Directora:
ISSN: 1645-443X - Depósito Legal: 86929/95
P r a ç a1645-443X
ISSN: D. Afonso- V , n º 8 6 , Legal:
Depósito 4 1 5 0 - 086929/95
24 P o r t o - P O R TU G A L
Praça D. Afonso V, nº 86, 4150-024 Porto - PORTUGAL
ASSEMBLEIA EUROPEIA DAS FRATERNIDADES LEIGAS
FÁTIMA
LAICADO DOMINICANO
A 10ª Assembleia do Conselho Europeu das
Fraternidades Leigas Dominicanas (ECLDF)
teve lugar de 4 a 8 de outubro de 2017,em Fáti-
ma. O tema central foi "Pregadores da Esperan-
ça".
Na quarta-feira, 4 de outubro, festa de São
Francisco, todos os delegados da 10ª Assem-
bleia Europeia das Fraternidades Leigas Do-
minicanas chegaram ao Hotel, Casa das Ir-
mãs Dominicanas em Fátima. Os participan-
tes foram acolhidos pelos membros do con-
selho Leny Beemer - De Vos, Eva Zudorova,
Aksel Misje, Olga Rozhnikova e Arnaud Ki-
entz, assim como pelo Frei Rui Lopes, o Pro-
motor Geral dos Leigos e pelo irmão Ga-
briel Silva, organizador da logística da As-
sembleia.
"Leigos Dominicanos - Pregadores da Es-
perança" foi o tema desta Assembleia, que se
realiza de quatro em quatro anos. Neste dia,
antes da Oração de Vésperas, rezámos o Ro-
sário com os Mistérios da Alegria, na capela.
Seguiu-se o jantar, tempo de partilha e con-
vívio.
A Assembleia era constituída por cerca
de 50 participantes, entre Delegados das
diferentes Províncias, Promotores e convida-
dos. Estiveram representadas 17 Províncias e
Vicariatos: Bélgica, Bélgica Flamenga,
R.Checa, Bulgária, Dácia( P.Nórdicos), Suí-
ça, Hungria, Itália(Norte e Sul), Irlanda, Li-
Ago.Set.2017
Ano XLIX- nº 387
tuânia, Holanda, Espanha, Portugal, Eslová-
quia, Alemanha do Sul e Áustria e Teutonia
( Alemanha do Norte).
No dia 5, quinta-feira, após o café da
manhã e a oração de Laudes, fomos para a
sala de reunião da Assembleia, nosso centro
épico para os dias de Assembleia. Entrámos
na sala, cantando o hino do Jubileu e no
chão havia um enorme rosário, colocando-
nos em seu redor. Ao acender uma vela,
Leny Beemer, presidente do ECLDF, abriu
a Assembleia, rezando em conjunto a oração
da Assembleia.
Cristina Busto, Presidente do Conselho
Nacional dos Leigos de Portugal, recebeu
todos os participantes em nome das Frater-
nidades portuguesas. Apresentou o hotel
onde nos hospedamos como a casa das Ir-
mãs Dominicanas e como o lugar onde os
leigos dominicanos portugueses se sentem
em casa e celebram as suas ocasiões especi-
ais.
O primeiro orador foi o Fr. Bruno Cadoré,
Mestre da Ordem. Na sua palestra, respon-
deu às perguntas: O que significa ser um domi-
nicano leigo como pregador da esperança? Pode-
mos falar mais precisamente de leigos e pregado-
res? Por que falamos sobre pregadores leigos? O
Mestre pensa que é uma dimensão essencial ser o
que se prega.
(continua na pág.2)

Os dominicanos leigos estão na Igreja, a Igreja - pela gra-
ça de Deus - que será construída através da pregação. Ser
um dominicano leigo não diz o que são em termos canónicos,
mas qual é a identidade da Ordem, porque todos os leigos
são chamados a ser atores da evangelização. Nós fazemos
isso evangelizando através da nossa pertença à fraternidade;
a fraternidade, a comunidade é nossa maneira de pregar.
Antes do almoço celebrámos mis-
sa na capela e o Mestre da Ordem
foi o celebrante. Foi muito especi-
al porque o Sérgio, um leigo do-
minicano de Portugal, da Frater-
nidade do Porto, fez a sua pro-
messa definitiva.
À tarde, cada Província e Vicaria-
to apresentou e compartilhou
com os outros participantes os seus projetos. Foi bom
e inspirador ouvir todas essas histórias.
E por último, mas não menos importante, o Con-
selho apresentou o relatório (atividades e finanças) do
período 2014-2017.
Este primeiro dia intensivo terminou rezando o rosá-
rio e oração de Vésperas. Depois do jantar, alguns en-
saiaram para cantar nas celebrações do dia seguinte,
outros foram para o Santuário participar no Rosário e
procissão das velas e alguns tiveram uma reunião in-
formal no bar do hotel. Foi um dia bom e fraternal-
mente animado!
Dia 6, sexta – feira, depois da oração de Lau-
des, frTimothy Radcliffe OP. proferiu uma maravilhosa
palestra sobre como os nossos irmãos e irmãs no mun-
do árabe nos ensinam a ter esperança. Entre as suas
muitas questões de reflexão: como podemos continuar
tendo esperança e transmiti-la aos jovens e como os jovens
nos ensinam a ter esperança?
FrTimothy convocou a Assembleia para dar esperança
aos jovens: dê-lhes uma razão para esperar". Mas os jovens
também nos estão dando esperança. Às vezes, somos cegos
para o que fazemos: não percebemos o que é precioso e valio-
so, até estar numa área devastada. Dividida por línguas,
inglês, francês, alemão e espanhol, a Assembleia traba-
lhou, após o café, em grupos. Com base na palestra os
grupos refletiram sobre as questões: o que nos dá espe-
rança? Como podemos dar esperança à próxima gera-
ção?
Após a missa e o almoço, a Presidente do Conselho
deu uma explicação adicional sobre as eleições. De-
pois, de autocarro, fomos visitar o Mosteiro da Bata-
lha, belíssima obra gótica mandada construir por D.
João I em 1385 e entregue à Ordem dos Pregadores a
título perpétuo. Desde a sua fundação que foi um lu-
gar de estudo, sede de uma das universidades da pro-
Laicado Dominicano Ago.Set. 2017
víncia.
No final do dia, a lista definitiva de candidatos pa-
ra as eleições foi apresentada, de seguida rezámos o
Rosário e Vésperas na capela das irmãs.
No dia 7, sábado, como de costume, o dia come-
çou na capela com a oração da manhã, depois o café
da manhã. Na sala da Assembleia, após rezar a oração
da Assembleia, a Ir. Yosé Höhne-Sparborth falou sobre a
importância pastoral da esperança, com a contribui-
ção do seu tempo no Iraque.
Nesse contexto, pôs a questão: "Pregadores da esperança:
quando, onde, quem e a quem?"
Após a palestra, a Assembleia foi novamente dividida
nos grupos formados anteriormente, onde foram ana-
lisadas as questões colocadas.
Pelas 12h30, na capela do Santuário, foi celebrada
a missa, da festa da Santíssima Virgem Maria do Rosá-
rio, presidida pelo Fr Rui. Foi um momento de gran-
de emoção e alegria, participar na eucaristia, neste lu-
gar, com tantos irmãos, foi um momento importante
e especial para a Ordem.
À tarde, foram realizadas as eleições, os delegados es-
colheram o novo Conselho para o ECLDF e um re-
presentante do ICLDF (Conselho Mundial das Frater-
nidades Leigas).
A Assembleia terminou o dia rezando o Rosário,
orientado pelos irmãos das Fraternidades da Parede e
de Fátima, e as Vésperas. Depois do jantar, houve um
encontro social com os Leigos de Portugal, onde os
Voluntários Dominicanos, bem como os representan-
tes europeus do Movimento Internacional da Juventu-
de Dominicana e delegados à Assembleia, contaram
algo sobre seu trabalho e inspiração.
Finalmente, domingo, dia 8, a 10ª Assembleia reuni-
da em Fátima terminou na capela, com uma pequena
cerimónia, juntamente com as Irmãs, os Voluntários
Dominicanos e os representantes do IDYM. Os Domi-
nicanos Leigos Europeus comemoraram a entrega de
testemunho ao novo Conselho Europeu.
Os membros do Conselho para os próximos quatro
anos são: Maro Botica, (Espanha) Felix Hoffmann,
(Alemanha), Damien McDonnnell, (Irlanda), Ludovic
Namurois,(Bélgica), Vilija Šemetienė,(Lituânia). Co-
mo membro do Conselho Internacional a Assembleia
elegeu o Gabriel Silva.
O antigo Conselho entregou as velas acesas e o ícone
ECLDF da Santa Maria e o Ir. Rui deu sua bênção aos
novos membros do Conselho.
A próxima Assembleia será em 2021.
Anabela Lopes Dias, o.p.
Delegada da Província portuguesa à Assembleia Europeia
2

O ROSÁRIO E A FAMÍLIA DOMINICANA
No passado dia 14 de Outubro pelas 16.00h.
teve lugar, no Museu Diocesano de Lamego, a pri-
meira das “Tertúlias de Outono” naquela cidade
duriense, promovida pela Prof.ª Júlia Lourenço, co-
leccionadora e curadora da exposição “Contas de
Rezar”. Esta exposição, patente ao público no boni-
to espaço daquele museu, apresenta vários e valiosos
Terços, bem como outras Contas de Rezar da tradi-
ção muçulmana e budista. A Tertúlia, que teve o
apoio da Diocese de Lamego – nomeadamente do
Pe. João Carlos Morgado, capelão do Mosteiro Do-
minicano de Nossa Senhora da Eucaristia – teve co-
mo oradores o Pe. Anselmo Borges que falou sobre
a importância do diálogo inter-religioso, e do José
Gomes da Costa, leigo dominicano que expos a ínti-
ma relação entre a Família Dominicana e o Rosário.
Partindo da história de S. Domingos e dos
anos em que este permaneceu no território do Lan-
guedoc propondo uma renovada forma de pregação
JORNADAS DA FAMÍLIA DOMINICANA
Estimados Irmãos, Irmãs, Monjas, Leigos e Jovens,
dando cumprimento ao estabelecido nos
“ESTATUTOS DA FAMÍLIA DOMINICANA EM
PORTUGAL” nº 8.4.1., é com alegria que o Secreta-
riado do Conselho Nacional da Família Dominicana
vem por este meio convidar-vos a participar nas Jor-
nadas Trienais da Família Dominicana, com data
marcada para os dias 01-02 Dezembro 2017, na casa
das Irmãs Dominicanas de Santa Catarina de Sena,
em Fátima.
O Tema das Jornadas: ”Justiça, Paz, Ecologia e
Direitos Humanos”, incidirá sobre a Encíclica
“Laudato Si” do Santo Padre, o Papa Francisco.
No nº 53 do Capítulo I, o Santo Padre escreveu
“somos chamados a tornar-nos os instrumentos de
Deus Pai para que o nosso planeta seja o que Ele so-
nhou ao criá-lo e corres-ponda ao seu projecto de paz,
beleza e plenitude”.
Também o Mestre Geral, Fr. Bruno Cardoré, aca-
ba de enviar uma carta à Ordem a propor que se vive
"um mês dominicano pela Paz" e sugere o tempo de
Advento
Laicado Dominicano Ago.Set.2017
da Boa Nova, baseada no exemplo dos apóstolos,
despojada e dialogante, alicerçada na oração, no es-
tudo e na vida comunitária, abordou-se depois o
aparecimento da Família Dominicana a partir da
fundação do Mosteiro de Prouille em 1206. Segui-
damente, falou-se do Rosário e da forma como esta
oração nasceu e foi sempre amparada na nossa Or-
dem – nomeadamente através das Confrarias do
Rosário e dos Movimentos Rosaristas – até chegar à
sua estrutura actual.
Ainda antes do debate
que se seguiu, o Pe. Anselmo
Borges, na qualidade de autor,
apresentou o livro Francisco –
desafios à Igreja e ao Mundo
(Gradiva, 2017).
José Carlos Gomes da Costa,o.p.
Apelamos à Vossa disponibilidade para em Famí-
lia Dominicana fortalecermos a nossa Fé, aprofun-
darmos o CARISMA DOMINICANO e à LUZ do
EVANGELHO, prosseguirmos com o legado que
nosso PAI, S. DOMINGOS de GUSMÃO nos dei-
xou, pregadores itinerantes e permanentes.
Início: dia 01, pelas 09 horas
Termina: dia 02, pelas 17 horas.
Não há número limite de inscrições por Ramo da
Família.
Agradecemos que a Vossa inscrição nos seja envia-
da até ao dia 20 de Novembro 2017.
Um abraço fraterno em N. P. S. Domingos de
Gusmão,
O Secretariado Nacional da Família Dominicana
Lurdes Santos / Ir. Deolinda Rodrigues / Frei Geraldes
3

CARTA-CONVITE DO MESTRE GERAL À PARTICIPAÇÃO NA DINÂMICA
PREPARATÓRIA DO SÍNODO CONVOCADO PELO PAPA FRANCISCO SOBRE O
TEMA “OS JOVENS, A FÉ E O DISCERNIMENTO VOCACIONAL”
(Continuação do nº anterior)
Pregar com os jovens
Eis algumas das etapas que vos proponho para
que os frades, irmãs ou leigos acima citados possam
tomar parte neste “projecto da família dominicana”.
1)Convidar e incentivar os jovens com quem estão
envolvidos a tomar consciência do documento de
trabalho, a participar nos encontros de grupo
(reuniões) e reflexões sobre este tema nas igrejas que
cada um frequenta, afim de contribuir para as pro-
postas que serão feitas na preparação do documento
de trabalho do Sínodo, para que a realidade das espe-
ranças e preocupações dos jovens estejam presentes
na reflexão final do Sínodo. Para este efeito, um site
deverá ser aberto durante o mês de Junho, convidan-
do todos os jovens a tomar parte na reflexão.
2)Nesta participação, convidamos-vos a estarem
particularmente interessados em pôr em prática o
compromisso da Ordem na escuta da Palavra de
Laicado Dominicano Ago.Set. 2017
Deus, o enraizamento da reflexão na Tradição, a pro-
cura da verdade em diálogo com os outros saberes, a
compaixão para com os apelos que nos chegam dos
locais de intranquilidade no mundo, o desejo da sal-
vação do mundo. Neste ponto de vista, será impor-
tante ter em conta as numerosas experiências de ir-
mãos e irmãs com jovens que vivem em situações de
grande precaridade e vulnerabilidade em tantos liga-
res do mundo.
3)No site aberto pelo Secretariado do Sínodo, o
jovens têm toda a latitude para responder a um ques-
tionário que lhes é proposto
(www.sinodogiovanni2018.va) Todavia proporemos
muito proximamente um espaço de discussão no nos-
so próprio site (www.op.org). Com efeito, parece-nos
que certas questões específicas da tradição dominica-
na poderiam animar os diálogos dos irmãos, irmãs e
leigos da Ordem com os jovens:
 Como jovens, de que modo já tivestes ocasião de
dar o vosso contributo na proclamação da Boa Nova
do Reino de Deus?
 Poderemos juntos identificar os elementos do
Evangelho e da tradição da Igreja que poderão ser os
mais “atractivos” para os jovens de hoje? Como Do-
mingos, que quis seguir a escola de Jesus assemelhan-
do-se aos seus apóstolos para ir através das cidades e
aldeias proclamar a Boa Nova do Reino, de que mo-
do os jovens desejarão encontrar, à sua maneira, uma
tal dinâmica?
 A partir do vosso conhecimento e da vossa liga-
ção com os frades, leigos ou irmãs dominicanas,
quais seriam os novos projectos de evangelização em
que gostariam de tomar a iniciativa ou ser interveni-
entes directos? Quais seriam os tipos de linguagem
(palavra, media, atitudes, etc.) que melhor poderiam
corresponder à criatividade dos jovens em matéria de
proclamação desta Boa Nova?
De que modo gostariam que a Ordem dos Prega-
dores contribuísse para que a Igreja se mantivesse
próxima dos jovens das vossas gerações?
4

 De que modo os ideais de educação nos quais
estão comprometidos tantas irmãs e irmãos poderão
tomar parte na reflexão sinodal, por um lado, e por
outro, na renovação do diálogo com os jovens, que a
Igreja quer manter?
 Segundo o vosso ponto de vista, quais seriam os
elementos próprios da tradição dominicana que pen-
sais que serão particularmente adaptados à proclama-
ção da Boa Nova aos jovens das vossas gerações, parti-
cularmente aos que estão longe da Igreja?
Por certo já compreendestes que o desafio princi-
pal do projecto que vos apresentamos aqui não é
uma reflexão sobre “a nossa pastoral para os jovens”
mas sim uma maneira de de reconhecer e promover a
capacidade dos próprios jovens em serem agentes ac-
tivos da renovação da evangelização.
É uma das riquezas dos diversos carismas existen-
tes na Igreja, que não são a “propriedade” daqueles
para quem foram constituídos, mas são oferecidos à
vida da Igreja no mundo como um todo. A Ordem
dos Pregadores foi instituída no carisma da pregação,
e é sua missão, hoje mais do que nunca, oferecer a
todos a convicção de que a Igreja retoma a sua essên-
cia quando proclama a Boa Nova do Reino. Os jo-
vens, e o modo de ter em atenção a grande diversida-
de e riqueza das suas vivências através do mundo, são
uma ocasião de tomar consciência deste dever.
Este convite encontrará uma ocasião de realização
e coordenação no website da ordem (www.op.org).
Convidamos-vos a participar activamente. A primeira
Laicado Dominicano Ago.Set. 2017
participação activa poderá ser a de transmitir ao So-
cius para a vida apostólica toda a informação, refle-
xão, testemunho que poderão ser partilhados com
outros através da Ordem. Agradecemos que os envi-
em à Cúria Geral até ao fim de Outubro de 2017,
afim de que o próximo trabalho dos socii e dos pro-
motores possa ser enriquecido
(apostolatus@curia.op.org). Não se trata de redigir
um documento próprio da Ordem, mas sobretudo
animar no coração da Ordem um movimento em
que os jovens serão os primeiros actores da reflexão
sinodal, por um lado, pela sua participação na dinâ-
mica colocada pelo Secretariado Permanente do Sí-
nodo, e por outro, pelo seu próprio compromisso na
proclamação do Evangelho. E para permitir à Or-
dem ,como um todo, de beneficiar desta dinâmica de
um “Sínodo com os jovens”. Para este efeito, o
“Sínodo com os jovens” será o tema de um projecto
específico no Atrium, animado pelo serviço de promo-
ção das comunicações.
Alegrando-me com a perspectiva do que poderá
vir a ser um projecto comum da pregação dominica-
na nos dias de hoje, asseguro-vos a minha amizade
fraterna e a minha comunhão na oração e acção de
graças.
Vosso irmão,
Fr.Bruno Cadoré,o.p.
Mestre da Ordem
Tradução de Maria do Carmo Ramos o.p.
a partir do original francês
5

NOTÍCIAS DAS FRATERNIDADES
FRATERNIDADE DE
MACEDO DE CAVALEIROS
Em 08 do corrente mês de agosto, dia de são
domingos de Gusmão, pelas 20,30h na igreja santa
maria mãe da igreja de Macedo de Cavaleiros, a
fraternidade dominicana local, mandou celebrar
uma missa em honra e louvor de são Domingos de
Gusmão. Esta missa préviamente anunciada nos
boletins da paróquia, foi celebrada pelo senhor
cónego Melo coadjuvada pelo diácono permanente
Ilídio Mesquita. Estiveram a assistir à eucaristia
grande parte dos irmãos dominicanos bem como
muito público. Durante a homilia o senhor cónego
falou várias vezes em S. Domingos de Gusmão, na
sua dedicação à igreja e ao cristianismo e no exem-
plo que nos deixou. As leituras foram feitas pelos
leigos dominicanos e os cânticos por nós e toda a
assembleia. No final da celebração o senhor diáco-
no dirigiu-se à assembleia anunciando ao micro
que se alguém quisesse pertencer à fraternidade
dominicana para se dirigir ao senhor Geraldes que
ele lhe daria todas as informações. Antes do públi-
co se retirar foi cantado o hino de São Domingos,
o que agradou a todos os presentes e ao senhor
cónego celebrante. De seguida fomos à sacristia o
presidente, a vice-presidente acompanhados de al-
guns leigos agradecer ao senhor cónego e diácono a
gentileza e amabilidade, dando-lhe conhecimento
de que aqueles que estavam ali presentes eram
membros da fraternidade em formação de base.
Estes foram saudados pelo senhor cónego, deu-lhe
os parabéns desejando muitas felicidades. a missa
foi comparticipada voluntáriamente pela irmã Alci-
na Catarino.
o presidente da fraternidade leiga dominicana
Armindo Augusto Geraldes
ENCERRAMENTO SOLENE DO JUBILEU
DOS 750 ANOS DA FUNDAÇÃO DO
CONVENTO DOMINICANO DE
NOSSA SENHORA DOS MÁRTIRES DE ELVAS
Foi com muita alegria e um sentimento de gratidão
a Nosso Senhor e sua Mãe Maria Santíssima, que a
Fraternidade Leiga de São Domingos de Elvas en-
cerrou solenemente o Jubileu dos 750 anos da
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Laicado Dominicano Ago.Set. 2017
Fundação do Convento Dominicano de Nossa Se-
nhora dos Mártires, mais conhecido por São Do-
mingos de Elvas.
A Eucaristia da Solenidade de Nossa Senhora
dos Mártires foi presidida pelo Senhor Arcebispo
de Évora Dom José Alves e animada pelo Coro
Beato Aleixo Delgado que tem a sua sede na nossa
igreja. De seguida saiu em procissão a imagem de
Nossa Senhora dos Mártires pelas ruas da cidade
de Elvas, a relíquia de São Domingos levada pelo
Senhor Arcebispo, bem como os pendões das paró-
quias da cidade, Irmandades e Confrarias.
No fim foi descerrada uma placa comemorativa
deste jubileu e foi servido um jantar nos claustros
do antigo convento.
Foi um ano de muito trabalho, mas também
com muitas graças, com celebrações, encontros,
conferencias, concertos. A todos a Fraternidade
agradece o empenho de todas as pessoas que de
um ou outro modo colaboraram na preparação.
Um agradecimento especial aos Seminaristas do
Seminário Maior de Évora que colaboraram na
abertura do Jubileu e que no dia do encerramento
quando se deslocavam para Elvas oito seminaristas
e o Director Espiritual do Seminário tiveram um
acidente de viação, graças a Deus os Seminaristas
tiveram alguns ferimentos excepto o Sr. Padre Her-
nandes que que teve uma fractura na coluna e en-
contra-se hospitalizado no hospital de Évora.
Fazemos votos que os irmãos da Fraternidade
que estiverem daqui a 50 anos, possam comemorar
os 800 anos com maior empenho e dedicação.
Tozé, o.p.

A MINHA PEREGRINAÇÃO AO MONTE DE S. DOMINGOS
No passado dia 8 de Agosto, dia de S. Domingos,
fiz pela primeira vez a minha peregrinação pessoal
até ao alto de S. Domingos, monte situado no extre-
mo norte de Portugal. Tinha prometido a mim mes-
mo que, se estivesse de férias em Trás-os-Montes no
referido dia, iria fazer a tão ansiada subida a pé até
ao cimo de um monte que tem o nome de um dos
maiores santos da Igreja, e cujo carisma que fundou
tanta falta faz à Igreja e ao mundo de hoje, isto é, a
Pregação. O falar de Jesus Cristo aos outros, o pro-
clamar a Palavra de Deus, o explicar aos outros a
importância que tem a Fé em Jesus Cristo para as
pessoas, para as sociedades humanas, e para o mun-
do; a importância do anúncio do Evangelho para
uma sociedade que progressivamente se vai afastan-
do de Cristo.
O Monte de S. Domingos fica na freguesia de
Morgade, concelho de Montalegre, distrito de Vila
Real. A Festa da freguesia em honra de S. Domin-
gos foi apenas no Domingo seguinte, dia 13 de
Agosto.
Logo à entrada da aldeia, uma pequeníssima ca-
pela, com algumas imagens de S. Domingos no seu
interior, como que a darem-me força a alento para
as dificuldades que aí vinham, porque a subida não
seria tarefa fácil. Estava uma tarde de calor, e o per-
curso, embora curto, sobe a pique. Mas, como em
tudo na vida, para se conseguir um objectivo é preci-
so esforço e perseverança, fiz-me ao caminho, unin-
do o esforço físico às intenções espirituais: enquan-
to subia, rezei pela paz no mundo, pela re-
cristianização de Portugal e da Europa, pelas voca-
ções dominicanas na Igreja.
Laicado Dominicano Ago.Set. 2017
Chegado ao cimo do monte, avistei a tão ansiada
capela de S. Domingos. É uma pequena e humilde
capela com vista para a beleza e a imensidão da pai-
sagem circundante. Esta visão com que me deparei
ao chegar ao cimo do monte (a pequena capela e a
imensidão da paisagem) relembrava-me aquilo que é
a Ordem Dominicana fundada por S. Domingos,
isto é, a pobreza de bens e a simplicidade de uma
ordem mendicante dedicada apenas e só ao anúncio
do Evangelho, e que produziu frutos de uma riqueza
abundante para a Igreja e para o mundo. No fundo,
a pequenez daquela capela e a grandiosidade daque-
la paisagem, exortava-me a meditar no valor e nos
frutos da Pregação e do anúncio da Palavra de Deus,
capaz de gerar uma imensidão de conversões de pes-
soas e de Nações ao Evangelho de Jesus Cristo, a
partir da simplicidade e da mendicância da Ordem
Dominicana.
“E como hão-de acreditar naquele de quem não ouvi-
ram falar? E como hão-de ouvir falar, sem alguém que o
anuncie? E como hão-de anunciar, se não forem enviados?
(…) Portanto, a fé surge da pregação, e a pregação surge
pela palavra de Cristo.” (Rom 10, 14-15. 17)
E foi assim que terminei a minha peregrinação
até ao alto de S. Domingos, contemplando aquela
paisagem magnífica no fim da tarde daquele dia 8
de Agosto, meditando no carisma dominicano, e
na sua importância para a Igreja e o mundo de hoje.
José Alves,
S. Domingos de Benfica - Lisboa
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 Laicado Dominicano Ago.Set. 2017

ORAÇÃO

Deus Nosso Pai

Que nos deste a Tua paz por Jesus
E que por Ele conduziste nosso pai S. Domingos
A ser um pregador do Teu mundo para todo o mundo
Rezamos, como leigos dominicanos em união,
Para que possamos cada vez mais
Tornarmo-nos verdadeiros irmãos e irmãs em S. Domingos
Por amor do Teu filho e de todas as pessoas que nos são confiadas
Em Fátima, onde a Virgem Maria nos convida
A rezar pela paz no mundo
Concede-nos, te pedimos, que a paz reine entre todos os homens
Que os líderes das nações encontrem caminhos de justiça
Que todos alcancemos a paz do coração
E que, pela intercessão da Virgem Maria,
Possamos tornarmo-nos construtores de um mundo mais frater
no
Verdadeiros pregadores da Esperança
Por Cristo, Nosso Senhor,
Ámen

Oração da Assembleia Europeia das Fraternidades Leigas

Fátima 2017

F i c h a T é c n i c a
Jornal bimensal Rua Comendador Oliveira e Carmo, 26 2º Dtº
Publicação Periódica nº 119112 / ISSN: 1645-443X 2800– 476 Cova da Piedade
ISSN: 1645-443X
Propriedade: Fraternidade Leigas de São Domingos Endereço: Praça D. Afonso V, nº 86,
4150-024 PORTO
Contribuinte: 502 294 833
Depósito legal: 86929/95 E-mail: laicado@gmail.com
Tiragem: 370 exemplares
Direcção e Redacção
Cristina Busto (933286355)
Maria do Carmo Silva Ramos (966403075) Os artigos publicados expressam apenas
a o p i n i ã o d o s s e u s a u t o r e s .
Colaboração: Maria da Paz Ramos

Administração: Maria do Céu Silva (919506161) 8