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Fundamentos
da Integração
Regional: O Mercosul
Sumário
MÓDULO I - CONTEXTUALIZANDO A INTEGRAÇÃO ..................................................
1
Unidade 1 - Aspectos introdutórios; Regionalismo e multilateralismo; Os
blocos econômicos. ............................................................................................................
2
Unidade 2 - teoria de referência; teoria da integração regional; etapas da
integração... .......................................................................................................................
17
MÓDULO II - O MERCOSUL...............................................................................................
27
Unidade 1 - Antecedentes .............................................................................................
28
Unidade 2 - Análise dos marcos jurídicos constitutivos do Mercosul. ......... 58
Unidade 3 - Estrutura institucional do Mercosul; Solução de Controvérsias
.................................................................................................................................................
69
MÓDULO III - A DIMENSÃO PARLAMENTAR DO MERCOSUL ............................... 81
Unidade 1 - A norma Mercosul; Procedimentos de produção da norma
Mercosul. ..............................................................................................................................
82
Unidade 2 - O Parlamento do Mercosul; Definição. ............................................ 96
MÓDULO IV - ANÁLISE DA TRAJETÓRIA E PERSPECTIVAS PARA O
MERCOSUL ............................................................................................................................
109
Unidade 1 - Sucessos e debilidades. ...................................................................... 110
Unidade 2 - O Futuro do Mercosul ..........................................................................
119 MÓDULO I - CONTEXTUALIZANDO A INTEGRAÇÃO
Temas do Módulo I
Regionalismo e multilateralismo
Precursores da Integração
Os Blocos Econômicos
Outras instituições existem para que a União Europeia possa cumprir seus
objetivos de integração.
1. Tribunal de Justiça;
2. Tribunal de Contas;
*Em 29 de Janeiro de 2018, a União Europeia começou Segunda Fase das Negociações do Brexit
e adotou um conjunto de medidas que visa detalhar seu posicionamento sobre o período de transição da
saída do Reino Unido da UE. A data proposta para o fim desse período é 31/12/2020, durante essa
transição o Reino Unido continuará membro completo.
Fonte: https://europa.eu/newsroom/highlights/special-coverage/brexit_en
Não é intenção deste trabalho – e nem poderia ser – esgotar o estudo
sobre os blocos econômicos existentes. Assim, apenas a título de
curiosidade, citamos outros blocos, tais como Mercado Comum
CentroAmericano (MCCA), Mercado Comum e Comunidade do Caribe
(CARICOM), Comunidade dos Estados Independentes (CEI), Associação
Europeia de Livre Comércio (EFTA), Fórum Econômico da Ásia e do Pacífico
(APEC), Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), Acordo
Comercial sobre Relações Econômicas entre Austrália e Nova Zelândia
(ANZCERTA), Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral
(SADC).
De toda sorte, e em que pese seu breve período de vigência, não há mais
como duvidar da eficácia e efetividade do sistema de solução de controvérsias
da OMC, como se aufere do grande respaldo internacional que vem
recebendo. Considerados os vinte e sete países signatários do GATT, em
1947, primeira tentativa de ordenar-se o comércio internacional, aos atuais
signatários da OMC, e com especial significado para a adesão da China, não
há mais espaço para qualquer tipo de ceticismo.
Etapas da integração
Além das cinco etapas de integração, entendemos que uma sexta fase
deve ser acrescentada à teoria sobre a qual nos apoiamos, que será a União
Política.
Síntese
Neste Módulo, estudamos os movimentos paralelos em curso no cenário
mundial, de multilateralização do comércio e de formação de blocos
econômicos. No que se refere ao multilateralismo, examinamos a
Organização Mundial do Comércio e seu inédito mecanismo de solução de
controvérsias, com destaque para a participação do Brasil nos contenciosos.
Estudaremos, em seguida, a teoria da integração e suas diversas correntes,
as etapas da integração e os modelos de que se podem revestir os blocos
econômicos.
Parabéns! Você chegou ao final do Módulo I do curso Fundamentos da
Integração Regional: Mercosul.
Temas do Módulo II
Sem dúvida foi Simón Bolívar o mais representativo deles, não só pela
ação guerreira como pelas suas singulares virtudes de estadista,
expressando, admiravelmente, sentimentos existentes de longa data e que
eram patrimônio comum de grande número de americanos, como Thomas
Jefferson, representante da América do Norte.
Com o decorrer do tempo, a doutrina defendida por Bolívar, que contou
entre seus auxiliares diretos com o general brasileiro, José Ignácio de Abreu
e Lima, filho do revolucionário Padre Roma, ficou consagrada sob a
designação de "ideais bolivarianos".
A diversificação industrial, por sua vez, significava que era possível, sim,
propor-se uma maior complementaridade das economias entre os países
sulamericanos, visando o desenvolvimento regional integrado, e, para tanto,
a ideia da redução de barreiras tarifárias poderia produzir aumento efetivo de
comércio, como ensinavam os resultados dos acordos sub-regionais
propostos no âmbito da ALADI.
Deve-se, ainda, ressaltar que esse bloco ergue-se sobre três bases:
Hipólito José da
José Ignácio de
Francisco Costa
Abreu e Lima
Miranda Bernardo (Brasil)
(Brasil)
(Venezuela) O'Higgins (Chile)
Assim, a partir de julho de 1992, o programa automático de liberalização
comercial ou desgravação tarifária progressiva, isto é, as reduções de tarifas
sobre produtos negociados entre as economias dos países do bloco, ocorria
inapelavelmente sem que fosse necessário qualquer tipo de renegociação
entre os Estados Partes, respeitando-se apenas as exceções listadas de
produtos/mercadorias inscritos pelos países. Vale ressaltar que, mesmo com
a vigência desse Programa de Liberalização Comercial, Anexo I do Tratado de
Assunção (março de 1991), pelo ACE nº18, de 29 de novembro de 1991, os
países fundadores do Mercosul obedeceriam a um programa de desgravação
progressivo, linear e automático, que se estenderia de 30 de junho de 1991
a 31 de dezembro de 1994, e que seria iniciado com uma redução mínima de
47%, sobre as tarifas já existentes, por mercadoria, até alcançar o limite
máximo de 100%, ou seja, tarifa zero.
Por último, mas não menos importante, deve-se ressaltar que o Regime
de Origem só é necessário quando o produto em questão está contido em
alguma das listas de exceções à Tarifa Externa Comum.
A Venezuela, por sua vez, foi Membro Associado do Mercosul desde 2004
e, em dezembro de 2005, passou à condição de membro pleno, em processo
de adesão, ou seja, com direito de participar de todas as reuniões do
Mercosul, mas só ganhou a prerrogativa do voto quando preencheu todos os
requisitos para integrar o projeto de União Aduaneira. Assim, a Venezuela
teve de adaptar sua economia à Tarifa Externa Comum (TEC) e seguir as
regras do Mercosul. Acrescente-se que o protocolo de adesão da Venezuela
ao Mercosul foi aprovado pelos parlamentos da Argentina, Uruguai e, em
dezembro de 2009, pelo Congresso Nacional Brasileiro.
Comum.
Solução de controvérsias
A Corte Revisora será composta por cinco árbitros. Cada um dos sócios
indicará um árbitro e um suplente pelo período de dois anos renováveis. Já o
quinto árbitro será designado de comum acordo pelos Estados Partes pelo
período de três anos não renováveis, devendo ser nacional de um dos Estados
(art. 18).
Síntese
Neste Módulo, vimos que a integração do Cone Sul teve início em torno
do núcleo Brasil-Argentina, que evoluiria para o Tratado de Assunção, em
1991, já contemplando a participação do Paraguai e do Uruguai. O Protocolo
de Ouro Preto (1994) estabeleceria a estrutura institucional adequada à
união aduaneira. Estudamos, finalmente, o Protocolo de Brasília (1991) e o
Protocolo de Olivos (2002), instrumentos pelos quais foi criado um sistema
para a solução das controvérsias que viessem a ocorrer ao longo do processo
de integração.
O Uruguai e o Brasil, por sua vez, não contam com previsão constitucional
que conceda hierarquia superior dos tratados internacionais sobre as leis
nacionais, o que significa que as Cartas Magnas brasileira e uruguaia não
aportam solução para potenciais conflitos entre uma norma internacional e
uma norma interna, o que produz uma trava jurídica ao avanço do processo
de integração. Há porém, que se fazer ressalva, o caso brasileiro, aos tratados
de direitos humanos, os quais aprovados na forma do § 3º do art. 5º da
Constituição Federal, introduzido pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004,
equiparam-se a emendas constitucionais. Desse modo, apenas eventuais
acordos de integração que versem sobre direitos humanos poderão ter status
superior à legislação ordinária.
Isto porque, tendo em vista óbvias razões de ordem prática, não seria
possível a um país, segundo alguns juristas, aprovar emendas a um tratado
internacional negociado em âmbito multilateral. Sustentam eles que tal
prática, se adotada por todos os Estados contratantes, haveria de gerar um
completo caos na convivência internacional, tornando impossível, do ponto
de vista prático, qualquer previsibilidade quanto à ratificação ou modificação
de textos acordados ao longo de inúmeras reuniões e, muitas vezes, difíceis
negociações.
A Consulta Parlamentar
Em 15 e 16 de dezembro de
2003, em Montevidéu, o Conselho
do Mercado Comum aprovava o
"Programa de Trabalho Mercosul
2004-2006", cujo ponto 3.1
solicita à Comissão Parlamentar
Conjunta a elaboração de uma
proposta concernente à criação
do Parlamento do Mercosul, que
deveria ser submetida ao Conselho do Mercado Comum em 2004. O
Programa de Trabalho determinava que a proposta deveria considerar,
como uma primeira etapa, o mecanismo de consulta estabelecido pelo
Acordo Interinstitucional, subscrito pelo Conselho e pela Comissão
Parlamentar Conjunta.
O Parlamento do Mercosul
A Argentina, por sua vez, situa-se num meio termo, defendendo a criação
de instituições intergovernamentais e comunitárias, tendo sugerido a criação
de um tribunal permanente como opção para iniciar-se o caminho em direção
à supranacionalidade, em especial levando-se em consideração a sucessão
de conflitos setoriais e outros tipos de tensões ocasionadas em suas relações
com o Brasil.
Síntese
Temas do Módulo IV
Até meados de 2006, apenas 30% desses atos haviam sido internalizados
simultaneamente pelos quatro países membros. Esse baixo índice de
internalização simultânea contribui para a falta de previsibilidade no bloco,
uma das principais queixas do setor privado, o qual deseja ver assegurada a
devida uniformidade e consistência jurídica à aplicação das normas do
Mercosul nos diferentes Estados Partes. A par de um estreito
acompanhamento realizado pelos órgãos de coordenação nacional do
Mercosul - os Ministérios de Relações Exteriores dos distintos países -, seria
também necessário adaptar os respectivos ordenamentos jurídicos dos
Estados Membros para uma pronta recepção da normativa Mercosul. Ao
contrário da Constituição argentina, cujo art. 75 confere hierarquia superior
às normas aprovadas como consequência dos tratados de integração, desde
que observada a condição de reciprocidade, no ordenamento jurídico
brasileiro, as decisões acordadas no Mercosul não desfrutam de posição
hierárquica superior às leis ordinárias, recebendo tratamento idêntico àquele
outorgado aos demais tratados internacionais. Como se sabe, no
ordenamento jurídico brasileiro os tratados internacionais equiparam-se à lei
ordinária, podendo ser revogados por lei posterior.
Cabe recordar que o Grupo Técnico de Alto Nível (GTAN), composto por
técnicos e consultores dos Parlamentos Nacionais, funcionários e consultores
da Secretaria do Mercosul e da Secretaria Administrativa Parlamentar
Permanente (SAPP) e por acadêmicos dos Estados Partes, encarregado da
redação do projeto do Protocolo, preocupou-se, antes mesmo de dar início ao
trabalho, em definir a utilidade de um Parlamento para o Mercosul. "Para que
serve um Parlamento do Mercosul?", perguntaram-se.
A resposta encontrada mostrou que o Parlamento viria, na verdade, a
sanar duas grandes debilidades do bloco:
Conteudista