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A Contabilidade como Instrumento de

Controle Social
25 à 27 de outubro de 2018

O Grau de Aderência das Câmaras Municipais do Estado de Alagoas à Lei de Acesso a


Informação

RESUMO
A transparência pública é um instrumento de grande importância para sociedade, pois, através
dela é possível se garantir um melhor acompanhamento no Setor Público. Dessa forma, o
presente trabalho, busca como objetivo principal, verificar o grau de aderência das Câmaras
Municipais do Estado de Alagoas à Lei de Acesso a Informação (LAI- Lei nº 12527/2011).
Este trabalho tem como procedimentos metodológicos, classificado como pesquisa
bibliográfica, pois, foi necessária a utilização de artigos, revistas, site do portal da
transparência e trabalhos similares, e o seu objetivo está classificado como descritiva, pelo
fato de buscar descrever qual o grau de aderências das Câmaras Municipais à Lei de Acesso à
Informação. A população da amostra é constituída por 102 municípios alagoanos, porém fora
apenas coletado, daqueles que possuem mais de 20 mil habitantes, segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no período de 2017, totalizando 44 municípios.
Os dados foram coletados através dos portais eletrônicos de cada câmara municipal, no mês
de Julho de 2018 e foram organizados em forma de ranking de aderência a Lei. Em relação
aos resultados, demonstram que a maiorias das Câmaras buscaram uma razoável transparência
no contexto geral, apesar de detalhadamente não atingir a essência da Lei, que é atender ao
processo de participação público no seu ciclo completo. Deste modo, verificou-se que a
Mesorregião do Sertão Alagoano apresenta a melhor média de conformidade, com 77,78%,
seguida pela Mesorregião Agreste Alagoano, com 71,33% de média, e por último, com a pior
média encontrada, a Mesorregião Leste Alagoano com. 60,80% de conformidade.

Palavras chave: Lei de Acesso a Informação; Setor Público; Transparência.

Área Temática I: Promoção da transparência pública e acesso à informação e aos dados


públicos;

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1. INTRODUÇÃO

A informação é um direito fundamental, um instrumento essencial para o cumprimento


de outros direitos. Segundo o art. 5°, XXXVIII da Constituição Federal prever que:
Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado;

Com a informação, o indivíduo consegue participar de um grupo que reflitam sobre


ações feitas pelos gestores públicos, assim avaliando de maneira positiva ou negativa. Através
da Lei de Acesso à Informação (LAI), a sociedade tem a oportunidade de controlar seus
dirigentes, criar propostas e até mesmo, fazer um julgamento justo, baseado nas próprias
informações disponibilizadas nos Portais. O acesso a informação sendo verdadeira, completa
e de qualidade, abre portas para que a nossa cidadania seja exercitada. Com uma boa
aplicação da Lei de Acesso à Informação, a relação entre os gestores públicos e a sociedade se
torna cada vez melhor, pois, isso acarreta em novas melhorias para diversas áreas da
sociedade.
Dessa forma, o presente trabalho, busca verificar qual o grau de aderência das Câmaras
Municipais do Estado de Alagoas à Lei de Acesso à Informação. E para que isso posso
ocorrer da melhor maneira possível, é de fundamental importância, que o Estado seja
transparente perante a sociedade, para que tal possa ser melhorada e como também, cobrar,
avaliar e controlar seus gestores. E assim poder identificar, qual o grau de aderência das
Câmaras dos Municípios do Estado de Alagoas à Lei de Acesso a Informação? E para que isto
possa se concretizar, temos como objetivos específicos, coletar dados, informações nos
Portais eletrônicos das Câmaras Municipais da amostra, de acordo com algumas
conformidades da Lei de Acesso à Informação e por fim, classificar suas posições em relação
ao seu grau de conformidade.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Antes que se entenda o papel da transparência na Administração Pública, faz-se


necessário tratar de alguns conceitos, como Contabilidade Pública, o Serviço Público e o
Acesso a Transparência dos atos e informações públicas, bem como o que representa a Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF) e a Lei de Acesso a Informação (LAI) na importância do
controle social por parte do cidadão.

2.1. Administração Pública

Para Nobrega (2011), a Administração Pública deve ser legítima e clara, de forma que a
sociedade possa acompanhar as ações, estas que devem seguir as normas pertinentes relativas
a cada ato. Formada por órgãos, agentes e serviços, a Administração Pública visa
proporcionar gerenciar a atender a necessidade da população nas suas mais diversas áreas,
como saúde, educação, segurança entre outras. Os recursos utilizados para desenvolvimento
das ações não são gerados pelo Poder Público, mas sim arrecadado e gerenciado. Por isso,
dentro da Administração, o interesse que deve ser preservado é o Público, o interesse coletivo.

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Quanto a divulgação dos seus atos,
antes mesmo da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Lei de Acesso a Informação, a
Constituição Federal no seu Artigo 37, já cita que a Publicidade é um dos princípios da
Administração Pública.

Rodrigues e Santana (2012, apud Santos 2015) salientam ainda que os componentes do
setor público são o Estado, o Governo e a Administração Pública, e o Brasil possui uma
República Federativa, que possui uma divisão ou tripartição de poderes, os quais compõe sua
estrutura administrativa, são eles: o Poder Executivo, com a função de administrar, o Poder
legislativo com a função normativa e o Poder Judiciário com a função judicial, em três níveis
(União, estados-membros e municípios). O Estado é um todo inseparável juntamente com a
democracia, e tem competências e limitações na sua atuação que estão elencados na
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

2.2. Serviço Público

O serviço público, segundo Meirelles (2004, p. 294, apud SÁ, 2013, p.13),

“é todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e
controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da
coletividade ou simples conveniências do Estado”.

2.3. Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)

Para, Gomes de Amorim (2008, p. 231), a LRF surgiu fruto de uma forte pressão social,
em resposta aos anseios de justiça e democracia do povo brasileiro, visto que é o cidadão
quem efetivamente paga a manutenção de toda a máquina administrativa pública e assim, é
natural que fiscalize e exija eficiência na prestação dos serviços públicos.
Conforme descreve a Cartilha do Ministério do Planejamento (2007), “A Lei de
Responsabilidade Fiscal é um código de conduta para os administradores públicos de todo o
país, que passa a valer para os três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), nas três
esferas de governo (federal, estadual e municipal)”.
Ainda, com sua criação, a LRF criou mecanismos de acompanhamento e execução dos
projetos e ações públicas, de forma a chamar atenção dos gestores referente a planos, metas,
prazos, transparência e responsabilidade quanto ao erário público. É uma Lei Complementar
(Lei Nº 101 de 04 de maio de 2000), que atenta a seguinte responsabilidade dos
administradores públicos, no Parágrafo 1º, do seu Artigo 1º:

A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em


que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas
públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e
a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de
despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e
mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de
garantia e inscrição em Restos a Pagar. (BRASIL, 2000).

2.4. Lei de Acesso à Informação (LAI)

A Lei nº 12.527/2011, regulamenta o direito constitucional de acesso às informações


públicas. Essa norma entrou em vigor em 16 de maio de 2012 e criou mecanismos que
possibilitam, a qualquer pessoa, física ou jurídica, sem necessidade de apresentar motivo, o

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recebimento de informações públicas
dos órgãos e entidades. A Lei vale para os três Poderes da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, inclusive aos Tribunais de Conta e Ministério Público. Entidades privadas sem
fins lucrativos também são obrigadas a dar publicidade a informações referentes ao
recebimento e à destinação dos recursos públicos por elas recebidos.

Ainda, a Lei de Acesso a Informação (Lei nº 12.527/2011) regulamenta sobre os itens


necessários para atender a suas normas e atingir os órgãos da Administração Pública, a serem,
no Parágrafo Único do Art. 1º e 2º da Lei:

Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei:


I - Os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes Executivo,
Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público;
II - As autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de
economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União,
Estados, Distrito Federal e Municípios.
Art. 2o Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às entidades privadas
sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público,
recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais,
contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros
instrumentos congêneres.
Parágrafo único. A publicidade a que estão submetidas as entidades citadas
no caput refere-se à parcela dos recursos públicos recebidos e à sua destinação, sem
prejuízo das prestações de contas a que estejam legalmente obrigadas. (BRASIL,
2011).
Bem como a publicidade dos atos, pois assim, o cidadão terá pleno
conhecimento das informações, como diz o Art. 3º da Lei de Acesso a Informação, e
o que complementa os artigos posteriores:
Art. 3o Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o direito
fundamental de acesso à informação e devem ser executados em conformidade com
os princípios básicos da administração pública e com as seguintes diretrizes:
I - Observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção;
II - Divulgação de informações de interesse público, independentemente de
solicitações;
III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da
informação;
IV - Fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração
pública;
V - Desenvolvimento do controle social da administração pública.
Art. 4o Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I - Informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção
e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato;
II - Documento: unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou
formato;
III - informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à restrição de acesso
público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do
Estado;
IV - Informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural identificada ou
identificável;
V - Tratamento da informação: conjunto de ações referentes à produção, recepção,
classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão, distribuição,
arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da
informação;
VI - Disponibilidade: qualidade da informação que pode ser conhecida e utilizada
por indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados;
VII - autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida,
recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema;

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VIII - integridade: qualidade da informação não
modificada, inclusive quanto à origem, trânsito e destino;
IX - Primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de
detalhamento possível, sem modificações.
Art. 5o É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será
franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e
em linguagem de fácil compreensão. (BRASIL, 2011).

A obrigação de prestar contas torna-se não só uma obrigação legal, mas também um
grande ato moral e importante para o controle social para que o cidadão participe ativamente
das decisões e rumo político que se encaminha o seu município.

2.5. Trabalhos Similares

SÁ, Giovani de (2013), no seu trabalho denominado A Importância do Portal da


Transparência na Administração Pública, escreveu que estamos numa fase da história, onde a
população está cobrando, se rebelando contra as medidas irregulares e abusivas por parte dos
gestores públicos. Principalmente com a grande propagação e velocidade que a mídia
escancara os escândalos. E com a implantação do Portal da Transparência, é permitido ao
cidadão fiscalizar e acompanhar de perto as ações e despesas por parte dos órgãos
governamentais. Sendo está uma grande conquista social, e que posteriormente será possível
fazer uma grande avaliação dos governos e gestores públicos.
Viera, Bianchi, Kronbauer (2016), realizaram um estudo referente ao Grau de Aderência
à LRF e a LAI nos municípios com mais de 50 mil habitantes no Estado do Rio Grande do
Sul, que mostrou naquela realidade que pouco transparente os municípios se mostraram, visto
que os resultados apresentaram um índice geral de transparência de 65,42%. Onde teve
município que apresentou apenas 26,67% de transparência, levando em consideração o
atendimento da legislação citada.

Pode-se inferir que os municípios rio-grandenses não estão atendendo à totalidade


das exigências contidas nas leis de Responsabilidade Fiscal e de Acesso à
Informação, apresentando, em muitos casos, níveis insatisfatórios de divulgação de
informações compulsórias, de direito dos cidadãos. Ainda, quando divulgadas,
algumas informações não têm sido claras, tempestivas, nem pormenorizadas, como
exigem as leis. (VIEIRA, BIANCHI, KRONBAUER, 2016).

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O presente trabalho é classificado como pesquisa bibliográfica, pois os números


coletados serão transformados em informações relevantes quanto a transparência das Câmaras
Municipais do Estado de Alagoas. Segundo GIL (2002) a pesquisa bibliográfica utiliza-se
matérias já desenvolvidos sobre o tema, na maioria das vezes livros ou artigos científicos.
Dessa forma, para o desenvolvimento do trabalho será feito a utilização de artigos de
revistas cientificas, site do portal da transparência de cada município, dissertações referentes
ao tema, uso de Leis e normas, nos quais será utilizado como base na análise dos dados
coletados.
Quanto ao objetivo da pesquisa, essa pesquisa está classificada como descritiva, pois irá
buscar descrever qual o grau de aderência à Lei de Acesso à Informação das Câmaras
Municipais do Estado de Alagoas. Para GIL (2002) pesquisas descritivas “tem como objetivo
primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o
estabelecimento de relações entre variáveis.”

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3.1. População da Pesquisa

A população da amostra é composta por 102 municípios situados no Estado de Alagoas,


onde foram considerados para a coleta de dados, os municípios quem possuíssem mais de 20
mil habitantes, segundo os dados do ano de 2017 fornecidos pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística. Dessa forma, foram enquadrados 44 municípios, onde foram
separados por Mesorregiões: Agreste Alagoano, Leste Alagoano e Sertão Alagoano, conforme
Quadro 1.

Quadro 1 - Municípios Divididos por Mesorregiões

Mesorregiões Municípios

Arapiraca, Palmeira dos Índios, Girau do Ponciano, São Sebastião,


Agreste Alagoano Limoeiro de Anadia, Traipu, Igaci, Craíbas, Feira Grande,
Taquarana

Maceió, Rio Largo, União dos Palmares, Penedo, São Miguel dos
Campos, Coruripe, Campo Alegre, Marechal Deodoro, Atalaia,
Teotônio Vilela, Pilar, São Luís do Quitunde, Maragogi, Murici,
Leste Alagoano
Boca da Mata, Porto Calvo, Viçosa, Junqueiro, Matriz de
Camaragibe, Igreja Nova, Joaquim Gomes, São José da Laje,
Colônia Leopoldina, Cajueiro, Porto Real do Colégio

Delmiro Gouveia, Santana do Ipanema, São José da Tapera, Mata


Sertão Alagoano Grande, Piranhas, Pão de Açúcar, Olho d'Água das Flores, Água
Branca, Major Isidoro

Fonte: Elaborado a partir do IBGE 2017.

3.2. Coleta de Dados

No que diz respeito à coleta de dados, este trabalho utilizou indicadores de


conformidade no que se refere à Lei de Acesso à Informação, onde esses indicadores foram
adaptados por Vieira (2016), Bianchi (2016) e Kronbauer (2016) de Silva (2013), Brasil
(2000) e Brasil (2011). Um total 15 indicadores de conformidade à LAI foram estabelecidos
conforme Quadro 2.

Quadro 2 - Indicadores de Conformidade LAI

Item Base Legal Indicadores de Conformidade LAI

Informação disponibilizada
de forma transparente, clara
1 Art. 5º
e em linguagem de fácil
compreensão

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Orientação sobre os
2 Art. 7º procedimentos para solicitação
de informação

Informações quanto as suas


3 Art. 8º
competências

Informações quanto à estrutura


4 Art. 8º
organizacional

Divulgação de endereços e
5 Art. 8º
telefones

Divulgação de horários de
6 Art. 8º
atendimento ao público

Informações relativas a
7 Art. 8º repasses ou transferências de
recursos financeiros

8 Art. 8º Informações sobre as despesas

Informações sobre licitações,


9 Art. 8º editais e seus resultados e
demais contratos celebrados

Informações gerais para


acompanhamento de
10 Art. 8º
programas, ações, projetos e
obras

Disponibilização de “respostas
11 Art. 8º e perguntas” mais frequentes
da sociedade

Disponibilização de ferramenta
12 Art. 8º
de pesquisa

Permissão para gravação de


13 Art. 8º
relatórios eletrônicos

Conteúdo acessível a pessoas


14 Art. 8º
com deficiência

Serviço de Informações ao
15 Art. 9º
Cidadão (SIC)

3.3. Tratamento dos Dados

Os dados serão coletados através dos portais eletrônicos de cada câmara municipal no
mês de julho de 2018. Serão verificados a presença de cada indicador de conformidade nos
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portais eletrônicos, onde, para cada
indicador atendido, será atribuído 1 ponto e para os indicadores ausentes, nenhuma pontuação.
Por final, serão somados os pontos por município e dividido pelo total de indicadores (15),
obtendo assim, o grau individual de transparência.
Quanto aos cálculos de conformidade por indicadores da LAI por mesorregião, foram
somadas as quantidades de municípios que atendiam à um indicador, em seguida, dividido
pelo total de municípios presente da pesquisa (44), se obtendo o grau de aderência geral por
indicador.

4. ANÁLISE E DISCUSÕES

4.1. Análise de Conformidade Por Mesorregião

Na presente seção são apresentados os índices de conformidade da Lei de Acesso à


Informação de cada Câmara Municipal, da Mesorregião do Agreste alagoana. Esses índices
foram obtidos a partir da pesquisa realizada em 2018.

Tabela 3 - Índices de conformidade Mesorregião Agreste Alagoano

Índice de
N° Município Índice de Conformidade com a LAI T

1 Palmeira dos Índios 93,33% A


2 Igaci 93,33% A
3 Arapiraca 86,67% A
4 Traipu 86,67% A
5 Girau do Ponciano 73,33% B
6 Craíbas 73,33% B
7 Taquarana 66,67% B
8 São Sebastião 66,67% B
9 Limoeiro de Anadia 40,00% C
10 Feira Grande 33,33% D

Média Agreste Alagoano 71,33%

Fonte: Elaborada a partir de dados da pesquisa (2018)

Na Tabela 3, foram apresentados os índices de conformidade da LAI de 10 Câmaras


Municipais do Agreste alagoano. Onde é percebido que, os municípios de Palmeiras dos
índios e Igaci apresentam os maiores índices mais elevados da Mesorregião, com 93,33% de
transparência, seguidos pelos municípios de Arapiraca e Traipu com 86,67% de transparência.
Feira Grande apresenta o menor índice de conformidade com apenas 33,33%, logo em
seguida, o município de Limoeiro de Anadia com 40,00% de conformidade.
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Tabela 4 - Índices de conformidade Mesorregião Sertão Alagoano

N° Município Índice de Conformidades com a LAI Índice de T

1 Delmiro Gouveia 86,67% A


2 Água Branca 86,67% A
3 Mata Grande 80,00% A
4 Piranhas 80,00% A
5 Olho d'Água das Flores 80,00% A
6 Major Isidoro 80,00% A
7 Pão de Açúcar 73,33% B
8 Santana do Ipanema 73,33% B
9 São José da Tapera 60,00% B

Média Sertão Alagoano 77,78%

Fonte: Elaborada a partir de dados da pesquisa (2018)

A partir da Tabela 4, onde foram agrupados 9 Câmaras municipais da Mesorregião do


Sertão Alagoano, percebe-se que, os municípios que tiveram os índices mais elevados foram
os de Delmiro Gouveia e Água Branca, ambos com a transparência de 86,67%. Em seguida,
seguem com os índices empatados, nas Câmaras municipais de Mata Grande, Piranhas, Olho
D’Água das Flores e Major Isidoro com 80,00%.
Já o município de São José da Tapera, apresentou um índice muito menor do que os
demais municípios da Mesorregião do Sertão Alagoano, com apenas 60,00% de conformidade
com a LAI.

Tabela 5 - Índices de conformidade Mesorregião Leste Alagoano

N° Município Índice de conformidade com a LAI Índice de T

1 Marechal Deodoro 93,33% A


2 Pilar 93,33% A
3 São Luís do Quitunde 93,33% A
4 Maragogi 93,33% A
5 Rio Largo 86,67% A
6 Coruripe 86,67% A

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7 Teotônio Vilela 86,67% A


8 Maceió 80,00% A
9 Penedo 80,00% A
10 Joaquim Gomes 73,33% B
11 Junqueiro 73,33% B
12 União dos Palmares 73,33% B
13 Cajueiro 73,33% B
14 Colônia Leopoldina 53,33% C
15 Atalaia 53,33% C
16 Campo Alegre 46,67% C
17 Viçosa 46,67% C
18 São Miguel dos Campos 40,00% C
19 Igreja Nova 40,00% C
20 Boca da Mata 40,00% C
21 São José da Laje 33,33% D
22 Matriz de Camaragibe 26,67% D
23 Murici 20,00% D
24 Porto Real do Colégio 20,00% D
25 Porto Calvo 13,33% E

Média Leste Alagoano 60,80%

Fonte: Elaborada a partir de dados da pesquisa (2018)

Na Tabela 5, na Mesorregião Leste Alagoana, onde teve o número maior de municípios


enquadrados na pesquisa, com uma quantidade de 25 municípios, destes, os quais mais se
destacam são os municípios de Marechal Deodoro, Pilar, São Luís do Quitunde e Maragogi,
ambos com alcançaram a transparência de 93,33%, seguidos pelas Câmaras Municipais de
Rio Largo, Coruripe e Teotônio Vilela com 86,67%.
Por outro lado, a Câmara Municipal de Porto Calvo, apresentou o pior índice de
conformidade, porém não foi o pior índice de transparência da Mesorregião Leste Alagoana,
mas sim, o pior índice de toda a pesquisa, com os míseros 13,33%.
Concluindo as análises de conformidade por mesorregiões, foi elaborado o Gráfico 1,
que tem por objetivo, demonstrar o grau de adesão da Lei de Acesso à Informação pelas
Câmaras Municipais alagoanas analisadas.
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Conformidade da LAI por Mesorregião

Leste Alagoano 60,800%

Sertão Alagoano 77,778%

Agreste Alagoano 71,333%

0 0,2 0,4 0,6 0,8

Fonte: Elaborada a partir de dados da pesquisa (2018)

Conforme o Gráfico 1, concluímos que entre as 3 mesorregiões alagoanas, a


mesorregião Sertão Alagoano apresenta o melhor índice de adesão a Lei de Acesso à
Informação, 77,78%, com uma superioridade de quase 6,5% em relação à mesorregião
Agreste Alagoano, 71,33% de conformidade.
Por sua vez, a mesorregião Leste alagoana, mostra o pior índice entre as 3 mesorregiões,
com apenas 60,80% de adesão. Cabe lembrar, que a mesorregião Leste alagoana foi agrupada
25 municípios, sendo um motivo da baixa adesão em relação às outras mesorregiões, pois o
Leste Alagoano, mesmo chegando a 93,33% em algumas Câmaras Municipais, outras 12
Câmaras, desta mesorregião, tiveram seu grau de adesão interior à 55%, levando por
consequência a diminuição da média geral.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente pesquisa buscou analisar o grau de aderência a Lei de Acesso a Informação


por parte de 44 Câmaras Municipais do Estado de Alagoas, as quais foram selecionadas
considerando o critério de somente analisar as Câmaras pertencentes aos Municípios que
possuem mais de 20.000 habitantes. O ponto de partida foi realizar um chek-list das
exigências da LAI e posteriormente analisar os Portais da Transparência de forma individual e
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assim, notar a presença ou ausência de
cada ponto exigido de forma legal. Após analisar as 3 mesorregiões do estado, verificou-se
que o Sertão Alagoano apresentou as Câmaras que mais atende aos requisitos da Lei, com um
percentual de 77,78% de aderência.
É importante destacar que apesar de no Sertão, está presente na pesquisa apenas 9
Câmaras, 6 se enquadraram no nível A de transparência e 3 no nível B de transparência. A
mesorregião do Agreste Alagoano ficou em 2º lugar, com 71,33% de aderência a LAI. Das 10
Câmaras do Agreste apenas 4 atingiram o nível A. Por último, a região com mais Câmaras
participantes da pesquisa, o Leste Alagoano, com 25 municípios e 60,80% de atendimento a
LAI, 9 municípios obtiveram nível A de transparência, enquanto foi a única região que
apresentou um município com nível E de transparência, obtendo apenas 13,33% de
transparência, sendo este inclusive, o pior índice obtido na pesquisa.
Com base nos dados obtidos, ainda é possível destacar que os melhores índices foram
de 93% de aderência, atingidos por 6 Câmaras. Dessa forma, nenhum Portal da Transparência
pertencente as Câmaras Municipais atingiram o 100% de aderência a Lei de Acesso a
Informação. A item que mais contribuiu para que inclusive as de melhores índices não
atingissem 100% foi a exigência legal do portal da transparência disponibilizar conteúdo
acessível com a pessoas com algum tipo de deficiência.
Notou-se ainda, conforme demonstra a Tabela 6 que, quanto mais simples e
significativa exigência, maior aderência ela tinha, veja o exemplo da disponibilização nos
portais de barra de pesquisa. Esse foi o único item atendido por todas as Câmaras. O índice de
aderência vai caindo quando é levado em consideração, informações sobre folhas de
pagamentos, licitações, contratos, despesas, repasses e documentos. É ausente ainda, de
forma relevante documentos importantes com LDO, LOA e PPA.
Ainda, ficou muito claro que, informações minuciosas e importantes são ausentes.
Apesar de a maior parte dos portais ter linguagem clara e de fácil entendimento, o conteúdo
naqueles em parte que apresentam é falho, as informações são escassas, incompletas, não
seguem o ciclo necessário e completo. Não há uma eficiência por completa na divulgação de
dados e informações, dificultando a participação e conhecimento do cidadão referente ao
processo legislativo de sua cidade.

REFERÊNCIAS

AMORIM, Maria do Socorro Gomes de. Contabilidade Pública – Para concursos e graduação em
Ciências Contábeis – Controle da administração pública, auditoria governamental,
responsabilidade fiscal: lei de responsabilidade fiscal e lei 4.320/64, comentadas. 2008, São Paulo-
SP, Brasil.

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