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Disciplina: Direito Processual Civil IV
CONCEITO DE EXECUÇÃO:
CLASSIFICAÇÃO DA EXECUÇÃO:
Decisão executiva é aquela que impõe uma prestação ao réu e prevê uma medida
executiva direta, que será adotada em substituição à conduta do devedor, caso ele não
cumpra voluntariamente o dever que lhe é imposto. Ela está fundada, portanto, na
noção de execução direta (ou execução por sub-rogação), assim entendida aquela em
que o Poder Judiciário prescinde da colaboração do executado para a efetivação da
prestação devida e, pois, promove uma substituição da sua conduta pela conduta do
próprio Estado-juiz ou de um terceiro.
A execução direta, ou por sub-rogação, pode viabilizar-se por diferentes técnicas:
(i) Desapossamento, muito comum nas execuções para entrega de coisa, por
meio da qual se retira da posse do executado o bem a ser entregue ao
exequente (p. ex., despejo, busca e apreensão, reintegração de posse);
(ii) Transformação, por meio da qual o juiz determina que um terceiro pratique
a conduta que deveria ser praticada pelo executado, cabendo a este arcar
com o pagamento do custo respectivo; ou
(iii) Expropriação, típico das execuções para pagamento de quantia, por meio do
qual algum bem do patrimônio do devedor é expropriado para pagamento
Resumo: Fredie Didier e Leonardo da Cunha, Curso De Direito Processual Civil – Vol.5
Disciplina: Direito Processual Civil IV
Decisão mandamental é aquela que impõe uma prestação ao réu e prevê uma medida
executiva indireta, que atue na vontade do devedor como forma de compeli-lo ou
incentivá-lo a cumprir a ordem judicial. Nesses casos, o Estado-juiz busca promover a
execução com a "colaboração" do executado, forçando ou incentivando a que ele
próprio cumpra a prestação devida. Em vez de o Estado-juiz tomar as providências que
deveriam ser tomadas pelo executado, o Estado força, por meio de coerção psicológica
ou de promessa de recompensa judicial, para que o próprio executado cumpra a
prestação.
A execução indireta pode ser:
patrimonial (p. ex., imposição de multa coercitiva) ou pessoal (p. ex., imposição
de prisão civil do devedor de alimentos). O estímulo ao cumprimento da
prestação pode se dar
pelo temor (p. ex., multa coercitiva, prisão civil do devedor de alimentos,
divulgação de notícia em jornal revelando o descumprimento);
pelo incentivo (p. ex., a chamada "sanção premial" ou sanção positiva, de que é
exemplo a isenção do pagamento de custas em caso de cumprimento do
mandado monitório - art. 701, § 1º, CPC; a redução, pela metade, dos honorários
advocatícios fixados inicialmente pelo juízo, em caso de pagamento integral do
débito pecuniário na execução por quantia certa fundada em título extrajudicial
- art. 827, § 1º, CPC).
A forma de execução será aquela que for mais adequada para a efetivação do
direito, seja fungível ou infungível a obrigação, pois não há entre elas qualquer
hierarquia.
*Obs.: O TEXTO DE ARAKEN, PASSADO PELO PROFESSOR, FAZ O DISCERNIMENTO
ENTRE A TUTELA MANDAMENTAL E A EXECUTIVA LATU SENSU
Coisa julgada =
A possibilidade de surgimento da coisa julgada após uma decisão em um
procedimento executivo revela-se, com alguma clareza, pela análise de um exemplo,
que por ora nos servirá de paradigma: a decisão lastreada no art. 924 do CPC.
Nos termos do art. 924 temos que será extinta a execução quando: a petição
inicial for indeferida; a obrigação for satisfeita; o executado obtiver, por qualquer outro
meio, a extinção total da dívida; o exequente renunciar ao crédito; ocorrer a prescrição
intercorrente.
Tem a disponibilidade da execução, podendo desistir dela ou de alguns dos seus atos
independentemente do consentimento do devedor (775). Na execução extrajudicial de
obrigação de fazer ou não fazer pode escolher entre prestação realizada por terceiros e perdas
e danos (816). Na execução de sentença pode escolher entre prestação devida e perdas e danos.
Princípio Da Cooperação –
CONSAGRADO NO ART. 6º DO CPC: “TODOS OS SUJEITOS DO PROCESSO DEVEM
COOPERAR ENTRE SI PARA QUE SE OBTENHA, EM TEMPO RAZOÁVEL, DECISÃO DE MÉRITO
JUSTA E EFETIVA”. APRIMORAMENTO DO CARÁTER DIALÓGICO DO PROCESSO.
Resumo: Fredie Didier e Leonardo da Cunha, Curso De Direito Processual Civil – Vol.5
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Considerações iniciais
A depender do título que lhe serve de lastro, pode ser classificada em execução
fundada em título executivo judicial e execução fundada em título executivo
extrajudicial.
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prestação de fazer, prestação de não fazer, de pagar quantia ou de dar coisa distinta de dinheiro.
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A execução de título executivo judicial pode ter início de duas formas: (i) por
provocação da parte interessada, que é o mais comum;
Causa de pedir:
A causa de pedir da demanda executiva exige a afirmação de, pelo menos, dois
fatos jurídicos: (i) a existência de um direito à efetivação do direito de prestação certo,
líquido e exigível, que precisa ser provada mediante a exibição de um título executivo
judicial ou extrajudicial; (ii) a existência do inadimplemento por parte do devedor, que
cause lesão ao direito certificado do credor. Sobre esses temas falaremos mais adiante.
Segurança jurídica, hoje em dia para o início da atividade executiva. – não pode
haver execução sem a certeza quanto à existência do direito.
I – não exige que se trate de sentença; ainda, as decisões de tutela provisória (art.519)
– que se submetem ao regime de execução do CumSen, pois envolve penhora,
expropriação e pagamento (prestações pecuniárias).
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EXECUTIVAS LATO SENSU: a decisão executiva lato sensu, destina a fazer atuar o próprio
direito, no sentido de produzir, em si, a transformação no plano empírico, não se
restringindo a reconhecer a existência de uma relação obrigacional entre credor e
devedor (momento declaratório) e a condenar este a satisfazer a respectiva prestação
(momento sancionador);
III – se for imposto dever de prestar a terceiro não é possível opor-lhe demanda
executiva, só restando ao herdeiro propor demanda cognitiva.
Títulos na forma eletrônica: poderá ser eletrônico, duplicatas digital (cd, dvd,
pendrive)=
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela
Defensoria Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores
ou por conciliador ou mediador credenciado por tribunal;
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real
de garantia e aquele garantido por caução;
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de
imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de
condomínio;
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na
forma da lei;
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de
condomínio edilício, previstas na respectiva convenção ou aprovadas em
assembleia geral, desde que documentalmente comprovadas;
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores
de emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados,
fixados nas tabelas estabelecidas em lei;
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir
força executiva. § 1o A propositura de qualquer ação relativa a débito
constante de título executivo não inibe o credor de promover-lhe a execução.
§ 2o Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não
dependem de homologação para serem executados.
Competência:
Execução fundada em título extrajudicial > art. 781 do CPC – poderá ser processada:
Daí se percebe ser competente o juiz brasileiro sempre que aqui for domiciliado o
executado ou quando aqui deva ser cumprida a obrigação (nestes dois primeiros casos
a competência é concorrente), ou quando aqui estiver situado o imóvel sobre o qual
devam incidir os atos executivos.
As partes podem fazer negócio jurídico processual para atribuir competência exclusiva
a determinada Justiça estrangeira, afastando a competência da Justiça brasileira.
Competência interna:
Porém a execução pode ser originária do STF – quando a União a propõe contra Estado
Estrangeiro ou organismo internacional.
Competência territorial:
Regra geral: domicílio do executado. Porém pode ser derrogada por vontade das partes.
Foro de eleição > domicílio do executado > foro da situação dos bens a ela sujeitos
(ordem preferencial de proposição de execução fundada em TEEJ.
Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo
competente, observando-se o seguinte:
I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de eleição
constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos;
II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer
deles;
III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser
proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente;
IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será proposta
no foro de qualquer deles, à escolha do exequente;
V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o ato ou em que
ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não mais resida o executado.
1Considerações iniciais:
Admitida a petição inicial, o juiz deve fixar, de plano, os honorários advocatícios de 10%
sobre o valor do cálculo exigido, determinando a citação para pagar o valor da dívida
no prazo de 03 dias, sendo advertido das vantagens de pagar integralmente o valor
(honorários ficarão em 5%) – SANÇÃO PREMIAL.
III – não pagar nem apresentar embargos ou qualquer defesa – dando início à segunda
fase da execução forçada (penhora, expropriação).
Resumo: Fredie Didier e Leonardo da Cunha, Curso De Direito Processual Civil – Vol.5
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Art. 830. Se o oficial de justiça não encontrar o executado, arrestar-lhe-á tantos bens
quantos bastem para garantir a execução.
Caso o executado não seja encontrado durante a realização do ato citatório, portanto
não citado, o oficial tem autorização legal para arrestar tanto bens quantos bastem para
garantir a execução.
Não se trata de arresto, em verdade, trata-se de pré-penhora, segundo Fredie e Araken,
– pois viabiliza o engendramento de uma futura penhora.
Portanto, para que ocorra, basta que sejam satisfeitos os seguintes pressupostos:
(i) Devedor não encontrado;
(ii) Existência de bens penhoráveis.
3DEFESA DO EXECUTADO
EMBARGOS À EXECUÇÃO =
Constitui meio de defesa, porém tem forma definida pelo CPC como ação de
conhecimento. Portanto gera novo número processual(?).
Assim, os embargos assumem a forma de uma demanda, seu ajuizamento rende ensejo
à formação de novo processo, de conhecimento. Devem ser intentados por petição
inicial, que atenda aos requisitos desta. O executado vira embargante.
Em suma, presta-se a impugnar o título executivo (validade do título), a dívida
exequenda (inexistência de dívida) ou o procedimento executivo (defeito do
procedimento executivo – nulidades).
Tome nota!!! No processo de execução NÃO cabe Embargos de Terceiros, todavia, nos
casos de a execução ultrapassar os limites patrimoniais da responsabilidade pela
obrigação ajuizada, o terceiro prejudicado pelo esbulho judicial tem a seu dispor o
remédio dos embargos de terceiro.
Resumo: Fredie Didier e Leonardo da Cunha, Curso De Direito Processual Civil – Vol.5
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Cônjuge ou companheiro.
Intervenção de terceiro:
Cabe apenas na ASSISTÊNCIA e na intervenção do amicus curiae.
Pode haver o efeito suspensivo parcial – § 3o Quando o efeito suspensivo atribuído aos
embargos disser respeito apenas a parte do objeto da execução, esta prosseguirá quanto
à parte restante.
Recursos:
Rejeição liminar dos embargos é deferimento de petição inicial, se o indeferimento for
total (cabe apelação).
Cabe interposição de apelação – cabe retratação; cabe contraditório (contrarrazões).
Se o indeferimento for parcial, a decisão é interlocutória – cabe Agravo de Instrumento.
Honorários de sucumbência:
Desistência da execução:
O exequente pode desistir de toda execução ou de alguma medida ou ato executivo
(775).
A desistência total ou parcial independe de consentimento do executado.
Resumo: Fredie Didier e Leonardo da Cunha, Curso De Direito Processual Civil – Vol.5
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Exceção de pré-executividade:
O processo de execução não comporta defesa interna, já que os embargos assumem
forma de demanda de conhecimento, com natureza de defesa.
Pode ser apresentada através de simples petição e independentemente de embargos –
para que se manifeste sobre algum dos requisitos do processo de execução, portanto,
pode ser conhecida de ofício pelo juiz (sem provocação).
É matéria que não necessita de dilação probatória.
SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO