LABORATÓRIO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

TRABALHO

Data: 23/10/2018

Contexto: Uma indústria de processamento de grãos possui um sistema especial de

transporte dos grãos entregues pelos fornecedores. Esse sistema, alimentado por um
único circuito elétrico, é composto por três motores de indução trifásicos (MITs),
responsáveis pelo deslocamento dos grãos do ponto de entrega pelos fornecedores até o
depósito, conforme descrito a seguir.
1) Cada motor possui proteção contra sobrecarga.
2) O sistema possui proteção contra falta de fase.
3) Na cabine de comando do sistema, há botão de parada de emergência.
4) A operação do sistema começa quando o operador pressiona o botão liga, localizado
na cabine de comando.
5) O motor M1 aciona uma esteira na qual os fornecedores colocam os grãos. A esteira
leva os grãos do ponto de descarga até o interior da propriedade da indústria, no local
em que os despeja em uma grande pá motorizada, que os recolhe. M1 somente aciona a
esteira quando essa pá está na horizontal, com a cavidade voltada para cima, na posição
correta para receber os grãos.
6) O motor M2 aciona a pá motorizada, girando-a 180º, nos dois sentidos de rotação.
Sendo assim, se a pá estiver com a cavidade voltada para cima, ela está recebendo grãos
ou no trajeto até o depósito; se estiver com a cavidade voltada para baixo, ela terá
jogado os grãos no depósito ou estará no trajeto para recolher mais grãos. Quando a pá
gira para recolher grãos, esse movimento é interrompido por uma chave de fim-de-curso
(CFC), aqui denominada CFC1. Nessa posição, a pá fica parada por 5 min, tempo
controlado pelo único relé de tempo do sistema, que comanda a ida da pá para o
depósito. Quando a pá gira para despejar os grãos no depósito, esse movimento é
interrompido pela chave CFC2, que comanda a volta da pá recolher mais grãos.
7) O motor M3 aciona um grande braço que sustenta a pá em determinada altura
constante. Esse braço gira, movimentando a pá do ponto em que ela recolhe os grãos
que caem da esteira até o depósito e no sentido contrário. Quando o braço gira para
levar a pá para recolher grãos, esse movimento é interrompido pela chave CFC3, que
também comanda o giro da pá. Quando o braço gira para levar a pá para o depósito,
esse movimento é interrompido pela chave CFC4, que também comanda o giro da pá.
8) O início da operação deve dar-se com a pá pronta para receber grãos da esteira.
9) Quando o braço está em movimento, três lâmpadas vermelhas ficam acesas em
pontos específicos do pátio para indicar perigo. Quando a pá está girando, uma lâmpada
amarela fica acesa em um ponto específico do braço que a sustenta.
10) Quando o depósito está cheio, um sensor de nível desliga todo o sistema.

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11) Após qualquer desligamento do sistema, a operação somente é reiniciada com a pá
vazia corretamente posicionada para receber grãos, sendo essa posição alcançada por
movimentação manual do braço e da pá.

Com base no contexto apresentado,

a) desenhem o esquema de ligação do circuito de força, identificando todos os símbolos

utilizados (1,5 ponto);
b) desenhem o esquema de ligação do circuito de comando, identificando todos os
símbolos utilizados – para aqueles alunos que assim preferirem, pode-se apresentar
também o diagrama LADDER e a montagem associada para execução do circuito de
comando projetado por meio desse diagrama (3,5 pontos); e
c) montem, testem e apresentem o circuito de comando (5,0 pontos).

Instruções para a realização do trabalho

1) O trabalho deverá ser feito, necessariamente, em grupos de 3 a 5 alunos, com, no

máximo, 3 grupos por turma. A composição dos grupos ficará a critério dos alunos.

2) Os desenhos feitos no trabalho deverão ser entregues por escrito na aula da

montagem, que ocorrerá em data ainda a ser combinada.

3) Os alunos deverão preparar uma apresentação demonstrando o funcionamento dos

circuitos projetados. Para tanto, recomenda-se o uso de softwares para simulação de
acionamentos elétricos ou para simulação de do diagrama LADDER projetado.

4) A montagem prevista no trabalho será feita nas bancadas da Weg, localizadas no

Laboratório de Conversão de Energia.

5) A apresentação mencionada servirá para que o grupo mostre ao professor, de modo

sucinto, o que será montado e o resultado esperado.

6) Todos os alunos do grupo deverão participar da montagem de modo equilibrado. Cada

aluno deverá ter condição de realizar a apresentação total ou de parte do trabalho, caso
seja solicitado a fazê-lo.

7) O que se procura com a montagem e com o teste é avaliar: o resultado, sem avaliação
da técnica de montagem, e a coerência entre montagem e desenhos.

8) Qualquer aspecto não esclarecido pelo contexto deverá ser definido pelo grupo.

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9) Qualquer indisponibilidade de componentes no laboratório deverá ser superada pelo
uso de outro componente existente, que será utilizado pelo grupo, com a devida
justificativa.

10) Para a realização do trabalho, sugere-se que os alunos utilizem qualquer software
disponível de simulação de circuitos de comando.