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PROGRAD – DCET 1
CAMPUS I – SALVADOR
NOTAS DE AULAS
Eron
PARTE II – CONJUNTOS
APRESENTAÇÃO 2
PARTE II – CONJUNTOS
Desde já, assumo total responsabilidade por todos os erros que possa conter este material,
ainda incompleto, e agradeço a quem indicar as correções, críticas e sugerir melhorias.
No final, há uma lista com a bibliografia utilizada para confeccionar este material, você
deve procurar obter pelo menos uma delas que verse sobre o conteúdo pretendido. Observo
também que este material não substitui a consulta, leitura e estudo de textos e livros citados na
bibliografia, deve servir como um material de auxílio, principalmente no momento em que se
realizam a aulas.
Eron
eronsouza@gmail.com
PARTE II – CONJUNTOS
Georg Ferdinand Ludwig Philip Cantor nasceu na cidade de São Petersburgo em 3 de março de 3
1845 e faleceu no hospital de doenças mentais de Halle em 1918. Passou a maior parte de sua
vida na Alemanha. Seus pais eram cristãos de ascendência judia, e Georg logo se interessou pelos
conceitos de continuidade e infinito da Teologia medieval.
Muito atraído pela Análise, sua preocupação estava voltada para a idéia do “infinito”, que até
1872 foi muito discutida tanto em Teologia como em Matemática, mas sem se chegar a uma
conclusão precisa. Em 1874, Cantor publicou no Journal de Crelle o mais revolucionário artigo
que até mesmo seus editores hesitaram em aceitar. Havia reconhecido a propriedade fundamental
dos conjuntos infinitos e, ao contrário de Dedekind (1831−1916), percebeu que nem todos eram
iguais, passando a construir uma hierarquia destes conjuntos conforme suas potências.
Mostrou que o conjunto dos quadrados perfeitos tem a mesma potência que o dos inteiros
positivos, pois podem ser postos em correspondência biunívoca; provou que o conjunto de todas
as frações é contável (enumerável) e que a potência, do conjunto dos pontos de um segmento de
reta unitário é igual à potência do conjunto dos pontos de um quadrado de lado unitário. Alguns
destes resultados eram tão paradoxais que o próprio Cantor, certa vez escrevendo a Dedekind,
disse: “Eu vejo isso, mas não acredito”, e pediu ao seu amigo que verificasse a demonstração. Seus
incríveis resultados levaram ao estabelecimento da Teoria dos Conjuntos como uma disciplina
matemática completamente desenvolvida, de profundos efeitos no ensino. Os matemáticos da
época duvidavam da teoria da infinidade completa de Cantor, mas este, juntando as provas,
construiu toda uma aritmética transfinita.
Cantor passou a maior parte de sua carreira na Universidade de Halle, de pouca importância,
nunca conseguindo realizar uma de suas grandes aspirações que era a de ser professor na
Universidade de Berlim, devido à perseguição de Kronecker (1823−1891).
PARTE II – CONJUNTOS
PARTE II – CONJUNTOS
4
Toda a Matemática atual é formulada na linguagem de conjuntos. Portanto, a noção de
conjunto é a mais fundamental: a partir dela, todos os conceitos matemáticos podem ser
expressos. Ela é também a mais simples das idéias matemáticas.
Conteúdos
4. Diagramas de Venn
PARTE II – CONJUNTOS
Conjuntos
A Teoria dos conjuntos se reporta aos primórdios da Matemática. Os conceitos da teoria dos 5
conjuntos, tais como funções e relações, aparecem explícita ou implicitamente em cada ramo da
Matemática. Aqui, trataremos de um resumo dos conceitos de conjuntos de modo “informal” sem
discussão axiomática detalhada, que pode ser encontrada em livros da referência.
Georg Cantor: “agrupamento em um todo de objetos bem definidos da nossa intuição ou do nosso
pensamento”.
Notação: a ∈ A e a ∉ A .
Exemplos
A = {−1, 0,1}
B = {x ∈ ; x + 1 = 3} = {2}
{
C = x ∈ ;x 2 < 0 = {} }=∅
D = {x ∈ ; x é par} = {0,2, 4, 6,...}
PARTE II – CONJUNTOS
Exemplos
b) M = {x ∈ ; x é par} ⊃ {x ∈ ; x é multiplo de 6} .
Observações
Dem] Para mostrar que ∅ ⊂ A temos que tomar um elemento x qualquer e mostrar que
x ∈ ∅ ⇒ x ∈ A ( x ∈ ∅ → x ∈ A é verdade). Como x ∈ ∅ é falso temos que a condicional
x ∈ ∅ → x ∈ A é verdadeira, logo a implicação x ∈ ∅ ⇒ x ∈ A vale para todo conjunto A .
i) Reflexividade: A ⊂ A
Hipóteses: A ⊂ B e B ⊂ C Tese: A ⊂ C .
Dem] Seja x ∈ A , por hipótese A ⊂ B , logo, x ∈ B . Como, por hipótese, B ⊂ C temos que
x ∈ C . Logo, se todo elemento x ∈ A deduzimos que x ∈ C , temos que A ⊂ C .
PARTE II – CONJUNTOS
{
c) E = x ∈ }
; x 2 − 3x + 2 = 0 , F = {2,1} e G = {1,2,2,1} .
Exemplos
{
a) Seja A = {4, 5} , então P (A) = ∅, {4}, {5}, {4, 5} }
{ }
b) Seja B = {a, b, c } , então P (B ) = ∅, {a }, {b }, {c }, {a, b }, {a, c }, {b, c }, {a, b, c } .
PARTE II – CONJUNTOS
A ∪ B = {x ; x ∈ A ou x ∈ B }
O conectivo lógico “ou” é no sentido “inclusivo” de fato, quando dizemos que x está em A ou x
está em B , queremos dizer que x está em pelo menos um dois conjuntos com a possibilidade de
estar em ambos.
U2) Associativa (A ∪ B ) ∪ C = A ∪ (B ∪ C )
U3) Idempotente A∪A= A
U5) A ∪U = U
U7) A, B ⊂ C ⇒ (A ∪ B ) ⊂ C
U8) A ⊂ (A ∪ B ) e B ⊂ (A ∪ B )
PARTE II – CONJUNTOS
A ∩ B = {x ; x ∈ A e x ∈ B }
I2) Associativa (A ∩ B ) ∩ C = A ∩ (B ∩ C )
I3) Idempotente A∩A= A
I5) A ∩U = A
Propriedades adicionais
1) a) ∅ = F b) U = V
2) a) A ∩ (B ∪ C ) = (A ∩ B ) ∪ (A ∩ C ) b) A ∪ (B ∩ C ) = (A ∪ B ) ∩ (A ∪ C )
PARTE II – CONJUNTOS
10
U8) A ⊂ (A ∪ B ) e B ⊂ (A ∪ B )
I7) A ∩ B ⊂ A e A ∩ B ⊂ B
U6) A ∪ B = B ⇔ A ⊂ B
Como a demonstração envolve uma equivalência, temos que mostrar (a) “ida” e (b) “volta”:
a) A ∪ B = B ⇒ A ⊂ B
Ex 1) hip
Dem] x ∈ A ⇒ x ∈ A ∪ B ⇒ x ∈ B .
b) A ⊂ B ⇒ A ∪ B = B
Dem] Como a tese ( A ∪ B = B ) envolve uma igualdade de conjuntos, temos que mostrar que
i) A ∪ B ⊂ B
Portanto, de a) e b) A ∪ B = B ⇔ A ⊂ B .
I6) A ∩ B = A ⇔ A ⊂ B
A − B = {x ; x ∈ A e x ∉ B }
PARTE II – CONJUNTOS
D1) A − A = ∅
D2) A − ∅ = A
D3) (A − B ) ⊂ A
D4) Se A ⊂ B então A − B = ∅ .
D5) ∅ − A = ∅
D6) Se A ⊂ B então A ∪ (B − A) = B .
Observação. Em geral, A − B ≠ B − A .
D1) A − A = ∅
PARTE II – CONJUNTOS
D3) (A − B ) ⊂ A
Dem] x ∈ (A − B ) ⇒ x ∈ A e x ∉ B ⇒ x ∈ A . 12
Diferença simétrica. A diferença simétrica (ou soma booleana) entre dois conjuntos A e B (nessa
ordem), denotada por AΔB , é definida como o conjunto
AΔB = (A − B ) ∪ (B − A) .
C1) A = A
C2) a) A ∪ B = A ∩ B b) A ∩ B = A ∪ B
C3) a) A ∪ A = U b) A ∩ A = ∅
C4) a) ∅ = U b) U = ∅
C5) A = B ⇔ A = B
PARTE II – CONJUNTOS
C6) A ⊂ B ⇔ B ⊂ A
C7) A − B = A ∩ B 13
C8) AΔB = (A ∩ B ) ∪ (B ∩ A)
C2) a) A ∪ B = A ∩ B
Dem] A ∪ B = {x ∈ U ; x ∉ (A ∪ B )} = {x ∈ U ; x ∉ A e x ∉ B )} = A ∩ B .
C2) b) A ∩ B = A ∪ B
Dem] x ∈ A ∩ B ⇔ x ∉ (A ∩ B ) ⇔ x ∉ A ou x ∉ B ⇔ x ∈ A ∪ B .
C3) a) A ∪ A = U
C3) b) A ∩ A = ∅
Dem]
5) A = B ⇔ A = B
Dem]
C6) A ⊂ B ⇔ B ⊂ A
i) A ⊂ B ⇒ B ⊂ A
PARTE II – CONJUNTOS
ii) B ⊂ A ⇒ A ⊂ B 14
C7) A − B = A ∩ B
Dem] A − B = {x ; x ∈ A ∧ x ∉ B } = {x ; x ∈ A ∧ x ∈ B } = A ∩ B .
1) B ∩ (A − B ) = ∅
{ }
Dem] Supondo ⎢⎣⎡A − (A ∩ B )⎦⎥⎤ ∩ ⎣⎢⎡B − (A ∩ B )⎦⎥⎤ ≠ ∅ existe x ∈ ⎡⎣⎢A − (A ∩ B )⎤⎦⎥ ∩ ⎡⎣⎢B − (A ∩ B )⎤⎦⎥ então
x ∈ ⎡⎢⎣A − (A ∩ B )⎤⎥⎦ ∧ x ∈ ⎡⎢⎣B − (A ∩ B )⎤⎥⎦ , ou seja, x ∈ A ∧ x ∉ (A ∩ B ) ∧ x ∈ B ∧ x ∉ (A ∩ B ) , daí
deduzimos que x ∈ A ∧ x ∈ B , que significa x ∈ (A ∩ B ) o que é uma contradição.
3) Se B ⊂ A então B ∪ (A − B ) = A .
a) B ∪ (A − B ) ⊂ A
x ∈ B ∪ (A − B ) ⇒ x ∈ B ∨ (x ∈ A ∧ x ∉ B ) ⇒ (x ∈ B ∨ x ∈ A) ∧ (x ∈ B ∨ x ∉ B )
⇒ x ∈ (B ∪ A) ∧ x ∈ U ⇒ x ∈ ⎢⎣⎡(B ∪ A) ∩ U ⎦⎥⎤ ⇒ x ∈ (A ∩ U ) ⇒ x ∈ A.
PARTE II – CONJUNTOS
b) A ⊂ ⎡⎢⎣B ∪ (A − B )⎤⎥⎦
15
Seja x ∈ A , como B ⊂ A , temos duas alternativas a considerar
i) x ∈ B . Logo, x ∈ B ∪ (A − B ) .
De a) e b) temos que B ∪ (A − B ) = A .
Observações
Dem]
16
De fato, A ∩ B ⊂ A e A ∩ B ⊂ B então pelo Exercício Resolvido 3 anterior temos que
⎡A − (A ∩ B )⎤ ∪ (A ∩ B ) = A e ⎡B − (A ∩ B )⎤ ∪ (A ∩ B ) = B . Desses resultados e operando
⎢⎣ ⎥⎦ ⎢⎣ ⎥⎦
A ∪ B , temos o resultado em a).
b) Os conjuntos ⎡⎢⎣A − (A ∩ B )⎤⎦⎥ , ⎡⎣⎢B − (A ∩ B )⎤⎦⎥ e (A ∩ B ) são disjuntos dois a dois, ou seja,
podemos “ver” isso usando os Exercícios Resolvidos 1 e 2 anteriores, então
⎡ ⎤ ⎡ ⎤
⎢⎣A − (A ∩ B )⎥⎦ ∩ ⎢⎣B − (A ∩ B )⎥⎦ = ∅
⎡A − (A ∩ B )⎤ ∩ (A ∩ B ) = ∅
⎢⎣ ⎥⎦
⎡B − (A ∩ B )⎤ ∩ (A ∩ B ) = ∅
⎣⎢ ⎦⎥
De a) e b) temos que
1 – Numa escola que tem 415 alunos, 221 amam Estatística, 163 amam Lógica e 52 amam ambas
as disciplinas.
2 – Uma população consome três marcas de sucos: A, B e C. Feita uma pesquisa de mercado
nesta população, colheram-se os seguintes dados
PARTE II – CONJUNTOS
Determine:
17
a) o número de pessoas consultadas;
Um pouco mais de Lógica em Conjuntos. Pelas definições vistas vemos que as operações lógicas
estão intimamente relacionadas com as operações entre conjuntos. Podemos estabelecer as relações
Lógica Conjuntos
Conjunção ∧ ∩ Intersecção
Disjunção ∧ ∪ União
Bicondicional ↔ = Igualdade
Negação ∼ C Complementar
1) Mostrar que ∅ ⊂ A .
PARTE II – CONJUNTOS
2) Mostrar que A ⊂ A ∪ B
3) Mostrar que A ∩ (B ∪ C ) = (A ∩ B ) ∪ (A ∩ C ) .
1) Mostre que (A − B ) ∩ B = ∅ .
Dem] Suponhamos, por absurdo, que (A − B ) ∩ B ≠ ∅ . Então existe um elemento x tal que
x ∈ A − B e x ∈ B o que é equivalente a afirmar que x ∈ A e x ∉ B e x ∈ B , o que é uma
contradição!
P1 : A ⊂ B
P2 : C ⊂ D
P3 : B ∩ D = ∅
e a conclusão é Q : A ∩C = ∅
PARTE II – CONJUNTOS
Argumentos e diagramas de Venn. Os resultados obtidos dos conjuntos e os diagramas de Venn são
muito úteis na verificação da validade de determinados argumentos, principalmente quando as
premissas envolvem proposições quantificadas. Vamos mostrar isto apresentando alguns exemplos.
A
.x .y
B
Todo a é b . A
B
Nenhum a é b . A
Algum a é b .
B
A
(ou existe a que é b .)
Algum a não é b .
B
A
(ou existe a que não é b .)
PARTE II – CONJUNTOS
P1 : B ⊂ I
P2 : D ∩ C = ∅
P3 : I ⊂ D
Q : B ∩C = ∅
Abaixo, vemos o diagrama correspondente. Este diagrama nos mostra que a conclusão é válida.
D
I C
B
Argumento 1
PARTE II – CONJUNTOS
Sejam: E = conjunto dos estudantes; H = conjunto dos homens; P = conjunto dos preguiçosos.
P1 : E ∩ P ≠ ∅
P2 : H ⊂ P
Q :E ∩H ≠ ∅
O diagrama abaixo nos mostra uma situação em que as premissas são verdadeiras com a conclusão
falsa.
P
E
H
O argumento não é válido, apesar de podermos construir também um diagrama onde a conclusão
é verdadeira.
Argumento 2
Pr
Pr P
O argumento não é válido apesar da proposição Q ser “verdadeira”. Isto porque a conclusão
não decorre das premissas.
PARTE II – CONJUNTOS
Argumento 3
A conclusão é válida.
R T
A P
Argumento 4
F U
P
A
U
F
P
A
PARTE II – CONJUNTOS
F U 23
A P
F U
A P
Argumento 5
PARTE II – CONJUNTOS
a) L ∩ P b) R ∩ P
c) L ∩ R d) Q ∩ R
e) L ∩ Q f) P ∪ Q
a) (A ∩ B )
b) (A ∩ B ) ∪ (A ∩ B )
c) A ∩ B ∩ A ∩ B
e) ⎡⎣⎢(A ∪ B ) ∩ A⎤⎦⎥ ∪ A ∪ B
f) (A ∩ B ∩ C ) ∪ (A ∩ B ∩ C )
3 – Verifique se a equações dadas abaixo são sempre verdadeiras, usando diagramas de Venn.
PARTE II – CONJUNTOS
25
a) A ∩ (B − C ) = (A ∩ B ) − (A ∩ C )
b) A ∪ (B − C ) = (A ∪ B ) − (A ∪ C )
c) A − (B ∩ C ) = (A − B ) ∪ (A − C )
d) A − (A ∩ B ) = A − B
e) A ∩ B = A − (A − B )
f) A ∪ B = A ∪ (B − A)
g) A ∪ (B ΔC ) = (A ∪ B )Δ(A ∪ C )
h) A − (B ΔC ) = (A − B )Δ(A − C )
i) AΔB = A ∩ B
j) A − B = A − (A − B )
4 – Mostre que:
a) Se B ⊂ C e C ⊂ A então B ∪ C ⊂ A .
b) Se A ⊂ B e A ⊂ C então A ⊂ B ∩ C .
c) P (A) ∩ P (B ) = P (A ∩ B )
d) Se A ∩ B = ∅ então A ∩ B = A .
e) Se A ∩ B = ∅ então A ∪ B = B .
f) A ⊂ B se e somente se A − B = ∅ .
g) Se A ∩ B = A e A ∩ C ≠ ∅ então B ∩ C ≠ ∅ .
PARTE II – CONJUNTOS
a) P (A)
b) P (B ) 26
c) P (A ∩ B )
d) P (A ∪ B )
7 – No relatório de uma pesquisa encomendada por uma editora, para saber sobre as preferências
dos leitores em relação a três revistas A, B e C . Observou-se as seguintes estatísticas: 90% liam
a revista A; 6% a B; 7% a C; 4% liam A e a B; 5% a A e a C; 2% a C e a B e 1% liam as três
revistas.
a) Supondo-se que as pessoas pesquisadas eram leitoras de pelo menos uma das revistas,
pergunta-se: As estatísticas do relatório são consistentes?
b) Caso no universo das pessoas consultadas nem todas lessem revistas desta editora, o que se
poderia concluir?
8 – Em um levantamento feito por 100 estudantes de uma certa universidade para verificar o
aprendizado de língua inglesa, francesa e alemã, verificou-se o seguinte:
a) n ((A ∩ C ) − B )
b) n ((B ∩ C ) − A)
a) n ((A ∩ C ) − B )
b) n (A − (B ∪ C ))
c) n (B − (A ∪ C ))
d) n ((A ∩ B ) − C )
11 – Utilize os diagramas de Venn para decidir quais das seguintes afirmações são válidas.
a) Todos os girassóis são amarelos e alguns pássaros são amarelos, logo nenhum pássaro é um
girassol.
b) Alguns livros são verdes e algumas coisas verdes são comestíveis. Concluímos que alguns
livros são comestíveis.
c) Como todos os peixes são mamíferos, todos os mamíferos são aves e existem minerais que
são peixes, concluímos que existem minerais que são aves.
d) Alguns homens sabem nadar. Não existem peixes que não sabem nadar. Conclusão: os
peixes sabem nadar.
PARTE II – CONJUNTOS
e) Alguns baianos são surfistas. Alguns surfistas são louros. Não existem professores surfistas.
Conclusões
28
(3) Ser determinada é condição necessária para uma pessoa ser pragmática.
Escreva, justificando através do diagrama de Venn, quais das seguintes conclusões são válidas e
quais as falsas:
e) Existem pessoas determinadas que não são sensíveis e nem são artistas.
PARTE II – CONJUNTOS
LEITURA COMPLEMENTAR
Axiomatização 29
Relações indefinidas
Axioma de extensão. Dois conjuntos A e B são iguais se, e somente se, cada elemento de
A pertence também a B e cada elemento em B pertence a A .
Aqui, P (x ) é uma sentença em uma variável para a qual P (a ) é verdadeira ou falsa para
qualquer a ∈ A . Existem outros axiomas que não estão relacionados que são utilizados para uma
discussão mais longa e detalhada da Teoria dos conjuntos.
PARTE II – CONJUNTOS
30
Algumas Equivalências Lógicas
p∧p ⇔ p ∼ (p ∧ q ) ⇔ ∼ p∨ ∼ q
1 7
p∨p ⇔ p ∼ (p ∨ q ) ⇔ ∼ p∧ ∼ q
p ∧V ⇔ p
2 8 ∼ ( p → q ) ⇔ p∧ ∼ q
p ∨F ⇔ p
p ∧F ⇔ F
3 9 p → q ⇔ ∼ p ∨q
p ∨V ⇔ V
p∧ ∼ p ⇔ F
4 10 ∼ (p ↔ q ) ⇔ (p∧ ∼ q ) ∨ (∼ p ∧ q )
p∨ ∼ p ⇔ V
p ∧ (q ∨ r ) ⇔ (p ∧ q ) ∨ (p ∧ r )
5 11 p ↔ q ⇔ (p → q ) ∧ (q → p)
p ∨ (q ∧ r ) ⇔ (p ∨ q ) ∧ (p ∨ r )
p ∧ (p ∨ q ) ⇔ p
6 12
p ∨ (p ∧ q ) ⇔ p
p A p ∨q
AD
q A p ∨q
p ∧q A p
SIMP
p ∧q A q
CONJ p, q A p ∧ q
MP p → q, p A q
MT p → q, ∼ q A ∼ p
SH p → q, q → r A p → r
PARTE II – CONJUNTOS
PARTE III – CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS 1
′
Enquanto os conjuntos constituem um meio auxiliar, os números são um dos dois objetos
principais de que se ocupa a Matemática. (O outro é o espaço, junto com as figuras geométricas
nele contidas.)
A Teoria dos conjuntos é bastante geral, no entanto, os conjuntos importantes que
encontramos em Matemática elementar são os conjuntos de números e, dentre eles, o conjunto
dos números reais.
Números são entes abstratos, desenvolvidos pelo homem como modelos que permitem
contar e medir, portanto avaliar as diferentes quantidades de uma grandeza. Nesta parte das
notas, estudaremos um pouco dos números reais e suas propriedades.
Conteúdos
PARTE III – CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS
Comentário sobre alguns conjuntos numéricos 2
O desenvolvimento formal da construção dos conjuntos numéricos será feito em outra disciplina
deste curso: Álgebra I. Aqui, faremos um breve comentário dos conjuntos numéricos naturais,
inteiros, racionais e irracionais e desenvolveremos algumas propriedades importantes dos reais
que nos ajudarão a entender conteúdos como relações e funções reais.
Números Naturais. Os números naturais constituem um modelo matemático, uma escala padrão,
que nos permite a operação de contagem. A seqüência desses números é uma livre e antiga
criação do espírito humano. Comparar conjuntos de objetos com essa escala abstrata ideal é o
processo que torna mais precisa a noção de quantidade; esse processo (a contagem) pressupõe
portanto o conhecimento da seqüência numérica. Sabemos que os números naturais são 1, 2, 3,
4, 5,… A totalidade desses números constitui um conjunto, que indicaremos com o símbolo ` e
que chamaremos de conjunto dos naturais. Portanto = {1,2, 3, 4, 5,...} .
Deve-se a Giusepe Peano (1858-1932) a constatação de que o conjunto ` dos números naturais
possui propriedades fundamentais, das quais resultam como conseqüências lógicas, todas as
afirmações verdadeiras que se pode fazer sobre esses números, são os Axiomas de Peano. Uma
dessas propriedades fundamentais é o Princípio da Indução – um eficiente instrumento para a
demonstração de fatos referentes aos números naturais.
= {0,1,2, 3, 4, 5,...}
Operações definidas em :
Adição
Multiplicação
Números Inteiros. Este conjunto aparece como ampliação do conjunto dos números naturais. O
conjunto dos números inteiros, indicado pela letra , é o conjunto
= {..., −3, −2, −1, 0,1,2, 3,...}
PARTE III – CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS
Operações definidas em . Neste conjunto também são definidas as operações de adição e 3
multiplicação que temos para os naturais e conservam as mesmas propriedades mais a seguinte:
Elemento simétrico aditivo (ou oposto). Para todo x ∈ , existe um único y ∈ tal que
x + y = 0 (simétrico ou oposto para a operação de adição). Denotamos y = −x .
Observações
I. Devido à existência do elemento oposto, podemos definir em a operação de subtração,
estabelecendo que x − y = x + (−y ) para todos x , y ∈ . é fechado em relação à
subtração.
II. Em temos a existência do 0 (zero), chamado elemento neutro da adição: ∀x ∈ ,
x +0 = 0+x = x.
III. A equação x + 4 = 0 tem solução em ( x = −4 ) mas não tem solução em .
IV. é não fechado para a operação de divisão. Por exemplo, −1 e 2 são inteiros, mas
−1
= −0, 5 ∉ .
2
Números Racionais. Assim como o conjunto dos números inteiros podem ser vistos como uma
ampliação do conjunto dos números naturais, o conjunto dos números racionais pode ser
construído como uma ampliação do conjunto dos números inteiros.
Como não existe um inverso multiplicativo em , esta dificuldade foi superada introduzindo os
números racionais.
PARTE III – CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS
x
Note que todo número inteiro x é racional, pois x = . Isto quer dizer que ⊂ . 4
1
a c ad + bc
Adição: + = , a, b, c, d ∈ e b, d ≠ 0 .
b d bd
Observações
a a
• O elemento oposto de é dado por − e tem a seguinte propriedade:
b b
a −a a
− = = para a, b ∈ e b ≠ 0 .
b b −b
• Assim, podemos definir a operação de subtração entre dois números racionais:
a c a −c ad − bc
− = + = , a, b, c, d ∈ e b, d ≠ 0 .
b d b d bd
a c ac
Multiplicação: ⋅ = , a, b, c, d ∈ e b, d ≠ 0 .
b d bd
PARTE III – CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS
As operações de adição e multiplicação definidas para os racionais apresentam todas as 5
propriedades das mesmas operações para os inteiros. Além disso, em , existe o
a
Elemento inverso multiplicativo. Para todo x = ∈ − {0} , existe um único y ∈ tal que
b
b
xy = yx = 1 (inverso multiplicativo). Denotamos por y = x −1 = .
a
3 4 3 4
Por exemplo, se x = , então x −1 = e, portanto, xx −1 = ⋅ = 1 .
4 3 4 3
4 1 x 4 6 24
Exemplo: x = e y = , então = xy −1 = ⋅ = .
5 6 y 5 1 5
Representação decimal. Qualquer número racional pode ser escrito na forma decimal. Para isto,
basta dividir o numerador pelo inteiro denominador. Nessa divisão, podem ocorrer dois casos:
1. O número decimal tem uma quantidade finita de algarismos diferentes de zero, isto é, é uma
decimal exata.
4 −1 4 −17
Exemplos: =4 = −0, 5 = −0,16 = 0, 0017
1 2 −25 −10000
2. O número decimal tem uma quantidade infinita de algarismos que se repetem periodicamente,
isto é, é uma dízima periódica.
Exemplos
1
a) = 0, 3333... = 0, 3 (período 3)
3
13
b) = 2,1666... = 2,16 (período 6)
6
3
c) = 0, 428571428571... = 0, 428571 (período 428571)
7
PARTE III – CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS
6
Assim, dado um número decimal, decidimos se é ou não racional, se for possível representá-lo
a
sob a forma (chamada de fração geratriz, geralmente uma fração irredutível), pois os números
b
racionais são caracterizados por poderem ser representados sob a forma de fração. Vejamos
alguns exemplos
50 1 −224 56
1. Decimal exata: 0, 050 = = −2,24 = =−
1000 20 100 25
637 ⎧
⎪x = 6, 434343... 637
b) 6, 43 = 6, 434343... = , pois ⎪⎨ ⇒ 100x − x = 637 ⇒ x = .
99 ⎪
⎪100x = 643, 4343... 99
⎩
25534
c) 2, 5791 = 2, 57919191... = , pois
9900
⎧
⎪x = 2, 57919191...
⎪
⎪
⎪
⎪ 25534
⎨100x = 257, 919191... ⇒ 10000x − 100x = 25534 ⇒ x =
⎪
⎪ 9900
⎪
⎪10000x = 25791, 9191...
⎪
⎩
Exercício – Determine a fração geratriz de cada dízima. Observe que, em geral, a fração geratriz
de uma dízima não pode ser escrita como fração decimal (denominador uma potência de dez).
Ordem em _ . Para compararmos duas frações, elas devem ter o mesmo denominador, assim
sendo, a maior fração é aquela que possui maior numerador.
2 é um número não racional. Aristóteles (384–322 a.C.), como exemplo de uma demonstração
por redução ao absurdo, demonstrou que 2 não é um número racional, isto é, não se pode
escrever como uma fração de dois inteiros.
p p
Demonstração. Suponha que existem dois números naturais p e q primos, tais que 2= [ é
q q
⎛ p ⎞2
irredutível] e ⎜⎜ ⎟⎟⎟ = 2 . Então, p 2 = 2q 2 , isto implica que p 2 é um número par e,
⎜⎝ q ⎠⎟
conseqüentemente, p também é par [porque se fosse ímpar teríamos p = 2k + 1 para algum
número natural k e p 2 = (2k + 1)2 = 4k 2 + 4k + 1 = 4 (k 2 + k ) + 1 seria ímpar]. Se p é um
Se um número é irracional a parte decimal não segue um padrão, isto é, não se repete nunca.
Com o auxílio de um computador, podemos calcular a representação decimal de 2 com muitas
casas decimais para nos convencer deste fato. Embora este número com suas aproximações
PARTE III – CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS
vistas em computador com até bilhões de casas decimais sejam convincentes, isto não basta 8
como uma prova matemática. Do mesmo modo que mostramos logicamente que 2 é irracional,
também podemos mostrar que os números π e e são irracionais.
Observações
Os números racionais têm representação decimal finita ou infinita periódica, mas os
números irracionais não têm essa representação.
Existem infinitos números irracionais, uma maneira de “ver” isto é escrevendo a
seqüência seguinte: ..., − 3 2, − 2 2, − 2, 2, 2 2, 3 2, ... .
Exercícios
1. Mostre que se c ∈ − {0} então c 2 é irracional.
2. Mostre que 3 é um número irracional.
3. Dê exemplo de dois irracionais tais que:
a) a soma é racional; b) o produto é racional; c) a divisão é racional.
4. Dê exemplos de um número racional e um irracional tal que o produto é racional.
Observação. Note que o exercício (3) mostra que o conjunto dos irracionais é não fechado para
as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão definidas anteriormente.
PARTE III – CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS
CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS 9
= ∪ ′ = ∪( − ) ∩ ′=∅
irracionais
Número real algébrico. Um número real diz-se algébrico se ele satisfaz a uma equação do tipo
an x n + an −1x n −1 + + a2x 2 + a1x + a 0 = 0 onde os coeficientes ai ∈ , i = 0,1,2,..., n .
Exemplos
a) Todo número racional é algébrico.
b) 2 é algébrico.
\ é um corpo
Associatividade: ∀x , y, z ∈ tem-se (x + y ) + z = x + (y + z ) e (x ⋅ y ) ⋅ z = x ⋅ (y ⋅ z ) .
Comutatividade: ∀x , y ∈ tem-se x + y = y + x e x ⋅ y = y ⋅ x .
Distributividade: ∀x , y, z ∈ tem-se x ⋅ (y + z ) = xy + xz .
i) −(−x ) = x
iii) −x (−y ) = xy
é um corpo ordenado
+
Definimos em um subconjunto ⊂ , chamado de conjunto dos números reais positivos,
que cumpre as seguintes condições:
+ + +
P1. ∀x , y ∈ ⇒ x +y ∈ e x ⋅y ∈ .
+ +
P2. Dado x ∈ ocorre uma única das alternativas: x = 0 ou x ∈ ou −x ∈ .
Indicamos −
{
= x ∈ ; −x ∈ +
} conjunto dos números reais negativos.
PARTE III – CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS
P2 indica que = +
∪ −
∪ {0} tem duas uniões disjuntas. 11
+
Escrevemos x < y ( x menor que y ) quando y − x ∈ , isto significa que y = x + z onde
+
z∈ .
+
Se x ∈ (positivo), indicaremos x > 0 e
+
se −x ∈ (negativo), indicaremos x < 0 .
PARTE III – CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS
Intervalos (alguns tipos de subconjuntos de ). Usamos as seguintes notações para indicar 12
determinados subconjuntos de e chamamos intervalos.
Intervalos (subconjuntos de \ )
[a, b ] {x ∈ ; a ≤ x ≤ b } a b
(a, b ] {x ∈ ; a < x ≤ b } a b
[a, b ) {x ∈ ; a ≤ x < b } a b
(−∞, b ] {x ∈ ; x ≤ b }
b
(−∞, b ) {x ∈ ; x < b }
b
⎡a, +∞) {x ∈ ; a ≤ x }
⎢⎣ a
Valor absoluto (ou módulo) de um número real. Seja x ∈ , o módulo de x é definido por
⎧
⎪x se x ≥ 0
x = ⎪⎨ .
⎪−
⎪ x se x < 0
⎩
PARTE III – CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS
Interpretação geométrica do módulo de um número real. Temos, também, que: 13
x < a ⇔ −a < x < a
e .
x >a ⇔ x > a ou x < −a
i) x + y ≤ x + y
ii) x ⋅ y = x y
a) x − 3 = 3x − 1
b) x + 2x − 1 = 1
c) x + 2x − 1 > 1
x −2
d) ≤1
x +3
PARTE III – CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS
a) Se x + α = x para algum x ∈ então α = 0 . 14
c) x + y = 0 ⇒ y = −x .
d) xy = 1 ⇒ y = x −1 .
3 – Mostre que:
e) Se a ≥ 0 e b ≥ 0 então a = b se e somente se a 2 = b 2 .
x +y
f) Se x < y então x < <y.
2
PARTE III – CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS
Como sabemos que a = b , podemos substituir a por b obtendo b + b = b 15
Que implica em 2b = b
Dividindo ambos os membros por b , chegamos à conclusão de que 2 = 1 .
⎛ 1 ⎞
i) {−2} ∪ ⎜⎜⎜− ,1⎟⎟⎟ j) − (−∞, 0)
⎝ 2 ⎠⎟
6 – Determine todos os números reais que satisfazem a desigualdade. Expresse a solução com a
notação de intervalos e represente-a na reta dos reais.
9 5 2
a) 10x < 18 + 4x b) < + x
4 2 3
x −1
c) 2 ≤ 5 − 3x < 11 d) >0
x +1
e) (x − 1)(x − 3) ≤ 0 f) x 2 + x + 1 > 3
a) x − y ≤ x − y
b) x − y < ε ⇒ x < y + ε
a) x − 3 = 1 b) 5x = 3 − x
PARTE III – CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS
c) x − 2 + x − 5 = 8 − x d) 4x + 5 = 2x + 3 16
e) x + x − 5 = 8 − x f) x 2 − 4x + 4 = x − 2
x +1 x 1 2
a) < b) <
2−x 3+x x + 1 3x − 1
1 4
c) ≥ d) x 3 + 1 > x 2 + x
3x − 7 3 − x
e) 3x > 6 − 3x f) 3 + 2x < 4 − x
5 1
g) ≥ h) 2x + 4 ≥ x + 1
2x − 1 x −2
i) x + 4 + x − 1 ≤ x + 3 j) x + x − 1 > x + 2
3−x 4
k) 3x − 1 + x < 3x + 1 l) ≤
1−x 1+x
PARTE III – CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS
Nesta seção estudaremos a definição relação (binária), conceito que dá suporte a entender uma
função como substrato da teoria dos Conjuntos. Também é uma “preparação” para estudarmos
algumas características gerais das funções (reais) e tipos de funções elementares cujo estudo mais
detalhado faremos na disciplina chamada Fundamentos de Matemática 1.
Conteúdos
1. Produto cartesiano
2. Relações binárias
4. Representação gráfica
5. Relação inversa
6. Função
PARTE IV – RELAÇÕES E DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO
Produto Cartesiano
2
Igualdade de pares ordenados. Dizemos que dois pares ordenados (x1, y1 ) e (x 2, y2 ) são iguais se e
somente se x1 = x 2 e y1 = y2 .
Exemplos
a)
b)
A × B = {(x , y ) ; x ∈ A e y ∈ B }
Observações
1) A ×∅ = ∅ .
3) Se A = B então A × B = A × A = A2 .
PARTE IV – RELAÇÕES E DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO
A/B a B
1 1,a 1,b
2 2,a 2,b
b) Diagrama sagital
( x,y)
y
a) {−1,1} × {0,1}
b) {−1,1} × ⎡⎢ 0,1⎤⎥
⎣ ⎦
PARTE IV – RELAÇÕES E DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO
Algumas Propriedades
1) A × (B ∪ C ) = (A × B ) ∪ (A ×C ) 4
2) A × (B ∩ C ) = (A × B ) ∩ (A ×C )
3) A × (B − C ) = (A × B ) − (A ×C )
4) (A × B ) ∩ (C × D ) = (A ×C ) ∩ (B × D )
5) A ⊂ B ⇒ (A ×C ) ⊂ (B ×C )
Demonstrações.
2)
3)
Generalizações
Relação (binária). Dados os conjuntos A e B , uma relação binária (ou simplesmente, relação de
A em B ) R é qualquer subconjunto de A × B . Isto é, R é uma relação de A em B ⇔
R ⊂ A×B .
Notação: xRy ⇔ (x , y ) ∈ R .
Exemplos
1 – Considere A = {a, b, c } e B = {x , y } .
PARTE IV – RELAÇÕES E DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO
b) R2 = {(c, x )}
5
a) R1 = {(x , y ) ∈ A × B ; x < y }
b) R2 = {(x , y ) ∈ A × B ; x | y }
c) R3 = {(x , y ) ∈ A × B ; x + y = 2}
3 – Caracterize os elementos de
{
a) R4 = (x , y ) ∈ 2
}
; x 2 + y2 = 0
b) R5 = {(x , y ) ∈ × ; x + y = 4}
D(R) = {x ∈ A ; ∃y ∈ B e (x , y ) ∈ R} ⊂ A
Im(R) = {y ∈ B ; ∃x ∈ A e (x , y ) ∈ R} ⊂ B
Exemplos
PARTE IV – RELAÇÕES E DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO
Diagrama sagital 6
Diagrama cartesiano
{
a) R1 = (x , y ) ∈ 2
; y =x ⊂ } 2
b) R2 = {(x , y ) ∈ × ; y = x}
{
c) R3 = (x , y ) ∈ 2
; y ≥x }
{
d) R4 = (x , y ) ∈ 2
; x 2 + y2 ≥ 1 }
{
e) R5 = (x , y ) ∈ 2
; x + y <1 }
{
f) R6 = (x , y ) ∈ 2
; y > x +x }
PARTE IV – RELAÇÕES E DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO
7
i) R é reflexiva ⇔ ∀x ∈ A, (x , x ) ∈ R .
1 – A = {1,2, 3, 4}
iii) R1 é anti-simétrica.
i) R2 é reflexiva;
PARTE IV – RELAÇÕES E DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO
Exercícios/Exemplos
Reflexiva 8
a) R1 = {(1,1),(2,2),(1, 3)}
2 – xRy ⇔ x é múltiplo de y R ⊂ ×
3 – xRy ⇔ (x − y )2 >1
4 – xRy ⇔ x < y
Simétrica
a) R1 = {(1,1),(2,1),(1,2),(3,1)}
b) R2 = {(2,1),(1,2),(3,2),(2, 3)}
2 – xRy ⇔ x é múltiplo de y R ⊂ ×
3 – xRy ⇔ (x − y )2 >1
2
4 – xRy ⇔ x ≤ y R ⊂
Anti-simétrica
a) R1 = {(1,1),(2, 3),(3,2)}
b) R2 = {(2, 3)}
PARTE IV – RELAÇÕES E DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO
c) R3 = {(1,2),(2,1),(3, 4)}
d) R4 = {(1,2),(3, 4)} 9
2 – xRy ⇔ x é múltiplo de y R ⊂ ×
3 – xRy ⇔ (x − y )2 >1
2
4 – xRy ⇔ x ≤ y R ⊂
Transitiva
a) R1 = {(1,2),(2, 3)}
b) R2 = {(1,2),(3, 4)}
c) R3 = {(2,1)}
2 – xRy ⇔ x é múltiplo de y R ⊂ ×
3 – xRy ⇔ (x − y )2 >1
2
4 – xRy ⇔ x < y R ⊂
Observações
i) (x , y ) ∈ R ⇔ (y, x ) ∈ R−1 .
Exemplos
PARTE IV – RELAÇÕES E DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO
1 – Considere A = {1,2, 3} , a relação definida por R = {(1,1),(2, 3),(1, 3)} tem relação inversa
R−1 = {(1,1),(3,2),(3,1)} . 10
i) (R−1 )−1 = R
Exemplos
5 4
4
3
3
2
2
1
x
1
−1 1 2 3 4 5 6
x
−1 1 2 3 4
Note que: Dada uma relação R o gráfico de R−1 é o simétrico do gráfico de R em relação à 1ª.
bissetriz, isto é, (x , y ) e (y, x ) são pontos simétricos em relação à 1ª. bissetriz.
PARTE IV – RELAÇÕES E DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO
11
Função. Sejam A e B conjuntos não vazios e f uma relação de A em B . Dizemos que f é uma
função de A em B se e somente se para todo x ∈ A , existe um único y ∈ B tal que (x , y ) ∈ f .
Isto é,
f ⊂ A × B é uma função ⇔ ∀x ∈ A ; ∃ y ∈ B; (x , y ) ∈ f .
Exemplos
{
a) f1 = (x , y ) ∈ × ; y= x }
{
b) f2 = (x , y ) ∈ +
× ; y= x }
c) f3 = {(x , y ) ∈ × ; x −y ∈ }
A = D( f ) é o domínio de f ;
Im( f ) = {y ∈ B; ∃x ∈ A, (x , y ) ∈ f } ;
a) f : A → B
b) A f B
f :A→B
c)
x y = f (x )
d) f = {(x , y ) ∈ A × B ; y = f (x )}
PARTE IV – RELAÇÕES E DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO
x ∈A f (x ) ∈ B f ⊂ A×B 12
Uma função deve ser identificada pelo seu domínio, contra-domínio e a lei de formação.
Assim,
f :A→B
x f (x )
Exemplos
Exemplos
a) f : (−∞,2⎤⎥⎦ →
é uma função real de uma variável real.
x 2−x
b) f : 2 →
é uma função real de duas variáveis reais.
(x , y ) xy
c) J : +× +× + →
cit
cit
100
PARTE IV – RELAÇÕES E DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO
2
d) g : →
x (x , x + 1) 13
e) h : →
x x + ix
a) f : D ⊂ → , f (x ) = 2 − x + x .
1
b) g : D ⊂ → , g(t ) = .
t −t
2
c) h : D ⊂ → , h(x , y ) = 1 − x 2 − y 2 .
Exemplos
f : → g: →
a)
x x x x2
g: − {1} →
f : →
b) x2 −1
x x +1 x
x −1
PARTE IV – RELAÇÕES E DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO
g: − {1} →
f : − {1} →
a) x2 − 1
x x +1 x 14
x −1
Exemplos
f : ⎡⎢⎣ 0,1⎤⎥⎦ → g: →
1– e
x x x x
a) g : → , x x −1
x2 − 1
b) h : − {1} → , x
x +1
c) y : ⎡⎢⎣0,2⎤⎦⎥ → , x x −1
Notações: f ou fX .
X
Exemplos
Comentário importante
Praticamente todos os textos escolares em uso no nosso país definem uma função f : A → B como 15
2 – Mostre que:
a) A × (B ∪ C ) = (A × B ) ∪ (A ×C )
b) A × (B ∩ C ) = (A × B ) ∩ (A ×C )
c) A × (B − C ) = (A × B ) − (A ×C )
d) (A × B ) ∩ (C × D ) = (A ×C ) ∩ (B × D )
e) A ⊂ B ⇒ (A ×C ) ⊂ (B ×C )
3 – Construa o diagrama cartesiano das seguintes relações. Determine D(R), Im(R), R−1 .
PARTE IV – RELAÇÕES E DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO
{
a) R = (x , y ) ∈ 2
; x = 4 e y ∈ ⎡⎢⎣−2, 4⎤⎥⎦ }
16
{
b) R = (x , y ) ∈ 2
; x 2 + y 2 = 25 e y ≥ 0 }
{
c) R = (x , y ) ∈ 2
; x + y = 5 ou 2x − y = 4 }
{
d) R = (x , y ) ∈ 2
; x + y = 5 e 2x − y = 4 }
{
e) R = (x , y ) ∈ 2
; x ≥3 e y ≥2 }
{
f) R = (x , y ) ∈ 2
; x +y =4 }
{
g) R = (x , y ) ∈ 2
; y > x +x }
{
h) R = (x , y ) ∈ 2
; x −y =4 }
{
i) R = (x , y ) ∈ 2
; x +y = 3 }
{
j) R = (x , y ) ∈ 2
; x +y > 3 }
{
S = (x , y ) ∈ 2
; y > x2 } {
T = (x , y ) ∈ 2
; y ≤x +2 }
⎧⎪ 4 2⎫
⎪
{
U = (x , y ) ∈ 2
; x 2 + y 2 ≤ 25 } V = ⎪⎨(x , y ) ∈
⎪⎩⎪
2
; y≤ x ⎪
9 ⎪
⎬
⎪
⎭
a) S ∩ T b) U ∩ V
c) S ∩ U d) S ∩ V
e) T ∩ V f) S ∪ T
g) T ∪ V h) U ∪ V
PARTE IV – RELAÇÕES E DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO
a) Relações em
iv) xRy ⇔ x − y ∈
b) Relações em A = {1,2, 3, 4}
iii) R3 = A × A
v) R5 = {(1,1),(2,2),(4, 4),(1,2)}
2 2
c) (x , y )R(z , t ) ⇔ x ≤ z e y ≤ t R⊂ × .
2 2
d) (x , y )R(z , t ) ⇔ x = z R⊂ × .
a) XRY ⇔ X ∩ A = Y ∩ A
b) XSY ⇔ X ∪ A = Y ∪ A
PARTE IV – RELAÇÕES E DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO
7 – Sejam R1 e R2 relações reflexivas, simétricas e transitivas num conjunto A . Mostre que: 18
b) R1 ∪ R2 é reflexiva e simétrica.
a) f (x ) = 4 − x 2 b) f (x ) = −(x − 3)2
c) f (x ) = x − x 3 d) f (x ) = 1 + x + 3 − x
1 1
e) f (x ) = f) f (x ) =
x −x x +x
9 – Dada a função f : + → definida por f (x ) = x , verifique quais das seguintes funções são
um prolongamento de f :
c) g 3 : → definida por g 3 (x ) = x .
x+x
d) g 4 : → definida por g 4 (x ) = .
2
a) h é uma função de B ∪ C → A ;
b) f = h e g =h .
B C
PARTE IV – RELAÇÕES E DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO
11 – Esboce o gráfico das funções reais definidas pelas sentenças abaixo determinando domínio, 19
imagem.
x+x x
a) f (x ) = b) f (x ) = +1
2 x
x4 −1
c) f (x ) = ( x − 1)(x + 2) d) f (x ) =
x2 −1
e) f (x ) = x 2 − x − 2 + 3 f) f (x ) = x 2 − 1 + x
g) f (x ) = x + x (x − 1)2 h) f (x ) = (x + 2)3 + 1
1−x
i) f (x ) = −x 2 x j) f (x ) =
x
k) f (x ) = ⎡x ⎤ − x l) f (x ) = ⎡x ⎤
⎢⎣ ⎥⎦ ⎢⎣ ⎥⎦
1
m) f (x ) = n) f (x ) = x −1 + 4
x
x 3 − 2x 2 x 3 − x 2 − 13x − 3
o) f (x ) = p) f (x ) =
x −2 x +3
⎧
⎪ ⎧⎪x 2 − 4 se x < 3
⎪3x − 2 se x < 1 ⎪
q) f (x ) = ⎨ r) f (x ) = ⎨
⎪
⎪ x 2 se x ≥ 1 ⎪⎪2x − 1 se x ≥ 3
⎪
⎩ ⎪⎩
⎧⎪1 / x se x < 0 ⎧⎪ x 3 + 9x 2 + 27x + 35 − 4
⎪⎪ ⎪⎪
⎪ se x ≠ −5
s) f (x ) = ⎪⎨ x 2 se 0 ≤ x < 4 t) f (x ) = ⎪⎨ x +5
⎪⎪ ⎪⎪
⎪⎪−x 2 se x ≥ 4 ⎪⎪⎩ 7 se x = −5
⎪⎩
PARTE IV – RELAÇÕES E DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO
REFERÊNCIAS
1
Parte I – Lógica Matemática
[1] ALENCAR FILHO, Edgard. Iniciação à Lógica Matemática. Editora Nobel, 1984.
[2] DAGHLIAN, Jacob. Lógica e Álgebra de Boole, 3ª. edição. São Paulo, Atlas, 1990.
[6] MACHADO, Nilson José & CUNHA, Marisa Ortega. Lógica e linguagem cotidiana –
Coleção Tendências em Educação Matemática. Autêntica Editora, 2005.
[7] CRUZ, Angela & MOURA, José Eduardo. A Lógica na Construção dos Argumentos
– Notas em de Matemática Aplicada 14. SBMAC, 2004.
[12] STEWART, Ian. Mania de Matemática: diversão e jogos de Lógica matemática. Rio
de Janeiro, Jorge Zahar editora, 2005.
APENDICE – RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS E REFERENCIAS
[4] HALMOS, Paul. Teoria Ingênua dos Conjuntos – Coleção Clássicos da Matemática.
Livro de 1960 reeditado pela Ciência Moderna, 2001.
[5] LIMA, Elon L. Meu professor de matemática e outras histórias. Coleção do professor
de matemática. SBM, 1991.
Parte III – Conjunto dos Números Reais (ou Números e Conjuntos Numéricos)
[1] LIMA, Elon Lages. A Matemática do Ensino Médio, volume 1. SBM, 2000.
[2] RIPOLL, Jaime B., RIPOLL, Cydara C. e SILVEIRA, José Francisco P. Números
Racionais, Reais e Complexos. Editora UFRGS, 2006.
[3] LIMA, Elon L. Análise Real, vol 1 – Coleção Matemática Universitária. Rio de
Janeiro, IMPA, 1997.
[4] AVILA, Geraldo. Análise Matemática para Licenciatura. Edgard Blücher, 2006.
[5] MILIES, Cesar P. & COELHO, Sonia P. Números: uma introdução à Matemática.
EdUSP, 2001.
APENDICE – RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS E REFERENCIAS
[7] FERNANDES, Ângela Maria V. [et al.]. Fundamentos de Álgebra. Editora UFMG,
2005. 3
[10] MENDES, Iran Abreu. Números: o simbólico e o racional na história. São Paulo,
Editora Livraria da Física, 2006.
Artigos e revistas
[1] Geraldo Ávila. Cantor e a Teoria dos Conjuntos. RPM, número 43, páginas 6–14,
2000.
[4] Ana Catarina P. Hellmeister. Lógica através de exemplos: vamos usar a RPM?.
RPM, número 47, páginas 32–37, 2001.
[5] Iaci Malta. Linguagem, leitura e Matemática in Disciplinas Matemáticas em cursos
superiores: reflexões, relatos, propostas. Helena Noronha Cury (organizadora).
EDPUCRS, Porto Alegre, 2004.
[6] As diferentes faces do infinito – Edição especial, Cientific American Brasil, n° 15.
APENDICE – RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS E REFERENCIAS
[9] A construção dos números reais nos ensinos fundamental e médio. Cydara C. Ripoll,
UFRGS. 4
[10] João Carlos Sampaio e Pedro Luiz Malagutti. Mágicas, Matemáticas e outros
Mistérios – III Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática - UFGO
[2] IFRAH, Georges. Os números – a história de uma grande invenção, 2ª edição. Globo,
1989.
[3] BOYER, Carl B. História da matemática, 2ª. Edição. Edgard Blücher, 1998.
[7] KAPLAN, Robert. O nada que existe – uma história natural do zero. Editora Rocco,
2001.
[9] GARBI, Gilberto G. A Rainha das Ciências – um passeio histórico pelo maravilhoso
mundo da Matemática. São Paulo, Editora Livraria da Física, 2006.
[10] NETZ, Reviel & NOEL, William. Códex Arquimedes – como um livro de orações
revelou a genialidade de um dos maiores cientistas da antiguidade. Rio de Janeiro,
Record, 2009.
APENDICE – RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS E REFERENCIAS