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Controle Social
25 à 27 de outubro de 2018
RESUMO
A transparência pública é um instrumento de grande importância para sociedade, pois, através
dela é possível se garantir um melhor acompanhamento no Setor Público. Dessa forma, o
presente trabalho, busca como objetivo principal, verificar o grau de aderência das Câmaras
Municipais do Estado de Alagoas à Lei de Acesso a Informação (LAI- Lei nº 12527/2011).
Este trabalho tem como procedimentos metodológicos, classificado como pesquisa
bibliográfica, pois, foi necessária a utilização de artigos, revistas, site do portal da
transparência e trabalhos similares, e o seu objetivo está classificado como descritiva, pelo
fato de buscar descrever qual o grau de aderências das Câmaras Municipais à Lei de Acesso à
Informação. A população da amostra é constituída por 102 municípios alagoanos, porém fora
apenas coletado, daqueles que possuem mais de 20 mil habitantes, segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no período de 2017, totalizando 44 municípios.
Os dados foram coletados através dos portais eletrônicos de cada câmara municipal, no mês
de Julho de 2018 e foram organizados em forma de ranking de aderência a Lei. Em relação
aos resultados, demonstram que a maiorias das Câmaras buscaram uma razoável transparência
no contexto geral, apesar de detalhadamente não atingir a essência da Lei, que é atender ao
processo de participação público no seu ciclo completo. Deste modo, verificou-se que a
Mesorregião do Sertão Alagoano apresenta a melhor média de conformidade, com 77,78%,
seguida pela Mesorregião Agreste Alagoano, com 71,33% de média, e por último, com a pior
média encontrada, a Mesorregião Leste Alagoano com. 60,80% de conformidade.
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1. INTRODUÇÃO
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Para Nobrega (2011), a Administração Pública deve ser legítima e clara, de forma que a
sociedade possa acompanhar as ações, estas que devem seguir as normas pertinentes relativas
a cada ato. Formada por órgãos, agentes e serviços, a Administração Pública visa
proporcionar gerenciar a atender a necessidade da população nas suas mais diversas áreas,
como saúde, educação, segurança entre outras. Os recursos utilizados para desenvolvimento
das ações não são gerados pelo Poder Público, mas sim arrecadado e gerenciado. Por isso,
dentro da Administração, o interesse que deve ser preservado é o Público, o interesse coletivo.
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Quanto a divulgação dos seus atos,
antes mesmo da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Lei de Acesso a Informação, a
Constituição Federal no seu Artigo 37, já cita que a Publicidade é um dos princípios da
Administração Pública.
Rodrigues e Santana (2012, apud Santos 2015) salientam ainda que os componentes do
setor público são o Estado, o Governo e a Administração Pública, e o Brasil possui uma
República Federativa, que possui uma divisão ou tripartição de poderes, os quais compõe sua
estrutura administrativa, são eles: o Poder Executivo, com a função de administrar, o Poder
legislativo com a função normativa e o Poder Judiciário com a função judicial, em três níveis
(União, estados-membros e municípios). O Estado é um todo inseparável juntamente com a
democracia, e tem competências e limitações na sua atuação que estão elencados na
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
O serviço público, segundo Meirelles (2004, p. 294, apud SÁ, 2013, p.13),
“é todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e
controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da
coletividade ou simples conveniências do Estado”.
Para, Gomes de Amorim (2008, p. 231), a LRF surgiu fruto de uma forte pressão social,
em resposta aos anseios de justiça e democracia do povo brasileiro, visto que é o cidadão
quem efetivamente paga a manutenção de toda a máquina administrativa pública e assim, é
natural que fiscalize e exija eficiência na prestação dos serviços públicos.
Conforme descreve a Cartilha do Ministério do Planejamento (2007), “A Lei de
Responsabilidade Fiscal é um código de conduta para os administradores públicos de todo o
país, que passa a valer para os três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), nas três
esferas de governo (federal, estadual e municipal)”.
Ainda, com sua criação, a LRF criou mecanismos de acompanhamento e execução dos
projetos e ações públicas, de forma a chamar atenção dos gestores referente a planos, metas,
prazos, transparência e responsabilidade quanto ao erário público. É uma Lei Complementar
(Lei Nº 101 de 04 de maio de 2000), que atenta a seguinte responsabilidade dos
administradores públicos, no Parágrafo 1º, do seu Artigo 1º:
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recebimento de informações públicas
dos órgãos e entidades. A Lei vale para os três Poderes da União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, inclusive aos Tribunais de Conta e Ministério Público. Entidades privadas sem
fins lucrativos também são obrigadas a dar publicidade a informações referentes ao
recebimento e à destinação dos recursos públicos por elas recebidos.
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VIII - integridade: qualidade da informação não
modificada, inclusive quanto à origem, trânsito e destino;
IX - Primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de
detalhamento possível, sem modificações.
Art. 5o É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será
franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e
em linguagem de fácil compreensão. (BRASIL, 2011).
A obrigação de prestar contas torna-se não só uma obrigação legal, mas também um
grande ato moral e importante para o controle social para que o cidadão participe ativamente
das decisões e rumo político que se encaminha o seu município.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
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3.1. População da Pesquisa
Mesorregiões Municípios
Maceió, Rio Largo, União dos Palmares, Penedo, São Miguel dos
Campos, Coruripe, Campo Alegre, Marechal Deodoro, Atalaia,
Teotônio Vilela, Pilar, São Luís do Quitunde, Maragogi, Murici,
Leste Alagoano
Boca da Mata, Porto Calvo, Viçosa, Junqueiro, Matriz de
Camaragibe, Igreja Nova, Joaquim Gomes, São José da Laje,
Colônia Leopoldina, Cajueiro, Porto Real do Colégio
Informação disponibilizada
de forma transparente, clara
1 Art. 5º
e em linguagem de fácil
compreensão
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Orientação sobre os
2 Art. 7º procedimentos para solicitação
de informação
Divulgação de endereços e
5 Art. 8º
telefones
Divulgação de horários de
6 Art. 8º
atendimento ao público
Informações relativas a
7 Art. 8º repasses ou transferências de
recursos financeiros
Disponibilização de “respostas
11 Art. 8º e perguntas” mais frequentes
da sociedade
Disponibilização de ferramenta
12 Art. 8º
de pesquisa
Serviço de Informações ao
15 Art. 9º
Cidadão (SIC)
Os dados serão coletados através dos portais eletrônicos de cada câmara municipal no
mês de julho de 2018. Serão verificados a presença de cada indicador de conformidade nos
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portais eletrônicos, onde, para cada
indicador atendido, será atribuído 1 ponto e para os indicadores ausentes, nenhuma pontuação.
Por final, serão somados os pontos por município e dividido pelo total de indicadores (15),
obtendo assim, o grau individual de transparência.
Quanto aos cálculos de conformidade por indicadores da LAI por mesorregião, foram
somadas as quantidades de municípios que atendiam à um indicador, em seguida, dividido
pelo total de municípios presente da pesquisa (44), se obtendo o grau de aderência geral por
indicador.
4. ANÁLISE E DISCUSÕES
Índice de
N° Município Índice de Conformidade com a LAI T
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
AMORIM, Maria do Socorro Gomes de. Contabilidade Pública – Para concursos e graduação em
Ciências Contábeis – Controle da administração pública, auditoria governamental,
responsabilidade fiscal: lei de responsabilidade fiscal e lei 4.320/64, comentadas. 2008, São Paulo-
SP, Brasil.
Brasil, Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Dispões sobre princípios, direitos e
deveres dos cidadãos brasileiros. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao.htm>. Acesso em 02 de julho de 2018.
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Brasil, Lei nº 12.527 de 18 de nov. de
2011. Regula o acesso a informação. Brasília, 18 de nov. de 2011. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm>. Acesso em 21
de junho de 2018.
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO –POPULAÇÃO, Disponível em:
<http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=30/08/2017&jornal=1&pagi
na=58&totalArquivos=192>.Acesso em: 30 de junho de 2018.
GIL, Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4° edição. São Paulo: Editora Atlas,
2002. Disponível em: <http://docente.ifrn.edu.br/mauriciofacanha/ensino-superior/redacao-
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Acesso em: 08 de agosto de 2018.
MAPAS DE ALAGOAS. Disponível em: <http://dados.al.gov.br/dataset/d8f3ac166441-
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es.png>. Acesso em: 01 de julho de 2018.
SÁ, Renata Yamamoto Giovani de. A Importância do Portal da Transparência na Administração
Pública. 2013, 29 p. Trabalho de Conclusão do Curso de Pós-Graduação em Gestão Pública,
Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Jandira, São Paulo, 2013.
SANTOS, Michelly Raianne Ferreira. Administração Pública. 2015. Disponível em: <
http://www.administradores.com.br/artigos/academico/administracao-publica/85587/>. Acesso em 05
de julho de 2018.
VIERA, Élida Elis Michel; BIANCHI, Márcia; KRONBAUER, Clóvis Antônio. Análise do
Grau de Aderência à Lei de Responsabilidade Fiscal e à Lei de Acesso à Informação nos
Municípios do Estado do Rio Grande do Sul com Mais de 50 Mil Habitantes. 2016.
Disponível em:
<https://www.revistas.unijui.edu.br/index.php/desenvolvimentoemquestao/article/view5700>.
Acesso em: 03 de julho de 2018.
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