PROFESSOR: Renier Felinto Julião Da Rocha ALUNOS (A): Antônia Alice Pernambuco Ferreira Antônia Thalya Freitas De Lima CURSO: 3° Semestre em Tecnologia Agroindustrial
UBAJARA – CE / 2018 INTRODUÇAO
Segundo o primeiro congresso internacional para repressão de
fraudes realizado em Genebra, 1908, definiu-se o leite como o produto integral, não alterado nem adulterado e sem colostro, procedente da ordenha higiênica, regular, completa e ininterrupta das fêmeas domesticas saudáveis e bem alimentadas. Do ponto de vista biológico, o leite é o produto de secreção das glândulas mamarias de fêmeas mamíferas, cuja função natural é a alimentação dos recém-nascidos. Já do ponto de vista físico-químico, o leite é uma mistura homogênea de grande número de substancias (lactose, glicerídeos, proteínas, sais, vitaminas, enzimas etc.), das quais algumas estão em emulsão (a gordura, e as substancias associadas), algumas em suspensão (as caseínas ligadas a sais minerais) e outras em dissolução verdadeira (lactose, vitaminas hidrossolúveis, proteínas do soro, sais etc.). (ORDÓÑEZ & COLS.VOL.02). O leite é um importante alimento, rico em nutrientes essências para o bom funcionamento do corpo humano e principalmente das crianças ajudando especificamente a dar mais energia. A lactose contribui também para a retenção de Ca, estimulando assim a ossificação e prevenindo a osteoporose. Mas para que o leite tenha efeitos benéficos para a saúde humana ele deve passar por processos adequados de manejo e tratamentos térmicos, desde cuidados com os animais até a manipulação dos funcionários. O leite é um alimento altamente perecível, ou seja, possuem vida útil baixa e devem ser mantidos sobre refrigeração a 10°C, mas com o passar do tempo e vendo a necessidade de prolongar a vida útil do leite cientistas desenvolveram tratamentos específicos para isso como: pasteurização rápida, pasteurização lenta, esterilização, esterilização por aquecimento direto, esterilização por aquecimento. Pasteurização rápida: Também conhecida como HTST (Hight Temperature Short Time) é realizado em fluxo continuo de trocadores com temperatura de 72° a 78°C por 15 a 20 segundos, depois o leite sofre um resfriamento imediato a 4°C para inibir a multiplicação dos microrganismos. Esse tratamento serve para destruir organismos patogênicos como microrganismos, leveduras, bactérias gram-negativas e algumas gram-positivas porem ainda há patógenos que são resistentes a esse tratamento como os dos grupos termodúricos e termófilos, outro defeito da pasteurização rápida é que ocorre a desnaturação parcial ou total de enzimas, vitaminas, proteínas do soro e insolubilização de sais. Pasteurização lenta: Conhecida como LHT (Low Temperature Holding) geralmente é usada para pequenas quantidades de leite com temperatura de 62° a 65°C a 30 minutos. A legislação brasileira não permite a utilização da pasteurização lenta, visando o beneficiamento do leite para consumo, ficando restrito apenas ao processamento de subprodutos. Esterilização: consiste na conservação de líquidos por meio de uma breve e intensa exposição a um aquecimento adequado conhecido como UHT (Ultra High Tempetature ou temperatura ultra- elevada) com temperatura de 135° a 150°C por um período de 3 a 4 segundos. O resultado é a destruição de todos os microrganismos, com um produto final de alta qualidade e com uma vida de prateleira em temperatura ambiente de até 180 dias. Outra vantagem deste processo é a retirada do ar de envase, evitando a oxidação das gorduras, após este processo o leite é comumente chamado de leite longa vida. Esterilização por aquecimento direto: Nesse tratamento mistura-se o vapor a elevada pressão com o leite, ou o leite é pulverizado no vapor. Ambas as operações ocasionam adição de água no produto, mas em etapa posterior, regula-se a taxa total de sólidos, eliminando-se a água por evaporação. Um dos exemplos de processos direto onde existe injeção de vapor no leite é o processo suíço conhecido como uperização, o vapor é injetado junto com o leite pré-aquecido, as temperaturas de pré- aquecimento podem variar de 50° a 80°C. Com a pressão elevada da agua (13atm) pode fazer com que o produto chegue a uma temperatura de 150° a 160°C. No processo direto por pulverização do leite no vapor o leite é pré-aquecido a 72°C e se pulveriza na câmara logo depois o leite consegue atingir a temperatura de 140°C em uma fração de segundos e por fim passa por uma redução de temperatura instantaneamente a 72°C e o vapor de agua misturado com o leite se separa.
Esterilização por aquecimento: Nos equipamentos de
aquecimento indireto, o agente térmico não se mistura com o leite, é transferido por parede metálica, o que pode ser realizado de duas formas: em placas ou em pasteurizadores tubulares. No tratamento indireto, o leite é pré-aquecido no trocador de placas a 65-75°C, depois passa a um homogeneizador, vai para a seção de esterilização (140-145°C) e finalmente para o esfriamento. Em alguns equipamentos existe um desgaseificador para a retirada do oxigênio dissolvido e maus cheiros, obtendo-se melhor proteção de vitaminas.
No caso dos equipamentos com aquecimento direto, o aquecimento
e o esfriamento rápidos fazem com que o produto receba menor carga total de calor. Ocorre também menor grau de sujidade no equipamento, uma vez que se formam poucos depósitos nas superfícies. O produto final apresenta baixa quantidade de oxigênio, pois o processo de esfriamento evaporativo remove gases dissolvidos. Enfim, podem ser processados produtos mais viscosos. Entretanto, é difícil controlar o tempo de retenção
REFERENCIAS
ORDÓÑEZ & COLS, Tecnologias de Alimentos – volume 02: Alimentos
de Origem Animal https://www.infoescola.com/saude/processos-de-pasteurizacao-do-leite/ http://projetosmultidisciplinares https://www.trabalhosfeitos https://curiosidadealeatoria