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Motivações Perigosas para o Ministério A título de alertar-nos para este perigo, alisto cinco

possíveis motivações erradas e egocêntricas que


Rev. Gildásio Reis podem levar alguém ao Ministério:

Falar de vocação não é uma tarefa fácil. Como


explicar os vislumbres de certezas espirituais? 1) Adquirir estabilidade financeira: Os motivos
Pode a vocação de Deus ser descrita? Talvez da nossa sociedade secular são controlados pelo
devesse deixar tal desafio para os mais cifrão. Vivemos uma época de recessão e de
experientes nas lidas pastorais; não obstante, desemprego. São só na cidade de São Paulo,
quero pisar neste terreno mui solenemente. quase 2 milhões de desempregados. O tempo
Nestes doze anos de ministério tenho visto alguns médio hoje para alguém que perde o emprego é
pastores perderem o rumo original e ministérios de 1 ano até conseguir outro. É com temor e
infrutíferos com igrejas fracas e em declínio. tremor que arrisco raciocinar desta maneira, mas
Entendo que grande culpa dos problemas destas temo que alguns jovens em nossas Igrejas, passe
igrejas deve-se a nós mesmos, seus pastores. a compreender o ministério como uma profissão e
Notem as palavras de Eugene Peterson: um meio de ganhar a vida. Penso que todo
candidato ao ministério deveria responder a esta
“Os pastores estão abandonando seus postos, pergunta: O motivo que tenho para desejar ser
desviando-se para a direita e para a esquerda, pastor é porque serei pago para isto?
com frequência alarmante. Isto não quer dizer que
estejam deixando a igreja e sendo contratados por Quanto a isto, Spurgeon escreveu: “Se um homem
alguma empresa. As congregações ainda pagam perceber, depois do mais severo exame de si
seus salários, o nome deles ainda consta no mesmo, qualquer outro motivo que a glória de
boletim dominical e continuam a subir no púlpito Deus e o bem das almas em sua busca do
domingo após domingo. O que estão pastorado, melhor que se afaste dele de uma vez,
abandonando é o posto, o chamado. Prostituíram pois o Senhor aborrece a entrada de compradores
após outros deuses. Aquilo que fazem e alegam e vendedores em seu templo”.
ser ministério pastoral não tem a menor relação
com as atitudes dos pastores que fizeram a
história nos últimos vinte séculos” . 2) Status social: Não é de hoje que a sede de
posição cega as pessoas. O “ser pastor”, mesmo
Uma reflexão dura, mas realista. Alguns pastores que em nossos dias não é lá muito bem visto, até
estão abandonando seus postos. Após ler estas mesmo pelos escândalos envolvendo alguns
considerações de Peterson, fiz a seguinte líderes cristãos, os títulos de Reverendo e Pastor
pergunta: O que tem levado nossos jovens ao transmitem uma certa dose de autoridade que
ministério? Minha pergunta levanta a questão dignifica o ser humano, e lhe confere status social.
sobre as reais motivações de nossos Não obstante, liderar não é fácil. Às vezes pregar
vocacionados para o Ministério Pastoral. Talvez pode ser uma tortura. Pastorear ovelhas relutantes
nem todos têm consciência de que errar na é uma atividade esmagadora. Ser uma figura
vocação traz consequências desagradáveis para pública sob os olhares de todos e viver sob
si mesmos e também para suas futuras igrejas. constantes cobranças, mesmo que estas não
Embora uma vaga vocação para o ministério sejam verbais, sacodem o nosso coração. Nós
possa levar ao pastorado, não sustentará o pastor pastores inevitavelmente armazenamos um certo
através das ásperas realidades da vida na igreja. nível de frustração em nosso trabalho. Ficamos
É preciso avaliar as verdadeiras motivações, antes frustrados com os conflitos da igreja, com a
de ingressar nos seminários. futilidade de nossos planos e com o fracasso do
nosso povo. O status social não pode sustentar o
Por motivação queremos dizer os motivos internos nosso ministério e fazer com que vivamos nossa
que levam uma pessoa à ação. Todos nós vocação de modo responsável.
tomamos decisões na vida motivados por algo ou
alguma coisa em dado momento de nossa Em I Tm 3:1, Paulo escreve: “se alguém deseja o
existência e considerando as diversas situações pastorado, excelente obra almeja” O termo
da vida. Falando da motivação que leva um jovem “deseja” na língua grega é epithumeo, que tem o
a decidir pelo ministério, entendemos que todo significado de “colocar o coração, ambicionar,
genuíno vocacionado deve ter como ambição ser desejar”. Precisa ser observado que o objeto do
um instrumento de Deus. Sua única motivação desejo é a obra, o serviço, e não a posição ou
para ser pastor é seu desejo ardente de realizar a status. Este foi um erro cometido por Tiago e João
obra de Deus e para a glória de Deus. Contudo, é (Mc 10:35:45). Alguém motivado por posição
possível que nem sempre esta seja a mola elevada e pelo desejo de atenção trará com
propulsora de um ou outro aspirante ao pastorado. certeza prejuízo a si mesmo e à Igreja de Cristo.
possível para ele, e insisto: Vocação pastoral não
3) Necessidade de firmar-se como pessoa: É pode ser por falta de opções, mas porque foi
possível que alguém caia na armadilha de desejar imposta por Deus.
o ministério por entender que a posição e o status
conquistado forçam os outros a lhe dedicarem Todos nós que somos pastores sabemos como o
atenção. O desejo que um ser humano tem de que ministério é desgastante, e ninguém pode cumprir
os outros o respeitem é um sinal louvável de sua o difícil papel de pastor se não tiver a consciência
autoestima. Não há nada de errado em desejar ser de que foi comissionado por Deus. Na qualidade
respeitado e admirado, mas não é a motivação de pastores e tutores eclesiásticos, faz-se
correta para o ministério. É comum termos notícias necessária nossa orientação aos aspirantes e
de líderes que avaliam sua eficiência ministerial candidatos ao Ministério de que não há como
através de quantas pessoas da denominação o alguém sobreviver no pastorado, caso sinta que
conhecem. Conheci um pastor que guardava todo esta foi uma escolha sua e não de Deus.
exemplar do jornal Brasil Presbiteriano em que
saía uma matéria com sua foto e que falava a seu Agradecemos ao autor pelo envio do texto para
respeito. São líderes que buscam a fama e serem publicação no Monergismo.com!
aplaudidos pelos homens.
http://www.monergismo.com/

4) O Senso de obrigação: Há quem se torne O texto é uma breve descrição da triste realidade
ministro, pois depois de ter passado pela família, de muitos vocacionados ao ministério, em
conselho, presbitério e ter feito o curso teológico especial, ao ministério pastoral. Muitos jovens têm
no seminário, sente-se na obrigação de ter que ir buscado cumprir o chamado ministerial
até o fim de seu “chamado”. Sente-se culpado se impulsionado por motivações erradas. Essas
não fizer aquilo que todos esperam dele. É motivações erradas têm levado muitos ministros a
desnecessário dizer que este líder não abandonarem as suas funções, e outros que não
desenvolverá seu ministério com alegria e prazer. desistiram, foram ao fracasso. O fato de
Um velho pregador deu um sábio conselho a um abandonarem seus postos, não quer dizer que
jovem quando indagado sobre sua opinião quanto deixaram a igreja, mas sim, que trocaram o posto
a seguir o ministério: “Se você pode ser feliz fora por algum poste de ídolo.
do ministério, fique fora, mas se veio o solene
chamado, não fuja” Precisamos instruir aos RESUMO:
nossos seminaristas que mesmo que tenham feito
o curso de teologia no Seminário, caso sintam que
não foram chamados ao pastorado, entendam que O texto nos leva a uma reflexão: qual é nossa
o tempo de estudos e de preparação não será motivação para o ministério? Qual é meu
perdido. Poderão ser uma excelente ajuda às verdadeiro foco? Cristo é o centro? O texto aponta
igrejas como pregadores, professores, oficiais e cinco motivações perigosas: (1) estabilidade
líderes. O peso de um sentimento de obrigação financeira em virtude da falta de empregos, o que
não pode levar ninguém ao pastorado. O
torna o ministério uma profissão e não uma
Ministério deve ser obedecido por vocação e não
por obrigação. Alguém pontuou o seguinte: “os vocação ministerial; (2) Status social, uma
ministros sem a convicção do chamado carecem necessidade de dignificação de si mesmo entre os
muitas vezes de coragem e carregam uma carta homens; (3) auto afirmação social; (4) o senso de
de demissão no bolso do paletó. Ao menor sinal obrigação motivada por terceiros e não por uma
de dificuldade, vão-se embora”. vontade nascida do coração do ministro; e (5) falta
de opções, por ver oportunidade cursar uma
faculdade superior, vendo o ministério pastoral
5) Falta de opções: É possível que alguém decida
como algo que sobrou. Essas motivações tornam
ser um pastor, pois depois de tentativas inglórias
de ingressar em alguma outra faculdade, ou por o ministério penoso para o ministro, e as
não ter condições financeiras de custear um curso consequências são graves, pois não tem
em uma universidade, percebeu que poderia fazer motivações cristocêntricas e pautadas no amor ao
um curso de nível superior pago pelo Presbitério e chamado de Deus. Em resumo, Spurgeon fecha
ainda recebendo ajuda de custo de sua Igreja. com chave de ouro quando diz que a motivação
Nossos jovens precisam ver que o candidato ao do ministério pastoral deve ser: “a glória de Deus
ministério, sendo seu chamado imposto por Deus,
não é uma preferência entre outras alternativas, e o bem das almas”.
ou por falta delas. Ele é pastor não por falta de
alternativas, mas porque esta é a única alternativa ALUNO: ANTHONY WILLIAMS S. DA CRUZ

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