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Informativo 612-STJ (RESUMIDO)


Márcio André Lopes Cavalcante

DIREITO ADMINISTRATIVO

CONCURSO PÚBLICO
O candidato aprovado fora do número de vagas, mas que fique dentro do número de vagas em
virtude da desistência de alguém melhor colocado, passa a ter direito subjetivo de ser nomeado

Importante!!!
A desistência de candidatos melhor classificados em concurso público convola a mera
expectativa em direito líquido e certo, garantindo a nomeação dos candidatos que passarem a
constar dentro do número de vagas previstas no edital.
STJ. 1ª Turma. RMS 53.506-DF, Rel. Min. Regina Helena Costa, julgado em 26/09/2017 (Info 612).
STJ. 2ª Turma. RMS 52.251/PR, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 05/09/2017.
STF. 1ª Turma. ARE 1058317 AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 01/12/2017.

CONSELHOS PROFISSIONAIS
Conselho de Contabilidade, no exercício de fiscalização, pode requisitar
dos contadores os livros e fichas contábeis de seus clientes

O ato do Conselho de Contabilidade que requisita dos contadores e dos técnicos os livros e
fichas contábeis de seus clientes, a fim de promover a fiscalização da atividade contábil dos
profissionais nele inscritos, não importa em ofensa aos princípios da privacidade e do sigilo
profissional.
STJ. 1ª Turma. REsp 1.420.396-PR, Rel. Min. Sérgio Kukina, julgado em 19/09/2017 (Info 612).

INFRAÇÃO DE TRÂNSITO
Qual infração de trânsito pratica o condutor que se recusa
a fazer o teste do "bafômetro" e/ou os exames clínicos?

A sanção do art. 277, § 3º, do CTB dispensa demonstração da embriaguez por outros meios de
prova, uma vez que a infração reprimida não é a de embriaguez ao volante, prevista no art.
165, mas a de recusa em se submeter aos procedimentos do caput do art. 277, de natureza
instrumental e formal, consumada com o comportamento contrário ao comando legal.
STJ. 2ª Turma. REsp 1.677.380-RS, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 10/10/2017 (Info 612).
Obs: a conclusão acima exposta foi acolhida pelo legislador que, por meio da Lei nº 13.281/2016,
acrescentou uma infração administrativa exclusivamente para o condutor que se recusar a se
submeter ao teste de etilômetro e/ou exames clínicos. Logo, atualmente, tais situações se enquadram
no novo art. 165-A ao CTB, que tem a seguinte redação:
Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que permita
certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa, na forma estabelecida pelo art. 277:

Informativo 612-STJ (25/10/2017) – Márcio André Lopes Cavalcante | 1


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DIREITO MARÍTIMO
Não é válida a norma contida em Decreto prevendo que a autoridade pública deverá fixar,
de forma ordinária e permanente, o preço dos serviços de praticagem

Não é válido o disposto no art. 1º, II, do Decreto nº 7.860/2012, que estabelece a intervenção
da autoridade pública na atividade de praticagem para promover, de forma ordinária e
permanente, a fixação dos preços máximos a serem pagos na contratação dos serviços em cada
zona portuária.
STJ. 2ª Turma. REsp 1.662.196-RJ, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 19/09/2017 (Info 612).

DIREITO CIVIL

RESPONSABILIDADE CIVIL
Policial que, fora de suas funções, prende vizinho por conta de
xingamentos sofridos, pratica ato ilícito que gera dano moral in re ipsa

A privação da liberdade por policial fora do exercício de suas funções e com reconhecido
excesso na conduta caracteriza dano moral in re ipsa.
Durante uma discussão no condomínio, um morador, que é policial, algemou e prendeu seu
vizinho, após ser por ele ofendido verbalmente.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.675.015-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 12/9/2017 (Info 612).

DIREITO DO CONSUMIDOR

DIREITO À INFORMAÇÃO
Além de avisar que “contém glúten”, as embalagens dos produtos
deverão também alertar que o glúten é prejudicial para celíacos

Importante!!!
O fornecedor de alimentos deve complementar a informação-conteúdo "contém glúten" com
a informação-advertência de que o glúten é prejudicial à saúde dos consumidores com doença
celíaca.
STJ. Corte Especial. EREsp 1.515.895-MS, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 20/09/2017 (Info 612).

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COMPRA E VENDA DE IMÓVEL


Validade da cláusula de tolerância

Importante!!!
No contrato de promessa de compra e venda de imóvel em construção (“imóvel na planta”),
além do período previsto para o término do empreendimento, há, comumente, uma cláusula
prevendo a possibilidade de prorrogação excepcional do prazo de entrega da unidade ou de
conclusão da obra por um prazo que varia entre 90 e 180 dias. Isso é chamado de “cláusula de
tolerância”.
Não é abusiva a cláusula de tolerância nos contratos de promessa de compra e venda de imóvel
em construção, desde que o prazo máximo de prorrogação seja de até 180 dias.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.582.318-RJ, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 12/9/2017 (Info 612).

CONTRATOS BANCÁRIOS
O limite de desconto do empréstimo consignado não se aplica aos contratos de mútuo bancário
em que o cliente autoriza o débito das prestações em conta-corrente

Importante!!!
A limitação de desconto ao empréstimo consignado, em percentual estabelecido pelo art. 45
da Lei nº 8.112/90 e pelo art. 1º da Lei nº 10.820/2003, não se aplica aos contratos de mútuo
bancário em que o cliente autoriza o débito das prestações em conta-corrente.
Empréstimo consignado é diferente de débito das prestações do empréstimo em conta-
corrente autorizado pelo cliente. Na consignação em folha de pagamento, antes mesmo de a
pessoa receber sua remuneração, já há o desconto da quantia, o que é efetuado pelo próprio
empregador/órgão pagador. No segundo caso, o devedor faz um empréstimo e autoriza que o
credor desconte as parcelas do valor que ele tiver na conta-corrente.
Os arts. 45 da Lei nº 8.112/1990 e 1º da Lei nº 10.820/2003 preveem que o limite de desconto das
parcelas do empréstimo consignado é de 30%. Tal limite, contudo, não vale para os contratos de
mútuo bancário em que o cliente autoriza o débito das prestações em conta-corrente.
STJ. 4ª Turma. REsp 1.586.910-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 29/08/2017 (Info 612).

PLANO DE SAÚDE
Custeio das sessões de psicoterapia além dos limites previstos no contrato

É abusiva a cláusula contratual ou o ato da operadora de plano de saúde que limite ou


interrompa o tratamento psicoterápico oferecido ao usuário sob o argumento de que já se
esgotou o número máximo de sessões anuais asseguradas no Rol de Procedimentos e Eventos
em Saúde da ANS.
Depois que terminarem as sessões obrigatórias que o plano tem o dever de custear
integralmente, deverão continuar sendo oferecidas as sessões necessárias para o tratamento,
no entanto, a partir daí, o custo delas será dividido, em regime de coparticipação, entre o plano
de saúde e o usuário.
Ex: o médico solicitou para João 40 sessões de psicoterapia. Contudo, a ANS prevê que os
planos de saúde são obrigados a custear apenas 18; para o STJ, isso significa que essas 18 o
plano irá pagar sozinho e as 22 a mais deverão ser custeadas, de forma dividida, entre o plano
e o usuário (João).
STJ. 3ª Turma. REsp 1.679.190-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 26/09/2017 (Info 612).

Informativo 612-STJ (25/10/2017) – Márcio André Lopes Cavalcante | 3


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DIREITO EMPRESARIAL

TRADE DRESS
Para analisar se houve violação do trade dress, é indispensável a prova pericial

Trade dress ou conjunto-imagem consiste no conjunto de elementos distintivos que


caracterizam um produto, um serviço ou um estabelecimento comercial fazendo com que o
mercado consumidor os identifique.
A caracterização de concorrência desleal por confusão, apta a ensejar a proteção ao conjunto-
imagem (trade dress) de bens e produtos, é questão fática a ser examinada por meio de perícia
técnica.
Ainda que se esteja diante de uma notória semelhança entre os dois produtos, é indispensável
analisar se esta similitude é aceitável do ponto de vista legal ou se estamos diante de um ato
abusivo, usurpador de conjunto-imagem alheio e passível de confundir o consumidor.
Ex: a empresa líder do mercado ajuizou ação contra a ré (empresa nova) afirmando que esta
passou a utilizar embalagem copiando as cores e o design da autora. Será necessária perícia.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.353.451-MG, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 19/09/2017 (Info 612).

SOCIEDADE ANÔNIMA
Inventariante não pode votar em assembleia da sociedade anônima
alterando o controle da companhia e alienando bens do acervo patrimonial

O inventariante, representando o espólio, não pode votar em assembleia de sociedade


anônima da qual o falecido era sócio com a pretensão de alterar o controle da companhia e
vender bens do acervo patrimonial.
Os poderes de administração do inventariante são aqueles relativos à conservação dos bens
inventariados para a futura partilha, dentre os quais se pode citar o pagamento de tributos e
aluguéis, a realização de reparos e a aplicação de recursos, atendendo o interesse dos
herdeiros.
A atuação do inventariante, alienando bens sociais e buscando modificar a natureza das ações
e a própria estrutura de poder da sociedade anônima, está fora dos limites dos poderes de
administração e conservação do patrimônio.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.627.286-GO, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 20/06/2017 (Info 612).

SOCIEDADE ANÔNIMA
Fechamento em branco ou indireto de capital

Não configura o fechamento em branco ou indireto de capital a hipótese de incorporação de


ações de sociedade controlada para fins de transformação em subsidiária integral (art. 252 da
Lei das S/A), realizada entre sociedades de capital aberto, desde que se mantenha a liquidez e
a possibilidade de os acionistas alienarem as suas ações.
Assim, é desnecessária a oferta pública de ações em favor dos acionistas preferenciais da
companhia que teve suas ações incorporadas, mas que continuam com plena liquidez no
mercado de capitais.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.642.327-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, por unanimidade, julgado
em 19/09/2017 (Info 612).

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

PROCESSO COLETIVO
Não se aplica a remessa necessária do art. 19 da LAP para
as ações coletivas tutelando direitos individuais homogêneos

Não se admite o cabimento da remessa necessária, tal como prevista no art. 19 da Lei nº
4.717/65, nas ações coletivas que versem sobre direitos individuais homogêneos.
Ex: ação proposta pelo MP tutelando direitos individuais homogêneos de consumidores.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.374.232-ES, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 26/09/2017 (Info 612).

DIREITO PROCESSUAL PENAL

COLABORAÇÃO PREMIADA
Homologação de colaboração premiada que mencione autoridade com foro privativo

A homologação de acordo de colaboração premiada por juiz de 1º grau de jurisdição, que


mencione autoridade com prerrogativa de foro no STJ, não traduz em usurpação de
competência deste Tribunal Superior.
Ocorrendo a descoberta fortuita de indícios do envolvimento de pessoa com prerrogativa de
foro, os autos devem ser encaminhados imediatamente ao foro prevalente, definido segundo
o art. 78, III, do CPP, o qual é o único competente para resolver sobre a existência de conexão
ou continência e acerca da conveniência do desmembramento do processo.
STJ. Corte Especial. Rcl 31.629-PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 20/09/2017 (Info 612).

DIREITO TRIBUTÁRIO

TAXAS
Isenção da taxa de registro de arma de fogo não se aplica
para policiais rodoviários federais aposentados

A isenção do recolhimento da taxa para emissão, renovação, transferência e expedição de


segunda via de certificado de registro de arma de fogo particular prevista no art. 11, § 2º, da
Lei nº 10.826/2003 não se estende aos policiais rodoviários federais aposentados.
STJ. 1ª Turma. REsp 1.530.017-PR, Rel. Min. Regina Helena Costa, julgado em 21/09/2017 (Info 612).

IMPOSTO DE RENDA
A cessão do precatório a terceiro não modifica a relação jurídica tributária
existente entre o titular originário e o Fisco, para fins de incidência do IR

A cessão de crédito de precatório não tem o condão de alterar a base de cálculo e a alíquota do
Imposto de Renda, que deve considerar a origem do crédito e o próprio sujeito passivo
originariamente favorecido pelo precatório.
STJ. 1ª Turma. REsp 1.405.296-AL, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 19/09/2017 (Info 612).
STJ. 2ª Turma. RMS 42.409/RJ, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 06/10/2015.

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IPI
Quais indústrias podem gozar da suspensão de IPI prevista
no art. 29, caput e § 5º da Lei nº 10.637/2002?

A manutenção e a utilização do crédito de IPI submetido à suspensão são incentivos fiscais


reservados ao estabelecimento industrial fabricante das matérias-primas, dos produtos
intermediários e dos materiais de embalagem que os vende (saída) para empresas que os
utilizam na industrialização de produtos destinados à exportação.
STJ. 1ª Turma. REsp 1.382.354-PE, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 22/08/2017 (Info 612).

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