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Introdução
Em sua essência as plantas assim como os seres humanos também tem sua origem nos
cinco elementos fundamentais e influenciam o corpo humano profundamente. Para a
ayurveda as ervas e as especiarias culinárias não servem unicamente para conferir
aroma e sabor aos alimentos. Cada tempero tem uma qualidade especial que ajuda o
corpo a se equilibrar. Além das propriedades medicinais estudadas pelo modelo
científico ocidental (médico e farmacêutico), eles funcionam como antídotos quando
ingerimos alimentos que não estão de acordo com a nossa natureza, em combinações
alimentares incompatíveis, além de estimular o fogo digestivo, ajudar a eliminar gases e
neutralizar o efeito de alimentos pesados para a digestão. Quando nos habituamos a
utilizar ervas na alimentação estamos realizando uma prática de prevenção a
desequilíbrios que podem resultar de uma alimentação inapropriada, por isso é tão
importantes utilizá-las diariamente para evitar que o corpo produza toxinas.
Saúde começa na cozinha e temperar é como fazer uma poção mágica, por isso, inspire-
se e prepare sua farmácia com especiarias e ervas, elas tratam e auxiliam inúmeros
males comuns. Cada ingrediente leva uma energia sutil – você pode chamar também de
princípio ativo, que age na mente, nas emoções e no corpo físico. Por isso, uso de ervas
e especiarias são indispensáveis na rotina diária de saúde.
Farmácia na cozinha - parte I
Cálamo (achorus calamus): esta raiz é picante e amarga, sendo que seu uso
principal é em procedimentos de massagem como o udwartna, mas também
pode ser utilizado na cozinha.
Propriedades: estimulante, expectorante e estomáquico. É uma planta muito
sátwica e sua utilização é indicada para desobstruir e sutilizar os sentidos e
clarear a mente pois limpa os nadis (canais energéticos) da cabeça. Devido a
este efeito, o vachá, como também é chamado, auxilia no tratamento de
desequilíbrios mentais, tremores e convulsões.
Bom para: vata++ kapha+++
Utilize: ½ colher diluído em mel para estimular a digestão ou 1/2 colher de
café do pó aspirado em cada narina (nasya). Pode ser acrescentado em pratos
que contenham laticínios ou sorvetes e cremes.
Propriedades: Pode ser emprega externamente como rubefaciente muito ativo tendo
em vista suas propriedades medicinais provocarem, por contato, um forte estímulo da
circulação local, resultando numa sensação de calor e consequentemente a redução de
dores locais. Poderoso anti-inflamatório articular.
Princípio ativo principal: capsaína cuja raiz grega do nome vem de (capsicum)
kaptos que, significa morder
Bom para: kapha+++ vata+ (vata não deve fazer uso prolongado desta especiari)
Utilize: esta pimenta combina com a maioria dos pratos, inclusive com frutas. Pode-se
também utiliza-la a longo prazo como fitoterápico na dosagem de 1 colher de cafezinho
diluída em mel 2 vezes ao dia por 40 dias. Pode ser acrescentada a bebidas de inverno
que contenham leite como chocolate quente e capuccino. Acrescente as sementes
inteiras no arroz e feijões durante o cozimento para um efeito mais aromático.
Cuidado: prefira pimenta do reino moída grossa se você tende a úlceras gástricas pois
o pó muito fino pode agravar ainda mais as feridas.
Pimenta Rosa (schinus terebinthifolius): a pimenta rora é o fruto da Aroeira, arvore
nativa do Brasil. É considerada uma iguaria em outros paises tendo em vista seu
paladar suave e aromático. A pimenta rosa é levemente picante e doce e umas das
pimentas indicadas para pessoas de natureza vata e pitta.
Ações: a pimenta rosa possui em seu óleo essencial poderosa ação antifúngica,
antimicrobiana a antibacteriana, com estudos farmacológicos comprovados contra
Pseudomonas aeruginosa e staphylococcus aureus. É ainda eficaz em distúrbios
respiratórios tendo em vista sua alta concentração de monoterpenos e útil em escarras,
queimaduras e problemas de pele devido a sua ação regeneradora.
Utilize: insônia (chá), prisão de ventre (pode-se inalar o óleo essencial para estimular
os movimentos peristálticos), gases. Na alimentação, pode-se refogar o cominho em um
pouco de óleo e temperar feijões, raizes, queijos e pães fermentados. Na culinária
ayurvédica, o cominho é utilizado na preparação de bebidas a base de iogurte, chamada
lassi.
Bom para: vata +++ , kapha + e Pitta deve evitar o uso constante
Utilize: bom para dores de dente (mastigar uma semente), gases e náuseas, dores de
cabeça, tosses com catarro (xarope), espasmos gastro-intestinais, asmas e bronquites.
O óleo essencial é extremamente poderoso quando utilizado puro sobre micoses nas
unhas e diluídos em óleo para fungos de pele. Tendo em vista seu sabor intenso e
penetrante, na culinária não deve-se abusar do cravo com risco de estragar o prato,
uma ou duas sementes são sufivientes para conferir sabor e aroma a cremes a base de
leite ou mesmo a um mingau de aveia.
Hortelã (mentha x villosa): esta erva é fresca e ao mesmo tempo picante. É indicada
pela ayurveda para pessoas Pitta, mas equilibra os três humores.
Utilize: fresca na forma de chá quente ou gelado, batido com sucos de frutas ácidas e
frias, como tempero de salada ou para dar um toque em tortas de forno como as de
triguilho para quibe, ou ainda em massas e pães.
Manjerona (origanum majorona): a manjerona é uma erva quente, picante
levemente doce. muito aromática e lembra o orégano. É boa para pessoas de
constituição vata e kapha e não deve ser utilizada excessivamente por indivíduos pitta.
Utilize: cozinhar o arroz branco com o chá ou mesmo acrescentar a planta fresca após
o cozimento confere aroma maravilhoso. A planta seca cai muito bem com legumes e
sopas.
Sálvia (salvia officinalis): a sálvia é quente, adstringente, penetrante, picante e
amarga. Seu uso culinário e terapêutico tem origem na idade média.
Utilize: para marinar legumes, em patês e cremes que contenham queijos e leite.
Procure sempre que utilizar a salvia, faze-lo como tempero único, pois ela tende a se
sobre sair em relação a outros temperos.
Orégano (origanum vulgare): quente, picante e estimulante. O orégano é um dos
tempero mais utilizados na culinária, principalmente pela popularidade na pizza. Sua
utilização tem origem na culinária italiana e seu uso terapêutico é descrito por muitas
culturas na literatura etnofarmacológica.
Propriedades: esta planta é muito boa para tratar gripes e resfriados, flatulência,
estimulante do sistema nervoso e da digestão. É um leve espectorante e pode ser
empregado contra bronquite, asmas, cólicas menstruais, artrite e dores musculares.
Utilize: como sou fã de orégano acredito que ele caia bem com a maioria dos pratos,
com exceção aos doces. Para quem tem o hábito de comer polenta, prato elaborado a
partir da farinha de milho, indico acrescentar durante o cozimento com algumas
colheres de nata fesca. O orégano fica delicioso também em pratos que contenham
queijo, além de ajudar a digerir-los.
Alecrim (rosmarinus officinalis): o alecrim é picante, amargo e morno. É uma planta
boa para os três doshas, especialmente para kapha.
Utilize: o chá para tomar banhos restaurativos e dar brilho aos cabelos. Pode-se
refogar as folhas de alecrim juntamente com alho ou cebola, para a preparação de
tempero de massas e feijões. Fica delicioso quando acrescentado no caldo de grão de
bico.
Manjericão (ocimum ssp.): O manjericão é planta consagrada ao Deus indiano
Krishna, sendo chamado na Índia de Tulsi (ocimum sanctum). De sabor picante e
energia quente e penetrante é considerado uma das ervas alimentícias mais sátwicas
(potencial equilibrante). Esta erva aromática pode ser utilizada pelos três humores,
sendo que pitta deve evitar seu uso excessivo devido a suas qualidades quentes.
OM Tulsayei Vidmahe