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Curso de Formação Profissional Para Ingresso nos Cargos de Médico Perito Legista 1ª Classe, Perito Legista 1ª Classe,
Perito Criminal 1ª Classe e Auxiliar de Perícia 1ª Classe da Perícia Forense do Estado do Ceará - PEFOCE
DIREITO ADMINISTRATIVO
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Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
Curso de Formação Profissional Para Ingresso nos Cargos de Médico Perito Legista 1ª Classe, Perito Legista 1ª Classe,
Perito Criminal 1ª Classe e Auxiliar de Perícia 1ª Classe da Perícia Forense do Estado do Ceará - PEFOCE
DIREITO ADMINISTRATIVO
CURSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA INGRESSO NOS CARGOS DE MÉDICO PERITO LEGISTA 1ª CLASSE,
PERITO LEGISTA 1ª CLASSE, PERITO CRIMINAL 1ª CLASSE E AUXILIAR DE PERÍCIA 1ª CLASSE DA PERÍCIA FORENSE
DO ESTADO DO CEARÁ - PEFOCE
DISCIPLINA
DIREITO ADMINISTRATIVO
CONTEUDISTA
Fernando de Vito - DPC
FORMATAÇÃO
JOELSON Pimentel da Silva – Sd PM
• 2015 •
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Academia Estadual de Segurança Pública do Ceará – AESP|CE
Curso de Formação Profissional Para Ingresso nos Cargos de Médico Perito Legista 1ª Classe, Perito Legista 1ª Classe,
Perito Criminal 1ª Classe e Auxiliar de Perícia 1ª Classe da Perícia Forense do Estado do Ceará - PEFOCE
DIREITO ADMINISTRATIVO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................4
1. REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO ........................................................................................................................4
1.1. Direito Administrativo, escolas e critérios: ........................................................................................................4
2. PRINCÍPIOS:...............................................................................................................................................................5
2.1. Supremacia do interesse público: .....................................................................................................................5
2.2. Indisponibilidade do interesse público: ............................................................................................................5
2.3. Legalidade: ........................................................................................................................................................5
2.4. Autotutela: ........................................................................................................................................................5
2.5. Impessoalidade:.................................................................................................................................................5
2.6. Moralidade ........................................................................................................................................................5
2.7. Publicidade ........................................................................................................................................................6
2.8. Eficiência............................................................................................................................................................6
2.9. Motivação ..........................................................................................................................................................6
2.10. Autotutela .......................................................................................................................................................6
2.11. Contraditório e ampla defesa ..........................................................................................................................6
2.12. Continuidade dos serviços públicos ................................................................................................................7
2.13. Isonomia ou Igualdade ....................................................................................................................................7
3. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO .................................................................................................................................7
3.1 Características dos poderes: ...............................................................................................................................7
3.2 Poderes em espécie:...........................................................................................................................................8
4. ATO ADMINISTRATIVO ............................................................................................................................................10
4.1 Classificação dos atos administrativos: ............................................................................................................10
4.2 Atributos do ato administrativo: ......................................................................................................................11
4.3. Elementos ou requisitos do ato administrativo: .............................................................................................11
4.4. Extinção dos atos administrativos: ..................................................................................................................13
5. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.......................................................................................................14
5.1 Órgãos Públicos: ...............................................................................................................................................14
5.2. Entes da Administração em espécie: ...............................................................................................................15
6. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO ...................................................................................................................16
6.1 Elementos: ........................................................................................................................................................16
6.2 Exclusão da responsabilidade estatal: ..............................................................................................................17
6.3 Condutas omissivas do Estado.........................................................................................................................17
7. INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE .......................................................................................................18
7.1. Institutos: ........................................................................................................................................................18
8. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO ............................................................................................................................21
8.1. Instrumentos de controle administrativo: .......................................................................................................21
9. SERVIÇOS PÚBLICOS................................................................................................................................................22
9.1. Classificação dos serviços públicos (HLM – antiga: cuidado com os exemplos): ............................................22
9.2. Disposições Constitucionais sobre os serviços públicos: ................................................................................22
9.3. Delegação (transfere execução e não titularidade) DE SERVIÇO PÚBLICO (art. 175/CF):................................23
10. AGENTES PÚBLICOS (gênero – conceito mais amplo) ..........................................................................................25
10.1. Classificação: .................................................................................................................................................25
10.2. Acessibilidade ao serviço público: .................................................................................................................26
10.3. Prazo de validade do concurso público: ........................................................................................................26
10.4. Direito à nomeação: ......................................................................................................................................26
10.5. Estabilidade ...................................................................................................................................................26
BIBLIOGRAFIA: ............................................................................................................................................................28
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO .............................................................................................................................................28
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DIREITO ADMINISTRATIVO
DIREITO ADMINISTRATIVO
INTRODUÇÃO
O Direito Administrativo, ramo autônomo do direito e de suma importância em qualquer estudo jurídico,
ganha especial contorno na preparação das futuras Autoridades de Polícia Judiciária de nosso Estado.
Compreender temas como agentes e serviços públicos, princípios e poderes, além de diversos outros
pontos, facilitará sua atuação e permitirá um mister sempre pautado nos pilares desse ramo jurídico, quais sejam,
a supremacia e a indisponibilidade do interesse público.
Assim, ao realizarmos este estudo conjunto do Direito Administrativo estaremos, com absoluta certeza,
tratando de pontos não apenas teóricos da atividade do Delegado de Polícia Civil, mas reforçando e aprimorando
pontos de nossa prática profissional diária.
A função desse Poder seria de administrar (função administrativa), ao contrário dos demais Poderes que
o fazem de forma atípica. Este critério seria incompleto.
Conjuntos de normas que vão reger as relações jurídicas entre a Administração Pública e o administrado.
Critério abrangeria demais, como o que é do direito tributário, por exemplo.
Direito Administrativo seria apenas um conjunto de regras e princípios. Muito amplo. Todos os demais
ramos do direito também o são.
É o mais completo, pois conjuga todos os demais. Seria o conjunto harmônico dos princípios jurídicos
que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar de forma direta, concreta e imediata
os fins desejados pelo Estado.
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FUNDAMENTOS DE SOCIOLOGIA DA VIOLÊNCIA
2. PRINCÍPIOS:
Os explícitos estão elencados no art. 37 caput da Constituição Federal, quais sejam, legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, sendo os demais implícitos.
Agente público não pode abrir mão do interesse que não é seu, mas sim da coletividade. Ele sempre
busca o interesse público. EX: Licitação, concurso e prisão.
2.3. Legalidade:
Art. 37, caput CF. Administrador (agente público) só faz o que está previsto em lei. Legalidade no direito
público, que é diferente do setor privado (faz o não proibido).
Legalidade x reserva de lei: Legalidade é bem mais amplo, sendo a lei em sentido amplo. Reserva de lei
seria a exigência de determinado tipo de lei, Complementar, por exemplo.
Atos ilegais são anulados em prazo (art. 54 da Lei 9.784/99) de 5 anos no caso de efeitos favoráveis,
podendo assim, ser declarado pela administração pública (autotutela) e pelo Judiciário (inafastabilidade do
Judiciário), com efeitos dali pra frente e retroativos (ex tunc).
2.4. Autotutela:
É a revisão pela Administração Pública de seus próprios atos. É bem diferente da autotutela no Direito
Penal. Pode gerar a anulação dos atos ilegais ou a revogação dos atos inconvenientes ou inoportunos. EX: retirada
de um item em uma concorrência pública de venda de imóvel (CEF) por estar com ação judicial. A revogação pode
acontecer a qualquer tempo, sem prazo, ocorrendo com o final do interesse público no ato, podendo ser feito
apenas pela administração pública e com efeitos apenas dali para frente (ex nunc).
2.5. Impessoalidade:
Ausência de subjetividade no ato. Não beneficio nem prejudico ninguém. Tratar todos de forma
impessoal. Os maiores exemplos do princípio são a licitação e o concurso público. Este seleciona o melhor por
mérito e aquela seleciona pela melhor proposta para a administração.
Súmula vinculante número 13: veda o nepotismo (inclusive o cruzado).
Impessoalidade x promoção pessoal (art. 37, §1º/CF): Promoção pessoal viola a ideia de impessoalidade,
moralidade, eficiência, configurando inclusive improbidade administrativa.
2.6. Moralidade
É a atuação de forma honesta, transparente, com probidade e sempre com boa-fé. É mais rígida que a
moral comum cobrada do particular. HAURIOU exige a boa administração do administrador, sendo isso, para ele, a
distinção entre o certo e o errado, o justo e o injusto.
A improbidade administrativa, lei 8.429/92, com especial atenção para os arts. 9 a 12, 21 e 23, pode ser
analisada dentro deste princípio.
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FUNDAMENTOS DE SOCIOLOGIA DA VIOLÊNCIA
2.7. Publicidade
Dar ciência ao administrado dos fatos ocorridos na máquina administrativa, buscando o controle por
parte do administrado. Significa ainda condição de eficácia dos atos (efeitos) e início da contagem de prazo.
Ocorre, como regra, através de órgão oficial da administração pública, qual seja, o Diário Oficial.
2.8. Eficiência
2.9. Motivação
Os atos administrativos devem ser motivados, como regra, sejam eles vinculados (regrados) ou
discricionários (entendimento majoritário). CUIDADO MOTIVOS DETERMINANTES.
Lei 9.784/99, art. 50: atos que precisam de motivação (elementos dos atos administrativos).
2.10. Autotutela
Revisão de seus atos pela própria administração. Anula o ato ilegal e revoga os inconvenientes. Súmulas
346 e 473 do STF.
- Ato ilegal: anula em 5 anos (art. 54 da lei 9784/99) com efeitos ex tunc.
- Ato inconveniente ou inoportuno: revoga sem prazo, dependendo do interesse público, com efeitos ex
nunc.
O sujeito ativo na revogação é a autoridade no exercício de competência administrativa (quem editou o
ato o revoga). O objeto da revogação é um ato válido, caso contrário seria anulado. Os motivos da revogação são a
inconveniência ou a inoportunidade.
Políticas públicas – Construir hospital, escola, praça, pagamento de metas pela redução de criminalidade
etc. Tal escolha é escolher políticas públicas, dependendo de conveniência e de oportunidade. O mérito é
escolhido pela própria administração pública. Mérito o Judiciário não controla, podendo e devendo controlar a
legalidade, eventualmente com base nos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade expressos no art. 2º
da lei 9.784/99.
Assegurados em âmbito judicial e administrativo (art. 5º, LV/CF). Antes da CF/88 em caso de infração
funcional, o superior já aplicava direto a penalidade diante de um “flagrante”, com base no princípio da verdade
sabida. Com a entrada em vigor da CF/88, que passou a exigir contraditório e ampla defesa em esfera
administrativa (art. 5º, LV/CF).
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FUNDAMENTOS DE SOCIOLOGIA DA VIOLÊNCIA
A regra é que o serviço público (sua prestação) não pode ser interrompido. O art. 6º, §1º da Lei 8.987/95,
diz que o serviço público adequado também deve ser contínuo (continuidade).
Excepcionalmente a lei permite a descontinuidade (parar a prestação) do serviço público. Art. 6º, §3º da
lei 8.987/95:
a) Sem aviso prévio em caso de urgência;
b) Com aviso prévio:
b.1.) inadimplemento;
Ligação clandestina.
- Greve do agente público e continuidade do serviço público:
Art. 37, VII/CF: Exige lei específica que até hoje não existe. É norma constitucional de eficácia limitada.
Greve de policiais civis não tem sido aceita. A Constituição Federal, no art. 142, §3º, IV, veda greve para militares
(Forças Armadas).
Igualdade formal é a igualdade pura. EX: homens e mulheres são (seriam) iguais. Aposentadoria, licença
maternidade, serviço militar.
Igualdade material: Trata os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual, na medida de suas
desigualdades. Diferencia no caso concreto. EX: Amamentação das presidiárias. S 683 STF: Limite de idade em
concursos públicos e natureza do cargo.
3. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO
Estado é a ordem jurídica soberana que tem por finalidade a busca do bem comum (interesse da
coletividade). Princípio da supremacia do interesse público sobre o particular serve para alcançar o bem comum.
Estado precisa de prerrogativas/instrumentos que são os poderes.
a) Irrenunciabilidade;
O poder precisa ser exercido, não sendo faculdade já que é poder-dever do administrador que age em
nome do povo (múnus público). Princípio da indisponibilidade do interesse público.
Se houver omissão do administrador:
- Omissões genéricas: Administrador não fez obra por não entendê-la conveniente ou oportuna. EX: Não
reformar estrada, não construir outra DP.
- Omissões específicas: Lei exige a realização de algo. EX: Decidir o processo administrativo no prazo
legal, art. 49 da lei 9784/99.
b) Princípio da legalidade;
Abuso é quando o administrador age fora da legalidade, fora da licitude, ficando no campo da ilicitude.
Abuso:
- Excesso de poder: Vício de competência. Administrador fez mais do que a lei autorizava. EX: Delegado
que arquiva o IPL.
- Desvio de finalidade (ou desvio de poder): Vício de finalidade na conduta do agente, que não persegue
o bem comum (interesse da coletividade). EX: Desapropriação da casa de um inimigo.
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FUNDAMENTOS DE SOCIOLOGIA DA VIOLÊNCIA
d) Razoabilidade e proporcionalidade;
Bom senso e congruência das atitudes. Sopesar os meios para atingir o fim através de meios adequados.
EX: Valor de fiança.
b) Poder discricionário;
Difere de arbitrariedade, que significa a não obediência a lei. Discricionariedade obedece às opções da
lei. EX: Estatuto (lei) permite a aplicação das penalidades de advertência ou suspensão, mas ambas previstas em
lei.
Administrador escolhe a opção mais conveniente e oportuna das ofertadas pela lei.
d) Poder disciplinar;
Agente público (nunca o particular) que comete uma infração funcional e recebe uma sanção. EX:
suspensão ou demissão. Penalidade é aplicada com base na hierarquia, por um superior.
Exige a instauração de processo administrativo, com base no art. 5º, LV/CF, exigindo-se contraditório e
ampla defesa. Princípio da verdade sabida era quando o superior flagrava o inferior em flagrante e aplicava
diretamente e sem contraditório a penalidade.
- Discricionariedade não significa escolha entre punir ou não punir. O poder é poder-dever.
- Com relação a qual a pena será aplicada e em que quantidade existe a discricionariedade (legal).
- Discricionariedade pode ser a valoração de conceitos vagos, como falta grave, a roupa do servidor no
trabalho e o tipo de conduta grave ou escandalosa.
e) Poder de polícia;
Limitações administrativas à liberdade e à propriedade. Limita ou restringe a atuação do particular em
nome do interesse público. EX: limite de velocidade, de altura para construir.
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FUNDAMENTOS DE SOCIOLOGIA DA VIOLÊNCIA
Poder de polícia:
- Em sentido amplo: engloba toda ação restritiva do Estado em relação aos direitos individuais. Art. 5º,
II/CF;
- Em sentido estrito: é a atividade administrativa exercida pelos agentes da administração no sentido de
restringir a liberdade e propriedade dos indivíduos em nome do interesse público. É a utilizada aqui no Direito
Administrativo.
Poder de polícia exige lei pré-existente, já que limita liberdade e propriedade. Caminha junto ao
Princípio da legalidade.
a) Ato de polícia é editado pela Administração Pública. Os atos de polícia são determinações,
consentimentos, fiscalizações (preventiva), aplicar penalidades etc.
b) Fundamenta-se o Poder de Polícia em um vínculo geral, ou seja, que vale para todas as pessoas
indistintamente. O vínculo jurídico específico, em especial o contratual, mesmo no caso de aplicação de
penalidade não será poder de polícia;
c) Incide sobre a liberdade e propriedade do sujeito;
d) Não confundir Polícia Judiciária com Polícia Administrativa.
e) Princípio da Legalidade;
Atributos do poder de polícia:
- Discricionariedade;
Juízo de valor de conveniência e de oportunidade (regra). EX: limite de velocidade de 100km/h em uma
via e de 60km/h em outra. Exceção: ato de polícia vinculado: licença para construir.
Exigibilidade: decisão tomada pela Administração Pública ao limitar a liberdade e a propriedade. EX:
decidir aplicar a multa de trânsito, apreender remédios vencidos. Existe em qualquer ato de polícia.
Executoriedade: execução direta dos atos de polícia. A urgência justifica a dispensa do aval do Poder
Judiciário. Não está presente em todos os atos de polícia.
- Coercibilidade.
Atos de polícia são obrigações para o particular, independentemente de sua concordância. É uma
obrigação para o administrado. Estado é dotado do ius imperii estatal.
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FUNDAMENTOS DE SOCIOLOGIA DA VIOLÊNCIA
Os atos normativos são editados por autoridades administrativas. EX: Instruções normativas expedidas
por Ministros e Secretários; resoluções; portarias; decretos; circulares etc.
Regulamento autônomo ou independente: são atos destinados a tratar de matérias que não podem ser
tratadas por lei.
Em uma primeira corrente, Hely Lopes Meireles admite esses regulamentos apenas para cuidar de
matéria ainda não regulada em lei. Sobrevindo a lei, sem efeito o regulamento.
Já para a segunda corrente, de José dos Santos Carvalho Filho, não se aceita decreto autônomo ou
independente.
Maria Silvia Zanela de Pietro, em uma terceira corrente, aceita os decretos autônomos apenas para o
art. 84, VI, “a” da CF (competência priv. do P. Rep. para tratar de organização e funcionamento da Administração
de não aumentar despesas, criar ou extinguir órgãos).
Por fim, Celso Antonio Bandeira de Mello entende que o artigo acima não configura decreto autônomo.
4. ATO ADMINISTRATIVO
Toda manifestação unilateral de vontade da administração pública que, agindo nessa qualidade, tenha
por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos
administrados ou a si própria.
O ato administrativo pode gerar efeitos típicos ou atípicos, podendo estes últimos ser reflexos ou
preliminares (prodrómicos).
- Efeito típico é o efeito principal para a criação do ato. EX: Alvará de licença: seu efeito principal é
permitir que alguém construa.
- Efeito atípico reflexo: atinge terceiro não objetivado pelo ato. EX: prejuízo causado ao locatário pela
desapropriação (decreto expropriatório) do imóvel.
- Efeito atípico preliminar ou prodrómico: O ato precisa de duas manifestações de vontade, sendo que
uma delas ainda não aconteceu. Existe uma pendência temporal. EX: Autorização que precisa do visto de uma
autoridade superior, mesmo já estando OK a parte do agente subalterno. O ato está produzindo apenas efeito
preliminar ou prodrómico. Ocorre principalmente nos atos compostos e complexos (mais de uma manifestação de
vontade).
- Atos de império: Administração pratica o ato com superioridade sobre o particular. Supremacia do
estado frente ao particular. EX: interdição de uma fábrica poluente.
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FUNDAMENTOS DE SOCIOLOGIA DA VIOLÊNCIA
- Atos de gestão: Administração pratica o ato em patamar de igualdade com o particular. EX: venda de
um bem da Administração, aluguel de uma casa para funcionar uma DP.
- Atos de mero expediente: dão andamento aos processos administrativos em tramitação junto à
administração pública.
a) Presunção de legitimidade;
Ato inicialmente presumido de acordo com a lei, com a verdade e com a moral. Ônus da prova para o
administrado. CABM entende que esta presunção só vale até o ingresso da ação judicial questionando tal atributo.
A presunção é relativa. júris tantum.
b) Autoexecutoriedade;
Administração age em regra sem pedir permissão ao Poder Judiciário. Possui duas vertentes, sendo uma
a exigibilidade e a outra a executoriedade.
Exigibilidade: Administração faz uso de meios indiretos de coerção. EX: Pagar multa de trânsito sob pena
de não poder licenciar o carro.
Executoriedade: Administração faz uso de meios direitos de coerção. EX: Uso do bem particular
mediante requisição pela Autoridade Policial em situação de emergência, de perigo público iminente. Vigilância
sanitária apreendendo lote de remédios vencidos.
A executoriedade por ser afastada por meios judiciais, como MS ou HC preventivos por exemplo.
c) Tipicidade;
Administração tem que obedecer ao princípio da legalidade. Administrar é aplicar a lei de ofício.
Administrador só faz o que a lei manda.
Art. 2º da Lei da ação popular (lei 4.717/65). Se não obedecer aos requisitos vai gerar vício:
a) Forma;
b) Finalidade;
c) Competência;
d) Motivo;
e) Objeto.
a) Forma;
Maneira de exteriorizar a vontade da Administração. EX: Ato regulamentar pode ter a forma de um
decreto.
- Forma em sentido estrito: é a exteriorização em si. EX: O ato regulamentar pode ter a forma de um
decreto. Pode ter a forma escrita, verbal, de portaria etc.
- Forma em sentido amplo: engloba a forma em sentido estrito mais as formalidades previstas na lei.
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FUNDAMENTOS DE SOCIOLOGIA DA VIOLÊNCIA
Vícios de forma:
- Meras irregularidades: pequeno vício de forma que não compromete a essência do ato. Ato continua
sendo válido e produzindo efeitos. EX: cor da caneta utilizada.
- Vícios sanáveis, passíveis de convalidação: EX: ao invés de ser feita uma ordem se serviço foi feita uma
portaria, mas o ato foi efetivado sem prejuízo.
- Vícios insanáveis, anulação: EX: para desapropriar uma casa utiliza-se de portaria ou resolução e não de
um decreto expropriatório.
- Quando o ato é realizado de outra maneira que não a escrita, sem autorização legal para isso. A regra
quanto a forma é a forma escrita.
b) Finalidade;
Ato administrativo sempre busca o interesse público sob pena de abuso de poder.
Abuso de poder (vícios):
- Excesso de poder;
- Desvio de finalidade.
EX: Remoção de um servidor no interesse público e não por motivos particulares. Pode gerar inclusive
improbidade administrativa o não buscar o bem comum.
Divisão de trabalho para saber o que caba a cada um. Lei faz a mencionada divisão (norma expressa). A
lei fixa a competência utilizando-se de alguns critérios:
- Em razão da matéria;
- Em razão da hierarquia;
- Em razão do lugar;
- Em razão do tempo. EX: situação excepcional - Copa.
Características da competência:
- Intransferível;
EX: DPC transferindo sua competência (atribuição) para o EPC.
- Improrrogável;
Quem não é competente hoje não o será também amanhã.
- Inderrogável;
EX: Transferência de competência de um órgão para outro por acordo entre as partes.
- A avocação e a delegação só ocorrem em alguns casos excepcionais autorizados por lei. EX: DG
avocando IPL do DPC (Art. 2º, §4º da lei 12.830/13). Lei 9.784/99, arts. 11 a 17.
Vícios de competência:
- Não observância da regra legal de competência;
- Realização de delegação ou de avocação proibidas;
- Ato praticado por autoridade impedida ou suspeita;
Lei 9.784, arts. 18/20 – dos impedimentos e da suspeição;
- Ato praticado com abuso de poder na modalidade excesso de poder (foi além da competência).
d) Motivo ou causa;
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FUNDAMENTOS DE SOCIOLOGIA DA VIOLÊNCIA
Motivação:
Móvel:
É a intenção (pensamento) do agente público que foge ao interesse público ao realizar o ato
administrativo. Normalmente haverá o desvio de finalidade.
e) Objeto ou conteúdo.
b) Desaparecimento;
- Do sujeito;
EX: Ato de nomeação do servidor e sua morte.
- Do objeto.
EX: Empresa poluente e sua interdição administrativa com posterior fechamento pelo proprietário.
Interdição perde seu objeto com a extinção da empresa.
c) Renúncia;
Beneficiário do ato (de uma situação jurídica favorável) o rejeita.
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FUNDAMENTOS DE SOCIOLOGIA DA VIOLÊNCIA
d) Cassação;
É a extinção do ato porque seu destinatário descumpre condições. Tem natureza jurídica de ato
sancionatório.
EX CABM: Licença de hotel e fez motel.
e) Caducidade;
Superveniência de norma (lei) que não mais permite o ato.
EX: Onde era o circo, de acordo com a lei de zoneamento, teve seu lugar alterado com nova lei de
zoneamento.
f) Contraposição ou derrubada;
Ato (1) é derrubado por outro (2) ato e não por lei.
EX: Ato de nomeação de servidor e posterior ato de exoneração do mesmo servidor. Fim dos efeitos da
nomeação.
g) Anulação;
Ato ilegal.
h) Revogação.
Ato inconveniente ou inoportuno ao interesse público.
Teoria do órgão ou da imputação: cada órgão tem uma função específica, assim como no corpo
humano. Núcleo especializado de competência para cuidar de um determinado assunto. É a teoria adotada.
Não responde por seus atos. Não têm direitos ou obrigações. EX: PCCE e Governo do Estado. Quem
responde é o ente da Administração direta correspondente.
EX: Câmara Municipal é órgão e recebe duodécimo ($), mas por vezes o Prefeito não repassa o valor de
forma arbitrária. Aqui é uma exceção. Excepcionalmente a Câmara (órgão) poderá ir a juízo enquanto sujeito ativo
e em busca de prerrogativas funcionais.
b) Órgão tem CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) para fins de identificação.
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FUNDAMENTOS DE SOCIOLOGIA DA VIOLÊNCIA
Autarquia comum:
Autarquia especial:
Autarquias Corporativas:
- Fundação Pública de direito público (Autarquia Fundacional): Aqui se aplica tudo sobre Autarquias.
Muito semelhantes.
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Perito Criminal 1ª Classe e Auxiliar de Perícia 1ª Classe da Perícia Forense do Estado do Ceará - PEFOCE
FUNDAMENTOS DE SOCIOLOGIA DA VIOLÊNCIA
Agências Executivas;
- Empresas Públicas;
- EBCT: Ao contrário das Empresas Públicas em geral, a EBCT recebeu tratamento de Fazenda Pública,
logo, dispensa motivada. EBCT – ADPF 46: lei 6538/78 tratava do monopólio dos correios para a entrega de cartas
pessoais ou comerciais, cartões postais e correspondências agrupadas (malotes). ABRAED questiona o monopólio
para abrir para outras empresas de distribuição. STF manteve o monopólio.
Associações públicas;
Art. 241/CF. Associações públicas: art. 241/CF regulamentado pela lei 11.107/05.
Consórcio Público é o negócio jurídico plurilateral de direito público que tem por objeto medidas de
mútua cooperação entre entidades federativas e que resulta na criação de nova pessoa jurídica (de direito público
o privado). Se for de direito público integra a administração pública indireta (associação pública). Lei 11.107/07,
art. 6º, I.
Art. 37, §6º/CF: União, Estados, Municípios, DF, Autarquias etc., bem como EP e SEM prestadoras de
serviços públicos, dentre outras.
ESTADO: PJ de direito público ou PJ de direito privado prestadora de serviço público.
Art. 37, §6º/CF: Responsabilidade extracontratual ou aquiliana.
6.1 Elementos:
a) Conduta estatal;
b) Causadora de dano;
c) Nexo causal entre a conduta e o dano.
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Diferenças importantes:
Estado responde por atos lícitos ou ilícitos. Nos ilícitos não se obedeceu o princípio da legalidade.
Quanto aos atos lícitos vige o princípio da distribuição igualitária dos ônus e encargos a que submetem os
administrados. Princípio da igualdade. EX: Nivelamento de uma rua, desvalorizando algumas delas. Prejudicados
devem ser ressarcidos.
Elementos (cumulativos):
Estado, como regra, tem responsabilidade objetiva. Em um segundo momento, o Estado analisa a
conduta do agente público verificando a existência de dolo ou culpa em sua conduta. Neste caso, estado paga e
entra com ação regressiva contra o agente público, provando seu dolo ou sua culpa (responsabilidade subjetiva).
Parte final do art. 37, §6º/CF.
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Considerações finais:
Em regra, o Estado não responde nem por danos decorrentes de atos legislativos nem por danos
decorrentes de atos judiciais.
Exceções:
a) O Estado responderá por danos efetivos decorrentes de lei declarada inconstitucional;
b) Art. 5º, LXXV/CF – Responsabilização estatal por atos judiciais. Erro judiciário e preso além do tempo.
7.1. Institutos:
Espécies de requisição:
1) Servidão administrativa;
É direito real sobre coisa alheia e incide sobre bens imóveis particulares. É uma situação definitiva. EX:
Placa com o nome da rua na casa. Dominante será o serviço de informar o nome da rua e serviente é o dono da
casa (o particular). EX: Passagem de fios elétricos. Em regra, não gera indenização ao proprietário, que precisaria
comprovar eventual dano.
- Ocupação temporária;
Serve para a realização de obras, serviços e atividades públicas. É situação temporária e incide sobre
imóveis. EX: Ocupar o terreno vizinho durante a realização de uma obra pública.
Em regra não gera direito de indenização ao proprietário.
- Limitação administrativa;
É exercício do poder de polícia e atinge indivíduos indeterminados. EX: Construção de prédio em área
litorânea e limitação de altura da construção. Limita o direito de propriedade em nome do interesse público –
poder de polícia. Existe interesse público abstrato.
Não gera indenização.
- Desapropriação;
Introdução:
Direito de propriedade garantido pela CF, atendendo função social (art. 5º, XXII e XXIII/CF).
Desapropriação:
a) Ordinária (art. 5º, XXIV/CF):
b) Por descumprimento da função social da propriedade urbana;
c) Por descumprimento da função social da propriedade rural;
d) Confiscatória (art. 243/CF);
e) Por zona.
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Finalidade da desapropriação:
Busca o interesse público. Pode o proprietário expropriado propor ação de retrocessão objetivando a
restituição do imóvel à sua propriedade em razão da expropriação não conferir ao bem a finalidade prevista no
decreto expropriatório? EX: Decreto expropria para construção de escola pública e a Administração constrói um
hospital. Aqui, em ambas há o interesse público apesar da tredestinação, que no exemplo é lícita, não cabendo a
retrocessão.
Se a destinação dada ao bem não for pública, haveria a possibilidade do expropriado exercer o direito de
preferência para a aquisição pelo preço atual da coisa (retrocessão). Art. 519/CC.
Desapropriação em espécie:
Competências:
a) Legislativa;
Privativa da União (art. 22, II/CF). LC pode autorizar os Estados a tratar de matérias específicas (§ UN).
b) Declaratória;
Declarar os motivos, declarar a utilidade pública, a necessidade pública ou o interesse social. A
competência aqui é concorrente (art. 2º, DL 3.365/41). A desapropriação por interesse social para fins de reforma
agrária é de competência exclusiva da União. A desapropriação de imóveis para fins urbanísticos é de competência
do Município (utilidade pública).
c) Competência executória.
Para promover a desapropriação. Pode ser incondicionada ou condicionada.
Incondicionada é de competência da União, dos Estados, do Município e do DF.
Condicionada a previsão em lei (entidades da administração indireta) ou em contrato administrativo
(iniciativa privada, como concessionário ou permissionário de serviço público).
O que pode ser objeto de desapropriação? A regra são os bens móveis ou imóveis (art. 2º, DL 3.365/41).
Excepcionalmente o espaço aéreo e o subsolo também podem ser (art. 2º, §1º, DL 3365/41), bem como a posse
legítima e de boa fé (têm valor econômico para o possuidor).
Fases:
a) Fase declaratória (utilidade pública, art. 5º, DL 3.365/41; necessidade pública - urgência ou interesse
social, art. 2º, lei 4.132/62);
b) Fase executória.
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- Normalmente por decreto do chefe do Executivo (art. 6º, DL 3.365/41) e excepcionalmente por ato do
Poder Legislativo (art. 8º, DL 3.365/41), cabendo, nesse caso, ao Executivo os atos necessários a sua efetivação;
- É com a declaração expropriatória que se inicia a contagem de prazo para a caducidade do ato (art. 10,
DL 3365/41). EX: Decreto expropriatório expedido em 01/04/2015 alegando utilidade pública. Prazo de 5 anos para
ocorrer o acordo administrativo ou para entrar com a ação judicial. Até 01/04/2020. Só dali a um ano o Poder
Público poderia expedir novo decreto para a mesma propriedade: 01/04/2021;
- Fase executória:
Via ação judicial: valores sem acerto (acordo). Foro: local da situação do bem expropriado, salvo
interesse da União. Partes: Poder Público como autor (expropriante) contra o proprietário do bem (expropriado).
No mérito, discute-se o quantum indenizatório. Normalmente utiliza-se prova pericial com assistente técnico. É
comum que haja a imissão na posse com a posse provisória (urgência e depósito de pelo menos o incontroverso,
devendo haver avaliação prévia para um depósito mais justo). Pode haver o levantamento initio litis.
b) rural.
Para fins de reforma agrária. Indenização em títulos da dívida agrária com resgate em até 20 anos a
partir do segundo ano de sua emissão. Art. 184/CF. competência da União.
Tombamento.
Bem com valor histórico, cultural etc. A intenção é proteger o bem. DL 25/37.
Voluntário ou compulsório, art. 9º DL 25/37. Pode ser bem móvel ou imóvel, sendo que o primeiro
obedece a regras para deixar o país: art. 14 DL 25/37. Não pode sequer reparar ou pintar o bem: art. 17 DL 25/37.
Direito de preferência (art. 22 DL 25/37): proprietário tem que dar preferência às pessoas políticas
(União, Estado e Município, nesta ordem) pelo preço que o particular deseja vender.
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8. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO
É o poder de fiscalização e correção que sobre ela exercem os órgãos dos Poderes Judiciário, Legislativo
e Executivo, com o objetivo de garantir a conformidade de sua atuação com os princípios que lhe são impostos
pelo ordenamento jurídico (MSZP).
a) Direito de petição;
b) Controle ministerial;
c) Hierarquia orgânica;
d) Controle social;
e) Instrumentos legais de controle;
f) Recursos administrativos.
Direito de petição;
Art. 5º, XXXIV, “a”/CF. Independe do pagamento de taxas. Direito dotado de eficácia já que exige um
pronunciamento da autoridade competente.
a) Controle ministerial ou supervisão ministerial;
Exercido pelos ministérios das respectivas áreas. Art. 19 DL 200/67.
b) Hierarquia orgânica;
Sistema organizacional da administração. Poder hierárquico e forma de escalonamento.
c) Controle social;
É o controle do Poder Público por segmentos oriundos da coletividade. EX: Lei 9.784/99, arts. 31
(consulta pública) e 32 (audiência pública).
e) Recursos administrativos:
- Representação administrativa;
Recorrente “denuncia” junto à administração ilegalidades ou condutas abusivas. Objetiva a apuração e
regularização mediante a instauração de processo administrativo. É poder-dever do administrador. EX: abuso de
autoridade.
- Reclamação administrativa;
É o ato pelo qual o administrado, seja particular ou servidor público, deduz uma pretensão perante a
administração pública, visando obter o reconhecimento de um direito ou a correção de um ato que lhe cause
lesão ou ameaça de lesão.
- Pedido de reconsideração;
O interessado requer, uma vez, o reexame do ato a própria autoridade que o emitiu.
- Revisão do processo;
Arts. 65 da lei 9.784/99 e 174 a 182 da lei 8.112/90. Com fato novo e não agrava a sanção.
- Recurso hierárquico.
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- Impróprio: É dirigido a autoridade de outro órgão. EX: um interessado recorre contra ato do Presidente
de uma Fundação Pública Estadual para o Secretário Estadual.
9. SERVIÇOS PÚBLICOS
Não existe uma lista de serviços públicos, que varia muito com o tempo. EX: bonde, telefonia celular. É
necessidade coletiva geral. É uma necessidade, comodidade ou utilidade material, prestada com o objetivo de
satisfazer a coletividade em geral. O Estado assume como seu dever, sua obrigação, podendo prestar
pessoalmente (forma direta, regime jurídico totalmente público) ou não (forma indireta, regime jurídico
parcialmente público).
Art. 6º da lei 8.987/95 – princípios da eficiência, generalidade (erga omnes), segurança, atualidade
(estado da técnica), modicidade (tarifas baratas), cortesia e continuidade.
9.1. Classificação dos serviços públicos (HLM – antiga: cuidado com os exemplos):
Quanto à essencialidade:
a) Gerais ou indivisível;
Prestado para todos e não se mede ou calcula quanto cada um utiliza. Deve ser mantido pela receita
geral do estado (impostos). EX: Segurança pública.
b) Individuais ou específicos;
- Compulsórios;
Essenciais e não se pode recusar. Paga por estar à disposição. Mantidos por taxas (taxa mínima). Taxa é
tributo vinculado a uma contraprestação estatal (assim como a contribuição). Paga pelo que utiliza. Cuidado com
as taxas inconstitucionais: Iluminação pública, saneamento onde não está saneado, taxa dos bombeiros etc.
- Facultativos.
Pode ser recusado e paga se efetivamente utilizar. Paga tarifa (preço público), que não é tributo.
A competência legal, fora da CF, vai depender do interesse de cada ente. EX: Interesse nacional será da
União, regional do Estado e local do Município.
Hipóteses:
a) Estado presta o serviço obrigatoriamente e com exclusividade;
EX: Art. 21, X/CF, ECT (ADPF 46).
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9.3. Delegação (transfere execução e não titularidade) DE SERVIÇO PÚBLICO (art. 175/CF):
A transferência (concessão, autorização ou permissão) pode ser de serviço ou de uso de bem público.
Concessão comum de serviço público é a delegação da execução do serviço, realizada pelo Poder
concedente (ente da administração direta que tem a titularidade sobre o serviço) à pessoa jurídica ou consórcio
de empresas (pessoas físicas de fora). Formaliza-se através de contrato administrativo, logo, com prazo
determinado (lei específica do serviço). A prorrogação é possível, desde que dentro do prazo limite da lei.
Exige licitação (contrato) e na modalidade concorrência como regra geral (leis 8.666 + 8.987). Serviço
previsto no programa nacional de desestatização poderá ser leilão, EX: Aeroportos.
A concessão de serviço público é remunerada basicamente pela tarifa do usuário que é definida pela
política tarifária definida no momento da licitação, ou com receitas alternativas (EX: Outdoor em ônibus). EX:
Rádio e TV têm patrocínio e não tarifa do usuário.
Remuneração:
- Tarifa do usuário;
- Receitas alternativas;
- Recursos públicos (facultativos).
EX: Tarifa muito cara o Estado deveria ajudar.
Responsabilidade na concessão:
É diferente de contrato com terceiros. EX: Estado contrata a construção de uma escola. No contrato de
concessão a concessionária assume o serviço por sua conta e risco. EX: Transporte coletivo ou telefonia. Reclama
diretamente contra a concessionária.
Concessionária é pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público, logo, art. 37, §6º/CF
(responsabilidade objetiva), a vítima sendo usuária ou não do serviço.
Estado pode ser chamado à responsabilidade subsidiariamente.
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Lei 11.079/04. Busca o financiamento privado. É contrato administrativo (cada qual com um objetivo:
obra pública de um lado e lucro do outro).
Objetivos:
a) Investimento privado;
b) Eficiência da iniciativa privada.
Modalidades:
a) Concessão especial patrocinada;
Concessão comum com recurso público obrigatório (tem que estar presente). Além da tarifa, o Estado
banca uma parte. EX: Metrô.
b) Concessão administrativa;
Administração é a própria usuária do serviço de forma direta ou indireta.
EX: Presídios (usuária indireta).
Características da PPP:
Mesmo conceito e mesma ideia (características) da concessão comum.
a) Financiamento privado;
Estado paga e tarifa de usuário também (longo prazo).
b) Compartilhamento dos riscos;
Negócio dando errado o prejuízo será de todos (público e privado).
c) Pluralidade compensatória;
Estado pode pagar sua parcela de diversas maneiras diferentes. EX: Ordem bancária, transferência de
créditos não tributáveis (crédito de indenização a receber), utilização de bem público, concessão de direitos
(outorga onerosa – construir acima dos andares do coeficiente de construção) etc.
Modalidades de PPP:
a) Concessão especial patrocinada;
Concessão comum com recurso público obrigatório.
b) Concessão especial administrativa.
A própria administração é a usuária do serviço, de forma direta ou de forma indireta. Para a doutrina
seria contrato de obra e não concessão. EX: Presídios que não têm usuários pagando tarifa.
Sociedade de propósitos específicos: Pessoa Jurídica constituída em razão do contrato de PPP para
controlar e gerir o contrato de parceria, composta de forma mista.
Lei 8.987/95, arts. 2º e 40. É a delegação de serviço (transfere apenas a execução) feita pelo poder
concedente à PF ou PJ.
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Formalização:
STF: a permissão de serviço público se formaliza através de contrato administrativo (natureza jurídica
contratual). A permissão de uso é ato unilateral, discricionário e precário (natureza jurídica). Como contrato tem
que ter licitação, que tem a modalidade variando de acordo com o valor do contrato. Todo contrato, art. 57 da lei
8.666, exige prazo determinado, mas não exige autorização legislativa prévia. É precário, podendo ser desfeito a
qualquer tempo independentemente do motivo e sem a obrigatoriedade de indenizar (para a lei). SOLUÇÃO
DOUTRINÁRIA E JURISPRUDENCIAL: vai indenizar visto que é precário. Precariedade mitigada (reduzida).
Art. 175/CF. É criticada, mas possível para a maioria. Ato unilateral, discricionário e precário, podendo ser
desfeito a qualquer tempo sem indenização. Admissível para pequenos serviços ou situações urgentes. EX: Taxi e
despachante. Segue, no que couber, o que foi dito para a concessão já que não está expressa em lei.
Arts. 37 a 41/CF. Todos que exercem função pública, de forma permanente ou não, com ou sem
remuneração.
10.1. Classificação:
Agentes políticos;
No topo, comando, direção dos Poderes. Constitui e representa a vontade do Estado. EX: Chefes do
Poder Executivo e vices, auxiliares imediatos do Executivo etc.
Magistrados e MP não têm escolha política, mas meritória, sendo consenso para alguns doutrinadores.
Estão sujeitos a regime legal, cada um tendo seu estatuto. Servidor estatal e atuam na administração pública
direta e indireta.
Servidor público;
Atua em pessoa jurídica de direito público (pessoas públicas): União, Estados, Municípios, DF, Autarquias
e Fundações Públicas de Direito Público.
Não são servidores públicos, mas equiparam-se em algumas situações: Concurso público; Não
acumulação; Teto remuneratório (quando depender de repasse para custeio); São “funcionários públicos” para
fins penais; Sujeitos a improbidade administrativa (Lei 8429/92); Sujeitos aos remédios constitucionais.
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- Delegados de função: Art. 236/CF. Serviços notariais de cartórios extrajudiciais. É particular que recebe
delegação de função, prestando concurso público do TJ. O serviço precisa ser entregue ao particular urgentemente
a título de delegação de função (modelo novo).
- Particular que pratica ato oficial: Saúde e ensino (Estado e particular são titulares do serviço, cabendo
inclusive MS contra o particular).
Até dois anos (máximo), prorrogável uma única vez por igual período (se prevista no edital).
10.5. Estabilidade
Perda da estabilidade:
a) Processo administrativo com contraditório e ampla defesa;
b) Processo judicial transitado em julgado;
c) Avaliação periódica de desempenho (depois da aquisição da estabilidade) e depende de
regulamentação (não efetivada);
d) Art. 169/CF – Racionalização da máquina administrativa (redução de despesas com pessoal) 60%
(União) e 50% (Estados e Municípios). Será exoneração.
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FUNDAMENTOS DE SOCIOLOGIA DA VIOLÊNCIA
Duas parcelas, sendo uma fixa (salário base ou vencimento) e outra variável (adicionais, gratificações,
abonos e demais vantagens pessoais).
Parcela única. Chefe do Executivo e vice, auxiliares imediatos do Executivo, Membros do Poder
Legislativo, Magistrados, Membros do MP, AGU, Procuradores (exceto os municipais), Defensores Públicos,
Ministros e Conselheiros dos Tribunais de Contas, toda a carreira policial, além da possibilidade de todos os cargos
de carreira (têm plano de ascensão funcional).
Ficam de fora da parcela única (exceções), sendo pagas fora do subsídios: verbas de natureza
indenizatória (EX: diárias, ajuda de custa, ajuda de transporte etc.) e garantias do art. 39, §3º/CF (13º, 1/3 de
férias, adicional noturno etc.).
Remuneração de servidor público no Brasil tem que ser fixada por meio de lei, cabendo a iniciativa a
quem caberá o pagamento (fazendas e quem tem autonomia financeira), excepcionalmente (não fixada por lei):
- Congresso Nacional, por decreto legislativo (duas casas sem sanção nem veto. Sem deliberação
executiva) a Remuneração do Presidente e do vice, dos Senadores, Deputados Federais e Ministros;
- Câmara Municipal, via decreto legislativo, fixa a remuneração dos vereadores.
Deputado Estadual será por lei mesmo, bem como o Governador etc. Exceções só as acima.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
BIBLIOGRAFIA:
CORREIA DIAS, Licínia Rossi. Direito Administrativo I, Coleção Saberes do Direito, Volume I. Editora Saraiva, 2012.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Editora Atlas, 27ª Edição, 2014.
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. Editora Malheiros. 31ª Edição, 2014.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. Editora Malheiros. 41ª Edição, 2015.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Em relação aos atos e aos poderes administrativos, julgue o item seguinte. Com base em seu poder de autotutela,
a administração pública pode invalidar seus próprios atos.
Certo
Errado
Desde antigas eras do Direito, já vingava o brocardo segundo o qual “nem tudo o que é legal é honesto” (non
omne quod licet honestum est). Aludido pensamento vem a tomar relevo no âmbito do Direito Administrativo
principalmente quando se começa a discutir o problema do exame jurisdicional do desvio de poder. Essa temática
serve, portanto, de lastro para o desenvolvimento do princípio constitucional administrativo
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FUNDAMENTOS DE SOCIOLOGIA DA VIOLÊNCIA
É possível encontrar posições jurídicas que entendem ser indissociáveis os princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade. Entretanto, também há a compreensão que os distingue, afimando que a razoabilidade está
sedimentada na criação norte-americana do devido processo legal substantivo e que a proporcionalidade é
extraída da jurisprudência alemã, que dissociou o conceito em três subelementos constitutivos. Assinale a
alternativa que apresenta, corretamente, esses três subelementos.
2. PRINCÍPIOS:
Súmula Vinculante 13 do Supremo Tribunal Federal: “A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha
reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma
pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão
ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos
poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante
designações recíprocas, viola a Constituição Federal". (Data de Aprovação. Sessão Plenária de 21/08/2008. Fonte de
Publicação. DJe nº 162/2008, p. 1, em 29/08/2008. DOU de 29/08/2008, p. 1.)
Neste caso, a Súmula citada concretiza o princípio da
a) autotutela.
b) legitimidade.
c) impessoalidade.
d) razoável duração do processo.
Ano: 2015, Banca: FCC, Órgão: TRT - 6ª Região (PE), Prova: Juiz do trabalho
I. O princípio da publicidade aplica-se também às entidades integrantes da Administração indireta, exceto àquelas
submetidas ao regime jurídico de direito privado e que atuam em regime de competição no mercado.
II. O princípio da moralidade é considerado um princípio prevalente e a ele se subordinam os demais princípios
reitores da Administração.
III. O princípio da eficiência, que passou a ser explicitamente citado pela Carta Magna a partir da Emenda
Constitucional no 19/1998, aplica-se a todas as entidades integrantes da Administração direta e indireta.
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Ano: 2015, Banca: VUNESP, Órgão: PC-CE, Prova: Escrivão de Polícia Civil
O Escrivão de Polícia, como administrador público, deve orientar a sua conduta não somente pelos critérios da
oportunidade e conveniência mas, também, verificando preceitos éticos, distinguindo o que é honesto do que é
desonesto.
a) Autotutela
b) Moralidade
c) Impessoalidade.
d) Economia.
e) Publicidade.
Maria, diretora de determinada creche municipal, recusou o pedido de matrícula do menor Caio, de 3 anos, com o
argumento de que a criança não tinha idade para ser matriculada. Na semana seguinte, a direção da creche foi
modificada, assumindo Fernanda. A nova diretora, argumentando que a Constituição da República estabelece que
o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de educação infantil, em creche e pré-
escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade, declarou a invalidade do ato administrativo que indeferiu a
matrícula e matriculou Caio na creche. A Administração Pública é autorizada a rever seus próprios atos, inclusive
declarando a nulidade dos ilegais, pelo princípio administrativo da:
a) nulidade;
b) autotutela;
c) segurança jurídica;
d) eficiência;
e) moralidade.
Terêncio, delegado de polícia, atendia com presteza e gentileza apenas algumas pessoas na cidade na qual exercia
seu mister. Terêncio feria o seguinte princípio da administração pública:
a) autotutela.
b) razoabilidade.
c) publicidade
d) moralidade
e) eficiência
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Determinado Delegado de Polícia, no intuito de fazer promoção pessoal com pretensões políticas, convoca a
imprensa para comunicar a prisão de marginal procurado, ressaltando as próprias qualidades profissionais e que o
êxito da operação decorre de mérito seu (da autoridade). A situação descrita revela flagrante ofensa ao princípio
da:
a) moralidade
b) impessoalidade.
c) razoabilidade.
d) publicidade.
O princípio constitucional inserido no ordenamento jurídico brasileiro pela Emenda constitucional nº 19, de 1998,
acrescentado ao artigo 37, caput, da Constituição Federal é o princípio da
a) cortesia
b) eficiência
c) atualidade
d) motivação
Resultados práticos de produtividade e redução de desperdícios na Administração Pública são medidas obtidas por
observância ao principio da
a) finalidade
b) moralidade
c) eficiência
d) razoabilidade.
e) supremacia do interesse publico
Entende-se por poder de polícia a atividade da Administração Pública que, limitando ou disciplinando direito,
interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato. É correto afirmar que o princípio que
fundamenta o exercício desse poder da Administração é:
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3. PODERES:
NÃO pode ser verificado serviços relativos ao poder extroverso do Estado em:
Acerca da denominação do poder de polícia que incide sobre bens, direitos e atividades, assinale a alternativa
correta.
a) Polícia Administrativa.
b) Polícia Investigativa.
c) Polícia Militar.
d) Polícia Judiciária.
e) Polícia Civil.
João, sem solicitar permissão ou autorização ao Poder Público, inaugurou uma rádio comunitária, por meio da
qual pretendia prestar serviço de radiodifusão. Constatado o fato, o Poder Executivo, sem prévia oitiva de João,
interditou a rádio, interrompendo as transmissões, e lacrou os aparelhos.
Considerando a jurisprudência dos Tribunais Superiores acerca da matéria, assinale a afirmativa correta.
a) O ato praticado pelo Executivo configura sanção administrativa e é ilegal, pois o interessado possui direito a
prévio contraditório e ampla defesa.
b) O ato praticado pelo Executivo configura sanção administrativa e é válido, pois o interessado não possuía
permissão ou autorização para operar rádio comunitária.
c) O ato praticado pelo Executivo configura medida cautelar da Administração, inerente ao poder de polícia, e é
ilegal, pois o interessado possui direito a prévio contraditório e ampla defesa.
d) O ato praticado pelo Executivo configura medida cautelar da Administração, manifestação do poder de polícia
administrativa preventiva, e é válido, pois a rádio operava sem permissão ou autorização.
e) O ato praticado pelo Executivo é ilegal, pois, além de não ter havido o prévio contraditório, não há necessidade
de autorização ou permissão para a prestação de serviços de radiodifusão.
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Considere que o prefeito de um município tenha determinado a desapropriação de uma fazenda de seu adversário
político, como forma de retaliação. Nesse caso, fica configurado o desvio de finalidade do ato.
Certo
Errado
No que se refere a conceitos e poderes da administração pública e à aplicação da teoria do órgão, julgue os
seguintes itens.
A atividade do Estado que condiciona a liberdade e a propriedade do indivíduo aos interesses coletivos tem por
fundamento o denominado poder hierárquico.
Certo
Errado
a) a independência funcional.
b) a revisão dos atos inferiores.
c) a delegação.
d) a avocação.
e) a fiscalização da atividade dos subordinados.
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Considerando os poderes administrativos, relacione cada poder com o respectivo ato administrativo ou a
respectiva característica.
1) poder regulamentar
2) poder vinculado
3) poder de polícia
4) poder hierárquico
5) poder disciplinar
A sequência correta é:
a) 2, 3, 5, 4, 1
b) 5, 4, 1, 2, 3
c) 3, 1, 5, 2, 4
d) 3, 2, 4, 5, 1
e) 1, 3, 4, 5, 2
No que diz respeito aos poderes administrativos, considere as proposições abaixo, e assinale a alternativa correta:
I- A disciplina funcional resulta do sistema hierárquico. Com efeito, se aos agentes superiores é dado o poder de
fiscalizar as atividades dos de nível inferior, deflui daí o efeito de poderem eles exigir que a conduta destes seja
adequada aos mandamentos legais, sob pena de, se tal não ocorrer, serem os infratores sujeitos às respectivas
infrações.
II- Poder regulamentar é a prerrogativa conferida à Administração Pública de editar atos gerais para complementar
as leis e permitir a sua efetiva aplicação.
III- A faculdade conferida ao administrador de extrapolar os limites legais ou agir em desacordo com o
ordenamento jurídico decorre do poder de polícia.
IV- Pelo atributo da coercibilidade, o poder de polícia é sempre executado de forma imediata com vistas a atender
o interesse do Administrador Público, sem dependência de ordem judicial.
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4. ATO ADMINISTRATIVO:
Considere a revogação e anulação do Ato Administrativo, analise as afirmações a seguir e assinale a alternativa
correta.
Na hipótese de uma autarquia realizar um contrato verbal com uma empresa prestadora de serviços de vigilância,
pode- se dizer que foi ferido o seguinte requisito do ato administrativo:
a) competência.
b) finalidade
c) forma.
d) motivo.
e) objeto.
a) Atos normativos são os que contem um comando geral do Poder Judiciário visando à correta aplicação da lei.
b) Atos ordinatórios são os que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta de seus agentes
no desempenho de suas atribuições.
c) Atos negociais são os que contêm uma declaração de vontade da Administração com o objetivo de concretizar
negócios jurídicos, conferindo ao particular poder de gerenciar, é ato bilateral
d) Atos enunciativos são os que contêm o julgamento da Administração nos processos administrativos, contendo
relatório, fundamentação e dispositivo.
e) Atos punitivos são aqueles que infringirem disposições legais, que contêm uma sanção imposta pela
administração podendo ser multa e pena restritiva de direitos.
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O ato administrativo
a) pode ser revogado com fundamento em razões de conveniência e oportunidade, desde que observados os
efeitos ex tunc dessa extinção do ato.
b) tem na presunção de legitimidade a autorização para imediata execução e permanece em vigor até prova em
contrário.
c) é revogável pelo Poder Judiciário que é apto a fazer o controle de legalidade, sem ingressar em seu mérito
administrativo.
d) de Secretário de Segurança Pública que determina remoção ex officio do Delegado de Polícia, sem motivação,
não se sujeita ao controle de juridicidade por conter alta carga de discricionariedade em seu teor.
e) tem como requisitos a presunção de legitimidade, a autoexecutoriedade, a imperatividade e a exigibilidade.
a) atributos.
b) efeitos.
c) elementos.
d) requisitos de eficácia.
e) requisitos de validade.
a) a eficácia é a situação jurídica gerada pelo ato administrativo editado com juridicidade.
b) a presunção de legitimidade do ato administrativo é absoluta.
c) o motivo resulta das razões de fato ou de direito que conduziram à edição do ato administrativo.
d) a exequibilidade e a eficácia do ato administrativo possuem o mesmo significado.
Certo
Errado
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I As Fundações Públicas são entidades de direito privado, sem fins lucrativos, criadas em virtude de autorização
legislativa, para o desenvolvimento de atividades que exijam execução, por órgãos ou entidades de direito público
com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento
custeado por recursos da União e de outras fontes.
II As autarquias são hierarquicamente subordinadas à entidade estatal a que pertencem.
III O Banco Central, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), a Comissão de Valores Mobiliários
(CVM), a Superintendência de Seguros Privados e as agências reguladoras são exemplos de autarquias.
IV São exemplos de fundações públicas: o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Dentre as assertivas abaixo, marque aquela que indica um serviço descentralizado e concentrado ao mesmo
tempo.
a) Autarquia sem subdivisões internas
b) Presidência da República e Ministério da Educação
c) Departamento de Filosofia da Fundação Pública Monte Sinai
d) Sociedade de economia mista e suas superintendências
e) Ministério do Planejamento
Ano: 2014, Banca: VUNESP, Órgão: PC-SP, Prova: Delegado de Polícia
Quando o Poder Público, conservando para si a titularidade do serviço público, transfere sua execução à pessoa
jurídica de direito privado, previamente existente, ocorre o que se denomina descentralização
a) autárquica.
b) por colaboração.
c) hierárquica.hierárquica.
d) por subordinação.
e) heterotópica.
Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: Polícia Federal, Prova: Delegado de Polícia
A sociedade de economia mista é pessoa jurídica de direito privado que pode tanto executar atividade econômica
própria da iniciativa privada quanto prestar serviço público.
Certo
Errado
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Certo
Errado
No direito administrativo brasileiro, autarquia designa uma espécie de descentralização por serviços. Assinale a
alternativa que apresenta, corretamente, uma característica das autarquias.
Certo
Errado
Ocorre o fenômeno da desconcentração quando o Estado desempenha algumas de suas funções por meio de
outras pessoas jurídicas.
Certo
Errado
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Para atingir os altos objetivos que justificam sua existência, o Estado tem de se organizar de forma sistêmica e
coordenada. Dessa forma, diversas são as suas projeções, com elementos diferenciadores entre si, visando sempre
ao bem comum. Acerca da administração pública e dos órgãos que a compõem, julgue os itens seguintes.
Considerando a divisão da administração pública federal em direta e indireta, é correto afirmar que os correios
fazem parte da administração direta, por se tratar de empresa pública, sob controle exclusivo da União.
Certo
Errado
Ano: 2004, Banca: CESPE, Órgão: Polícia Federal, Prova: Delegado de Polícia
Certo
Errado
Respostas: 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10: 11:
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Ano: 2015, Banca: CESPE, Órgão: TRF - 5ª REGIÃO, Prova: Juiz federal
Acerca da responsabilidade civil do Estado e da responsabilidade administrativa, civil e penal do servidor, assinale
a opção correta.
a) Se um servidor público federal que responda a processo por crime de corrupção passiva for absolvido por
insuficiência de provas quanto à autoria desse crime, ele não poderá ser processado e punido por esse crime na
esfera administrativa.
b) A administração pública não pode aplicar ao servidor a pena de demissão em processo disciplinar se ainda
estiver em curso a ação penal a que ele responda pelo mesmo fato.
c) Como regra, as pessoas jurídicas de direito privado que desenvolvam atividades econômicas não se submetem à
responsabilidade civil objetiva, exceção feita apenas às empresas públicas, sejam elas prestadoras de serviços ou
promotoras de atividades econômicas.
d) A responsabilidade das concessionárias e permissionárias de serviços públicos será objetiva,
independentemente de a vítima ser usuário ou terceiro.
e) A ação de ressarcimento proposta pelo Estado contra o agente que, agindo com culpa ou dolo, for responsável
por dano causado a terceiro prescreve em três anos, conforme dispõe o Código Civil para toda e qualquer
pretensão de reparação civil.
a) A absolvição do servidor no juízo criminal afastará a responsabilidade civil do Estado se não ficar comprovada
culpa exclusiva da vítima.
b) A responsabilidade da Administração Pública será afastada se comprovada ausência do nexo causal entre o
dano e a ação do Estado.
c) Não cabe à Administração Pública indenizar o erro judiciário.
d) As pessoas jurídicas de direito público interno são civilmente responsáveis por atos dos seus agentes que, nessa
qualidade, causem danos a terceiros, ressalvado direito regressivo contra os causadores do dano, apenas se
houver dolo por parte destes.
e) A Administração Pública deve indenizar o dano sofrido pelo particular somente se for comprovada a existência
de falha da atividade administrativa.
Em uma situação hipotética, determinado Delegado de Polícia, sem observar as formalidades legais, autuou em
flagrante cidadão conduzido pela Polícia Militar, o que acarretou o relaxamento da prisão por ordem judicial três
dias depois. Essa situação configura um caso de responsabilidade:
a) subsidiária do Estado.
b) subjetiva do Estado.
c) exclusiva do Delegado.
d) objetiva do Estado.
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Quanto à responsabilidade extracontratual do Estado, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, caso em
que existe uma atenuante de responsabilidade do Estado.
a) Caso fortuito.
b) Culpa concorrente da vítima.
c) Culpa exclusiva de terceiros.
d) Dolo eventual.
e) Força maior.
No interior de determinada cela de cadeia pública do Estado “Y”, o detento Pedro cometeu suicídio.
Diante da situação narrada, tendo em vista a jurisprudência recente do Supremo Tribunal Federal (STF), é correto
afirmar que
a) o Estado não pode ser responsabilizado civilmente pela morte de Pedro, tendo em vista que o fato lesivo foi
praticado exclusivamente pela vítima.
b) essa situação configura hipótese de conduta comissiva, que enseja a responsabilidade subjetiva do Estado, caso
comprovada sua culpa.
c) essa situação configura hipótese de conduta omissiva, que enseja a responsabilidade objetiva, tendo em vista o
dever estatal de preservar a integridade física do preso.
d) houve conduta omissiva estatal, de modo que a reparação só seria possível caso fosse demonstrado que o
Estado intencionalmente permitiu a ocorrência do resultado.
e) o caso permite a aplicação da teoria da responsabilidade civil pelo risco integral.
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No tocante à responsabilidade do Estado caso haja dano a indenizar, é INCORRETO afirmar que
a) o agente pode ser pessoa jurídica de direito público ou de direito privado prestadora de serviços públicos.
b) as entidades de administração indireta que executem atividade econômica de natureza privada não se
submetem à regra objetiva.
c) às empresas públicas é aplicada a regra objetiva quando não desempenharem serviço público.
d) o agente causador do dano deverá estar no exercício de função pública.
a) I;
b) II;
c) III;
d) I e III;
e) II e III.
Ano: 2004, Banca: CESPE, Órgão: Polícia Federal, Prova: Delegado de Polícia
Respostas: 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10:
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FUNDAMENTOS DE SOCIOLOGIA DA VIOLÊNCIA
a) Na servidão administrativa, a indenização, se cabível, é posterior ao ato praticado, enquanto que na requisição
administrativa ela é prévia.
b) A servidão administrativa incide sobre bens móveis, imóveis e serviço, enquanto a requisição administrativa só
incide sobre bens imóveis.
c) A servidão administrativa caracteriza-se pela transitoriedade, enquanto a requisição administrativa tem caráter
de definitivo.
d) A servidão administrativa tem natureza jurídica de direito real da Administração, enquanto requisição
administrativa é direito pessoal da Administração.
e) A instituição de servidão administrativa pressupõe perigo público iminente enquanto para a requisição
administrativa basta a existência de interesse público.
O estado “X” deseja desapropriar, por utilidade pública, um imóvel pertencente a particular, razão pela qual edita
decreto declaratório de utilidade pública de determinada área. Diante do caso narrado, e tendo em vista as
disposições do Decreto Lei n. 3.365/41, assinale a afirmativa correta.
a) Após a declaração de utilidade pública, caso o Estado não efetive a desapropriação em até dois anos contados
da data da expedição do respectivo decreto, este caducará.
b) As autoridades administrativas, declarada a utilidade pública, podem penetrar nos prédios compreendidos na
declaração, desde que possuam prévia autorização judicial.
c) Os proprietários de imóveis contíguos prejudicados extraordinariamente em sua destinação econômica deverão
reclamar perdas e danos do proprietário do imóvel expropriado, pelo fato de este ter recebido integralmente o
pagamento do preço.
d) O proprietário do imóvel poderá discutir em juízo se estão presentes ou não os casos de utilidade pública,
hipótese em que, procedentes os pedidos do autor, este poderá reivindicar o imóvel mesmo após incorporado à
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Você, Delegado de Polícia no exercício das funções, em perseguição a meliante em fuga, exige a entrega de veículo
por particular, tão-somente para que seja utilizado na citada operação.Oato praticado pode ser caracterizado
como:
a) desapropriação.
b) ocupação temporária.
c) limitação administrativa.
d) abuso de poder.
e) requisição.
O Estado, na defesa do interesse da coletividade, pode promover a intervenção na propriedade privada. Uma das
formas de intervenção prevê que o Poder Público pode impor ao proprietário de um bem a obrigação de suportar
restrição permanente decorrente da prestação de um serviço público. Essa modalidade de intervenção denomina-
se:
a) tombamento;
b) servidão administrativa;
c) requisição;
d) limitação administrativa;
e) ocupação temporária.
Na desapropriação, a Administração Pública deve dar ao bem desapropriado o destino mencionado no ato
expropriatório. Se o imóvel desapropriado receber destinação que se mostre incompatível com o interesse
público, haverá:
a) tredestinação;
b) caducidade;
c) domínio eminente;
d) afetação;
e) reversão.
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a) Ao apreciar o chamado mérito administrativo, o Poder Judiciário não estará, de forma alguma, substituindo o
administrador público e, consequentemente, afrontando o princípio da separação dos poderes.
b) O Poder Judiciário, no exercício do controle jurisdicional dos atos administrativos, se limita a aferir a correção
de aspectos formais do procedimento, podendo anular ou reformar sanções impostas a servidores públicos
quando estas contrariem os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade.
c) Todos os atos administrativos, inclusive os discricionários, são passíveis de controle jurisdicional.
d) O Poder Judiciário não se limita a examinar os aspectos extrínsecos da administração, pois pode analisar as
razões de conveniência e oportunidade, uma vez que essas razões devem observar critérios de moralidade e
razoabilidade.
e) O controle jurisdicional da Administração pública abrange a apreciação, efetuada pelo Poder Judiciário, sobre
atos, processos e contratos administrativos, atividades, operações materiais e mesmo a omissão ou inércia da
Administração.
a) hierárquico.
b) interno.
c) finalístico.
d) externo.
Ano: 2013, Banca: CESPE, Órgão: Polícia Federal, Prova: Delegado de Polícia
O controle prévio dos atos administrativos é de competência exclusiva da própria administração pública, ao passo
que o controle dos atos administrativos após sua entrada em vigor é exercido pelos Poderes Legislativo e
Judiciário.
Certo
Errado
A administração pública direta e indireta recebe o controle externo, relacionado à fiscalização contábil, financeira,
orçamentária e patrimonial. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o órgão que exerce esse controle.
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O ato administrativo motivado poderá ser controlado através da verificação da compatibilidade das razões de fato
apresentadas pela Administração Pública com a realidade e das razões de direito com a lei. O fundamento para o
controle do ato administrativo na hipótese acima retratada é:
a) I;
b) II;
c) III;
d) I e II;
e) nenhuma.
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9. SERVIÇO PÚBLICO
Quanto à classificação dos serviços públicos, é correto conceituar como serviços próprios do Estado aqueles que
a) se relacionam intimamente com as atribuições do Poder Público e para a execução dos quais a Administração
usa sua supremacia sobre os administrados.
b) a Administração os presta remuneradamente, por seus órgãos ou entidades descentralizadas, ou delega sua
prestação a concessionários, permissionários ou autorizatários.
c) a Administração presta sem ter usuários determinados, vale dizer, atendem à coletividade no seu todo.
d) a Administração prepara para serem prestados ao público.
e) se consubstanciam em atividade econômica que só pode ser explorada diretamente pelo Poder Público.
a) recebem a incumbência da administração para representá-la em determinado ato ou praticar certa atividade
específica.
b) são agentes delegados, que exercem função pública em seu próprio nome, porém, sob fiscalização do Poder
Público.
c) sujeitam-se a responsabilidade civil objetiva e ao mandado de segurança.
d) sua responsabilidade pelos prejuízos causados a terceiros e ligados à prestação do serviço governa-se pelos
mesmos critérios e princípios da responsabilidade do Estado.
e) enquadram-se como funcionários públicos nos termos do artigo 327 do Código Penal.
(1) Continuidade
(2) Eficiência
(3) Generalidade
(4) Modicidade
(5) Cortesia
( ) O princípio que consagra o direito do cidadão, dentro das modalidades estabelecidas, exigir, tanto da
Administração Pública, quanto dos prestadores delegados, a prestação do serviço público, sem se negar a um
usuário o que foi concedido a outro, é o da (...).
( ) Apesar de garantido pela Constituição Federal, em seu art. 37, VII, o direito de greve dos servidores públicos só
pode ser exercido dentro dos limites definidos em lei, sob pena de ferimento do princípio da (...).
( ) O prestador do serviço público que busca o aperfeiçoamento do serviço, incorporando os melhores recursos e
técnicas possíveis, de modo que a execução seja mais proveitosa, com o menor dispêndio, está agindo consoante
com o princípio da (...).
( ) O princípio que traduz a preocupação da Administração Pública em estabelecer, em sentido mais amplo
possível, o direito do cidadão de receber, do agente público competente, tratamento digno e que respeite os seus
direitos como cidadão, é o da (...).
( ) Se um serviço público for tarifado em valor que impeça o usuário de utilizá-lo, em razão de ausência de
condições financeiras, excluindo-o do universo de beneficiários, estará ferindo o princípio da (...).
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a) 5 - 3 - 4 - 2 - 1
b) 2 - 5 - 1 - 4 - 3
c) 3 - 1 - 2 - 5 - 4
d) 1 - 4 - 5 - 3 - 2
e) 4 - 2 - 3 - 1 - 5
Sobre a concessão de serviço público, naquilo que a distingue da permissão, assinale a alternativa correta.
a) é vedada celebração de contrato de parceria cujo período de prestação de serviço seja inferior a 3 (três) anos.
b) a tomada de preço é a modalidade de licitação que deve preceder o contrato de parceria.
c) na concessão patrocinada, a remuneração do parceiro é feita exclusivamente pelos usuários.
d) os parceiros compartilham os riscos, de modo que há solidariedade ainda que diante de fatos imprevisíveis.
Quanto à permissão do serviço público, considere as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.
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A responsabilidade civil da pessoa jurídica, concessionária de serviço público, relativa aos danos causados aos
usuários dos serviços por ela prestados:
A Lei n. 11.079/2004 instituiu o denominado contrato de parceria público-privada. Sobre esse tema, é CORRETO
afirmar:
( ) Educação e saúde são serviços passíveis de desempenho pelos particulares, independentemente de concessão
pelo Poder Público.
( ) O serviço público delegado é transferido por lei e só por lei pode ser retirado ou modificado, enquanto o serviço
público outorgado tem apenas sua execução transpassada a terceiros por ato administrativo (bilateral ou
unilateral), pelo que pode ser modificado, revogado e anulado.
( ) A empresa pública é forma de descentralização administrativa para prestação de serviço retirado da
Administração. Por essa razão, a ela só pode ser outorgado serviço público típico e não atividades industriais ou
econômicas.
( ) O Poder Público pode instituir fundações com personalização de Direito Público para execução de objetivos de
interesse coletivo, como educação e assistência social.
( ) A autarquia, submetida a regime de Direito Público, possui liberdade administrativa nos limites da lei que a
criou e não é subordinada a órgão do Estado, mas sofre controle para assegurar o cumprimento dos objetivos
fixados no ato de sua criação.
Respostas: 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09:
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a) O servidor público estável tem direito adquirido à imutabilidade do cargo, não podendo o Estado suprimi-lo,
transformá-lo ou extingui-lo, sem o conhecimento do seu titular.
b) Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da
vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto
em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço.
c) Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
d) Pode o Estado, por lei, estabelecer requisitos diferenciados de admissão a cargo público quando sua natureza
assim o exigir.
e) O servidor público da administração direta, autárquica ou fundacional ficará afastado de seu cargo, emprego ou
função quando investido em mandato eletivo federal, estadual ou distrital.
O Delegado que é chefe de determinada Delegacia Regional de Polícia, por desavença pessoal com determinado
Agente de Polícia, determina sua remoção para outra unidade e imediatamente convoca outro policial da sua
preferência. O ato administrativo de remoção é:
a) válido, porque previsto genericamente na lei para atender a carência de pessoal em algum órgão
b) anulável, pois depende da anuência do removido
c) nulo, por desvio de finalidade.
d) meramente irregular, podendo ser convalidado pelo Delegado-Geral de Polícia Civil
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Sócrates, antigo servidor de uma autarquia, sofreu um processo administrativo disciplinar cujo resultado, ao final,
lhe custou a perda do próprio cargo público. Durante o processo, foi possível ao servidor informar o julgador dos
fatos, manifestar-se sobre as evidências trazidas contra si e, inclusive, ter consideradas suas manifestações nos
autos. A despeito disso, alegou o servidor que, no trâmite do processo, não foi assistido por advogado
regularmente constituído para a defesa. Em tais condições, a falta de defesa técnica por advogado no processo
administrativo disciplinar, por si só,
a) importa nulidade do processo administrativo disciplinar por constituir flagrante cerceamento de defesa.
b) não importa nulidade de processo administrativo disciplinar, desde que seus atos sejam reaproveitados em
novo procedimento, desta vez assistido o acusado por defensor dativo.
c) importa nulidade da decisão por violar o princípio da ampla defesa assegurado a todos litigantes em processo
judicial ou administrativo pelo art. 5.o , inciso LV, da Constituição Federal.
d) importa nulidade do processo administrativo disciplinar, pois a Lei Estadual do Processo Administrativo (Lei n.o
10.177/1998) prevê a essencialidade do defensor habilitado para o cumprimento do devido processo legal.
e) não ofende a constituição, ainda mais no presente caso em que a parte reconhecidamente se defendeu nos
autos.
Um servidor público, sob determinadas circunstâncias, pode ser absolvido da denúncia de um crime contra a
administração pública. Com relação às circunstâncias em que necessariamente haverá a absolvição também no
âmbito administrativo, considere as afirmativas a seguir.
I. Ausência de provas.
II. Negativa de culpabilidade.
III. Negativa da autoria.
IV. Negativa do fato.
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Quanto aos cargos públicos, leia as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.
I. É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, a
de dois cargos de professor, a de um cargo de professor com outro técnico ou científico, a de dois cargos ou
empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas.
II. Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com
remuneração integral, até seu adequado aproveitamento em outro cargo.
III. A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo
poder público.
IV. Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da
vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, com direito à indenização, aproveitado em outro cargo ou posto
em disponibilidade com remuneração integral.
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, II e IV.
e) II, III e IV.
Laurineia, com vinte e cinco anos de serviço público no cargo efetivo de Auxiliar Administrativo, está sendo
processada criminalmente pela prática do crime de peculato, sob a acusação de ter subtraído um computador da
Administração Pública, que ficava sob sua responsabilidade.
I. A Administração, visando à proteção do interesse público, não pode impor ao servidor punição disciplinar por
conduta que configure crime em tese, antes do desfecho do julgamento na esfera criminal.
II. A responsabilidade da Administração Pública fica el idida quando o servidor é absolvido criminalmente pelo
mesmo fato.
III. Constitui óbice à aplicação da pena administrativa de demissão o fato de ter sido a recorrente absolvida da
imputação do crime previsto no artigo 312 do Código Penal, com fundamento no artigo 386, IV, do Código de
Processo Penal, vale dizer, por não existir prova suficiente para a condenação.
IV. Ressalvadas as hipóteses de absolvição criminal por inexistência do fato criminoso ou negativa de autoria, as
esferas criminal e administrativa são independentes.
a) I, apenas.
b) II e III, apenas.
c) IV, apenas.
d) I, III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
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Jorge, delegado, praticou ato passível, em tese, de aplicação de penalidade de demissão. Instaurado processo
administrativo disciplinar (PAD), Jorge atuou em causa própria, dispensando representação por advogado. Ao final
do PAD, foi aplicada a pena de demissão. Antes de proferida a decisão administrativa, houve trânsito em julgado
de sentença prolatada em processo judicial de natureza penal, referente ao mesmo ato, no qual Jorge foi
absolvido por falta de provas.
I. que a decisão judicial, neste caso específico, deveria necessariamente repercutir sobre a decisão administrativa.
II. que houve nulidade no processo administrativo disciplinar, tendo em vista a ausência de defesa técnica, que
resultou em evidente prejuízo, consistente na aplicação da pena de demissão.
a) A demissão deve ser anulada, tendo em vista que os dois argumentos alegados por Jorge estão corretos.
b) A demissão deve ser anulada, mas só é possível o acolhimento do argumento referente à repercussão da esfera
penal na esfera administrativa nos casos de absolvição.
c) A demissão deve ser anulada, mas só é possível o acolhimento do argumento de vício no PAD, pois a defesa
técnica é direito indisponível da parte, de modo que nem mesmo a dispensa de representação feita por Jorge
permite a superação do vício.
d) A demissão não deve ser anulada, pois, no caso narrado, não há repercussão da esfera penal na esfera
administrativa, e a falta de defesa técnica por advogado no PAD não ofende a Constituição.
e) A demissão não deve ser anulada, eis que qualquer decisão proferida na esfera penal jamais teria o condão de
repercutir na esfera administrativa, tendo em vista a absoluta independência entre ambas, conforme
entendimento consolidado em súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal.
João recebeu a notícia de que havia sido aprovado na 12ª colocação no concurso para Delegado de Polícia e,
agora, somente aguarda ser chamado para começar a exercer a tão sonhada profissão. O Edital previra a
existência das atuais 10 vagas, além da formação de cadastro de reserva com outros 10 candidatos aprovados.
Considerando a situação acima e o atual entendimento sobre o tema, assinale a afirmativa correta.
a) Mesmo que João já tenha sido nomeado, ele não tem direito subjetivo a tomar posse no cargo de Delegado de
Polícia, vez que foi aprovado em 12º para um concurso que somente previra 10 vagas.
b) João tem direito subjetivo à nomeação e à posse, vez que aprovado no concurso dentro do número previsto
para o cadastro de reserva, o que demonstra a necessidade do Estado no preenchimento do cargo.
c) Se houver a desistência de dois candidatos aprovados em melhor colocação que João, terá ele direito subjetivo
à nomeação e à posse, vez que o edital ao estabelecer o número de vagas vincula o Estado.
d) Mesmo os candidatos aprovados até a 10ª colocação não têm direito a nomeação e posse, pois a aprovação em
concurso público gera mera expectativa de direito, ficando a convocação sujeita a discricionariedade do
Administrador Público.
e) Mesmo que o 13º colocado seja nomeado e empossado, João não terá direito subjetivo à nomeação e à posse,
vez que não foi aprovado dentro do número de vagas no concurso.
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09:
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