novas aprendizagens, aceitar
este novo desafio, e, acima de tudo amar sua tarefa de educar e participar ativamente
do processo de aprender a apreender.
A INCLUSÃO, A DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E O PROCESSO DE ENSINO –
APRENDIZAGEM.

A educação é um direito de todos, evidenciado na Declaração Universal dos


Direitos Humanos. E, a partir da Declaração da Salamanca (1994) começou a ser
reafirmado o compromisso em prol da educação para todos em escolas regulares.
Sendo que estas devem garantir a qualidade do atendimento prestado, ou seja, buscar
educar todas as crianças independentes das diferenças.
Essa Declaração propõe que “as crianças e jovens com necessidades educativas
especiais devem ter acesso às escolas regulares, que a elas devem se adequar [...]”,
pois tais escolas “constituem os meios mais capazes para combater as atitudes
discriminatórias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para
todos”(UNESCO,1994,p.8-9).

São vários os documentos que asseguram o atendimento para alunos com


necessidades educacionais especiais, dentre eles as Diretrizes para Educação
Especial, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9394/96), o Estatuto da
Criança e do Adolescente e outros, porém apesar de muito defendida e debatida, a
inclusão deve ser cautelosa, pois apesar da escola estar de portas abertas existe
ainda inúmeras mudanças que devem ocorrer para receber estes alunos e
desenvolvê-los de forma eficaz, ou seja, é preciso desde adequação de espaço físico
até mesmo formação profissional, sob pena de a inclusão ficar mascarada e não
atingir seus reais objetivos.
Diante do exposto, destaca-se que no Artigo 58, da LDB (9394/96) está
explícito que os portadores de necessidades educacionais especiais devem frequentar
a rede regular de ensino, prevendo a existência de serviços especializados na escola
regular, para atender às particularidades destes educandos. No entanto, as condições
reais das escolas ainda são contrárias ao previsto em lei.
Apesar disso, a inclusão está aí, presente cada vez mais nas escolas e, é preciso agir,
pois de nada adianta ficar esperando que as mudanças ocorram sem nada fazer, cabe
a escola e aos educadores fazerem o possível para que estes educandos sejam
realmente incluídos e aceitos, almejando o desenvolvimento destes a partir de suas
capacidades.

O princípio fundamental da educação inclusiva é a valorização da diversidade e


da comunidade humana. Quando a educação inclusiva é totalmente abraçada, nós
abandonamos a ideia de que as crianças devem se tornar normais para contribuir para
o mundo.

Nesta perspectiva todo o indivíduo tem direito a ser incluído na escola e na


sociedade, pois na atualidade as diferenças são bem mais aceitas do que no início da
história da humanidade, onde ter um deficiente na família era vergonhoso e até
mesmo considerado um castigo divino. Hoje incluir é acima de tudo aceitar.
Atualmente diante da tendência inclusivista, a escola está despreparada e não
tem como camuflar suas limitações e lacunas, necessitando urgentemente produzir
conhecimentos que tragam consequências e contribuam para modificar o atual
contexto social em que vivem os PNEEs, pois o conhecimento não deve ser
propriedade de poucos, nem de segmentos sociais isolados, deve ser socializado ao
máximo para todos os indivíduos.

A inclusão depende de mudança de valores sociais e a vivência de um novo


paradigma, levando em conta as diferenças. Devemos pensar que para a inclusão se
dar realmente, não basta apenas estar garantido na legislação, mas requer profundas
modificações, gradativas, planejadas e contínuas para garantir uma educação de
qualidade. Tarefa esta que exige da escola uma reorganização e reestruturação,
metodologias e recursos pedagógicos adequados e, o principal, conscientizar e
capacitar os profissionais a esse novo desafio.
Mantoan (1996, p. 17) sugere a inclusão como forma de inovação da escola, “[...] a
Inclusão não prevê a utilização de métodos e técnicas de ensino específicas para esta
ou aquela deficiência. Os alunos aprendem até o limite em que conseguem chegar”.
Nesta mesma perspectiva ressalta que a inclusão significa dar oportunidade aos
indivíduos com deficiência a participarem das atividades educativas, sociais,
comunitárias, enfim, todas aquelas que caracterizam a sociedade cotidiana.

Portanto, para incluir é preciso em primeiro lugar aceitar, amar e buscar


desenvolver aquele aluno, respeitando suas limitações, mas sempre buscando integrá-
lo. Tarefa que exige do educador um esforço extra, pois ele tem na maioria das vezes
uma sala superlotada e deve trabalhar com todos de forma harmônica e eficaz,
buscando a construção do conhecimento e a participação de forma ativa do processo
de aprender a apreender.
Diante disso, Rodrigues (2005) acrescenta que a educação especial, exige
que o professor domine um conjunto de tecnologias e conhecimentos a fim de
possibilitar a qualquer aluno, independente de sua condição aprendizagens efetivas.
Ao falar especificamente das crianças portadoras de necessidades educacionais
especiais Stainback e Stainback (1999), consideram que cabe ao professor fazer a si
mesmo questões sobre a capacidade dos alunos de participar de todas as atividades
propostas da mesma forma dos demais, realizar as necessárias adequações e
modificações, a fim de garantir a plena participação de todos e alcance dos objetivos.
O trabalho docente deve sempre estar permeado por um processo de reflexão-
ação-reflexão, tarefa cada vez mais exigente, pois o professor precisa preparar sua
aula e refletir sobre ela, ter claro o objetivo que quer alcançar com as atividades.
Realidade às vezes adversa nas escolas, pois infelizmente convive-se com
educadores que não preparam atividades, apenas seguem um livro didático e não
refletem sobre o que realmente querem alcançar com aquele conteúdo.
Ferreira acrescenta que a inclusão não deve ser pensada como uma solução
mágica, ela é sim um desafio que exige mudanças substanciais na escola, as práticas
pedagógicas, a convivência. A educação por meio das diferenças deve ser uma nova
possibilidade.
Portanto, o mais importante é saber como o aluno se desenvolve, conhecendo a
deficiência do mesmo, mas não dando ênfase a esta como um entrave no processo, e
sim, sabendo trabalhar com ela para que a mesma se torne uma ponte para o alcance
de novos objetivos, fazendo o aluno crescer acima de tudo, pois para o portador de
necessidades educacionais especiais, simples gestos, muitas vezes correspondem a
grandes conquistas.
Sendo assim, a escola exerce papel potencializador para o desenvolvimento,
pois ela é um rico espaço interativo, mediado por diferenças, um local de interação
social, onde a troca de conhecimentos podem muitas vezes estimular o
desenvolvimento do aluno especial, criando o que Vygotsky (1998) chama de zona de
desenvolvimento proximal, fazendo com que a partir do trabalho e cooperação de
alunos mais experientes haja a possibilidade da construção de novas aprendizagens,
que paulatinamente o auxiliem a superar suas dificuldades.

A educação inclusiva tem o objetivo de melhorar as condições de ensino e


aprendizagem para que todos participem e consigam uma educação de qualidade,
onde a totalidade dos alunos seja atendida independente de suas capacidades.
A inclusão, deveria ser vista como um processo através do qual a escola ou a
comunidade continuam a explorar novas formas de desenvolver respostas que
valorizem a diversidade, portanto, falar de inclusão corresponde a falar numa
perspectiva centrada no aluno, no ajustamento das necessidades de aprendizagem
dos indivíduos.

A educação inclusiva implica eliminar barreiras que se contrapõem à


aprendizagem e à participação de muitas crianças, jovens, adultos, com a finalidade
de que as diferenças culturais, socioeconômicas, individuais e de gênero não se
transformem em desigualdades educativas. Definitivamente, a educação inclusiva
centraliza a sua preocupação no contexto educativo e em como melhorar as condições
de ensino e aprendizagem, para que todos os alunos participem e se beneficiem de
uma educação de qualidade.

Pode-se dizer que se almeja a qualidade educacional, valorizando a


diversidade humana, independente das diferenças educacionais, porém isso só é
possível quando a escola se reestrutura para atender a diversidade dos alunos.
Um dos principais desafios a fim de que se tenha uma plena implementação da
educação inclusiva, refere-se à questão da formação de professores, onde é
necessário o aperfeiçoamento da prática pedagógica como condição para a prática
inclusiva. Oferecer uma educação de qualidade não é tarefa fácil, pois envolve desde
aspectos materiais e físicos até capacitação profissional, bem como, romper com
antigos paradigmas e concepções conscientizando os educadores para esse novo
desafio que se apresenta.

Ao remeter para o aluno com deficiência intelectual acrescenta-se que sua


inclusão escolar se constitui em uma experiência fundamental, visto que, este
processo vem contribuir para sua inserção social, possibilitando a este aluno uma vida
mais independente.
É preciso que ao trabalhar com o aluno portador de deficiência mental a escola não se
atente apenas para os aspectos de sua deficiência, suas limitações e incapacidades,
mas leve em conta suas potencialidades e aptidões.

O aluno com deficiência intelectual tem dificuldade em construir seus


conhecimentos, demonstrar suas capacidades cognitivas, principalmente se a escola
possui metodologias conservadoras. Por isso, na realidade que se apresenta, a escola
deve ser diferenciada para todos, isto é, se adequar as possibilidades e limitações de
cada aluno, os auxiliando no processo de construção do conhecimento.
O professor não necessita preparar uma aula diferenciada para aquele aluno,
mas sim, diversificar atividades para atingir a todos, independente de suas
possibilidades intelectuais.
O deficiente intelectual necessita aprender a ser e a viver, necessita ser
capaz de valorizar a visão positiva de si mesmo, estimular seu desejo e confiança. A
deficiência mental não se esgota na sua condição orgânica e/ou intelectual e nem
pode ser definida por um único saber. Ela é uma interrogação e objeto de investigação
de inúmeras áreas do conhecimento.
A condição de deficiente intelectual não pode predeterminar o limite de
desenvolvimento do indivíduo, deve-se favorecer ao aluno a busca pela
independência, respeitando sua condição de aprendizagem, valorizando e
considerando o jeito de cada um aprender.
Nesta perspectiva Padilha (2001, p. 135) salienta que “vencer as barreiras de sua
deficiência, expandir possibilidades, diminuir limites, encontrar saídas para estar no
mundo” devem ser metas no trabalho com o deficiente intelectual, pois ele dever ser
educado visando sua emancipação.
Sendo assim, ressalta-se que o educador tem um lugar importante na construção
da aprendizagem, pois é ele que orienta os estudantes. A maioria das situações no
trabalho com educação é envolvida por relacionamento entre o ensinante e o
aprendente como: afabilidade, compreensão, gentilezas e outros sentimentos que
quando bem harmonizados exercem em cada indivíduo satisfação e bem estar como
forma de aumentar o conhecimento dos alunos, pois o emocional influencia no
aprendizado e no desempenho.
É importante ressaltar que o aluno com deficiência intelectual sente-se
segregado dentro e fora da sala de aula. Não sabe o que quer e aonde quer chegar.
Não tem relativo domínio sobre suas emoções e atitudes, enfrenta dificuldades de
resolver seus conflitos, muitas vezes expressa livremente suas emoções.
Devido a isso, o professor deve possuir um equilíbrio emocional que revele o seu nível
de maturidade afetivo-emocional, a estrutura de sua personalidade e o seu
condicionamento as situações ambientais que o auxiliem no trabalho com este aluno.
O educador deve buscar estabelecer, na sala de aula um clima de harmonia e
cooperatividade que possibilite o desenvolvimento do aluno com deficiência intelectual
sem fazer distinção.

O trabalho com o deficiente intelectual exige que o professor, além das condições
inerentes a todo educador, apresente características de personalidade, habilidades e
conhecimentos adequados ao atendimento a essa categoria de educandos.

É preciso ter criatividade ao propor soluções que visem atender aos objetivos
educacionais indicados para a educação do deficiente intelectual, atitude de estudo e
pesquisa diante dos problemas da área, bom nível de expectativa em relação aos
planos e resultados da Educação Especial e persistência em relação aos mesmos,
assim como, capacidade para trabalhar em equipe. Portanto, a inclusão é um
processo escolar e não somente do professor que trabalha com o aluno deficiente, ou
melhor, a inclusão deve ser realizada e aceita por toda a comunidade.

Para trabalhar com o aluno deficiente intelectual, o afeto deve permear todas
as situações, bem como, este aluno precisa sentir-se aceito, tendo seu tempo
respeitado, pois uma das maiores dificuldades é o fato de que o currículo das escolas
muitas vezes é estratificado em função de uma sequência gradativa de conteúdos,
como se todos os alunos daquela idade fossem capazes de aprender ao mesmo
tempo. Sendo assim, o professor deve respeitar o tempo desta criança, mediando às
relações e sua aprendizagem a fim de que ele não seja excluído nem vivencie o
fracasso.

Acredita-se poderem avançar as discussões que apontam para a articulação


das relações intrínsecas entre deficiência e aprendizagem no campo da educação, se
estas forem incorporadas no cotidiano escolar, com estudo sistematizado como das
dificuldades de aprendizagem e deficiências em geral encaradas como objetos de
conhecimento.

Defendendo, então, a ideia de que conteúdos relacionados à vida pessoal e à


vida privada das pessoas com deficiência intelectual podem ser introduzidos no
trabalho educativo, perpassando os conteúdos de matemática, de língua, de ciências,
etc. Assim, o princípio proposto é de que tais conteúdos sejam trabalhados na forma
comum, mas sempre respeitando o tempo do aluno em suas aprendizagens e que
incorporem de maneira transversal e interdisciplinar os conteúdos tradicionais da
escola e aqueles relacionados à deficiência intelectual.

Acrescenta-se que um bom caminho para a promoção de tal proposta é lançar


mão do emprego de “velhas práticas” de ensino no cotidiano das escolas,
principalmente, se esta questão apresentar características ultrapassadas e que
solicitem aos sujeitos considerar ao mesmo tempo os aspectos cognitivos e afetivos
que caracterizam o raciocínio humano.
Enfim, para o deficiente intelectual ter sucesso em sua vida escolar, deve-se usar
inúmeros recursos tecnológicos, explorar a ludicidade, aproximar a vida da escola, ou
seja, a escola deve ser um espaço de conquistas, mas para isso a afetividade também
deve permear as relações.

PRÁTICAS DE SALA DE AULA:

Sete grupos de fatores considerados eficazes para a educação inclusiva:

- ensino cooperativo.

- aprendizagem cooperativa.

- resolução cooperativa de problemas.

- grupos heterogêneos.

- ensino eficaz.

- ensino por áreas curriculares.

- formas alternativas de aprendizagem.


CONSIDERAÇÕES

Pode-se dizer que a inclusão permite aos educadores reverem sua formação,
seus referenciais teórico-metodológicos os incentivando face ao enfrentamento da
diversidade, exigindo a transformação da cultura pedagógica a fim de promover o
desenvolvimento das potencialidades e a valorização das diferenças dos alunos
envolvidos no processo educativo. Por isso, é necessário encarar o desafio de lutar
resultados por uma sociedade e uma escola melhor para todos. Ressalta-se que
aquele aluno que interage positivamente com os outros e com o docente apresenta
melhores.
O movimento de inclusão desencadeou importantes discussões sobre a
qualidade do ensino oferecida, não só para os deficientes, mas para todos os alunos.
É importante que as práticas propiciem o desenvolvimento cognitivo de todos, fazendo
com que os alunos não desenvolvam baixas expectativas em relação a sua
aprendizagem, não se sentindo excluídos do contexto social e escolar.

O portador de deficiência intelectual possui inúmeros fatores que prejudicam


seu processo ensino-aprendizagem, estes vão desde a aceitação, até a dificuldade
para realizar tarefas que para os demais são fáceis, a dificuldade de articular o
pensamento e ação, a lentidão para realizar tarefas, a necessidade do apoio visual, a
incapacidade de permanecer muito tempo na mesma atividade e, talvez, o mais
agravante a baixa autoestima. Então, para o deficiente intelectual ter sucesso em seu
processo ensino-aprendizagem ele deve ser estimulado, amado, aceito, tratado com
igualdade, tendo o professor como mediador de suas aprendizagens, pois apesar de
levar mais tempo para aprender é capaz de adquirir habilidades intelectuais e sociais.
Portanto, a escola deve estar preparada para receber este aluno, estimulá-lo,
buscando desenvolver suas inúmeras competências e habilidades. A valorização das
diferenças e o respeito à diversidade trazem consequências positivas para todos, pois
desta forma a escola está assumindo o compromisso com a transformação social,
cultural e pedagógica.

Conclui-se, que a inclusão enfrenta barreiras e tem um longo caminho a


percorrer, mas o importante é que a escola seja um local onde as diferenças
enriqueçam o trabalho, onde os limites e possibilidades de cada um sejam respeitados
e valorizados.

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