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CARLOS
DISCIPLINA: DIREITO PENAL
PROFESSOR: JALIGSON CARLOS F. LEITE.
CONCURSO: IFPB/2015
TEMA III
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1. Introdução
O Código Penal dedica o último título da parte especial para tratar dos crimes contra a
Administração Pública.
Mas qual o significado da expressão “Administração Pública” utilizada pelo Código Penal?
A Administração Pública pode ser analisada sob duas óticas diferentes, ora no sentido amplo, ora
no sentido restrito.
Desse modo, o poder Executivo tem como função principal a de administrar, desenvolvendo
todos os atos inerentes a esta função. Entretanto, tal como ocorre nos outros poderes, detém também
funções de editar leis, como no caso das Medidas Provisórias, e julgar processos, como no caso das
decisões proferidas em seus processos administrativos.
O poder Legislativo, por sua vez, tem como funções principais a edição de Leis e o controle.
Todavia, exerce também a função de administrar, em se tratando da administração de seu pessoal, por
exemplo, e a função de julgar, como no caso do crime de responsabilidade.
Por fim, o poder Judiciário tem como função principal a de julgar, exercendo a função jurisdicional
em todo o âmbito da administração. Entretanto, na admissão, demissão e promoção de seu pessoal, por
exemplo, pode ser verificada
a ocorrência da função administrativa.
Sendo assim, percebe-se que temos a função administrativa no âmbito dos três poderes e,
exatamente por isso, o legislador optou por utilizar no Código Penal o conceito de Administração Pública
em SENTIDO AMPLO, abrangendo assim o poder EXECUTIVO, o LEGISLATIVO e JUDICIÁRIO.
Quanto ao conceito de Funcionário Público o mesmo está exposto no art.327 do Código Penal,
transcrito abaixo:
Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais,quem, embora transitoriamente
ou sem remuneração, exerce cargo,emprego ou função pública.
Com base no dispositivo supra, para fins de aplicação dos artigos de lei que analisaremos a
seguir, devemos entender por funcionários públicos todos aqueles que desempenham função, submetidos
a uma relação hierarquizada para com o ente administrativo, independentemente de ser este ente da
administração direta ou indireta, bem como de ser este labor permanente ou temporário, voluntário ou
compulsório, gratuito ou oneroso.
CARGO PÚBLICO - Segundo a doutrina, cargo público é a mais simples unidade de poderes e deveres
estatais a serem expressos por um agente. Todavia, há conceito legal de cargo público. O artigo 3º da lei
8112/90 (Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União) define cargo público como sendo o
conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser
cometidas a um servidor. Em outros termos, trata-se de posto criado por lei na estrutura
hierárquica da administração pública, com denominação e padrão de vencimentos próprios,
ocupado por servidor com vínculo estatutário. Podemos citar como exemplos de cargos públicos o
delegado de polícia e o oficial da justiça
EMPREGO PÚBLICO - De acordo com a doutrina dominante, emprego público tem, substancialmente, a
mesma conceituação de cargo público. O que os diferencia é que no emprego a relação jurídica
estabelecida entre seu titular e a Administração é regida pela CLT. Trata-se, pois de ocupação criada
por lei na estrutura hierárquica da administração pública, com denominação e vencimentos
próprios, porém, quem exerce a atividade é servidor que possui vínculo contratual disciplinado
pela CLT. Exemplo: Funcionários do Banco do Brasil que estão sob o regime da CLT
FUNÇÃO PÚBLICA - De forma residual, conceituamos função pública como a atribuição desempenhada
por um agente que não se caracteriza como cargo ou emprego público. Assim, considera-se funcionário
aquele que, sem ter cargo ou emprego público, desempenha função pública extraordinária (contratado
extraordinariamente). Exemplos: servidor contratado provisoriamente, mesários,etc.
Deste modo, o nosso Código Penal adotou a noção ampliada do conceito de funcionário público
discutido na esfera do Direito Administrativo. E foi mais longe. Não exige, para caracterizá-lo, nem
sequer o exercício profissional ou permanente da função pública.
Verifica-se que o funcionário público, diante do Direito Penal, caracteriza-se pelo exercício da
função pública. Portanto, o que importa não é a qualidade do sujeito, de natureza pública ou
privada, mas sim a natureza da função por ele exercida.
Art. 327
[...]
§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade
paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a
execução de atividade típica da Administração Pública.
A lei nº 9.983/2000 estendeu o conceito de funcionário público, equiparando a este:
O terceiro setor coexiste com o primeiro setor, que é o próprio Estado, e com o segundo setor,
que é o mercado.
São pessoas jurídicas privadas que não integram a estrutura da administração direta ou indireta,
mas colaboram com o Estado no desempenho de atividades de interesse público, mas não exclusivas de
Estado, de natureza não lucrativa. Integram o chamado Terceiro Setor. Segundo Alexandre Mazza, tem
predominado em concursos públicos o entendimento de que o conceito de entidades paraestatais inclui
somente os serviços sociais (pessoas jurídicas de direito privado, criadas mediante autorização legislativa
e que compõem o denominado sistema “S” – Sesi,Senai,Sebrae,etc).
Art. 327
§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste
Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de
órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação
instituída pelo poder público.
PECULIARIDADES
a) os vereadores, os serventuários da justiça, o prefeito municipal, os peritos judiciais, os funcionários do
Banco do Brasil, os zeladores de prédios municipais, os militares, os estudantes atuando na
Defensoria Pública, entre outros, podem ser considerados funcionários públicos;
b) não podem ser considerados funcionários públicos o síndico ou administrador judicial da massa
falida, o defensor dativo, os administradores e médicos de hospitais privados credenciados pelo
governo, os inventariantes, os tutores, os curadores, entre outros;
c) Ação penal: os artigos 513 e seguintes, do Código de Processo Penal, dispõem sobre o procedimento
preliminar nos processos dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, prescrevendo que
"nos crimes afiançáveis, estando a denúncia ou queixa em devida forma, o juiz mandará autuá-la e
ordenará a notificação do acusado, para responder por escrito, dentro do prazo de quinze dias" -
art. 514 do CPP.
d) Efeito da condenação: nos crimes em questão, quando a conduta abranger abuso de poder ou
violação do dever para com a Administração Pública e a pena for superior a quatro anos, ocorrerá a perda
do cargo, função pública ou mandato eletivo, de acordo com o artigo 92, inciso I, do CP. Tal efeito, no
entanto, não é automático, devendo ser motivadamente declarado na sentença. Note-se, ainda, que a
pena inferior a um ano pode ser substituída pela proibição do exercício do cargo, função ou
atividade pública, bem como de mandato eletivo.
e) Princípio da Insignificância nos crimes funcionais: Há muito vem se discutindo na doutrina a aplicação
ou não do referido princípio nos crimes cometidos contra a Administração. O Princípio da
Insignificância, como sabemos, exclui a tipicidade material, tornando, conseqüentemente, o fato
atípico. O Superior Tribunal de Justiça defendeu a não aplicação do princípio ora em análise aos crimes
cometidos contra a Administração, em virtude da moralidade administrativa (“a moralidade nunca é
atingida de forma insignificante” – HC 50863 e RESP 655946). Já o Supremo Tribunal Federal
reconheceu sua aplicação aos crimes cometidos contra a Administração Pública, uma vez que o Princípio
da Insignificância é uma norma geral de direito (HC 87478).
CLASSIFICAÇÃO
Para que melhor fixemos, o conceito de funcionário público, para fins penais, está no Art. 327,
CP.Funcionário público é, portanto, a pessoa física que exerce cargo (lei 8.112/90),emprego (temporário,
CLT...) ou função pública (jurados, mesários), embora transitoriamente ou sem remuneração (note-se que
o conceito de funcionário público para o Direito Penal é bem mais amplo que para o Direito
Administrativo).
Neste mesmo § há a expressão “entidade paraestatal”, que significa, para o Direito Penal quase
tudo, ou seja,tanto àquelas que integram a administração indireta como autarquias (INSS, UNB),
fundações, sociedades de economia mista (Banco do Brasil), empresas públicas (CAIXA) bem como
àquelas que fazem parte do Sistema S.
Observação 1: O conceito de funcionário público por equiparação não abrange as pessoas que
trabalham em empresas contratadas com a finalidade de prestar serviços para a Administração Pública,
quando não se trata de atividade típica desta, pois não exercem atividade própria do Estado. Ex: O
cobrador e o motorista de ônibus urbano, o cozinheiro (terceirizado) que trabalha no restaurante
universitário.
Observação 2 : O § 2º do Art. 327, CP institui uma causa de aumento de ⅓ quando o sujeito ativo do
crime for ocupante de cargo em comissão (cargo de confiança) ou função de direção ou assessoramento
de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação. Por um
erro de técnica legislativa,as autarquias ficaram de fora e, como se sabe, não cabe portanto analogias in
malam partem.
Observação 3 : Uma pessoa que não seja funcionário público pode vir a responder por crime funcional, a
exemplo do peculato (Art. 312, CP), caso ajude um funcionário público a perpetrar esse crime, pois, como
se sabe, as circunstâncias pessoais de caráter elementar (Art. 30, CP) se comunicam àqueles que
concorrem para a prática do crime. Cabe salientar que é imprescindível que o terceiro saiba da qualidade
de funcionário público do outro.
Observação 4 :Crimes dessa natureza afetam a probidade administrativa, ferindo, dentre outros, os
princípios norteadores da legalidade, impessoalidade, moralidade e eficiência.Vale dizer que, TODO
CRIME FUNCIONAL É ATO DE IMPROBIDADE, MAS NEM TODO ATO DE IMPROBIDADE É CRIME
FUNCIONAL. Ex.: usar a viatura oficial para fins particulares é improbidade, mas não é crime funcional.
Esses crimes, mesmo quando praticados no estrangeiro (por quem estiver a serviço do Brasil),
serão alcançados pela lei brasileira (extraterritorialidade incondicionada).
Observação 5 : A progressão de regime prisional nos crimes contra a Adm. Pública está condicionada à
prévia reparação do dano causado, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos
legais.
Observação 6 : não se pode confundir função pública com encargo público, hipótese esta não abrangida
pela expressão “funcionário público”.
Administrador judicial, inventariante dativo, curador dativo e tutor dativo exercem encargo público
(e não função pública).
Médico que atende pelo SUS é funcionário público para fins penais.
O advogado contratado por meio de convênio entre o Estado e a OAB, p/ atuar na justiça
gratuita, exerce, de acordo c/ o STJ, função pública.
Já que o Estado vem terceirizando seus serviços (desestatização), entendeu o legislador ser
necessário ampliar o conceito de funcionário público por equiparação, incluindo aqueles que trabalham
nas empresas prestadoras de serviços contratadas ou conveniadas. Desse modo, o fato de o Poder
Público optar pela transferência para a iniciativa privada de bens e serviços não significa que ele esteja se
eximindo de responsabilidades. Tal equiparação não abrange, contudo, os funcionário atuantes em
empresa contratada p/ prestar serviço atípico para a Adm. Pública.
A pena será aumentada da terça parte quando os autores forem ocupantes de cargos em
comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de
economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público (327, § 2º). CUIDADO: o
legislador esqueceu da autarquia, sendo incabível analogia (por ser in malam partem).
O STF, por maioria, entendeu que prefeitos, governadores e presidente da República, quando
autores de crimes funcionais, são inevitavelmente alcançados pela causa de aumento.
Os crimes dos artigos 312 ao 326 do Código Penal, pertencentes ao capítulo “Crimes praticados
por Funcionário Público”, são chamados pela doutrina de crimes funcionais. Tais crimes são relacionados
à função pública, e, por isso, de acordo com a classificação geral dos crimes, são classificados como
crimes próprios. Os crimes próprios são aqueles que exigem uma condição especial do agente. Assim,
para responder pelos crimes funcionais, é necessário que o sujeito ativo seja funcionário público.
Existe uma outra classificação de crimes específica para os crimes funcionais, que não guarda
relação com a classificação geral dos crimes, que os subdivide em crimes funcionais próprios e
impróprios.
Nos crimes funcionais próprios, a exclusão da condição “funcionário público” faz desaparecer o
crime, ou seja, a conduta se torna atípica. Um exemplo de crime funcional próprio é a prevaricação,
prevista no art. 319 do Código Penal.
Etimologia - Peculato deriva de pecus (gado em latim), que era meio nas sociedades primitivas,
nome também dado as primeiras moedas feiras de pele animal, trazendo depois as de metal, a imagem
de um boi (E. M. Noronha).
Conceito: Peculato é um dos crimes previstos pelo Código Penal, que são cometidos por
funcionário público contra a Administração Pública. Trata-se, portanto, de um crime funcional.
O peculato por ser doloso ou culposo. O peculato doloso divide-se em: peculato apropriação ou
desvio, peculato furto e peculato estelionato.
Sujeito ativo: funcionário público. Nada impede, que havendo concurso de agentes seja responsabilizado
por tal ilícito quem não se reveste dessa qualidade, se conhecer dessa condição, em face do disposto no
art. 30, do Código Penal.
Sujeito passivo: Estado e, eventualmente, o particular proprietário do bem desviado ou apropriado.
Tipo objetivo: apropriação ou desvio. Quando a entrega da coisa ao sujeito ativo for viciada por fraude,
erro ou violência, não ocorrerá a posse lícita e, portanto, poderá configurar peculato mediante erro de
outrem, concussão, roubo etc. Comete peculato-desvio o funcionário que, conscientemente, efetua
pagamentos pela Administração por serviço não efetuado ou por mercadoria não recebida. A lei não prevê
o peculato de uso. Para que o peculato de uso seja impunível é necessário que se trate de coisa
infungível, pois a utilização de dinheiro público, ainda que ocorra a intenção de restituir, configura o crime
de peculato. O decreto-lei 201/67 prevê um caso especial de peculato de uso como crime de
responsabilidade de Prefeitos na utilização indevida de bens, rendas ou serviços públicos (art. 1º, II).
Tipo subjetivo: dolo, ou seja, a vontade de transformar a posse em domínio. No peculato-apropriação,
basta a intenção de não restituir a coisa. No peculato-desvio é necessário o elemento subjetivo que
consiste na finalidade de obter proveito próprio ou para terceiro.
Consumação: com a apropriação (quando o funcionário público torna seu o dinheiro, valor ou bem); com
o desvio (quando o funcionário dá às coisas destino diverso). O ressarcimento do dano ou a restituição da
coisa apropriada, em se tratando de peculato doloso, não exclui o delito, podendo apenas influir na
aplicação da pena. A reparação do dano anterior ao recebimento da denúncia é causa de diminuição de
pena (art. 16, CP).
Tentativa: possível, tendo em vista tratar-se de crime material.
Peculato-furto (ou impróprio): Segundo o art. 312, § 1º, Código Penal: “Aplica-se a mesma
pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou
concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe
proporciona a qualidade de funcionário”.
Peculato culposo: De acordo com o art. 312, § 2º, Código Penal: “Se o funcionário concorre
culposamente para o crime de outrem: Pena – detenção, de 3 meses a 1 ano”. Aqui, o funcionário público
concorre culposamente, por ato de imprudência, imperícia ou negligência, para a prática de crime doloso
praticado por outrem (outro funcionário público). É necessário que se comprove a falta de cautela
ordinária e especial a que estava obrigado o funcionário, na guarda e preservação das coisas que lhe são
confiadas. O objeto material do delito do outro funcionário deve ser o mesmo do peculato, ou seja,
dinheiro, valor ou coisa móvel. A consumação ocorre no momento em que o crime doloso de outrem
atinge a sua consumação. Caso o delito doloso de outrem seja tentado, o peculato culposo não estará
caracterizado. Haverá extinção da punibilidade se o funcionário público efetuar a reparação do dano antes
da sentença irrecorrível; será diminuída de metade a pena, caso a reparação seja posterior à sentença
(§3º, art. 312, Código Penal).
O instituto do Peculato Culposo, nos termos do § 3º do art. 312, apresenta uma espécie anômala
de arrependimento posterior. Normalmente, o arrependimento posterior, que só pode ser argüido em
crimes praticados sem violência ou grave ameaça, funciona como atenuante e deve acontecer até o
momento do recebimento da denuncia ou da queixa por parte do magistrado. No caso do Peculato
Culposo, este arrependimento funcionará como excludente, caso ocorra até a sentença transitar em
julgado, ou como atenuante, manifestando-se depois do trânsito em julgado da sentença penal, situação
em que reduzirá a pena pela metade.
2.1.2. Peculato mediante erro de outrem (peculato-estelionato): Dispõe o art. 313, Código Penal:
“Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem:
Pena: reclusão, de 1 a 4 anos, e multa”.
Neste tipo de peculato a vítima entrega um bem ao agente por estar em erro, não provocado por
este - ex..: alguém entrega objeto ao funcionário B quando deveria tê-lo entregue ao funcionário A, e o
funcionário B, percebendo o equívoco, fica com o objeto.
Exemplo 02: José é intimado a levar seu relógio para perícia até a delegacia de polícia. Lá chegando,
entrega seu bem a João, o porteiro, sendo que o correto seria entregá-lo ao Delegado de Polícia. João
recebe o bem e, tendo conhecimento do ato errôneo de José, resolve se apropriar do bem.
Os delitos informáticos têm recebido cada vez mais importância do legislador, devido à
dependência cada vez maior do Estado de mecanismos informatizados para controle de suas
tarefas, fraudes dolosamente provocadas devem receber sanção de natureza penal, devido ao
alto potencial danoso que contêm.
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou
excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da
Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para
causar dano. Pena - reclusão de 2 a 12 anos, e multa.
É um crime praticado por Funcionário público, que em função do cargo, insere, ou até
mesmo facilita a inserção de dados falsos, ou ainda, modifica dados corretos do banco de
dados da Administração Pública, obtendo vantagem para si ou para outrem, ou simplesmente
para causar dano a alguma outra pessoa.
É um crime praticado por funcionário público, que em função do cargo, altera o sistema
de informações (software) da Administração Pública, sem autorização prévia da autoridade
competente. Em caso de dano para a administração pública, as penas são aumentadas.
Na mesma linha do crime anterior, a lei agora traz previsão de novo ilícito informático,
sendo que, desta vez, a previsão é mais abrangente. Assim dispõe a lei:
No parágrafo único são previstas as causas de aumento de pena caso ocorra dano
para a Administração Pública ou para o administrativo, a pena será exacerbada de um terço até
a metade.
Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do
cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Pode-se conceituar este crime como aquele praticado pelo funcionário público que
inutiliza documento ou objeto de valor probatório que recebe na qualidade de advogado ou
procurador comete o crime do art. 356 do Código Penal. Por outro lado, o particular que subtrai
ou inutiliza, total ou parcialmente, livro oficial, processo ou documento confiado à Administração
comete o crime do art. 337 do Código Penal.
Segundo Costa e Silva administração pública é o conjunto das funções exercidas pelos
vários órgãos do Estado em benefício do bem-estar e do desenvolvimento da sociedade. Onde
quer que haja o desempenho de um cargo oficial ou o exercício de uma função pública, aí
poderá ser cometido o ilícito penal específico, seja pela conduta aberrante das pessoas
integradas na órbita administrativa, isto é, os próprios funcionários públicos (agentes do poder
público, empregados públicos, intranei), seja pela ação perturbadora de particulares (extranei).
O sujeito ativo é o funcionário público que tinha a guarda de tais documentos. Não há
forma culposa para este tipo de crime. Portanto não basta a culpa por ter perdido o livro, tem
que haver o dolo.
Este delito refere-se às pessoas políticas que lidam com verbas públicas obtidas por
tributos ou multas. Tais valores são contabilizados, obedecendo a lei orçamentária, mas os
destinos são outros que não as rubricas contábeis indicadas no orçamento, ou seja, o agente
usa a verba na própria área pública, mas no setor errado. Não desvia nem para ele, nem para
outrem, pois constitui outro crime. Verba não é dinheiro, portanto, também não constitui
Peculato.
ARTIGO 315 CP: "Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da estabelecida em lei"
Pena: Detenção, de 1 a 3 meses, ou multa.
A lei diz que o dinheiro deve ser usado em tal circunstância, em tal obra. Na regra
geral, não é dada ao funcionário público a discricionariedade de empregar a renda pública da
forma que melhor entender, devendo esta ser empregada nos exatos termos estabelecidos na
norma. Todavia, pode acontecer de o funcionário empregar esta verba de forma distinta do que
está previsto em lei, ofendendo a dotação orçamentária.
OBS: As verbas podem ser utilizadas de forma diversa do que previsto em lei, se era razoável,
no caso concreto, a sua utilização, como acontece, por exemplo, no caso de um hospital que
tem verba para compra de fardamento, mas em caráter emergencial, utiliza essa verba para
compra de equipamentos defeituosos.
Prevê o art. 316, do Código Penal, que é crime "exigir, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
indevida: Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa".
Etimologia - Segundo Damásio Evangelista de Jesus, o termo “concussão” tem sua origem
etimológica derivada do verbo latino concutere, expressão empregada quando se pretende indicar o ato
de sacudir a árvore para que os frutos caiam.Também significa “sacudir fortemente, abalar, agitar
violentamente”.
Tipo Objetivo - O núcleo do tipo é exigir. Tal exigência poderá ser direta ou indireta. Indiretamente,
poderá ser feita, por exemplo, através de um particular.
Obs: A vantagem indevida exigida não precisa ser econômica, segundo a interpretação da redação legal.
Tipo Subjetivo - Trata-se de um crime doloso. Além do dolo, o crime exige uma finalidade
específica de agir, que é a indevida vantagem exigida para si ou para outrem.
Ainda que não esteja no exercício da função, há o crime, pois basta que o funcionário público se
valha dessa prerrogativa para estar perpetrado o tipo penal.
Funcionário público de férias, suspenso ou de licença pode ser sujeito ativo desse crime.
Resumindo: qualquer funcionário público, no exercício ou não da função,mas em razão dela, pode ser
sujeito ativo do crime de concussão.
Obs: o funcionário público aposentado e funcionário público exonerado não são considerados
funcionários públicos.
Obs2: A pessoa que passar num concurso público não será considerada, de imediato, uma funcionária
pública. Ela só ganhará esse status a partir da nomeação.
O núcleo do delito é o verbo EXIGIR. Nesse sentido, ensina Júlio Fabbrini Mirabete que:
“A conduta típica é exigir, impor como obrigação, ordenar, reclamar vantagem indevida,
aproveitando-se o agente do medo do poder público, ou seja, do temor de represálias a que fica
constrangida a vítima. Não é necessário que se faça a promessa de um mal determinado; basta o
temor genérico que a autoridade inspira, que influa na manifestação volitiva do sujeito passivo. Há
um constrangimento pelo abuso de autoridade por parte do agente.”
Ainda, sobre o tema, Antônio Pagliaro e Paulo José da Costa Júnior manifestaram-se a respeito,
afirmando que:
“O núcleo do tipo acha-se representado pelo verbo exigir. Exigir é impor, é reivindicar de
modo imperioso, é pedir com autoridade. No caso específico, o agente deve exigir em razão da
função por ele exercida, ou que será por ele assumida. A conduta deve comportar a assunção,
explícita ou implícita. Em suma, a exigência deverá relacionar-se com a função que o agente
desempenha ou irá desempenhar.”
Elemento subjetivo do tipo específico: vontade de obter a vantagem para si ou para outrem;
Elemento subjetivo do crime: é o dolo;
Apesar de ser de difícil configuração, cabe tentativa apenas na forma escrita.Se o funcionário
público cometer essa ação extorsiva, tendo a específica intenção de deixar de lançar ou recobrar tributo
ou contribuição social, ou cobrá-los, parcialmente, não é “concussão” e sim “crime funcional contra a
ordem tributária”.
CONCUSSÃO
Art. 316, CÓDIGO PENAL - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida [FINALIDADE ESPECÍFICA]:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
OBSERVAÇÃO: Se o delito é praticado por fiscal de rendas, o crime será o do Art. 3º, II, Lei 8.137/90 –
princípio da especialidade. É CRIME FUNCIONAL CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA, não contra a
Administração. Pegadinha de concurso, fique de olho!!
OBSERVAÇÃO: Se o delito for praticado por militar, o crime será o do Art. 305, CÓDIGO PENAL
MILITAR [Concussão] – a competência será da Justiça Militar(Castrense).
SUJEITO PASSIVO:
Primário: Administração.
Secundário: Particular constrangido pelo comportamento do agente.
CONDUTA PUNIDA:
A primeira conduta é exigir, é intimidação, coerção.
**Exigir - pressupõe intimidação. É ≠ de solicitar - pedido – configura corrupção passiva.
Observações da doutrina:
CAPEZ: a concussão não pode ser praticada com violência ou grave ameaça, caso contrário haverá
extorsão art. 158, CP.
ROGÉRIO SANCHES: entende que não pode haver violência física [configura extorsão], mas é claro que
está implícita a grave ameaça, de modo que não haveria como exigir a vantagem sem ela. Não tem como
desvincular a concussão da ameaça. Ex: ou você me dá tanto $ ou eu autuarei o seu estabelecimento em
$$ milhões.
A diferença fundamental é que aqui o indivíduo não visa a proveito próprio ou alheio, mas, no
desempenho de sua função, excede-se nos meios de execução.
1ª Cobrança indevida de tributo (ex:cobrar tributo já pago; cobrar tributo a mais, cobrar um tributo
que não se encaixa à hipótese de incidência) ;
2ª Cobrança de tributo indevidamente (ex: expor o contribuinte ao ridículo – caso dos laranjas de
São Paulo, ou seja, pessoas que se vestiam de laranja para ir cobrar os tributos aos cidadãos). Meio
gravoso é a imposição de uma determinada condição ao contribuinte, no momento da cobrança do
imposto, que lhe traz um ônus no pagamento.
Observação : Tributo, segundo o Art. 3º, CTN é uma prestação pecuniária compulsória, que não
consiste em sanção de ato ilícito, definido em lei e cobrado mediante atividade plenamente vinculada.
Sendo assim, imagine que um Auditor Fiscal, a fim de obter o pagamento do ISS devido pela
construtora “JUVENAL S.A”, estaciona dez carros de som em frente à empresa e começa a cantar um
“jingle” dizendo: “JUVENAL, SEU CARA DE PAU, PAGUE O TRIBUTO E SEJA LEGAL”.
No Art. 316, § 2º, CP prevê-se uma forma qualificada consiste, na verdade, em o funcionário
público desviar, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres
públicos.
EXCESSO DE EXAÇÃO
Art. 316, § 1º, CÓDIGO PENAL - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria
saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não
autoriza: (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
Vantagem indevida:
Se a vantagem indevida for constituir em tributo ou contribuição social o delito será o do Art. 316, § 1º,
CÓDIGO PENAL – excesso de exação, é crime inafiançável.
Se a vantagem indevida não for tributo ou contribuição social teremos o abuso de autoridade.
Alerta a Doutrina que deve o agente dever atribuição ou competência para a prática do mal prometido em
caso de não atendimento da exigência. Caso contrário haverá crime de extorsão.
O médico do SUS que cobra pagamento adicional do paciente pratica que crime?
- Esse médico é funcionário público para fins penais. Deve-se distinguir 3 situações:
1ª – o médico exige do paciente o pagamento adicional para realizar operação cirúrgica concussão –
Art. 316, CÓDIGO PENAL.
2ª – o médico solicita do paciente a verba adicional corrupção passiva – Art. 317, CÓDIGO PENAL.
3ª – o médico engana o paciente simulando ser devido o pagamento estelionato – Art. 171, CÓDIGO
PENAL.
TIPO SUBJETIVO
Dolo + finalidade especial [vantagem indevida – locupletamento].
CONSUMAÇÃO
É crime formal, consuma-se com a exigência, dispensando-se o efetivo enriquecimento ilícito
(dispensa a vantagem indevida). Se conseguir a vantagem indevida, trata-se de mero exaurimento.
TENTATIVA
Determina o artigo 317, do Código Penal, que é crime "solicitar ou receber, para si ou para
outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela,
vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos,
e multa".
Conceito - É o crime praticado pelo funcionário público que procura fazer do seu trabalho um
balcão de negócios. BEM JURÍDICO. É um crime que viola os
princípios fundamentais da moralidade e da probidade administrativa.
ATENÇÃO: Nesse crime o legislador não adotou a teoria monista do concurso de pessoas, pela
qual todos aqueles que concorreram para a prática do crime X,respondem pelo mesmo crime. Portanto,
no Art. 317, CP se aplica a teoria
pluralista. Logo, o funcionário público que recebe $, será enquadrado no 317. O particular que oferece o $
responderá pelo 333.
A corrupção passiva é um crime próprio. Será que um particular poderá responder por corrupção
passiva? A resposta é sim. Responderá como co-autor (se exigir $), ou como partícipe (se apenas ajudar
o funcionário público a receber a indevida vantagem).
Na concussão há uma exigência, uma imposição, de modo que o particular se torna vítima em
função da iniciativa que sempre parte funcionário público. Na corrupção passiva há apenas uma
solicitação por parte do funcionário público (este apenas manifesta interesse em receber a vantagem),
onde, na verdade, o funcionário público e o particular negociam, de modo que ambos saem lucrando com
esse “negócio”.
O dinheiro que se dá ao funcionário público para ele cumprir uma diligência é crime, ou de
concussão (se o particular for vítima), ou de corrupção passiva (se o particular lucrar na relação).
2ª Receber (adquirir, tomar posse de) – Nesta modalidade o particular apenas aceita a iniciativa do
funcionário público em ter cobrado a vantagem indevida.
3ª Aceitar promessa – Nesta modalidade o funcionário público aquiesce com a promessa de indevida
vantagem ofertada pelo particular.
A vantagem exigida tem que ser indevida e tem que ser em benefício próprio do funcionário
público ou de outrem (não em benefício da administração pública).
Vantagem indevida é não apenas aquela contrária à lei, mas aquela vantagem que é exigida para
o funcionário público desempenhar algo que é já é da sua competência e que, portanto, já recebe pra
fazer isso.
A solicitação da vantagem indevida pode ser feita direta ou indiretamente. Pode ser pedida para
si ou para 3º e pode ser feita antes ou depois da prática do ato de ofício (pode-se solicitar a vantagem
depois do cumprimento da diligência).
A corrupção passiva deve ter uma conexão teleológica com o ato de ofício pretérito ou futuro. A
vantagem indevida é, na verdade, uma remuneração contraprestacional ao ato de ofício praticado pelo
funcionário público competente para tal.
Elemento subjetivo do tipo específico: vontade de praticar a conduta para si ou para outrem;
Elemento subjetivo do crime: é o dolo;
Classificação: trata-se de crime formal; próprio; de forma livre; comissivo; instantâneo;
unissubjetivo; unissubsistente ou plurissubsistente.
O delito em questão admite a tentativa na forma plurissubsistente. Há, porém, doutrinadores que
divergem desta posição. Para Fernando Henrique Mendes de Almeida: "entendemos, entretanto, que a
tentativa na corrupção passiva, dependente como é este delito, deve existir, apenas, quando, também a
corrupção ativa fica igualmente frustrada".
Há consumação quando praticada quaisquer das condutas descritas no tipo, mesmo que não
haja efetivo prejuízo à Administração. Importante mencionar que o princípio da insignificância é aplicável
neste caso, sendo que pequenos presentes entregues aos funcionários configuram conduta penalmente
irrelevante. Além disso, é fundamental que a vantagem oferecida seja idônea e verossímil.
Causa de aumento: de acordo com o art. 317, § 1º, do CP, "a pena é aumentada de um terço,
se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato
de ofício ou o pratica infringindo dever funcional" - trata-se da corrupção exaurida (classificação
doutrinária).
Figura privilegiada: conforme dispõe o art. 317, § 2º, do CP, "se o funcionário pratica, deixa de
praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de
outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa".
• É o funcionário público que recebe $ para retardar ou deixar de praticar ato de ofício ou que
recebe para praticar o ato infringindo dever funcional. Ex: O funcionário público vai cumprir um mandado
que já havia recebido para tanto e,quando acha o réu, este oferece o dobro para o oficial retornar ao
juízo,certificando (negativamente) que não o encontrou.
Na corrupção passiva própria o funcionário público comete dois atos ilícitos ao mesmo tempo.
É o funcionário público que recebe $ para cumprir a diligência, para executar o ato de ofício. Ex:
O funcionário público recebe dinheiro para cumprir um mandado.
OBS1: Existe no Art. 3º, II, Lei nº 8.137/90 a união do tipo concussão com o tipo corrupção passiva.
OBS2 :O fiscal que exigir, solicitar, receber ou aceitar promessa de vantagem indevida para deixar de
lançar ou cobrar tributo (imposto, taxa ou contribuição de melhoria) ou contribuição social ou cobrá-los
parcialmente, pratica o crime previsto no art. 3°, II, da Lei n. 8.137/90 (“crime contra a ordem tributária”).
Conceito - É aquela em que o funcionário público viola o dever de ofício, não por intenção de
lucro, mas com o intuito de agradar alguém que lhe fez determinado pedido. É o crime praticado pelo
funcionário público que satisfaz o desejo de alguém. Ex: João (funcionário público) não cumpre o
mandado de busca e apreensão a pedido de Maria.
OBS1 : dar dinheiro para testemunha ou perito mentir em processo: a testemunha e o perito não oficial
(se oficial, há “corrupção ativa e passiva”) respondem pelo delito do art. 342, § 2° (“falso testemunho ou
perícia”); a pessoa que deu o dinheiro responde pelo crime do art. 343 (“corrupção ativa de testemunha
ou perito”).
OBS 2 : o art. 299 da Lei n. 4.737/65 (Código Eleitoral) prevê crimes idênticos à “corrupção passiva e
ativa”, mas praticados com a intenção de conseguir voto, ainda que o agente não obtenha sucesso.
CORRUPÇÃO PASSIVA
É EXCEÇÃO pluralista à Teoria Monista – duas pessoas concorrendo para o mesmo evento, mas
sofrendo tipos diversos.
CORRUPÇÃO PASSIVA
Art. 317, CÓDIGO PENAL - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda
que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa
de tal vantagem:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
CORRUPÇÃO ATIVA
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar,
omitir ou retardar ato de ofício:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003)
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o
funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.
Apesar da conduta “solicitar” ser menos grave que “exigir’ [concussão], a pena máxima na corrupção
é maior que a da concussão. A doutrina questiona a constitucionalidade da pena máxima da corrupção
passiva.
SUJEITO ATIVO:
- Funcionário público no exercício da função;
- Funcionário público fora da função, mas em razão dela. Ex: em férias.
- Particular na iminência de assumir função pública – faltam atos burocráticos para ele assumir a função
pública.
OBSERVAÇÃO: praticado por fiscal de rendas crime do Art. 3º, II, Lei 8.137/90 – princípio da
especialidade. É crime funcional contra a ordem tributária, não contra a Administração.
OBSERVAÇÃO: militar Art. 308, CÓDIGO PENALM [Corrupção] – julgado pela Justiça Militar.
CORRUPÇÃO
Art. 308, CÓDIGO PENALM - Receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da
função, ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal
vantagem:
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem ou promessa, o agente
retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
§ 2º - Se o agente pratica, deixa de praticar ou retarda o ato de ofício com infração de dever funcional,
cedendo a pedido ou influência de outrem.
Pena - detenção, de três meses a um ano.
SUJEITO PASSIVO:
Vítima primária: - Estado-Administração.
Vítima secundária: - Particular constrangido,desde que não serja o corruptor, o autor da corrupção ativa
OBSERVAÇÃO: a corrupção passiva nem sempre pressupõe a ativa e vice-versa. Pode-se ter corrupto
ou corruptor ou os dois juntos.
Art. 317, CÓDIGO PENAL – corrupto. Art. 333, CÓDIGO PENAL – corruptor.
Pune 3 núcleos: solicitar, receber ou aceitar Pune o prometer e o oferecer.
promessa. O particular – dar [após a conduta solicitar]. Nessa
Solicitar; conduta, o particular é vítima.
Receber; Ofereceu antes [da conduta receber].
Aceitar promessa. Prometeu antes [da conduta aceitar promessa].
OBSERVAÇÃO: o Art. 333, CÓDIGO PENAL só se preocupa quando a conduta parte do particular. Se a
corrupção partiu do funcionário público, o particular é vítima como no caso de dar.
CORRUPÇÃO ATIVA
Art. 333, CÓDIGO Art. 337-B, CÓDIGO Art. 343, CÓDIGO Código eleitoral Estatuto do
PENAL PENAL – PENAL – suborno Torcedor
funcionário público de testemunha
estrangeiro.
Só pune[6]: Pune: Pune: Pune: Pune:
- oferecer; - dar; - dar; - dar; - dar;
- prometer. - oferecer; - oferecer; - oferecer; - oferecer;
- prometer. - prometer. - prometer. - prometer.
Existe projeto de lei querendo acrescentar o “dar” ao art. 333, CP, se aprovado será norma irretroativa.
OBSERVAÇÃO: Para a existência do crime de corrupção passiva deve haver um nexo entre a
vantagem solicitada, recebida ou aceita e a atividade exercida pelo corrupto.
CORRUPÇÃO PASSIVA PRÓPRIA: O agente tem como finalidade a realização de um ato injusto.
Ex: solicitar vantagem para facilitar a fuga de alguém.
TENTATIVA
Art. 317, § 1º, CÓDIGO PENAL - A pena é aumentada de um terço, se, em conseqüência da vantagem
ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo
dever funcional.
Se o funcionário público solicitar, receber ou aceitar promessa – o crime está consumado – teremos
o art. 317.
Se ele concretiza a conduta ilegítima comercializada – incide o aumento de pena de 1/3 – teremos o
§1º, do Art. 317.
Ex: policial solicita R$ 1.000,00 para não cumprir mandado de prisão. A partir do momento que ele solicita
a vantagem, o Art. 317, CÓDIGO PENAL já está consumado. Mas se ele efetivamente não cumpre o
mandado, nasce o aumento de 1/3 da pena.
Ex: funcionário da Ciretran solicita R$ 1.000,00 para excluir multa do sistema – consumou o Art. 317,
CÓDIGO PENAL. Se ele efetivamente exclui – configura o Art. 313-A, CÓDIGO PENAL, não incide a
majorante, e sim o concurso material de delitos: Art. 317, CÓDIGO PENAL + Art. 313-A, CÓDIGO PENAL.
Art. 317, § 2º, CÓDIGO PENAL - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com
infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Prevê o artigo 318, do Código Penal, que é crime "facilitar, com infração de dever funcional, a
prática de contrabando ou descaminho (art. 334): Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa".
Sujeito ativo: o crime em questão só pode ser praticado por funcionário público;
Sujeito passivo: é o Estado;
Objeto jurídico: é a administração pública, tendo em vista seu interesse patrimonial e moral;
Objeto material: consiste na mercadoria contrabandeada ou no imposto não recolhido;
Elementos objetivos do tipo: "facilitar", ou seja, tornar mais fácil, sem exigir muito esforço, a
infração do dever funcional. Assim, não é suficiente que o funcionário facilite o contrabando ou
descaminho, sendo fundamental para configuração do crime que o faça deixando de cumprir seus
deveres decorrentes da função previstos em lei. Para tanto, o sujeito ativo deve ocupar função de
controlar, fiscalizar e impedir a entrada de mercadoria proibida no território nacional ou garantir o
pagamento de imposto devido pela mencionada entrada;
Elemento subjetivo do crime: é o dolo. Não há elemento subjetivo do tipo específico;
Classificação: trata-se de crime próprio (somente pode ser praticado por funcionário público);
formal (não exige a concretização do resultado); de forma livre; comissivo; instantâneo (consuma-se com
uma única conduta e não produz resultado prolongado no tempo); e unissubjetivo (pode ser praticado por
uma só pessoa).
Note-se que a tentativa será admissível somente na forma plurissubsistente (exige a prática de
vários atos, que compõe a ação criminosa). Além disso, o crime restará consumado quando houver a
prática da facilitação, mesmo que não haja prejuízo para a Administração.
Importante mencionar que a competência para apuração do delito é, via de regra, da Justiça
Federal, já que se trata de crime conexo ao contrabando ou descaminho, em que há interesse da União.
Será de competência da Justiça Estadual somente quando se tratar de imposto estadual.
Sujeitos - O sujeito ativo é o funcionário público competente para realizar o ato de ofício. O
sujeito passivo é o Estado.
Tipo Objetivo - Envolve 2 formas: omissiva e comissiva. Na forma omissiva o funcionário público
retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício.
Retardar é procrastinar, é o ato praticado com certo atraso, mas que é praticado.
Tipo Subjetivo - É sempre doloso. Envolve, ainda, um fim especial de agir que é satisfazer um
interesse ou sentimento pessoal; não importa se o sentimento é nobre (ex: Milena, funcionária pública,
deixa de cobrar ISS de uma velhinha dona de um carrinho de cachorro-quente) ou torpe, há crime do
mesmo jeito.
Classificação: trata-se de crime próprio; formal; de forma livre; comissivo (retardar ou praticar) e
omissivo (retardar, na forma de abstenção, ou deixar de praticar); instantâneo; unissubjetivo;
unisubssistente ou plurissubsistente.
Consumação e Tentativa - O crime está consumado com a efetiva violação ao dever de ofício.
Só cabe tentativa na modalidade comissiva (praticar), ou seja, o crime em comento admite a forma
tentada apenas na forma plurissubsistente, e se consuma quando houver a prática de qualquer das
condutas descritas no tipo, mesmo que não haja efetivo prejuízo à Administração.
Distinções - na “corrupção passiva”, o funcionário público negocia seus atos, visando uma
vantagem indevida; na “prevaricação” isso não ocorre; aqui, o funcionário público viola sua função para
atender a objetivos pessoais.- ex.: permitir que amigos pesquem em local público proibido, demorar para
expedir documento solicitado por um inimigo (o sentimento, aqui, é do agente, mas o benefício pode ser
de terceiro).
O atraso no serviço por desleixo ou preguiça não constitui crime; se fica caracterizado, todavia,
que o agente, por preguiça, rotineiramente deixa de praticar ato de ofício, responde pelo crime - ex.:
delegado que nunca instaura IP para apurar crime de furto, por considerá-lo pouco grave.
A “prevaricação” não se confunde com a “corrupção passiva privilegiada”; nesta,o agente atende
a pedido ou influência de outrem; naquela não há tal pedido de influência, o agente visa satisfazer
interesse ou sentimento pessoal.
Prevaricação Imprópria
Consiste na conduta de deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público de cumprir seu
dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação
com outros presos ou com o ambiente externo.
Encontra previsão no CP. Observe: Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente
público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que
permita a comunicação com
outros presos ou com o ambiente externo: (Incluído pela Lei nº 11.466, de 2007).
Na prevaricação própria, existe o elemento especial do tipo (Dolo Específico) “para satisfazer
interesse ou sentimento pessoal.Na imprópria, não precisa existir essa finalidade especial do agente.Em
síntese, na própria o dolo é específico ao passo que na imprópria é genérico.
Consiste na conduta do funcionário público que, por indulgência, deixa de tomar as medidas
necessárias para responsabilizar o funcionário público subordinado que cometeu infração no exercício do
cargo. É o famoso “passar a mão pela cabeça”.
1º Deixar de responsabilizar. Deixar de tomar as medidas cabíveis para punir o funcionário público
subordinado que comete determinada infração. O funcionário público superior não responsabiliza o
funcionário público infrator agindo de duas maneiras: ou não pune diretamente o subordinado, ou não
instaura o devido procedimento administrativo para apurar e punir a infração cometida pelo funcionário
público subordinado.
2ª Deixar de comunicar à autoridade competente. O funcionário público que sabe de alguma infração
cometida por um colega e que, não tendo competência para puni-lo, deixa de comunicar o fato à
autoridade competente hierarquicamente superior ao colega infrator.
É elementar do crime (é pressuposto dele) que o funcionário público tenha cometido uma
infração (administrativa ou penal); a lei fala em infração, não em crime. O subordinado tem que praticar,
efetivamente, a infração.
A infração deve ser praticada no exercício do cargo. Se o subordinado praticá-la fora da função,
não haverá motivo que enseje crime de condescendência criminosa, caso o superior deixe de punir tal
conduta.
O funcionário público superior deverá punir o funcionário público subordinado logo após este
cometer a infração, assim que tiver conhecimento. Se não o fizer, responderá por condescendência
criminosa.
Tipo Subjetivo - É doloso e requer tb um fim especial de agir, que é a indulgência (perdão), ou
seja, tolerância para com o funcionário público subordinado.
Classificação: trata-se de crime próprio; formal; de forma livre; omissivo; instantâneo;
unissubjetivo; e unissubsistente.
Consumação e Tentativa - É um crime omissivo puro. *O crime está consumado a partir do
momento em que o superior toma conhecimento da infração cometida pelo funcionário público
subordinado e não faz nada, deixando
escoar tempo juridicamente relevante. Não admite tentativa.
O crime de condescendência criminosa não admite tentativa e se consuma com a prática das
condutas omissivas descritas do tipo, mesmo que não haja efetivo prejuízo à Administração.
Frisa-se que para a caracterização do crime não é necessário que o subordinado seja punido
pela infração cometida, nem que o superior seja obrigado à puni-lo.
O crime pode ser praticado diretamente, sem intermediário (através de requerimentos, defesas,
justificações, solicitando providências, etc.) ou indiretamente através de testa de ferro, ou seja, com uma
atuação dissimulada. O interesse pode ser legítimo ou ilegítimo.
É a outra face da corrupção passiva privilegiada. Consiste na conduta do funcionário público que,
valendo-se dessa condição, patrocina, direta ou indiretamente, interesse privado ou de 3º. Ex:
Desembargador que liga para um juiz pedindo que este interceda em favor de uma das partes.
Sujeitos - O sujeito ativo não precisa ser advogado, mas basta ser qualquer funcionário público
que atue em defesa de interesse privado ou de 3º. O funcionário público criminoso não pode ser
competente para atender ao interesse pelo qual advoga, porque se for ele mesmo é que estará praticando
o ato e não pedindo a ninguém que o faça por si. A advocacia criminosa é um crime praticado por
funcionário público em favor de alguém. O sujeito passivo é o Estado.
Tipo Objetivo - O tipo objetivo é patrocinar, que significa pleitear em favor de outrem, pedir em
favor de outrem. O interesse patrocinado poderá ser legítimo (neste caso o criminoso responderá pelo
caput) ou ilegítimo (hipótese em que responderá pelo p. ú.). A ilegitimidade do interesse é uma
qualificadora do crime.
Note-se que o crime em questão admite tentativa e se consuma quando houver a prática do
patrocínio, mesmo que não haja efetivo prejuízo à Administração.
Além disso, o parágrafo único do artigo 321 do CP traz a forma qualificada do crime em comento,
prescrevendo que "se o interesse é ilegítimo: Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa".
O crime de violência arbitrária está previsto no artigo 322 do Código Penal Brasileiro.
Para a maioria da doutrina penal, esse artigo foi revogado pela Lei n. 4898/65, que trata do
abuso de autoridade. Mas para o Supremo Tribunal Federal e para a minoria da doutrina ainda está a
viger.
É um crime praticado por funcionário público, que em função do cargo, age não contra a
Administração Pública, mas contra o administrado, agredindo-o.
Mesmo que grande parte da atuação pública exija violência, são violências toleradas pela lei. O
presente crime se refere a violência ilegal, arbitrária, fora dos parâmetros permitidos.
O servidor responde pela violência física causada, por exemplo, o braço quebrado, porta
arrebentada ou pneu furado, e também pelo referido crime, quando houver abuso.
Este crime não acontece quando o agente pratica apenas grave ameaça contra terceiros.
A violência arbitrária, tipo do art. 322 do CP, é entendida como aquela ilegalidade do
funcionário público que, violando o Direito da Administração Pública, age arbitrariamente, isto
é, sem autorização de qualquer norma legal que lhe justifique a conduta, contra o cidadão, não
está compreendida no atentado à incolumidade física do indivíduo', tipo inscrito no art. 3º, i', da
Lei n.4.898/65, norma referente ao abuso de autoridade ou exercício arbitrário de poder, pela
qual o funcionário, ao executar sua atividade, excede-se no Poder Discricionário, que facultaria
a escolha livre do método de execução, ou desvia, ou foge da sua finalidade, descrita na norma
legal que autorizava o Ato Administrativo, ocorrendo aí uma lesão de direito que no campo
penal toma forma de abuso de poder ou exercício arbitrário de poder.
QUINTA-FEIRA, NOVEMBRO 11
A 6ª Turma do STJ negou habeas corpus a um delegado de polícia de Belo Horizonte (MG) acusado de
abuso de poder. O pedido era para trancar uma ação penal que corre na 4ª Vara Criminal de BH. O Juízo
local recebeu a denúncia pela prática de violência arbitrária, abuso de poder e supressão de documento.
Segundo a denúncia, o delegado se envolveu numa confusão em shopping de BH, no dia 19 de abril de
2002, quando dois policiais militares foram atender a uma ocorrência de trânsito. No momento em que
estes pararam com a viatura em frente a uma das cancelas do shopping, uma senhora teria acionado a
buzina insistentemente e, chamada a se identificar, teria desacatado as autoridades, o que motivou a
ordem de prisão.
A senhora teria, então, ligado para o marido e filho, delegado aposentado e perito criminal,
respectivamente, para intervir na situação. Segundo a denúncia, o delegado foi acionado por telefone pelo
colega aposentado e compareceu ao local com quinze viaturas com quatro policiais cada. O delegado
também é acusado de apreender a máquina fotográfica de um funcionário do shopping que registrou o
tumulto. A câmara só foi liberada quase um mês depois, sem os registros das imagens. Este mesmo
funcionário chegou a ser levado preso pelos policiais civis.
O delegado ingressou no STJ com argumentos de que seria necessária a notificação do acusado para
defesa preliminar, de que já teria ocorrido a prescrição do crime de abuso de poder e de que não havia
indícios de violência ou abuso, já que ausente o exame de corpo de delito. A defesa alegou, ainda, que
inexistia crime de supressão de documento porque material fotográfico não seria documento público,
tampouco particular.
Segundo a relatora no STJ, ministra Maria Thereza de Assis Moura, as matérias levantadas no recurso
não foram decididas no acórdão do habeas corpus, na origem, e por isso não podem ser analisadas sob o
risco de supressão de instância. O habeas corpus não poderia servir para trancar a ação penal, pois há
matérias de provas pendentes de análise na origem.
É pacífico ainda no STJ o entendimento de que, havendo inquérito que acompanha a denúncia, é
dispensável a formalidade do artigo 514 do CPC, que exige a notificação do acusado em quinze dias nos
crimes afiançáveis. Para a ministra, “não há ausência de materialidade e de indícios de autoria que
possam dar suporte à afirmação de que não há justa causa para a acusação”.
A ministra conclui o voto com o argumento de que não tem sustentação a tese que busca excluir a
fotografia da definição de documento particular, ainda mais quando sua destruição tem o potencial de
prejudicar a prova dos autos. (RHC 20618)
(Fonte: Site Espaço Vital)
É um crime praticado por funcionário público, que abandona o cargo, ou seja, não
comparecer durante determinado período relativamente longo de tempo previsto no Estatuto
como necessário para que aconteça administrativamente o abandono. No momento em que
estiver consumada a infração administrativa do abandono, estará também consumada a
infração penal correspondente. Há crime mesmo que o abandono não resulte prejuízo nenhum
para a administração pública.
ARTIGO 323 CP: "Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei: "
Pena - Detenção, de 15 dias a 1 mês, ou multa.
§ 1º - Se do fato resulta prejuízo público: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira: Pena - detenção, de um a
três anos, e multa.
CARGO
Um local na administração, que tem função, ou, normalmente, funções.
ABRANGÊNCIA
Este artigo abrange os cargos na administração direta, autarquias, empresas públicas,
sociedades de economia mista e fundações.
PREJUÍZO PÚBLICO
O prejuízo público não é elementar ao caput.
Havendo o prejuízo público, tratar-se-á do caso do § 1º.
DOLO GENÉRICO
Não exige finalidade específica.
ABANDONAR
A maioria dos autores sempre considerou o cometimento do crime na modalidade
omissiva.
Mas parte significativa entende que pode haver uma ação.
ABANDONAR
Ir embora: compreende uma ação.
Deixar ao abandono: envolve uma omissão.
SUBSTITUTO AUTOMÁTICO
Se faltar ao serviço e houver um substituto legal, não resta configurado o crime.
Se o substituto faltar, mas existir outro que o substitua, também não o caracteriza.
Quando existir este sistema de substituição automática, não se configura o tipo penal.
PEDIDO DE DEMISSÃO
Quem pede demissão não pode abandonar imediatamente o cargo.
Deve aguardar por um tempo razoável.
CARACTERÍSTICAS
Tempo relevante para justificar o RISCO DE DANO.
TENTATIVA
Na forma omissiva, é impossível.
§ 1º - PREJUÍZO PÚBLICO
§ 2º - FAIXA DE FRONTEIRA
O jurado que abandona a sessão não comete este crime, porque não tem cargo,
somente exerce uma função.
Diferencia-se do art 328 (Usurpação), porque neste o criminoso não é servidor, e se faz
passar por algo que não é. Na usurpação, encontra-se o falso médico1 , o falso policial2 , o
falso professor da rede pública3 , que são pessoas que nunca concursaram ou foram
nomeados, ou seja, são criminosos que se intrometeram como servidor.
“§ 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos NESTE
CAPÍTULO forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou
assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa
pública ou fundação instituída pelo poder público.”
A pena será aumentada da terça parte quando os autores forem ocupantes de cargos
em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da Administração direta,
sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo Poder Público.
É crime contra a Administração Pública que ocorre quando um funcionário revela fato
de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilita a sua
revelação. A conduta caracteriza-se quando o funcionário público revela o sigilo funcional de
forma intencional, dando ciência de seu teor a terceiro, por escrito, verbalmente, mostrando
documentos etc. A conduta de facilitar a divulgação do segredo, também denominada
divulgação indireta, dá-se quando o funcionário, querendo que o fato chegue a conhecimento
de terceiro, adota determinado procedimento que torna a descoberta acessível a outras
pessoas. O delito não admite a forma culposa. A Lei nº 9.983/2000 criou no § 1º do artigo 325
algumas infrações penais equiparadas, punindo com as mesmas penas do “caput” quem: I –
permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra
forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da
Administração Pública; II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. O § 2º estabelece uma
qualificadora, prevendo pena de reclusão, de dois a seis anos, e multa, se da ação ou omissão
resultar dano à Administração ou a terceiro. A ação penal é pública incondicionada, de
competência do Juizado Especial Criminal.
Protógenes recebeu uma pena privativa de liberdade de três anos e 11 meses, a ser cumprida em
regime prisional aberto, que foi substituída pelas restritivas de direitos de prestação de serviços à
comunidade e proibição de exercício de mandato eletivo, cargo, função ou atividade pública.
Amadeu foi condenado à pena privativa de liberdade de dois anos de detenção, em regime inicial
aberto, que foi substituída pelas restritivas de direitos de prestação de serviços à comunidade e
interdição temporária de direitos de proibição de exercício de profissão e atividades relacionadas
com segurança e espionagem.
De acordo com a denúncia elaborada pelo Ministério Público Federal (MPF), referente ao primeiro
fato delituoso (violação de sigilo), o delegado de Polícia Federal Protógenes teria presidido e
coordenado a investigação policial nomeada “Operação Satiagraha” (2007.61.81.010208-7 e
2007.61.81.011419-3), que tramitou na 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo.
Nesse contexto, o delegado teria revelado a dois jornalistas da Rede Globo de Televisão dados
sobre uma reunião que ocorreria no dia 19/6/08, no restaurante El Tranvia, nesta Capital, entre os
ali investigados Humberto Braz e Hugo Chicaroni, com o também delegado Victor Hugo, onde
aqueles supostamente tratariam de oferecimento de vantagens indevidas (corrupção ativa) a
funcionário público, em detrimento da investigação.
Amadeu, escrivão de Polícia Federal, integrante da equipe de Protógenes, por orientação deste,
recepcionou referidos jornalistas e participou da mencionada violação de sigilo funcional,
facilitando filmagens daquela reunião. O produto obtido com a gravação foi depois utilizado como
prova em processo penal por crime de corrupção (autos 2008.61.81.010136-1), instaurado contra
aludidos investigados e Daniel Dantas, alvo principal da “Operação Satiagraha”, cuja tramitação
também se deu perante aquele Juízo Federal da 6ª Vara Federal Criminal.
Quanto ao segundo fato delituoso (fraude), a acusação apontou que a fita da filmagem promovida
pelos indicados jornalistas durante a Ação Controlada da operação foi entregue a Amadeu, que a
editou por orientação de Protógenes para depurá-la de resquícios que pudessem revelar a sua
origem espúria e, assim, induzir a erro aquele Juízo Federal. Após a inovação artificiosa pelos
acusados, o produto final da filmagem foi entregue a Protógenes, que por sua vez o encaminhou
como prova ao Juízo da 6ª Vara.
Por fim, de acordo com a denúncia, o acusado Protógenes, em razão de seu cargo e da condição
de coordenador da “Operação Satiagraha”, revelou a dois jornalistas a data de 8/7/2008, em que
seria deflagrada a operação policial, propiciando a jornalistas e cinegrafistas que se
posicionassem com antecedência, na madrugada daquele dia, em locais onde seriam realizadas
buscas e prisões, especialmente de pessoas públicas como a do ex-prefeito de São Paulo Celso
Pitta e a do empresário Naji Nahas, para a realização de filmagens e matérias noticiosas. “Alguém
em sã consciência acreditaria que a imprensa estava ali postada por mero acaso? Pois foi isso
mesmo que os acusados sugeriram a este Juízo, sem receio do ridículo” – questionou o juiz.
De acordo com Ali Mazloum “diversos episódios realçaram a singularidade do caso aqui tratado,
podendo-se mencionar as inéditas buscas e apreensões em órgão de inteligência do Estado
(ABIN), ou aquelas efetuadas em endereços de conhecidos ‘arapongas’ de Brasília. O destaque,
porém, ficou por conta do inusitado conteúdo do material encontrado e arrecadado no curso da
investigação e reações que se seguiram. Não representa apenas uma investigação de crimes
comuns previstos no Código Penal brasileiro. Representa, precipuamente, a apuração de um
método, próprio de polícia secreta, empreendido sob a égide da Constituição Federal, mas à
margem das mais comezinhas regras do Estado Democrático de Direito”.
Em sua decisão, o juiz destacou que “práticas de monitoramento clandestino, mais apropriadas a
um regime de exceção, revelaram situações de ilegalidade patente no curso da ‘Operação
Satiagraha’: participação da ABIN na realização de inquérito policial; sérios indícios de infiltração
de interesses privados na investigação oficial; fragmentos de espionagem de autoridades, sem
motivo e sem autorização do juiz natural, dentre tantas outras absurdidades visíveis a olho nu até
mesmo para um jejuno do Direito. Espantoso, pessoas submetidas a ‘averiguações’ típicas de
regimes totalitários em plena normalidade republicana”.
De acordo com a decisão, o fato revelado pelos acusados era importante do ponto de vista penal e
sua revelação passível de causar dano ou perigo de dano à Administração Pública. “A informação
sigilosa constitui o objeto material do crime. É indisputável que um dos objetivos pretendidos
pelos acusados, ao revelarem a jornalistas fato que deveria permanecer em segredo, era o de
produzir prova para uma futura ação penal contra Daniel Dantas, Humberto Braz e Hugo Chicaroni
por crime de corrupção ativa. É o registro indelével, perene, inatacável da repreensível revelação
do sigilo funcional pelo acusado Protógenes aos jornalistas”.
A maioria dos escritores criminalistas entendem que esse artigo foi implicitamente revogado no
art 94 da Lei nº 8.666/93, que trata da Lei de Licitação.
1 - ( Prova: FCC - 2013 - DPE-SP - Oficial de Defensoria Pública / Direito Penal / Dos Crimes Contra
a Administração Pública - Praticados por Funcionário Público Contra a Administração em Geral.;
)Guilhermino, funcionário público estadual estável, exige de Gabriel tributo que sabe ser indevido
aproveitando-se da situação de desconhecimento do cidadão. Neste caso, segundo o Código
Penal brasileiro, Guilhermino praticou crime de
a) peculato culposo.
b) peculato doloso.
c) excesso de exação.
d) condescendência criminosa.
e) corrupção ativa.
Letra “C”
2.( Prova: FCC - 2013 - DPE-SP - Oficial de Defensoria Pública / Direito Penal / Dos Crimes Contra a
Administração Pública - Praticados por Funcionário Público Contra a Administração em Geral.; )
Considere as seguintes situações hipotéticas:
I. Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente, exerce cargo
público.
II. Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, sem remuneração, exerce função
pública.
IV. O autor do crime de peculato terá sua pena aumentada da metade quando for ocupante de cargo em
comissão de empresa pública.
De acordo com o Código Penal brasileiro está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) I, III e IV.
c) I, II e IV.
d) I e II.
e) I, II e III.
Letra “E”
3 - ( Prova: FCC - 2013 - DPE-SP - Oficial de Defensoria Pública / Direito Penal / Dos Crimes Contra
a Administração Pública - Praticados por Funcionário Público Contra a Administração em Geral.;
)Matias, diretor da Penitenciária XYZ, permite livremente o acesso de aparelho telefônico celular
dentro da Penitenciária que dirige, o que está permitindo a comunicação dos presos com o
ambiente externo. Neste caso, Matias
4 - (Prova: FCC - 2012 - MPE-PE - Técnico Ministerial - Área Administrativa / Direito Penal / Dos
Crimes Contra a Administração Pública - Praticados por Funcionário Público Contra a
Administração em Geral.; Dos Crimes Contra a Administração Pública - Praticados por Particular
Contra a Administração em Geral.; )A respeito dos crimes praticados por particular contra a
Administração em geral, considere:
I. A conduta do funcionário público que solicita vantagem indevida, direta ou indiretamente, para si ou para
outrem, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, configura o crime de
corrupção ativa.
III. O funcionário público que, valendo-se da facilidade que lhe propicia a condição de carcereiro, subtrai
quantia em dinheiro da carteira de pessoa presa no presídio onde exerce as suas funções, responde pelo
crime de peculato.
a) II.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
e) III.
Letra “E”
5) (Prova: FGV - 2013 - OAB - Exame de Ordem Unificado - X - Primeira Fase Simulado OAB
Disciplina: Direito Penal | Assuntos: Dos Crimes Contra a Administração Pública - Praticados por
Funcionário Público Contra a Administração em Geral) Coriolano, objetivando proteger seu amigo
Romualdo, não obedeceu à requisição do Promotor de Justiça no sentido de determinar a
instauração de inquérito policial para apurar eventual prática de conduta criminosa por parte de
Romualdo.
6) (Prova: FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária Simulado TJ PA
Disciplina: Direito Penal | Assuntos: Dos Crimes Contra a Administração Pública - Praticados por
Funcionário Público Contra a Administração em Geral):
Tício, funcionário público federal, em fiscalização de rotina, constatou que Paulus, proprietário de
uma mercearia, estava devendo tributos ao Fisco. Em vista disso, concedeu-lhe o prazo de
quarenta e oito horas para efetivar o pagamento e mandou colocar uma faixa na porta do
estabelecimento, dizendo: Este comerciante deve ao Fisco e deverá pagar o tributo devido em
quarenta e oito horas. A conduta de Tício caracterizou o crime de
a) prevaricação.
b) calúnia.
c) concussão.
d) corrupção passiva.
e) excesso de exação.
7) (Prova: FCC - 2012 - Prefeitura de São Paulo - SP - Auditor Fiscal do Município - Gestão
Tributária - Disciplina: Direito Penal | Assuntos: Dos Crimes Contra a Administração Pública -
Praticados por Funcionário Público Contra a Administração em Geral.) :
Augusta, funcionária pública municipal, subtraiu da repartição em que trabalhava, uma máquina
fotográfica, patrimônio da Prefeitura, que era utilizada na realização de perícias. Vários dias
depois, arrependida, procurou a sua superiora hierárquica, confessou a subtração e devolveu a
máquina referida. Nesse caso, na ação penal resultante desse fato, Augusta
d) não terá nenhum benefício, por tratar-se de crime contra a Administração Pública.
8) (Prova: CESGRANRIO - 2012 - Caixa – Advogado - Disciplina: Direito Penal | Assuntos: Dos
Crimes Contra a Administração Pública - Praticados por Funcionário Público Contra a
Administração em Geral.
a) peculato
b) corrupção passiva
c) condescendência criminosa
d) advocacia administrativa
e) excesso de exação
De um lado, “solicitar” ou “receber” e, de outro lado, “exigir” compõem núcleos opostos que,
respectivamente, diferenciam, entre si, duas importantes e recorrentes figuras penais, ambas
cometidas por funcionários públicos. Embora, nesse ponto, substancialmente diversas, no mais,
mostram-se apenas aparentemente próximas uma da outra. São elas:
10) (Prova: FCC - 2014 - TRF - 3ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Disciplina:
Direito Penal | Assuntos: Dos Crimes Contra a Administração Pública - Praticados por Funcionário
Público Contra a Administração em Geral) Na corrupção passiva, há diferenciações normativas
se:em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar
qualquer ato de ofício ou o pratica infringido dever funcional;o funcionário pratica, deixa de
praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência
de outrem.
e) privilégio e qualificadora.
11) (Prova: FUNCAB - 2013 - PC-ES - Perito em Telecomunicação Disciplina: Direito Penal |
Assuntos: Dos Crimes Contra a Administração Pública - Praticados por Funcionário Público
Contra a Administração em Geral.) NÃO é crime próprio de funcionário público:
a) prevaricação.
c) advocacia administrativa.
d) concussão.
12) (Prova: FCC - 2013 - DPE-SP - Oficial de Defensoria Pública - Disciplina: Direito Penal |
Assuntos: Dos Crimes Contra a Administração Pública - Praticados por Funcionário Público
Contra a Administração em Geral):
Matias, diretor da Penitenciária XYZ, permite livremente o acesso de aparelho telefônico celular
dentro da Penitenciária que dirige, o que está permitindo a comunicação dos presos com o
ambiente externo. Neste caso, Matias
13) (Prova: FCC - 2013 - AL-PB – Procurador - Disciplina: Direito Penal | Assuntos: Dos Crimes
Contra a Administração Pública - Praticados por Funcionário Público Contra a Administração em
Geral) :
O funcionário público que, se valendo dessa qualidade, patrocina interesse privado perante a
administração pública comete, em princípio, o crime de
a) corrupção passiva.
b) condescendência criminosa.
c) advocacia administrativa.
d) excesso de exação.
e) prevaricação.
14) (Prova: FCC - 2013 - DPE-SP - Oficial de Defensoria Pública Disciplina: Direito Penal |
Assuntos: Dos Crimes Contra a Administração Pública - Praticados por Funcionário Público
Contra a Administração em Geral):
I. Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente, exerce
cargo público.
II. Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, sem remuneração, exerce
função pública.
IV. O autor do crime de peculato terá sua pena aumentada da metade quando for ocupante de
cargo em comissão de empresa pública.
De acordo com o Código Penal brasileiro está correto o que se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) I, III e IV.
c) I, II e IV.
d) I e II.
e) I, II e III.
15) (Prova: FUNCAB - 2013 - PC-ES - Perito em Telecomunicação -Disciplina: Direito Penal |
Assuntos: Dos Crimes Contra a Administração Pública - Praticados por Funcionário Público
Contra a Administração em Geral):
O funcionário público que apropriar-se de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou
particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio,
comete o crime de:
a) peculato.
b) concussão.
c) corrupção passiva.
d) prevaricação.
e) condescendência criminosa.
16) (Prova: FUNCAB - 2013 - PC-ES - Delegado de Polícia -Disciplina: Direito Penal | Assuntos:
Dos Crimes Contra a Administração Pública - Praticados por Funcionário Público Contra a
Administração em Geral. , Leis Penais Especiais:
17) (Prova: FUNCAB - 2013 - IPEM-RO - Assistente Jurídico - Disciplina: Direito Penal | Assuntos:
Dos Crimes Contra a Administração Pública - Praticados por Funcionário Público Contra a
Administração em Geral) :
Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou
particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio. O
tipo penal descrito corresponde ao crime de:
a) concussão.
b) corrupção passiva.
c) peculato.
d) prevaricação.
e) apropriação indébita.
18) Paulo deixou de lavrar o auto de prisão em flagrante, visando recebimento prometido de
dinheiro por parte do autor do crime, como forma de agradecimento. Paulo praticou o crime de:
a) prevaricação.
b) concussão.
c) corrupção ativa.
d) corrupção passiva.
Dispõe o art. 317, CP: "Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda
que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar
promessa de tal vantagem: Pena - reclusão, de 2 a 12 anos, e multa. § 1º - A pena é aumentada de
um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de
praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional".
19) O superior hierárquico que, por indulgência, deixa de responsabilizar subordinado, que
cometeu infração, no exercício do cargo, deverá responder pelo crime de:
a) prevaricação.
b) condescendência criminosa.
c) corrupção passiva.
d) peculato.
A resposta certa é a letra B. Condescendência criminosa: art. 320, CP: "Deixar o funcionário, por
indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou,
quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: Pena -
detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa".
20) Para caracterizar o crime de emissão de título ao portador sem permissão legal, é necessário
que o agente:
a) emita o título, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha promessa de
pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago.
b) emita, sem permissão legal, apenas nota, bilhete, ficha e vale.
c) emita, com permissão legal, apenas nota, bilhete, ficha e vale.
d) emita, com permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha promessa de pagamento
em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago.
A resposta certa é a letra A. Dispõe o art. 292, CP: "Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha,
vale ou título que contenha promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte
indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago: Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses,
ou multa".
21) Caio, funcionário de escola pública estadual, exige dos alunos um pagamento pelos serviços
prestados. Caio comete o crime de:
a) prevaricação.
b) corrupção passiva.
c) concussão.
d) corrupção ativa.
A resposta certa é a letra C. Caio, funcionário público, exigiu, no exercício da função, vantagem
indevida, portanto, praticou o crime de concussão.
A resposta certa é a letra C. Concussão: Art. 316, CP: "Exigir, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
indevida: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa".
23) A inserção de declaração falsa, em documento público ou particular, criando uma obrigação, é
crime de:
A resposta certa é a letra B. Falsidade ideológica: Art. 299, CP: "Omitir, em documento público ou
particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou
diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a
verdade sobre fato juridicamente relevante: Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa, se
o documento é público, e reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa, se o documento é particular".
a) pelo crime único, isto é, ou seja, não responderá, em concurso, pelo crime de falso e uso de
documento falsificado.
b) pelos crimes de falsificação e de uso, em concurso formal.
c) pelos crimes de falsificação e de uso, em concurso material.
d) pelo crime de falsidade qualificada.
A resposta certa é a letra A. Praticando o mesmo agente a falsidade e o uso do documento falso,
deve responder por crime único, ou seja, não responderá, em concurso, pelo crime de falso e uso
de documento falsificado. No entanto, parte da jurisprudência inclina-se para a punição pelo
crime-fim (uso), outra prefere a condenação pelo crime de falsidade documental.
25) Pedro, funcionário público, deixou de cumprir ato de ofício em razão de interesse pessoal.
Pedro praticou o crime de:
a) concussão.
b) prevaricação.
c) peculato.
d) condescendência criminosa.
A resposta certa é a letra B. Prevaricação: Art. 319, CP: "Retardar ou deixar de praticar,
indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer
interesse ou sentimento pessoal: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa".
26) José, funcionário público, em razão de sua função, exigiu vantagem indevida a João. No
entanto, quando foi receber o dinheiro das mãos de João, José foi surpreendido pela polícia e,
portanto, deixou de obter a vantagem. José:
A resposta certa é a letra C. O crime de concussão é delito formal, portanto não exige o resultado
para sua consumação. A infração penal em tela consuma-se com a exigência da vantagem
indevida pelo funcionário público, sendo que a efetiva obtenção da vantagem é mero exaurimento.
a) concussão.
b) corrupção passiva.
c) peculato.
d) excesso de exação.
A resposta certa é a letra C. Apenas o Peculato admite a modalidade culposa, tendo em vista que
os demais exigem o dolo para sua configuração. (Peculato culposo: art. 312, § 2º, CP: "Se o
funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: Pena - detenção, de três meses a um
ano").
a) furto simples.
b) peculato.
c) apropriação indébita.
d) furto qualificado.
A resposta certa é a letra B. Dispõe o art. 312 do CP: "Apropriar-se o funcionário público de
dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão
do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio".
Exercícios Complementares Gabaritados I
(Dos Crimes contra a Administração Pública)
a) extintiva de punibilidade.
b) extintiva de culpabilidade.
c) de atipicidade absoluta.
d) de atipicidade relativa – desclassificando-se o crime.
2. O funcionário público que exige de um indivíduo contribuição social, que sabe indevida, comete
crime de
a) peculato.
b) concussão.
c) excesso de exação.
d) corrupção ativa.
1. Considere a seguinte situação hipotética. Determinado servidor praticou crime de concussão e, com o
valor arrecadado, adquiriu um automóvel. Tendo sido descoberto, ele foi julgado e condenado a cinco anos
de reclusão em decorrência desse crime. Nessa situação, como conseqüência da condenação, o servidor
não perderá o cargo, exceto se o juiz assim o determinar motivadamente na sentença.
2. O funcionário público que, em razão das suas funções, exige para si próprio vantagem indevida pratica o
crime de corrupção passiva.
3. A consumação do crime de corrupção ativa depende do recebimento, pelo funcionário público, da
vantagem indevida que lhe tiver sido oferecida para retardar ato de ofício.
4. O crime de peculato admite modalidade culposa.
5. Doutrinariamente, os crimes contra a administração pública dividem-se em próprios e impróprios.
a ) apropriação indébita.
b) furto qualificado.
c) concussão.
d) corrupção ativa.
e) peculato-furto.
6.(FISCAL/DF) Agindo em concurso com funcionário público e em razão da função por este
exercida, o advogado Pedro Ribeiro exigiu, para ambos, vantagem indevida de terceiro. Praticou,
assim o delito de
a)exploração de prestígio.
b)advocacia administrativa.
c)tráfico de influência.
d)corrupção ativa.
e)concussão.
A] advocacia administrativa.
B] tráfico de influência.
C] exploração de prestígio.
D] prevaricação.
E] condescendência criminosa.
9.Bruno, previamente ajustado com Eduardo, subtrai dinheiro de entidade paraestatal, valendo-se
da facilidade que lhe proporciona o cargo que nela exerce, circunstância, entretanto desconhecida
de Eduardo. Mais tarde, em local seguro, dividem o produto do crime, quando são surpreendidos
pela Polícia e presos em flagrante, sendo apreendido todo o dinheiro subtraído, enfim devolvido à
vítima. Entende-se que:
10. Policarpo, que exerce a chefia numa repartição pública municipal, surpreendeu o funcionário
Belarmino no momento em que ele furtava material do almoxarifado, mas movido por um
sentimento de compaixão, deixou de responsabilizar o subordinado. Que infração penal teria o
chefe cometido?
A] Favorecimento pessoal.
B] Prevaricação.
C] Omissão de comunicação de crime.
D] Condescendência criminosa.
11. Paulo, movido por um sentimento altruísta, assume a autoria de um crime de atropelamento de
pedestre, cometido por sua namorada Lúcia, dando origem à abertura de inquérito policial sobre o
fato. Qual o crime praticado, em tese, por Paulo?
12. Exigir, para si, vantagem indevida, a pretexto de influir em servidor público que exerce cargo na
Secretaria Municipal de Obras e ainda insinuar que a vantagem também se destina ao funcionário, é
crime de:
A] extorsão;
B] corrupção passiva;
C] exploração de prestígio;
D] corrupção ativa;
E] tráfico de influência.
13. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes, de assumi-
la, mas em razão dela, vantagem indevida, constitui o crime de:
A] concussão;
B] corrupção passiva;
C] corrupção ativa;
D] extorsão.
Quando um dos membros do Conselho de Sentença exige e recebe do advogado de defesa soma
em dinheiro para absolver o acusado, cumprindo o que prometera, comete o delito de:
A] extorsão direta;
B] extorsão indireta;
C] corrupção passiva;
D] concussão.
16. Celacanto, funcionário público, foi abandonado pela noiva que se apaixonara por Deodato.
Celacanto, profundamente magoado, jamais se conformou com tal fato. Num belo dia, eis que
Deodato surge na seção em que trabalha, reivindicando certa pretensão administrativa. Celacanto,
coincidentemente, ficou responsável pelo andamento do processo em que o interessado era
justamente Deodato. Levado por um sentimento de mesquinhez ou vingança, deixa de praticar,
indevidamente, ato de ofício concernente ao referido processo, com inequívoco objetivo de
prejudicar Deodato.
O funcionário cometeu:
A] corrupção passiva;
B] corrupção ativa;
C] desacato;
D] prevaricação.
A] o funcionário que retarda ou deixa de praticar ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a
pedido de outrem, comete delito de prevaricação;
B] deixar o funcionário público, por indulgência de responsabilizar subordinado que cometeu infração no
exercício do cargo comete crime de prevaricação;
C] o funcionário que, por negligência, extravia livro oficial de que tinha a guarda em razão do cargo,
comete delito de extravio culposo de livro;
D] para configuração do delito de peculato culposo, é necessário que o funcionário público tenha
culposamente, concorrido para o crime de outrem.
18. Funcionário Público Municipal que tinha sob sua guarda bens da municipalidade acaba
esquecendo, não intencionalmente, mas por negligência, abertas as portas do local onde estavam
os bens. Durante a noite aqueles objetos são subtraídos. Esse funcionário será responsabilizado
por crime:
19. Um acusado por crime de falso testemunho veio a arrepender-se no curso do processo,
declarando a verdade antes de ser proferida a sentença. Neste caso:
A] o crime deixa de existir, como se a agente nada tivesse praticado, e não há pena a ser aplicada;
B] o crime existe, mas não se julga o mérito e o processo é arquivado;
C] o crime não chegou a existir pela falta de elemento subjetivo e o acusado é absolvido;
D) o crime existe, mas deixa de ser punível, declarando-se extinta a punibilidade do réu;
E] N.D.A.
21.Nos crimes contra a Administração da Justiça existe uma disposição legal que isenta o autor da
pena. Trata-se de :
22.Constitui crime de denunciação caluniosa, de acordo com a redação dada pela Lei nº 10.028, de
19 de outubro de 2000,
A)apenas dar causa a instauração de investigação administrativa e a inquérito civil contra alguém,
imputando-lhe crime de que o sabe inocente.
B)apenas dar causa a instauração de investigação policial e de processo judicial contra alguém,
imputando-lhe crime de que o sabe inocente.
C)apenas dar causa a processo judicial e a instauração de investigação administrativa contra alguém,
imputando- lhe crime de que o sabe inocente.
D)dar causa a instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação
administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de
que o sabe inocente.
E)somente dar causa a instauração de investigação policial, de processo judicial e ação de impropriedade
administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente.
23.Deixar de lavrar o auto de prisão em flagrante, visando o futuro recebimento de dinheiro por
parte do autor de fato delituoso, como forma de agradecimento, configura:
A)corrupção ativa;
B)corrupção passiva;
C)prevaricação;
D)concussão;
E)peculato.
24. A simples conduta de um funcionário público que solicita propina de um particular para não o
multar caracteriza em tese
25. Após transportá-lo para o Uruguai, funcionário público ali vende, como se fosse seu, automóvel
da Administração Pública de que tinha a posse em razão do cargo. Sua conduta caracteriza em tese
A)peculato-apropriação.
B)peculato-desvio.
C)peculato-furto.
D)facilitação de contrabando.
E)facilitação de descaminho.
26.Um funcionário público apropria-se, em proveito próprio, de dinheiro público de que tem a posse
em razão de seu cargo. Em tese ocorreu crime de:
a) corrupção ativa;
b) peculato;
c) concussão;
d) corrupção passiva.
27.Alguém oferece, a um funcionário público, vantagem indevida para que ele pratique ato de sua
atribuição. Em princípio aquela pessoa praticou crime de:
a) concussão;
b) advocacia administrativa;
c) corrupção passiva;
d) corrupção ativa.
28.Em um inquérito, servindo como intérprete de testemunha que não fala português, A,
propositadamente, faz afirmações diversas das que forem, no idioma estrangeiro, proferidas pelo
depoente. Em tese ocorreu crime:
a) de condescendência criminosa;
b) de violação de sigilo profissional;
c) de falsa perícia;
d) de advocacia criminosa.
33. O agente que solicita dinheiro com a desculpa fantasiosa de que irá influenciar o juiz na decisão
de uma causa comete crime de
A)exploração de prestígio.
B)corrupção passiva.
C)tráfico de influência.
D)advocacia administrativa.
34.O funcionário público Anátoles, que exerce cargo de agente administrativo, utilizou-se do
serviço de pintura de seu subordinado Paulo, também funcionário público, levando-o por uma
semana para a sua casa em Itaipava, onde o mesmo executou a pintura de todo o imóvel de seu
superior hierárquico. Anátoles praticou:
35. O funcionário público que apenas exige para si vantagem indevida, em razão da função pública,
sem que sua exigência, por circunstâncias alheias à sua vontade, seja satisfeita, pratica:
A) concussão;
B) ato indiferente ao direito penal;
C) peculato na forma tentada;
D) prevaricação na forma tentada.
1º) C
2º) C
3º) B
4º) CEECC
5º) E
6º) 5
7º) D
8º) A
9º) B
10º) D
11º) C
12º) E
13º) A
14º) D
15º) EEECC
16º) D
17º) D
18º) C
19º) D
20º) C
21º) B
22º) D
23º) C
24º) D
25º) A
26º) B
27º) D
28º) C
29º) B
30º) D
31º) D
32º) B
33º) A
34º) D
35º) A
a) prevaricação.
b) concussão.
c) corrupção ativa.
d) corrupção passiva.
A resposta certa é a letra d. Dispõe o art. 317, CP: "Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida,
ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena - reclusão, de 1 a 8 anos, e multa. § 1º - A pena é aumentada
de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar
qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional".
2.O superior hierárquico que, por indulgência, deixa de responsabilizar subordinado, que cometeu
infração, no exercício do cargo, deverá responder pelo crime de:
a) prevaricação.
b) condescendência criminosa.
c) corrupção passiva.
d) peculato.
A resposta certa é a letra b. Condescendência criminosa: art. 320, CP: "Deixar o funcionário, por
indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe
falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: Pena - detenção, de 15
(quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa".
3.Para caracterizar o crime de emissão de título ao portador sem permissão legal, é necessário que
o agente:
a) emita o título, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha promessa de
pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago.
b) emita, sem permissão legal, apenas nota, bilhete, ficha e vale.
c) emita, com permissão legal, apenas nota, bilhete, ficha e vale.
d) emita, com permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale ou título que contenha promessa de pagamento
em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome da pessoa a quem deva ser pago.
A resposta certa é a letra a. Dispõe o art. 292, CP: "Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, ficha, vale
ou título que contenha promessa de pagamento em dinheiro ao portador ou a que falte indicação do nome
da pessoa a quem deva ser pago: Pena - detenção, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa".
4.Caio, funcionário de escola pública estadual, exige dos alunos um pagamento pelos serviços
prestados. Caio comete o crime de:
a) prevaricação.
b) corrupção passiva.
c) concussão.
d) corrupção ativa.
A resposta certa é a letra c. Caio, funcionário público, exigiu, no exercício da função, vantagem indevida,
portanto, praticou o crime de concussão.
A resposta certa é a letra c. Concussão: Art. 316, CP: "Exigir, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa".
6.A inserção de declaração falsa, em documento público ou particular, criando uma obrigação, é
crime de:
A resposta certa é a letra b. Falsidade ideológica: Art. 299, CP: "Omitir, em documento público ou
particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa
da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato
juridicamente relevante: Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa, se o documento é público, e
reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa, se o documento é particular".
a) pelo crime único, isto é, ou seja, não responderá, em concurso, pelo crime de falso e uso de
documento falsificado.
b) pelos crimes de falsificação e de uso, em concurso formal.
c) pelos crimes de falsificação e de uso, em concurso material.
d) pelo crime de falsidade qualificada.
A resposta certa é a letra a. Praticando o mesmo agente a falsidade e o uso do documento falso, deve
responder por crime único, ou seja, não responderá, em concurso, pelo crime de falso e uso de
documento falsificado. No entanto, parte da jurisprudência inclina-se para a punição pelo crime-fim (uso),
outra prefere a condenação pelo crime de falsidade documental.
8.Pedro, funcionário público, deixou de cumprir ato de ofício em razão de interesse pessoal. Pedro
praticou o crime de:
a) concussão.
b) prevaricação.
c) peculato.
d) condescendência criminosa.
A resposta certa é a letra b. Prevaricação: Art. 319, CP: "Retardar ou deixar de praticar, indevidamente,
ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento
pessoal: Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa".
9.José, funcionário público, em razão de sua função, exigiu vantagem indevida a João. No entanto,
quando foi receber o dinheiro das mãos de João, José foi surpreendido pela polícia e, portanto,
deixou de obter a vantagem. José:
A resposta certa é a letra c. O crime de concussão é delito formal, portanto não exige o resultado para sua
consumação. A infração penal em tela consuma-se com a exigência da vantagem indevida pelo
funcionário público, sendo que a efetiva obtenção da vantagem é mero exaurimento.
10."A", fazendo-se passar por delegado de polícia, prende um cidadão, causando relevantes danos
morais. "A" cometeu:
A resposta certa é a letra b. Falsa identidade: Art. 307, CP: "Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa
identidade para obter vantagem, em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem: Pena -
detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa, se o fato não constitui elemento de crime mais
grave".
a) concussão.
b) corrupção passiva.
c) peculato.
d) excesso de exação.
A resposta certa é a letra c. Apenas o Peculato admite a modalidade culposa, tendo em vista que os
demais exigem o dolo para sua configuração. (Peculato culposo: art. 312, § 2º, CP: "Se o funcionário
concorre culposamente para o crime de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano").
a) crime de prevaricação.
b) crime de concussão.
c) crime de peculato.
d) crime de advocacia administrativa.
A resposta certa é a letra d. Advocacia administrativa: Art. 321, CP: "Patrocinar, direta ou indiretamente,
interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário: Pena -
detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa".
13.Caio, funcionário público, apropriou um bem móvel, particular, de que tem a posse em razão de
seu cargo, para proveito alheio. Caio praticou o crime de:
a) prevaricação.
b) peculato.
c) apropriação indébita.
d) furto.
A resposta certa é a letra b. Peculato: Art. 312, CP: "Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor
ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo,
em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa".
a) contravenção penal.
b) crime de falsidade ideológica.
c) crime de adulteração de sinal identificador de veículo automotor.
d) crime de falsificação de sinal identificador de veículo automotor.
A resposta certa é a letra c. Adulteração de sinal identificador de veículo automotor: Art. 311, CP:
"Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu
componente ou equipamento: Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa".
a) furto simples.
b) peculato.
c) apropriação indébita.
d) furto qualificado.
A resposta certa é a letra b. Dispõe o art. 312 do CP: "Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor
ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo,
em proveito próprio ou alheio".
I - A falsa identidade pode se caracterizar pela atribuição de falsa identidade a terceiro para obter
vantagem, em proveito próprio ou alheio.
II - Se estrangeiro utiliza, para entrar ou permanecer no território nacional, nome que não é o seu, pratica
uma contravenção penal.
III - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento
público ou particular verdadeiro, de que não podia dispor, caracteriza o crime de supressão de
documento.
A resposta certa é a letra b. Se estrangeiro utiliza, para entrar ou permanecer no território nacional, nome
que não é o seu, pratica o crime descrito no art. 309 do CP.
17.O funcionário público que falsifica, prevalecendo-se de seu cargo, selo público destinado a
autenticar atos oficiais da União, responde pelo:
A resposta certa é a letra c. Dispõe o art. 296 do CP: "Falsificar, fabricando-os ou alterando-os:
a) peculato.
b) concussão.
c) prevaricação.
d) corrupção ativa.
Letra “B
2 - (Prova: VUNESP - 2013 - TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário / Direito Penal / Dos Crimes
Contra a Administração Pública - Praticados por Funcionário Público Contra a Administração em
Geral.; )Em relação ao crime de peculato, é correto afirmar:
c) a reparação do dano, no peculato culposo, se feita antes da sentença irrecorrível, reduz a pena.
d) em recente alteração, as penas foram elevadas para reclusão de quatro a doze anos e multa.
Letra “A”
3 - ( Prova: VUNESP - 2012 - TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 / Direito Penal /
Dos Crimes Contra a Administração Pública - Praticados por Funcionário Público Contra a
Administração em Geral.; )A conduta do funcionário público que, antes de assumir a função, mas
em razão dela, exige para outrem, indireta-mente, vantagem indevida
b) não configura crime algum, pois o fato ocorre antes de assumir a função.
Letra “D”
4 - ( Prova: CESPE - 2012 - TJ-RR - Agente de Proteção / Direito Penal / Dos Crimes Contra a
Administração Pública.; Dos Crimes Contra a Administração Pública - Praticados por Funcionário
Público Contra a Administração em Geral.; )Pode haver o crime de corrupção passiva sem que
haja o de corrupção ativa.
( ) Certo ( ) Errado
Certo
5 - ( Prova: CESPE - 2012 - TJ-RR - Agente de Proteção / Direito Penal / Dos Crimes Contra a
Administração Pública.; Dos Crimes Contra a Administração Pública - Praticados por Funcionário
Público Contra a Administração em Geral.; Dos Crimes Contra a Administração Pública -
Praticados por Particular Contra a Administração em Geral.; )Maurício cometeu o crime de
corrupção ativa, e Heleno, o de corrupção passiva.
( ) Certo ( ) Errado
Certo
6 - ( Prova: CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário / Direito Penal / Dos Crimes Contra a
Administração Pública - Praticados por Funcionário Público Contra a Administração em Geral.;
)Francisco, advogado, tendo encontrado Carlos no tribunal de justiça onde este trabalhava,
percebeu que Carlos estava utilizando a impressora do cartório judicial para imprimir os
rascunhos de sua monografia de final de curso. Indignado, Francisco ofendeu Carlos e afirmou
que ele era um servidor público desonesto, que não merecia integrar os quadros do tribunal.
Indignado com essa acusação, Carlos chamou a polícia judiciária, que prendeu o causídico. Ao
encaminhar Francisco à delegacia, Antônio, um policial militar, exigiu que Francisco lhe pagasse
R$ 500,00 para ser solto. Contudo, Francisco não atendeu à exigência e permaneceu preso. Por
sua vez, César, diretor de secretaria e chefe de Carlos, ao tomar conhecimento de que seu
subordinado havia usado a impressora do cartório para fins particulares, por pena, deixou de
comunicar a ocorrência à corregedoria do tribunal.
Com base na situação hipotética acima, julgue os itens subsequentes, a respeito dos crimes
contra a administração pública.
Ao utilizar a impressora da repartição pública em que trabalhava para fins particulares, Carlos
cometeu o crime de peculato.
( ) Certo ( ) Errado
Certo
a) extintiva de punibilidade.
b) extintiva de culpabilidade.
c) de atipicidade absoluta.
d) de atipicidade relativa – desclassificando-se o crime.
2. O funcionário público que exige de um indivíduo contribuição social, que sabe indevida,
comete crime de
a) peculato.
b) concussão.
c) excesso de exação.
d) corrupção ativa.
a) apropriação indébita.
b) furto qualificado.
c) concussão.
d) corrupção ativa.
e) peculato-furto.
6. (FISCAL/DF) Agindo em concurso com funcionário público e em razão da função por este
exercida, o advogado Pedro Ribeiro exigiu, para ambos, vantagem indevida de terceiro. Praticou,
assim o delito de
exploração de prestígio.
advocacia administrativa.
tráfico de influência.
corrupção ativa.
concussão.
A] advocacia administrativa.
B] tráfico de influência.
C] exploração de prestígio.
D] prevaricação.
E] condescendência criminosa.
10. Policarpo, que exerce a chefia numa repartição pública municipal, surpreendeu o
funcionário Belarmino no momento em que ele furtava material do almoxarifado, mas movido por
um sentimento de compaixão, deixou de responsabilizar o subordinado. Que infração penal teria o
chefe cometido?
A] Favorecimento pessoal.
B] Prevaricação.
C] Omissão de comunicação de crime.
D] Condescendência criminosa.
12. Exigir, para si, vantagem indevida, a pretexto de influir em servidor público que exerce
cargo na Secretaria Municipal de Obras e ainda insinuar que a vantagem também se destina ao
funcionário, é crime de:
A] extorsão;
B] corrupção passiva;
C] exploração de prestígio;
D] corrupção ativa;
E] tráfico de influência.
13. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes,
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, constitui o crime de:
A] concussão;
B] corrupção passiva;
C] corrupção ativa;
D] extorsão.
Quando um dos membros do Conselho de Sentença exige e recebe do advogado de defesa soma
em dinheiro para absolver o acusado, cumprindo o que prometera, comete o delito de:
A] extorsão direta;
B] extorsão indireta;
C] corrupção passiva;
D] concussão.
16. Celacanto, funcionário público, foi abandonado pela noiva que se apaixonara por Deodato.
Celacanto, profundamente magoado, jamais se conformou com tal fato. Num belo dia, eis que Deodato
surge na seção em que trabalha, reivindicando certa pretensão administrativa. Celacanto,
coincidentemente, ficou responsável pelo andamento do processo em que o interessado era justamente
Deodato. Levado por um sentimento de mesquinhez ou vingança, deixa de praticar, indevidamente, ato de
ofício concernente ao referido processo, com inequívoco objetivo de prejudicar Deodato.
O funcionário cometeu:
A] corrupção passiva;
B] corrupção ativa;
C] desacato;
D] prevaricação.
18. Funcionário Público Municipal que tinha sob sua guarda bens da municipalidade acaba
esquecendo, não intencionalmente, mas por negligência, abertas as portas do local onde estavam
os bens. Durante a noite aqueles objetos são subtraídos. Esse funcionário será responsabilizado
por crime:
19. Um acusado por crime de falso testemunho veio a arrepender-se no curso do processo,
declarando a verdade antes de ser proferida a sentença. Neste caso:
A] o crime deixa de existir, como se a agente nada tivesse praticado, e não há pena a ser aplicada;
B] o crime existe, mas não se julga o mérito e o processo é arquivado;
C] o crime não chegou a existir pela falta de elemento subjetivo e o acusado é absolvido;
D) o crime existe, mas deixa de ser punível, declarando-se extinta a punibilidade do réu;
E] N.D.A.
21. Nos crimes contra a Administração da Justiça existe uma disposição legal que isenta o
autor da pena. Trata-se de :
22. Constitui crime de denunciação caluniosa, de acordo com a redação dada pela Lei nº
10.028, de 19 de outubro de 2000,
A) apenas dar causa a instauração de investigação administrativa e a inquérito civil contra alguém,
imputando-lhe crime de que o sabe inocente.
B) apenas dar causa a instauração de investigação policial e de processo judicial contra alguém,
imputando-lhe crime de que o sabe inocente.
C) apenas dar causa a processo judicial e a instauração de investigação administrativa contra
alguém, imputando- lhe crime de que o sabe inocente.
D) dar causa a instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de
investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém,
imputando-lhe crime de que o sabe inocente.
E) somente dar causa a instauração de investigação policial, de processo judicial e ação de
impropriedade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente.
23. Deixar de lavrar o auto de prisão em flagrante, visando o futuro recebimento de dinheiro
por parte do autor de fato delituoso, como forma de agradecimento, configura:
A) corrupção ativa;
B) corrupção passiva;
C) prevaricação;
D) concussão;
E) peculato.
24. A simples conduta de um funcionário público que solicita propina de um particular para
não o multar caracteriza em tese
25. Após transportá-lo para o Uruguai, funcionário público ali vende, como se fosse seu,
automóvel da Administração Pública de que tinha a posse em razão do cargo. Sua conduta
caracteriza em tese
A) peculato-apropriação.
B) peculato-desvio.
C) peculato-furto.
D) facilitação de contrabando.
E) facilitação de descaminho.
26. Um funcionário público apropria-se, em proveito próprio, de dinheiro público de que tem a
posse em razão de seu cargo. Em tese ocorreu crime de:
a) corrupção ativa;
b) peculato;
c) concussão;
d) corrupção passiva.
27. Alguém oferece, a um funcionário público, vantagem indevida para que ele pratique ato de
sua atribuição. Em princípio aquela pessoa praticou crime de:
a) concussão;
b) advocacia administrativa;
c) corrupção passiva;
d) corrupção ativa.
28. Em um inquérito, servindo como intérprete de testemunha que não fala português, A,
propositadamente, faz afirmações diversas das que forem, no idioma estrangeiro, proferidas pelo
depoente. Em tese ocorreu crime:
a) de condescendência criminosa;
b) de violação de sigilo profissional;
c) de falsa perícia;
d) de advocacia criminosa.
a) concussão;
b) excesso de exação;
c) ameaça;
d) prevaricação;
e) constrangimento ilegal.
33. O agente que solicita dinheiro com a desculpa fantasiosa de que irá influenciar o juiz na
decisão de uma causa comete crime de
A) exploração de prestígio.
B) corrupção passiva.
C) tráfico de influência.
D) advocacia administrativa.
34. O funcionário público Anátoles, que exerce cargo de agente administrativo, utilizou-se do
serviço de pintura de seu subordinado Paulo, também funcionário público, levando-o por uma
semana para a sua casa em Itaipava, onde o mesmo executou a pintura de todo o imóvel de seu
superior hierárquico. Anátoles praticou:
35. O funcionário público que apenas exige para si vantagem indevida, em razão da função
pública, sem que sua exigência, por circunstâncias alheias à sua vontade, seja satisfeita, pratica:
A) concussão;
B) ato indiferente ao direito penal;
C) peculato na forma tentada;
D) prevaricação na forma tentada.
1º) C
2º) C
3º) B
4º) CEECC
5º) E
6º) 5
7º) D
8º) A
9º) B
10º) D
11º) C
12º) E
13º) A
14º) D
15º) EEECC
16º) D
17º) D
18º) C
19º) D
20º) C
21º) B
22º) D
23º) C
24º) D
25º) A
26º) B
27º) D
28º) C
29º) B
30º) D
31º) D
32º) B
33º) A
34º) D
35º) A
1.Paulo deixou de lavrar o auto de prisão em flagrante, visando recebimento prometido de dinheiro
por parte do autor do crime, como forma de agradecimento. Paulo praticou o crime de:
a) prevaricação.
b) concussão.
c) corrupção ativa.
d) corrupção passiva.
A resposta certa é a letra d. Dispõe o art. 317, CP: "Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida,
ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena - reclusão, de 1 a 8 anos, e multa. § 1º - A pena é aumentada
de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar
qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional".
2.O superior hierárquico que, por indulgência, deixa de responsabilizar subordinado, que cometeu
infração, no exercício do cargo, deverá responder pelo crime de:
a) prevaricação.
b) condescendência criminosa.
c) corrupção passiva.
d) peculato.
A resposta certa é a letra b. Condescendência criminosa: art. 320, CP: "Deixar o funcionário, por
indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe
falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: Pena - detenção, de 15
(quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa".
3.Caio, funcionário de escola pública estadual, exige dos alunos um pagamento pelos serviços
prestados. Caio comete o crime de:
a) prevaricação.
b) corrupção passiva.
c) concussão.
d) corrupção ativa.
A resposta certa é a letra c. Caio, funcionário público, exigiu, no exercício da função, vantagem indevida,
portanto, praticou o crime de concussão.
A resposta certa é a letra c. Concussão: Art. 316, CP: "Exigir, para si ou para outrem, direta ou
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa".
5.Pedro, funcionário público, deixou de cumprir ato de ofício em razão de interesse pessoal. Pedro
praticou o crime de:
a) concussão.
b) prevaricação.
c) peculato.
d) condescendência criminosa.
Prevaricação: Art. 319, CP: "Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo
contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Pena - detenção, de 3
(três) meses a 1 (um) ano, e multa".
6.José, funcionário público, em razão de sua função, exigiu vantagem indevida a João. No entanto,
quando foi receber o dinheiro das mãos de João, José foi surpreendido pela polícia e, portanto,
deixou de obter a vantagem. José:
A resposta certa é a letra c. O crime de concussão é delito formal, portanto não exige o resultado para sua
consumação. A infração penal em tela consuma-se com a exigência da vantagem indevida pelo
funcionário público, sendo que a efetiva obtenção da vantagem é mero exaurimento.
a) concussão.
b) corrupção passiva.
c) peculato.
d) excesso de exação.
A resposta certa é a letra c. Apenas o Peculato admite a modalidade culposa, tendo em vista que os
demais exigem o dolo para sua configuração. (Peculato culposo: art. 312, § 2º, CP: "Se o funcionário
concorre culposamente para o crime de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano").
a) crime de prevaricação.
b) crime de concussão.
c) crime de peculato.
d) crime de advocacia administrativa.
A resposta certa é a letra d. Advocacia administrativa: Art. 321, CP: "Patrocinar, direta ou indiretamente,
interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário: Pena -
detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa".
9.Caio, funcionário público, apropriou um bem móvel, particular, de que tem a posse em razão de
seu cargo, para proveito alheio. Caio praticou o crime de:
a) prevaricação.
b) peculato.
c) apropriação indébita.
d) furto.
A resposta certa é a letra b. Peculato: Art. 312, CP: "Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor
ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo,
em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa".
10.A adulteração do número de chassi de veículo automotor constitui:
a) contravenção penal.
b) crime de falsidade ideológica.
c) crime de adulteração de sinal identificador de veículo automotor.
d) crime de falsificação de sinal identificador de veículo automotor.
A resposta certa é a letra c. Adulteração de sinal identificador de veículo automotor: Art. 311, CP:
"Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu
componente ou equipamento: Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa".