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OPERAÇÕES COM MERCADORIAS ( COMPRAS )

Nesta aula vamos tratar das OPERAÇÕES COM MERCADORIAS. Tendo em vista a
relevância deste assunto, vou dividi-lo em duas etapas. Nesta Aula 2, vamos trabalhar com as
operações de Aquisição (Compras). Na Aula 3, vou falar das operações de Vendas. Isto
significa uma pequena alteração da proposta inicial, mas acredito que será mais produtivo para
vocês.
Este tópico é bastante solicitado em concursos da área fiscal. Por que isto acontece?
Basta olharmos os fatos que acontecem no nosso dia a dia e veremos diversas lojas, não é
mesmo? Pois bem, estas lojas compram e vendem mercadorias, tornando-se sujeitas a
incidência de diversos tributos e contribuições. Como fiscalizar estas empresas sem conhecer
como as operações são contabilizadas e registradas. Naturalmente encontramos muito mais
empresas do ramo comercial do que do ramo de serviço e/ou de indústria. Desta forma, é
razoável que a cobrança em prova seja feita de forma preponderante em operações com
mercadorias.
Inicialmente, algumas definições são importantes para o correto entendimento das operações.

1. INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES
A expressão MERCADORIAS, na contabilidade, é utilizada para se designar os bens
adquiridos por um estabelecimento comercial para serem revendidos. Se o estabelecimento for
industrial as expressões mais utilizadas são MATÉRIAS-PRIMAS, INSUMOS, etc.. Temos que
lembrar que uma indústria não adquire matéria-prima para revender e sim para industrializar,
ou seja, para transforma-la. Aí sim, vende os chamados produtos, que é o resultado da
transformação daquelas matérias-primas.
Se o objeto social da empresa é a compra e venda de mercadorias, é natural que a sua
principal fonte de RECEITA, seja exatamente a transferência da propriedade destas
mercadorias a terceiros. Qual a atividade de uma lanchonete? Vender sanduíche,
Refrigerante, etc. Logo, ao vender refrigerante, a lanchonete estará transferindo a propriedade
de um bem seu (o refrigerante) a terceiros, obtendo, assim, uma RECEITA, normalmente
registrada como RECEITA BRUTA DE VENDAS ou VENDAS DE MERCADORIAS ou
VENDAS. Se a lanchonete aufere uma RECEITA, ele deve ter tido algum custo. O refrigerante
não sai de graça para ela. Este “custo” é normalmente chamado de CUSTO DAS
MERCADORIAS VENDIDAS.
Quando a empresa adquire mercadorias, temos um fato meramente permutativo, ou seja, a
operação não afeta resultado. Quando ocorre a alienação desta mercadoria, é necessário
verificar o resultado apurado na transação. Por isso o reconhecimento do CUSTO DAS
MERCADORIAS VENDIDAS.
A aquisição de mercadorias é chamada de COMPRAS.

1.1. CONTABILIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES DE COMPRAS


O primeiro grande ponto cobrado em concurso, relativamente às operações com mercadorias,
é o registro das COMPRAS. Para que possamos entender o registro (a contabilização) destas
operações é necessário fazermos uma revisão de uma parte do Direito Tributário. Em
particular, uma parte constitucional. Entre os princípios constitucionais tributários, relevante
neste momento o PRINCÍPIO DA NÃOCUMULATIVIDADE..
De acordo com a Constituição Federal, o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) (artigo
153, § 3°, inciso II) e o Imposto Sobre a Circulação e Sobre Prestações de Serviços de
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) (artigo 155, § 2°, inciso I)
serão não-cumulativos. O que isto significa? Que os valores devidos em cada operação serão
compensados com o montante cobrado nas operações anteriores.
Desta forma, quando a empresa, contribuinte do ICMS e/ou do IPI, adquire mercadorias que
sofreram a incidência destes tributos, e ao vendê-las também sofrerão estas incidências,
poderá compensar os valores pagos destes tributos nas operações iniciais.
Apesar de, até a data de hoje, não ter sido cobrado em provas na área fiscal, é importante que
vocês saibam que as contribuições para os Programas de Integração Social (PIS) e de
Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) (Lei nº 10.637/02) e a Contribuição para
o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) (Lei nº 10.833/03) também podem ser
apurados pelo regime da não-cumulatividade. Reparem no que escrevi, “podem”. Por que?
Porque a legislação determina a não-cumulatividade para as empresas tributadas pelo LUCRO
REAL, com exceções. Como saber o que a banca examinadora vai cobrar? Se a questão for
elaborada de forma correta, será informado que a empresa está sujeita ao regime não-
cumulativo para o PIS e para a COFINS.

1.1.1. CONTABILIZAÇÃO DE COMPRAS DE MERCADORIAS COM INCIDÊNCIA DE


ICMS/PIS/COFINS RECUPERÁVEIS
O ICMS, o PIS e a COFINS são considerados tributos (se considerarmos contribuições como
tributos) “por dentro”. O que quer dizer “por dentro”? Que os valores do ICMS, do PIS e da
COFINS estão incluídos no preço das mercadorias adquiridas.
Assim, se ocorrer uma aquisição de mercadorias para revenda por $ 400.000,00, com
incidência de ICMS à alíquota de 20%, de PIS a 2% e da COFINS a 8% (alíquotas hipotéticas),
o registro contábil deve ser o seguinte:

Nota Fiscal de Aquisição de Mercadorias


Mercadorias – x Unidades
ICMS (20% x 400.000) 400.000,00
80.000,00 400.000,00

Memória de Cálculo:
$
Valor da Nota Fiscal 400.000,00
ICMS (20%)- incluído no preço 80.000,00
PIS (2%) – incluído no preço 8.000,00
COFINS (8%) – incluído no preço 32.000,00
Valor líquido da mercadoria 280.000,00

Quando a empresa adquire as mercadorias para revenda, “dentro” de seu valor estão
embutidos os tributos que têm como fato gerador o faturamento e/ou a circulação de
mercadorias, como é o caso do PIS, da COFINS e do ICMS.
Se estes tributos estão regidos pelo regime não-cumulativo, significa dizer que eles podem ser
compensados com os valores que serão devidos quando da venda das mercadorias. Pessoal,
não se esqueçam que a empresa será sujeito passivo desses tributos quando da ocorrência do
fato gerador, que será o FATURAMENTO (no caso do PIS e da COFINS) ou a CIRCULAÇÃO
DA MERCADORIA (no caso do ICMS).
O que precisamos saber, então? Quais os valores desses tributos que incidiram sobre a
operação. Na tabela acima, percebemos que em $ 400.000,00 do preço de compra, $
80.000,00 se referem ao ICMS que o vendedor irá recolher ao Estado, $ 8.000,00 ao PIS e
32.000,00 a COFINS, sendo que estas duas contribuições deverão ser recolhidas aos cofres
da União.. Para o adquirente, esses tributos, em função do princípio da não cumulatividade,
representam um adiantamento do que será devido quando da venda deste estoque. Logo,
estes valores pagos na aquisição das mercadorias significam um direito da empresa contra o
ESTADO e a UNIÃO, devendo ser reconhecido na escrituração contábil, através de contas
próprias, que podem ser chamadas de C/C ICMS (ou ICMS a RECUPERAR), C/C PIS (ou PIS
a RECUPERAR) e C/C COFINS (ou COFINS a RECUPERAR). Significando direitos para a
empresa, são contas de ATIVO.
Estas contas (ICMS a RECUPERAR - PIS a RECUPERAR - COFINS a RECUPERAR) têm o
seguinte funcionamento:
Quando da aquisição das mercadorias, são DEBITADAS pelo valor embutido no preço.
Quando do encerramento do período de apuração do imposto, são CREDITADAS para a
transferência de seu saldo para as contas do passivo, ICMS a RECOLHER, PIS a RECOLHER
e COFINS a RECOLHER.

A contabilização da operação acima pode ser feita das seguintes formas:

1 – COMPRA À VISTA
DIVERSOS
a CAIXA
MERCADORIAS $ 280.000,00
ICMS A RECUPERAR $ 80.000,00
PIS A RECUPERAR $ 8.000,00
COFINS A RECUPERAR $ 32.000,00 $ 400.000,00

2 – COMPRA À VISTA, COM PAGAMENTO EM CHEUQE


DIVERSOS
a BANCOS C/MOVIMENTO
MERCADORIAS $ 280.000,00
ICMS A RECUPERAR $ 80.000,00
PIS A RECUPERAR $ 8.000,00
COFINS A RECUPERAR $ 32.000,00 $ 400.000,00

3 – COMPRA A PRAZO
DIVERSOS
a FORNECEDORES
MERCADORIAS $ 280.000,00
ICMS A RECUPERAR $ 80.000,00
PIS A RECUPERAR $ 8.000,00
COFINS A RECUPERAR $ 32.000,00 $ 400.000,00

4 – COMPRA DE METADE À VISTA E METADE A PRAZO


DIVERSOS
a DIVERSOS
MERCADORIAS $ 280.000,00
ICMS A RECUPERAR $ 80.000,00
PIS A RECUPERAR $ 8.000,00
COFINS A RECUPERAR $ 32.000,00 $ 400.000,00
a CAIXA $ 200.000,00
a FORNECEDORES $ 200.000,00 $ 400.000,00

Não se esqueçam que, até a data de hoje, não houve cobrança da nãocumulatividade do Pis e
da Cofins em provas da área fiscal. Caso não seja cobrado, os valores destas contribuições
são acrescidos ao valor de aquisição da mercadoria, por não serem recuperáveis. Se não são
recuperáveis, são custos. Vocês já pararam para reparar que quando nós compramos uma
camisa em uma loja, por R$ 80,00, neste valor está incluído, por exemplo, o valor do ICMS? E
que não nos preocupamos em identificar este valor? Por que? Porque ele não é recuperável
para nós e desta forma, o que interessa é o valor efetivamente pago.
Obs.: Muitas empresas costumam usar uma única conta para substituir as contas A
RECUPERAR e A RECOLHER. Esta conta é chamada de CONTA CORRENTE (C/C ICMS,
C/C PIS e C/C COFINS). A C/C é DEBITADA pelo valor incidente nas operações de aquisição
de mercadorias e CREDITADA pelo valor incidente nas operações de venda de mercadorias.
Assim, no final do período de apuração do imposto, essa conta poderá apresentar saldo
devedor ou saldo credor.
- Saldo DEVEDOR apurado na C/C indica que a empresa tem um DIREITO de crédito contra a
FAZENDA PÚBLICA a ser compensado nos períodos-base subseqüentes.
- Saldo CREDOR indica o valor a ser recolhido, sendo, portanto, uma OBRIGAÇÃO da
empresa junto a FAZENDA PÚBLICA.
Podemos concluir que se a C/C apresentar saldo DEVEDOR, sendo um direito da empresa, a
mesma deverá ser classificada no ativo. Porém, se a conta apresentar saldo CREDOR, sendo
uma obrigação da empresa, a mesma deverá ser classificada no PASSIVO.

1.1.2. COMPRAS DE MERCADORIAS COM INCIDÊNCIA DE IPI/ICMS/PIS/COFINS


RECUPERÁVEIS
O IPI é um tributo que tem como fato gerador a saída de produto industrializado do
estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial, além do desembaraço aduaneiro de
produto de procedência estrangeira. A primeira grande diferença com relação ao ICMS, ao PIS
e a COFINS é que seu valor não está incluído no preço dos produtos.
Se o adquirente dos produtos sobre os quais incidiu o imposto é contribuinte do IPI (empresa
industrial ou equiparada a industrial), e os produtos adquiridos serão utilizados em seu
processo de industrialização, o IPI incidente na operação de aquisição poderá ser
RECUPERADO quando da venda dos bens industrializados pelo industrial (princípio da não-
cumulatividade). Porém, caso o adquirente não seja contribuinte do IPI ou, sendo contribuinte,
não utilize os produtos adquiridos em seu processo fabril, o IPI incidente na operação NÃO
SERÁ RECUPERADO e, portanto integrará o custo de aquisição.

1.1.2.1. EXEMPLO DE CONTABILIZAÇÃO DE COMPRA DE MERCADORIAS COM IPI,


ICMS, PIS e COFINS RECUPERÁVEIS
Uma determinada indústria adquire matéria-prima pelo valor de $ 1.000.000,00 com alíquota do
IPI de 20%. Considerando que a alíquota do ICMS é de 20%, do PIS 2,0% e da COFINS 8,0%
(alíquotas hipotéticas), a contabilização deverá ser efetuada da seguinte forma:

Nota Fiscal de Aquisição de Mercadorias


Matéria-Prima – x Unidades 1.000.000,00
IPI – 20% x 1.000.000,00 200.000,00
ICMS (20% x 1.000.000)
200.000,00 1.200.000,00

Memória de Cálculo:
$
Valor da aquisição sem IPI 1.000.000,00
IPI s/ compra (20%) - não incluso no preço da mercadoria 200.000,00
Valor total da nota 1.200.000,00
ICMS s/ compra (20%) - incluso no preço da mercadoria 200.000,00
PIS s/ compra (2,0%) - incluso no preço da mercadoria 20.000,00
COFINS s/ compra (8,0%) - incluso no preço da mercadoria 80.000,00
Valor líquido da mercadoria 700.000,00

Obs. Como o IPI é recuperável neste exemplo, seu valor não entra na base de cálculo do ICMS
(artigo 155, § 2º, inciso XI da Constituição Federal) e do PIS (artigo 66, § 3º, da Instrução
Normativa nº 247/2002) e da COFINS (artigo 8º, § 3º, da Instrução Normativa nº 404/2004).

CONTABILIZAÇÃO (considerando compra a prazo)


DIVERSOS
a FORNECEDORES
MERCADORIAS $ 700.000,00
ICMS A RECUPERAR $ 200.000,00
IPI A RECUPERAR $ 200.000,00
COFINS A RECUPERAR $ 80.000,00
PIS A RECUPERAR $ 20.000,00 $ 1.200.000,00

Mais uma vez, pessoal, não se esqueçam que a não-cumulatividade do PIS e da COFINS não
tem sido cobrado em prova na área fiscal. Logo, se não houver alguma sinalização, considere
o PIS e COFINS como cumulativos e desta forma, não teremos as Contas de PIS a Recuperar
e COFINS a RECUPERAR e seus valores serão acrescido ao valor de aquisição das
mercadorias.

1.1.2.2. EXEMPLO DE CONTABILIZAÇÃO DE COMPRA DE MERCADORIAS QUANDO O


IPI NÃO É RECUPERÁVEL E O ICMS/PIS/COFINS SÃO RECUPERÁVEIS
1.1.2.2.1. AQUISIÇÃO DE BENS PARA USO DA EMPRESA ADQUIRENTE
As empresas comerciais, para poderem revender as mercadorias, precisam adquirir seus
estoques. Se a aquisição for feita diretamente à indústria, esta precisa cobrar o valor do IPI,
pois é contribuinte deste tributo. Como a adquirente não é contribuinte do IPI, não poderá
compensar o valor do IPI. E, muitas vezes, a empresa comercial adquire ativos que não serão
revendidos, e serão alocados no Imobilizado da empresa. Vejamos o seguinte exemplo:
Uma empresa comercial adquire uma máquina para seu ativo imobilizado diretamente da
indústria por $ 100.000,00, com alíquota de IPI de 30%, de ICMS de 20%, de PIS de 2,0% e da
COFINS de 8,0%, à vista. Como se trata de uma aquisição para uso e não para revenda, o IPI
não será recuperável, devendo integrar o custo de aquisição.

Nota Fiscal de Aquisição da Máquina


Máquina
IPI – 30% x 100.000,00 100.000,00
ICMS (20% x 130.000) 30.000,00
26.000,00 130.000,00

Memória de Cálculo:
$
Valor da aquisição sem o IPI 100.000,00
IPI s/ compra (30%) – cobrado destacadamente 30.000,00
ICMS s/ compra (20%) – incluído no preço 26.000,00
PIS s/ compra (2,0%) – incluído no preço 2.600,00
COFINS s/ compra (8,0%) – incluído no preço 10.400,00
Valor total da nota 130.000,00

Obs. Como o IPI não é recuperável neste exemplo, e o produto não se destina a
comercialização ou a industrialização, seu valor integra a base de cálculo do ICMS (artigo 155,
§ 2º, inciso XI da Constituição Federal) e por interpretação ao disposto nos artigos 66, § 3º da
Instrução Normativa nº 247/2002 e 8º, § 3º da Instrução Normativa nº 404/2004, também
integra a base de cálculo do PIS e da COFINS.

CONTABILIZAÇÃO (considerando compra à vista)


DIVERSOS
a CAIXA
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS $ 91.000,00
ICMS A RECUPERAR $ 26.000,00
PIS A RECUPERAR $ 2.600,00
COFINS A RECUPERAR $ 10.400,00 $ 130.000,00

CUIDADO
Obs.: 1) Apesar da máquina ter sido adquirida para integrar o ativo permanente da empresa, o
ICMS será recuperável, uma vez que a Lei Complementar n° 87/96 ?(conhecida como Lei
Kandir) implantou esta sistemática, ou seja, a aquisição de bens incorporados ao ativo
permanente também dá direito à compensação do ICMS incidente na aquisição. É importante
observar que, apesar da possibilidade de compensação estabelecida pela Lei Complementar nº
87/96, a Lei Complementar nº 102/2000 determinou que a compensação destes créditos seja
efetuada a razão de um quarenta e oito avos por mês, a partir do mês em que ocorrer a
entrada no estabelecimento.
2) Quanto ao PIS e a COFINS, a legislação permite a utilização dos créditos a máquinas e
equipamentos adquiridos para utilização na fabricação de produtos destinados à venda e a
outros bens incorporados ao ativo imobilizado. A utilização dos créditos será feita a partir da
depreciação dos ativos que lhe deram origem, podendo, opcionalmente, utilizar os créditos a
razão de um quarenta e oito avos por mÊs, também, obedecidos determinados critérios
estabelecidos na legislação..

1.1.2.2.2. AQUISIÇÃO DE PRODUTOS PARA REVENDA POR EMPRESA COMERCIAL – IPI


NÃO RECUPERÁVEL E ICMS/PIS/COFINS RECUPERÁVEIS
Vejam, agora, um exemplo de aquisição de mercadorias por uma empresa comercial para
revenda. A aquisição também foi feita diretamente à indústria, ou seja, com a incidência do IPI.
A empresa Só Comércio Ltda adquire, à vista, produtos industrializados para revenda, por $
400.000,00, com IPI a alíquota de 30%, ICMS a alíquota de 20%, PIS a alíquota de 2,0% e
COFINS a alíquota de 8,0%. Como o adquirente não é contribuinte do IPI, este não será
recuperável, devendo integrar o custo de aquisição.

Nota Fiscal de Aquisição da Mercadoria


Mercadoria – x Unidades
IPI – 30% x 400.000,00 400.000,00
ICMS (20% x 400.000) 120.000,00
80.000,00 520.000,00

Memória de Cálculo:
$
Valor da compra, sem IPI 400.000,00
IPI s/ compra (30%) – cobrado destacadamente 120.000,00
ICMS s/ compra (20%) – incluído no preço 80.000,00
PIS s/ compra (2,0%) – incluído no preço 10.400,00
COFINS s/ compra (8,0%) – incluído no preço 41.600,00
Valor total da nota 520.000,00
Valor líquido da mercadoria 388.000,00

Obs. Como o IPI não é recuperável neste exemplo, porém o produto é destinado a
comercialização, seu valor não entra na base de cálculo do ICMS (artigo 155, § 2º, inciso XI da
Constituição Federal). Porém, integra a base de cálculo do PIS e da COFINS, tendo em vista o
disposto nos artigos 66, § 3º, da Instrução Normativa nº 247/2002 e 8º, § 3º, da Instrução
Normativa nº 404/2004..

CONTABILIZAÇÃO
DIVERSOS
a CAIXA
MERCADORIAS $ 388.000,00
ICMS A RECUPERAR $ 80.000,00
PIS A RECUPERAR $ 10.400,00
COFINS A RECUPERAR $ 41.600,00 $ 520.000,00

OBS. OUTROS GASTOS NAS AQUISIÇÕES - IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO, FRETES E


SEGUROS.
- Diversos gastos são realizados quando adquirimos algum produto. Qual o tratamento destes
gastos?
- Um deles é o imposto de importação, que pela própria natureza não existe a possibilidade de
sua compensação pelo importador. Portanto, o mesmo deverá ser acrescido ao custo de
aquisição das mercadorias importadas.
- O mesmo acontece com os fretes, seguros e demais despesas acessórias que o adquirente é
obrigado a pagar, que integram o custo de aquisição das mercadorias objeto de venda.
Para não esquecer disso, basta lembrar do seguinte:
Quando você compra uma mercadoria em alguma loja e pelo tamanho você não pode carrega-
la, tem que contratar alguém para realizar o frete. Imaginando que este frete tenha custado $
50,00 e a mercadoria $ 350,00, quanto custou a mercadoria para você, ao final?
Não foi $ 400,00? Por que seria diferente na pessoa jurídica?

Exemplo de questões com mercadorias – Compras


01 - (Analista Comércio Exterior/98) - A Industrial & Cia. emitiu a seguinte nota fiscal de venda
a prazo de um lote de produtos:
- 200 marretas de bater pneus, tamanho médio, a R$ 8,00, cada uma - R$ 1.600,00
- Despesa com o transporte e seguro do produto até a loja do comprador - R$ 50,00
- IPI (Imposto s/Produtos Industrializados) R$ 165,00
- Total da nota fiscal R$ 1.815,00
- ICMS (Já incluído no preço) R$ 245,00

O comprador dessa mercadoria, a empresa Comercial Ltda., adota o sistema de inventário


permanente e mandou fazer a contabilização dessa partida de compra através do seguinte
lançamento contábil, que está correto:

a) Estoque de Mercadorias
a Fornecedores 1.815,00

b) Diversos
a Fornecedores
Estoque de Mercadorias 1.355,00
Contas Correntes - ICMS 245,00
Contas Correntes - IPI 165,00
Despesa de Frete 50,00 1.815,00

c) Diversos
a Fornecedores
Estoque de Mercadorias 1.570,00
Contas Correntes - ICMS 245,00 1.815,00
d) Diversos
a Fornecedores
Estoque de Mercadorias 1.405,00
Contas Correntes - ICMS 245,00
Contas Correntes - IPI 165,00 1.815,00

e) Diversos
a Fornecedores
Compra de Mercadorias 1.570,00
Contas Correntes - ICMS 245,00 1.815,00

Solução:
A empresa adquirente não é contribuinte do IPI (vejam no enunciado que é uma empresa
Comercial). Desta forma, o IPI não é recuperável, devendo ser acrescido ao custo de aquisição
da mercadoria. O valor da despesa com frete e seguro também deve ser acrescido ao custo de
aquisição. Sendo assim:
Valor da Nota Fiscal – R$ 1.815,00
ICMS Recuperável – (R$ 245,00)
Valor da Mercadoria – R$ 1.570,00

Como o enunciado afirma que a empresa adota o sistema de inventário permanente, a


contabilização da operação deve ser realizada utilizando a conta “Estoques” ou “Mercadorias”.
A conta “Compras” é usada apenas no sistema de inventário periódico.
Gabarito – C

02 - (SUSEP/2001) Em 25 de janeiro, a nossa empresa adquiriu a prazo, para revender, um


lote de 500 itens industrializados, com tributação de ICMS a 12% e de IPI a 4%. O preço de
venda praticado pela indústria vendedora e aceito por nós foi de R$ 30,00 a unidade. Na
operação foram emitidas duplicatas, que aceitamos devidamente. A nossa Contabilidade é
informatizada, utilizando um sistema que só admite lançamentos contábeis de primeira fórmula,
de modo que, para contabilizar a operação acima citada, foram necessários os três
lançamentos abaixo. Assinale a opção correta.
a) Mercadorias
a Duplicatas a Pagar
pelo preço de compra 15.000,00

ICMS a Recuperar
a Duplicatas a Pagar
pelo valor do ICMS s/ a compra 1.800,00

IPI a Recuperar
a Duplicatas a Pagar
pelo valor do IPI s/ a compra 600,00

b) Mercadorias
a Duplicatas a Pagar
pelo preço de compra 13.200,00

ICMS a Recuperar
a Mercadorias
pelo valor do ICMS s/ a compra 1.800,00

Mercadorias
a Duplicatas a Pagar
pelo valor do IPI s/ a compra 600,00

c) Mercadorias
a Duplicatas a Pagar
pelo preço de compra 13.200,00

Mercadorias
a ICMS a Recuperar
pelo valor do ICMS s/ a compra 1.800,00

Mercadorias
a IPI a Recolher
pelo valor do IPI s/ a compra 600,00

d) Mercadorias
a Duplicatas a Pagar
pelo preço de compra 15.000,00

ICMS a Recuperar
a Mercadorias
pelo valor do ICMS s/ a compra 1.800,00

Mercadorias
a Duplicatas a Pagar
pelo valor do IPI s/ a compra 600,00

e) Mercadorias
a Duplicatas a Pagar
pelo preço de compra 15.000,00

ICMS a Recuperar
a Mercadorias
pelo valor do ICMS s/ a compra 1.800,00

IPI a Recuperar
a Mercadorias
pelo valor do IPI s/ a compra 600,00

Solução:
A empresa adquirente não é contribuinte do IPI (vejam no enunciado que a aquisição é
destinada para revenda, portanto empresa Comercial). Assim, o IPI não é recuperável. Nesta
questão, devemos verificar se o IPI está incluído no preço unitário de $ 30,00 ou se deverá ser
calculado a parte.
Conforme comentado na introdução teórica, o IPI é um tributo por fora, ou seja, cobrado
destacadamente do adquirente (item 1.1.2) Logo, o valor da nota fiscal poderá ser
demonstrado da seguinte forma:

- 500 Unidades x $ 30,00 = $ 15.000,00


- IPI – (4% x $ 15.000,00) = $ 600,00
- Total da Nota Fiscal - $ 15.600,00
- Icms incluso no Preço (12% x $ 15.000,00) = $ 1.800,00
-
O valor a ser contabilizado levará em conta que apenas o ICMS é recuperável.
Valor da Nota Fiscal – $ 15.600,00
ICMS Recuperável – ($ 1.800,00)
Valor da Mercadoria – R$ 13.800,00

Ao resolver a questão, que de forma proposital, para confundir o candidato, foi elaborada com
lançamentos de Primeira Fórmula, vocês podem desprezar as opções que apresentem a conta
IPI a Recuperar. Conforme vimos, este tributo não é recuperável. Logo, as letras “a” e “e” são
descartadas, assim como a letra “c” que tem a conta IPI a Recolher. Ora, quem tem IPI a
Recolher é o vendedor e não o adquirente.
Conseguimos reduzir as opções para as letras “b” e “d”. Ao efetuarmos a contabilização, a
conta “Mercadorias” tem que ter o saldo de $ 13.800,00 e a conta ICMS a Recuperar o saldo
de $ 1.800,00. Esta opção é a letra D
Gabarito – D

03- (AFRF 2003/ESAF) - A empresa Comércio Industrial Ltda. comprou 250 latas de tinta ao
custo unitário de R$ 120,00, tributadas com IPI de 5% e ICMS de 12%. Pagou entrada de 20%
e aceitou duas duplicatas mensais de igual valor. A tinta adquirida foi contabilizada conforme
sua natureza contábil funcional, com a seguinte destinação:
- 50 latas para consumo interno;
- 100 latas para revender; e
- 100 latas para usar como matéria-prima.
Após efetuar o competente lançamento contábil, é correto afirmar que, com essa operação, os
estoques da empresa sofreram aumento no valor de
a) R$ 31.500,00
b) R$ 30.000,00
c) R$ 28.020,00
d) R$ 27.900,00
e) R$ 26.500,00
Solução:
Nesta questão, temos a mesma empresa adquirindo produtos para Consumo (IPI e ICMS não
são recuperáveis), para Revenda (o IPI não é Recuperável, mas o ICMS é Recuperável) e para
Industrialização (o IPI e o ICMS são Recuperáveis). O segredo da questão é identificar os
valores dos impostos nas três operações e separar aqueles que são recuperáveis.
Desta forma, podemos separar as operações da seguinte forma:
- 100 latas para usar como matéria-prima –
• Valor Unitário – R$ 120,00
• IPI não incluído no preço (5% x R$ 120,00) - R$ 6,00
• Valor Total de cada Produto – R$ 126,00
• ICMS incluso no preço (12% x R$ 120,00) – R$ 14,40
• Neste caso, tanto o IPI quanto o ICMS são recuperáveis e assim, o valor que será
registrado no estoque, por produto, é igual a R$ 105,60 (R$ 126,00 – R$ 6,00 – R$
14,40).
• Como são 100 unidades, o valor total é igual a R$ 10.560,00
- 100 latas para revender –
• Valor Unitário – R$ 120,00
• IPI não incluído no preço (5% x R$ 120,00) - R$ 6,00
• Valor Total de cada Produto – R$ 126,00
• ICMS incluso no preço (12% x R$ 120,00) – R$ 14,40
• Neste caso, apenas o ICMS é recuperável e assim, o valor que será registrado no
estoque, por unidade, é igual a R$ 111,60 (R$ 126,00 – R$14,40).
• Como são 100 unidades, o valor total é igual a R$ 11.160,00
- 50 latas para consumo interno
• Valor Unitário – R$ 120,00
• IPI não incluído no preço (5% x R$ 120,00) - R$ 6,00
• Valor Total de cada Produto – R$ 126,00
• ICMS incluso no preço (12% x R$ 126,00) – R$ 15,12 (repare que neste caso o valor do
IPI foi incluído na base de cálculo do ICMS, pois o produto não será destinado a
comercialização ou a industrialização – CF/88, art 155, § 2º, inciso XI)
• Neste caso, nem o ICMS nem o IPI são recuperáveis, e assim, o valor que será
registrado no estoque, por unidade, é igual a R$ 126,00.
• Como são 50 unidades, o valor total é igual a R$ 6.300,00
O valor total a ser lançado nos estoques é igual a R$ 28.020,00 (R$ 10.560,00 + R$ 11.160,00
+ R$ 6.300,00).

Gabarito – C

04 – (TTN/1998) - Em 25 de março de 1998, a Firma Mento Ltda. pagou o total de R$ 210,00,


na aquisição de 4 mesas, com a finalidade de revendê-las. Esse valor contém o preço das
mesas com incidência de R$ 34,00 de ICMS e de R$ 10,00 de IPI.
- a empresa mantém controle permanente de estoques;
- o critério de avaliação utilizado é pelo método PEPS (Primeiro a Entrar é o Primeiro a Sair);
Após contabilizar essa aquisição de mercadorias a empresa deverá lançar na Ficha de
Controle de Estoques, do item mesas para revenda, o valor unitário de
a) R$ 44,00
b) R$ 50,00
c) R$ 46,50
d) R$ 52,50
e) R$ 41,50
Solução:
A aquisição tem a finalidade de revenda. O examinador está nos dizendo, portanto, que a
empresa adquirente não é contribuinte do IPI e, então, o valor deste imposto não será
recuperável.
Prestem atenção que, diferentemente das questões anteriores, o valo do IPI está incluído no
preço. Podemos chegar a esta conclusão de diversas formas, principalmente porque foi
informado que empresa PAGOU o valor TOTAL de R$ 210,00. Se o valor pago foi aquele,
significa que é o valor da nota, portanto já com o destaque do IPI.
Após esta breve análise, passemos aos cálculos:
- Valor total da nota – R$ 210,00
• Valor do ICMS – R$ 34,00
• Valor da Mercadoria Líquido do ICMS – R$ 176,00 (R$ 210,00 – R$ 34,00)
- Como é solicitado o valor unitário da mesa e foram adquiridas 4 mesas, a resposta será R$
44,00 (R$ 176,00/4)
Gabarito – A

05 - (Pará-Esaf/2002) - Assinale a opção correta.


As despesas de fretes
a) e seguros pagas na aquisição de mercadorias para revenda devem ser classificadas como
custo de aquisição de mercadorias.
b) e seguros pagas na aquisição de mercadorias para revenda devem ser classificadas como
despesas comerciais.
c) não pagas, devem ser classificadas no ativo diferido.
d) pagas na entrega de mercadorias vendidas devem ser classificadas como custo de
mercadorias vendidas.
e) pagas na venda de mercadorias não alteram o resultado operacional.
Solução: Conforme comentado no item 1.1.2.2.2, as despesas acessórias (fretes, seguros) são
acrescidas ao custo de aquisição das mercadorias.
Gabarito - A
06 - (Pará-Esaf/2002) -Em 10.01.2002, uma empresa comercial adquiriu da Indústria X, para
revenda, 8 unidades do produto X, pelo valor de fatura de R$ 400,00.
O estoque inicial, em 31.12.2001, do produto X era de 4 unidades, no total de R$ 160,00.
A compra do produto X, sujeita ao ICMS de 20% e isenta do IPI, foi feita a prazo.
O registro contábil da compra foi:
a) Produtos Prontos
Produto X
a Fornecedores
Indústria X
Pela aquisição de 8 unidades para revenda 400,00

b) Produtos Prontos
Produto X
a Mercadorias para Revenda
Produto X
Pela aquisição de 8 unidades para revenda 400,00

c) Mercadorias para Revenda


Produto X
a Fornecedores
Indústria X
Pela aquisição de 8 unidades para revenda 400,00

d) Diversos
a Fornecedores
Indústria X
Mercadorias para Revenda 320,00
Produto X
Pela aquisição de 8 unidades para revenda
Contas Correntes ICMS 80,00 400,00

e) Diversos
a Fornecedores
Indústria X
Mercadorias para Revenda 400,00
Produto X

Pela aquisição de 8 unidades para revenda


Contas Correntes ICMS 80,00 480,00
Solução: Quem adquiriu o produto foi uma empresa comercial, com a finalidade de revenda.
Assim, o ICMS pago na aquisição será recuperável.Não esqueçam que o ICMS é um tributo
“por dentro”, ou seja, está incluído no preço. Separando do valor pago a parcela de ICMS,
teremos um estoque com o seguinte valor:
- Valor total da nota – R$ 400,00
• Valor do ICMS – R$ 80,00
• Valor da Mercadoria Líquido do ICMS – R$ 320,00 (R$ 400,00 – R$ 80,00)
Gabarito – D

07 - O saldo da conta ICMS A RECUPERAR representa:


a) débito da empresa com o governo.
b) crédito da empresa com clientes.
c) créditos da empresa com fornecedores.
d) créditos da empresa com o governo.
e) débito da empresa com fornecedores.
Solução: O ICMS a RECUPERAR representa um direito da empresa contra o governo. Esta é
uma pegadinha muito comum nas provas da ESAF. Quando temos um direito, seu registro
contábil é feito a débito (quando ocorre o aumento de seu valor). Este é um conceito contábil.
Porém, economicamente, quando temos um direito, temos um crédito contra alguém.
Qual opção marcar. Eu diria que se não for perguntado lançamento contábil, pense
economicamente e assim a resposta será a letra D.
Gabarito – D

08 - Uma empresa contribuinte do ICMS, mas não do IPI, deve registrar como custo das
mercadorias adquiridas para revenda, quando cobrados esses impostos:
a) incluindo o IPI e excluindo do ICMS
b) incluindo o ICMS e excluindo o IPI
c) incluindo o ICMS e o IPI
d) excluindo o ICMS e o IPI
e) excluindo o ICMS e IPI, mas incluindo o ICMS relativo a revenda
Solução: Fizemos várias destas questões acima. Quando o imposto não é recuperável, ele é
incluído no preço. E quando podemos compensar seu valor, devemos destaca-lo do preço.
Neste exemplo, apenas o ICMS é recuperável, logo somente ele deve ser excluído do custo de
aquisição.
Gabarito – A

09 - A Cia Comercial P. que se dedica exclusivamente à revenda (varejo) de mercadorias de


fabricação nacional e adota o sistema de inventário permanente, adquiriu da Cia Industrial Q
um lote de mercadorias, assim especificadas na Nota Fiscal no 01:

• 100 bolsas de couro a R$ 40,00 cada 4.000


• Despesas de transporte até o destino 20
4.020
• IPI (10%) 402
Total da Nota 4.422
• ICMS (15% - incluído no preço) 603

O registro contábil desta aquisição foi corretamente feito pela Cia Comercial P. assim:
a) Estoque de Mercadorias
a Fornecedores 4.422

b) Estoque de mercadorias 3.397


Conta Corrente ICS 603
Conta Corrente IPI 402
Despesas de Frete 20
a Fornecedores 4.422

c) Compra de Mercadorias 3.819


Conta Corrente ICMS 603
a Fornecedores 4.422

d) Estoque de Mercadorias 3.417


Conta Corrente ICMS 603
Conta Corrente IPI 402
a Fornecedores 4.422
e) Estoque de Mercadorias 3.819
Conta Corrente ICMS 603
a Fornecedores 4.422
Solução:
A empresa adquirente não é contribuinte do IPI (vejam no enunciado que o adquirente é uma
empresa que opera exclusivamente no varejo). Desta forma, o IPI não é recuperável, devendo
ser acrescido ao custo de aquisição da mercadoria. O valor da despesa com frete e seguro
também deve ser acrescido ao custo de aquisição. Sendo assim:

Valor da Nota Fiscal – R$ 4.422,00


ICMS Recuperável – (R$ 603,00)
Valor da Mercadoria – R$ 3.819,00

Como o enunciado afirma que a empresa adota o sistema de inventário permanente, a


contabilização da operação deve ser realizada utilizando a conta “Estoques” ou “Mercadorias”.
A conta “Compras” é usada apenas no sistema de inventário periódico.
Gabarito – E

10 - A Cia Comercial que é contribuinte do ICMS, mas não é do IPI, comprou à vista, para
revender 200 liqüidificadores ao preço unitário de $ 300,00, com incidência de IPI à alíquota de
20% e de ICMS à alíquota de 17%. Para registrar a operação, o contador deverá fazer o
seguinte lançamento:

a) Diversos
a Caixa
Mercadorias $ 49.800,00
C/C de ICMS $ 10.200,00 $ 60.000,00

b) Diversos
a Caixa
Mercadorias $ 37.800,00
C/C de IPI $ 12.000,00
C/C de ICMS $ 10.200,00 $ 60.000,00

c) Diversos
a Caixa
Mercadorias $ 60.000,00
C/C de IPI $ 12.000,00 $ 72.000,00

d) Diversos
a Caixa
Mercadorias $ 72.000,00
C/C de ICMS $ 10.200,00 $ 82.200,00

e) Diversos
a Caixa
Mercadorias $ 61.800,00
C/C de ICMS $ 10.200,00 $ 72.000,00

Solução:
Aí pessoal, mais uma questão bastante parecida com as demais. A empresa adquirente não é
contribuinte do IPI (informação do problema). Assim, o IPI não é recuperável. Nesta questão,
devemos verificar se o IPI está incluído no preço unitário de $ 300,00 ou se deverá ser
calculado a parte. Já comentamos que o IPI é um tributo “por fora”, ou seja, cobrado
destacadamente do adquirente.
Logo, o valor da nota fiscal poderá ser demonstrado da seguinte forma:

- 200 Liquidificadores x $ 300,00 = $ 60.000,00


- IPI – (20% x $ 60.000,00) = $ 12.000,00
- Total da Nota Fiscal - $ 72.000,00
- ICMS incluso no Preço (17% x $ 60.000,00) = $ 10.200,00

O valor a ser contabilizado levará em conta que apenas o ICMS é recuperável.

Valor da Nota Fiscal – $ 72.000,00


ICMS Recuperável – ($ 10.200,00)
Valor da Mercadoria – R$ 61.800,00
Gabarito – E

11- (AFRE MG/ESAF 2005) Ao efetuar, diretamente da fábrica, uma compra, a prazo, de 200
latas de tinta, de 18 litros cada uma, ao preço unitário de R$ 35,00, sofrendo incidência de IPI a
8% e ICMS a 12%, destinando essa tinta para revender ao preço de R$ 54,00 cada unidade, a
empresa deverá lançar a débito da conta estoques de mercadorias o valor de
a) R$ 7.560,00
b) R$ 7.000,00
c) R$ 6.720,00
d) R$ 6.652,80
e) R$ 6.160,00

Solução:
Questão bastante recente, e bastante parecida com as que já fizemos. A empresa adquirente
não é contribuinte do IPI (aquisição do produto para revenda). Assim, o IPI não é recuperável.
Nesta questão, devemos verificar se o IPI está incluído no preço unitário de R$ 35,00 ou se
deverá ser calculado a parte. Já comentamos que o IPI é um tributo “por fora”, ou seja, cobrado
destacadamente do adquirente.
Logo, o valor da nota fiscal poderá ser demonstrado da seguinte forma:
- 200 Latas x $ 35,00 = $ 7.000,00
- IPI – (8% x $ 7.000,00) = $ 560,00
- Total da Nota Fiscal - $ 7.560,00,00
- ICMS incluso no Preço (12% x $ 7.000,00) = $ 840,00

O valor a ser contabilizado levará em conta que apenas o ICMS é recuperável.


Valor da Nota Fiscal – R$ 7.560,00
ICMS Recuperável – (R$ 840,00)
Valor da Mercadoria – R$ 6.720,00
Gabarito – C

12 - A Companhia L&M adquiriu, pagando à vista, geladeiras no valor de R$ 10.000, já incluído


o valor do ICMS, porém antes da incidência do IPI. A nota fiscal de compra totalizou R$ 11.000
face a adição de R$ 1.000 de IPI. Considerando que as geladeiras são para revenda, que a
empresa não é contribuinte do IPI e que o valor de ICMS na nota fiscal totalizou R$ 1.700, o
lançamento contábil adequado para o registro da operação é:
a)
D Mercadorias R$ 9.300
D ICMS a Recuperar R$ 1.700
C Bancos R$ 11.000

b)
D Mercadorias R$ 9.300
D Despesa de ICMS R$ 1.700
C Bancos R$ 11.000

c)
D Mercadorias R$ 8.300
D Despesa com IPI R$ 1.000
D ICMS a Recuperar R$ 1.700
C Bancos R$ 11.000

d)
D Mercadorias R$ 8.300
D Despesa com IPI R$ 1.000
D Despesa com ICMS R$ 1.700
C Bancos R$ 11.000

e)
D Mercadorias R$ 11.000
C Bancos R$ 11.000

Solução:
Apesar de muito parecida com as anteriores, esta foi mais fácil. Já houve o cálculo do IPI ($
1.000,00) e a informação de que ele não estava incluído nos $ 10.000,00. O valor do ICMS
também já foi informado e as geladeiras são para revenda. Logo, o IPI não é recuperável mas
o ICMS é.
- Geladeiras = $ 10.000,00
- IPI = $ 1.000,00
- Total da Nota Fiscal - $ 11.000,00
- ICMS incluso no Preço = $ 1.700,00

O valor a ser contabilizado levará em conta que apenas o ICMS é recuperável.


Valor da Nota Fiscal – R$ 11.000,00
ICMS Recuperável – (R$ 1.700,00)
Valor da Mercadoria – R$ 9.300,00
Gabarito – A

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