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AULA Nº 01

1. APRESENTAÇÃO PESSOAL E DA DISCIPLINA

Apresentação Pessoal (Currículo Lattes):

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?
id=K4498711H9

Apresentação da disciplina:

A disciplina “Filosofia do Direito e Hermenêutica Jurídica” tem por


objetivo auxiliar o aluno a aprimorar seu raciocínio jurídico, por meio da
análise crítica racional e metódica dos fenômenos sociais que são a
matéria-prima do direito.
O curso tem por objetivo estudar, principalmente, duas das grandes
dimensões da ideia de Direito: a Justiça e a Validade.
A primeira parte do semestre será dedicada principalmente às
questões relativas à ideia de Justiça, o seu desenvolvimento histórico e
suas teorias mais modernas, assim como as críticas a elas.
A discussão destas questões nos levará à segunda parte do
semestre, onde passaremos aos temas mais ligadas à ideia de validade
(força obrigatória) do Direito e à Hermenêutica Jurídica: a interpretação e
utilização das normas jurídicas, assim como a apuração de seu sentido e
seu alcance.
No final, tentaremos ver como os Autores mais modernos tentam
construir um direito contemporâneo, onde as duas ideias (justiça e
validade) sejam tratadas com idêntica importância.
Com essas considerações, concluímos que nossa disciplina é uma
disciplina auxiliar, de aplicação horizontal em todos os ramos do Direito,
que serão abordados constante e livremente, como exemplos de aplicação
pontual do raciocínio filosófico e hermenêutico.

Temos ainda o objetivo de superar a fragmentação da compreensão


do direito por meio de disciplinas estanques, buscando raciocínios que
possam ser aplicados em comum a todas elas, bem como à própria vida do
estudante fora da Faculdade.

Em suma, a filosofia do direito tenta:


a) Construir uma teoria geral do direito existente (reflexões sobre
o direito real existente). Uma reflexão sobre o que há;
b) Mas também investigar problemas que constituem premissas
(pontos de partida) consideradas pacíficas em outras disciplinas
jurídicas, pensando sobre o que seria um direito ideal. Uma
reflexão sobre o que deveria ser feito.

Em síntese, justificar o direito como prática social, mas também fornecer


pautas que serão utilizadas pelos teóricos e operadores do Direito na
justificação de ações e decisões jurídicas concretas futuras.1.

Ou seja, não é um assunto apenas de filósofos ou teóricos, mas também


de extrema importância para o jurista prático, e também para o
estudante.

2. MÉTODO DE ESTUDO

Nós temos uma previsão de 20 a 21 encontros neste semestre. À


exceção das duas aulas destinadas às avaliações obrigatórias (Prova Oral e
1ª Prova Bimestral, 2ª Prova Bimestral) nós distribuiremos cada aula em
duas partes: a primeira, ocupando aproximadamente 2/3 do tempo, será
destinada à parte teórica do curso. O terço restante será destinado à
realização de debates sobre aplicações práticas da Filosofia do Direito e da
Hermenêutica Jurídica, a partir de roteiros construídos pelo Professor. Essa
proporção pode variar de aula para aula.

Para facilitar e estimular o debate, os alunos receberão previamente


a cada aula, via FACEBOOK, o resumo do que será discutido em sala no
encontro seguinte. Os alunos deverão solicitar a amizade da página
“Filosofia do Direito e Hermenêutica Jurídica 2018/2”
https://www.facebook.com/filosofiadodireitoehermeneuticajuridica20182

1
Thomas da Rosa de Bustamante, em Teoria do Precedente Judicial, p. 185, Editora Noeses, São Paulo,
2012.
/ para que possam receber o resumo de aula, bem como todo o material
de apoio.

3. AVALIAÇÕES

O Aluno será avaliado por nota e presença.

Presenças

O limite de faltas não justificadas no semestre é de 5 aulas (10


horários).
Qualquer pedido de justificação de faltas deve ser encaminhado à
Coordenação do Curso, pela Central do Estudante.

Avaliações
Prova Oral;
1ª Prova Bimestral;
2ª Prova Bimestral;
Projeto Integrador;
Participação nos debates orais e escritos OU
Trabalho escrito alternativo aos debates orais e escritos.

A participação nos debates orais e escritos será feita mediante a anotação


das intervenções orais dos alunos no debate em sala de aula (5 pontos
cada, até 1 avaliação por aula) e intervenções escritas em nossa página no
Facebook: criar o nome da página 4 pontos por intervenção, até o limite
semanal de 4 pontos.

CONTATO DO PROFESSOR

Dúvidas e questões sobre temas jurídicos podem também ser


encaminhadas ao professor pelo email l.ribeiro.cruz@gmail.com, ou pelo
Twitter, em @lribeirocruz.

4. PARA COMEÇAR, POR QUE E PARA QUE FILOSOFIA E


HERMENÊUTICA A UMA ALTURA DESTAS?
Podemos fazer um curso de Direito sem estudar filosofia e
hermenêutica? Claro que podemos! Podemos viver toda uma vida sem as
duas.

Mas viveremos em um mundo em que as coisas são assim “porque


são e porque sempre foram assim”. Isso atende pelo nome de DOGMA.

Em que as perspectivas de mudança são poucas ou nenhuma.

E, finalmente, mais importante: em que alguém está pensando por


nós e nos dizendo que o mundo é assim mesmo, fique aí em seu lugar –
trabalhe, coma, durma, consuma, mas não pense. Nós faremos isso para
você.

Para muitos, este é um mundo confortável! Para ser um profissional


do Direito neste mundo, basta decorar nestes cinco anos de curso umas
poucas centenas de normas, sem qualquer questionamento do porquê
elas existem, quem as colocou e para que servem: o mundo é e sempre foi
assim, o Direito vem do exclusivamente dos órgãos estatais e não importa
se ele é justo ou não

Mas devo te dizer que o lugar no mundo das pessoas que assim
acreditam é um lugar subalterno: ela anda pelo mundo, mas não escolhe o
caminho. Ela não decide, decidem por ela. É isso que você quer?

Por isso, começamos nosso curso apontando 4 bons motivos para


todos (e estudantes de direito particularmente) reservarem um pouco do
seu tempo para estudar filosofia e hermenêutica:

a) Aprender a argumentar: é da essência da profissão saber


expressar-se e saber convencer as pessoas (clientes, juízes, adversários,
população em geral). O entendimento das ideias centrais da filosofia
podem melhorar seus argumentos, associando suas razões pessoais a
ideais centrais à Filosofia e à Hermenêutica, como a ideia de Justiça. Como
estas ideias estão “impregnadas” em nossa sociedade, elas serão aceitas
como “algo que faz grande sentido”, ainda que o ouvinte não saiba
exatamente porque pensa assim.
As duas também reforça nosso raciocínio lógico, obrigando que
desejos ou insatisfações difusas que temos sejam estruturados de uma
forma clara e compreensível ao nosso interlocutor.

b) Ser aberto a novas ideias: muitas vezes em nossa


carreira, enfrentaremos situações em que solução tradicional do problema
nos causa uma amarga sensação de injustiça. O aluno e o profissional que
se dispõem a estudar um mínimo de filosofia terá contato com posições
teóricas alternativas de enfretamento dos problemas, que podem se
converter na chave do seu sucesso.

c) Desenvolver a capacidade crítica: a filosofia pode trazer


para você a possibilidade de reconhecer a qualidade dos argumentos
apresentados pela outra parte, trazendo também a capacidade de julgá-los
e justifica-los perante si mesmos e os demais integrantes do grupo social,
superando o senso comum. Além disso, a filosofia pode também habilitar
você a identificar um problema como tal (pense que o racismo e o
machismo, por exemplo, eram completamente “naturais” até outro dia) e
apontar alternativas para solução dele, “desnaturalizando” os argumentos
fechados e dogmáticos do seu adversário.

d) Ter a capacidade de construir conceitos jurídicos em


torno de situações novas: estamos em um período de intensa modificação
social e tecnológica, e, a todo momento, surgirão novas situações sem
uma regulamentação evidente pelo Direito. Você pode ser um profissional
de ponta, que consegue receber estas novidades, somá-las aos seus
conhecimentos jurídicos-filosóficos teóricos e apresentar uma solução
prática aceitável.

O procedimento não serve apenas para as grandes questões


da humanidade, mas também para pequenos problemas que enfrentamos
em nossa vida pessoal e profissional

Em suma, Direito de verdade, Direito que pensa, e não apenas


a aplicação dogmática de algo que foi pensado por outras pessoas, é
filosofia aplicada. Ir além da repetição, problematizando questões dadas
como “certas”, e apresentando novas soluções.

Benvindos todos ao nosso curso.

5. FILOSOFIA DO DIREITO OU FILOSOFIA NO DIREITO? O QUE É ISSO?

Embora a própria disciplina seja denominada “Filosofia DO direito”,


preferimos a expressão “Filosofia NO direito”.

Isto porque não existe uma filosofia específica para as questões


jurídicas (o que justificaria a expressão “DO direito”). Tampouco aqueles
que se ocupam do tema são mero expectadores do sistema jurídico e de
seu trato das questões, analisadas como se fossem um objeto externo ao
estudioso.

Diferentemente, acreditamos que o direito seja um “local” de


estudo e crítica, a partir do qual a Filosofia tentará explicar a racionalidade
que existe (ou não) em seus institutos e fenômenos. E que as reflexões
sobre estes formarão o conjunto de conhecimentos (em permanente
evolução) conhecidos como “filosofia NO direito”.

Seu objetivo é responder (sempre provisoriamente) a três


perguntas: o que é o Direito? E por que ele é assim? Para quem o direito
tem servido? O Direito tem seu conteúdo determinado por circunstâncias
históricas e espaciais, mas nossa ambição é tratar de conceitos que servem
à compreensão do fenômeno jurídico onde quer que ele ocorra, qualquer
que seja o seu conteúdo.

Existem várias formas de resposta a estas questões, e, durante


nosso curso, veremos algumas delas, pelo menos aquelas que tiveram
mais sucesso nesta explicação, no trato dessas duas grandes dimensões do
direito, que são a Justiça e a Validade.

Iniciaremos nosso curso tentando estabelecer a diferença entre as


ideias de Justiça e Validade, e de ambas em relação à eficácia do direito,
conceitos chaves para compreensão de qualquer problema jurídico em
qualquer disciplina.

Na sequência, veremos diversas abordagens sobre a ideia de justiça:


objetivo/subjetivo, individual/coletivo, ideias milenares e outras bem mais
recentes, tentando compreender a importância da história e da
convivência social na sua definição.

Por fim, passaremos ao estudo da Hermenêutica, assim


compreendida a disciplina que estuda a interpretação e aplicação das
normas jurídicas.

Durante muito tempo, o estudo da Hermenêutica Jurídica foi quase


sinônimo do estudo de uma teoria que ainda tem muito prestígio em
nosso país, que é o positivismo jurídico. Mas, claramente, ele é
insuficiente para explicação do fenômeno jurídico atual, embora seja ainda
muito útil em determinadas circunstâncias.

Conheceremos, além dele, seu antecessor, as chamadas teorias do


direito natural, e chegaremos, ao final, às várias teorias pós-positivistas
atualmente mais destacadas. Em linhas gerais, o que definiu os elementos
teóricos principais dessas teorias é
a) a relação entre o direito e elementos externos a eles, como a
moral, e, mais recentemente, também com a linguagem;
b) a fonte de origem do direito: estatal exclusiva, não-estatal
exclusiva, mista;
c) a necessidade de adequação evidente ou não a alguma teoria da
Justiça.

Todos estes temas serão retomados em detalhe nas aulas


seguintes.

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