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Critérios de hierarquização de intervenções em áreas de

risco definidas pelo Plano Diretor de Encostas do


Município de Salvador

Mattos, E.F.O.
Prefeitura Municipal de Salvador, Salvador, Bahia, Brasil.

Cerqueira Neto, J.X.


Universidade Federal da Bahia, Instituto de Geociências, Salvador, Bahia, Brasil.

Silva, F.R.
Geohidro Consultoria e Operação de Sistemas, Salvador, Bahia, Brasil, Franz@geohidro.com.br

Gomes, R.L.
Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia, Brasil, rlgomes@uesc.br

Oliveira, S.M.
Prefeitura Municipal de Salvador, Salvador, Bahia, Brasil, monemaia@ig.com.br

Resumo: Este trabalho apresenta o método utilizado para a hierarquização de 433 intervenções a
serem realizadas em áreas de risco definidas no Módulo de Prognóstico do PDE - Plano Diretor de
Encostas do Município de Salvador. A Sistemática de hierarquização foi realizada a partir de um
modelo de tomada de decisões elaborado especificamente para os propósitos do plano, de forma
a subsidiar a escolha da melhor linha de ação a ser adotada pela Prefeitura Municipal. Nesse
modelo, chamado de Sistema de Hierarquização, as intervenções propostas foram ordenadas
segundo uma estrutura hierárquica de priorização baseada na análise comparativa de um conjunto
de aspectos representativo levando-se em consideração as características físico-ambientais,
econômicas, sociais e políticas, relacionadas ao problema do risco em assentamentos situados nas
áreas precárias das encostas.

Abstract: This work presents the method used for the hierarchization of the 433 interventions
taken in risk areas as defined in the HMP Prognostic module – from the Hillside Management Plan
of the Municiple of Salvador. The Hierarchization Systematics was developed from a decision
making model created specifically for the intentions of the plan, which assist in the choosing of the
best line of action on the part of City Hall. In this model, called the Hierarchization System, the
proposed interventions were ordered following a hierarchical prioritization based on the comparative
analysis of joined aspects representing the ample spectrum of physical-environmental, economical,
social and political characteristics related to the risk problem in hillside housing situations.

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1 INTRODUÇÃO intervenções propostas foram ordenadas se-
gundo uma estrutura hierárquica de
Os trabalhos desenvolvidos nas etapas de priorização.
Inventario, Diagnóstico e Prognóstico realiza-
das pelo Plano Diretor de Encostas de Salvador 2 MÉTODO ADOTADO
propuseram 433 intervenções em áreas de ris-
co, que abrangem desde obras de engenharia, A elaboração do Plano Diretor de Encostas
até remoção e reassentamento de moradores (PDE) foi compartimentada em quatro etapas
sob situação de risco de deslizamento do talu- subseqüentes e interdependentes, chamadas de
de. A priorização destas intervenções consti- Módulos: Modulo I – Inventário; Módulo II –
tui-se no elemento de base para fundamentar, Diagnóstico; Módulo III – Prognóstico; e
dentro de um rigor técnico, as decisões durante Módulo IV - Plano de Ação. O Inventário com-
a fase de implantação do Plano Diretor de En- preendeu o levantamento e cadastramento dos
costas. A possibilidade de ordenar as interven- dados e informações disponíveis relacionados
ções segundo diferentes critérios permite o ao problema e inspeções de campo para a ca-
agrupamento dessas segundo situações es- racterização físico-ambiental e socioeconômica
pecíficas, considerando os aspectos estritamen- das áreas de risco. No Diagnóstico, a base de
te técnicos relacionados a características do dados e informações inventariadas foi analisa-
meio, o alcance social e a disponibilidade de da de forma orientada à compreensão e caracte-
recursos. A flexibilidade de análise e simulação rização dos aspectos sócio-ambientais relacio-
de situações socioeconômicas distintas com a nados à problemática em análise. No módulo
visualização do contexto geográfico no qual subseqüente, o Prognóstico, estão estabele-
estão inseridas as áreas a serem beneficiadas e, cidas as intervenções necessárias visando o
até mesmo, a realimentação do processo de controle do risco dessas áreas de ocupação
hierarquização através da inserção de novas subnormal. Já o Plano de Ação, contempla os
intervenções, será possível por meio do Siste- aspectos sistêmicos da parte gerencial do PDE,
ma de Informações desenvolvido especificamen- que implicam na definição das prioridades, no
te para o PDE. cronograma de implantação e na forma de atua-
As ações necessárias para atingir a eficiên- ção técnica e social da gestão pública durante
cia técnica, econômica e social prevista para o o processo de implantação do Plano (PMS,
PDE, devem estar em consonância com os re- 2004).
cursos humanos e financeiros liberados ao lon- No contexto deste trabalho, a hierarquização
go do cronograma preestabelecido. Sabe-se, no das 433 intervenções em áreas de risco defini-
entanto, que esses recursos não são disponi- das no Prognóstico foi realizada a partir de um
bilizados integralmente, e as áreas de risco que modelo de tomada de decisões elaborado espe-
necessitam de intervenções são várias, e que o cificamente para os propósitos do PDE, de for-
risco de deslizamento é um fenômeno dinâmico ma a subsidiar a escolha da melhor linha de ação
e tende a se agravar caso as ações necessárias por parte do gestor do Plano. Nesse modelo,
não venham a ser realizadas em tempo hábil. chamado de Sistema de Hierarquização, as in-
Neste contexto, foi definida uma metodologia tervenções propostas foram ordenadas segun-
para tomada de decisões sob condições de do uma estrutura hierárquica de priorização ba-
múltiplas escolhas, fundamentada em técnicas seada na análise comparativa de um conjunto
de análise de multicritério, e a partir da qual as de aspectos representativo do amplo espectro

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de características físico-ambientais, econômi- Estruturação Hierárquica do Processo de Aná-
cas, sociais e políticas, relacionadas ao proble- lise, Avaliação dos Componentes do Processo
ma do risco em assentamentos precários situa- de Análise e Priorização das Intervenções.
dos em encostas. O Sistema de Hierarquização
foi concebido utilizando-se os fundamentos de 3.1 Definição dos Especialistas
um método clássico de análise multicritério,
denominado de AHP (Analytic Hierarchy Nessa etapa foi definido o grupo de especialis-
Process). Foram, também, considerados as pre- tas responsável pelos julgamentos no estágio
missas básicas para modelagem de sistemas de de avaliação dos critérios de decisão. Esse gru-
tomada de decisão com base na análise po também foi responsável, não apenas pelo
multicriterial, os dados e informações que com- julgamento dos critérios, mas, também, pela
põem o SIGPDE, e principalmente, os objetivos análise dos resultados, condicionando ao mes-
e finalidades do Módulo IV – Plano de Ação. mo a responsabilidade do aval final no que
A seguir são citadas as principais diretrizes concerne os resultados da priorização. Desta
metodológicas que nortearam a concepção do forma foram selecionadas instituições e profis-
Sistema de Hierarquização do PDE: a) Ordenar sionais que representam diversas áreas de atu-
a partir de uma estrutura hierárquica as 433 in- ação tais como gestão pública, universidades e
tervenções propostas no Prognóstico, de for- empresas de consultoria técnica. A seguir es-
ma que possibilite a análise dos fatores tão citadas as instituições e profissionais que
decisórios envolvidos para cada intervenção, participaram do processo de avaliação e pon-
subsidiando a escolha da melhor linha de ação deração dos critérios de decisão: SURCAP –
por parte do gestor do Plano; b) O modelo con- Superintendência de Urbanização da Capital;
cebido é de fácil compreensão; não exigir co- CARG – Coordenadoria de Áreas de Risco Ge-
nhecimentos técnicos específicos para a análi- ológico; CODESAL – Coordenação de Defesa
se dos resultados e entendimento dos aspec- Civil de Salvador; CREA-BA – Conselho Regi-
tos positivos e negativos de cada intervenção; onal de Engenharia e Arquitetura da
dispensa uma especialização para comunicar e Bahia;·GEOHIDRO (Empresa Consultora); Clu-
administrar; c) É fruto de um consenso entre as be de Engenharia da Bahia; Laboratório de
principais instituições envolvidas com os pro- Geotecnia da Escola Politécnica da UFBA e Pro-
blemas em encostas, encorajando, assim, a for- fessores do Instituto de Geociências da UFBA.
mação de compromisso e, conseqüentemente,
uma ação participativa e integrada para o alcan- 3.2 Definição dos Critérios de Decisão
ce dos objetivos do PDE, e d) Apresenta um
aspecto dinâmico, possibilitando a análise de Essa etapa consistiu na seleção dos critérios
novas intervenções durante o período de im- utilizados no processo de análise comparativa
plantação do PDE. das intervenções. A definição desses critérios
foi baseada no conhecimento do grupo de es-
3 ELABORAÇÃO DO SISTEMA DE pecialistas selecionados, na experiência dos
HIERARQUIZAÇÃO técnicos responsáveis pelo projeto de elabora-
ção do PDE e na familiaridade com os aspectos
Esse procedimento foi compartimentado nas qualitativos e quantitativos dos dados dispo-
seguintes etapas: Definição dos Especialistas, níveis. Os critérios selecionados foram
Definição dos Critérios de Decisão, compartimentados nos seguintes grupos infor-

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mais: Critérios Técnico-Ambientais, Critérios sa forma, no processo de tomada de decisão
Técnico-Econômicos e Critérios Sócio políticos. serão considerados aspectos que identificam
Os Critérios Técnico-Ambientais fornecem as melhores alternativas com base numa abor-
elementos para a avaliação da intervenção em dagem econômica. Isto permite que a
função das características do meio onde situa priorização das intervenções reflita positiva-
a área a ser beneficiada. Portanto, esses crité- mente no melhor aproveitamento dos recursos
rios caracterizam-se como parâmetros para a disponíveis durante o período de implantação
análise direta e indireta de aspectos geológi- do PDE.
cos-geotécnicos, geomorfológicos e de uso e No critério Custo da Intervenção, observa-
ocupação do solo, permitindo assim uma ava- se que, quanto menor o recurso disponibilizado
liação técnica em função da situação do meio por intervenção, maior será o número de áreas a
físico. Fazem parte desse grupo os seguintes serem beneficiadas, ampliando, dessa forma, a
critérios: Grau de Risco; Vulnerabilidade Físi- capacidade de promoção de benefícios à popu-
co-Ambiental e Degradação Físico-Ambiental. lação num menor intervalo de tempo. No Custo
No Grau de Risco avalia-se a situação atual “per capita” da Intervenção considera-se o
ou condição potencial de perigo ao ser huma- custo-benefício associado a cada intervenção.
no, assim como de possíveis danos materiais Esse critério tende a indicar as intervenções com
à propriedade pública ou privada, estabeleci- maior capacidade de alcance econômico e so-
dos mediante a interação de fatores de ordem cial, ou seja, maior número de pessoas benefi-
natural e antrópica que contribuem diretamen- ciadas considerando o mesmo investimento, va-
te para a ocorrência de movimentos de terra e/ lorizando, assim, as alternativas que apresen-
ou de maciços rochosos. Na Vulnerabilidade tam um melhor aproveitamento dos recursos
Físico-Ambiental observa-se a priorização das disponíveis. Já o critério “Relevância para o
intervenções em áreas onde a situação de ris- Sistema Viário Urbano” objetiva-se assegurar
co é caracterizado pela conjunção do maior a manutenção do tráfego e das boas condições
número de problemas geotécnicos incidentes, do sistema viário do Município, a partir da
os quais são classificados conforme a priorização das intervenções associadas às áre-
potencialidade de perdas humanas e/ou mate- as de risco onde eventuais acidentes possam
riais em possíveis acidentes. Já na Degrada- envolver ou interditar vias urbanas.
ção Físico-Ambiental conjetura-se o Para os aspectos sociais e políticos foram
ordenamento das intervenções em áreas onde selecionados critérios através dos quais as in-
a situação de degradação do meio distingue- tervenções foram analisadas de forma a avaliar
se pela combinação do maior número de o impacto e a relevância social dentro da comu-
condicionantes antrópicos adversos, os quais nidade a ser beneficiada tendo em vista as ne-
são classificados conforme o grau de relevân- cessidades e anseios dessa população. O as-
cia no processo de desestabilização de encos- pecto referente aos anseios da comunidade foi
tas e taludes. contemplado, pois temos em vista que o mes-
Os Critérios Técnico-Econômicos constitu- mo constitui um parâmetro importante para a
em um grupo de Critérios de Decisão a partir do priorização das intervenções, devido à neces-
qual as intervenções propostas são analisadas sidade de valorizar as áreas onde a gestão pú-
em função dos aspectos econômicos “valor do blica ainda não atuou de forma plenamente
investimento necessário” e “custo social”. Des- satisfatória para as comunidades.

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Os Critérios Sócio Políticos utilizados fo- 3.3 Estruturação Hierárquica do Processo de
ram: População Diretamente Beneficiada – Análise
julga-se as intervenções em função da sua ca-
pacidade de redução do risco a partir da elimi- A determinação da estrutura hierárquica con-
nação da possibilidade de perdas humanas e siste numa tarefa de caráter orientador no pro-
bens materiais, que são representadas pelo nú- cesso de modelagem, na qual define-se o obje-
mero de habitantes diretamente beneficiados, tivo global e são organizados os elementos que
ou seja, em risco direto; População Indireta- compõem o processo de decisão em níveis hie-
mente Beneficiada – avalia-se as intervenções rárquicos segundo a seqüência de análise ca-
com base no número de pessoas indiretamente racterística do método AHP. Neste trabalho de
beneficiadas, ou seja, a população que reside hierarquização das intervenções do PDE, o pro-
nas áreas adjacentes aos pontos de risco, den- blema foi representado segundo três níveis hi-
tro da área de risco; Qualidade de Vida - indica erárquicos: Nível I – Objetivo: hierarquização
o grau de satisfação da comunidade dentro do das intervenções propostas no PDE; Nível II –
contexto socioeconômico em que vive, permi- Critérios de Decisão: Critérios Técnico-
tindo avaliar as intervenções com base no grau Ambientais, Critérios Técnico-Econômicos e
de carência e de necessidade de melhoria das Critérios Sócio Políticos e Nível III – Alternati-
condições de vida da comunidade a ser benefi- vas: Intervenções propostas no Módulo III –
ciada; Atuação da Administração Municipal - Prognóstico.
o grau de satisfação com a atuação da Adminis- Essa estruturação é importante principalmen-
tração Municipal é um critério importante para te para o entendimento do processo analítico
o julgamento das intervenções em função da definido para o modelo de tomada de decisão
necessidade de uma atuação ainda mais efici- elaborado. A partir da estrutura torna-se fácil a
ente do poder público e uma revisão da política identificação da forma do sistema de análise,
de beneficiamento das populações carentes. seus componentes e o relacionamento entre
Esse critério reflete os anseios da população esses.
residente nas áreas a serem beneficiadas; Situ-
ação de Risco - a consciência da situação de 3.4 Avaliação dos Componentes do Processo
risco repercute de forma negativa para a popu- de Análise
lação carente, afetando a vida profissional e
familiar. A avaliação com base nesse critério A partir da estrutura hierárquica os componen-
permite o julgamento das intervenções a partir tes do processo de análise são julgados. Esse
dos benefícios sociais de caráter psicológico, julgamento é realizado em duas etapas - Avalia-
que é balizado em função do sentimento da ção das Intervenções e Avaliação dos Critérios
vulnerabilidade da população em risco e, Tem- de Decisão.
po de Moradia - o tempo de moradia indica o
grau de consolidação e integração das famílias 3.4.1 Avaliação das Intervenções
que compõem a comunidade, assim como o in-
vestimento que as pessoas já realizaram em suas Na metodologia AHP a avaliação das alternati-
residências. Avalia-se, então, a partir desse cri- vas, neste caso as intervenções, são realizadas
tério, as intervenções em função da gravidade a partir dos julgamentos baseados em compa-
do impacto social decorrente de possíveis aci- rações paritárias entre as alternativas de acor-
dentes. do com cada critério de decisão, resultando

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numa priorização das alternativas a partir de população e nos dados coletados nas inspe-
pesos relativos, sendo para isto elaboradas ções de campo na fase de inventário. Esses ele-
matrizes. Para cada uma das matrizes, as alter- mentos estão, via de regra, associados às Regi-
nativas são comparadas paritariamente em fun- ões Administrativas (RAs) do Município. As
ção de suas preferências, em relação ao critério notas foram definidas para cada RA e
de decisão em análise segundo a escala indicada transferidas às intervenções conforme a situa-
na Tabela 1. ção geográfica da mesma, ou seja, as interven-
No PDE, a adoção do procedimento descri- ções receberam a mesma nota dada a RA na
to anteriormente, resultaria em matrizes do tipo qual encontra-se situada. Essa inferência é per-
433 x 433, o que inviabilizaria os julgamentos feitamente aceitável tendo em vista que as RA´s
por parte do grupo de especialistas seleciona- são unidades de referência sociopolíticas, pois
do, e comprometeria a versatilidade da são compostas por agrupamentos de setores
metodologia AHP, tendo em vista a disponibili- censitários conforme similitudes socio-econô-
dade de tempo e, principalmente, o esforço men- micas e aspectos políticos.
tal sobre-humano por parte do grupo de espe- Assim, foram definidos pesos (entre 0 e 10)
cialistas para a execução dessa tarefa. Optou- para cada tipo de resposta (julgamento do en-
se, então, pelo estabelecimento de notas para trevistado), e estabelecidas notas (0,00 e 1,00)
as intervenções, segundo cada Critério de De- em função da proporção de entrevistados rela-
cisão (Tabela 2). Assim as intervenções, para cionados às diferentes respostas. Ao final é
cada critério, receberam notas que variavam estabelecida a nota da RA a partir de uma média
entre 0 e 10 tendo como base procedimentos de ponderada. Esse procedimento é representado
normalização específicos, observando-se a pe- por uma combinação linear do tipo:
culiaridade das variáveis utilizadas no estabe-
lecimento das notas. A seguir estão discrimina- M = P(1)xN (1) + P (2)xN (2) +...+ P(n-1)xN
dos os procedimentos adotados na definição (n-1) + P(n)xN(n).
das notas das intervenções dentro de cada cri-
tério. Onde: M – Média ponderada ou Nota Final;
Com relação a Qualidade de Vida, o julga- P(n) – Peso associado ao tipo de julgamento,
mento com base nesse critério está fundamen- ou de resposta dada pelos pesquisados; e N(n)
tado em elementos obtidos dos resultados da – Notas, ou proporção relativa de pesquisados
pesquisa socioeconômica sobre os anseios da associados à P(n).

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A Tabela 3 apresenta as notas finais das RA’s, de Moradia e Situação de Risco, os procedi-
e conseqüentemente as notas atribuídas às in- mentos adotados para o julgamento são os
tervenções associadas a cada RA, conforme o mesmos utilizados para a Qualidade de Vida.
Critério Qualidade de Vida. Para os critérios de As Tabelas 4, 5 e 6 apresentam as notas finais
Atuação da Administração Municipal, Tempo das RA´s.

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3.4.2 Avaliação dos Critérios de Decisão conforme é apresentado na Tabela 1. Cada ins-
tituição e profissional realizou os julgamentos
A Avaliação dos Critérios de Decisão consis- individualmente. Ao final, homogeneizou-se o
tiu num julgamento realizado através de com- julgamento a partir do valor médio inferido em
parações paritárias entre os Critérios de Deci- função dos resultados das avaliações indivi-
são (Tabela 7), objetivando a ponderação dos duais das instituições e profissionais, confor-
mesmos de forma a expressar a importância re- me apresentado na Tabela 8. A Tabela 9 apre-
lativa de cada um para o objetivo do trabalho. senta a matriz de comparação paritária elabora-
A consolidação desse julgamento foi elabora- da para o Sistema de Hierarquização do PDE,
da com base em uma matriz, na qual os critérios onde se obteve uma razão de consistência de
foram comparados paritariamente em função de 8,7%. Também é apresentada a ponderação fi-
sua relevância dentro do problema analisado, nal dos Critérios de Decisão.

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Tabela 7 – Critérios de Decisão p(i) – Pesos, ou importância em termos rela-
tivos do Critério de Decisão “i” para o proces-
CRITÉRIOS DE DECISÃO so de hierarquização; e
X1 = Grau de Risco n(i) – Nota da intervenção em relação ao
X2 = Vulnerabilidade Físico-Ambiental Critério de Decisão “i”.
X3 = Degradação Físico-Ambiental
X4 = Custo da Intervenção As intervenções então, foram ordenadas
X5 = Custo Per Capita conforme a nota associada, a qual pode sofrer
X6 = Relevância para o Sistema Viário Urbano variação variar de 0,00 a 10,00. Nos casos de
X7 = População Diretamente Beneficiada coincidência de notas, o desempate foi estabe-
X8 = População Indiretamente Beneficiada lecido em função das notas relativas ao Crité-
X9 = Qualidade de Vida rio Grau de Risco. Quando persistiu a coinci-
X10 = Atuação da Prefeitura dência, seguiu-se a comparação das interven-
X11 = Situação de Risco ções em função do Critério de Decisão subse-
X12 = Tempo de Moradia qüente de maior peso, sendo repetido este pro-
cedimento até o desempate. O resultados do
3.5 Priorização das Intervenções Sistema de Hierarquização foram agrupados na
forma de uma matriz, chamada de Matriz de
Estabelecidos os julgamentos dos elementos Hierarquização, conforme o exemplo apresen-
em cada nível da estrutura hierárquica, Nível II tado na Tabela 10.
- Critérios de Decisão e Nível III – Interven- A partir da Matriz de Hierarquização torna-
ções, a priorização foi estabelecida pela com- se fácil a compreensão do processo de mode-
posição final de notas das Intervenções, sen- lagem, tendo em vista que as características de
do para isto utilizada uma combinação linear cada intervenção estão traduzidas em núme-
do tipo: ros, os quais indicam o caráter positivo ou ne-
P = p(1) x n(1) + p(2) x n(2) +...+ p(i-1) x n(i- gativo segundo cada Critério de Decisão ado-
1) + p(i) x n(i) tado, não exigindo dessa forma um conheci-
Onde: mento técnico mais apurado para entendimen-
P – Nota final a partir da qual é estabelecida to do Sistema e dos resultados apresentados,
a prioridade da intervenção; facilitando assim a divulgação dos mesmos.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS o caráter dinâmico do Sistema de
Hierarquização permitem a constante
A priorização das intervenções constitui no ele- reavaliação das áreas de risco e, conseqüen-
mento de base para fundamentar, dentro de um temente das intervenções propostas, em fun-
rigor técnico, as decisões durante a fase de im- ção das alterações do quadro físico e
plantação do Plano Diretor de Encosta. A pos- socioeconômico dessas áreas, o que poderá
sibilidade de ordenar as intervenções segundo ser feito mediante novas inspeções de campo
diferentes critérios permite o agrupamento des- e reprocessamento das informações do
sas segundo situações específicas, consideran- SIGPDE. Essa flexibilidade na priorização é ex-
do, os aspectos estritamente técnicos relacio- tremamente necessária tendo em vista a pró-
nados a características do meio, o alcance pria dinâmica do problema de risco em áreas
social,e a disponibilidade de recursos. de ocupação subnormal situadas em encos-
A flexibilidade de análise e simulação tas. Deve-se salientar que durante a implanta-
de situações socioeconômicas distintas com ção do PDE será necessário o monitoramento
a visualização do contexto geográfico no qual contínuo das áreas de risco inventariadas e
estão inseridas as áreas a serem beneficiadas, identificação de outras novas, o que acarreta-
e até mesmo a realimentação do processo de rá em reavaliações das prioridades.
hierarquização através da inserção de novas
intervenções será possível por meio do Siste- 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ma de Informações desenvolvido especifica-
mente para o PDE – SIGPDE. Essas caracterís- PMS - Prefeitura Municipal de Salvador. 2004.
ticas são fundamentais, pois ampliam a pers- Plano Diretor de Encostas. Volume
pectiva de análise além de tornar mais eficien- Síntese. PMS/SEMIN/CARG – Coord.
te a gestão do PDE. A flexibilidade de análise e de Áreas de Risco Geológico.

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