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O autor Luc Ferry, é um filosofo e atuante político da França, além disso,

chegou a ser ministro da educação em seu país. Em sua obra, aprender a viver:
filosofia para novos tempos, que é em suma, um curso dirigido aos pais e filhos,
além de proporcionar uma iniciação, aos conteúdos filosóficos de modo simples,
sem perder a profundidade que a filosofia exige.

Uma das características principais do livro vista no primeiro capítulo, é


apresentar um modelo ou uma doutrina que implique na “salvação” do homem,
através da filosofia, contrapondo a doutrina da salvação das religiões, sobretudo a
Cristã, utilizando-se do materialismo como “ortodoxia” e o ceticismo uma prática
incansável que o leva a “ortopraxia” de uma filosofia sem Deus. A despeito disso, o
escritor vai argumentar durante a exposição da sua tese, um modo prático de viver a
vida, através da filosofia que levaria o homem a contemplar o que há neste mundo e
ter a “boa vida” seria o objetivo máximo.

É possível ver durante os primeiros capítulos a preocupação em definir o


que é a filosofia e sua relação com o projeto religioso para salvação do homem, que
segundo Ferry, são mutuamente contraditórios, pois ambas propõem um caminho
diferente para o mesmo objetivo: “a salvação da morte” e grandes calamidades. A
filosofia é definida como uma “doutrina da salvação por si mesma”, enquanto no
cristianismo a salvação só ocorre por meio de Jesus Cristo. Já

No segundo capítulo dos estóicos até Nietzsche, a filosofia tornou-se uma


“escola do aprender a morrer”, nesse sentido os alunos, tornam-se especialistas em
viver bem, posto que o medo da morte é “superado” pelo viver no presente, no
instante, no real, todavia, os indivíduos vivem seu presente pensando no passado e
projetando-se para o futuro, então teria essa escola no final de tudo algum aluno
vivo?

Uma vida que vale apena ser vivida é uma vida imediata, baseada no aqui e
agora. A frase que resumiria bem esse pensamento seria carpe diem, quam minimum
credula postero, utilizada pelo poeta Horácio, popularmente traduzido, como
“aproveite o dia de hoje e confie o mínimo possível no amanhã.” Existe um
questionamento que permeia toda a obra: o que promete as religiões acerca das
questões últimas que envolvem a vida humana?
As filosofias e a religião, embora, sejam divergentes nos aspectos
soteriologicos, quando se trata de enfrentamento dos medos primitivos, as duas têm
algo em comum. O comum pode ser definido de maneira simples, sendo o convívio
das ideias, a localidade onde reside o acordo sobre determinado assunto. Não há
um lugar comum, segunto Ferry a razão não compactua com a fé.

A dicotomia utilizada é umas das mais primitivas tentativas de distanciar o


leitor da religião, quem em sã consciência quer se tornar um homem sem razão?
(utilizar morte da razão de Francis Schaneffer). Por que não aceitar a religião
com um espírito de conciliação? É necessário rejeitar completamente a noção de
Deus para salvação? O argumento utilizado recai no que é o calcanhar de Aquiles
dos teólogos, ou melhor, o espinho na carne dos Cristãos; o problema do sofrimento
humano. O um dos autores que defende a posição contra Deus é o filosofo J.L.
Mackie em seu livro O milagre do teísmo (Oxford, 1982), em que o autor questiona a
ideia de um Deus bondoso e poderoso possa permitir o sofrimento.

A tentativa de fomentar uma mudança de cosmovisão nos leitores poderá


funcionar, para jovens e aqueles cujo conhecimento básico sobre o cristianismo
chega, apenas até a leitura de “Criou Deus os Céus e a terra”, por outro lado, os que
possuem algum tipo de conhecimento sobre teologia, acharão nos argumentos de
Ferry, uma proposta no máximo interessante, pois há mais de dois mil que o
pensamento dos estóicos e epicureus eram combatidos pelo Apóstolo Paulo.

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