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JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

POESÍAS
EDICIÓN

CORREGIDA CONFORME Á LOS MANUSCRITOS

O PRIMERAS EDICIONES

CON NOTAS, DOCUMENTOS Y APUNTES BIOGRÁFICOS

Por

CLEMENTE 3 A L L É N

PARÍS
GARNIER HERMANOS, LIBREROS-EDITORES

6, RUÉ DES SAIKTS-PÉRES, 6


E l señor don Clemente Bailen, hijo de Guayaquil,
y por muchos años Cónsul general de la república del
Ecuador en Paris, falleció en esta ciudad el 1 8 de
julio de 1 8 9 3 , á los sesenta y cinco años de su edad,
profundamente sentido por cuantos tuvieron la dicha
de conocerlo, de gozar de la amenidad de su trato, de
apreciar en fin sus grandes y raras cualidades : la eleva-
ción de su espíritu, la inalterable franqueza y la gene-
rosidad de su carácter.
Había residido en su ciudad natal al frente de una
de las casas de banca más respetables del país hasta el
año de 1 8 6 9 , que vino á Paris; aquí, también engol-
fado en los negocios, semantuvo en relaciones constantes
de afecto y simpatía con sus conciudadanos, siempre
dispuesto á desempeñar cuantas comisiones oficiales
recibía, á no economizar ni tiempo ni esfuerzos por
servir a su país; éste, en cambio, reconociendo su
mérito y sus servicios, nunca lo olvidó y hasta 1c
ofreció más de una vez el puesto de Presidente de la
república, proclamando su candidatura con el mayor
entusiasmo, honor que el sin embargo se vio forzado
á declinar, presa, como estuvo, durante largo periodo
al fin de su vida, del padecimiento orgánico, que por
último postró sus fuerzas y lo condujo al sepulcro.
Su mayor anhelo fué siempre dar alguna forma prác-
ir JOSÉ JOAQUÍM DE OLMEDO

tica á la ardiente simpatía que profesaba á Olmedo, su


compatriota, su convecino, tan admirable para él por
sus ideas liberales y generosas, como por la alteza de
la inspiración poética. A l efecto se ocupó asiduamente
en recoger todos sus versos, estudiar sus escritos en
prosa, y allegar los materiales necesarios para una edi-
ción completa de sus obras poéticas, para un estudio
biográfico auténtico y detenido. No pudo por desgracia
realizar completamente ese propósito, sueño gratísimo
de su alma; pero lo dejó en gran parte acopiado y
íiasta cierto punto ordenado, faltando al todo nada
más que la última mano, por asi decirlo. Auxiliado
por amigos, de él y m i o s , ha sido posible realizar
ahora la tarea y terminar esta edición, con impaciencia
aguardada por los amantes de las letras en América, y
que á mi personalmente, su albacea testamentario y á
él ligado por lazos estrechos de afinidad y por la i m -
borrable memoria del más vivo é íntimo cariño, me
es particularmente satisfactorio presentar al público
en su nombre.
CUISANTO MEDINA.
París, J u n i o de 1 8 9 5 .
DATOS Y NOTICIAS
ACERCA DE OLMEDO

A n d r é s B e l l o y J o s é M a r í a Heredia son los dos


grandes poetas líricos q u e con J o s é J o a q u í n de
O l m e d o comparten la m á s alta c u m b r e del P a r -
naso a m e r i c a n o ; de las obras de los dos p r i m e r o s
se han hecho en E u r o p a y en A m é r i c a n u m e r o s a s
e d i c i o n e s , y todo cuanto escribieron, lo b u e n o y
lo m e n o s b u e n o y lo m e d i a n o , está definitivamente,
desde hace t i e m p o , en m a n o s de sus a p a s i o n a d o s ;
mientras que de O l m e d o puede afirmarse que sólo
hasta a h o r a ha existido u n a e d i c i ó n , agotada y a en
las librerías : la q u e p u b l i c ó en V a l p a r a í s o el año
d e 1 8 4 8 un insigne p r o p a g a d o r de glorias a m e r i -
canas, el argentino J u a n María G u t i é r r e z , pues la
de Paris ( 1 8 5 3 ) es u n a m e r a r e p r o d u c c i ó n , « e m -
pedrada de y e r r o s », c o m o de otras m e n o s defec-
tuosas se ha d i c h o ; y la que en 1 8 6 2 , durante su
estancia en la R e p ú b l i c a m e j i c a n a , dirigió el m a l o -
grado M a n u e l N i c o l á s C o r p a n c h o , poeta y diplo-
IV JOSÚ JOAQUÍN DE OLMEDO

m á t i c o p e r u a n o , se perdió desgraciadamente en el
terrible n a i u r a g i o del v a p o r Áie ico o c u r r i d o en
1 8 6 3 , naufragio q u e á él m i s m o costó la v i d a . L a
presente edición v i e n e p o r tanto á ser la cuarta
c o n f o r m e a esta c u e n t a , lo cual es bien p o c o c o m -
p a r a d o con la fama u n i v e r s a l del p o e t a ; a u n q u e
ello parecerá m e n o s e x t r a ñ o si se tiene presente el
g r a n n ú m e r o de v e c e s q u e se han i m p r e s o en c u a -
derno suelto sus dos cantos principales, el de la
V i c t o r i a de J u n í n particularmente; además han
sido a m b o s i n c l u i d o s en infinitas antologías.
P e r o si l o s editores h a n s i d o p o c o s , n o han fal-
tado en c a m b i o biógrafos bien i n í o r m a d o s , j u e c e s
tan competentes como favorables, y entusiastas
a d m i r a d o r e s . A m a s de G u t i é r r e z y de C o r p a n c h o ,
q u e en sus respectivas ediciones c o n s a g r a r o n á
Olmedo noticias interesantes, muchos son los
que merecerían ser recordados a q u í ; en la i m -
posibilidad de hacerlo con t o d o s , nos r e d u c i r e m o s
á m e n c i o n a r a l g u n o s . P o r e j e m p l o , la biografía de
d o n P e d r o C a r b o , l l a m a d o h o y con razón el p r i -
m e r o de los g u a y a q u i l e ñ o s ; la de d o n P a b l o H e -
rrera;, e r u d i t í s i m o literato e c u a t o r i a n o ; los e x c e -
lentes traba ¡ os de don J u a n L e ó n Mera sobre O l m e d o
y sobre toda la literatura del E c u a d o r , en que o c u p a
el m i s m o lugar tan d i s t i n g u i d o ; los de d o n F r a n -
cisco C a m p u s q u e , entregado a las obras públicas
de G u a y a q u i l , e n c u e n t r a sin cmbar._-o t i e m p o para
p r o d u c i r escritos m u y ú t i l e s ; el brillante articulo
DATOS V NOTICIAS V

del afamado poeta d o n Rafael P o m b o , inserto en


e l periódico ilustrado de N u e v a Y o r k , El Mundo
Nuevo, y el h e r m o s o e l o g i o q u e c o m o Secretario
d e la A c a d e m i a C o l o m b i a n a , l e y ó en la junta s o -
l e m n e de 1 8 8 2 ; la c o m p l e t a , la excelente m o n o -
grafía de d o n M i g u e l A n t o n i o C a r o publicada en
d o s n ú m e r o s del Repertorio Colombiano; y por ú l -
t i m o la serie de artículos de d o n M a n u e l C a ñ e t e en
la Revista Hispano-Americana, que reunidos más
tarde llenan m e d i o v o l u m e n de la « C o l e c c i ó n de
E s c r i t o r e s Castellanos » , de M a d r i d .
L o s dos ú l t i m o s trabajos descuellan entre todos
p o r su e x t e n s i ó n y su carácter c r í t i c o . A l de C a ñ e t e ,
c o n c e b i d o según l o advierte « para d e m o s t r a r á
nuestros h e r m a n o s en A m é r i c a el sincero afecto
q u e n o s inspiran » , n o le falta p o r de contado el
t o n o protector y el aire c o n d e s c e n d i e n t e de cuanto
escriben s o b r e cosas de A m é r i c a los literatos espa-
ñ o l e s , y a u n q u e su análisis n o penetra m u c h o m á s
allá de la superficie y p e c a á m e n u d o de p u e r i l , es
o b r a digna de t o d o e n c o m i o p o r el e m p e ñ o de ser
imparcial y p o r el e x a m e n de las cartas y docu-
m e n t o s q u e le fué dado c o n s e g u i r . E l trabajo de
C a r o a h o n d a m u c h o m á s , c o m o o b r a de critico
incomparablemente más sagaz, y más profundo
conocedor de la m a t e r i a ; considera el C a n t o á
B o l í v a r , objeto principal de su tarea, bajo t o d o s
sus aspectos, y lo juzga c o n tanto acierto c o m o
n o v e d a d : e l juicio seria, á n u e s t r o m o d o de p e n -
VI JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

sai", intachable, perfecto, si n o íuese p o r u n a frase,


una palabra desgraciada que c o m o g o t a de esencia
d e m a s i a d o enérgica, a m a r g a toda la c o m p o s i c i ó n ,
trasmitiéndole lo acre de su sabor. A n a l i z a el s e ñ o r
C a r o la declamación sobre la c o n q u i s t a puesta p o r
O l m e d o en boca del I n c a , aquella en q u e a l g u n o s
versos débiles alternan con otros de la m á s v i g o -
rosa c o n c i s i ó n , c o m o éstos :

Sangre, plomo veloz, cadenas, fueron


Los sacramentos santos que trajeron;

y á éstos precisamente refiriéndose, — pues l o s


cita, — dice el señor C a r o que « la M u s a aban-
dona al p o e t a , y le deja h a b l a r sólo el l e n g u a j e de
la canalla. »
T o d o s esos versos y los demás del I n c a en el
famoso trozo q u e c o m i e n z a : / Guerra al usurpador!
son fidelísimo trasunto de los s e n t i m i e n t o s de la
é p o c a , tales c o m o l o s e x p e r i m e n t a b a n y expre-
saban los m a s cultos y distinguidos i n d i v i d u o s , y
así se encuentran en los p e r i ó d i c o s , en las a r e n g a s
m i l i t a r e s , en los papeles oficiales, en las p r o c l a m a s
de B o l í v a r ; s e n t i m i e n t o s y expresiones q u e persis-
tieron aún después de t e r m i n a d a la g u e r r a , pues
h o m b r e tan ilustrado y tan m o d e r a d o c o m o F e l i p e
P a r d o y A l i a g a , e m p l e a estos versos en su E p í s t o l a
á Olmedo ( 1 8 2 9 ) :
•Vil

¿ Lamentar no es dado los horrores


De la feroz conquista,
Cuando — por cimentar el poder regio
De lejanos señores
Acá en nuestras comarcas —
Cometieron el torpe sacrilegio
Los ministros del fiero despotismo
De hacer correr la sangre de los Incas
Mezclada con el agua del bautismo ?

Y aun m a s tarde J o s é E u s e b i o C a r o , padre ilustre


de don M i g u e l A n t o n i o , c u y a nobleza y rectitud de
carácter son todavia proverbiales en C o l o m b i a , d e -
dicó al m i s m o O l m e d o en 1 8 3 4 el siguiente s o n e t o ,
d e m a s i a d o enérgico y brillante para que d e j e m o s
de insertarlo, y a q u e seria inútil buscarlo e n el
t o m o de Poesías de C a r o publicado en M a d r i d , e n
la « C o l e c c i ó n de Escritores castellanos » . Helo
a q u í , y nótese la indudable semejanza en el c a -
rácter de las expresiones contra el g o b i e r n o e s -
pañol :

Sonó en los cielos de venganza el grito,


Y , cual un Dios, en la fatal palestra
Apercibido el Héroe se demuestra
Á dar fin al reinado del delito.
La lid se traba : de Simón invicto
Y a el rayo brilla en la tremenda diestra :
Muriendo ya bajo sus pies se muestra
E l monstruo que maldijo el Infinito.
Del hondo mar á las remotas playas'
VIII J^SÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Llega el eco de triunfo, que sonoro


Ensalza de Bolivar el denuedo :
Y en las floridas márgenes del Guayas
Sobre un escudo, con buril de oro,
Graba las glorías de su patria Olmedo.

E n 1 7 5 7 don M i g u e l A g u s t í n de O l m e d o ' , v e c i n o
de M a l a g a , se e m b a r c ó c o n pase de la C o n t r a t a c i ó n
de C á d i z para ir á d e s e m p e ñ a r la A d m i n i s t r a c i ó n
de R e n t a s R e a l e s de P a n a m á , y de ahí se trasladó
cuatro a ñ o s después á G u a y a q u i l en calidad de
T e s o r e r o y C o m i s a r i o de g u e r r a .
G u a y a q u i l c o m p o n í a entonces u n o de l o s cuatro
G o b i e r n o s M a y o r e s de la P r e s i d e n c i a de Q u i t o ,
p e r o su a d m i n i s t r a c i ó n estaba dividida : en lo p o -
l í t i c o , judicial y rentístico dependía de la citada
Presidencia y de la R e a l A u d i e n c i a de Q u i t o ; en
lo militar del V i r r e y n a t o del P e r ú , y en lo e c l e -
siástico del obispado de C u e n c a . E x t r a ñ o s i s t e m a ,
bien c o m ú n , sin e m b a r g o , en a q u e l l o s d í a s .
E n G u a y a q u i l se q u e d ó definitivamente d o n M i -
g u e l , d e s e m p e ñ a n d o u n o tras o t r o los c a r g o s m á s

1
Desde cierto periodo de su vida dejó nuestro poeta de usar
p a n í c u l a en su apellido. S u padre la u.'ó siempre, y se ha
conservado en esta edición conforme al a 10 r fo al pie del
retrato, t o m a d o de un papel oficial firmado en 1012.
DATOS Y NOTICIAS IX

i m p o r t a n t e s de la p r o v i n c i a hasta l l e g a r á ser S i n -
dico de la c i u d a d , A l c a l d e o r d i n a r i o y jefe del
C a b i l d o , puestos y a p u r a m e n t e h o n o r í f i c o s que
revelan el gran prestigio de q u e l l e g ó á g o z a r , en
los cuales n o dejó pasar n i n g u n a o c a s i ó n de c o n -
tribuir c o n su fortuna p a r t i c u l a r al a u g e y e m b e -
l l e c i m i e n t o de su patria a d o p t i v a , pues y a entonces
había contraído m a t r i m o n i o con d o ñ a A n a F r a n -
cisca M a r u r i , de lo m á s d i s t i n g u i d o del p a í s , y c o n
q u i e n t u v o d o s h i j o s : J o s é J o a q u í n , q u e nació el
1 9 de M a r z o de 1 7 8 0 , y M a g d a l e n a , q u e fué esposa
d e don F r a n c i s c o P a r e d e s , c o m e r c i a n t e de la m i s m a
ciudad.
L a fecha del n a c i m i e n t o de O l m e d o q u e h e m o s
fijado es la que él y toda su familia r e c o n o c í a n ,
a u n q u e su partida b a u t i s m a l , q u e consta en los
registros p a r r o q u i a l e s de la C a t e d r a l , está redac-
tada en los t é r m i n o s siguientes :

« En v e i n t i d ó s de marzo de m i l setecientos
» ochenta, bauticé, puse oleo y crisma á José
» J o a q u í n E u f r a s i o , de dos días de nacido, h i j o le-
» g i t i m o del • C a p i t á n D o n M i g u e l de O l m e d o y
» de D o ñ a A n a M a r u r i y S a l a v a r r í a ; fué su m a -
» drina D o ñ a D o m i n g a Maruri y Salavarría, á
» quien le advertí el p a r e n t e s c o y la o b l i g a c i ó n
» q u e tenía, y p a r a q u e conste f i r m o .

« D O C T O R J O S É ALEXANDRÓ DE EGUES
« Y VlLLAMAR. »
X JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

De dos días de nacido; f ó r m u l a defectuosa y oca-


s i o n a d a á e r r o r e s , que todavía h o y usan los curas
en el E c u a d o r , de la q u e h a n d e d u c i d o muchos
que nació el 2 0 y no el 1 9 , día de su s a n t o , fiesta
de su n o m b r e , que es la fecha real.
Tenía apenas n u e v e a ñ o s c u a n d o lo l l e v ó su
padre al c o l e g i o d o m i n i c a n o de S a n F e r n a n d o de
Q u i t o . Allí s i g u i ó los cursos de g r a m á t i c a caste-
llana y l a t i n i d a d , y regresó á G u a y a q u i l dos a ñ o s
después. E n 1 7 9 4 fué e n v i a d o á L i m a , e n c o m e n -
dado á su pariente el señor d o n J o s é V . Silva y
O l a v e , O b i s p o de H u a m a n g a , para c o n t i n u a r s u s
estudios en el c o l e g i o de S a n C a r l o s ; y tanto s o -
bresalió p o r su talento y g r a v e d a d , q u e á la edad
de v e i n t e años o b t u v o la cátedra de filosofía por
oposición. C o n c l u y ó sus estudios en la U n i v e r -
sidad de S a n M a r c o s , y r e c i b i ó en 1 8 0 5 el g r a d o
de d o c t o r en j u r i s p r u d e n c i a . F u é n o m b r a d o , p o r
o p o s i c i ó n t a m b i é n , profesor de d e r e c h o civil en
el colegio de S a n C a r l o s ; y p o r ú l t i m o el i ° . de
febrero de 1 8 0 8 se recibió de a b o g a d o , y e n t r ó á
f o r m a r parte de la U n i v e r s i d a d c o m o catedrático
de D i g e s t o , p o r elección espontánea de los m i e m -
bros del c l a u s t r o .
E l profesorado y el c u l t i v o de la j u r i s p r u d e n c i a
n o sofocaron en él las innatas disposiciones para
las letras, y p o r su p r o p i o esfuerzo, á pesar de<
respirar tantos a ñ o s la a t m ó s l e r a anti-literaria de
aquella u n i v e r s i d a d , c o m p u s o entonces las o d a s
DATOS Y NOTICIAS XI

El Árbol, Á un amigo en el nacimiento de su hijo


y Á ía muer e de la Princesa de Asturias, dignas
precursoras del Canto ct Junín.
El 2 0 de A g o s t o de 1 8 0 8 retornó á G u a y a q u i l ,
á t i e m p o p o r fortuna para recibir la s u p r e m a des-
pedida de su noble p a d r e , que e x p i r ó a los siete
días de su llegada, n o sin haber dado a e n t e n d e r
claramente á su familia q u e , en el inevitable c o n -
flicto futuro entre la m e t r ó p o l i y la c o l o n i a , se
p o n d r í a sin vacilar del lado de su patria a d o p t i v a ,
de la patria de su esposa y de sus h i j o s .
E n 1 8 0 9 se i n c o r p o r ó á la U n i v e r s i d a d de S a n t o
T o m á s de A q u i n o y en'el colegio de A b o g a d o s de
Q u i t o ; pero p r o n t o se p u s o en v i a j e para E s p a ñ a
a c o m p a ñ a n d o c o m o secretario al y a citado O b i s p o
S i l v a , que iba á t o m a r asiento en la J u n t a C e n t r a l ;
en M é j i c o t u v i e r o n noticia de la disolución de ese
c u e r p o , y d i e r o n la v u e l t a i n m e d i a t a m e n t e h a c i a
Guayaquil.
A p e n a s contaba O l m e d o treinta a ñ o s c u a n d o
fué elegido — á p o c o de su regreso — c o m o d i p u -
tado de la p r o v i n c i a de G u a y a q u i l en las C o r t e s
generales de la n a c i ó n , q u e iban á reunirse en la
isla de S a n F e r n a n d o , c o n v o c a d a s p o r la R e g e n c i a
del r e i n o ; al a ñ o dia p o r día de su elección ( 1 1 de
S e t i e m b r e de 1 8 1 1 ) p u s o el pie en la ciudad de
C á d i z , y t o m a n d o su asiento en la famosa asam-
b l e a , se inscribió entre el g r u p o de diputados e u -
ropeos y a m e r i c a n o s , que p r e g o n a r o n ideas l i b e -
XII JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

rales y p r o v o c a r o n reformas en el m i s m o s e n t i d o .
N i p o r sus cualidades físicas n i p o r el g é n e r o de
sus talentos, estaba l l a m a d o á ser u n g r a n o r a d o r
p a r l a m e n t a r i o , pero n o r e h u í a t o m a r la palabra
cada v e z que era necesario, y en la sesión del
1 2 de A g o s t o de 1 8 1 2 , discutiéndose la abolición
de los servicios forzados que c o n el n o m b r e de
mitas i m p o n í a la administración colonial á los
indios en a l g u n a s partes de A m é r i c a , p r o n u n c i ó
u n g r a n d i s c u r s o , que h a sido después i m p r e s o
varias v e c e s , y c u y a síntesis se e n c u e n t r a en esta
frase, que le s i r v e de epígrafe :
« E s a d m i r a b l e que h a y a habido en a l g ú n t i e m p o
» razones q u e aconsejen esta práctica de s e r v i d u m -
» bre y de m u e r t e ; pero es m á s a d m i r a b l e q u e h a y a
» h a b i d o r e y e s que la m a n d e n , l e y e s q u e la p r o -
» tejan, y p u e b l o s que la sufran. »
E l d i p u t a d o p o r M é j i c o , C a s t i l l o , inició la dis-
c u s i ó n , y las C o r t e s u n á n i m e m e n t e acordaron la
abolición de las m i t a s .
E l 2 4 de a g o s t o de 1 8 1 2 fué electo secretario de
esa A s a m b l e a ; el 1 3 de m a r z o s i g u i e n t e m i e m b r o
y secretario de la D i p u t a c i ó n P e r m a n e n t e .
P e r t e n e c i ó también á la C o m i s i ó n q u e o p i n ó p o r
la desaprobación del tratado entre F e r n a n d o V Í I y
N a p o l e ó n , el q u e en efecto fué rechazado p o r las
C o r t e s en el decreto de 2 de febrero de 1 8 1 4 . E s e
decreto i m p o n í a p o r otra parte al R e y e l j u r a m e n t o
de la C o n s t i t u c i ó n , c o m o c o n d i c i ó n p r e v i a del r e -
DATOS Y NOTICIAS XIIÍ

c o n o c i m i e n t o de la a u t o r i d a d del M o n a r c a . Di-
sueltas p o r este h e c h o las C o r t e s el 1 1 de m a y o ,
dice d o n F r a n c i s c o P . Icaza, arrastrada p o r el
pueblo y la tropa la estatua del p a t r i o t i s m o y la
lápida de la C o n s t i t u c i ó n ; restablecidos el p o d e r
absoluto y la i n q u i s i c i ó n , y a p r e h e n d i d o s los di-
putados y personajes más importantes, como
Arguelles, Gallegos, Quintana, Muñoz, Toreno
y o t r o s , O l m e d o c o m p r e n d i ó q u e n o quedaba á
E s p a ñ a otra esperanza que la r e v o l u c i ó n , y á
A m é r i c a la i n d e p e n d e n c i a . Y p a r a evitar la suerte
miserable que c u p o á sus colegas, permaneció
desde entonces obscurecido en M a d r i d , para n o lla-
m a r la atención pública y p o d e r e m p r e n d e r la
vuelta.
E n 1 8 1 5 se e m b a r c ó en C á d i z , y p o r la v í a de
la H a b a n a l l e g ó en 1 8 1 6 al lado de s u s c o m p a -
triotas.
T a l felicidad n o g o z a r o n l o s q u i t e ñ o s c o n su
g r a n M e j í a , fallecido en C á d i z , v í c t i m a de la epi-
demia que asoló ese p u e r t o en 1 8 1 3 . S u amigo
O l m e d o p u s o este epitafio sobre su t u m b a :

Á Dios Glorificador.
Aquí espera
la resolución de la carne
el polvo
de
Don J o s é Mejía,
XIV JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Diputado á Cortes por Santa Fe de Bogotá.


Poseyó todos los talentos,
amó v cultivó todas las ciencias;
pero sobre todo amó á su patria
y
Defendió los derechos del Pueblo Español,
con la firmeza de la virtud,
con las armas del ingenio y de la elocuencia,
y con toda la libertad
de un Represeniante del Pueblo.
Nació en Q u i t o ;
Murió en Cádiz
en
Octubre de 1 8 1 3
A los 36 años de su edad.
Sus paisanos y amigos
escriben llorando estas letras
á la posteridad.

U n g r a n d o l o r le a g u a r d a b a al entrar en G u a y a -
quil á fines de 1 8 i é • la noticia de la m u e r t e d e
su m a d r e , ocurrida en J u n i o a n t e r i o r , antes de
h a b e r c u m p l i d o los sesenta a ñ o s .
E n 1 8 1 7 , de v u e l t a de u n c o r t o v i a j e á L i m a ,
se casó con d o ñ a R o s a de Icaza, su p a r i e n t a , con
q u i e n t u v o tres hijos : la m a y o r , R o s a P e r p e t u a ,
murió m u y j o v e n , durante otra ausencia de su
p a d r e ; V i r g i n i a á q u i e n h u é r f a n a adoptó el E s t a d o
y m u r i ó en 1878; y por último Tose J o a q u í n ,
ú n i c o v a r ó n , que v i v e en G u a y a q u i l , h e r e d e r o d e
DATOS Y NOTICIAS XV

las virtudes m o r a l e s de su padre y r o d e a d o de la


estimación de t o d o s .
E l n u e v e de O c t u b r e de 1 8 2 0 p r o c l a m ó G u a y a -
quil su i n d e p e n d e n c i a , y el m i s m o día eligió á
O l m e d o para ejercer la p r i m e r a autoridad en la
p r o v i n c i a con el titulo de J e f e p o l í t i c o , c o m o apa-
rece de la siguiente acta del C a b i l d o :
« E n la ciudad de Santiago de G u a y a q u i l á n u e v e
días del m e s de octubre de m i l o c h o c i e n t o s v e i n t e
a ñ o s , y p r i m e r o de su independencia, reunidos los
S e ñ o r e s que lo h a n c o m p u e s t o , á saber, los S e -
ñ o r e s A l c a l d e s d o n M a n u e l J o s é de H e r r e r a , d o n
Gabriel G a r c í a G ó m e z , y Señores Regidores don
J o s é J o a q u í n O l m e d o , don P e d r o S a n t a n d e r , d o n
J o s é A n t o n i o Espantoso, doctor don J o s é María
Maldonado, el señor Procurador General don
J o s é M a r í a V i l l a m i l , p o r ante m í el presente S e -
cretario, dijeron : Q u e h a b i é n d o s e declarado la
independencia p o r el v o t o g e n e r a l del p u e b l o , al
que estaban unidas todas las tropas acuarteladas, y
debiéndose t o m a r en consecuencia todas las m e -
didas q u e conciernan al o r d e n político en circuns-
tancias que éste necesita de los a u x i l i o s de los
principales v e c i n o s , debía p r i m e r a m e n t e recibirse
el j u r a m e n t o al s e ñ o r Jefe P o l í t i c o que se h a n o m -
b r a d o , y lo es el señor D o c t o r d o n J o s é Joaquín
O l m e d o , p o r v o l u n t a d del p u e b l o y de las t r o p a s ;
y en efecto, hallándose p r e s e n t e d i c h o señor en
este E x m o . C a b i l d o , prestó el j u r a m e n t o de s e r
XVI JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

i n d e p e n d i e n t e , fiel á su patria, defenderla, c o a d y u -


v a r c o n t o d o a q u e l l o que c o n c i e r n a á su p r o s p e -
r i d a d , y ejercer bien y l e g a l m e n t e el e m p l e o de
J e f e P o l í t i c o q u e se le h a e n c a r g a d o .
« E n seguida el referido s e ñ o r J e f e P o l í t i c o , pose-
s i o n a d o del e m p l e o , recibió j u r a m e n t o á t o d o s los
i n d i v i d u o s de este c u e r p o , quienes j u r a r o n ser in-
d e p e n d i e n t e s , fieles á su patria y defenderla con
todas las fuerzas q u e estén á sus a l c a n c e s , c u y o
j u r a m e n t o l o p r e s e n c i ó el s e ñ o r J e f e Militar don
Gregorio Escobedo.
« D e s p u é s de este acto se a c o r d ó i g u a l m e n t e q u e
los e m p l e a d o s a n t i g u o s c o n t i n ú e n en el s e r v i c i o
de su m i n i s t e r i o , s i e m p r e q u e c o n absoluta liber-
tad presten el j u r a m e n t o de ser i n d e p e n d i e n t e s y
fieles á la patria, c o m o de p r o p e n d e r á la libertad
de la A m é r i c a , en el ejercicio de sus d e s t i n o s , bajo
el c o n c e p t o que en caso de n o q u e r e r l o prestar, n o
serán a c r i m i n a d o s p o r la o m i s i ó n ú n i c a de este
acto; y habiéndose h e c h o l l a m a r á los S e ñ o r e s
don Pedro Morías, don Gabriel Francisco de
Urbina y don Bernardo Alzúa, Ministro de H a -
cienda Pública, don J u a n Ferruzola y don José
Joaquín Loboguerrero, Administrador y Contador
de la A d u a n a N a c i o n a l , d o n Á n g e l T o l a y don
Carlos Calisto, Administrador y Contador del
R a m o de T a b a c o , y d o n R a m ó n P a c h e c o , A d m i -
n i s t r a d o r de C o r r e o s , prestaron el j u r a m e n t o i n d i -
c a d o , á e x c e p c i ó n de d o n J u a n F e r r u z o l a , que n o
DATOS Y NOTICIAS XVII

pudo comparecer en el a c t o , y don Bernardo


A l z ú a , quien e x p u s o q u e n o era e m p l e a d o en ejer-
c i c i o , s i n o a g r e g a d o á estas cajas, y p o - este m o -
t i v o n o lo h a c i a , c u a n t o p o r haber h e c h o d i m i s i ó n
de ese c a r g o , p o r n o g r a v a r i n ú t i l m e n t e el e r a r i o
público.
« S e a c o r d ó i g u a l m e n t e q u e se e x p i d i e s e n dos
expresos á los A y u n t a m i e n t o s de Q u i t o y C u e n c a ,
p o n i e n d o en su noticia la n u e v a f o r m a de G o b i e r n o
establecida en esta c i u d a d , e x h o r t á n d o l e s á la u n i -
formidad de s e n t i m i e n t o s y operaciones condu-
centes á la i n d e p e n d e n c i a g e n e r a l de la A m é r i c a ,
y q u e esta p r o v i d e n c i a se e x t i e n d a á t o d o s los
pueblos de esta jurisdicción p o r el S e ñ o r J e f e P o -
lítico.

« F i n a l m e n t e se a c o r d ó q u e se publicase p o r b a n d o
c o n acuerdo del S e ñ o r C o m a n d a n t e M i l i t a r .
« E n este estado c o m p a r e c i ó d o n J u a n F e r r u z o l a ,
y h a b i é n d o s e enterado de t o d o el c o n t e n i d o de
esta acta, prestó el i n d i c a d o j u r a m e n t o .
« Y h a b i é n d o s e tratado del e j e r c i c i o de la juris-
dicción contenciosa y o r d e n q u e debía observarse
e n la c i u d a d , se a c o r d ó g e n e r a l m e n t e q u e dicha
jurisdicción se ejerciese p o r d i c h o s alcaldes c o n
a r r e g l o á las l e y e s que h a n r e g i d o hasta el día de
h o y ; y que para m a n t e n e r el o r d e n se destinasen
todos los S e ñ o r e s del A y u n t a m i e n t o á hacer p a -
trullas, p r o c u r a n d o m a n t e n e r el s o s i e g o c o n el
XVIII JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

modo y sagacidad que e x i g e n las circunstancias


del dia.
« C o n l o q u e , y n o h a b i e n d o tratado otra c o s a ,
firmaron esta acta, p o r ante m í el p r e s e n t e S e c r e -
tario.
J o s é Joaquín de Olmedo
Manuel J o s é de Herrera
Gabriel García Gómez
José Antonio Espantoso
Pedro Santander
José M. Maldonado
Bernabé Cornejo y Aviles
José Ramón Menéndez
Jerónimo Cerda
Manuel Ignacio de Aguirre
Frai.cisco de Marcos
José Villamil
Juan J o s é Casilari
J o s é Ramón de Arrieta, Secretario. 5

E n m e d i o de los preparativos de defensa e x i g i -


dos p o r la situación precaria del país y la n e c e s i -
dad de aprestar la p r o v i n c i a contra toda a m e n a z a
de las fuerzas realistas q u e existían al n o r t e , al s u r
y p o r todas partes, se o c u p ó t a m b i é n O l m e d o sin
pérdida de t i e m p o en o r g a n i z a r la a d m i n i s t r a c i ó n
pública y en redactar u n a c o n s t i t u c i ó n q u e tuvo
por nombre Reglamento Provisorio, convocando
una asamblea p o p u l a r l l a m a d a Colegio Electoral,
q u e l o s a n c i o n ó . P i d i ó también á la a s a m b l e a q u e
DATOS Y NOTICIAS XIX

designase otros c i u d a d a n o s para ejercer c o n él el


m a n d o , y en n o v i e m b r e el C o l e g i o Electoral insti-
t u y ó una Jiiniii de Gobierno, c o m p i l e •ui del m i s m o
O l m e d o c o m o Presidente y de don F r a n c i s c o R o c a
y don Rafael J i m e n a , q u e t u v o p o r c o l a b o r a d o r e s
en la e m a n c i p a c i ó n , á m á s de los m i e m b r o s del
Cabildo \a n o m b r a d o s , á H i l a r i o A l v a r e z , Ante-
para, los C a l d e r o n e s , los Elizaldes, E s c o b e d o , F a -
jardo, Febles Cordero, los G a n n c o a s , Baltazar
G a r c í a , los L a v a y e n e s , L e t a m e n d i , L i o n a , N á j e r a ,
Ponce, Santisrevan, Urdaneta, Valverde, V i v e r o y
otros próceros, c u y o s n o m b r e s registra la historia
con amor , reconocimiento.
E l citado r e g l a m e n t o , c o m o obra de O l m e d o y
documento histórico i m p o r t a n t e , tiene s e ñ a l a d o
aquí su l u g a r :

REGLAMENTO PROVISORIO DE
GOBIERNO

APROBADO FOR LA J U N T A ELECTORAL DE PROVINCIA

A r t í c u l o i ? — L a P r o v i n c i a de G u a y a q u i l e s
libre é i m i q v n d i e n t e ; su r e l i g i ó n es la C a t ó l i c a ;
su g o b i e r n a e:> e l e c t i v o ; y sus l e y e s las m i s m a s
que regían i m á m e n t e en c u a n t o n o se o p o n g a n
á la n u e v a l o n i i a de g o b i e r n o establecida.
XX JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

A r t i c u l o 2° — L a P r o v i n c i a de G u a y a q u i l se
declara en entera libertad para unirse á la g r a n d e
asociación que le c o n v e n g a de las q u e se h a n de
f o r m a r en la A m é r i c a del S u r .
A r t í c u l o 3 ? — E l c o m e r c i o será libre p o r m a r
y tierra c o n t o d o s los p u e b l o s q u e n o se o p o n g a n
á la f o r m a libre de n u e s t r o g o b i e r n o .
A r t í c u l o 4 ? •—-El G o b i e r n o residirá en tres i n -
d i v i d u o s e l e g i d o s p o r los Electores de los p u e b l o s ;
entenderá en t o d o l o g u b e r n a t i v o y e c o n ó m i c o de
la a d m i n i s t r a c i ó n pública : habrá u n Secretario con
v o z y v o t o en la i m p o s i b i l i d a d de a l g u n o de los
v o c a l e s de la J u n t a ; y dos oficiales de s e c r e t a r í a ;
t o d o con dotación fija.
A r t í c u l o 5 ° — A d e m á s de las a t r i b u c i o n e s c o -
m u n e s anexas al G o b i e r n o , le c o m p e t e r á n las si-
guientes : I A
p r o v e e r t o d o s los e m p l e o s civiles y
m i l i t a r e s ; 2° imponer contribuciones; 3 ? cele-
brar tratados de amistad y c o m e r c i o ; 4 ? levantar
tropas y dirigirlas d o n d e c o n v e n g a ; 5 ° e m p r e n d e r
o b r a s p ú b l i c a s ; 6 ? formar r e g l a m e n t o s para e l c o -
m e r c i o nacional y e x t r a n j e r o y para t o d o s los d e m á s
r a m o s de la a d m i n i s t r a c i ó n .
A r t í c u l o 6 ? — C a d a m e s se publicará u n estado
p o r m a y o r de la entrada, salida y existencia de la
tesorería. C a d a tres m e s e s se publicará u n estado
p o r m e n o r de entradas y gastos p ú b l i c o s .
A r t í c u l o 7 ° — E l arreglo d e la tropa, o r d e n de
DATOS Y NOTICIAS XXI

ascensos, planes de defensa y t o d o lo c o n c e r n i e n t e


á la m i l i c i a , pertenecen al J e f e m i l i t a r .
A r t i c u l o 8 ? — E n c u a l q u i e r p e l i g r o de la P a t r i a ,
el G o b i e r n o , de a c u e r d o con el J e f e m i l i t a r , c o n -
sultará la s e g u r i d a d p ú b l i c a .
A r t í c u l o 9 ? — D e s d e la edad de dieciseis años
nadie estará libre del s e r v i c i o m i l i t a r , c u a n d o lo
pida la s e g u r i d a d y defensa del p a í s .
A r t i c u l o 1 0 ? • — L o s jueces s o l a m e n t e e n t e n d e -
rán en lo c o n t e n c i o s o de las causas, y a d m i n i s t r a -
rán justicia en lo c i v i l y c r i m i n a l . N a d i e será
juzgado por c o m i s i ó n especial. H a b r á u n j u e z d e
letras n o m b r a d o p o r el G o b i e r n o con las a t r i b u -
ciones que le daba la ú l t i m a l e y , al cual también
c o r r e s p o n d e l o c o n t e n c i o s o de h a c i e n d a .
A r t i c u l o I I ? — H a b r á u n juzgado para l o s r e -
cursos de s e g u n d a instancia, c o m p u e s t o de tres
miembros.
A r t í c u l o 1 2 ? — L o s alcaldes de los p u e b l o s s o n
también jueces de p r i m e r a i n s t a n c i a ; y l o s recur-
sos contra ellos se i n t e r p o n d r á n ante el j u z g a d o d e
s e g u n d a instancia.
A r t í c u l o 1 3 ? — L a p e r t u r b a c i ó n del o r d e n p ú -
blico es u n c r i m e n de E s t a d o . T o d o falso delator
sufrirá la pena q u e m e r e c e el delito q u e delata.
A r t i c u l o 1 4 ? — H a b r á u n a diputación de c o -
m e r c i o arreglada en l o p o s i b l e á la ordenanza de
C a r t a g e n a . E l juzgado de alzadas se c o m p o n d r á
de ün i n d i v i d u o del juzgado de s e g u n d a instancia
XXIt

sacado p o r suerte, y de dos colegas n o m b r a d o s


p o r las partes. E l p r i m e r o y s e g u n d o diputado se
c V s i r a n cada dos años en 'unta g e n e r a l de c o -
mercio.

A r t í c u l o 1 5 ? •— P a r a el g o b i e r n o interior de
l o s p u e b l o s habrá u n a y u n t a m i e n t o e l e g i d o p o i
l o s padres de í a m i l i a ó cabezas de casa. El A y u n -
t a m i e n t o de la capital se c o m p o n d r á de d o s ' a l -
caldes, diez r e g i d o r e s , u n síndico p r o c u r a d o r c o n
v o z y v o t o , y un secretario. S e r á presidido por el
P r e s i d e n t e de la J u n t a de G o b i e r n o . I.o? alcaldes
se m u d a r á n cada dos a ñ o s , y los r e g i d o r e s por
m i t a d . L o s a y u n t a m i e n t o s de los p u e b l o s se for-
m a r á n s e g ú n su p o b l a c i ó n , a r r e g l á n d o s e al ú l t i m o
r e g l a m e n t o : q u e d a n s u p r i m i d a s las tenencias.

A r t í c u l o 1 6 ? — Estará á cargo de los a y u n t a -


m i e n t o s : 1 ? la policía g e n e r a l de la p o b l a c i ó n ;
2 ? p r o m o v e r la educación de la j u v e n t u d , fomen-
tar la a g r i c u l t u r a y c o m e r c i o ; 3 ? formar el c e n s o
y estadística de la P r o v i n c i a ; 4 ? auxiliar á l o s a l -
caldes para e x t i n g u i r la ociosidad, y perseguir á
l o s v a g o s y m a l h e c h o r e s , e s p e c i a l m e n t e en l o s
c a m p o s ; 5 ? administrar los p r o p i o s y a r b i t r i o s ,
de q u e darán cuenta a n u a l al G o b i e r n o ; 6 ? r e -
partir y recaudar las c o n t r i b u c i o n e s ; 7 ? cuidar de
las escuelas y h o s p i t a l e s , reparar l o s c a m i n o s y
cárceles, p r o p o n e r é i n t e r v e n i r en las obras p ú -
blicas de utilidad y o r n a t o , c o n f o r m e en t o d o al
DATOS Y NOTICIAS XXIII

ú l t i m o r e g l a m e n t o ; 8 ? señalar la renta de los e m -


ó l e o s de n u e v a creación.
A r t i c u l o 1 7 ? — E l A y u n t a m i e n t o de la capital,
c o n noticia instruida de los fondos p ú b l i c o s y
g a s t o s , procederá al r e g l a m e n t o de la c o n t r i b u c i ó n
ordinaria general i m p u e s t a p o r el G o b i e r n o , con
d e r e c h o de representar l o q u e c o n v e n g a a l m e n o r
g r a v a m e n de los p u e b l o s . C u a l q u i e r a c o n t r i b u c i ó n
extraordinaria se h a r á c o n c o n o c i m i e n t o del A y u n -
tamiento.
Articulo 1 8 ? — Ningún pago se a d m i t i r á e n
cuenta á la tesorería si n o se hiciere p o r o r d e n
especial del G o b i e r n o .
A r t i c u l o 1 9 ? — L a representación p r o v i n c i a l se
c o n v o c a r á p o r e l G o b i e r n o cada d o s a ñ o s e n e l
m e s de o c t u b r e , ó antes si la nece>idad l o e x i -
g i e s e . L u e g o que se r e ú n a abrirá un juicio p ú -
blico de residencia al G o b i e r n o , y si se aprobase
su c o n d u c t a , podrá ser r e e l e g i d o .
Artículo 20? — E l G o b i e r n o , después de d i -
suelta la p r e s e n t e J u n t a E l e c t o r a l , q u e d a a u t o r i -
zado para d e t e r m i n a r los n e g o c i o s q u e q u e d a r e n
pendientes, y r e s o l v e r las d u d a s q u e o c u r r i e s e n
sobre este r e g l a m e n t o , el cual se c o m u n i c a r á a la
Junta de G o b i e r n o y a nombrada, para que lo
cumpla y haga cumplir.
Guayaquil, 1 1 de noviembre de 1 8 2 0 .
JOSÉ JOAQJJÍN O L M E D O , P r e s i d e n t e .
JOSÉ DE ANTEPARA, E l e c t o r S e c r e t a r i o .
XXIV JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

L u c h a n d o , n o y a c o n huestes e s p a ñ o l a s , s i n o
c o n los r e l i a d o s p a s t u s o s , estaba B o l í v a r e n ' e l s u r
de C o l o m b i a , c u a n d o t u v o noticia del p r o n u n c i a -
miento de G u a y a q u i l , y en el acto se d i r i g i ó ,
desde C a l i , á la J u n t a de G o b i e r n o , m a n i f e s t á n -
d o l e la c o n v e n i e n c i a de q u e la P r o v i n c i a se a n e x a s e
á Colombia; al m i s m o t i e m p o escribió particu-
l a r m e n t e á O l m e d o en t é r m i n o s m u y lisonjeros
para é s t e ; y c o n el carácter de a u x i l i a r , pero v i s i -
blemente t a m b i é n en a p o y o de su d e m a n d a , des-
p a c h ó á G u a y a q u i l , p o r la v i a de B u e n a v e n t u r a ,
un c u e r p o de tropas á las órdenes del General
.Sucre. A l llegar esta e x p e d i c i ó n , que fué m u y bien
recibida p o r los g u a y a q u i l e ñ o s , la J u n t a de G o -
b i e r n o o r g a n i z ó a c t i v a m e n t e otra, q u e u n i d a á la
C o l o m b i a n a , f o r m ó el ejército c o n q u e S u c r e v e n -
ció á los españoles en B a b a h o y o y Y a g u a c h i pri-
m e r o , y después en P i c h i n c h a , c o n el a u x i l i o esta
ú l t i m a vez de u n a división o p o r t u n a m e n t e e n v i a d a
del P e r ú p o r S a n M a r t í n , á las ó r d e n e s del G e n e -
ral S a n t a C r u z .
Estas v i c t o r i a s facilitaron al L i b e r t a d o r la capi-
tulación q u e o b t u v o de los realistas de P a s t o , y le
abrieron el c a m i n o de Q u i t o . D e t e n i é n d o s e allí
p o c o s días, s i g u i ó á G u a y a q u i l , a d o n d e l l e g ó c o n
tres m i l h o m b r e s el n de j u l i o de 1 8 2 2 .
A u n q u e la i n c o r p o r a c i ó n á C o l o m b i a , q u e B o l í -
var e x i g i ó de n u e v o , n o carecía de partidarios de
influencia y v a l e r , los m i e m b r o s del G o b i e r n o se
DATOS Y NOTICIAS XXV

opusieron á ella. O l m e d o , c o m o m u c h o s otros


c i u d a d a n o s , deseaba la f o r m a c i ó n de una nación
independiente, c o m p u e s t a de los departamentos
del A l z u a i , G u a y a s y P i c h i n c h a , tal c o m o se c o n s -
t i t u y ó por fin, y c o m o existe t o d a v í a . P e r o la o p i -
n i ó n estaba dividida y n o faltaban q u i e n e s s o s t u -
viesen otras s o l u c i o n e s : la a n e x i ó n al P e r ú ; ó la
constitución de la p r o v i n c i a en estado i n d e p e n -
diente, — soluciones sin duda inaceptables, p u e s
destruían la u n i ó n natural de G u a y a q u i l c o n los
pueblos del interior. E l G u a y a s y el C h i m b o r a z o
son en efecto i n s e p a r a b l e s ; el u n o recibe del o t r o
las a g u a s con que fertiliza sus c a m p i ñ a s , y u n o y
otro son el m á s bello o r n a m e n t o de la lujosa n a t u -
raleza ecuatoriana. P o r eso los u n i ó O l m e d o en el
escudo de armas de la R e p ú b l i c a , diseñado p o r él
en 1 8 4 5 .
L a J u n t a de G o b i e r n o p r o p u s o que la cuestión
se sometiese al C o l e g i o E l e c t o r a l , p e r o B o l í v a r n o
quiso escuchar r a z o n e s ; dos días después lanzó
una p r o c l a m a , precursora de la a n e x i ó n , y q u e d ó
ésta c o n s u m a d a , sin consultar definitivamente la
v o l u n t a d p o p u l a r y sin m á s c e r e m o n i a que izar en
la plaza el pabellón c o l o m b i a n o .
C o n c l u i d a s , p o r c o n s e c u e n c i a de este h e c h o , l a s
funciones de la J u n t a de G o b i e r n o y p e r s e g u i d o s
sus m i e m b r o s , e m i g r a r o n éstos al P e r ú , n o de
callada, como dice erróneamente el General
Ü ' L e a r y , sino abiertamente, c o m o lo declara d o n

i
XXVI JOSÉ JOAQUÍN De OLMEDO

R a m ó n Azpurúa, <<
. j u n t o c o n otros ciudadanos
q u e de g r a d o les a c o m p a ñ a r o n en su e m i g r a c i ó n
y en su asilo en el P e r ú . » E s o s c i u d a d a n o s , q u e
quisieron también expatriarse voluntariamente,
escoltando á los m i e m b r o s del G o b i e r n o , f u e r o n ,
según don P e d r o C a r b ó , m á s de d o s c i e n t o s ; y á
qué grado debió s u b i r la exaltación de los espíritus
•en esos m o m e n t o s , y cuáles serían las intrigas q u e
se pusieron en j u e g o , lo d e m u e s t r a el que O l m e d o ,
al embarcarse el 2 9 del m i s m o m e s , dirigiese á
B o l í v a r la carta s i g u i e n t e , tan i m p r e g n a d a de in-
d i g n a c i ó n y de a m a r g u r a .
« Y o p u e d o e q u i v o c a r m e ; p e r o creo haber s e -
g u i d o en el n e g o c i o q u e ha t e r m i n a d o m i a d m i -
nistración, la senda que m e m o s t r a b a n la razón y
la prudencia : esto e s , n o o p o n e r m e á las r e s o l u -
ciones de usted para evitar m a l e s y desastres al p u e -
b l o ; y n o intervenir ni consentir en nada para
consultar á la d i g n i d a d de m i representación.
» Y o t o m o , p u e s , el ú n i c o partido q u e p u e d o :
separarme de este p u e b l o mientras las cosas entran
en su asiento y los á n i m o s recobran su posición
natural. S ó l o la m a l i g n i d a d p o d r á decir que p r e -
tendo evadir el juicio de r e s i d e n c i a ; pues es n o t o r i o
á todos que n o s o t r o s m i s m o s h e m o s p r o v o c a d o
ese j u i c i o , y que le h e m o s d a d o en el a u t o de c o n -
vocatoria una latitud m a y o r de la que daba la l e y .
T e n i e n d o firmeza bastante para oír u n a sentencia
•del tribunal m á s s e v e r o , n o debo tener la debilidad
DATOS Y NOTICIAS XXVII

de sujetarme á u n tribunal i n c o m p e t e n t e , p o r h u -
m a n o y b e n é v o l o que sea.
» S é que está preparada nuestra acusación y a u n
escrita la sentencia. L a c o n d e n a c i ó n del G o b i e r n o
aseguran que es el principal a r g u m e n t o para j u s t i -
ficar cuanto se ha h e c h o . N o l o d u d o , pues todas
las apariencias lo c o n f i r m a n , y c u a n d o en los p a -
peles oficiales se dan á l u z exposiciones detracto ras,
m e n t i r o s a s , infames, y c u y a trama es tan g r o s e r a -
mente urdida, que el miserable autor n o ha r e p a -
rado en que ha h e c h o decir y escribir á un m i s m o
tiempo á tres ó cuatro pueblos distintos y dis-
tantes m u c h a s leguas, las m i s m a s a c r i m i n a c i o n e s ,
con los misuiub p e n s a m i e n t o s , en las m i s m a s fra-
ses, y aun con las m i s m a s palabras. ¡ Q u é pobreza
de i m a g i n a c i ó n ! P e r o y o m i r o todas estas cosas
c o m o n u b e s que v a g a n y se disipan debajo de m i s
pies.
» Mas seria precisa toda la filosofía de u n es-
toico, ó la i m p u d e n c i a de u n c í n i c o , para v e r el
abuso q u e se ha h e c h o del c a n d o r de estos p u e -
blos, o b l i g á n d o l o s á decir q u e h a n su trido bajo
de nosotros un yu°o más insoportable que el español,
y para ver esta i m p o s t u r a autorizada c o n el n o m b r e
de usted en los papeles públicos difundidos por
todas p a r t e s ; y sin e m b a r g o , p e r m a n e c e r en este
país ó en cualquiera o t r o de A m é r i c a , d o n d e el
c o n o c i m i e n t o de nuestra h o n r a d e z y de nuestros
puros sentimientos p o r la Patria y p o r la L i b e r t a d
XXVIII J O S É JOAQUÍN' DE OLMEDO

n o desmientan altamente aquella atrocísima ca-


l u m n i a . ¡ Q u é dirán los G o b i e r n o s libres con q u i e -
nes h e m o s tenido relaciones, y á quienes llegó
nuestro n o m b r e con h o n o r ! ¡ V a y a , q u e ha sido
h e r m o s o el p r e m i o de tantos desvelos p o r q u e fuese
este pueblo tan feliz c o m o el p r i m e r o y m á s libre
q u e n i n g u n o ! N o crea usted q u e h a b l o i r ó n i c a m e n t e .
U n a aclamación p o p u l a r m e sería m e n o s g r a t a .
U s t e d sabe por la historia de todos los s i g l o s , cual
ha sido la suerte de l o s h o m b r e s de bien en las
r e v o l u c i o n e s , y es dulce participar de u n a desgra-
cia m á s h o n r o s a q u e u n triunfo.
» Y o m e s e p a r o , p u e s , atravesado de pesar, de
una familia h o n r a d a q u e a m o con la m a y o r t e r -
n u r a , y que quizás queda expuesta al o d i o y á la
persecución p o r m i causa. P e r o así l o e x i g e m i
h o n o r . A d e m á s , para v i v i r necesito de r e p o s o ,
más que del aire : m i Patria n o m e n e c e s i t a ; y o
no hago más que abandonarme á mi destino. »
Á su arribo á L i m a , fué elegido O l m e d o p o r la
p r o v i n c i a de P a s c o m i e m b r o del C o n g r e s o C o n s t i -
t u y e n t e que se r e u n i ó en esa capital el 2 2 de s e -
tiembre de 1 8 2 2 , c o n v o c a d o p o r el general S a n
M a r t i n , á su regreso de la conferencia q u e celebró
con B o l í v a r en G u a y a q u i l el 2 2 de j u l i o del m i s m o
año.
A ese C o n g r e s o tocó dictar la p r i m e r a consti-
t u c i ó n , de la R e p ú b l i c a P e r u a n a ; O l m e d o perte-
n e c i ó á la C o m i s i ó n q u e la elaboró, redactando él
DATOS Y NOTICIAS XXIX

la exposición q u e precede al p r o y e c t o , y c o m i e n z a
d e esta m a n e r a :
« D i f í c i l m e n t e se presenta situación m á s a p u r a d a
que la actual para p o d e r contraerse á este trabajo
con la m e d i t a c i ó n y r e p o s o q u e d e m a n d a su i m -
portancia. L u c h a n d o p o r la i n d e p e n d e n c i a , ó m á s
bien, en dura y tenaz c o n t i e n d a p o r el s u e l o sobre
que ha de plantarse, n o s v e m o s á u n t i e m p o p r e -
cisados á edificar y á r e u n i r materiales para el
edificio m i s m o . ¡ Q u é diferencia entre las n a c i o n e s ,
á quienes ha cabido en suerte escribir su carta
.constitucional bajo el s e g u r o baluarte d e su liber-
tad exterior y la del P e r ú , c u y o n a c i m i e n t o al
¡mundo p o l í t i c o , y c u y o s desvelos p o r e v i t a r la t i -
ranía, son u n a obra s i m u l t á n e a ! P e r o éste es el
.inevitable destino de los p u e b l o s q u e r o m p i e n d o
los lazos de su a n t i g u a d e p e n d e n c i a , se d e c i d e n i n -
contrastablemente á existir p o r sí y para s í .
» E l s e n t i m i e n t o de la i n d e p e n d e n c i a n a c i o n a l ,
.resultado de la de los i n d i v i d u o s , p o n e en m o v i -
miento todas las alecciones h u m a n a s hacia la d i s o -
lución de la m a s a s o c i a l ; de m a n e r a q u e i n t r o d u -
cido en ella el f e r m e n t o , p o r las s u g e s t i o n e s q u e
cada u n o siente en sí m i s m o al c o n t e m p l a r sus p r e -
eminencias n a t u r a l e s , la a n a r q u í a sucede al o r d e n ,
•exponiéndose el E s t a d o á ser p r e s a , ó d e l m á s afor-
t u n a d o , ó del m á s fuerte. ¿ Q u i é n r e d u c i r á , p u e s ,
á su centro estos e l e m e n t o s d i s c o r d e s , ó m e j o r d i -
r e m o s , quién será capaz de d e t e r m i n a r l e s u n c e n -

6.
XXX JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

tro? — Q u e el q u e tenían desapareció, v a r i a d o el


p u n t o de su dirección p r i m i t i v a . E l único, legítimo
y eficaz agente para consolidar las asociaciones
políticas es la libre v o l u n t a d de los p u e b l o s que
las forman : así c o m o para a r r e g l a r los orbes c e -
lestes sólo es poderosa la v o z del A r b i t r o Su-
premo.
» Legitimidad y eficacia que están en la n a t u r a -
leza de las cosas, c o m o q u e las r e v o l u c i o n e s sólo
p u e d e n justificarse, c u a n d o u n establecimiento c i -
v i l , cansado de v e r ultrajados sus d e r e c h o s , r e s -
cinde p o r fin el pacto y transige de n u e v o bajo
otra forma que se los g a r a n t i c e ; y c o m o q u e s ó l o
este interés puede aguijar á sus m i e m b r o s hasta el
t é r m i n o de sacrificar su fortuna y su e x i s t e n c i a .
L o d e m á s es p u r a m e n t e accidental. Y si la h i s t o r i a
de las transformaciones políticas n o s manifiesta i n -
fluencias de otro g é n e r o , también s a b e m o s q u e su
poder ha sido e f í m e r o , y que E s t a d o que n o se
fundó desde el principio en la v o l u n t a d , c o n t e n t o
y aprobación de los p u e b l o s , p o r m a s esfuerzos q u e
h a g a , n u n c a j a m á s p o d r á constituirse. T e a t r o de
especulaciones rastreras y agitado s i e m p r e p o r par-
t i d o s , n o es posible r e ú n a y a la v o l u n t a d g e n e r a l ,
ni que p o r consiguiente fije las bases de u n a a d m i -
nistración p e r m a n e n t e ; por que los p u e b l o s , u n a
v e z d e s e n g a ñ a d o s , n o v u e l v e n á a n d a r el m i s m o
c a m i n o . M i e n t r a s que p o r el contrario a d v e r t i m o s
q u e los afortunados países, en d o n d e se h a c o n c e n -
DATOS Y NOTICIAS XXXI

trado el espíritu de i n d e p e n d e n c i a con el de liber-


tad, bajo las garantías de la representación p o p u l a r ,
m u y p o c o han tardado en v e r c o n s u m a d a la obra
de su e m a n c i p a c i ó n , y m u y b r e v e se ha c o n s o l i d a d o
en ellos su r é g i m e n a d m i n i s t r a t i v o .
» E f e c t i v a m e n t e , entretanto n o se afirmen las-
leyes fundamentales, t o d o es precipitación y m o -
vimiento en un E s t a d o ; m á s c l a r o , se v i v e en u n a
especie de a n a r q u í a m á s ó m e n o s pronunciada;,
porque es c o n d i c i ó n indispensable del o r d e n r e c o -
nocer ciertos p r i n c i p i o s fijos, de que parta la r e g u -
laridad en todas las a c c i o n e s , y la precisión de lí-
mites en el ejercicio de la autoridad y de Ios-
derechos civiles. »
T a m b i é n ese C o n g r e s o fué el que i n v i t ó á B o l í -
v a r , en j u n i o de 1 8 2 3 , á pasar al P e r ú con sus
tropas y dirigir el ú l t i m o esfuerzo para lanzar el
poder español de la A m é r i c a del S u r . L o s d i p u t a -
dos O l m e d o y S á n c h e z C a m ó n fueron designados
para ir á Q u i t o á l l e v a r al L i b e r t a d o r la palabra
del C o n g r e s o ; c o m i s i ó n que llenó O l m e d o , no
sólo con lealtad, s i n o c o n e n t u s i a s m o , o l v i d a n d o
patrióticamente t o d o lo o c u r r i d o a n t e s , y d i r i g i e n d o
á B o l í v a r el s i g u i e n t e discurso :

Señor :

« E l C o n g r e s o del P e r ú h a q u e r i d o fiar á una.


diputación de su seno el h o n o r de renovar á
V . E . sus sentimientos de consideración y grati-
XXXII JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

t u d , y de reiterarle los ardientes deseos de q u e su


presencia v a y a á p o n e r u n fin p r o n t o y g l o r i o s o á
los males de la g u e r r a .
» L o s e n e m i g o s h a n o c u p a d o la capital de la R e -
pública. L a devastación precede y s i g u e p o r todas
partes la m a r c h a del e n g r e í d o y s a n g r i e n t o C á n t e -
me : todas las huellas de sus pasos quedan cubiertas
de sangre y de c e n i z a s . . . P e r o , pasada la tempestad
presente, aparecerá m á s h e r m o s a la libertad sentada
sobre r u i n a s .
» E n o r m e s c o n t r i b u c i o n e s , el s a q u e o de ricos
almacenes y de los santos t e m p l o s , una ciega y
rigurosa c o n s c r i p c i ó n de la j u v e n t u d p e r u a n a , h a n
librado á la o p u l e n t a L i m a á la suerte que h a n s u -
frido tantos pueblos i n e r m e s y pacíficos p o r d o n d e
h a n pasado los tártaros de O c c i d e n t e .
» E s t a conducta española, esta situación del
P e r ú , si i m p o n e á V . E . , c o m o á v e n g a d o r de la
A m é r i c a , el deber de v o l a r á su defensa y su v e n -
g a n z a , le abre al m i s m o t i e m p o u n n u e v o teatro de
hazañas y de g l o r i a .
» L o s e n e m i g o s d e s l u m h r a d o s p o r a l g u n a s pe-
q u e ñ a s v e n t a j a s , de que sólo p u e d e n e n v a n e c e r s e
aquellos q u e n o calculan sobre todas las causas
q u e i n f l u y e n en la suerte de l o s c o m b a t e s , ó a q u e -
llos que penetrados de su propia debilidad se a s o m -
bran de v e n c e r u n a v e z ; los e n e m i g o s , repito,
c i ñ e r o n al P e r ú e x h a u s t o y a del todo y a b a n d o -
n a d o á sí m i s m o : y c o m o n o acaban de p e r s u a -
DATOS Y NOTICIAS xxx ;t

•dirse de que t o d o s los p u e b l o s de A m é r i c a h a c e n


causa c o m ú n , c u a n d o v e n amenazada la i n d e p e n -
dencia de cualquiera de e l l o s , a c o m e t i e r o n muy
n e c i a m e n t e una e m p r e s a , q u e debe importarles la
pérdida de todas las p r o v i n c i a s q u e tienen s u b y u -
gadas, y aun su destrucción total, si se a p r o v e c h a n
las circunstancias y los i n s t a n t e s , y si se p o n e n en
acción todos los m e d i o s y recursos q u e t e n e m o s
para v e n c e r . L o s b r a v o s de C o l o m b i a , q u e c o n las
..tropas del Plata y C h i l e , b u r l a n d o los planes del
e n e m i g o , quedan a c a m p a d o s delante de las forta-
lezas del C a l l a o ; el refuerzo q u e se espera c o n
V . E . ; la n u m e r o s a d i v i s i ó n q u e n u e v a m e n t e h a
salido de las costas c h i l e n a s ; la e x p e d i c i ó n liberta-
dora que felizmente desembarcó en A r i c a c o m -
puesta de valientes P e r u a n o s resueltos á v e n g a r en
los m i s m o s c a m p o s de T o r a t a la ú l t i m a injuria q u e
.allí les hizo la f o r t u n a ; t o d o s , S e ñ o r , s o n e l e m e n -
tos qué s ó l o esperan u n a v o z q u e los u n a , u n a
m a n o q u e los d i r i j a , u n g e n i o q u e los l l e v e á la
victoria. Y todos los o j o s , t o d o s los v o t o s se c o n -
vierten naturalmente á V . E . — V . E . acaba de
quebrantar con pie firme la ú l t i m a cabeza de la h i -
dra de la r e b e l i ó n ; y nada p u e d e i m p e d i r l e de s a -
tisfacer u n o s v o t o s de q u e p e n d e la libertad de
•un gran E s t a d o , la seguridad del S u r de C o l o m b i a
y la c o r o n a del destino del p u e b l o A m e r i c a n o .
R o m p a V . E . todos los lazos q u e lo retienen lejos
d e l c a m p o de batalla. D e s p u é s de la r e v o l u c i ó n de
XXXIV JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

tantos s i g l o s , parece que los oráculos h a n v u e l t o á


p r e d e c i r , q u e tantos p u e b l o s confederados en una
n u e v a A s i a p o r la v e n g a n z a c o m ú n , por n i n g u n a
m a n e r a podrán v e n c e r sin A q u i l e s . C e d a V . ti. al
t o r r e n t e , que quizá p o r última v e z le arrebata á
nuevas glorias.
» E s t o s son los v o t o s que p o r nuestro medio-
trasmite á V . E . el C o n g r e s o p e r u a n o , en la s e g u r a
y firme esperanza de q u e V . E . , c o m o hasta a h o r a ,
será s i e m p r e fiel á s u s c o m p r o m e t i m i e n t o s con la
patria y c o n la v i c t o r i a . »
B o l í v a r r e s p o n d i ó en estos t é r m i n o s :

Señor Diputado:

» M i religioso respeto p o r las instituciones de


C o l o m b i a ha sido p r e m i a d o por u n a victoria q u e
el cielo ha q u e r i d o conceder á nuestras a r m a s , d e s -
t r u y e n d o para s i e m p r e los e l e m e n t o s de la g u e r r a
civil.
» .Mucho t i e m p o ha que m i corazón m e i m p e l e
hacia el P e r ú : m u c h o t i e m p o ha q u e los m á s v a -
lientes g u e r r e r o s de toda la A m é r i c a c o l m a n la
m e d i d a de m i gloria l l a m á n d o m e á su l a d o ; p e r o
y o n o he p o d i d o v e n c e r la v o z del deber q u e m e
ha d e t e n i d o en las playas de C o l o m b i a . H e i m p l o -
r a d o el p e r m i s o del C o n g r e s o g e n e r a l , para q u e m e
fuese p e r m i t i d o e m p l e a r m i espada en servicio de
m i s h e r m a n o s del S u r : esta gracia n o m e ha v e -
n i d o a ú n . Y o . m e desespero en esta i n a c c i ó n , c u a n d o
DATOS Y NOTICIAS XXXV

las tropas de C o l o m b i a están entre los peligros y la


g l o r i a , y y o lejos de ellas.
» S e ñ o r D i p u t a d o : y o ansio p o r el m o m e n t o
•de ir al P e r ú ; mi b u e n a suerte m e p r o m e t e que
bien p r o n t o v e r é c u m p l i d o el v o t o de los hijos de
los Incas, y el deber que y o m i s m o m e he i m -
puesto de n o reposar hasta q u e el N u e v o M u n d o
haya arrojado á los m a r e s todos sus o p r e s o r e s . »
Bolívar acudió al a u x i l i o del P e r ú , fué n o m b r a d o
Dictador, t o m ó el m a n d o del ejército u n i d o , y en
J u n í n y A y a c u c h o selló la i n d e p e n d e n c i a del con-
tinente.
Hallábase O l m e d o en G u a y a q u i l c u a n d o llegó
allí la noticia de la v i c t o r i a de J u n í n , que t u v o
lugar el 6 de agosto de 1 8 2 4 . P r o p ú s o s e entonces
escribir el célebre, el v a s t o , el « t o r m i d a b l e » C a n t o
que lleva ese n o m b r e ; pero tan poca tranquilidad
logró para entregarse al t r a b a j o , q u e á fines de
enero del siguiente a ñ o , apenas había c o m p u e s t o
cincuenta v e r s o s . S o r p r e n d i d o p o r el espléndido
triunfo por S u c r e alcanzado en A y a c u c h o el 9 de
diciembre del m i s m o a ñ o , y e s t i m u l a d o p o r el L i -
bertador, consagróse c o n m á s asiduidad á su obra
basta dejarla concluida á fines de abril de 1 8 2 5 .
E n ese p o e m a , q u e la generación pasada d i t u n d i ó
con profusión y que la presente sabe de m e m o r i a ,
e n u n c i ó por p r i m e r a v e z O l m e d o la confederación
sud-americana, q u e por dos veces se i n t e n t ó rea-
lizar después :
JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Será perpetua, oh Pueblos, esta gloria


Y vuestra libertad incontrastable
Contra el poder y liga detestable
De todos los tiranos conjurados,
Si en lazo federal de polo á polo
En la guerra y la paz vivís unidos.
Vuestra fuerza es la unión. ¡ U n i ó n , o h P u e b l o : .
Para se- libres y jamás vencidos !
Esta unión, este lazo poderoso
La gran c&dena de los Andes sea,
Que en fortísimo enlace se dilatan
Del uno al otro mar.

T a m b i é n presintió allí las tentaciones q u e p o -


dían a t o r m e n t a r el recto espíritu del L i b e r t a d o r , y
o c u r r i ó á conjurarlas :
Rompiste la cadena aborrecida :
La rebelde cerviz hispana hollaste :
Grande gloria alcanzaste;
Pero mayor te espera, si á mi Pueblo
Así cual á la guerra lo conformas,
Y á conquistar su libertad le empeñas;
La rara y ardua ciencia
De merecer la paz y vivir libre
Con voz y ejemplo y con poder le enseñas.

Pues un conquistador, el más humano,


Formar, mas no regir, debe un imperio.
"v
¡ Oh Libertad! el Héroe que podía
Ser el brazo de Marte sanguinario,
Ese es tu sacerdote más celoso,
DATOS Y NOTICIAS XXXVJI

Y el primero que toma el incensario,


Y á tus aras se inclina silencioso.

N o temas, con este Héroe, que algún día


Eclipse el ciego error tus resplandores,.
Superstición profane tus cantares,
Mi que insulte tu ley la tiranía.

M i e n t r a s c o m p o n í a O l m e d o este c a n t o , el C o n -
greso del P e r ú , p o r decreto de i s de e n e r o de 1 8 2 5 ,
le concedía los d e r e c h o s de p e r u a n o de n a c i m i e n t o ;
y para aceptar este h o n o r , pidió p e r m i s o al Go-
bierno de su P a t r i a , c o m o se desprende del d o c u -
m e n t o que s i g u e :

REPÚBLICA DE COLOMBIA
Secretaria de Estado
del Despacho del Interior.
SECCIÓN 3 .a

Palacio del Gobierno en B o g o t á ,


á 6 de J u l i o de 1 8 2 5 - 1 5 .

AL SEÑOR JOSÉ JOAQUÍN OLMEDO, ¡. •>•.. .


No correspondiendo al Poder Ejecutivo el conceder
á usted el permiso que solicita para aceptar la gracia
de ciudadano del Perú que se le ha concedido por el
Congreso Constituyente de esa República, me ha man-
dado pasar al Cuerpo legislativo, como al que corres-
ponde por nuestra constitución conceder esta especie
de gracias, la comunicación de usted de 28 de abril
iltimo, en que lo solicita.
Dios guarde á usted.
J . MANUEL RESTREGÓ.
XXXVIII JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

E n a g o s t o de 1 8 2 5 el m i s m o G o b i e r n o del P e r ú ,
presidido p o r B o l í v a r , lo hizo salir de su retiro en-
v i á n d o l o , en compañía de don J o s é G r e g o r i o P a -
redes, á d e s e m p e ñ a r u n a misión, d i p l o m á t i c a cerca
de las C o r t e s de I n g l a t e r r a , F r a n c i a y otros países
de E u r o p a . O l m e d o n o q u i s o aceptarla tampoco
sin previa licencia de su p r o p i o G o b i e r n o , q u i e n
le d i r i g i ó la s i g u i e n t e nota :

REPÚBLICA DE COLOMBIA
Secretaria de Estado
del Despacho del Interior.
SECCIÓN- 7 .
a

Palacio del Gobierno en B o g o t á ,


á 6 de J u l i o de 1 8 2 5 - 1 5 .

AL SEÑOR JOSÉ JOAQUÍN OLMEDO,

S . E. el Vice - Presidente de la República me ha


mandado pasar al Congreso la comunicación de usted
de 28 de abril último, como que es al que corresponde
conceder á usted el permiso que en ella solicita para
emplearse en la Legación que el Gobierno de la Repú-
blica del Perú ie ha conferido cerca del de S . M B . , y
me ha prevenido lo avise á usted en contestación á su
citada: comunicación.
Dios guarde á usted.

j . MANUEL RESTREPO.

l i a d i c h o el señor M . A . C a r o que « O l m e d o ,
a p e g a d o s i e m p r e al t e r r u ñ o nativo del G u a y a s , fué
sucesivamente español-americano, peruano, colom-
b i a n o , ecuatoriano », y a g r e g a en t o n o acaso l i g c -
xxx:x

ramente hostil': « ¡ P e r e g r i n a s m e t a m ó r t o s i s ! « M a s
ello sin e m b a r g o es v e r d a d ; en aquellos días en
que se fundaban y se disolvían repúblicas, en q u e
se les añadían ó se les quitaban pedazos de fronte-
ras grandes c o m o naciones, bien p u d o O l m e d o ,
j u g u e t e , c o m o t o d o s , de los a c o n t e c i m i e n t o s , c a m -
biar de patria m á s de u n a v e z , sin alterar p o r eso.
en lo más m m i m o ni sus ideas, n i sus a s p i r a c i o n e s ,
ni su línea de c o n d u c t a . Y es lo cierto también
que así c o m o las siete ciudades de G r e c i a se dis-
putaban la cuna del p o e t a , pueden h o y p o r ese
m o t i v o C o l o m b i a y el P e r ú disputar al E c u a d o r la
nacionalidad de O l m e d o , m i e n t r a s C a ñ e t e , p o r
otra parte, en el libro citado en otro l u g a r , r e c l a m e
su gloria para las letras castellanas.
L a s dificultades q u e halló en su m i s i ó n á Europa,
y las discusiones con su c o m p a ñ e r o le trajeron
amarguras q u e se traslucen en la correspondencia
con B o l í v a r , que i n s e r t a m o s en las notas de este
t o m o . E n cambio a d q u i r i ó allí para toda la vida la
preciosa amistad con el ilustre A n d r é s B e l l o .
E n t o n c e s -fué t a m b i é n c u a n d o i n v i t a d o p o r el
m i s m o B o l í v a r á dar su o p i n i ó n sobre la constitu-
ción, b o l i v i a n a , la desaprobó f r a n c a m e n t e , o p o n i é n -
dose, al sistema q u e establecía para la sucesión en
el poder.
R e g r e s a n d o á G u a y a q u i l , desarrolladas y a las
dificultades entre C o l o m b i a y el P e r ú , q u e t e r m i -
naron después c o n la jornada de T a r q u i , al pasar
XL JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

p o r el C a l l a o se a b s t u v o O l m e d o de ir á v e r a su pai-
sano el g e n e r a l L a M a r , s o b r e p o n i e n d o así su pa-
triotismo á los s e n t i m i e n t o s de la m a s tierna a m i s -
tad.
E n G u a y a q u i l recibió el ofrecimiento de la C a r -
tera de R e l a c i o n e s E x t e r i o r e s q u e B o l í v a r le hizo
desde B u c a r a m a n g a , y n o lo aceptó, decidido c o m o
estaba á n o tener ingerencia en la a d m i n i s t r a c i ó n
pública.
« S u sobresaliente m é r i t o — dijo el publicista
ecuatoriano D . P e d r o C a r b o en la s o l e m n i d a d del
centenario de O l m e d o , en G u a y a q u i l — y l o s t í -
» tulos q u e había a d q u i r i d o á la e s t i m a c i ó n del
» L i b e r t a d o r , habrían sido suficientes para que éste
» le llamara á los p r i m e r o s p u e s t o s p ú b l i c o s ; m a s
» él prefirió la v i d a p r i v a d a en esos aciagos días de
» dictadura, de planes de presidencia vitalicia y de
» p r o n u n c i a m i e n t o s militares contra las i n s t i t u c i o -
» nes j u r a d a s , q u e tanto e m p a ñ a r o n la radiante
» aureola de la g l o r i o s a C o l o m b i a . O l m e d o s a l v ó
» pues su n o m b r e , n o t o m a n d o n i n g u n a parte en
» los a c o n t e c i m i e n t o s que d i e r o n p o r resultado la
» d i s o l u c i ó n de aquella r e n o m b r a d a R e p ú b l i c a . »
T a m p o c o q u i s o d e s p u é s , en t i e m p o s n o r m a l e s ,
ingerirse en la política ecuatoriana. S i n g u s t o pol-
l o s p u e s t o s p ú b l i c o s , apasionado al e s t u d i o y de
índole m a n s a , prefirió siempre vivir retirado 3^
t r a n q u i l a m e n t e r o d e a d o de u n a familia tierna y
cariñosa. P e r o su p o s i c i ó n s o c i a l , su bella inteli-
Dí>TOS Y NOTICIAS

g e n c i a , su saber, p a t r i o t i s m o , austeridad y m o d e s -
tia, formaban c o n j u n t o tan precioso de cualidades,
q u e sus c o m p a t r i o t a s , a u n respetando su r e p u g -
nancia á mezclarse en los n e g o c i o s p ú b l i c o s , le
c o m p e l i e r o n afectuosamente á hacerlo en toda
circunstancia critica ó difícil. A s í p u e s figuró en
casi todos los sucesos i m p o r t a n t e s q u e tuvieron
lugar desde que recibió la investidura de a b o g a d o
hasta su m u e r t e , y p o r esta causa, al relatar su
v i d a , es i m p r e s c i n d i b l e tener p r e s e n t e la historia
política de su Patria.
L a disociación de la G r a n R e p ú b l i c a de C o l o m -
bia dejó al E c u a d o r en m a n o s del general don
J u a n J o s é F l o r e s , natural de V e n e z u e l a y jefe de
las tropas c o l o m b i a n a s , q u e h a b í a n q u e d a d o acan-
tonadas en el E c u a d o r después de la batalla de
T a r q u i , acaecida el 2 7 de febrero de 1 8 2 9 .
E s t a s tropas, que se consideraban c o m o e x t r a ñ a s ,
eran en aquel m o m e n t o u n a amenaza para la tran-
quilidad pública y requerían u n jefe capaz de
contenerlas. F l o r e s , p o r sus antecedentes, su i n -
teligencia y su v a l o r , tenía en ellas t o d o el prestigio
q u e podía apetecer u n caudillo en ocasión s e m e -
jante. S e p u s o , p u e s , al frente del e s t a d o , l l a m a d o
entonces « del E c u a d o r en C o l o m b i a », e v i t ó la
anarquía y c o n v o c ó u n C o n g r e s o C o n s t i t u y e n t e ,
que se r e u n i ó el 1 4 d e a g o s t o de 1 8 3 0 en la c i u -
dad de R i o b a m b a , al pie del C h h n b o r a z o . O l m e d o ,
m i e m b r o de ese c u e r p o , fué u n o de los redactores
XLII JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

de la p r i m e r a constitución política de la R e p ú -
blica del E c u a d o r , q u e entonces se p r o m u l g ó .
R e n u n c i ó , sin e m b a r g o , el puesto de V i c e - P r e -
sidente de la R e p ú b l i c a que el m i s m o Congreso
le ofreció, y sólo a d m i t i ó la Prefectura del D e p a r -
tamento del G u a y a s , p o r p o c o t i e m p o , para c o n -
currir en s e g u i d a , con D o n J o a q u í n N i c o l á s de
A r t e t a y D o n J o s é F é l i x V a l d i v i e s o , á la c o n f e -
rencia d i p l o m á t i c a q u e t u v o l u g a r en Ibarra en
1832, p r o s e g u i d a en Q u i t o en 1833, con los
comisionados de la N u e v a Granada, Don José
Manuel Restrepo y D o n J o s é María Esteves, Obispo
de Santa-Marta, para discutir los limites de a m b o s
países. Esta espinosa cuestión implicaba la a n e x i ó n
del C a u c a al E c u a d o r , y c o m o era de esperarse,
las n e g o c i a c i o n e s q u e d a r o n sin efecto.
A e j e m p l o de O l m e d o , la población culta del
E c u a d o r , fatigada de g u e r r a s , se c o l o c ó del lado
del Gobierno presidido por el general Flores;
p e r o n o p u d o i m p e d i r q u e se formase en 1833
u n a oposición a r m a d a , que contenía, es v e r d a d ,
el g e r m e n de u n a causa n a c i o n a l ; pero q u e , á
pesar de q u e en ella brillaban n o m b r e s c o m o R o -
cafuerte y M o n c a y o , abrigaba también e l e m e n t o s
de desorden que el p u e b l o miraba con t e m o r , v
que s u c u m b i ó el 1 8 de enero de 1 8 3 5 , m
< í s bajo
e l peso de la o p i . i i ó n que p o r las bulas de M i ñ a -
rica.
E s t e e n c u e n t r o fratricida inspiró á O l m e d o la
DATOS Y NOTICIAS XLI!I

oda famosísima, que le atrajo i m p r o b a c i ó n g e n e -


ral, y q u e , en él m i s m o , despertó m u y p r o n t o el
más hondo arrepentimiento.
P e r o n o es posible q u e la significación política
de la oda revele las intenciones del poeta en
aquellos m o m e n t o s , si es que p u d o tenerlas, ó
ser dueño de sí m i s m o . E l g e n i o se apodera de
los grandes h e c h o s para manifestarse, y c u a n d o la
inspiración b r o t a , el poeta obedece ;

? Quién me dará templar el voraz luego


En que ardo todo y o ?

¿ Quien me liberta del Dios que me fatiga?

ha d i c h o el m i s m o O l m e d o .
É l necesitaba de batallas, de peripecias, de catás-
trofes y éstas n o se presentaban c o n frecuencia, y
por eso m i s m o tal v e z se e x p l i q u e que compu-
siera tan p o c o .
E l a r r e p e n t i m i e n t o p u d o v e n i r espoleado por
sucesos p o s t e r i o r e s ; pero ¿ p o r v e n t u r a es ésta la
primera vez q u e las m u s a s h a n favorecido la c o n -
m e m o r a c i ó n , n o y a de la d i s c o r d i a , sino hasta del
crimen?
E n todo c a s o , la antipatía q u e m e r e c i ó el s u c e s o
que s i r v e al canto de a r g u m e n t o , n o p u d o alcanzar
á F l o r e s en aquellos t i e m p o s , p u e s es j u s t o ad-
vertir que él n o lo solicitó. Pruébalo la frase
XL1V JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

siguiente de ia carta q u e le dirigió O l m e d o el


2 7 de marzo de 1 8 3 5 :

V o y á dar i usted una noticia singular, aunque de


poca importancia. ¿ Q u é será? ¿ S e lo diré...? No lo digo;
que me da vergüenza... Pero fuera encogimientos; pues
sepa usted que la Victoria de Miñarica ha despertado
la musa de J u n í n . . . En el próximo correo hablaré con
extensión sobre este mal pensamiento y daré cuenta
de lo que se haya avanzado. Ahora tendré como cin-
cuenta versos solamente. Y adiós.

P o c o tiempo duró O l m e d o en su r e t i r o , p u e s la
p r o v i n c i a de G u a y a q u i l l o e n v i ó de n u e v o á repre-
sentarla en la C o n v e n c i ó n q u e se r e u n i ó en A m -
baro en el m i s m o a ñ o 1 8 3 5 y de la q u e fué P r e -
sidente. L a n u e v a constitución q u e ese cuerpo
redactó fué en g r a n parte o b r a s u y a .
R e t i r a d o o t r a v e z á la v i d a p r i v a d a en su q u i n t a
de la V i r g i n i a , y c o n s a g r a d o al e s t u d i o p o r diez
a ñ o s c o n s e c u t i v o s , durante los cuales se o c u p ó e n
c o n t i n u a r la notable traducción de las E p í s t o l a s de
P o p e , debió s ú b i t a m e n t e a b a n d o n a r su h o g a r y
s u s tareas literarias para d i r i g i r , en u n i ó n de D o n
Vicente Ramón Roca y Don Diego Noboa, la
revolución que estalló en Guayaquil el 6 de
m a r z o de 1 8 4 5 , contra el G e n e r a l F l o r e s , q u i e n ,
después de haber g o b e r n a d o el país p o r o c h o a ñ o s ,
había sido reelecto para P r e s i d e n t e p o r otros o c h o .
E n v i r t u d de u n a ofuscación c o m ú n á todos los
XLV

caudillos, con exceso favorecidos p o r la fortuna,


F l o r e s , á pesar de su sagacidad, c o m e t i ó errores
contra l o s cuales naufragó su prestigio. L a parte
principal de la p o b l a c i ó n , que hasta entonces lo
había sostenido, advirtió p o r fin q u e la oposición
inculta de 1 8 3 5 había p r o c e d i d o con instinto p r e -
v i s o r , y abrazó las m i s m a s ideas a u t o n ó m i c a s defen-
didas por los q u e , diez años a n t e s , había ella c a l i -
ficado de facciosos. C o n pocas excepciones estaba
la administración política y militar de las p r o v i n -
cias en m a n o s de e x t r a n j e r o s , — e u r o p e o s y a m e -
ricanos de diversas nacionalidades, — a l g u n o s de
ellos sin duda b e n e m é r i t o s del país, pero los m a s
ignorantes y de despreciable carácter, sin d i g n i d a d ,
sin m e s u r a en su c o n d u c t a , en nada parecidos á
los que en 1 8 2 0 se asociaron al grito de indepen-
dencia y o b t u v i e r o n la gratitud u n i v e r s a l , c o m e -
tiendo á diario tropelías q u e m a n t e n í a n al pueblo
exasperado. E l país, l a s t i m a d o p o r semejante estado
de cosas, debido á la política i m p r u d e n t e de F l o r e s ,
recibió con h o n d o disgusto la n u e v a elección de
ese general para la Presidencia de la R e p ú b l i c a
que hizo el C o n g r e s o de 1 8 4 3 , pues nada ha s o -
p o r t a d o c o n m e n o s paciencia el p u e b l o ecuato-
riano que la reelección de sus m a n d a t a r i o s . L a
r e v o l u c i ó n de 1 8 4 5 fué, p u e s , acaso el ú n i c o m o -
v i m i e n t o p o p u l a r r e a l m e n t e e s p o n t á n e o q u e se
h a visto en el E c u a d o r ; y p o r su o r i g e n y p o r su
espíritu c o m p r é n d e s e m u y bien q u e O l m e d o lo
XLVI J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

abrazara, aceptando — u n a vez en su larga exis-


t e n c i a — el papel de r e v o l u c i o n a r i o ; sin que esto
sea n i justificar r e v o l u c i o n e s a r m a d a s , incompa-
tibles casi s i e m p r e c o n el o r d e n r e p u b l i c a n o , ni
excusar los c r í m e n e s y matanzas de la u s u r p a c i ó n
en épocas p o s t e r i o r e s , que nadie en aquel m o m e n t o
hubiera p o d i d o p r e v e r .
L a c o n d u c t a de O l m e d o en esa crisis de la his-
toria de su patria apenas requiere h o y defensa ni
a t e n u a c i ó n , y aparece de cierto c o m o m u c h o m á s
sencilla y c o m p r e h e n s i b l e q u e el e n t u s i a s m o polí-
tico de diez años a n t e s , q u e sirve de base al canto
inspirado p o r la batalla de M i ñ a r i c a ; pero este acto
de su v i d a , esta apoteosis inesperada del caudillo
triunfante, está m á s que e x c u s a d o , m á s que c o n -
d e n a d o , exaltado hasta las n u b e s , p o r la h e r m o -
s u r a , la s u b l i m i d a d poética de la oda i m m o r t a l ;
m i e n t r a s que todavía h o y n o es raro oír hacer á la
m e m o r i a de O l m e d o con m o t i v o de los sucesos
de 1 8 4 5 cargos i m p r o c e d e n t e s , contrarios á la v e r -
dad histórica, que m u c h o s de m u v buena fe han
creído fuera del E c u a d o r , c o m o puede verse en el
artículo de la Revista Nacional de B u e n o s A i r e s
p u b l i c a d o en 1 8 8 6 p o r el distinguido literato v e -
n e z o l a n o D . J o s é María de R o j a s , d o n d e se dice
que « el poeta fué u n o de los m i e m b r o s del G o -
bierno provisional que p r o c e d i ó á confiscar los
bienes del h é r o e de M i ñ a r i c a tan l u e g o c o m o éste
s e alejó del G u a y a s . » E l G o b i e r n o P r o v i s o r i o n o
DATOS Y XÓTICAS Xl.V

confiscó los bienes, ni de F l o r e s , ni de n a d i e . L a


contienda q u e siguió al p r o n u n c i a m i e n t o , t e r m i n ó
por un c o n v e n i o ajustado en « L a V i r g i n i a » con
el general F l o r e s , en virtud del cual se ausentó
éste del p a í s ; el c o n v e n i o fué desaprobado después
por la C o n v e n c i ó n de C u e n c a , ante la cual d e p u -
sieron sus poderes los t r i u n v i r o s , O l m e d o , R o c a
y N o b o a , que habían personificado la r e v o l u c i ó n ,
y con justicia ha m e r e c i d o la A s a m b l e a de C u e n c a
las censuras m á s severas p o r haber rechazado el
pacto concertado en la quinta perteneciente á
O l m e d o , y por eso l l a m a d o de la Virginia.
L o s m i s m o s tres a n t i g u o s m i e m b r o s del G o -
b i e n i o provisional fueron candidatos á la P r e s i -
dencia en el periodo que iba á c o m e n z a r , p e r o
restringióse l a lucha entre R o c a y O l m e d o ; los
adversarios de éste sostenían, sin o c u l t a r . e l r e s -
peto que el poeta les inspiraba, que en el estado
de intranquilidad del país se necesitaba un h o m b r e
de m e n o s años y de m á s v i g o r , c o m o R o c a . Y en
efecto t u v o R o c a q u e l u c h a r durante su a d m i n i s -
tración con u n a serie casi constante de m o t i n e s y
conjuraciones, p r o m o v i d o s p o r los partidarios del
régimen anterior.
E l n u e v o Presidente e n c o m e n d ó á O l m e d o la
tarea de reclamar del P e r ú , en u n i ó n del g e n e r a l
Elizalde, los restos de su ilustre a m i g o L a M a r ;
y después d e haber c u m p l i d o este piadoso d e b e r ,
p o r desgracia infructuosamente, y agobiado p o r un
XLVIII J O S É JOAQUÍN' DE OLMEDO

cáncer intestinal que había entristecido cruelmente


su existencia desde a l g u n o s años a t r á s , y al q u e
debe atribuirse la declinación de su talento desde
1 8 4 2 , v o l v i ó á G u a y a q u i l á principios de 1 8 4 7 ; y
el 1 7 de febrero de ese a ñ o se apagó la preciosa v i d a
de este P a d r e de la P a t r i a , de este clarísimo in-
g e n i o , q u e h a legado el m á s g l o r i o s o n o m b r e á las
generaciones v e n i d e r a s .
S u esposa, q u e c o m p a r t i ó c o n resignación y
valentía las a m a r g u r a s de su v i d a , m u r i ó diez a ñ o s
después.
S e ha d i c h o q u e recibió al m o r i r l o s a u x i l i o s de
la religión católica, y eso es cierto. T a m b i é n
se ha dicho lo m i s m o de V o l t a i r e , de L i t t r é , de
Q u i n t a n a y m u c h o s o t r o s . P e r o la afirmación n o
debe tomarse en sentido demasiado estricto ó
literal. P r e t e n d e r , en efecto, que el h o m b r e q u e
ha formado sus ideas en el curso de u n a v i d a de
estudio y meditación constantes, bien g u a r d á n -
d o l a s para s í , c o m o hizo O l m e d o , bien p r o c l a m á n -
dolas y defendiéndolas, c o m o h a n h e c h o otros
forzados por las circunstancias, se reserve el r e n u n -
ciarlas y desmentirlas en su l e c h o de m u e r t e , en
esos s u p r e m o s instantes en que el d o l o r físico y
los ó r g a n o s desfallecientes nublan la inteligencia y
a n u l a n la v o l u n t a d , es u n absurdo v i o l e n t o é i n -
defendible. O l m e d o h a revelado sus principios
religiosos en u n o que o t r o pasaje de sus obras y
de su correspondencia particular, y si en el ú l t i m o
DATOS Y NOTICIAS XLIX

m o m e n t o recibió á u n sacerdote, tiene el h e c h o filo-


sófica y razonable explicación en el deseo de n o
crear dificultades á su familia católica, en u n a
sociedad católica i g u a l m e n t e .
S u s funerales se celebraron en todas las ciudades
i m p o r t a n t e s del E c u a d o r , c o n h o n o r e s de P r e s i -
dente de la R e p ú b l i c a ; y sus restos r e p o s a n en el
t e m p l o de San F r a n c i s c o de G u a y a q u i l , edificado
bajo la dirección de D o n J u a n F r a n c i s c o de Icaza,
cuñado s u y o . L a losa que los cubre tiene la i n s -
cripción siguiente :

Don José Joaquín Olmedo,


por su patriotismo é ingenio,
honra de su patria y de la América;
por su índole y sus virtudes,
ídolo de su familia v sus amigos.
1847/

Á Dios Glorificador.
Aquí yace el Doctor D. J o s é Joaquín Olmedo.
Fué el Padre de la Patria,
El ídolo del pueblo;
Poseyó todos los talentos,
Pncticó todas las virtudes.
1847.

E n la casa en q u e v i v i ó y m u r i ó , situada en la
calle que lleva su n o m b r e , ha colocado el C o n c e j o
Municipal de G u a y a q u i l u n a lápida con este epí-
grafe :
I. JOSÚ JOAQUÍN DE OLMEDO

En esta casa
Murió el ilustre guayaquileño
J o s é Joaquín Olmedo.
El Concejo Cantonal de 1 8 8 1
Le dedica este recuerdo.

« D e esta casa partieron — d i j o en el acto d e


colocarla D . F r a n c i s c o P . Icaza, s o b r i n o de O l -
medo — aquellos a d m i r a b l e s y sabios acuerdos
c u y o objeto era establecer la verdadera R e p ú b l i c a ,
aun en m e d i o de la cruenta l u c h a p o r la i n d e p e n -
d e n c i a , y que h a c i é n d o l a a m a b l e , le creaban p r o -
sélitos y defensores q u e se c o n v e r t í a n en h é r o e s ó
en m á r t i r e s .
« E n esta casa se escribió la « V i c t o r i a de J u n í n ,
C a n t o á B o l í v a r » ; ese canto i n m o r t a l q u e llenó la
A m é r i c a con sus e c o s , repercutidos a ú n en el v i e j o
m u n d o ; canto q u e , si celebraba batallas, esas b a -
tallas eran las victorias de la L i b e r t a d y las p r e -
cursoras de la paz.

» Y si i n t e r r o g a m o s los ecos familiares de esta


casa, p o d r í a m o s quizás percibir el s o n i d o de u n a
v o z i m p a c i e n t e , n e r v i o s a , s o n o r a y firme á la v e z ,
que s u b y u g a c o n s ó l o su a c e n t o , y á su l a d o otra
v o z s u a v e , m e l o d i o s a , q u e seduce, que c o n v e n c e ,
q u e cautiva. E s el L i b e r t a d o r de C o l o m b i a que
c o m b i n a con el M e n s a j e r o del C o n g r e s o p e r u a n o
los m e d i o s de asegurar en el S u r la L i b e r t a d q u e
DATOS Y NOTICIAS

por el N o r t e ha llegado hasta las m á r g e n e s del


Guayas.
» Y p o d r í a m o s e v o c a r l a s s o m b r a s augustas de
Sucre, R o c a , J i m e n a , Rocafuerte, L á m a r , Cordero,
Villamil, Escobedo, Espantoso, Vivero, Marcos,
y tantos y tantos de esos esclarecidos c i u d a d a n o s ,
de esos patriotas v e r d a d e r o s , d e esos republicanos
de c o n v i c c i o n e s i n q u e b r a n t a b l e s , q u e se r e u n í a n
para trabajar p o r el bien de la patria, al q u e
sacrificaban t r a n q u i l i d a d , f o r t u n a , h o n o r e s y hasta
la v i d a .
» E n esta casa, p o r ú l t i m o , t e r m i n ó u n a p r e -
ciosa existencia, dejó de latir un g r a n c o r a z ó n , s e
apagó una portentosa inteligencia, c u y o s e c o s ,
p o r u n contraprincipio físico, se v a n h a c i e n d o
m á s perceptibles y s o n o r o s á m e d i d a q u e se alejan
del foco que los p r o d u j o . »
E n esa c e r e m o n i a , lo m i s m o q u e en la del sepe-
lio del ilustre poeta, d e m o s t r a r o n G u a y a q u i l y el
Ecuador el justo aprecio q u e sabían hacer del
m á s famoso de sus h i j o s , c u y a g l o r i a llena hoy
l o s ámbitos de toda la A m é r i c a de raza e s p a ñ o l a ,
y crece día por día, á m e d i d a q u e n o s a l e j a m o s de
los sucesos políticos en que t o m ó parte, á m e d i d a
que n o s a c e r c a m o s al m o m e n t o en que sea ya
lícito considerarla c o n cabal i m p a r c i a l i d a d , a j e n o s
á las pasiones inevitables en la l u c h a de los p a r t i -
d o s ; en que p o d r e m o s a d m i r a r el canto á M i ñ a i i c a ,
c o m o a d m i r a m o s los a m e r i c a n o s las odas de Q u i n -
L1I JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

tana á la Revolución de Marzo ó al Armamento de las


provincias; atentos sólo á la belleza de las f o r m a s ,
a la grandeza de las i m á g e n e s , á la i m p e t u o s i d a d
del m o v i m i e n t o l í r i c o , á la s o n o r i d a d eterna d e
esos v e r s o s fundidos en metal m á s firme y dura-
dero q u e el m i s m o b r o n c e . E s e m o m e n t o debe
estar y a m u y p r ó x i m o i n d u d a b l e m e n t e .
E n u n a de las n o t a s q u e puso O l m e d o m i s m o á
su canto á la v i c t o r i a de J u n í n , d i j o , h a b l a n d o d e
las odas que en h o n o r de l o s v e n c e d o r e s en l o s
j u e g o s o l í m p i c o s n o s ha d e j a d o P í n d a r o , q u e « e l
n o m b r e de éste es h o y m á s célebre que el de los
h é r o e s q u e canta ». E s o m i s m o p u e d e decirse a h o r a
del cantor de la batalla de M i ñ a r i c a . Á m e d i d a q u e
la figura de F l o r e s se aleja en la perspectiva h i s t ó -
rica, se a p a g a n y confunden sus rasgos entre el
tropel de h o m b r e s de su especie q u e p r o d u j o la
A m é r i c a en el p r i m e r m e d i o siglo de su i n d e p e n -
d e n c i a , m i e n t r a s que la obra de O l m e d o , c o m o
pedestal indestructible y e l e v a d í s i m o , m a n t i e n e y
m a n t e n d r á intacta y fulgente la gloria de su n o m -
bre.

C. BALLÉN.
POESÍAS

MI R E T R A T O

(Á MI H E R M A N A MAGDALENA)

¡ Q u é dignos son de risa


Esos h o m b r e s soberbios
Q u e piensan perpetuarse
Pintándose en los lienzos!
D e blasones ilustres
S u s cuadros están l l e n o s ,
D e insignias y de libros
Y pomposos letreros.
D e este m o d o ellos piensan
Q u e sus retratos viejos
Serán un gran tesoro
A sus hijos y n i e t o s ;
2 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Y que t o d o s los h o m b r e s
D e l siglo v e n i d e r o
S u arrugada figura
Mirarán con r e s p e t o .
¡ O h ! ¡ c ó m o se disipan
E s a s torres de v i e n t o !
T ú a l g u n a v e z m e viste
R e í r m e de m i abuelo
C o n su blonda peluca
Y sus narices m e n o s .

Si los h o m b r e s se olvidan
A u n de l o s h o m b r e s m u e r t o s ,
¿ Qué no harán, hermanita,
Q u é n o harán c o n los lienzos ?
E n rincones o b s c u r o s ,
D e vil p o l v o cubiertos,
A u n los h o m b r e s m á s grandes
D u e r m e n un s u e ñ o e t e r n o .
P e r m í t e m e q u e piense
D e un m o d o m u y diverso :
Otros enhorabuena
Q u i e r a n hacerse eternos,
P o r sus grandes hazañas,
P o r sus g r a n d e s t a l e n t o s ;
POESÍAS

Pero y o ¡ vida raía!


Más mérito no tengo
Q u e ser h e r m a n o t u y o ,
P u e s l o d e m á s es m e n o s .
Y c o m o el h o m b r e s a b i o ,
Filósofo y modesto
C o n la v i d a presente
Sólo vive contento,
D e j a q u e en cuanto pueda
I m i t e estos e j e m p l o s ,
P u e s el sabio en sus obras
N o s deia su d i s e ñ o .

A s í n o m e interesa
Q u e tuviesen H o m e r o ,
Virgilio, Horacio, Ovidio,
Buen rostro ó rostro f e o ;
Instruyanme sus obras;
Deleítenme sus v e r s o s ;
L o demás, ¡ amor m í o !
N o m e r e c e un d e s e o .

Deja que quieto viva


E n el presente t i e m p o ,
P u e s el t i e m p o futu o ,
4 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Y a y o estaré m u y l e j o s ,
Insensible al a p l a u s o ,
I n s e n s i b l e al concepto
Q u e de m í f o r m a r quieran
L o s sabios y los n e c i o s .
Gózate que n o tenga
Esos vanos deseos.
D e j a que sin desquite
E n mis alegres v e r s o s ,
M u y ufano m e ría
D e esos h o m b r e s s o b e r b i o s
Q u e piensan perpetuarse
P i n t á n d o s e en los lienzos.

II

¡ C u a n d u r o es retratarse,
Y m á s c u a n d o u n o es feo !
P o r ti h a g o el sacrificio.
L o m a n d a s ; te o b e d e z c o .
E l pintor s o y y o m i s m o ;
V e n g a , v e n g a un espejo
Que fielmente m e diga
M i s gracias y defectos.
- POESÍAS 5

Y a está aquí : n o tan m a l o :


Y o m e juzgué m á s f e o ,
Y que al v e r m e soltara
L o s pinceles de m i e d o .
P u e s y a n o desconfío
D e darte algún c o n t e n t o ,
Y m á s c u a n d o m e quieres
Y y o m e lo m e r e z c o .
Imagínate, hermana,
U n j o v e n , c u y o cuerpo
T i e n e de alto dos v a r a s ,
S i les quitas un d e d o .
M i cabello n o es r u b i o ,
P e r o t a m p o c o es n e g r o ,
N i c o m o cerda l i s o ,
N i c o m o pasa c r e s p o .
L a frente es espaciosa,
C o m o h o m b r e de p r o v e c h o ;
N i estirada, a r r u g a d a ,
N i adusta m u c h o m e n o s .
L a s cejas bien pobladas
Y a l g o o b s c u r o su p e l o ,
Y debajo unos ojos
Q u e es lo m e j o r que tengo :
N i m u y g r a n d e s , ni c h i c o s ,
6 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

N i azules, ni m u y n e g r o s ,
N i alegres, ni d o r m i d o s ,
N i v i v o s , ni m u y m u e r t o s .
S o n g r a n d e s las n a r i c e s ,
Y á mucho honor lo tengo,
P u e s n a r i g o n e s siempre
L o s h o m b r e s grandes fueron :
E l célebre V i r g i l i o ,
E l inmortal H o m e r o ,
El amoroso Ovidio,
Mi amigo y mi maestro.
L a boca n o es p e q u e ñ a ,
N i m u y g r a n d e en e x t r e m o :
E l labio n o es d e l g a d o ,
N i p á l i d o , ó de fuego.
L o s dientes son m u y blancos,.
Cabales y p a r e j o s ,
Y de t o d o m e río
P a r a que puedan v e r l o s .
L a barba es a l g o a g u d a ,
P e r o con poco pelo :
M e a l e g r o , que eso m e n o s
T e n d r é de caballero.

S o b r e t o d o , el c o n j u n t o
POESÍAS 7

A l g o tosco l o creo :
E l c o l o r n o es m u y b l a n c o ,
P e r o t a m p o c o es p r i e t o .
M e n u d a s , pero m u c h a s
Cacarañitas t e n g o ,
P u e s que nunca faltaron
S u s estrellas al c i e l o .
M a s por todo mi rostro
V a g a u n aire m o d e s t o ,
C u a l transparente v e l o
Q u e encubre m i s dcíectos.

H e r m a n a , ésta es m i cara :
¿ Q u é tal ? ¿ te ha dado miedo ?
P u e s a g u a r d a , que paso
Á pintarte mi c u e r p o .
N o es l a r g o , ni e n c o g i d o ,
N i g o r d o mi pescuezo :
T e n g o algo a n c h o s los h o m b r o s
Y n o m u y alto el p e c h o .
Y o no s o y c o r c o b a d o
M a s t a m p o c o m u y tieso :
A i r e de petimetre
N i t e n g o ni lo q u i e r o .
L a pierna n o es delgada,
8 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

E l muslo no m u y grueso,
Y el pie que D i o s m e ha dado
N o es grande ni p e q u e ñ o .
E l vestido que gasto
D e b e ser s i e m p r e n e g r o ,
Q u e , ausente de ti, sólo
D e l u t o vestir d e b o .
U n a banda celeste
M e cruza p o r el p e c h o ,
Q u e suele ser i n s i g n i a
D e h o n o r en m i c o l e g i o .
Y a m i r a s c ó m o en todo
D i s t o de los e x t r e m o s ;
P u e s lo m i s m o , lo m i s m o
E s el a l m a que t e n g o .
E n v i c i o s , en v i r t u d e s ,
P a s i o n e s y talentos,
E n todo ¡ v i d a m i a !
E n todo guardo un medio :
S ó l o , sólo en amarte
M e v o y hasta el e x t r e m o .
M itrato y mis modales
V a n á par con m i g e n i o ;
B l a n d o s , d u l c e s , sin arte
L o m i s m o que mis v e r s o s .
POESÍAS 9

Este es, pues, mi retrato,


E l cual q u e d a perfecto,
S i una c o r o n a en torno
D e su frente p o n e m o s ,
D e r o s a s enlazadas
A l m i r t o y laurel t i e r n o ,
Q u e el A m o r y las M u s a s
Alegres me ciñeron.
Y siéntame á la orilla
D e un plácido a r r o y u e l o
Á la s o m b r a de un á r b o l ,
Floridos campos viendo;
Y en u n r i n c ó n del c u a d r o
T i r a d o s en el s u e l o ,
E l s o m b r e r o , la b a n d a ,
L a s borlas y el c a p e l o .
M e pondrán en el h o m b r o
C o n m i l lascivos j u e g o s
L a amorosa paloma
Q u e m e ha ofrecido V e n u s .
J u n t o á m í , p o c o s libros,
M u y p o c o s , p e r o buenos :
Virgilio, Horacio, O v i d i o ;
Á P l u t a r c o , al de T e y o ,
A Richardson, á Pope,
i.
JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Y á ti ¡ o h V a l d é s ! ¡ o h tierno
A m i g o de las M u s a s ,
Mi a m o r y mi e m b e l e s o !
Y al pie de m i retrato,
P o n d r á n este letrero :
« A m ó cuanto era a m a b l e ,
A m ó cuanto era b e l l o . »

¡ O h retrato d i c h o s o !
V a s donde y o no p u e d o :
T u suerte v e n t u r o s a
¡ C o n cuánta envidia v e o !
A n í m a t e á la vista
D e aquella que m á s quiero,,
Y dile mis ternuras,
Y dile m i s d e s e o s .
Dale mil y mil veces
P r u e b a s de m i a m o r t i e r n o ,
Y dale mil abrazos,
Y en la mejilla un b e s o .
POESÍAS II

MATEMÁTICAS

(TEXTO COLOCADO EN UNA TABLA DE EXÁMENES)

L a s bellas matemáticas prescriben


E l límite m á s alto adonde pueden
I r la luz y v e r d a d de las i d e a s ,
Y los c o n o c i m i e n t o s ,
Q u e el h o m b r e tener puede p o r sí s o l o . . .
Y entre nuestros talentos
¿ C u á l s u p e r a ó iguala
A l g e o m é t r i c o tino ?
C o n acierto divino
E l sabe descubrir las p r o p o r c i o n e s ;
D a del e x t e n s o ser las p r o p i e d a d e s ;
M i d e la i n m e n s a b ó v e d a del cielo,
L a s tierras y los m a r e s p r o c e l o s o s ;
N o s labra h a b i t a c i o n e s ;
12 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Defiende los a m i g o s ,
S a b e á t i e m p o aterrar l o s e n e m i g o s ;
Á n ú m e r o sujeta nuestras v o c e s :
M i d e y c o m b i n a el t i e m p o y e! s o n i d o ;
Predice los eclipses y c o m e t a s ,
Y á visitar se sube los planetas.
L i m a , i8c6.
POESÍAS 13

EN LA MUERTE

DE DOÑA MARÍA ANTONIA DE BORBON


PRINCESA DE ASTURIAS

S e ñ o r , S e ñ o r , el pueblo que te a d o r a ,
B a j o el peso oprimido
D e tu cólera santa, g i m e y llora.
Y a n o h a y m á s resistir : la débil caña
Q u e fácil va y se m e c e ,
C u a n d o sus alas bate el m a n s o v i e n t o ;
S e s a c u d e , se q u i e b r a , desparece
A l recio soplo de h u r a c á n v i o l e n t o .
A s í tu i r a , S e ñ o r , bajo las formas
D e asoladora peste y h a m b r e y g u e r r a ,
S e d e r r a m ó p o r la infeliz E s p a ñ a .
Y aquella que llenó toda la tierra
C o n hazañas tan dignas de m e m o r i a ,
E n sus débiles h o m b r o s y a ni puede
14 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

S o s t e n e r el cadáver de su g l o r i a :
Y la que un t i e m p o , R e i n a se d e c í a
D e u n o y otro h e m i s f e r i o ,
Y vio besar su planta, y pedir l e y e s
A los pueblos h u m i l d e s y á los r e y e s ,
L l o r a cual u n a esclava en c a u t i v e r i o .

¿ Y en m e d i o á tantos m a l e s
O l v i d a s tus cuidados paternales,
O l v i d a s tu p i e d a d , y hasta n o s r o b a s
L a m á s dulce esperanza
E n la a m a b l e P r i n c e s a ,
D e c h a d o de virtud y de b e l l e z a ? . . .

¡ O h m e m o r a b l e día
A q u é l en que la g r a n d e B a r c e l o n a ,
S a l t a n d o el n o b l e p e c h o de a l e g r í a ,
Y ufana y o r g u l l o s a
A l v e r s e de sus r e y e s visitada,
Vio la m a r e s p u m o s a
B e s a r su alta m u r a l l a ,
Y d e p o n e r después sobre su p l a y a ,
A n t e el i n m e n s o pueblo que e s p e r a b a ,
E l precioso t e s o r o
Q u e la bella P a r t é n o p e 1
mandaba!
POESÍAS

Y entre las salvas y festivos v i v a s


L a augusta j o v e n pisa y a la t i e r r a ,
Q u e d e v o t a , a l g ú n día,
R e i n a , S e ñ o r a y M a d r e le diría.
N i se sacian los ojos de mirarla
Y nadie p u e d e verla sin a m a r l a .
L l e n a de noble a g r a d o , y apacible
Y fácil y a c c e s i b l e ,
S i e m b r a a m o r p o r do q u i e r . L l e g a y c o n q u i s t a .
T o d o s los corazones son y a s u y o s . . .
Malograda Princesa,
N o has m u e r t o sin reinar. U n pueblo e n t e r o
L i b r e te ha o b e d e c i d o ;
Q u e quien a m a o b e d e c e ,
Y sólo a m o r m e r e c e
L o que no puede el o r o , ni el a c e r o .

¿ D ó están las esperanzas, M a d r e España,.


L a s altas esperanzas q u e f o r m a s t e ,
C u a n d o las bellas r a m a s
D e un m i s m o excelso tronco entrelazaste ?
¿ D ó los tiernos pimpollos
Q u e el tálamo real brotar debiera,
P o r c u y a s v e n a s la gloriosa s a n g r e
D e l d o m a d o r de Ñapóles c o r r i e r a ;
i6 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Q u e de su g l o r i a y n o m b r e s h e r e d e r o s ,
Y á la s o m b r a del t r o n o
Del grande C a r l o s y la amable L u i s a ,
C r e c i e r a n , se e l e v a r a n
Y feliz perpetuaran
L a sucesión de r e y e s p i a d o s o s ,
Benéficos y b r a v o s y g u e r r e r o s
Y padres de la Patria verdaderos ?
¿ D ó , E s p a ñ a , fueron tus ardientes v o t o s ,
Q u e ante el altar p o s t r a d a ,
L a noble faz bañada
E n lágrimas de g o z o ,
E n dia tan d i c h o s o
A l cielo religiosa dirigiste ?

S e ñ o r , ensordeciste
A su c l a m o r , y á su llorar cegaste.
Y los ojos tornaste
L l e n o s de indignación : t e m b l ó la t i e r r a ;
Y los cielos t e m b l a r o n ;
T o d o s los e l e m e n t o s cruda g u e r r a 2

E n t r e sí c o n c i t a r o n ;
R ó m p e s e el aire en r a y o s encendido ;
R e t u m b a en t o r n o el t r u e n o e s t r e p i t o s o ;
E l viento enfurecido
POESÍAS 17

S i l b a , conturba el m a r ; y las escuadras


E n su a r d u o c o m b a t i r , v a n y se c h o c a n ,
C i e g a s s e m e z c l a n , se d e s t r o z a n l u e g o ,
Y al fondo de la m a r de sangre y f u e g o ,
C o m o la piedra, bajan, desparecen.
T o d o s , todos p e r e c e n
C o n f u n d i d o s , sin gloria y sin v e n g a n z a ;
Y tu ira sólo triunfa. D e s p u é s l l a m a s
A l á n g e l de la m u e r t e , y le señalas
L a digna p r i m o g é n i t a de I b e r i a .
E l se a l z a ; y r e v e r e n t e ,
V e l a d a de t e m o r su faz g l o r i o s a
C o n las brillantes a l a s ,
T e o y e y ciñe la espada reluciente,
D e l E g i p t o á los hijos o m i n o s a ,
D e su s a n g r e aun t e ñ i d a ,
Y vuela á o b e d e c e r t e . . .
H i e r e , y cae la v í c t i m a i n o c e n t e ,
V í c t i m a de expiación de tus p e c a d o s ,
España delincuente;
Y herida cae de aquella m i s m a espada,
C o n que una infiel n a c i ó n fué c a s t i g a d a ;
Q u e al T o d o p o d e r o s o
E s altamente o d i o s o ,
Q u i z á m á s que el infiel, su pueblo i n g r a t o .
iS JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

E n tanto y a los m a l e s y d o l o r e s ^
S o l d a d o s i n d o l e n t e s , que m i l i t a n
Bajo el pendón s o m b r í o de la m u e r t e ,
V o l t e a n d o en t o r n o de la real cabeza
U n a tan cara v i d a a m e n a z a r o n .
S u s ojos se a n u b l a r o n ;
S o b r e sus labios la sonrisa m u e r e ;
Y se sienta la pálida tristeza
E n los o j o s , q u e fueron
El t r o n o del a m o r y de las g r a c i a s ;
Y su p e c h o , en que ardía
L a . v i v a y casta l l a m a de F e r n a n d o ,
S e fatiga, se o p r i m e . . . U n m i s m o día
H a v i s t o nuestra dicha
N a c e r , crecer, m o r i r ; y fué la n o c h e
D e tan alegre día,
L a noche de la tumba obscura y fría.

¡ E n v a n o , a y ! cuan en v a n o
A g o t ó el arte h u m a n o
S u s a b e r , s u p o d e r ! . . . E l alto C i e l o
S u decreto de m u e r t e d i o . . . y e l ángel
L i b e r t a d o r de Isaac retardó el v u e l o .

C u m a n a Profetisa i,
POESÍAS 1?

Q u e desde tu h o n d a y misteriosa c u e v a .
D e furor agitada,
Y en éxtasi s u b l i m e e n a g e n a d a ,
O r á c u l o s terribles r e v e l a s t e ,
¿ P o r qué n o levantaste
D e la t u m b a , dó y a c e s tantos s i g l o s ,
L a venerable f r e n t e ;
Y la sagrada lengua desatando,
P o r qué n o presentaste
L o s imperios caídos,
Y los cetros r o m p i d o s
S o b r e el s e p u l c r o triste y p a v o r o s o ?
¿ Y p o r qué n o turbaste
E l g o z o de tu Ñ a p ó l e s , ( c a n t a n d o
E l funeral destino que arrastraba
A las playas ibéricas su h i j a ) ,
C u a n d o fió á las olas
L a R e i n a de las g e n t e s españolas ?
Y el luto de tu patria, ó n u n c a fuera,
Ó y a previsto mal m e n o s le hiciera.

Y t ú , que y a cortados
L o s lazos, que te u n í a n
A l trono y á la v i d a y á F e r n a n d o ,
Y tu esfuerzo á los cielos c o n t e n í a n ;
20 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

T e elevaste segura,
C u a l llama h e r m o s a y p u r a ,
D e l pábulo terrestre d e s p r e n d i d a ;
V e la misera E s p a ñ a
A l extremo dolor abandonada,
El real m a n t o r u g a d o ,
L a n e g r a cabellera deslazada,
Y ceñida la frente
D e jacinto al ciprés entrelazado,
G e m i r s o b r e tu l o s a . Y los g e m i d o s
S u hija A m é r i c a o y e n d o t a m b i é n g i m e ;
Y triste y desolada
Así suelta la v o z apesarada :
« ¡ O h ! ¡ qué i m p r o v i s o g o l p e
M i herido corazón de n u e v o hiere ! . . .
V i el m o n s t r u o de la g u e r r a
Y a en el a n t i g u o m u n d o no c a b i e n d o ,
N a d a r , r o m p e r los m a r e s t o r m e n t o s o s :
Y á su terrible a s p e c t o , á su b r a m i d o
Espavorida retemblar mi tierra;
Y v i la planta i m p u r a
D e l infido B r e t ó n y c o d i c i o s o ,
E n presencia del C i e l o ,
M a n c h a r m i casto y r e l i g i o s o suelo :
V i mis c a m p o s talados :
POESÍAS

V i profanar m i s t e m p l o s , m i s altares :
V i mis hijos m o r i r . . . ¡ h i j o s a m a d o s !
P o r su P a t r i a , su R e y , su D i o s a r m a d o s .
C u y a s m a n o s valientes
S ó l o al m o r i r soltaran el a c e r o
B a ñ a d o en sangre y g l o r i a ; ú n i c o alivio
D e esta viuda i n f e l i z . . . ¡ C a r l o s ! mis hijos
M u r i e r o n , ¡ a y ! . . . n o m u e r a n sin venganza;.
Q u e si v e n c e r los fuertes n o p u d i e r o n ,
L i d i a r al m e n o s y m o r i r s u p i e r o n . »

S u s p e n d e , a m a d a P a t r i a , tus q u e r e l l a s .
S i g ú e m e ; que en las alas
Del rayo impetuosas,
C u a l la reina del a i r e ,
M e lanzo á las m a n s i o n e s v e n t u r o s a s .
L a s puertas eternales de i m p r o v i s o
S e a b r i e r o n . . ; ' ¿ O y e s el a r m o n i o s o ,
A r r e b a t a d o canto

Q u e en t o r n o suena del c o r d e r o santo r


¿ Y entre el s u b l i m e y r e s o n a n t e c o r o ,
C u a l se alza f e r v o r o s a
D e A n t o n i a la o r a c i ó n ; y cual ofrece
S u j u v e n t u d , su v i d a , su m a r t i r i o ,
P o r l o s m a l e s del p u e b l o que a m a tanto?
22 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

V e y a del trono santo


B a j a r entre inefables resplandores
L a m i r a d a de p a z ; y e l r a y o ardiente
C a e r s e de la diestra o m n i p o t e n t e .

Y t ú , alado ministro de v e n g a n z a .
T ú que segaste en flor nuestra esperanza,
V é á decir á los pueblos e n e m i g o s
Q u e la ira celestial se ha s e r e n a d o ;
Q u e y a el S e ñ o r n o s llama sus a m i g o s ;
Q u e él solo nuestra fuerza q u e b r a n t a b a ;
Q u e h o y su p o d e r conforta n u e s t r o b r a z o .
D i que t i e m b l e n ; que s o m o s invencibles.
Y que el L e ó n I b e r o ,
L a su crespa m e l e n a
E r i z a d a , y a rota la c a d e n a ,
R u g i r á ; y al r u g i d o
H u y e n d o el insular precipitado
P o r sus ingratas o l a s ,
E l g r a n tridente soltará usurpado
E n las tendidas p l a y a s españolas''.

Lima, Mayo, 1S07.


POESÍAS

PRÓLOGO Á LA T R A G E D I A S

EL DUQUE DE VISEO, DE QUINTANA

C u a l baja en hilos breves desde el cielo


E l trasparente y plácido r o c í o
Á h u m e d e c e r y fecundar el s u e l o ;
Y á su influjo benéfico los c a m p o s
S e v i s t e n de v e r d u r a ;
N a c e n flores do q u i e r , y en ellas c r e c e n
L a s d u l c e s esperanzas de mil frutos
C o n q u e l o s l a b r a d o r e s se e n r i q u e c e n ;
A s í u n a distracción g r a t a y h o n e s t a ,
E l ocio mismo y diversión modesta
A l trabajo e n a r d e c e ,
E l p r o g r e s o en las ciencias f a v o r e c e ,
D a fuerza al i n g e n i o ,
N u e v a s alas al g e n i o ;
24 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Y en la afanosa senda de las letras


E s un ocio o p o r t u n o y d e l i c i o s o ,
Q u e al á n i m o estudioso
E n su ruda tarea
L e solaza, le e m p e ñ a y le r e c r e a .
Dio cual ley general naturaleza
L a ley de descansar : la m a d r e tierra
E n su estación c o n c i b e , prole h e r m o s a
E n su estación la cubre y engalana,
Y en la estación de r e p o s a r , r e p o s a :
Y si c o n t i n u a m e n t e se le obliga
A p r o d u c i r , se cansa y se fatiga.
Y nosotros, Señor, cumplir queremos
L a grata o b l i g a c i ó n que nos i m p o n e
E s a tan dulce l e y ; y las fatigas
D e nuestro noble y útil ejercicio
C o n noble y útil ocio a l t e r n a r e m o s .
Ardua senda seguimos
P a r a ir al t e m p l o de la h u m a n a ciencia :
P o r nuestra edad, p o r nuestra i n e x p e r i e n c h ,
Indulgencia graciosa merecemos.
A r d e en tanto el v o l c á n de las pasiones
D e n t r o del corazón ¡ a h ! y n o en v a n e
P a r a c a l m a r la tempestad secreta,
G r a n d e s e j e m p l o s y útiles lecciones
POESÍAS

D e la filosofía y de la h i s t o r i a ,
S e nos ofrecen s i e m p r e á la m e m o r i a .

V e m o s allá en V i s e o q u e u n t i r a n o ,
T e ñ i d a en s a n g r e fraternal la m a n o ,
. S e abre senda al poder toda m a n c h a d a
De crímenes y muertes;
S u corazón a l t i v o ,
L i b r e de c o m p a s i ó n y v e n g a t i v o
A r d e en a m o r , y su a m o r o s a llama
N o es esa llama blanda y apacible
Q u e goza s ó l o un corazón s e n s i b l e ;
E s un v o r a z i n c e n d i o
Q u e de un volcán en las entrañas b r a m a ,
P e r o en v a n o p r o c u r a
D e s a t a r ó r o m p e r con la v i o l e n c i a
L o s lazos que f o r m a r o n la i n o c e n c i a ,
U n l a r g o y casto a m o r y la h e r m o s u r a ;
Q u e un a m o r puro y fuerte
T r i u n f a de los tiranos y la m u e r t e .
E l cruel en su furor o p r i m e , insulta
A su e n e m i g o i n e r m e , y después t i e m b l a ,
C u a n d o llega en las alas
D e l v a l o r y el a m o r . T i e m b l a , se h i e r e ,
Y c o n la m u e r t e del cobarde m u e r e ,
JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Y tú triunfas, a m o r . C a i g a la infamia
S o b r e los m a l o s ; d a d m e las guirnaldas
D e rosas y de mirtos olorosos
P a r a ceñir las v e n t u r o s a s sienes
De los amantes firmes, virtuosos...

N o s o t r o s ¡ a h ! felices,
Si tan bellas lecciones
P a r a la h u m a n a vida a p r o v e c h a m o s ;
Y si al d a r en la escena
T a n heroicas a c c i o n e s ,
Á v o s , S e ñ o r , que a m á i s sus profesores,
Y especial protección dais al c o l e g i o ,
F e l i c e s , m u y felices, si a g r a d a m o s .
¿ P e r o qué d u d a m o s ?
S i esta gracia y favor tan d i s t i n g u i d o
D e haber á nuestros ocios asistido,
Deja nuestro t r a b a j o , si es a l g u n o ,
G r a t o , recompensado y aplaudido.

Lima, 1808.
POESÍAS 27

EL ÁRBOL 5

A la s o m b r a de este árbol venerable


D o n d e se quiebra y calma
L a furia de los v i e n t o s f o r m i d a b l e ,
Y c u y a ancianidad inspira á m i a l m a
U n respeto s a g r a d o y m i s t e r i o s o ,
C u y o tronco desnudo y escabroso
U n buen asiento rústico m e o f r e c e ;
Y que de hojosa majestad c u b i e r t o
E s el único r e y de este desierto,
Q u e v a s t í s i m o en torno m e r o d e a ;
A q u í m i a l m a desea
V e n i r á meditar : de aquí m i m u s a ,
D e s p l e g a n d o sus alas v a g a r o s a s ,
P o r el aire sutil tenderá el v u e l o ;
Y a cual fugaz y bella m a r i p o s a
P o r la selva florida,
2^ JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

L i b r e , inquieta, perdida,
Irá en pos de un clavel ó de u n a r o s a ,
Y a cual p a l o m a blanda y lastimera
Irá á C h i p n á buscar su c o m p a ñ e r a ;
Y a cual garza atrevida,
T r a s p a s a r á los m a r e s ,
V e r á todos los reinos y l u g a r e s ;
0 cual águila audaz alzará el v u e l o
Hasta el r e m o t o y estrellado cielo.
¿ N o ves cuan ricas tornan á sus playas
D e las Indias las naves españolas
A pesar de los vientos y las olas ?
Pues m u y más rica tornarás, mi musa,
D e i m á g e n e s , de grandes p e n s a m i e n t o s ,
Y de cuantos t e s o r o s de belleza
C o n t i e n e en sí la g r a n naturaleza.
Y de tu largo v u e l o fatigada
Vendrás á descansar, como á seguro
Y deseado p u e r t o ,
A la s o m b r a del árbol del desierto.
1 N e c i o de m í ! ¿ Q u é h e visto ?
¡ C u á n t a s v e c e s m e j o r me hubiera estado
G o z a r en grata paz m e n o s c u r i o s o
D e este o c i o d u l c e , fresco y r e g a l a d o ,
Q u e ver el espectáculo h o r r o r o s o
POESÍAS -9

Q u e la perjura F r a n c i a ,
D e su seno feraz en sediciones,
E n escándalo ofrece á las n a c i o n e s !
<¡ D ó n d e están esas l e y e s decantadas
P o r la justicia y la equidad dictadas ?
¿ M a s , qué a p r o v e c h a n l e y e s sin v i r t u d e s ?
¡ N i c ó m o las virtudes celestiales,
Don de D i o s el m á s p u r o y m á s s a g r a d o ,
H a n de habitar el c o r a z ó n m a l v a d o
De un pueblo s e d i c i o s o ,
C u y o jefe a m b i c i o s o ,
C u a l q u i e r s e n d a , a u n q u e sea
T o d a de sangre y crímenes cubierta,
L a cree justa, l e g í t i m a , s e g u r a ,
Si o r o , p o d e r y cetro le p r o c u r a !
L o s pueblos sabios, libres y v i r t u o s o s
E n el t r o n o sentaron á las l e y e s ,
Y se postraban á sus pies los r e y e s .
P e r o el t i r a n o , n ó : sentóse él m i s m o ,
Y las l e y e s sagradas
P u s o á sus pies s a c r i l e g o postradas.
Y nada p e r d o n ó para su intento :
S u v a l o r , su t a l e n t o ,
A u n las virtudes m i s m a s le sirvieron,
Y tenidas en m á x i m a s de E s t a d o
JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Su respetable máscara le d i e r e n .
V i ó s e la R e l i g i ó n i n m a c u l a d a ,
Hija del cielo noble y g e n e r o s a ,
Sierva de su política i n s i d i o s a ;
Y el grande p r o t e c t o r de la fe santa,
Con suma reverencia,
L o s E v a n g e l i o s en P a r í s d e c o r a ;
Y el A l c o r á n en el E g i p t o a d o r a .
¡ Q u é c r í m e n e s , qué m a l e s ,
N o h a d a d o la a m b i c i ó n á l o s m o r t a l e s !
Ella sola es cual l l a m a abrasadora,
Q u e las mieses d e v o r a ;
M a s la a m b i c i ó n u n i d a á la fortuna
E s torrente i m p e t u o s o ,
Q u e atropellando todo se d e r r a m a ,
Y devora las mieses y la l l a m a .
A s í á los pueblos se anunció el t i r a n o ,
Y ésta es la perspectiva aborrecida
Q u e ofrecerá á quien ose desrollarle
El lienzo ensangrentado de su v i d a .
En el infausto y execrable día
E n que se vio la libertad francesa
A l carro v e n c e d o r en triunfo a t a d a ;
C u a n d o al t r o n o de L u i s , C é s a r s u b í a ,
E n m e d i o del tumulto y la alegría
POESÍAS

D e un pueblo e s c l a v o . . . B r u t o ¿ dónde estabas ?•


N o es tarde a ú n ; v é n , besaré tu m a n o
B a ñ a d a con la sangre del t i r a n o .
¡ A y ! ¡ que la tierra toda estremecida •
T i e m b l a por donde pasa y brota s a n g r e !
¡ Q u é n u e v o c r i m e n ! ¡ D i o s ! ¡ O h m a d r e España,,
T u fe pura y entera,
Y tu m i s m a v i r t u d cuánto te d a ñ a !
U n corazón virtuoso,
N o b l e , fiel, g e n e r o s o ,
N o s o s p e c h a jamás que se le e n g a ñ e .
¡ O h traición i n a u d i t a ! . . . L a s m o n t a ñ a s
D e s p l ó m e n s e y en p o l v o se d e s h a g a n ;
L o s bramadores y h ó r r i d o s volcanes
H u m o espeso v o m i t e n
D e sus vastas y l ó b r e g a s e n t r a ñ a s ;
Y densas n u b e s de h u m o y p o l v o e n c u b r a n
T a n g r a n m a l d a d del miserable suelo
A l v e n g a d o r y p o d e r o s o cielo.
¡ E s p a ñ a ! ¡ E s p a ñ a ! ¡ L a amistad sagrada,
E s a n e c e s i d a d tan cara al h o m b r e ,
E s e placer y celestial e n c a n t o ,
E s e lazo el m á s santo
D e las a l m a s , n o es m á s que un v a n o n o m b r e , .
U n n o m b r e sin sentido
JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Y una red que el tirano te ha t e n d i d o !


O s ó llamar el pérfido á tus r e y e s
Y dióles c o m o a m i g o s
D e la amistad el ósculo fingido :
Y c u a n d o en su p o d e r s e g u r o s fueron
T r a t ó l e s c o m o viles e n e m i g o s ,
Y expiar les h a c e en bárbaras prisiones
El c r i m e n de ser r e y e s y B o r b o n e s .
S i e r v o s del c r i m e n , nuestros caros reyes
V o l v e d n o s , sí : v o l v e d n o s nuestros padres,
L o s dioses de la E s p a ñ a ,
Y venid á quitarlos en c a m p a ñ a .
S i e r v o s viles del c r i m e n , a c o r d a o s
D e la i n m o r t a l jornada de P a v í a ;
D e allí, del m i s m o c a m p o de batalla,
Cautivo y prisionero,
Vio entrar M a d r i d v u e s t r o m o n a r c a fiero.
I m i t a d , si p o d é i s , tan g r a n d e hazaña.
E s t o es h o n o r ; y si queréis v e n g a r o s ,
V o l v e d n o s nuestros r e y e s
Y venid i quitarlos en c a m p a ñ a .
L o s siglos pasan, nuestra gloria dura :
C u a n d o á cubriros de un baldón eterno
L a fiel posteridad y a se apresura.
¡ O h m u s a ! tú que viste
POESÍAS

E l furor de la m a r estrepitosa
Y los v i e n t o s h o r r í s o n o s oíste
Y el fracaso espantoso de las o l a s ,
T ú sola pintar puedes
E l ardor de las a r m a s españolas,
L a ira y celo c o n q u e p o r todas partes
V a y corre la N a c i ó n precipitada
G u e r r a c l a m a n d o ; y á la v o z de g u e r r a ,
C o m o brota la tierra
Y las m o n t a ñ a s brotan gente a r m a d a
A la guerra y venganza aparejada.
¡ G u e r r a , v e n g a n z a ! . . . ¡ O h cuánto á su deseo
Y a tarda en c o r o n a r s e el P i r i n e o
D e las pérfidas huestes e n e m i g a s !
N u n c a el indio salvaje ni el v i a j e r o ,
L a senda en noche l ó b r e g a p e r d i d a ,
T a n t o del sol ansiaron la salida,
C o m o impaciente el e s p a ñ o l , espera
M i r a r la luz p r i m e r a
Q u e le refleje el e n e m i g o a c e r o .
¡ O h ! ¡ qué sed tan violenta
D e su sangre le abrasa y a t o r m e n t a ! . . .
Y a en el c a m p o de M a r t e s a n g u i n o s o
L e hará ver que en E s p a ñ a ,
P a r a v e n g a r la afrenta
34 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

D e D i o s , del r e y , y de la Patria santa,


C a d a h o m b r e es u n s o l d a d o ,
Y que cada soldado es un P e l a y o ,
Cada pecho un b r o q u e l , cada a r m a un r a y o . . . .
D i o s santo y p o d e r o s o ,
B r a z o , virtud y g l o r i a en la p e l e a ,
T ú que tocas el m o n t e y l u e g o h u m e a ,
T ú que miras la tierra y se e s t r e m e c e ,
T o c a y m i r a ese pueblo que en su g l o r i a ,
S i n referirla á ti s é e n s o b e r b e c e .
T ú ¡ oh D i o s ! que á los humildes y á los mansos,.
L a posesión has dado de la t i e r r a ,
¡ A y ! n o permitas que el v a r ó n de sangre
T u nación extermine,
N i que en la tierra toda desolada
C u b i e r t a de cadáveres d o m i n e .
A n t e s t ú , que quisiste
P a r a santificar la justa g u e r r a ,
E l D i o s de los ejércitos l l a m a r t e ,
Y en tus pueblos caudillos elegiste,
Y su defensa y su victoria fuiste,
N u e s t r o brazo conforta, y con tu aliento,
C u a l huracán v i o l e n t o ,
T u r b a las huestes del perjuro bando
Q u e las sagradas l e y e s quebrantando
FOESUS

D e a m o r y ele amistad y santa alianza.


Á g u e r r a nos p r o v o c a n y á v e n g a n z a .
Y t ú , m i m u s a , en tanto
•Que el m u n d o tiembla de furor y e s p a n t o ,
Y entre l o s fieros males
Q u e p r e c e d e n , que s i g u e n , que a c o m p a ñ a n
Á la v e n g a n z a , la ambición v a c i l a ;
T ú , m i m u s a , pacífica y tranquila,
C u a l tímida p a l o m a ,
Q u e se esconde en su n i d o ,
L a t e m p e s t a d h u y e n d o que y a se a s o m a ,
Vendrás á guarecerte,
Mientras lo exija mi destino i n c i e r t o ,
Á la s o m b r a del árbol del desierto.

Lima, 1S09.
JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

FRAGMENTO DEL ANTI-LUCRECIO £

TRADUCCIÓN LIBRE DEL LIB. IX V- 7 7 1

M a s el autor de maravillas tantas,


O j i e c o n p o d e r y con saber profundo
F o r m ó y g o b i e r n a el u n i v e r s o m u n d o ;
¿ C ó m o , á tu tribunal osas l l a m a r l e ,
Acusarle de e r r o r , y condenarle ?

¿ E n s a b e r , en p o d e r , piensas q u e excedes
Á aquel de quien p o r gracia has recibido
L o q u e eres, lo que v a l e s , l o que p u e d e s ;
Y sin el cual los m i s m o s pensamientos
N o pudieras tener que h o y contra él t i e n e s ?

E l es o m n i p o t e n t e ; tú eres d é b i l .
É l s a b i o , tú i g n o r a n t e . É l rico en bienes,
T ú vil y m i s e r a b l e .
POESÍAS 3?

¿ Y será m á s p r o b a b l e
Q u e el m u n d o que tu m a n o formaría
A u n m á s perfecto que el de D i o s s e r í a ? . . .
j Q u é insensatez, qué o r g u l l o , qué o s a d í a !

S i del c o r p ó r e o lazo desprendida


( O h si así f u e s e ! ) allá en la eterna esfera,
D e la C r e a c i ó n el cuadro portentoso
E n la m e n t e de D i o s , tu m e n t e v i e r a ;
E n t o n c e s conociera,
C o m o en espejo t e r s o ,
D e este g r a n d e u n i v e r s o
E l plan, el fin, las l e y e s , la a r m o n í a ,
L a insensible, fortísima cadena
Q u e en m u t u a dependencia une los seres,
E n fin, la perfección, que el h o m b r e c i e g o ,
P o r q u e n o la c o m p r e n d e , la condena.

A s í cuando en un plano confundidas


S e pintan mil figuras diferentes;
N i o r d e n , ni p r o p o r c i ó n se o b s e r v a en ellas :
A u n las partes m á s bellas
S i n justa r e l a c i ó n á otras unidas
M a y o r deformidad nos aparentan :
Y líneas que á m i l l a r e s
JOSÉ JOAQUÍN ÜE OLMEDO

D o qnier en arcos y á n g u l o s se c r u z a n ,
E l laberinto y confusión a u m e n t a n .

M a s , luego que en el m e d i o colocares


D e este caos un óptico cilindro,
T o d a la confusión al punto c e s a ;
P o r q u e las partes todas reflectidas
E n concierto a r m o n i o s o
D e formas y c o l o r e s ,
L o s m o n s t r u o s anteriores
T r a n s f o r m a c o n presteza
E n o r d e n , p r o p o r c i ó n , gracia y belleza.

Lima, iSlfr.
POESÍAS

A UN A M I G O

(DON GASPAR RICO)

EN EL NACIMIENTO DE SU PRIMOGÉNITO

¡ T a n t o bien es v i v i r , que presurosos


D e u d o s y a m i g o s plácidos r o d e a n
L a cuna del que n a c e !
¡ Y en v e r s o s n u m e r o s o s
C o n felices pronósticos recrean
L a ilusión paternal! U n o la frente
B e s a del inocente
Y en ella lee su próspero d e s t i n o ;
O t r o , ingenio d i v i n o ,
S e d de saber y fama
Y de a m o r patrio la celeste l l a m a
V e en sus ojos a r d e r ; y la t e r n u r a ,
E l candor y piedad otro divisa
;En su graciosa y plácida sonrisa.
40 JOSÉ JOAQUÍN D E OLMEDO

¿ P e r o , será feliz? ¿ ó serán tantas


H e r m o s a s esperanzas, ilusiones?
Ilusiones, Risel. Ese agraciado
N i ñ o , tu a m o r y tu e m b e l e s o a h o r a ,
H o m b r e nace á miseria c o n d e n a d o .
V a n o s títulos s o n para librarle
S u fortuna, su n o m b r e .
M a s ¿ q u é hablo y o de n o m b r e y de fortuna?
Si su m i s m a virtud y sus talentos
Serán en estos m a l h a d a d o s días
U n c r i m e n sin p e r d ó n . . . L a m o r a l p u r a
L a s i m p l e , la veraz filosofía,
Y tus l e y e s s e g u i r , m a d r e N a t u r a ,
I m p i e d a d se dirá : r a s g a r el v e l o
Q u e la superstición, la hipocresía
T i e n d e n á la maldad : decir que el C i c l o
L í m i t e s ciertos al p o d e r prescribe
C o m o á la m a r ; y que la m a r insana
M e n o s desobediente
E s al alto decreto o m n i p o t e n t e ;
I m p i e d a d . . . s e d i c i ó n . . . P o r toda parte
L a frente erguida el vicio se pasea
L l e v a n d o p o r divisa « audacia y arte ».-
T i e n t a , s e d u c e , inflama;
N i o r o , ni afán p e r d o n a ;
POESÍAS 41

D a á la m a l d a d p o r galardón la fama,
S e atreve á t o d o , y triunfa, y se c o r o n a .

¡ Q u é escenas,Dios! ¡qué ejemplos! ¡quépeligro !


¿ Y es tanto b i e n v i v i r ? — S i q u i e r a el cielo
Á m á s serenos días retardara,
¡ O h n i ñ o , tu n a c e r ! que a h o r a sólo
E l i n d i g n o espectáculo te espera
D e una patria en m i l partes l a c e r a d a ,
S a n g r e filial brotando por do q u i e r a ;
Y crinada de sierpes silbadoras
L a discordia indignada
S a c u d i e n d o , cual furia horrible y fea,
S u pestilente y o m i n o s a tea.

¡ O h ! ¡ s i te fuera d a d o a l s e n o o b s c u r o ,
P e r o dulce y s e g u r o ,
D e la nada t o r n a r ! . . . y de este h e r m o s o
Y vivífico s o l , a l m a del m u n d o ,
N o v o l v e r á la l u z , sino allá c u a n d o
C e ñ i d a en lauro de victoria ostente
L a dulce patria su radiosa frente,
Y cuando el astro del s a b e r termine
S u conocido g i r o al o c c i d e n t e ;
Y el culto del a r a d o y de las artes.
M á s preciosas que el o r o ,
42 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMHDO

H a g a reflorecer en lustre e t e r n o ,
C a n d o r , riqueza y nacional decoro :
Y leyes de virtud y a m o r dictando,
E n lazo federal las gentes todas
A d u n e la a l m a paz, y se a m e n t o d a s . . .
Y ¡ oh triunfo ! derrocados
C a i g a n al h o n d o a b i s m o
E r r o r , o d i o civil y fanatismo.

T r a e d , cielos, en ala premurosa


É s t e de espectación h e r m o s o día.
E n t r e t a n t o , R i s e l , cauto refrena
E l vuelo de esperanza y de a l e g r í a .
¡ O h ! cuántas v e c e s una flor g r a c i o s a
Q u e al primer r a y o matinal se a b r í a ,
Y g l o r í a del verjel la proclamaba
L a turba de los hijos de la A u r o r a ,
Y algún tierno a m a d o r la destinaba
A m o r i r perfumando el casto seno
D e la m á s bella y más feliz p a s t o r a ;
¡ O h ! ¡ cuántas v e c e s mustia y d e s m a y a d a
N o llega á v e r el s o l ! que de i m p r o v i s o
L a abrasa el h i e l o , el viento la deshoja,
Ó quizá hollada por la planta i m p u r a
D e una bestia feroz, v e su h e r m o s u r a .
POESÍAS 43

E m p e r o tu d e b e r , R i s e l a m a d o ,
Y a que te \ e s alzado
A la s u b l i m e d i g n i d a d de p a d r e ,
T e .manda no t e m e r ; antes el fuerte
P e c h o contraponer á la violenta
A v e n i d a del mal y de la suerte.
V i r t u d , ingenio tienes. S i r v a t o d o ,
N o sólo á dirigir la Índole tierna
D e tu hijo al bien, que en desunión eterna
Está con la a m b i c i ó n y la m e n t i r a ,
S i n o á purificar en algún m o d o
E l aire infecto que do quier respira.
A p r e n d a de tu ejemplo
P r u d e n c i a , no d o b l e z ; v a l o r , no a u d a c i a ;
M o d e r a c i ó n en próspera fortuna,
C o n s t a n t e dignidad en la desgracia.
P o r q u e cuando en el m o n t e se e m b r a v e c e
H ó r r i d a t e m p e s t a d , el flaco arbusto
T r a b a j a d o del á b r e g o p e r e c e ,
M a s al h u m i l d e suelo nunca inclina
S u excelsa frente la robusta e n c i n a ;
A n t e s allá en las n u b e s s e ñ o r e a
L o s e l e m e n t o s en su g u e r r a i m p í a
Y al fulgurante r a y o desafia.
44 ¡OSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Y t ú , mi dulce a m i g a , c u y o h e r m o s o
C o r a z ó n es el ara
D e l a m o r c o n y u g a l y la ternura :
Q u e por seguir y c o n s o l a r tu e s p o s o ,
E n tabla mal segura
Osaste hollar c o n varonil d e n u e d o
M a r e s p o r sus naufragios tan famosas,
Y cortes m á s que m a r e s p r o c e l o s a s ;
T ú que aun en m e d i o del d o l o r serena,
V i s t e abrirse á tus pies la t u m b a o b s c u r a ,
N i a s o m a d a á su a b i s m o te e s p a n t a s t e ;
Y ansiedad, y a m a r g u r a ,
E n los pesares s ó l o ,
M a l m e r e c i d o s , de R i s e l m o s t r a s t e ;
Ó c u a n d o el t i e r n o p e c h o te asaltaba
D u l c e m e m o r i a de tu patria a u s e n t e :
¡ O h ! entonces no sabías
Q u e al v o l v e r á tu patria y tus a m i g o s
E n p r e m i o el C i e l o á tu v i r t u d g u a r d a b a
L o que n e g ó á diez años de deseos,
Y que m a d r e á tu m a d r e abrazarías.

G ó z a t e para s i e m p r e , a m i g a m í a ;
H u y ó la n u b e en tempestad p r e ñ a d a ,
Y te a m a n e c e bonancible día.
POESÍAS 45

G ó z a t e , tierna a m i g a , para s i e m p r e :
É s t e , éste de la patria el c a r o s u e l o ,
Éste su dulce y apacible cielo,
É s t o s tus lares s o n . ¿ P o r qué s u p i r a s ?
N o es y a m e n t i d o s u e ñ o l o q u e m i r a s . . .
E s a que tierna abrazas es tu m a d r e ,
T ú m á s feliz que y o tu m a d r e a b r a z a s . . .
Mientras y o , ¡desdichado!
S ó l o en la t u m b a abrazaré la m í a .

T ú , sé feliz, y goza y a , segura


D e sobresalto fiero,
Inefable delicia e n e l cariño
D e este p r e c i o s o n i ñ o ,
P r i m e r a prenda de tu a m o r p r i m e r o .

Paréceme mirarte embebecida


E n sus i n g e n u a s y festivas g r a c i a s ;
Y , c u a n d o m á s a b s o r t a , de i m p r o v i s o .
U n a l á g r i m a ardiente
D e tus ojos b r o t a r . . . el i n o c e n t e
Cual si entendiera lo que entonces piensas,
L a s mairecitas cariñosas tiende,
A b r e en sonrisa la encarnada boca
Y el dulce beso maternal p r o v o c a .
46 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Desale, veces m i l ; y esta dulzura


D i v i d e c o n R i s e l . Sabia natura
N o te formó al nacer a m a b l e , h e r m o s a ,
S i n o para ser m a d r e y ser e s p o s a .
Y t ú , querido infante, que i g n o r a n d o
C u a l será tu d e s t i n o , en la dorada
Blanda cuna te m e c e s ,
Y agraciado s o n r í e s ,
Ó ledo te a d o r m e c e s ;
Y a q u e m i r a r la luz te h a d a d o el c i e l o ,
Vive, florece; y tus a m i g o s vean
Q u e en h o n o r y c o n s u e l o
D e tu familia y de tu patria c r e c e s .

S i g u e c o m o tus padres alentado


D e la virtud la senda,
Y n a d a t e m a s ; que en cualquier estado
V i v e el h o m b r e de bien serenamente
Á una y otra fortuna p r e p a r a d o .
Y l i b r e , ó en cadena, y aun y a alzada
S o b r e su cuello la funesta espada,
E n noble i m p a v i d e z antes la írente
Á la ceñuda adversidad humilla
•Que á un r i s u e ñ o tirano la rodilla.

Lima, 1 8 1 7 .
POESÍAS

LA VICTORIA DE JUNÍN

CANTO Á BOLÍVAR

E l t r u e n o h o r r e n d o que en fragor revienta


Y sordo r e t u m b a n d o se dilata
P o r la inflamada esfera,
A l D i o s a n u n c i a q u e en el cielo i m p e r a .

Y el r a y o q u e en J u n í n r o m p e y a h u y e n t a
L a hispana m u c h e d u m b r e
Q u e m á s feroz que nunca a m e n a z a b a
A sangre y fuego eterna s e r v i d u m b r e :
Y el canto de victoria
Q u e en ecos m i l discurre ensordeciendo
E l h o n d o valle y enriscada c u m b r e ,
P r o c l a m a n á B o l í v a r en la tierra
A r b i t r o de la paz y de la g u e r r a .
43 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

L a s soberbias pirámides que al cielo


El arte h u m a n o osado levantaba
P a r a hablar á los siglos y n a c i o n e s ;
T e m p l o s , do esclavas m a n o s
Deificaban en p o m p a á sus t i r a n o s , '
L u d i b r i o son del t i e m p o , que c o n su ala
Débil las t o c a , y las derriba al s u e l o ,
D e s p u é s que en fácil juego el fugaz v i e n t o
B o r r ó sus m e n t i r o s a s i n s c r i p c i o n e s ;
Y bajo los e s c o m b r o s confundido
E n t r e la s o m b r a del eterno o l v i d o ,
¡ O h de a m b i c i ó n y de miseria e j e m p l o !
E l sacerdote y a c e , el D i o s y el t e m p l o ;

Mas los s u b l i m e s m o n t e s , c u y a frente


Á la región etérea se levanta,
Q u e v e n las tempestades á su planta
Brillar, rugir, romperse, disiparse;
L o s A n d e s . . . las e n o r m e s , estupendas
M o l e s sentadas sobre bases de o r o ,
L a tierra c o n su peso equilibrando
J a m á s se m o v e r á n . E l l o s burlando
D e ajena envidia y del protervo t i e m p o
L a furia y el p o d e r , serán eternos
D e L i b e r t a d y de V i c t o r i a h e r a l d o s ,
POESÍAS 4?

Q u e c o n eco profundo
Á la postrema edad dirán del m u n d o :
« N o s o t r o s v i m o s de J u n í n el c a m p o :
» V i m o s que al desplegarse
» D e l P e r ú y de C o l o m b i a las banderas
» S e turban las legiones a l t a n e r a s ,
» H u y e el fiero español d e s p a v o r i d o ,
» Ó pide paz r e n d i d o .
» V e n c i ó B o l í v a r : el P e r ú fué l i b r e :
» Y en triunfal p o m p a L i b e r t a d sagrada
» E n el t e m p l o del S o l fué c o l o c a d a . »

¿ Quién m e dará t e m p l a r el v o r a z fuego


E n que ardo todo y o ? T r é m u l a , incierta.
T o r p e la m a n o v a sobre l a lira
D a n d o discorde s o n . ¿ Q u i é n m e liberta
D e l D i o s que m e f a t i g a . . . ?
Siento unas veces la r e b e l d e M u s a ,
Cual bacante en furor, v a g a r incierta
P o r m e d i o de las plazas bulliciosas,
Ó sola p o r las selvas silenciosas
Ó las risueñas p l a y a s
Q u e m a n s o l a m e el caudaloso- G u a y a ; . 8

O t r a s el v u e l o arrebatado tiende
S o b r e los m o n t e s : y de allí desciende
JOSÉ JOAQUÍN' DE OLMEDO

A l c a m p o de J u n í n : y a r d i e n d o en ira
L o s numerosos escuadrones mira
Q u e el odiado pendón de E s p a ñ a arbolan :
Y en cristado m o r r i ó n y peto a r m a d a ,
Cual amazona fiera,
S e mezcla entre las filas la p r i m e r a
D e todos- los g u e r r e r o s ,
Y á combatir c o n e l l o s se adelanta,
T r i u n f a con ellos y sus triunfos canta.

T a l en los siglos de virtud y g l o r i a ,


•Cuando el g u e r r e r o sólo y el poeta
E r a n dignos d e h o n o r y de m e m o r i a ,
L a m u s a audaz de P í n d a r o d i v i n o ,
C u a l intrépido atleta,
E n inmortal porfía
A l g r i e g o estadio concurrir solía.
Y én estro h i r v i e n d o y en a m o r de f a m a ,
Y del m e t r o y del n ú m e r o impaciente
P u l s a su lira de o r o s o n o r o s a ,
Y alto asiento concede entre los dioses
A l que fuera en la lid m á s v a l e r o s o ,
Ó al m á s afortunado.
P e r o l u e g o envidiosa
D e la inmortalidad que les ha d a d o ,
POESÍAS 5't

C i e g a se lanza al circo p o l v o r o s o ,
L a s alas rapidísimas agita,
Y al c a r r o v e n c e d o r se precipita.
Y desatando a r m ó n i c o s raudales
P i d e , disputa, g a n a ,
O arrebata la p a l m a á sus rivales 9.

¿ Quién es aquél que el paso lento m u e v e


S o b r e el collado que á J u n í n d o m i n a ?
¿ Q u e el c a m p o desde allí m i d e , y el sitio
D e l c o m b a t i r y del v e n c e r designa ?
¿ Q u e la hueste contraria o b s e r v a , cuenta,
Y en su m e n t e la r o m p e y d e s o r d e n a ,
Y á los m á s bravos á m o r i r c o n d e n a ,
C u a l águila caudal que se c o m p l a c e
D e l alto cielo en divisar su presa
Q u e entre el r e b a ñ o mal segura pace ?
.¿ Q u i é n el que y a desciende
P r o n t o y apercibido á la pelea ?
P r e ñ a d a en tempestades le rodea
N u b e t r e m e n d a : el brillo de su espada
E s el v i v o reflejo d e la gloria :
S u v o z un trueno : su m i r a d a un r a y o .
< Q u i é n , aquél que al trabarse la Dataua,
Ufano c o m o N u n c i o de victoria,
52 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

U n corcel i m p e t u o s o fatigando
D i s c u r r e sin cesar p o r toda p a r t e . . . ?
¿ Q u i é n , sino e l hijo de C o l o m b i a y M a r t e ?
S o n ó su v o z : « P e r u a n o s ,
Mirad allí los d u r o s opresores
D e v u e s t r a patria. B r a v o s C o l o m b i a n o s ,
E n cien crudas batallas v e n c e d o r e s ,
Mirad allí los e n e m i g o s fieros
Q u e buscando venís desde O r i n o c o :
S u y a es la fuerza, y el v a l o r es vuestro :
V u e s t r a será la g l o r i a ;
P u e s lidiar c o n v a l o r y por la patria
E s el m e j o r p r e s a g i o de victoria.
A c o m e t e d : que s i e m p r e
D e quien se atreve m á s el triunfo ha sido :
Q u i e n no espera v e n c e r , y a está v e n c i d o . »
Dice : y al punto cual fugaces c a r r o s ,
Q u e dada la s e ñ a l , parten, y en densos
D e arena y polvo torbellinos r u e d a n ;
A r d e n los e j e s ; s e estremece el s u e l o ;
Estrépito confuso asorda el c i e l o ;
Y en m e d i o del afán cada cual teme
Q u e los demás adelantarse p u e d a n :
A s í los ordenados escuadrones
Q u e reflejan del iris los colores
POESÍAS

Ó la i m a g e n del sol en sus p e n d o n e s , 1 0

S e avanzan á la l i d . ¡ O h ! ¡ q u i é n temiera,
Q u i é n , que su ímpetu m i s m o los p e r d i e r a !

¡ P e r d e r s e ! n ó , jamás : que en la pelea


L o s arrastra y a n i m a é i m p o r t u n a
D e B o l í v a r el g e n i o y la fortuna.
L l a m a i m p r o v i s o al bravo N e c o c h e a ;
Y m o s t r á n d o l e el c a m p o ,
P a r t i r , a c o m e t e r , v e n c e r le m a n d a ,
Y el g u e r r e r o esforzado,
O t r a v e z vencedor, y otra c a n t a d o , 12

D e n t r o en el c o r a z ó n p o r P a t r i a jura
C u m p l i r la o r d e n fatal; y á la v i c t o r i a
Ó á noble y cierta m u e r t e se a p r e s u r a .

Y a el f o r m i d a b l e e s t r u e n d o
D e l a t a m b o r en u n o y otro b a n d o ;
Y el son de las t r o m p e t a s c l a m o r o s o ,
Y el relinchar del alazán f o g o s o ,
Q u e erguida la cerviz y el ojo a r d i e n d o ,
E n bélico furor salta impaciente
D o más se encruelece la p e l e a ;
Y el silbo de las balas, q u e r a s g a n d o
E l a i r e , llevan por do quier la m u e r t v ;
-S-i JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Y el c h o q u e asaz h o r r e n d o
D e selvas densas de ferradas p i c a s ;
Y el brillo y estridor de los aceros
Q u e al sol reflectan s a n g u i n o s o s v i s o s ;
Y espadas, lanzas, m i e m b r o s esparcidos
Ó en torrentes de s a n g r e a r r e b a t a d o s ,
Y el v i o l e n t o tropel de los g u e r r e r o s
Q u e m á s feroces mientras más h e r i d o s ,
D a n d o y v o l v i e n d o el golpe r e d o b l a d o ,
M u e r e n , m a s n o se r i n d e n . . . T o d o anuncia
Q u e el m o m e n t o ha l l e g a d o ,
E n el gran libro del D e s t i n o escrito,
D e la venganza al p u e b l o a m e r i c a n o ,
D e m e n g u a y de baldón al castellano.

Si el fanatismo con sus furias todas,


Hijas del n e g r o a v e r n o , m e inflamara
Y m i p e c h o y mi m u s a enardeciera
E n tartáreo f u r o r , del L e ó n de E s p a ñ a
A l ver d u d o s o el triunfo, m e atreviera
Á pintar el rencor y horrible saña.
R u g e atroz, y cobrando
M á s fuerza en su despecho, se abalanza,
A b r i é n d o s e ancha calle entre las haces
P o r m e d i o el fuego y contrapuestas l a n z a s ,
POESÍAS 5 r

R a y o s respira, m o r t a n d a d y e s t r a g o ,
Y sin pararse á d e v o r a r la p r e s a ,
P r o s i g u e en su furor, y en cada huella
D e j a de negra sangre un h o n d o l a g o .
E n tanto el A r g e n t i n o valeroso
R e c u e r d a que v e n c e r se le ha m a n d a d o ;
Y n o y a cual caudillo, cual soldado
L o s formidables í m p e t u s contiene
Y u n o en contra de ciento se sostiene,
C o m o tigre furiosa
D e rabiosos mastines a c o s a d a ,
Q u e g u a r d a n el redil, m a t a , destroza,
A h u y e n t a sus c o n t r a r i o s ; y a u n q u e h e r i d a ,
Sale con la victoria y con la v i d a .

O h capitán v a l i e n t e ,
Blasón ilustre de tu ilustre patria,
N o m o r i r á s : tu n o m b r e eternamente
E n nuestros fastos sonará g l o r i o s o ,
Y bellas ninfas de tu Plata u n d o s o
A tu g l o r i a darán s o n o r o canto
Y á tu i n g r a t o destino acerbo l l a n t o . 1 5

Y a el intrépido Miller aparece


Y el desigual c o m b a t e restablece.
B a j o su m a n d o ufana
5» JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

M a r c h a r se v e la j u v e n t u d p e r u a n a ,
A r d i e n t e , firme, á perecer resuelta,
S i acaso el h a d o infiel v e n c e r le n i e g a .
E n el a r d u o conflicto o p o n e ciega
A los adversos dardos firmes p e c h o s ,
Y otro n o m b r e conquista c o n s u s h e c h o s . - 1

¿ S o n esos los garzones delicados


Entre seda y a r o m a s a r r u l l a d o s ? 1 5

¿ L o s hijos del placer son esos fieros?


Sí : que los que antes desatar n o osaban
L o s dulces lazos de jazmín y rosa
C o n que a m o r y placer los e n r e d a b a n ,
H o y y a con m a n o fuerte
L a cadena quebrantan ponderosa
Q u e ató sus p i e s , y vuelan denodados
A los c a m p o s de m u e r t e y gloria c i e r t a ,
A p e n a s la alta fama los despierta
D e los g u e r r e r o s que su cara patria
E n tres lustros de sangre libertaron;
Y apenas el querido
N o m b r e de libertad su p e c h o inflama,
Y de a m o r patrio la celeste llama
P r e n d e en s u corazón a d o r m e c i d o .
POESÍAS

T a l el j o v e n A q u i l e s 1 6

Q u e en infame disfraz y en ocio blando


D e lánguidos suspiros,
L o s destinos de G r e c i a dilatando,
V i v e c a u t i v o en la beldad de S c i r o s ;
L o s ojos pace en el vistoso alarde
D e arreos y de galas femeniles
Q u e de India y T i r o y Menfis opulenta
C u r i o s o s mercadantes le encarecen.
M a s á su vista apenas resplandecen
P a v é s , espada y y e l m o que entre gasas
E l Itacense astuto le presenta :
P á s m a s e . . . se r e c o b r a , y con violenta
M a n o el t e m p l a d o acero a r r e b a t a n d o ,
R a s g a y arroja las indignas t o c a s ,
P a r t e , traspasa el m a r y en la troyana
A r e n a m u e r t e , a s o l a c i ó n , espanto
Difunde p o r do quier : todo le c e d e . . .
Aun Héctor retrocede...
Y cae al fin; y en d e r r e d o r tres v e c e s
S u sangriento cadáver profanado
A l v e l o z carro atado
D e l v e n c e d o r inexorable y d u r o ,
E l p o l v o barre del s a g r a d o m u r o .
5 8 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

O r a m i lira r e s o n a r debía
D e l n o m b r e y las hazañas portentosas
D e tantos capitanes que este día
L a palma del v a l o r se d i s p u t a r o n ,
D i g n a de t o d o s . . . C a r b a j a l . . . y S i l v a . . . "
1

Y S u á r e z . . . y otros m i l . . . M a s de i m p r o v i s o
L a espada de B o l í v a r a p a r e c e ,
Y á todos los g u e r r e r o s ,
C o m o el sol á los astros, obscurece.

Y o acaso m á s osado le cantara,


S i la m e ó n i a M u s a m e p r e s t a r a 18

L a resonante t r o m p a q u e o t r o tiempo
C a n t a b a al c r u d o M a r t e entre los T r a c e s ,
Bien a n i m a n d o las terribles h a c e s ,
B i e n los fieros caballos, que la l u m b r e
D e la égida de P a l a s espantaba.

T a l el h é r o e brillaba
P o r las p r i m e r a s filas d i s c u r r i e n d o .
S e o y e su v o z , su acero resplandece
D o m á s la p u g n a y el peligro crece.
N a d a le puede r e s i s t i r . . . Y es fama,
¡ O h portento i n a u d i t o !
Q u e el bello n o m b r e de C o l o m b i a escrito
POESÍAS 59-

S o b r e su frente en t o r n o despedía
R a y o s de luz tan v i v a y refulgente
Q u e d e s l u m h r a d o el E s p a ñ o l d e s m a y a ,
T i e m b l a , pierde la v o z , el m o v i m i e n t o :
S ó l o para la fuga tiene aliento.

A s í cuando en la n o c h e a l g ú n m a l v a d o
V a á descargar el brazo l e v a n t a d o ;
S i de i m p r o v i s o lanza un r a y o el c i e l o ,
S e p a s m a , y el p u ñ a l t r é m u l o suelta :
H i e l o m o r t a l á su furor s u c e d e ;
T i e m b l a , y horrorizado r e t r o c e d e .
Y a no hay más combatir. E l enemigo
E l c a m p o todo y la v i c t o r i a c e d e .
H u y e cual c i e r v o h e r i d o ; y a d o n d e huye-
A l l í e n c u e n t r a la m u e r t e . L o s caballos
Q u e fueron su esperanza en la pelea,
H e r i d o s , espantados, por el c a m p o
Ó entre las filas v a g a n , salpicando
E l suelo en sangre que su crin g o t e ü ;
D e r r i b a n al jinete, lo atrepellan,
Y las catervas v a n d e s p a v o r i d a s ,
Ó unas con otras c o n terror se estrellan..
C r e c e la confusión, crece el espanto :
Y al i m p u l s o del aire, que vibrando
60 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

S u b e en clamores y alaridos l l e n o .
T r e m e n las c u m b r e s que respeta el t r u e n o .
Y discurriendo el v e n c e d o r en tanto
P o r cimas de cadáveres y heridos
Postra al que h u y e , perdona á los r e n d i d o s .

¡ P a d r e del u n i v e r s o ! ¡ S o l r a d i o s o !
¡ D i o s del P e r ú ! ¡ m o d e r a o m n i p o t e n t e
E l ardor de tu carro i m p e t u o s o ,
Y n o escondas tu luz indeficiente...
U n a h o r a m á s de l u z ! . . . ? P e r o esta hora
1

N o fué la del D e s t i n o . E l D i o s oía


E l v o t o de su p u e b l o , y de la frente
E l cerco de diamantes d e s c e ñ í a .
E n fugaz r a y o el horizonte d o r a ;
E n m a y o r disco m i n o s luz ofrece,
Y v e l o z tra? los A n d e s se o b s c u r e c e .

T e n d i ó su m a n t o l ó b r e g o la n o c h e :
Y las reliquias del p e r d i d o b a n d o ,
C o n sus tristes y atónitos c a u d i l l o s ,
C o r r e n sin saber d o n d e espavoridas,
Y de su s o m b r a m i s m a se e s t r e m e c e n .
Y al fin en las tinieblas ocultando
S u afrenta y su p a v o r , desaparecen.
poesías t>I

¡ V i c t o r i a p o r la P a t r i a ! ¡ o h D i o s ! ¡ V i c t o r i a !
¡Triunfo á Colombia : y á Bolívar gloria!

Y a el r o n c o parche y el clarín s o n o r o
N o á presagiar batalla y m u e r t e suena,
N i á enfurecer las almas : m a s se estrena
En alentar el bullicioso coro
D e v i v a s y patrióticas canciones.
A r d e n cien pinos : y á su luz las s o m b r a s
H u y e r o n , cual poco antes desbandadas
H u y e r o n de la Espada de C o l o m b i a
L a s vandálicas huestes debeladas.

E n t o r n o de la l u m b r e ,
E l n o m b r e de B o l í v a r repitiendo
Y las hazañas de tan claro d í a ,
L o s jefes, y la alegre m u c h e d u m b r e
C o n s u m e n en acordes libaciones
D e Baco y C e r e s l o s celestes d o n e s .

« Victoria, paz, clamaban,


P a z p a r a s i e m p r e . F u r i a de la g u e r r a ,
H ú n d e t e al h o n d o a v e r n o d e r r o c a d a ;
Y a cesa el m a l y el llanto de la tierra.
Paz para s i e m p r e . L a sanguínea espada,
4
Ú2 josé joaquín de olmedo

Ó cubierta de orín i g n o m i n i o s o ,
Ó en el útil arado t r a s í o r m a d a ,
N u e v a s leyes dará. L a s varias gentes
D e l m u n d o , que á despecho de los cielos
Y del i g n o t o p o n t o p r o c e l o s o ,
A b r i ó á C o l ó n su audacia ó su codicia,
T o d a s y a para s i e m p r e recobraron
E n J u n í n libertad, gloria y r e p o s o . »

G l o r i a , mas no reposo: de repente


C l a m ó una v o z de l o alto de l o s c i e l o s .
Y á los ecos los ecos por tres veces
Gloria, mas no reposo, r e s p o n d i e r o n .
E l suelo t i e m b l a ; y cual fulgentes í a r o s
D e los A n d e s las cúspides a r d i e r o n .
Y de la n o c h e el p a v o r o s o m a n t o
S e trasparenta, y rásgase, y el éter
A l l á lejos purísimo aparece,
Y en rósea luz bañado r e s p l a n d e c e .

Cuando improviso, veneranda sombra


E n faz serena y a d e m á n augusto
Entre candidas nubes se levanta.
D e l h o m b r o izquierdo nebuloso m a n t o
P e n d e , y su diestra aéreo cetro rige :
POESÍAS 6?

S u mirar n o b l e , p e r o n o s a ñ u d o ;
Y nieblas figuraban á su planta
P e n a c h o , a r c o , carcax, flechas y e s c u d o .
U n a zona de estrellas
G l o r i f i c a b a e n derredor su frente
Y la borla imperial de ella p e n d i e n t e .

M i r ó á J u n í n : y plácida sonrisa
V a g ó sobre su faz. « H i j o s , decía,
G e n e r a c i ó n del S o l afortunada,
Q u e con placer y o puedo llamar m í a ,
Y o s o y H u a i n a C a p a c : s o y el postrero
D e l v a s t a g o sagrado : 2 0

D i c h o s o rey, m a s padre d e s g r a c i a d o .
D e esta m a n s i ó n de paz y luz he visto
C o r r e r las tres centurias
D e m a l d i c i ó n , de sangre y s e r v i d u m b r e :
Y el I m p e r i o r e g i d o por las F u r i a s .
N o h a y punto en estos valles y estos cerros
Q u e n o m a n d e tristísimas m e m o r i a s .
T o r r e n t e s mil de sangre se cruzaron
A q u í y allí : las tribus n u m e r o s a s
A l r u i d o del cañón se disiparon :
Y los restos mortales de mi gente
A u n á las m i s m a s rocas fecundaron.
64 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

M á s allá un hijo expira entre los hierros


D e su sagrada majestad i n d i n o s . . . - 1

U n insolente y vil aventurero


Y un iracundo sacerdote fueron
D e un p o d e r o s o rey los a s e s i n o s . . .
¡ T a n t o s horrores y maldades tantas
P o r el o r o que hollaban nuestras p l a n t a s !

« Y mi Huáscar t a m b i é n . . . 2 2
¡ Y o n o vivia!
¡ Q u e de v i v i r , lo j u r o , bastaría,
S o b r a r a á debelar la hidra española
E s t a m i diestra triunfadora, s o l a !
Y nuestro s u e l o , que a m a sobre todos
E l S o l mi padre, en el estrago fiero
N o fué, ¡ o h d o l o r ! ni el s o l o , ni el p r i m e r o .
Q u e mis caros h e r m a n o s ,
E l gran Guatimozín y Motezuma
C o n m i g o el caso acerbo l a m e n t a r o n
D e su nefaria m u e r t e y c a u t i v e r i o ,
Y la devastación del grande i m p e r i o ,
E n riqueza y p o d e r igual al m í o . . .
H o y con noble desdén a m b o s recuerdan
E l ultraje i n a u d i t o , y entre fiestas
A l e v o s a s el dardo p r e v e n i d o ,
Y el lecho en v i v a s ascuas e n c e n d i d o .
POESÍAS

« ¡ G u e r r a al u s u r p a d o r ! — ¿ Q u é le d e b e m o s ?
¿ L u c e s , c o s t u m b r e s , religión ó l e y e s ? . . .
¡ Si ellos íueron estúpidos, viciosos,
F e r o c e s , y por fin supersticiosos!
¿ Q u é r e l i g i ó n ? ¿ l a de J e s ú s ? . . . ¡Blasfemos!
S a n g r e , p l o m o v e l o z , cadenas fueron
L o s sacramentos santos que trajeron.
¡ O h r e l i g i ó n ! ¡ o h fuente pura y santa
D e a m o r y de consuelo para el h o m b r e !
¡ C u á n t o s males se hicieron en tu n o m b r e !
¿ Y qué lazos de a m o r ? . . . P o r los oficios
D e la hospitalidad m á s generosa
H i e r r o s nos dan : por gratitud, suplicios.
T o d o s , s í , todos : m e n o s u n o s o l o ;
E l mártir del a m o r a m e r i c a n o :
D e paz, de caridad apóstol s a n t o ;
D i v i n o C a s a s , de otra patria d i g n o . > 2

N o s a m ó hasta m o r i r . — P o r tanto ahora


E n el e m p í r e o entre los Incas m o r a .

.< E n tanto la hora inevitable vino


Q u e con d i a m a n t e señaló el D e s t i n o ,
A la venganza y gloria de mi p u e b l o .
Y se alza el V e n g a d o r . — D e s d e otros mares
C o m o sonante tempestad se acerca :
4
éé J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

Y fulminó. Y del Inca en la P e a n a , 4 2

Q u e el tiempo y un poder furial profana,


Gual de un D i o s irritado en los altares '
L a s víctimas c a y e r o n á millares.
j O h c a m p o s de J u n í n ! . . . ¡ O h predilecto
Hijo y A m i g o y V e n g a d o r del I n c a !
¡ O h P u e b l o s , que formáis un pueblo solo
Y una familia, y todos sois mis hijos .'
Vivid, triunfad... »

E l Inca esclarecido
Iba á seguir : m a s de repente queda
E n éxtasis profundo e m b e b e c i d o :
Atónito en el cielo
A m b o s ojos i n m ó v i l e s p o n í a ,
Y en la i m p r o v i s a inspiración absorto
L a s o m b r a de una estatua parecía.
C o b r ó la voz al fin. « P u e b l o s , decía,
L a página fatal ante mis ojos
D e s e n v o l v i ó el D e s t i n o , salpicada
T o d a en purpúrea s a n g r e ; m a s en t o r n o
T a m b i é n en bello resplandor bañada,
j e f e de m i n a c i ó n , nobles g u e r r e r o s ,
O í d cuanto m i oráculo os p r e v i e n e ,
Y requerid los ínclitos aceros,
POESÍAS

Y en v e z de cantos n u e v a alarma suene :


Q u e en otros c a m p o s de inmortal m e m o r i a
L a P a t r i a os p i d e , y el Destino os m a n d a
O t r o a l a n , n u e v a lid, m a y o r victoria. »

L a s legiones atónitas oían :


M a s l u e g o q u e se anuncia otro c o m b a t e ,
S e alzan, a r m a n , y al orden de batalla
•Utanas y prestísimas c o r r i e r a n ;
Y y a de acometer la v o z esperan.
R e i n a el silencio. M a s de su alta nube
E l Inca e x c l a m a : « D e ese ardor es d i g n a
L a ardua lid que os e s p e r a ;
A r d u a , terrible, pero al fin postrera.
E s e adalid vencido 5 2

V u e l a en su fuga á m i sagrada C u z c o ;
Y en su furia insensata
G e n t e s , a r m a s , tesoros arrebata,
Y á n u e v o azar entrega su fortuna.
V e n g a n z a , indignación, furor le inflaman,
Y allá en su p e c h o h i e r v e n c o m o fuegos
Q u e de un v o l c á n en las entrañas braman.

« M a r c h a : y el m i s m o c a m p o donde ciegos
E n sangrienta p o r f í a 2 6
J O S É jOAQ/JÍN DE OLMEDO

L o s p r i m e r o s tiranos disputaron
C u á l de ellos solo d o m i n a r debía,
Pues el poder y el o r o dividido
T e m p l a r su ardiente fiebre n o p o d í a :
E n ese c a m p o , que á discordia ajena
D e b i ó su infausto n o m b r e , y la cadena
Q u e después arrastró todo el i m p e r i o ;
A l l í , no sin misterio
V e n g a n z a y gloria n o s darán los C i e l o s .
¡ O h valle de A y a c u c h o bienhadado!
¡ C a m p o serás de gloria y de venganza....
M a s n o sin s a n g r e . . . Y o m e e s t r e m e c i e r a ,
Si mi ser inmortal no lo impidiera !

« Allí B o l í v a r , en su heroica m e n t e
M a y o r e s pensamientos r e v o l v i e n d o ,
E l n u e v o triunfo trazará, y haciendo
D e su genio y poder un n u e v o e n s a y o ,
A I joven S u c r e prestará su r a y o . " 2

Al joven animoso,
A quien del E c u a d o r montes y ríos
D o s veces aclamaron v i c t o r i o s o .
Y a se v e r á en la frente del guerrero.
T o d a el alma del H é r o e reflejada,
Q u e él le quiso infundir de una m i r a d a .
POESÍAS

« C o m o torrentes desde la alta c u m b r e


A l valle en m i l raudales despeñados,
V e n d r á n los hijos de la infanda I b e r i a ,
Soberbios en su fiera m u c h e d u m b r e ,
Cuando, á su encuentro volará impaciente
T u j u v e n t u d , C o l o m b i a belicosa,
Y la tuya, ¡ o h P e r ú ! de fama ansiosa,
Y el caudillo impertérrito á su frente.

« ¡ A t r o z , h o r r e n d o c h o q u e , de azar l l e n o !
C u a l aturde y espanta en su estallido
D e hórrida tempestad el postrer t r u e n o .
A r d e r en fuego el aire,
E n h u m o y p o l v o obscurecerse el cielo,
Y con la sangre en que rebosa el s u e l o ,
S e verá el A p u r í m a c de repente
E m b r a v e c e r su rápida c o r r i e n t e .

'< Mientras por sierras y h o n d o s precipicios


Á la hueste e n e m i g a
E l impaciente C ó r d o v a fatiga :
C ó r d o v a , á quien inflama
F u e g o de edad, y a m o r de patria y f a m a ;
C ó r d o v a , en c u y a s sienes con bello arte
C r e c e n y se entrelazan
70 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

T u m i r t o , V e n u s , tus laureles, M a r t e .
C o n su Miller los húsares recuerdan
E l nombre de J u n í n : V a r g a s su n o m b r e ,
Y v e n c e d o r el s u y o con su L a r a
E n cien hazañas cada cual m á s clara. 2 8

« Allá por otra parte,


S e r e n o , p e r o siempre infatigable;
T e r r i b l e cual su n o m b r e , batallando
Se presenta L a - M a r : y se apresura
L a tarda rota del protervo b a n d o . ' 2

E r a su antiguo v o t o , por la patria


Combatir y morir. Dios complacido
Combatir y vencer le ha c o n c e d i d o .
Mártir del p u n d o n o r , he aquí tu día.
Y a la calumnia impía
B a j o tu pie b r a m a n d o confundida,
T e sonríe la Patria agradecida.
Y tu n o m b r e g l o r i o s o ,
A l a r m ó n i c o canto que resuena
E n las floridas m á r g e n e s del G u a y a s ,
Q u e por oírlo su corriente enfrena,
S e m e z c l a r á ; y el p e c h o de tu a m i g o
T u s hazañas cantando y tu ventura
Palpitará de g o z o y de ternura.
POESÍAS 7' T

« L o grande y p e l i g r o s o
H i e l a al cobarde, irrita al a n i m o s o .
¡ Q u é i n t r e p i d e z ! ¡ q u é súbito coraje
E l brazo agita y en el pecho prende
D e l que su patria y libertad defiende!
E l m e n o r resistir es n u e v o ultraje.
E l jinete i m p e t u o s o ,
E l fulmíneo arcabuz de sí a r r o j a n d o ,
L á n z a s e á tierra con el hierro en m a n o ,
P u e s le parece en trance tan d u d o s o
L e n t o el caballo, perezoso el p l o m o .
C r e c e el ardor. — Y a cede en toda parte
E l n ú m e r o al v a l o r , la fuerza al arte.
Y el í b e r o arrogante en las m e m o r i a s
D e sus pasadas glorias,
F i r m e , i e r o z resiste : y y a en idea
Bajo triunfales a r c o s , que alzar debe
L a sojuzgada L i m a , se pasea.
M a s su afán, su ilusión, sus a r t e s . . . n a d a .
Ni la resuelta y n u m e r o s a tropa
L e sirve. C e d e al ímpetu t r e m e n d o :
Y el a r m a de Bailen rindió c a y e n d o
E l v e n c e d o r del v e n c e d o r de E u r o p a .
P e r d i ó el v a l o r , m a s no las iras pierde,
Y en furibunda rabia el p o l v o m u e r d e .
J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

A l z a el párpado g r a v e , y s a n g u i n o s o s
R u e d a n sus ojos y sus dientes crujen :
M i r a la l u z ; se indigna de m i r a r l a :
A c u s a , insulta al c i e l o ; y de sus labios,
Cárdenos, espumosos,
V o t o s , y negra s a n g r e , y hiél b r o t a n d o ,
E n v a n o un v e n g a d o r m u e r e i n v o c a n d o .

« A h : y a diviso miseras reliquias


C o n todos sus caudillos h u m i l l a d o s
V e n i r pidiendo paz.- 50
Y generoso,
E n n o m b r e de B o l í v a r y la P a t r i a ,
N o se la niega el v e n c e d o r g l o r i o s o .
Y su triunfo s a n g r i e n t o ,
C o n el r a m o feliz de paz c o r o n a .
Q u e si patria y h o n o r le arman la m a n o
A r d e en v e n g a n z a el p e c h o a m e r i c a n o ;
Y c u a n d o v e n c e , todo lo p e r d o n a .

« L a s v o c e s , el clamor de los que v e n c e n ,


Y de Q u i n ó las ásperas m o n t a ñ a s , 3 1

Y los c ó n c a v o s senos de la tierra,


Y los ecos sin fin de la ardua sierra,
T o d o repite sin cesar, ¡ V i c t o r i a !
POESÍAS

« Y las bullentes linfas de A p u r í m a c


Á las fugaces linfas de U c a y a l e 3 2

S e u n e n , y unidas llevan presurosas,


E n sonante m u r m u l l o y alba e s p u m a ,
C o n palmas en las m a n o s y c o r o n a s ,
Esta nueva feliz al A m a z o n a s .
Y el espléndido rey al punto ordena
Á sus delfines, ninfas y sirenas
Q u e en c l a m o r o s o s plácidos cantares
T a n gran victoria anuncien á los m a r e s .

« ¡ S a l u d , oh V e n c e d o r ! ¡ O h S u c r e ! ¡ v e n c e ,
Y de n u e v o laurel orla tu frente.
Alta esperanza de tu insigne patria!
C o m o la palma al m a r g e n de un torrente
C r e c e tu n o m b r e . . . Y sola en este día
T u g l o r i a , sin B o l í v a r , brillaría.
T a l se v e H é s p e r o arder en su c a r r e r a ,
Y del n o c t u r n o cielo
S u y o el i m p e r i o sin la luna fuera.

« P o r las m a n o s de S u c r e la victoria
C i ñ e á B o l í v a r lauro i n m a r c e s i b l e .
¡ O h T r i u n f a d o r ! la palma de A y a c u c h o ,
Fatiga eterna al bronce de la F a m a ,
S e g u n d a vez L i b e r t a d o r te a c l a m a .
5
J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

« E s t a es la hora feliz. D e s d e aquí e m p i e z a


L a nueva edad al Inca prometida
D e libertad, de paz y de grandeza.
R o m p i s t e la c a d e n a aborrecida :
L a rebelde cerviz hispana hollaste :
G r a n d e gloria alcanzaste;
P e r o m a y o r te espera, si á m i pueblo
A s í cual á la g u e r r a l o conformas,
Y á conquistar su libertad le e m p e ñ a s ;
L a rara y ardua ciencia
D e m e r e c e r la paz y vivir libre
C o n v o z y e j e m p l o y con poder le enseñas.
Y o con riendas de seda regí el p u e b l o ,
Y cual padre le a m é ; m a s n o quisiera
Q u e el cetro de los Incas renaciera :
Q u e y a se vio algún I n c a que teniendo
E l terrible p o d e r todo en su m a n o ,
C o m e n z ó padre y acabó tirano.
Y o fui conquistador, y a m e avergüenzo
D e l g l o r i o s o y sangriento m i n i s t e r i o ;
P u e s un conquistador, el m á s h u m a n o ,
F o r m a r , mas n o r e g i r , debe un i m p e r i o ,

« P o r n o trillada s e n d a , de la g l o r i a
A l templo v u e l a s , ínclito B o l í v a r .
POESÍAS 75

Q u e ese poder t r e m e n d o que te fía 35


D e l o s padres el í n t e g r o s e n a d o ,
S i o t r o t i e m p o perder á R o m a p u d o ,
E n tu potente m a n o
E s á la L i b e r t a d del P u e b l o e s c u d o .

•« O h L i b e r t a d , el H é r o e que podía
S e r el brazo de M a r t e s a n g u i n a r i o ,
E s e es tu sacerdote m á s c e l o s o ,
Y el p r i m e r o que t o m a el i n c e n s a r i o ,
Y á tus aras se inclina silencioso.
j O h L i b e r t a d ! Si al pueblo a m e r i c a n o
L a s o l e m n e m i s i ó n h a dado el C i e l o
D e d o m e ñ a r el m o n s t r u o de la g u e r r a ,
Y dilatar tu i m p e r i o soberano
P o r l a s r e g i o n e s todas de la tierra,
Y por las ondas todas de los m a r e s ,
N o t e m a s , con este H é r o e , que a l g ú n día
E c l i p s e el ciego error tus resplandores,
Superstición profane tus altares,
N i que insulte tu l e y la tiranía :
Y a tu i m p e r i o y tu culto son eternos.
Y cual restauras en su antigua gloria
D e l santo y p o d e r o s o
P a c h a - C a m a c el templo p o r t e n t o s o ; ^
76 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

T i e m p o v e n d r á , mi oráculo n o m i e n t e ,
E n que darás á pueblos destronados
S u majestad ingénita y su s o l i o ,
A n i m a r á s las ruinas de C a r t a g o ,
R e l e v a r á s en G r e c i a el A r e o p a g o ,
Y en la humillada R o m a el C a p i t o l i o .

« T u y a será, B o l í v a r , esta gloria :


T u y a r o m p e r el y u g o de los r e y e s ,
Y á s u despecho entronizar las l e y e s ;
Y la discordia en áspides crinada,
P o r tu brazo en cien n u d o s aherrojada..
A n t e los H a c e s santos confundidas
Harás temblar las a r m a s parricidas. 35

« Y a las hondas entrañas de la tierra


E n larga vena ofrecen el tesoro
Q u e en ellas guarda el s o l : y nuestros m o n t e s
L o s valles regarán con lava de o r o .
Y el pueblo p r i m o g é n i t o dichoso i 6

D e libertad, que sobre todos tanto


P o r su p o d e r y gloria se enaltece,
C o m o entre sus estrellas
L a estrella de V i r g i n i a resplandece,
N o s da el ósculo santo
POESÍAS 77

D e amistad fraternal. Y las n a c i o n e s


D e l r e m o t o hemisferio c e l e b r a d o ,
A l contemplar el vuelo arrebatado
D e nuestras m u s a s y artes,
C o m o iguales a m i g o s nos s a l u d a n ;
C o n el tridente abriendo la carrera
L a reina de los mares la p r i m e r a . 3/"

« S e r á perpetua, oh pueblos, esta gloria


Y vuestra libertad incontrastable
C o n t r a el poder y liga detestable
D e todos los tiranos c o n j u r a d o s ,
S i en lazo federal de p o l o á p o l o
E n la guerra y la paz v i v í s u n i d o s .
V u e s t r a fuerza es la u n i ó n . ¡ U n i ó n , oh p u e b l o s ,
Para ser libres y jamás v e n c i d o s !
E s t a u n i ó n , este lazo p o d e r o s o
L a g r a n cadena de los A n d e s sea, 3-
Q u e en fortísimo enlace se dilatan
Del uno al otro m a r . L a s tempestades
D e l cielo ardiendo en fuego se a r r e b a t a n ;
E r u p c i o n e s v o l c á n i c a s arrasan
C a m p o s , p u e b l o s , vastísimas r e g i o n e s ,
Y amenazan h o r r e n d a s convulsiones
E l g l o b o destrozar desde el profundo :
?8 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

E l l o s , e m p e r o , firmes y serenos
V e n el estrago funeral del m u n d o .

« Esta es, B o l í v a r , a ú n m a y o r hazaña


Q u e destrozar el férreo cetro á E s p a ñ a .
Y es d i g n a de ti s o l o . E n tanto triunfa..-
Y a se alzan l o s magníficos trofeos.
Y tu n o m b r e aclamado
P o r las vecinas y remotas gentes
E n l e n g u a s , v o c e s , m e t r o s diferentes^
R e c o r r e r á la serie de los siglos
E n las alas del canto a r r e b a t a d o . . .
Y en m e d i o del concento n u m e r o s o
L a v o z del G u a y a s crece
Y á las más resonantes e n m u d e c e .
T ú la salud y h o n o r de nuestro pueble-
Serás v i v i e n d o , y Á n g e l poderoso
Q u e lo proteja cuando
T a r d e al e m p í r e o el v u e l o arrebatares,
Y entre los claros Incas
Á la diestra de M a n c o te sentares. 39

« A s í place al destino. ¡ O h ! ved al cóndor,.


A l peruviano r e y del pueblo a e r i o ,
Á quien y a cede el águila el i m p e r i o ,
POESÍAS' 79

V e d l e cual desplegando en nuevas galas


L a s espléndidas alas
S u b l i m e á la región del sol se e l e v a
Y el alto augurio q u e os revelo aprueba.

« Marchad, marchad guerreros,


Y apresurad el día de la gloria :
Q u e en la fragosa m a r g e n de A p u r í m a c
C o n palmas os espera la V i c t o r i a . » 4°

D i j o el i n c a . Y las b ó v e d a s etéreas
D e par en par se a b r i e r o n ,
E n v i v a luz y resplandor brillaron
Y en celestiales cantos r e s o n a r o n .
E r a el coro de candidas v e s t a l e s ;
L a s v í r g e n e s del s o l , que r o d e a n d o
A l Inca c o m o á s u m o s a c e r d o t e ,
E n gozo santo y ecos virginales
E n torno v a n cantando
D e l sol las alabanzas i n m o r t a l e s :

« A l m a eterna del m u n d o ,
D i o s santo del P e r ú , padre del I n c a ,
E n tu giro, fecundo
G ó z a t e sin cesar, luz b i e n h e c h o r a ,
V i e n d o y a libre el p u e b l o que te a d o r a .
8o J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

L a tiniebla de sangre y s e r v i d u m b r e
Q u e ofuscaba la l u m b r e
D e tu radiante faz pura y serena
S e d i s i p ó , y en cantos se convierte
L a querella de m u e r t e
Y el ruido antiguo de servil cadena.

A q u í la libertad b u s c ó un a s i l o ,
Amable peregrina;
Y y a l o encuentra plácido y t r a n q u i l o ,
Y aquí p o n e r la D i o s a
Q u i e r e su t e m p l o y ara m i l a g r o s a .
A q u í , olvidada de su cara H e l v e c i a ,
S e viene á consolar de la ruina
De los altares que le alzó la G r e c i a ,
Y en todos sus oráculos p r o c l a m a
Q u e al Madalén y al R í m a c bullicioso 11

Y a sobre el T í b e r y el E u r o t a s a m a .

¡ O h P a d r e , oh claro s o l ! no desampares
E s t e s u e l o j a m á s , ni estos altares.
T u vivífico ardor todos los seres .
A n i m a y reproduce : por ti v i v e n ,
Y acción, salud, placer, beldad reciben.
T ú al labrador despiertas,
POESÍAS 8l

Y á las aves canoras


E n tus primeras horas :
Y son t u y o s sus cantos matinales.
P o r ti siente el g u e r r e r o
E n a m o r patrio enardecida el a l m a ,
Y al pie de tu ara rinde placentero
S u laurel y su palma :
Y t u y o s son sus cánticos marciales.

¡ F e c u n d a ¡ o h s o l ! tu tierra;
Y los males repara de la g u e r r a .
D a á nuestros c a m p o s frutos abundosos
A u n q u e niegues el brillo á los metales :
D a naves á los p u e r t o s ;
P u e b l o s á los d e s i e r t o s ;
Á las a r m a s v i c t o r i a ;
A l a s al g e n i o y á las M u s a s gloria.

D i o s del P e r ú , sostén, salva, conforta


E l brazo que te v e n g a :
N o para n u e v a s lides s a n g u i n o s a s ,
Q u e m i r a n con h o r r o r madres y e s p o s a s ;
S i n o para poner á olas civiles
L í m i t e s ciertos, y que en paz florezcan
D e la alma paz los dones soberanos :
82 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

Y arredre á sediciosos y á tiranos.


Brilla con n u e v a luz, rey de los C i e l o s .
Brilla con n u e v a luz en aquel día
Del triunfo que magnífica prepara
Á su libertador la patria m í a .
¡ P o m p a digna del Inca y del I m p e r i o
Q u e h o y de s u r u i n a á n u e v o ser r e v i v e i.

A b r e tus puertas, opulenta L i m a ,


A b a t e tus murallas y recibe
A l noble triunfador que r o d e a d o
D e pueblos n u m e r o s o s , y a c l a m a d o
Á n g e l de la e s p e r a n z a ,
Y genio de la paz y de la g l o r i a ,
E n inefable majestad se avanza.

L a s musas y las artes r e v o l a n d o


E n torno van del carro e s p l e n d o r o s o ; :
Y los pendones patrios v e n c e d o r e s
A l aire v a g o ondean, ostentando
D e l S o l la i m a g e n , de Iris los colores
Y en ágil planta y en gentiles f o r m a s ,
D a n d o al viento el cabello desparcido,.
D e flores m a t i z a d o ,
C u a l las horas del sol raudas y bellas,..
POESÍAS 83

Saltan en derredor lindas doncellas


En g i r o n o e s t u d i a d o ;
L a s glorias de su patria
E n sus patrios cantares c e l e b r a n d o ;
Y en sus pulidas m a n o s l e v a n t a n d o ,
A l b o s y tersos c o m o el seno de ellas,
C i e n p r i m o r o s o s v a s o s de alabastro
Q u e espiran fragantísimos a r o m a s ,
Y de su centro se derrama y sube
P o r los cerúleos ámbitos del cielo
D e ondoso incienso trasparente n u b e .

Cierran la p o m p a espléndidos trofeos,


Y por delante en larga serie m a r c h a n
H u m i l d e s , confundidos,
L o s pueblos y los jefes v a v e n c i d o s .
Allá procede el A s t u r b e l i c o s o ;
Allí v a el Catalán infatigable,
Y el agreste C e l t í b e r o i n d o m a b l e ,
Y el C á n t a b r o feroz que á la r o m a n a
C a d e n a el cuello sujetó el p o s t r e r o ;
Y el A n d a l u z l i v i a n o ,
Y el adusto y s e v e r o C a s t e l l a n o .
Y a eí áureo T a j o cetro y n o m b r e c e d e ;
Y las que antes g r a c i o s a s
8 4 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

F u e r o n h o n o r del fabuloso s u e l o , .
Ninfas del T o r m e s y el G e n i l , en duelo
S e esconden silenciosas :
Y el grande Betis viendo y a m a r c h i t a .
S u sacra oliva, m e n o s orgulloso
P a g a su antiguo feudo al m a r u n d o s o . .'

E l sol suspenso en la mitad del cielo


Aplaudirá esta p o m p a . — ¡ O h S o l , oh P a d r e ,
T u luz r o m p a y disipe
L a s s o m b r a s del antiguo c a u t i v e r i o ;
T u luz nos dé el i m p e r i o ;
T u luz la libertad n o s r e s t i t u y a ;
T u y a es la tierra, y la victoria es t u y a ! »

C e s ó el canto. L o s cielos aplaudieron,


Y en plácido fulgor resplandecieron.
T o d o s quedan atónitos. Y en tanto,
T r a s la dorada nube el Inca santo
Y las santas Vestales se e s c o n d i e r o n .

M a s ¿ cuál audacia te elevó á los cielos,


H u m i l d e M u s a m í a ? ¡ O h ! n o reveles
A los seres mortales
E n débil canto arcanos celestiales.
Y ciñan otros la apolínea r a m a
POESÍAS 35

Y siéntense á la mesa de los d i o s e s ,


Y los arrulle la parlera f a m a ,
Q u e es la gloria y t o r m e n t o de la v i d a .
Y o v o l v e r é á mi flauta c o n o c i d a
L i b r e v a g a n d o por el bosque u m b r í o
D e naranjos y opacos t a m a r i n d o s ,
Ó entre el rosal pintado y oloroso
Q u e matiza la m a r g e n de mi río,
Q entre risueños c a m p o s do en p o m p o s o
T r o n o piramidal y alta corona
L a Pina ostenta el cetro de P o m o n a . -* 3

Y me diré feliz si m e r e c i e r e ,
A l colgar esta lira en que he cantado
E n tono m e n o s diño
L a gloria y el destino
D e l v e n t u r o s o pueblo a m e r i c a n o :
Y o m e diré feliz si mereciere
P o r p r e m i o á m i osadía,
U n a m i r a d a tierna de las G r a c i a s ,
Y el aprecio y a m o r de mis h e r m a n o s .
U n a sonrisa de la Patria m í a ,
Y el odio y el furor d e l o s t i r a n o s .

G u a y a q u i l , abril ¿ 8 2 5 .
85 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

ODA XII. LIB. I DE HORACIO

TRADUCCIÓN

¡ O h n a v e ! ¿ dónde v a s ? ¿ N o t e amedrentan
L a s n u e v a s olas que á la m a r te i m p e l e n ?
¡ A y ! el peligro es cierto.
T o r n a , torna v e l o z , ocupa el p u e r t o .
T u c o s t a d o de r e m o s v e d e s n u d o ,
Y v e tu mástil r o t o
A l Ímpetu del á b r e g o s a ñ u d o .
\ C u a l crujen las e n t e n a s !
Sin cables, sin t i m ó n , la frágil tabla
R e s i s t i r p o d r á apenas
L o s asaltos del m a r . •—• N o h a y vela s a n í .
N i D i o s propicio que á tu v o z descienda
Y en tu n u e v o conflicto te defienda.
N o te v a l d r á tu n o m b r e , ni el ser hija
POESÍAS

D e l m á s excelso pino
Q u e fué h o n o r de las selvas del E u x i n o .
¿ Y pondrá en v a n o el tímido piloto
E n la pintada p o p a su e s p e r a n z a ? . . .
G u a r t e , nave infeliz. C a d a m o m e n t o
T e m e ser j u e g o del furioso v i e n t o .
T ú que otro t i e m p o fuiste
I n q u i e t o tedio á mi á n i m o a g i t a d o ,
Y ahora objeto triste
D e m i acerbo pesar y mi cuidado :
H u y e , bajel q u e r i d o ,
D e l mar embravecido,
Q u e entre escollos corriendo peligrosos
D e viva roca y de ferviente a r e n a ,
Á seguro naufragio te c o n d e n a .
S3 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

A MON AMI J. VILLAMIL

Ces iles fortunées q u ' u n esprit agissant


N a g u é r e s a d o n n é e s á l ' É c u a d o r naissant,
V e r r o n t fleurir bientót, dans leurs flanes étonnés,
L e riz et l'ananas, et les épis dores.
A l o r s , ó V i l l a m j l , quand la nuit étoilée
Surprendra les travaux chéris de la j o u r n é e ,
L e F l o r i e n satisfait melera dans ses chants
T o n n o m , et sa F i l i s , tes bienfaits et ses c h a m p s :
E n t o u r é de ses fils, et caressant son chien,
í l redirá t o u j o u r s que sur le sol florien
T u appelas le premier, p a r m i ces déserts bois,
H o m m e s , plantes, t r o u p e a u x , arts, plaisirs, mceurs

[et l o i s ,
T o u s les biens de la p a i x . . . de C é r é s tous les d o n s ,
Q u i révé'.ent a u x m e r s le b o n h e u r des n a t i o n s .
Guayaquil, 1831.
POESÍAS 8 9

AL GENERAL FLORES

VENCEDOR EN MIÑARICA.

C u a l águila inexperta, que impelida


D e l regio instinto de su estirpe clara,
E m p r e n d e el precoz v u e l o
E n atrevido e n s a y o ,
Y elevándose ufana, e n v a n e c i d a ,
S o b r e las nubes que atormenta el r a y o .
N o en el peligro de su ardor r e p a r a ,
Y á su ambicioso anhelo
Estrecha viene la mitad del cielo :

Mas de i m p r o v i s o deslumbrada, ciega,


S i n saber donde v a , pierde el aliento,
Y á la m e r c e d del viento
Y a su destino y su s a l u d entrega :
Ó por su solo peso descendiendo
«O J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

S e encuentra por acaso


E n medio de su selva c o n o c i d a ,
Y allí la luz h u y e n d o , se g u a r e c e ,
Y de fatiga y de p a v o r v e n c i d a ,
Renunciando al i m p e r i o , desfallece :

A s í m i M u s a u n día
Sintió la tierra huir bajo su planta,
Y osó escalar los cielos, n o teniendo
Más g e n i o que a m o r patrio y osadía.
E n la r e g l ó n etérea se declara
G r a n d e sacerdotisa de l o s I n c a s ;
A b r e el templo del S o l : flores y ofrendas
Esparce sobre el ara :
C i ñ e la estola espléndida y la tiara :
Inquieta, atormentada
De un D i o s que dentro el pecho n o le c a b e ,
Profiere en alta v o z lo que n o s a b e ,
P o r ciega inspiración. T i e m b l a n l o s r e y e s
E s c u c h a n d o el oráculo t r e m e n d o :
R e v e l a c i o n e s , leyes
Dicta al P u e b l o : describe las batallas '„
D e la patria predice la victoria,
Y la aplaude en seráficos cantares :
D e los I n c a s deifica la m e m o r i a ,
POESÍAS

Y á sus manes sagrados


S i t u m b a les faltó, levanta altares. 43

M a s cuando y a su triunfo absorta canta,


A t r á s la vista t o r n a ,
M i d e el a b i s m o que s a l v ó , y se e s p a n t a ;
T i e m b l a , deja caer el refulgente
S a c r o diadema que sus sienes o r n a ,
Y flaco el p e c h o , el á n i m o doliente,
C u a l si v o l v i e r a de un delirio, siente,
Y de la santa agitación rendida,
Q u e d a en lento deliquio a d o r m e c i d a .

E n v a n o el b r o n c e fratricida truena,
Y de las a r m a s r o m p e el e s t a l l i d o ;
Y al recrujir el carro de la g u e r r a
S e siente en t o r n o retemblar la t i e r r a / *

Y el atroz silbo de rabiosas sierpes


Q u e la D i s c o r d i a enreda á su m e l e n a
E n sed mortal l o s p e c h o s e n f u r e c e ;
Y de la antigua silla de los Incas
H a s t a do bate el m a r los altos m u r o s
D e la noble heredera de C a r t a g o ,
T o d o es horror y confusión y estrago : *> •
•92 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

E n v a n o h , ¡ o h D i o s ! del m e d i o 1

D e las olas civiles, con sorpresa,


J o v e n , g r a c i o s a , de esperanzas llena
U n a nueva R e p ú b l i c a a p a r e c e ;
C u a l la D i o s a de a m o r y de belleza
C o r o n a d a de rosas y azahares,
C o n que el a m b i e n t e plácido perfuma,
S u r g i ó sobre la hirviente y alba e s p u m a
D e l m a r nacida á serenar los mares : 46

Y en v a n o sobre el m a r g e n p o p u l o s o
D e l rico T a m e s y bullente R i m a ,
E n verso n u m e r o s o
C a n o r a s v o c e s se alzan despertando 47.
L a M u s a de J u n í n . . . que el sacro fuego
D e inspiración c e s ó ; lánguido e x p i r a ;
Y el canto silencioso
D u e r m e sobre las cuerdas de su lira.

M a s nunca el G e n i o m u e r e : y con su aliento


L a tierra, el firmamento,
E l m á r m o l , y cadáveres a n i m a .

Y a está dentro de m í . — V e l o c e s v i e n t o s ,
A n u n c i a d á las gentes
POESÍAS 9J

U n nuevo canto de v i c t o r i a . D a d m e
L a u r e l y p a l m a s y alas e s p l e n d e n t e s ;
V o l v e d m e el estro s a n t o ,
Q u e y a en el seno siento hervir el canto.

¿ A dónde h u y e n d o del paterno techo


C o r r e la j u v e n t u d precipitada?
E n sus ojos furor, rabia en su p e c h o ,
Y en su m a n o blandiendo ensangrentada
U n tizón infernal; cual civil P a r c a
C i e g a discurre, tala, y sus h o r r e n d a s
Huellas en sangre y en cenizas m a r c a .

L e y e s y patria y libertad p r o c l a m a n . . .
Y o r o , s a n g r e , p o d e r . . . esas sus l e y e s ,
E s a es la libertad, de que se llaman
ínclitos v e n g a d o r e s . . .

Y en los e n o r m e s m o n t e s interpuestos
Y en el soberbio inexpugnable alcázar,
Q u e de lejos ostenta
L a R e i n a del Pacífico opulenta, 4 8

L a insolente esperanza '


P o n e n de triunfo cierto y de v e n g a n z a .
•94 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

C o r r e n al triunfo c i e r t o . . . y un a b i s m o
S e abrió bajo sus p i e s . . . que los h o r r o r e s
D e tanta sedición, los alaridos
Q u e entre las ruinas salen, los c l a m o r e s
D e tantos pueblos íntegros y fieles,
E l r a y o concitaron que dormía
Allá en e l seno de su nube u m b r í a .

E s e es el adalid á quien dio el C i e l o


V a l o r , c o n s e j o , previsión y audacia.
A l arduo e m p e ñ o , á la m a y o r desgracia
L e sobra el corazón. T o d o le cede :
Sirve á su v o z la s u e r t e , ante su G e n i o
E l peligro espantado retrocede. 49

F l o r e s , los pueblos claman : y los m o n t e s


Q u e la escena magnífica d e c o r a n ,
F l o r e s , repiten sin cesar. L o s ecos
Á v i d o s unos á otros se devoran
Y en inquietud perpetua se suceden
C o m o olas de la m a r . S o r d o s aterran
L a turba pertinaz, que espavorida
H u y e ; y n o sabe donde — que do quiera
L o s ecos la p e r s i g u e n , — y do quiera
E l espectro del h é r o e la intimida.
POESÍAS 95

A s í cuando una nube repentina


E n l u t a el c i e l o , cuando el sol d e c l i n a ,
S e afanan los pastores r e c o g i e n d o
E l r e b a ñ o que pace descuidado.
M a s de i m p r o v i s o estalla un trueno h o r r e n d o ,
E l t í m i d o ganado
S e a t u r d e , se dispersa d e s o y e n d o
D e l fiel mastín inútiles c l a m o r e s ,
S e pierde en precipicios espantosos,
Q u e más lo apartan del redil q u e r i d o ;
Y entre tantos h o r r o r e s
V a g a n , tiemblan, caen confundidos
G a n a d o s y mastines y pastores. 5°

O y ó la v o z doliente de la Patria
S u siempre fiel g u e r r e r o ;
Y d e s n u d a n d o el invencible a c e r o ,
S e a v a n z a ; y los valientes c a p i t a n e s 51

E n cien lides gloriosos le r o d e a n ,


Y dar paz á la P a t r i a , ó morir firmes
S o b r e la cruz de sus espadas j u r a n . . .

É l habla : y á su acento
T o d o en t o r n o es acción y m o v i m i e n t o .
A r m a s , t o r m e n t o s b é l i c o s . . . y cuanto

\
9 6 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

E l e m e n t o de guerra y de victoria
D a el s u e l o , forma el arte, el genio, crea,
S e apresta, ó aparece por e n c a n t o .
G i m e el y u n q u e , la fragua centellea,
Brota n a v e s el m a r , tropas la t i e r r a . . .
A q u í y allí la juventud se adiestra
A la terrible y desigual p a l e s t r a . . .
-Y el caballo i m p a c i e n t e
D e freno y de r e p o s o ,
S e indigna, escarba el suelo p o l v o r o s o :
I m p á v i d o , insolente
D e m a n d a la señal : bufa, amenaza,
T i e m b l a n sus m i e m b r o s : su ojo r e v e r b e r a ;
E n a r c a la cerviz, la alza arrogante
D e prominente oreja c o r o n a d a ;
Y al viento d e r r a m a d a
L a crin luciente de su cuello e n h i e s t o ,
Ufano da en fantástica carrera
M i l y m i l pasos sin salir del puesto.

M a y o r afán, agitación, tumulto


R e i n a en el bando o p u e s t o .
A r m a s les da el furor; la a m b i c i ó n ciega
C o n s t a n c i a . . . obstinación ¡Cuan i m p o t e n t e
Dio v o c e s la r a z ó n ! . . . Y en v a n o el cielo
POESÍAS 9?

L o s aterra con signos p o r t e n t o s o s .


N o c t u r n a s s o m b r a s v a g a n por el suelo
E x h a l a n d o alaridos l a s t i m o s o s :
R a y o s sanguíneos las tinieblas aran
E n pálido f u l g o r ; y p o r la n o c h e
S o n e s terribles de uno al otro e x t r e m o
D e la espantosa bóveda se o y e r o n :
S e hiende el m o n t e : el huracán estalla,
Y es todo el aire un c a m p o de batalla. 5 2

Y en m e d i o de la pompa m á s s o l e m n e
L a s i m á g e n e s santas derribadas,
¡ Q u é h o r r o r ! del alto pedestal c a y e r o n
D e l incienso sacrilego indignadas.53

¿ V e i s allá lejos o m i n o s a nube


O n d e a n d o en p o l v o de revuelta arena,
Q u e densa se derrama y lenta s u b e ? . . .
Allí está M i ñ a r i c a . L a D i s c o r d i a
A l l í sus haces crédulas ordena : .
L a s c o n v o c a , las c u e n t a , las i n f l a m a . . .
L a s i n f l a m a . . . después las desenfrena.

F l o r e s vuela al encuentro : y cuando alzada


S o b r e la hostil cerviz resplandecía
ó
J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

S u espada, reconoce sus h e r m a n o s :


L e j o s de sí la arroja : y les oirece
E l seno abierto y las inermes m a n o s .

M a s fiera la facción, se enorgullece :


R a z ó n , r u e g o , amistad y paz desdeña.
T r i u n f a al verse r o g a d a
Y en ilusión y en a r r o g a n c i a c r e c e ;
Q u e rara v e z clemencia g e n e r o s a
E l m o n s t r u o del furor civil d o m e ñ a ,
Y a u n más los viles pechos escandece.

T o r n ó el h é r o e á r e l u m b r a r la espada :
Y ésta fué la s e ñ a l . L o s combatientes
C o n firme paso y exultantes frentes
S e a c o m e t e n , se m e z c l a n . . . D e una parte
E l n ú m e r o y el í m p e t u . . . de la otra
A r t e , v a l o r , serenidad : do quiera
-Furor y s a n g r e . . . y á las a r m a s s a n g r e ,
A u n m á s infame que el o r í n , e m p a ñ a :
Y l o s pendones patrios encontrados
R o t o s y en sangre flotan e m p a p a d o s .
C r i s t a d o s y e l m o s , m i e m b r o s palpitantes
E r i z a n la c a m p a ñ a . . .
Y los troncos h u m a n o s
POESÍAS

S e revuelcan, a m a g a n :
É impotentes de h e r i r , siquiera i n s u l t a n ,
Mientras los restos de vital aliento
E n t r e sus labios macilentos v a g a n .

L o s antiguos a m i g o s , los h e r m a n o s
S e encuentran, se c o n o c e n . . . y se a b r a z a n . . .
C o n el abrazo de furente saña.

N i t r e g u a , ni piedad. — ¿ Q u i é n m e retira
D e esta escena de h o r r o r ? — R o m p e t u l i r a . s

D o l i e n t e M u s a m í a ; y antes deja
P o r siempre sepultada en n o c h e obscura.
T a n t a guerra c i v i l . ¡ O h ! tú no seas
Q u i e n á la edad futura
Q u i e r a en durable v e r s o revelarla :
Q u e si m e n g u a , ó escándalo resulta,
H o n r a más la v e r d a d quien más la o c u l t a .

C o m o r a y o entre nube t o r m e n t o s a
Serpea f u l m i n a n d o , y veloz hu3*e :
V u e l v e á brillar, la tempestad disipa,
Y su esplendor al cielo r e s t i t u y e ;
A s í la espada del invicto F l o r e s
P o r entre los espesos escuadrones
100 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

V a s i n ley cierta, b r i l l a . . . y desparecen.


A los unos aterra su presencia :
O t r o s piedad c l a m a n d o , se rindieron :
Y á los que fuertes para h u i r , h u y e r o n ,
L o s alcanzó en su fuga la clemencia.

¡ S a l u d , oh claro V e n c e d o r ! ¡ O h firme
B r a z o , coluna, y gloria de la P a t r i a !
P o r ti la asolación, por ti el estruendo
Bélico cesa, y la inspirada M u s a
D e s p e r t ó dando arrebatado canto.
P o r ti la Patria el m e r e c i d o llanto
T e m p l a al mirar el hecatombe h o r r e n d o
Q u e es precio de la paz. P o r ti recobran
S u paz los p u e b l o s , y su prez las a r t e s ;
L a alma T c m i s su santo m i n i s t e r i o ;
S u antiguo h o n o r los patrios estandartes;
L a L e y su c e t r o , Libertad su imperio :
Y las sombras de G u a c h i desoladas
D e su afrenta y dolor quedan vengadas.

R e y de los A n d e s , la ardua frente inclina,


Q u e pasa el V e n c e d o r . Á nuestras playas
D i r i g e el paso v i c t o r i o s o , en tanto
Q u e el h i m n o sacro la amistad entona,
POESÍAS JOl

Y fausta la v i c t o r i a le destina
Triunfales p o m p a s en su caro G u a y a s ,
Y en este canto espléndida c o r o n a .

Guayaquil, 1835.
102 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

AL SEÑOR DON PEDRO ORBEGOSO

S a b e r poner en práctica el a m o r
Q u e á Dios y al h o m b r e debes profesar;
Á D i o s c o m o á tu fin ú l t i m o a m a r ,
Y al h o m b r e , c o m o i m a g e n de su a u t o r ;

P r o c e d e r con lisura y con c a n d o r ;


Á todos c o m p l a c e r , sin adular;
S a b e r el p r o p i o g e n i o d o m i n a r
Y seguir á los otros el h u m o r ;

C o n gusto el bien ajeno p r o m o v e r ;


C o m o p r o p i o , el ajeno m a l s e n t i r ;
S a b e r n e g a r , saber c o n d e s c e n d e r ;
POESÍAS 13$

S a b e r disimular, y n o fingir :
E s t a ciencia del m u n d o has de a p r e n d e r ,
É s t a e s , n i ñ o , ciencia de v i v i r .

Guayaquil, 1 8 3 S ,
J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

ENSAYO SOBRE EL HOMBRE

POR ALEJANDRO POrE

PRÓLOGO

E l título solo de este o p ú s c u l o bastaría á indicar


su i m p o r t a n c i a , si acaso el E n s a y o sobre el H o m -
bre n o fuese tan c o n o c i d o y r e c o m e n d a d o por su
a n t i g u a celebridad y p o r el n o m b r e m i s m o de su
autor. — ¡Pope escribiendo del hombre! —
N u n c a un objeto más g r a n d e excitó la fantasía de
un cantor más filósofo, ni más s u b l i m e .
Si P o p e no fué el p r i m e r o que e m p e z ó á desem-
barazar la metafísica de las pueriles sutilezas y de las
ininteligibles abstracciones que de dos siglos atrás
la afeaban y segregaban del trato h u m a n o , á l o
m e n o s antes de él nadie osó presentar esta ciencia
con la honesta desnudez de la v e r d a d , nadie c e ñ i r U
de las alegres flores de la poesía.
POESÍAS 10)

L a m o r a l , que á m a n e r a de la física acababa


t a m b i é n de sacudirse de su materia sutil y despe-
jarse de los cielos y de sus turbülones, n o le es
m e n o s deudora de sus p r o g r e s o s ; y a por la s i m -
plicidad con que desenvuelve sus principios funda-
mentales — y a por las ideas sublimes que da de
D i o s c o m o criador del m u n d o y del h o m b r e c o m o
criatura s u y a , la más excelente de t o d a s , á la
cual están subordinadas las d e m á s , y con quienes
c o n c u r r e al g r a n d e fin de la creación — y a final-
mente para revelar e'l misterio filosófico del m a l
m o r a l bajo la providencia de un D i o s santo y b u e n o ,
y del m a l físico con el o r d e n , h e r m o s u r a y perfec-
ción del u n i v e r s o .
E l e n a j e n a m i e n t o que m e causó la lectura de
este p o e m a no m e dejó sentir cuánta sería la a u -
dacia de cualquiera que emprendiese su t r a d u c c i ó n .
L a niebla que cubría esta m o n t a ñ a e n o r m e no per-
mitió m e d i r , ni c o m p u t a r su altura. M a s los c o n -
tinuos esfuerzos y la lucha que desde luego tuve
que sostener con cada frase, y aun con cada pala-
b r a , m e v o l v i e r o n en mi acuerdo y pensé entonces
ceder á otro m á s h á b i l , ó más feliz, el h o n o r de
ser el p r i m e r o que diese á P o p e en nuestra l e n g u a .
P e r o , y a había e m p e z a d o . . . ¡ y es tan d u r o r e t r o -
ceder ! H a y además cierta v e r g ü e n z a en desistir de
un e m p e ñ o t o m a d o con r e s o l u c i ó n , que indelibe-
TO6 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

r a d a m e n t e llega u n o á persuadirse de que es m á s


difícil deshacer el p r i m e r paso que se ha d a d o , que
v e n c e r todas las dificultades que se presienten en
la carrera. Y o m e hallé, p u e s , sin libertad para
abandonar una obra c o m e n z a d a , una obra que
había de servir forzosamente á m i instrucción, s i -
quiera por las frecuentes lecciones y detenida m e -
ditación que debía hacer sobre cada p e n s a m i e n t o
para verterlo en nuestro i d i o m a . U n a vez resuelto,
m e creía satisfecho con que las sentencias q u e d a -
sen en m i espíritu bien m e d i t a d a s , aunque sobre el
papel saliesen mal vertidas.
A l principio aspiré á la g l o r i a v e r d a d e r a m e n t e
vana y pueril de traducir este E n s a y o en casi igual
n ú m e r o de v e r s o s que tiene el o r i g i n a l ; m a s cual-
quiera que conozca el carácter raro de la l e n g u a y
de la poesía inglesa, y el rarísimo del g e n i o d e
P o p e , advertirá fácilmente que esa era una e m -
presa desesperada. Y o m e apercibí temprano de
m i e r r o r ; y encontré tan p o c a fluidez en el estilo,
tan poca a r m o n í a en el m e t r o , tantas ideas o m i t i -
das, tantas transiciones ó suprimidas ó violentas en
los primeros cincuenta v e r s o s que traduje, que na-
turalmente pasé al e x t r e m o o p u e s t o ; y m e resolví-
á dar rienda suelta á m i i m a g i n a c i ó n , a p r o p i a r m e
los pensamientos del a u t o r y expresarlos del m e j o r
m o d o que p u d i e s e , a ñ a d i e n d o a l g u n a s i d e a s , imá,-
POESÍAS I07

genes y alusiones o p o r t u n a s , s u s t i t u y e n d o los s í -


miles que c r e y e s e m á s p r o p i o s , haciendo ligeras
i n v e r s i o n e s , a m p l i a n d o varias descripciones y sa-
c u d i e n d o el y u g o de u n a r i m a rigurosa que en las
traducciones es ocasión inevitable á r i p i o s , y adi-
c i o n e s e x t r a ñ a s y superfluas : escollo que n o p u -
dieron salvar ni los m á s doctos m a e s t r o s como
L e ó n y H e r r e r a , B o i l e a u y el m i s m o P o p e . — Y o
solo seré r e s p o n s a b l e de los e r r o r e s y de la i m p e r -
fección q u e resulte á la obra p o r m i s v a r i a c i o n e s ;
y para que t o d o s puedan f o r m a r y rectificar su
j u i c i o , he querido imprimir juntamente el o r i g i n a l ,
con cuyas bellezas naturales pienso t a m b i é n suplir
de algún m o d o la debilidad de m i v e r s i ó n , a u n q u e
c o n t r i b u y a y o m i s m o á que sea m á s visible la d i -
ferencia entre a m b o s con la indispensable c o m p a -
ración de los dos textos.

S e a cual fuere la extensión con que he usado


de esta libertad, nadie podrá a c u s a r m e de h a b e r
o l v i d a d o los preceptos y l e y e s á que están sujetas
las composiciones de este g é n e r o ; antes bien se
observará que habiendo e s c o g i d o un a r g u m e n t o
ajeno y de uso p ú b l i c o , he p r o c u r a d o hacerlo m í o ,
sin defraudar en nada la parte del a u t o r ; pero
también sin a t o r m e n t a r m i g e n i o en u n a estrecha
y precisa ó r b i t a , y sin sacrificar m i o p i n i ó n , las
10 S J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

reglas del arte y el h o n o r poético á una servil fide-


lidad :

Publica materies privati juris erit, si


Nec área vüem paiulumque moraberis orbem;
Nec verbum verbo curabis reddere, fidus
Interpres : nec desilies imitator in arctum
Unde pedem proferre pudor vetet, aui operis lex.

Epist. ad Pisones.

E l E n s a y o sobre el H o m b r e c o m p r e n d e cuatro
epístolas, en las cuales se trata de la naturaleza y
estado del h o m b r e en relación c o n el u n i v e r s o ,
c o n s i g o m i s m o , c o n la sociedad de q u e es parte, y
con la felicidad á que está destinado. C o n c l u i d a l a
versión de la p r i m e r a , m i arrojo fué m á s l e j o s , y
c o n c e b í , quizá m u y n e c i a m e n t e , el designio de.
f o r m a r u n sistema c o m p l e t o s o b r e l a s c o s t u m b r e s ,
d e s e n v o l v i e n d o varias indicaciones del autor y aña-
diendo nuevas observaciones sobre la extensión y
límites de la razón h u m a n a , sobre el carácter de
las ciencias, de las artes ú t i l e s , de los diversos ta-
lentos de los h o m b r e s , y sobre la aplicación, u s o
y abuso de esas m i s m a s ciencias y de esos m i s m o s
talentos en la s o c i e d a d civil y r e l i g i o s a , para hacer
m á s sensible la estrecha relación y enlace que h a y
entre la virtud y la felicidad.
POESÍAS jpq

El mismo Pope parece haber conocido este


•vacío en s u ' E n s a y o , habiendo escrito otras epístolas
m o r a l e s sueltas y varias otras c o m p o s i c i o n e s s o b r e
los objetos i n d i c a d o s , señaladamente el libro I V
de su célebre Dunciada. M i intento e r a , y a que mis
fuerzas no bastaban á la ejecución del plan que
audazmente había c o n c e b i d o , traducir todas esas
piezas y colocarlas c o m o partes similares en los
lugares convenientes para que formasen un todo
regular, uno y completo.
E l ocio que disfrutaba entonces, la d i s t r a c -
ción de todo negocio público y la soledad, me
preparaban m a r a v i l l o s a m e n t e á esta g r a n d e y d e -
liciosa o c u p a c i ó n . M a s por aquel m i s m o tiempo
una v o z i m p e r i o s a m e llamó de i m p r o v i s o á tener
parte en los destinos de m i Patria. L o s cuidados
de la vida pública y los peligros que incesante-
mente a m e n a z a r o n mi país basta la victoria de P i -
c h i n c h a , vinieron no sólo á interrumpir m i tarea,
sino á separarme de todo g é n e r o de e s t u d i o , espe-
cialmente del trato con las m u s a s , que s o n , c o m o
se sabe, n i m i a m e n t e delicadas y celosas.
P a s a d o este i n t e r v a l o , empieza á despertarse el
deseo de proseguir u n a obra i n t e r r u m p i d a por tres
a ñ o s : y h a l l á n d o m e felizmente en un pueblo en que
abundan personas de sentido literario m u y e x q u i -
sito, y donde no faltan buenos conocedores de la
_ 7
110 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

propiedad y gracias geniales de u n o y otro i d i o m a ,


m e he resuelto á publicar sola esta primera epís-
tola con el fin de consultar el parecer de los inte-
ligentes, excitar su crítica sobre el m é t o d o y f o r m a
de mi v e r s i ó n , para que castigada s e g ú n sus o b -
servaciones, pueda servir de ejemplar á las p o s t e -
riores, que debo continuar l u e g o que pasen las
nuevas atenciones que m e han s o b r e v e n i d o c u a n d o
lo recelaba m e n o s . E n t r e tanto m i espíritu irá r e -
c o b r a n d o su estado natural y la serenidad p e r d i d a
en la tormentosa época que acaba de pasar, en la
que t r a y e n d o . u n a vida p ú b l i c a , p u e d o decir que h e
vivido fuera de m i e l e m e n t o p r o p i o . E l m a r a g i -
tado por una larga tempestad conserva aún su i n -
quietud m u c h o t i e m p o después de serenado el
cielo.
L a situación política de nuestra A m é r i c a , así
c o m o fué el m o t i v o principal que m e excitó á esta
e m p r e s a , será también un v i v o estímulo para l l e -
varla á su conclusión. C u a n d o los pueblos sacuden
una odiada y antigua d o m i n a c i ó n , y c u a n d o todavía
no han tenido ni el t i e m p o , ni la ocasión de c o n s -
tituirse, aunque la necesidad los obliga á adoptar-
las antiguas l e y e s ( n o porque sean buenas, sino
porque m a y o r m a l es n o tener n i n g u n a s ) nadie
puede ignorar que esas l e y e s p i e r d e n gran parte
de su v i g o r y p o d e r , y a por su m i s m o carácter d e
POESÍAS irr

provisionales — y a p o r q u e n o son amadas p o r su


falta de bondad y por el recuerdo que traen c o n s i g o
de su origen — y a p o r q u e aún las q u e parecen
más equitativas respiran s i e m p r e el mortífero aliento
colonial — y a en fin, p o r q u e despertado u n a v e z
en los pueblos el espíritu, el sentimiento de su in-
d e p e n d e n c i a , sufren impacientemente toda l e y q u e
n o h a y a d i m a n a d o de su propia v o l u n t a d .
E r a por tanto indispensable preparar un r e m e d i o
que previniese este m a l , casi necesario aún en las
revoluciones m á s juiciosas, y que no pocas v e c e s
ha p r o d u c i d o g r a n d e s calamidades y g r a n d e s crí-
m e n e s , tarde expiados y con m u c h a s a n g r e . E s t e
r e m e d i o n o puede ser o t r o que dar á los pueblos
un buen sistema de m o r a l . E s p e r o , p u e s , que con
sus luces y lecciones c o o p e r a r á n c o n m i g o á tan
saludable fin todos los que aman cordialmente la
P a t r i a y desean verla prosperar por el a d e l a n t a -
m i e n t o de las bellas letras, por el influjo de una
sabia y propia legislación y por el imperio de las
buenas c o s t u m b r e s , que son el m e j o r , el ú n i c o su-
plemento de las l e y e s , y frecuentemente m á s eficaz
que las leyes m i s m a s .
Lima, 1823.
í 12 J O S É JOAQUÍN DE OLMEEO

EPÍSTOLA PRIMERA

SUMARIO

La razón no puede formarse idea de Dios sino por las


cosas visibles; ni del hombre, sino considerándole
como parte de este mundo, cuyas relaciones con el
universo nos son desconocidas. — Esta ignorancia
es la fuente de nuestras quejas contra la Providencia.
— Necedad é injusticia de estas quejas. — Para
conocer la sabiduría de Dios en la formación del
hombre, era preciso comprender toda la economía
de sus designios. — El hombre tiene toda la perfec-
ción que conviene á su fin y al lugar que ocupa entre
los seres creados. — En la ignorancia de los sucesos
futuros de la vida, y en la esperanza de una felicidad
futura se funda nuestra felicidad presente. —Nuestros
errores y nuestra miseria provienen del orgullo que
aspira á una perfección de que el hombre no es
capaz. — El se mira como el objeto final de la Crea-
ción, y quiere en el mundo moral la perfección que
POESÍAS

no hay en el mundo físico, y que no puede haber


en las cosas creadas. — En el universo visible hay
un orden, una gradación de perfecciones entre las
criaturas, de donde resulta la subordinación de unas
á otras, y de todas al hombre. — Gradación de senti-
dos, instinto, pensamiento y razón. — La razón da
al hombre la superioridad sobre todos los animales
y le compensa con ventaja todas las calidades que
ellos tienen sobre él. — Facultades sensitivas más
delicadas nos harían miserables. — La conservación,,
la felicidad de las criaturas pende del orden y mutuo
enlace de todas : la menor dislocación causaría la
destrucción del todo. — El hombre para ser feliz en
el estado presente y futuro debe someterse á los
designios de la Providencia y concluir que T O D O
C U A N T O E X I S T E E S T Á BIEN EN E L M U N D O .

Despierta a m i g o , y g e n e r o s o deja
L a s necias esperanzas, los caprichos
D e la ambición al v u l g o de los r e y e s .
Y pues el soplo de la vida apenas
N o s p e r m i t e o b s e r v a r lo que nos cerca,
Y se e x t i n g u e d e s p u é s ; v e n y c o r r a m o s
S o b r e esta e i c e n a rápida del h o m b r e . —
J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

¡ Q u é l a b e r i n t o ! e x c l a m a s . — M a s no pienses
Q u e carece de plan. Á r b o l que tienta
C o n sus h e r m o s o s y v e d a d o s frutos :
C a m p o do rosas entre abrojos n a c e n ,
R e c o r r á m o s l e p u e s ; y cuanto m u e s t r a
S o b r e su faz, ó dentro el seno guarda
C o n m i g o indagarás, y las tortuosas
Sendas que sigue quien se arrastra c i e g o ,
O el loco a t u r d i m i e n t o del o r g u l l o
Q u e en su mentida elevación se pierde.
S e g u i r tu clara v o z , N a t u r a l e z a ,
E s nuestro l i a : la necedad h u m a n a
C o n f u n d i r en su e r r o r ; y v e r las causas
D e quejas y opiniones siempre dignas
D e risa, ó de censura. A l D i o s del h o m b r e
Á los ojos del h o m b r e v i n d i q u e m o s .

S o b r e D i o s , s o b r e el h o m b r e alguna idea
S ó l o por l o que v e m o s nos f o r m a m o s .
¿ Q u é v e m o s en el h o m b r e ? U n ser dotado
D e reflexión, que su lugar prescrito
C o n los demás en la Creación ocupa :
Y toda nuestra ciencia sobre el h o m b r e
A estos solos principios se reduce.
POESÍAS "5

Q u e á D i o s conozcan m u n d o s infinitos
Q u e ni los puede divisar la vista,
N i el alma i m a g i n a r . Q u e allá le a d o r e n . . .
N o s o t r o s conocerle y adorarle
D e b e m o s en el n u e s t r o . E n audaz vuelo
Q u i e n el espacio penetrar pudiere
Y m u n d o s sobre m u n d o s v e r girando
P a r a f o r m a r el u n i v e r s o , y n u e v o s
Planetas descubrir, y n u e v o s soles,
Y ver qué seres las estrellas p u e b l a n ;
E s e podrá decir porqué D i o s hizo
E l m u n d o tal c o m o e s . . . M a s , di, tú sabes
C u á l e s de esta obra son los fundamentos ?
¿ E l m u t u o lazo que sus partes u n e ?
¿ L a justa p r o p o r c i ó n , y la insensible
G r a d a c i ó n de los s e r e s ? O bien, d í n o s ,
¿ P o d r á u n a parte contener su todo ?

Y esta cadena que lo enlaza t o d o ,


Y lo sostiene t o d o , ¿ d e qué m a n o s ,
D e las de D i o s , ó de las tuyas pende ?
¿ L a razón indagar ¡ n e c i o ! pretendes,
P o r q u é eres ciego y débil? ¡ E h ! debías
A n t e s buscar la causa aun m á s oculta
P o r qué n o eres más débil y más c i e g o .
J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

¿ V é á tu madre la tierra á preguntarle,


P o r qué el roble será más alto y fuerte
Q u e no las zarzas que á su s o m b r a crecen ?
O pregunta á los C i e l o s ¿ por qué causa
S o n m e n o r e s que J ú p i t e r las lunas
Q u e en torno giran de él ? ¡ A h ! si es m u y justo
Q u e de cuantos sistemas son posibles
Prefiera la eternal sabiduría
E l que fuere m e j o r , donde las partes
Sin la m e n o r interrupción se adunen
P a r a no disolverse, y donde ocupe
C a d a ser su l u g a r ; fuerza es que el hombre-
T e n g a el s u y o t a m b i é n en esa escala
D e los seres que v i v e n y que sienten.
Y aunque ardan en disputas las escuelas,
Y a sólo resta investigar si el h o m b r e
Está con relación á su destino
M a l colocado en el lugar que o c u p a .

L o que es mal para el h o m b r e , puede y debe


S e r un bien para el todo : el arte h u m a n o
C u a n d o se esfuerza m á s , produce apenas
A u n con mil m o v i m i e n t o s un efecto;
P e r o D i o s con un solo m o v i m i e n t o
L l e n a todo su fin, y aun otros fines
PCESÍAS "7

P r e p a r a y p e r f e c c i o n a . . . Y así el h o m b r e
Q u e es aquí el m ó v i l p r i m o r d i a l y s o l o
E n este o r d e n , quizá subordinado
A otra esfera m a y o r , m u e v e una rueda
Y c o n c u r r e á otro fin que él no c o n o c e .
¡ Q u i é n , p u e s , c o m p r e n d e r á de este gran t o d o
E l plan y fin y dirección y l e y e s ,
Si una m í n i m a parte s ó l o v e m o s !

C u a n d o el fiero caballo r e c o n o z c a
L a m a n o que le d o m a , y m a l su g r a d o
L e refrena, ó le aguija en su c a r r e r a ;
Y c u a n d o sepa el lento b u e y que abre
O r a la dura tierra, ora es llevado
C u a l víctima al altar, ora ceñido
D e flores cual un D i o s , Menfis le a d o r a ;
Entonces conocer, hombre orgulloso,
P o d r á s también tu fin, y adonde tiendes
T u acción y tu p a s i ó n ; ¿ c u á l e s las causas
S o n del bien y del m a l ? ¿ q u é te r e p r i m e
O qué te i m p e l e á obrar ? ¿ p o r q u é unas v e c e s
D e una deidad te elevas á la esfera
Y otras de un siervo á la vileza b a j a s ?

N o d i g a s , p u e s , que el h o m b r e es i m p e r f e c t o ,
Y que D i o s hizo m a l ; antes confiesa
n8 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Q u e el h o m b r e , á quien es dado s o l a m e n t e
G o z a r del tiempo un fugitivo instante,
Y ocupar del espacio un solo p u n t o ,
D e b e ser tan feliz y tan perfecto
C o m o su ser y condición e x i g e .

Del libro del D e s t i n o nadie puede


L e e r sino la línea en que está escrito
L o presente n o m á s . P r ó v i d o el C i e l o
A l bruto oculta cuanto inspira al h o m b r e ;
Y á éste cuanto á los ángeles revela.
¡ Quién pudiera jamás v i v i r tranquilo
Sin esta o b s c u r i d a d ! . . - C u a n d o el cordero
E s por su g u l a c o n d e n a d o á m u e r t e ,
¿ Si él tu razón t u v i e r a , lo verías
T a n alegre y lascivo en la pradera
P a c e r , b r i n c a r , y en inocente halago
L a m e r la dura m a n o que le hiere ?
¡ O h feliz c e g u e d a d de lo f u t u r o !
G r a c i o s o don, á t o d o ser prestado
P o r q u e llene mejor su fin; en tanto
Q u e el sabio autor en plácido r e p o s o ,
S u o b r a s u b l i m e c o n s e r v a n d o , mira
C o n ojo s i e m p r e igual un vil i n s e c t o ,
Ó un h é r o e p e r e c e r ; en el espacio
POESÍAS 119

Y a un s i s t e m a , y a un á t o m o p e r d e r s e ;
Y ampollas de aire, ó m u n d o s disolverse.

R e f r e n a , p u e s , el vuelo de tu o r g u l l o ;
Y espera que la muerte esos misterios
T e venga á r e v e l a r , y á D i o s a d o r a .
É l i g n o r a r te deja sabiamente
C u á l tu felicidad futura s e a ;
M a s para la p r e s e n t e , una esperanza
Q u e n o m u e r e j a m á s p u s o en tu s e n o .
Si aquí n o eres feliz, tú debes serlo
E n otro orden de t i e m p o s y de s e r e s .
¡ O h , c ó m o el a l m a inquieta y limitada
R e p o s a y se e n g r a n d e c e en esta idea !

E l I n d i o p o b r e en su rudez s u m i d o
V e en las nubes á D i o s , le o y e en los v i e n t o s ;
N i v a n a s artes ni orgullosa ciencia
S u a l m a inerte excitaron á e l e v a r s e
M á s allá de Ja esfera en que el s o l brilla.
S u p e n s a r , su saber, n o van m á s lejos
D e lo que alcanzan sus sentidos t o r p e s ;
M a s la simple natura, de esperanza
N o le p r i v ó ; y allá tras de aquel m o n t e ,
C u y a c i m a se pierde entre las n u b e s ,
120 - J C S É JOAQUÍN DE OLMEDO

U n cielo él se p r o m e t e ; se imagina
U n m u n d o en c u y o s bosques solitarios
L i b r e pueda v a g a r ; ó y a en el m e d i o
D e l mar una isla más dichosa, donde
U n cruel c o n q u i s t a d o r jamás arriba
P o r saciar la sed de o r o , derramando
S a n g r e do quier y s e r v i d u m b r e dura
E n n o m b r e de su D i o s ; donde el esclavo
V e su tierra natal, y alegre v i v e
Sin que su a m o feroz y a v a r i c i o s o
E n m i l m o d o s le o p r i m a , y sin que e s p e c t r o s ,
Q u e la superstición crédula forja,
L a paz del s u e ñ o y de la n o c h e turben.
C o n t e n t o de existir él no desea
N i las alas del ángel, ni la l l a m a
E n que arde el serafín; mas se c o m p l a c e
E n la dulce ilusión de que su a m i g o ,
S u perro fiel será su c o m p a ñ e r o
A l l á en el m i s m o cielo que se finge.

P e r o tú eres más s a b i o . . . E n tu balanza


P e s a , p u e s , tu opinión contra la ciencia
D e l próvido H a c e d o r , y señalando
D o está la imperfección, di que unas veces
S e muestra liberal, otras a v a r o ;
POESÍAS 121

Y para darle perfección á su o b r a


P o n lo que falta, quita lo que s o b r a .
D e s t r u y e á tu placer todos los s e r e s ,
O n u e v o s cría : y en tu o r g u l l o e x c l a m a :
« Si el h o m b r e n o es feliz, si n o es p e r f e c t o ,
» Y si no es i n m o r t a l ; si en él n o emplea
» T o d o su a m o r y su c u i d a d o el C i e l o ,
» D i o s es injusto : » Y a r r a n c a n d o o s a d o
E l cetro y la balanza de sus m a n o s ,
S é D i o s de D i o s , y juzga su justicia.

A m i g o , v u e l v e en ti : de nuestro o r g u l l o
N a c e todo el e r r o r . N a d i e en su esfera
Se puede c o n t e n e r ; todos aspiran
A otra m a y o r . L o s ángeles ser d i o s e s ,
Y los h o m b r e s ser ángeles q u i s i e r a n .
Si a s p i r a n d o á ser D i o s , se perdió el ángel •„
A s p i r a n d o á ser ángel se hace el h o m b r e
D e aquella m i s m a rebelión culpable :
P u e s invertir la eterna ley del orden
E s pecar contra D i o s , es o p o n e r s e
A su eterno d e s i g n o . . . y se p r e p a r a
L a u n i v e r s a l disolución del m u n d o .

Si p r e g u n t a s , ¿ por qué los astros brillan ?


S i p r e g u n t a s , ¿ por qué la tierra existe ? —
JOSÉ JOAQUÍN LE OLMEDO

« S ó l o es por m í » r e s p o n d e r á el o r g u l l o ;
P o r m í derrama liberal natura
D e frutos y de flores coronada
T o d o s sus d o n e s del fecundo seno :
P o r m í da en su estación la v i d , la rosa
S u néctar y su a r o m a : p o r m í encierran
L a s m i n a s m i l t e s o r o s ; y l o s vientos
S o b r e la m a r m e llevan obedientes.
N a c e el sol á a l u m b r a r m e ; y es la tierra
M i pedestal, y mi dosel el cielo.

M a s c u a n d o el s o l en sus letales r a y o s
A s o l a d o r a peste al m u n d o e n v í a ;
C u a n d o las t e m p e s t a d e s , t e r r e m o t o s
Y erupciones v o l c á n i c a s arrasan
Y sepultan los pueblos y n a c i o n e s ;
¿ N o se podrá decir que se extravía
N a t u r a de su fin, y que en el m u n d o
R e i n a el G e n i o d e l m a l ? — « N o , n o , ( r e s p o n d e
L a v o z de la razón que n u n c a e n g a ñ a )
» P u e s la p r i m e r a causa o m n i p o t e n t e
» Sólo por leyes generales obra
» Q u e invierte rara v e z , cuando le place
» Y n u n c a sin r a z ó n ; y el m a l permite
» Si á c o n s e r v a r el todo c o n t r i b u y e . » 1
poesías i-3

Por esta justa ley, cuanto hay criado,


Todo cuanto no es Dios es imperfecto,
Y mudable y mortal. ¿ E l hombre solo
N o sufrirá esta l e y ? . . . Naturaleza
Tal vez del grande fin que se propuso
De hacer feliz al hombre, se desvía;
Y aun el hombre también : ¿qué importa?...
[El orden
De ese desorden aparente nace.

Aquel gran fin en sucesión perenne


Lluvias, calor, serenidad requiere,
Ó más bien una eterna primavera;
No menos que en los seres racionales
Moderación, frugalidad, templanza,
Y un orden regular en sus deseos.
Pues si en el orden natural no alteran
El designio de Dios las tempestades,
Las pestes, y violentos terremotos;
¿ L o han de alterar los crímenes infandos
De un Borja, de un N e r ó n ? . . . Así lo piensa
En el delirio de su orgullo el hombre
Sin ver que puede Dios hacer que el vicio
De su justicia á los designios sirva.
.¿Quién osará inculpar la Providencia
124 josé joaquín de olmedo

E n el orden m o r a l , si vindicada
S i e m p r e en el orden natural la o b s e r v a ? —
P o r una m i s m a regla juzga de a m b o s ;
Mas s i e m p r e errados v a g a r á n tus juicios
D e l grandioso espectáculo del cielo.
Si más fino tu olfato y tacto fuera,
El c h o q u e más l i g e r o , la m á s dulce
Impresión de una ñ o r te causaría
El dolor ó la muerte : un trueno horrible
F u e r a cada r u m o r : siempre aturdido
D e l a r m ó n i c o son de las esferas
Sintieras n o escuchar la melodiosa
Q u e j a del r u i s e ñ o r , del v a g o v i e n t o
E l grato susurrar entre las r a m a s ,
Y el tono adulador del a r r o y u e l o .

A d o r a , p u e s , la gran sabiduría
D e l m u y A l t o en los dones que te ha d a d o ;
Y en lo que n i e g a , su b o n d a d adora.

¡ P o r la i n m e n s a C r e a c i ó n , cuál va la escala
D e inercia, vida, instinto, p e n s a m i e n t o ,
E n insensible gradación subiendo
D e s d e la h u m i l d e raza del insecto
A la estirpe del h o m b r e s o b e r a n a !
POESÍAS

¡ Q u é modificaciones de s e n t i d o s !
¡ Q u é g r a d o s i n t e r m e d i o s desde el t o p o
Á quien odiosa piel la luz le n i e g a ,
A l lince p e r s p i c a z . . . ! ¡ D e la leona^4
Q u e al ruido de su presa p o r la n o c h e
C i e g a se lanza, al p e r r o c u y o olfato
D i s c u r r i e n d o le lleva p o r un rastro
I m p e r c e p t i b l e , al m á s r e m o t o o b j e t o !
¡ C u á l el o í d o , cuál la v o z creciendo
V a desde el m u d o pez, á las c a n o r a s
A v e s de abril en la florida s e l v a !
¡ Q u é finura en el tacto de la araña
S o b r e las redes que afanosa t e j e !
¡ E n cada hilo v i v i r , sentir parece !
¡ C o n qué d i s c e r n i m i e n t o va la abeja
L i b a n d o aun de las plantas v e n e n o s a s
U n licor saludable y delicioso !

Y en el orden de i n s t i n t o , si la m e n t e
Fijas, ¡ qué variedad desde el i n m u n d o
V i l cerdo que en el fango se r e v u e l c a
A l casi racional noble elefante!
¡ Y cuan débil barrera se i n t e r p o n e
E n t r e ese instinto y la razón h u m a n a !
¡ P r ó x i m o s s i e m p r e , y siempre s e p a r a d o s ! . . .
126 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

¿ Q u i é n c o n o c e r podrá la estrecha alianza


Entre la sensación y el p e n s a m i e n t o ?
¡ O h cuántos s e r e s ! ¡cuántas r e l a c i o n e s !
¿ Y quién dirá de sus indefinibles
Medias naturalezas, c ó m o tienden
A unirse s i e m p r e sin jamás tocarse,
N i m e n o s traspasar esa i n v e n c i b l e ,
E s a línea sutil que les separa?

T u r b a la justa gradación de seres :


Y al punto los verás c o m o se i m p e l e n ,
S e c h o c a n , se d e s t r u y e n . . . y se r o m p e
L a u n i ó n , la relación de unos á o t r o s ,
Y de todos al h o m b r e ; y si tan varias
Facultades y dotes y atributos
Están s u b o r d i n a d o s á ti s o l o ,
P o r q u e te cupo la razón en parte
C u a l un destello de celeste l l a m a ;
D i , p u e s , que tu razón t o d o lo abraza,
Q u e tu razón se s o b r e p o n e á todos.

D i s c u r r e por los a i r e s ; corre el g l o b o ;


S o n d a la m a r ; descubrirás do quiera
L a materia agitándose fecunda
Y pronta á producir. ¡ C u á l se dilata
POESÍAS

La progresión de s e r e s ! H a c i a arriba,
¡ A qué altura se eleva i n a c c e s i b l e !
E n t o r n o , ¡ qué extensión interminable!
Hacia abajo t a m b i é n , ¡ e n qué insondable
Profundidad se p i e r d e ! . . . E l principio
D e la cadena es D i o s : s i g u e n p o r orden
A n g e l e s , h o m b r e s , bestias, a v e s , p e c e s ,
Insectos invisibles. ¡ Q u é intervalo
D e l infinito á ti, de ti a la n a d a !
Si al lugar de los seres superiores
' T ú aspiraras, al t u y o aspirarían
Los seres inferiores; y un vacío
F u e r a en la C r e a c i ó n , donde si quitas
U n a g r a d a , la escala se d e s t r u y e ;
Y roto un eslabón de la cadena
L a cadena también toda se r o m p e .

A s í un sistema de celestes cuerpos


-Gira obediente á sus centrales l e y e s
Q u e tienen relación con otros m u n d o s
Q u e poblarán la inmensidad del c i e l o .

Altera un tanto este orden porque acaso


D e allí esperas un b i e n ; verás que ai punto
L a confusión de un c u e r p o se difunde
I2S J O S É JOAQUÍN D¿ OLMEDO

Á su sistema, y del sistema al todo;


Y caerá destruido el universo.
La tierra de su centro sacudida
Se escapará de su órbita; y los soles
Y planetas irán ciegos rodando
Sin ley cierta, ni fin. Precipitados
Los ángeles que rigen las esferas
Serán también; los seres sobre seres
Se abismarán, y mundos sobre mundos;
Del cielo desquiciándose los ejes
Vacilará su eterno fundamento,
Y ante el trono de Dios, Naturaleza
Temblará horrorizada al ver abierto
El espantable abismo de la nada.
¿Por quién desorden tanto? ¡Por el hombre?
¡ Por un gusano v i l ! . . . ¡ Oh cuánto exceso
De orgullo, de impiedad, y de locura!

¡ Qué. si rebeldes nuestros miembros niegan-


Su ministerio al alma que lo rige!
¡ Si el pie formado para hollar la tierra,
Si la mano al trabajo destinada,
Oler, gustar, oír ó ver quisiesen!
Y á cumplir su destino se negasen!...
¡Qué confusión! — Pues mucho mayor fuera
POESÍAS I

Si en esta inmensa fabrica aspirara


Cada parte á ser otra, desdeñando
El empleo y lugar que le ha prescrito
La excelsa mente del Rector supremo.

No son todos los seres sino partes


De este admirable todo, cuyo cuerpo
Es la naturaleza, y Dios el alma.
Dios, que igualmente su poder ostenta
Grandeza y perfección creando la tierra,
Ó la esplendente bóveda del cielo;
Un átomo sutil, ó el sol radioso;
Un hombre vil que en la miseria gime,
O el puro serafín que arrebatado
En éxtasis le adora. Para él nada
Es alto, bajo, grande ni pequeño.
Todo ante Dios es nada. Su inefable
Espíritu penetra los abismos
Del cielo y de la tierra; enlaza, llena
Y lo sostiene todo... se transforma
En cada ser, quedando siempre el mismo.
Nos calienta en el sol, y nos recrea
Con las alas del céfiro; florece
En cada planta, y en los astros brilla.
Inextenso se extiende : indivisible
130 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

Se difunde do quier : se comunica,


Se da sin perder nada : en toda vida
V i v e ; y anima la materia inerte;
En nuestra alma respira, siente, piensa;
Y obrando siempre nunca se fatiga.

Depon, pues, oh mortal tu error: no llames


Imperfección este orden portentoso
Que no conoces bien : tu mayor dicha,
Quizá de lo que más inculpas, pende.
T u misma ceguedad y tu flaqueza
Son dones á tu fin proporcionados.
Entra en ti mismo : piensa en tu destino.
Somete tu razón : espera firme
Ser tan feliz aquí, ó en otra esfera
Cual conviene á tu ser, pues Dios lo quiere
Y en amor paternal sobre ti vela
Desde el alba á la noche de tu vida,
Y de su diestra poderosa pendes.

Es la naturaleza con sus obras


Un arte para ti desconocido;
Lo que llamas fortuna es el efecto
De un gran designio, cuyo fin ignoras :
Lo que juzgas discordia es armonía
POESÍAS I :.
3

Cuyo hermoso concierto no percibes;


Y el mal particular que acaso observas
Es un bien general. En fin, concluye
Que a pesar del orgullo, y en despecho
De la razón ilusa, CUANTO EXISTE
T O D O ESTÁ BIEN AQUÍ, TODO ES PERFECTO.

Lima, i32$.
132 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

EPÍSTOLA SEGUNDA

NOTA PUBLICADA EN La Balanza, PERIÓDICO DE

GUAYAQUIL, Y ATRIBUIDA AL MISMO OLMEDO

Esta epístola traducida tiene casi doble extensión


que su original. Críticos de grande autoridad sos-
tienen que éste es el mayor defecto de una traduc-
ción de Pope, cuyo estudio principal se conoce que
era el de encerrar en la más breve expresión el
más extenso pensamiento; y que ensanchar las
ideas del original era desfigurado enteramente.
Esta observación puede ser exacta hasta cierto
punto; pero no es menos exacta y segura la regla
de que la claridad es el alma de toda composición,
especialmente en un poema didáctico, cuyo objeto
es instruir, y de que la claridad rara vez está unida
á la extrema concisión.
Además de esto, toda composición en verso,
POESÍAS

sea cual fuese su objeto, demanda cierto grado de


ornato y exige que en ella se sacrifique algo, a la
armonía, sin la cual jamás se llenaría el fin del
poeta; pues una serie de preceptos áridos tarde ó
temprano fastidia regularmente, como todo estudio
en que no tiene parte la imaginación. Las divinas
Geórgicas son el modelo de ese género.
No se crea por esto que emprendemos la censura
de Pope, ni tampoco la apología de la difusión.
Nada menos : sólo queremos indicar la necesidad
de guardar un justo medio en este género de com-
posiciones, en las cuales, tiempo, trabajo, reputa-
ción todo es perdido cuando no se entienden; y lo
que es peor, cuando dan lugar á dudas, falsas in-
terpretaciones y errores, que sisón nocivos en lite-
ratura, son perniciosísimos en la moral.
Prueba de esta verdad son las muchas y porfia-
das controversias que se han suscitado en todo
tiempo sobre este Ensayo de Pope entre doctores
y moralistas, entre filósofos y censores; lo que no
ha contribuido poco á la mayor celebridad de este
poema. Hombres muy distinguidos, entre ellos
Luis Racine, se equivocaron en la inteligencia de
este Ensayo; y si el célebre autor del poema de la
Religión se engaña en algunos puntos esenciales,
¿qué sucederá con hombres menos doctos y saga-
ces? ¿Qué, con gente vulgar que nada sabe, te-
s
134 J O S É JOAQUÍN EE OLMEDO

niendo m á s necesidad de saber algo ? L a e q u i v o c a -


ción de R a c i n e fué ocasión de varias explicaciones
entre los dos p o e t a s ; y aunque esta c o r r e s p o n d e n -
cia sea un m o d e l o de urbanidad, de franqueza y
moderación, no por eso deja de poner en c l a r o
que hubo ocasión de e r r o r , y que este error difun-
dido se disiparía tarde, pero dejando s i e m p r e m a l a s
semillas esparcidas que naturalmente no debían
producir m u y buenos frutos.
P u e d e ser q u e nuestro traductor se h a y a apar-
ado un p o c o del estilo de P o p e , amplificando s u s
i d e a s ; pero él ha q u e r i d o d i v u l g a r l a s i m p o r t a n t e s
verdades de este admirable p o e m a y ponerlas al
alcance de t o d o s ; ha h e c h o lo q u e haría un h o m b r e
que ensanchase la circunferencia de su pozo á e x -
pensas de la profundidad, facilitando el d e s c e n s o ,
y consiguiendo s i e m p r e sacar agua pura y s a l u -
dable. El traductor n o h a q u e r i d o dar lección de
laconismo sino de m o r a l .
Este m é t o d o nada probará contra la concisión y
energía de nuestra l e n g u a ; pues el a u m e n t o que
se nota en la traducción, c o m o se ha d i c h o , p r o -
v i e n e de la estudiada amplificación que se ha d a d o
á los p e n s a m i e n t o s del original, y de ciertas ideas
que se ha creído necesario añadir por o r n a t o y
m e j o r inteligencia del texto. P o r e j e m p l o , P o p e ,
hablando del h o m b r e c o m o un c o m p u e s t o raro d e
POESÍAS

elevación y de bajeza, de perfección é imperfec-


c i ó n , dice entre otras cosas en un solo verso que
« duda m u c h a s veces si es un dios ó u n b r u t o . »
M a s viendo el traductor que nada h a y de m á s
grande en el h o m b r e que el pensamiento, p o r donde
se crea un ser s u p e r i o r ; ni que nada h a y m á s
p r o p i o en él para c o n o c e r su miseria que el error
y el dolor, n o se ha parado en verter así aquella
expresión :

... Piensa; y osado


Ya se cree un dios, ó ya inferior al bruto,
Si á error sujeto y á dolor se mira.

Este d e s e n v o l v i m i e n t o de l a idea p a r e c e q u e la
•exorna sin alterarla.
P o r otra parte, la descripción de las ciencias
íísicas y de los inventos del i n g e n i o h u m a n o ( v e r s o
1 9 y s i g u i e n t e s ) le h a p a r e c i d o al traductor m u y
diminuta en el o r i g i n a l . E r a preciso ampliar esa
d e s c r i p c i ó n , pues así lo exigía el adelantamiento
•que esas ciencias han tenido después que escribió
P o p e . H a n d e b i d o , p u e s , añadirse otras sublimes
invenciones m o d e r n a s q u e merecen un lugar pre-
ferente, c o m o son l o s f e n ó m e n o s de la electricidad,
los progresos a d m i r a b l e s de la a s t r o n o m í a y de la
n a v e g a c i ó n , y el esfuerzo de viajar p o r los a i r e s ;
i n v e n c i ó n que poéticamente se supone más adelan-
136 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

tada de lo que está, y que se predice será perfec-


cionada con el t i e m p o . Q u i z á d e b e m o s extrañar
que esta descripción n o sea más extensa y que se
haya o l v i d a d o el ú l t i m o y portentoso descubri-
miento de n u e v o s elementos naturales, y la n u e v a
potencia que ha aparecido en nuestros días para
producir nuevas artes, perfeccionar las conocidas,
v e n c e r la tuerza de los vientos y el ímpetu de l o s
rios, dar nuevas alas al c o m e r c i o , y acercándose
entre sí todas las n a c i o n e s , hacer una sola familia
de todos los p u e b l o s de la tierra.
Otras amplificaciones h a y en la traducción q u e
pueden suprimirse q u e d a n d o el p e n s a m i e n t o del
original. P o r e j e m p l o , P o p e dice en dos v e r s o s :
«. E n el océano de la vida diversamente navega-
m o s ; la razón es la brújula y nos sirven de viento
las pasiones ». A l principio se tradujeron estos
versos en otros dos castellanos :

Sobre el mar de la vida las pasiones


Sirven de vientos, la razón de norte.

M a s se prefirió la versión siguiente :

Sobre el océano de la vida vamos


Siempre agitado...
Y es un lago mortífero la vida.
POESÍAS

L a s críticas delicadas pueden s u p r i m i r en esta


versión los tres ú l t i m o s v e r s o s , y habrá este m o -
tivo m e n o s de censura.
M e n o s excusable parecerá el descuido de haber
dejado correr m u c h o s v e r s o s asonantados en una
versificación que no los consiente. P e r o c o m o es
fácil variar la estructura de un v e r s o , se debe pre-
s u m i r que m u c h a s veces se habrá o m i t i d o esta va-
riación porque habrá parecido preferible consentir
ese p e q u e ñ o defecto á reformar un v e r s o s o n o r o y
que expresaba de ese m o d o el sentido del autor con
verdad y precisión. T a m b i é n d e b e m o s manifestar
que h e m o s adquirido esta v e r s i ó n sin q u e el tra-
ductor la haya c o r r e g i d o , y que éste se ha pres-
tado á la publicación, tanto p o r q u e no se pierdan
los b o r r a d o r e s , cuanto por p o n e r s e él m i s m o en
la ocasión de corregirlos y en la necesidad de im-
primir en un c u e r p o , más correctas y m á s dignas
del p ú b l i c o , las epístolas traducidas del Ensayo
sobre el H o m b r e .
Gua}'aquil, 1 8 4 0 .
138 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

EPÍSTOLA SEGUNDA

DE LA NATURALEZA Y ESTADO DEL HOMBRE CON


RELACIÓN Á SÍ MISMO, CONSIDERADO COMO INDIVIDUO

SUMARIO

El hombre después de haber considerado sus relacio-


nes con el universo, debe entrar en si mismo y c o -
nocerse. Este estudio, este conocimiento le conviene
más que indagar la naturaleza de Dios. El hombre
es una mezcla de elevación y grandeza, de luz y
obscuridad, de perfección é imperfección, de debilidad
y de fuerza. Limitación de sus conocimientos. Dos
principios de nuestras acciones, el amor propio y la
razón. Ambos nos son necesarios; y aunque dife-
rentes, tienden á un mismo fin, la felicidad del
hombre. El hombre no puede ser feliz sino concer-
tando los dos principios entre sí y conteniéndolos
en sus justos límites. Las pasiones nacen del amor
propio, y son útiles al hombre y á la sociedad en
POESÍAS 139

general. No debemos destruir las pasiones sino g o -


bernarlas y templar las unas con las otras. Siempre
hay una pasión dominante que somete á las demás
pasiones, y aun á la razón, que no pudiendo ven-
cerla, se compone con ella y la obedece. La pasión
•dominante es necesaria para hacer entrar á los hom-
bres en los designios de la Providencia y para dar
¡más fuerza á sus inclinaciones y virtudes. — Mezcla
•de vicios y virtudes es nuestra naturaleza. Ellos se
tocan de cerca; sin embargo, la distinción de sus
límites es cierta y no difícil de ser conocida. Oficio
•de la razón. El vicio es odioso por sí mismo, pero
nos seduce astutamente y nos arrastra. La Providen-
cia se sirve de los vicios y pasiones del hombre para
llenar sus fines y el bien general de la sociedad.
Nuestros defectos forman nuestras primeras relacio-
nes con nuestros semejantes. Los hombres se unen
porque son débiles : los diversos intereses de cada
individuo se coniunden en el interés general. Por
esta razón la sabiduría divina distribuye los dones á
las diferentes clases de una manera desigual; de
donde resulta su mutua dependencia, su unión y su
fuerza. Así cada edad, cada condición tiene sus in-
clinaciones, su carácter, sus pasiones particulares.
El orgullo y la esperanza nos siguen hasta la muerte,
procurando siempre atraer los bienes y alejar los
males. Asi nuestra felicidad nace de nuestra propia
imperfección; y la sabiduría del Creador brilla aún
en las mismas imperfecciones del hombre.
o J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

C o n ó c e t e á ti m i s m o : no pretendas
D e D i o s la esencia p ¿ n c t r a r , a m i g o .
E-.túdiate á ti m i s m o ; pues el h o m b r e
E Í el m á s propio estudio para el h o m b r e .
C o m o en un i s t m o colocado él tiene
índoles varias : y a se nos presenta
C u a l un ser m i x t o , ó cual c o m p u e s t o raro
D e calidades entre sí c o n t r a r i a s ;
T i n i e b l a s , luz, elevación, bajeza,
T o d o s los vicios, todas las virtudes.
Para dudar cual escéptico es muy sabio;
Y para alzarse á la fiereza estoica
Mu} r
flaco en su virtud : incierto s i e m p r e
Si debe obrar ó n o : p i e n s a ; y osado
Y a se cree un D i o s ; ó y a inferior al bruto
Si al error y al dolor v i v e sujeto.
D u d a cual de los d o s , si el cuerpo ó a l m a
E s su.parte más n o b l e . N a c e , v i v e
P a r a m o r i r ; y para errar d i s c u r r e ;
Si n o 03-e á su razón, t o d o es o b s c u r o ;
S i la o y e demasiado, nada h a y cierto :
C a o s triste de pasiones y de i d e a s ;
A sí m i s m o se e n g a ñ a , y por sí m i s m o
S e d e s e n g a ñ a sin quedar más cauto :
C e d i e n d o á sus impulsos naturales,
POESÍAS 141

Débil cae, y glorioso se levanta :


S e ñ o r y esclavo de las cosas t o d a s ;
S ó l o de la v e r d a d él juzgar p u e d e ,
Y á error perpetuo condenado v i v e .
Este es el h o m b r e : e n i g m a i n e x p l i c a b l e ;
I.A GLORIA Y EL BALDÓN DEL UNIVERSO.

V é , pues, ser portentoso, y en las alas


D e l genio al templo de las ciencias sube.
P e s a el aire y la luna : en el espacio
L a órbita traza do los astros giren
Y los raudos é indóciles c o m e t a s .
M i d e la t i e r r a ; y encadena el r a y o .
R e g l a el flujo del m a r : registra el polo
E n frágil tabla y en seguro r u m b o :
A v e n t ú r a t e osado por los aires
A nuevos m u n d o s y á conquistas nuevas :
O con P l a t ó n remóntate al E m p í r e o ,
Y el eterno ejemplar allí contempla
D e lo b u e n o , lo b e l l o , y lo perfecto.
Ó entra en el laberinto q u e f o r m a r o n
S u s secuaces d e s p u é s , y di que el alma
L a verdad c o n t e m p l a n d o , desprendida
D e l ministerio fiel de los sentidos
Y del dulce aguijón de las pasiones,
142 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

S ó l o así imita á D i o s ; c o m o los necios


Sacerdotes de O r i e n t e , que aturdidos
E n el perpetuo giro de su frente
Creen imitar al s o l . E n fin enseña
A Dios el m o d o de regir el m u n d o .
Y después entra en t i . . . Y confundido
R e c o n o c e tu error y tu miseria.

C u a n d o los seres superiores v i e r o n


D e un ser mortal el noble pensamiento
D e revelar las leyes de natura,
S e a d m i r a r o n de que en terrestre f o r m a
T a n t o saber cupiese, y t a n t a ' a u d a c i a .
P e r o t o d o un N e w t o n para ellos era
L o que un s i m i o sagaz para n o s o t r o s .
¿ Mas quien dar l e y e s á los astros p u e d e ,
Y refrenar los rápidos c o m e t a s ,
P u e d e acaso de su alma un m o v i m i e n t o
R e g l a r ó describir? Á las estrellas
M a n d a nacer a q u í , y allí p o n e r s e ;
Y él su m i s m o principio y fin ignora.
¡ Cosa a d m i r a b l e ! E l h o m b r e perfecciona
C u a n t o ha} fuera de sí en ciencias y a r t e s ;
r

M a s cuando trata el estudiarse él m i s m o ,


T o d o es duda y e r r o r . ¡ A y ! cuanto t r a m a
POESÍAS

E l día de la r a z ó n , tanto la ciega


N o c h e d é l a s pasiones l o d e s h a c e .

D o s principios de acción h a y en el h o m b r e . :
A m o r p r o p i o y razón. E l uno evita,
L a otra c o n t i e n e . A q u e l s i e m p r e nos m u e v e
A buscar el placer, y evitar siempre
L a pena y el d o l o r . E s t a m o d e r a
E l í m p e t u y ardor de las pasiones.
A m b o s s o n b u e n o s , útiles, n o c i v o s ,
S e g ú n llenan su fin, cual es m o v e r n o s
A que a m e m o s el bien y el m a l h u y a m o s .

C u a l potencia motriz el a m o r propio


N o s da el i m p u l s o ; y la razón exacta
E n su balanza fiel c o m p a r a y regla
L a acción y m o v i m i e n t o que de él nace.
E x t i r p a el a m o r propio : el h o m b r e al punto
E n inerte r e p o s o y a c e r í a .
Quítale la r a z ó n , y n o habrá entonces
N i m o d o ni designio en las acciones.
¿ Q u é fuera el h o m b r e así ? planta que n a c e .
V e g e t a , se p r o p a g a , en fin se pudre ;
O cual m e t e o r o que sin l e y v a g a n d o
144 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

D e s t r u y e cuanto encuentra, y se disipa.


E l principio m o t o r es el más fuerte :
A c t i v o y eficaz incita, i m p e l e .
E l principio r e c t o r , q u i e t o , s e r e n o ,
D a n d o consejo y luz, llena su oficio,
D e l i b e r a n d o y conteniendo s i e m p r e .
E l a m o r p r o p i o n u e v a s fuerzas cobra
Mientras m i r a más p r ó x i m o su objeto :
P o r la presente s e n s a c i ó n conoce
E l bien que anhela y el p l a c e r ; en tanto
Q u e la razón el bien mira en distancia,
L o e x a m i n a y previene sus efectos.
D e nuestra p r o p e n s i ó n los m o v i m i e n t o s
Más fuertes nos asaltan, más frecuentes
Q u e n o las v o c e s de razón : mas ésta
Q dirigirlos s a b e , ó s u s p e n d e r l o s ,
S i e m p r e velando y persuadiendo s i e m p r e .
T o d o su arte y p o d e r , toda la fuerza
E n no dejarse s o r p r e n d e r consiste.
Y si v e n c e u n a v e z , su afán, su i m p e r i o
S e hace fácil, y aun grato r e p e t i d o .
Así por g r a d o s la razón se afirma :
Y así queda también el a m o r propio
C o n t e n t o y útilmente r e p r i m i d o .
POESÍAS *45

Q u e el sutil escolástico más diestro


E n dividir lo que natura uniera
Q u e en c o m p o n e r y unir, s u d e , se afane
P o r hacer que entre sí p u g n e n discordes
A m b o s principios p o r esencia a m i g o s ;
N e c i a m e n t e sagaz r o m p a , divorcie
L a razón de las gratas sensaciones
Y la virtud de las a m a b l e s g r a c i a s .
D o c t o r e s cuya ciencia toda estriba
E n hacerse cruel g u e r r a sobre n o m b r e s
S i n jamás entenderse y m u c h a s v e c e s
Entendiendo lo m i s m o ; y c u y a gloria
E s el n o darse nunca por v e n c i d o s .
D e j e m o s que ellos la verdad ofusquen
C o n gritos y perpetuas d i s t i n c i o n e s ;
Y quedemos nosotros convencidos
Q u e a m o r propio y razón á un fin conspiran.
A m b o s por el placer ó el d o l o r sienten
A f e c t o , ó aversión irresistible.
M a s i m p a c i e n t e aquel se p r e c i p i t a
S o b r e su objeto y devorarlo quiere.
E s la razón m á s p r ó v i d a , m á s s o b r i a ,
Y sin ajar la flor la m i e l e x t r a e .
E l bien, el m a l , del uso m o d e r a d o
D e los placeres naturales v i e n e .
9
146 JOSÉ JOAQUÍN DE OÍ.MEDO

L a s pasiones no son sino a m o r propio


B a j o formas diversas : las excita
D e l bien y a v e r d a d e r o , y a aparente,
O la presencia, ó la esperanza. Y c o m o
N o todo bien c o m u n i c a r s e p u e d e ,
Y todos conservarnos, mejorarnos
O por instinto, ó por razón debemos;
P a s i o n e s h a y , que n o d a ñ a n d o á n a d i e ,
A u n en sí concentradas, serán buenas.
L a razón en su bando las a d m i t e ,
L a s cuida, las fomenta. Otras pasiones
P o s p o n i e n d o su bien al bien ajeno
Y á la salud y gloria de la patria,
Son nobles, generosas y sublimes;
L a razón las aplaude y las a d m i r a ,
Y de alguna virtud les presta el n o m b r e .

E n su inerte indolencia que se jacte


E l fiero estoico : su virtud inmóvil
E s cual m o n t e de h i e l o , á sus entrañas
T o d o el calor retira, y se a d o r m e c e .
¡ D u r a y necia virtud ! L a virtud cierta
V i v e en la acción, y en el reposo m u e r e .
C u a n d o una tempestad nace en el a l m a ,
POESÍAS 1
4-7

Eso la impele á obrar : su acción repara


El mal parcial, y se preserva el todo.

Sobre el océano de la vida vamos


Siempre agitados : la razón nos sirve
De norte y las pasiones son los vientos.
Sin esa, no salvamos los escollos :
Sin éstas en quietud nos consumimos,
Y es un lago mortífero la vida.
Ni Dios ama el reposo; de improviso
Sobre las alas de los vientos vuela,
O de las tempestades en el carro
Atronando los cielos se pasea. .

La esperanza, el amor, que en torno vuelan


Del amable placer; la pena, el odio,
Familia del dolor; compasión, i r a ;
Rigor, piedad, y todas las pasiones
Son cual los elementos naturales :
Discordes entre sí, mas combinados
Principios dan de producción y vida.
Regladas, concertadas ellas marchan
Por do quiere natura, y así llenan
El fin de la creación : el bien del hombre.
i 8
4 J u S E JOAQUÍN DE OLMEDO

U s a r , g o z a r , t e m p l a r , no extirpar d e b e s .
¡ Q u é ! ¿ L o que constituye el ser del h o m b n
IT h o m b r e m i s m o deberá e x t i r p a r l o ? —
N o . — D e l m i s m o contraste de pasiones
N a c e el c o n c i e r t o , nace la a r m o n í a
D e las operaciones de nuestra a l m a .
S o n la s o m b r a y la l u z , que bien mezcladas
Prestan la consistencia y c o l o r i d o
A este c u a d r o fugaz de nuestra v i d a .

N o s brinda con placeres por do quiera


Oficiosa natura, y cuando cesa
E l g o c e de un p l a c e r , y a otro se g o z a
C o n la i m a g i n a c i ó n y la esperanza.
E l a l m a , el c u e r p o sin cesar se ocupan
E n retener y procurar p l a c e r e s .
C a d a placer con su atractivo p r o p i o
M u e v e , mas n o i g u a l m e n t e n o s s e d u c e ,
P u e s cada objeto de d i v e r s o m o d o
A í e c t a los s e n t i d o s ; de allí nace
L a v a r i a s e n s a c i ó n ; y de esta fuente,
S e g ú n tienen los órganos más fuerza
Ó m á s debilidad, varias pasiones
M á s ó m e n o s violentas se arrebatan.
POESÍAS 149

La pasión dominante de ellas crece :


Y crece y reina sola; y semejante
Á la sierpe de Arón, todas las otras
Traga y devora, y las transforma en ella.

Como el hombre al nacer consigo trae


Un principio de muerte, que le arrastra
Sin sentirlo quizás hasta la tumba;
Y este germen mortífero en su seno
Crece con él, con él se fortifica;
Así infusa, mezclada en la substancia
La enfermedad del alma nace, alienta,
Se torna en la pasión que le domina.
Y todo la obedece : los humores
Y espíritus vitales atacando
La parte flaca, á su poder conspiran.
Todas las propensiones más ardientes
Del corazón, la fuerza del ingenio
Desde que el alma á desplegarse empieza,
Todo le sirve bien; y los prestigios
De la imaginación al fin acaban
De afirmar los derechos de su imperio.

Natura le da el ser; y la costumbre


Es la asidua nodriz que la mantiene,
J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

El genio y los talentos más evitan


Su altiva condición y predominio :
Aun la Razón halaga esta enemiga,
Consiente en su poder y lo fomenta;
Tal el sol con sus rayos más benignos
Vuelve más acre el jugo fermentado.
¿Qué puede la Razón?... La débil reina
El cetro cede á quien mejor le agrada:
Y nosotros sus míseros vasallos
Creemos obedecerla al tiempo mismo
Que á un vil privado suyo obedecemos.

Si ella luchar nos manda, y en vez de armas


Nos da para vencer sólo lecciones,
¿ Hace más que mostrar hasta qué grado
Somos los hombres débiles y necios?
Si reprende severa, nos enseña
A quejarnos no más, no á corregirnos.
Si amiga exhorta, ¿ presta otro consuelo
Que decir que no alcanza á consolarnos?
Y si de juez en defensor se vuelve,
La elección que intentamos nos aplaude,
Ó la que ya hemos hecho justifica.
Y fiera con sus fáciles conqui tas,
Las pasiones más débiles enirena
POESÍAS

Para que la más fuerte triunfe sola.


Así presume un médico que expele
Los humores que en una parte dañan,
Cuando sin conocerlo, reunidos
Van á otra parte á producir la gota.

¿Será fuerza extraviarse? No : que abiertas


Están do quier las sendas de Natura.
Marcha por ellas : siempre te acompañe
De escolta la Razón, si no de guía.
Ella sabe reglar nuestras pasiones,
No destruirlas; y á la dominante
Trata sagaz como si fuese amiga.
Un poder superior infunde en todos
Esa fuerza eficaz que nos impele
A los diversos fines que él previene.
Ella arribar nos hace al puerto, mientras
Por las demás pasiones combatidos,
Cual por vientos variables fluctuamos
Sobre este mar inquieto de la vida.

La pasión dominante el caro objeto


No abandona jamás : si nos excita
El poder, el saber, la gloria, el oro;
Si el amor del reposo, que es más íuerte
jcsÉ JOAQCÍJÍ DE OLMEDO

A c a s o que los o t r o s ; en pos de ellos


C o r r e m o s sin cesar, y a v e n t u r a m o s
P o r ellos honra y v i d a . . . E n sus afanes
E l m e r c a d e r , en su indolencia el s a b i o ,
E l m o n j e en su h u m i l d a d , y en su fiereza
U n gran c o n q u i s t a d o r , todos encuentran
L a razón complaciente de su parte.

M a s el a u t o r eterno que el bien hace


N a c e r del m i s m o m a l , de las m á s n o b l e s
Y laudables acciones el principio
D e esa pasión i n d ó m i t a deriva.
A s í del h o m b r e fija la inconstancia :
Y la v i r t u d al natural mezclada
S e hace m á s firme, y a m b o s se m e j o r a n :
Y así el alma y c u e r p o de concierto o p e r a n .

C u a l los r a m o s estériles é i n g r a t o s '


E n tronco ajeno ingertos fructifican,
A s í de las pasiones brotan, crecen
G r a n d e s v i r t u d e s , c u y a raíz se nutre
D e l fuerte j u g o del salvaje t r o n c o .
¡ O h , cuántas v e c e s del t e m o r , del o d i o ,
Ó de la obstinación y la tristeza,
N a c i e r o n h e c h o s dignos de escribirse
POESÍAS 153

En los curiosos fastos de las ciencias


Y en los de la moral y de la gloria!
Aun la ira y la venganza suplir saben
El celo y el valor : de la avaricia
Nace la precaución; de la pereza
La modestia quizás y la teinp anza.
!

El impulso sensual dentro su esfera


Es amor noble y tierno que enamora
El corazón del sexo delicado.
Aun la envidia, tormento de almas viles,
De noble emulación sirvió al que sigue
De Minerva ó de Marte las banderas.
Y casi no hay virtud en ambos sexos
Que de orgullo ó vergüenza no proceda.

Así nos da Natura las virtudes


Que más cercanas son y más conformes
Al vicio predilecto : él las produce.
¡Cuánto este origen nuestro orgullo humilla!
Mas la razón al bien siempre endereza
La mala propensión : y si sus voces
Escuchara Nerón, reinara el monstruo
Como un Tito, delicias de la tierra.
La impavidez y la fiereza de alma
Que en Catilina se detesta, admira
J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

En uno y otro Decio, encanta en Curcio.


Y la misma ambición salvó un Estado
Ó lo vendió vilmente; y dio mil veces
Libertad ó cadenas á su patria.

¿Quién de este caos de vicios y virtudes


Podrá apartar la luz y las tinieblas ?
Quien sino aquél que en el antiguo caos
Ensayó su poder; y está en nosotros.

En la naturaleza de las cosas


Los extremos se tocan, y producen
Fines iguales, y en el hombre se unen
Para usos que no alcanza, y se confunden
Unos en otros, como en las pinturas
De un eximio pincel claros y sombras
Se juntan en unión imperceptible.
¿ Quién podrá, pues, trazar la sutil línea
Do acaba la virtud y empieza el vicio ?

Y ¿quién tan necio, que por esto infiera


Que no hay ni vicio ni v i r t u d ? — Si el blanco
Con el negro color se une y se mezcla
Diversamente, y si de allí resaltan
Colores infinitos, engañado
POESÍAS 15)

Con su exterior ¿dirás del mismo modo


Que no hay blanco, ni negro ?... Ve y consulta
T u propio corazón : él siempre ha sido
De la moral oráculo seguro;
Y su lenguaje es claro al que consulta
Con ánimo sincero... ¡ A y ! mayor tiempo,
Más fatiga nos cuesta el engañarnos.
Es en sí el vicio un monstruo tan horrible
Que para detestarlo basta verse.
Mas por grados su horror sabe ir perdiendo;
Y a se hace familiar, lo consentimos
Por gracia, por piedad, y al fin nos manda.
Mas nunca convenimos sobre el punto
Donde el extremo de algún vicio yace.
Nunca jamás lo hallamos en nosotros :
Siempre está más allá, ó en el vecino.
Así, si aquí pregunto, do el sur mora,
Responderán que en Lima : allá que en Chile,
Y en el Chile dirán, que en Patagonia;
¿ Y allí ? quien sabe donde... Aun los que viven
Bajo una misma zona se acostumbran
Al rigor de su cielo, y se imaginan
Que otro cielo será más rigoroso...
La que un buen natural huye y detesta
Como inhumana y torpe acción, la misma
i 6
5 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

Por un genio más áspero y agreste


Es tenida por justa y generosa.

Todo hombre es bueno ó malo : aquí no hay


[medio,
Mas en un grado extremo nadie ó pocos.
El loco y el malvado sus accesos
Lúcidos de razón y virtud tienen;
Y también por accesos hace el sabio
Lo mismo que reprueba en su doctrina.

El bien ó el mal hacemos sólo en parte:


Y el amor propio toda acción dirige
De vicio ó de virtud. — Cada uno tiene
Un fin, su propio bien, y tantos fines
Diversos al Eterno subordina,
A su único gran fin, el bien del todo.

Él hace que á este fin supremo sirvan


La necedad humana y las pasiones :
Las torres del orgullo él desbarata,
Y los planes del vicio desconcierta.
Una feliz flaqueza en cada clase
Con arte distribuye : á las doncellas
Da pudor, y altivez á las matronas,
POESÍAS 157

Temor al estadista, á los guerreros


Temeridad, al juez encogimiento,
Fiereza al rey, credulidad al pueblo.
Aun de la vanidad, que no conoce
Otro fin, otro bien que su alabanza,
Hace nacer virtudes muy laudables :
Y en fin, nuestros defectos, nuestras mismas
Necesidades labran la ventura,
La paz y gloria del linaje humano.

N o puede ser feliz el hombre solo,


Ni solo vivir puede. El Cielo quiso
Que en todo dependiesen unos de otros.
De aquí las varias relaciones nacen
Sin las que nadie subsistir pudiera.
Padres, amos, domésticos, amigos,
Cada uno es débil, mas si se unen, todos
Son fuertes y felices. Este lazo
La sociedad conserva : en ella siempre
Cada cual su interés propio buscando
Del interés común estrecha el nudo.
Nuestra debilidad, nuestras pasiones
La mutua dependencia hacen tan grata
Como ella es necesaria. Ella produce
El amor tierno, la amistad sincera
J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

Y este encanto secreto que nos hace


L a vida siempre amable; y nos enseña
Á resignar, si ya la edad declina,
Los gustos, los amores y afecciones
Tan dulces otro tiempo; así aprendemos
Y a por razón, ó ya por decadencia
De nuestro ser, á no temer la muerte,
Á saludarla cuando ya se acerca,
Y á pagar todos el fatal tributo.

Por este medio prodigioso el hombre


No sólo llena el plan, sino lo llena
Por elección y con placer. Por esto
En cualquiera pasión que le atormente
De saber, de placer, gloria ó riqueza,
Nadie su condición cambia con otro.
Se cree feliz el sabio con su ciencia,
Y el ignorante porque no sospecha
Que haya más que saber de lo que él sabe :
Es el rico feliz con su tesoro ;
Y el pobre contemplándose el objeto
Sobre quien vela más la Providencia.
Alegre canta el ciego: el mudo danza:
El íatuo un rey, un héroe se imagina.
Muere el químico de hambre, y es dichoso
POESÍAS 159

Sobre manera en sus delirios de oro :


Y nadie es tan feliz como el poeta
D e estériles laureles coronado.

Es un don celestial este contento


Que en toda situación siente todo hombre.
Un amigo común es este orgullo
Que nunca falta á nadie. Las pasiones
Propias de cada edad nos estimulan
En las épocas varias de la vida:
Y la esperanza, en fin, que nos alienta
Vive en nosotros, con nosotros muere.

Plasta este punto cierto, inevitable,


L a opinión, dulce error de los humanos,
Con sus cambiantes rayos embellece
Las nubes de la vida... Es compensada
La falta de razón con ei orgullo,
Y la falta de un bien con la esperanza...
¡ Orgullo y esperanza ! — Si en la copa
D e la locura el gozo bulle y ríe,
Y cual su espuma se disipa luego,
Si la Razón alguna ilusión grata
Con su luz disipare, otra renace,
Y otras después cual olas se suceden.
l6o J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

En los bienes y males, caro amigo,


La bondad de Natura reconoce.
Miseria, error, pasión : nada es inútil,
La misma vanidad no es un don vano.
Y ¡ oh ! ¡ cuántas veces aun el amor propio
Que poco generoso, de tus solas
Necesidades afanoso cuida,
Por una fuerza superior te lleva
Á contemplar y consolar las de otro !
Conoce, en fin, tu ser y tu destino ;
Y abraza esta virtud consoladora,
Que aunque ES EL HOMBRE MISERABLE Y NECIO,
EL SER QUE LO CONSERVA ES BUENO Y SABIO.

Guayaquil, 1840.
POESÍAS i6r

EPÍSTOLA TERCERA

DE LA NATURALEZA Y ESTADO DEL HOMBRE

CON RELACIÓN Á LA SOCIEDAD.

SUMARIO

Llena Dios los fines que se propuso en la creación'


por medio de la variedad de sus leyes. Una cadena
de amor une á todas las criaturas; y si ninguna es
por siempre durable, tampoco perece enteramente.
Se engaña el-hombre si piensa que sólo para su
placer y sustento son las obras de Dios. Las criatu-
ras todas son participes de sus beneficios — y el
hombre por su propia conveniencia cuida, alimenta,
defiende á los seres que no están dotados de su
razón. El instinto guia al animal, la razón al
hombre : el primero es más seguro que la segunda.
El germen de su felicidad está en cada s e r ; y de las
162 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

necesidades mutuas de todos nace la felicidad co-


mún. Todos los seres son vivificados por un mismo
fuego, — por el amor, origen de todos los vínculos.
El hombre no vivía en el estado natural sin ley y
sin freno : la dulce ley de unión le enlazaba con
todas las demás criaturas, y viviendo en comunidad
no se temían unos á otros. Decayó el hombre de su
inocencia primitiva, y nuevas necesidades dieron
origen á las artes, que no son otra cosa que la m e -
jora de las prácticas enseñadas por la naturaleza.
Edifica pueblos, forma sociedades — nacieron el
comercio, el gobierno y las religiones y se establecen
ios gobiernos y las leyes...

D i o s por diversas y constantes leyes


L l e n a el fin que c r e a n d o se p r o p u s o .
F í j a t e , a m i g o , en este pensamiento,
Y a en la e m b r i a g u e z que nos infunde s i e m p r e
L a robusta salud, el v a n o o r g u l l o ,
Y la insolencia del p o d e r y el o r o ;
Y a si lecciones d a m o s á los h o m b r e s ,
Ó si votos al Cielo d i r i g i m o s . 55

C o n t e m p l a el m u n d o ; o b s e r v a l a cadena
D e a m o r que une entre sí todos los seres.
POESÍAS

Siempre fecunda fórmalos Natura;


Y apenas sueltos de sus manos, corren,
Se buscan, se aman, se unen... La materia
Bajo diversas formas animada
Tiende á un centro común, obedeciendo
Esta ley general, el bien del todo.
No hay un ser, no hay un átomo siquiera
Que exista solo. De las plantas vive
El animal, y del despojo de éste.
Vense nacer y vegetar las plantas.
Nada dura; también nada perece.
Las formas pasan y suceden nuevas,
Nacen para morir los seres todos;
Mas para renacer, mueren, cual pompas
Infladas de aire, que del mar inquieto
Se alzan, se rompen, y á la mar retornan.

Un alma eterna que do quíer existe,


Que lo dispone y lo conserva todo,
Enlaza todo ser ; el fuerte al débil,
El mayor al menor. El bruto al hombre,
El hombre sirve al bruto... La cadena
Jamás se quiebra, ¿ pero dónde acaba ?

¿Piensas que cuando Dios formaba su obra


4 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

T ú solo estabas en su excelsa idea,


Y que salió de su r e p o s o eterno
S ó l o por darte s e r , placer, s u s t e n t o ?
¿ S ó l o por tí ? ¡ Insensato ! quien prepara
Para tu mesa el recental g r a c i o s o ,
A n t e s pasto le da fácil y g r a t o ,
Y para él los collados r e v e r d e c e n .
¿ S e r á por tí que el r u i s e ñ o r doliente
L l e n a el bosque de trinos m e l o d i o s o s ?
N o . Es a m o r quien enciende sus p u p i l a s :
P l a c e r , quien hace trémulas s u s alas :
É l sus amores y placeres canta.
E l fogoso bridón que en p o m p a s riges
Parte la gloria y el placer c o n t i g o ,
L o s pájaros del cielo las primicias
R e c o g e n de los frutos que tú siembras :
D e las doradas mieses de tu c a m p o
C o b r a el b u e y su salario merecido :
Y aun e l cerdo q u e ni ara, ni obedece
J a m á s tu v o z , de tí servido v i v e ,
D e tí que r e y te jactas de la tierra.

C u a l tierna m a d r e á t o d o ser N a t u r a
Dispensa su bondad. L a piel que abriga
L o s r e y e s , antes a b r i g ó á los o s o s .
POESÍAS

Ycuando tú, hombre, exclamas: ¡ todo es mío !


Mío es el hombre, te responde el ánsar
Viendo el afán que pones en servirle
Y en regalarle siempre. El en su esfera
N o raciocina mal, porque no alcanza
Que si le sirves, es por devorarlo.
Mas así como el ánsar yerra el hombre
Con toda su razón, si cree que el mundo
Es formado para é l ; no él para el mundo.

Mas esta ley del fuerte sobre el débil,


Y este don de pensar, ¿ no dan al hombre
Su derecho al imperio ? Bien : permito
Que él rija el mundo, y su tirano sea.
Mas Natura somete ese tirano
A los seres que él dice que domina,
É l los cuida y defiende. ¿Quién vio nunca
El lobo perdonar á los corderos,
Movido de piedad por su inocencia ?
¿ Ó el halcón, que se lanza de las nubes,
Perdonar la paloma por los bellos
Matices de su cuello, ó el milano
Dejar en paz al ruiseñor, que suele
Turbar con su querella melodiosa
Por las noches el bosque silencioso ?
i66 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

Sólo el hombre de todos cuida, sea


Por placer, ó interés, y las más veces
Por fasto y vanidad. El da sus bosques
Á las aves, sus prados á las bestias,
Sus estanques al pez, y aun vemos que alza
Á las fieras palacios y jardines.
Todos viven por él, y su regalo
Es efecto del lujo de su dueño ;
El cual del hambre y de otras garras libra
Todos esos cautivos tan cuidados,
Que á su gula exquisita se reservan.

Ellos contentos hasta el plazo viven :


Y como heridos de improviso rayo,
Sin prever, sin sentir la muerte, mueren.
Mas vivieron al fin. También los hombres
Servidos y sirviendo, hasta su plazo
Gozan como ellos, y como ellos mueren.

Sólo al irracional el Cielo niega


L a previsión inútil de su muerte.
Al hombre se la dio, pero de modo
Que poniéndole siempre en perspectiva
Un porvenir feliz, le da un objeto
De esperanza en el término temido.
I'OESÍAS 167

La hora es ccul:a ; sin cesar se avanza:


Mas nunca recelamos que está cerca.
¡Oh portento continuo! Bondadoso
Esta grata ilusión concede el Cielo
Sólo á los seres que preven y piensan.

Pero todos, estén ó no dotados


De instinto, ó de razón, todos reciben
Las dotes propias de su ser, y pueden
Buscar y hallar el bien que les conviene.
Los que en su instinto tienen una regla
Que nunca los engaña, ¿ necesitan
Para vivir de cánones ó bulas ?
¿Cuál preferir? Altiva de su dotes
No sirve la Razón, sino por fuerza :
Sólo llamada viene; y aun llamada
Viene si quiere, mientras el instinto
Cual oficioso amigo, siempre existe :
No abandona jamás : presto y derecho
Va á la felicidad sin engañarle.
La Razón inconstante, perezosa, ,
Libre para extraviarse, se extravía:
Pasa el blanco, ó no llega; y no se afana.
Si el bien se ve de lejos, el instinto
Vuela á su objeto : la Razón se arrastra.
J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

En aquel, uno solo es el principio


Que impele á obrar, y que compara : en ésta
Los principios son dos, que separados,
Y acordes rara vez, fuente perpetua
Son de engaño y error entre los hombres.

Alza, pues, la Razón sobre el instinto


Cuanto quieras : mas piensa que dirige
Dios al instinto ; á la Razón el hombre.

¿ A l a s tribus que el mar y el campo pueblan,


Quién buscar les enseña su alimento,
Huyendo del nocivo y ponzoñoso?
¿ Quién les hace prever la alta marea ?
¿ Quién la borrasca; y para defenderse
Edificios formar sobre las aguas,
Ó bóvedas alzar bajo la arena?
¿ Quién enseña á la araña artificiosa
A tirar y cruzar, aún más seguro
Que. el geómetra mejor, sus paralelas
Sin regla, ni compás ? Y á las cigüeñas,
Imitando á Colón, buscar osadas
Mundos ignotos en extraños cielos,
¿ Quién las reúne ? ¿ Quién señala el dia
POESÍAS

De la partida, el término del viaje ?


¿ Quién dirige en los aires la colonia!

Dios puso en cada ser el germen propio


De la felicidad que le conviene ;
Mas como él hizo un todo, que debía
Ser felice también, su fin llenando,
Dispuso en su saber que de las mutuas
Necesidades de los seres todos
La universal necesidad naciera.
Este orden simple, eterno, el universo
Conserva, en gratos nudos enlazando
Cada ser á otro ser, el hombre al hombre.

Cuanto bajo del sol vivificante


En el aire, y la tierra, y mar se mueve,
Goza de una común naturaleza :
Y un calor mutuo, un alma siempre activa
Por todos difundiéndose igualmente
Los anima, y conserva y perpetúa
Sus gérmenes geniales fecundando.
Así el hombre; y así los otros seres
Que los bosques, la mar y el aire pueblan,
Todos se aman, y se aman en los otros;
Pues cada sexo un mutuo ardor sintiendo,
10
170 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

Se buscan, se requiebran, no se aquietan,


Hasta que con dulcísimo transporte
Ambos seres en uno se confunden.
No aquí cesa el placer, no el amor cesa;
Que al verse ya reproducidos, se aman
Tercera vez en su naciente prole.
Ambos la cuidan, la amorosa madre
La nutre; el fuerte padre la defiende :
La ensayan á volar; y cuando diestra
Tendiendo el vuelo desampara el nido,.
Cesa el instinto y el amor paterno.
Entonces ya los padres la abandonan,
Y libres buscan en distinta selva
Nuevo amor, nueva raza en nuevo nido.
Más débil, más inhábil en su infancia
Mayor cuidado necesita el hombre :
Y este mayor cuidado, entre hijos, padres
Los lazos forma, que después conl¡rma
El tiempo y la razón: el amor mutuo
Con el grato interés de amarse, crece.
Elegimos, amamos, se transforman
Nuestras mismas pasiones en virtudes.
Comunes males, mutuos beneficios
Benevolencia y gratitud engendran :
Á una generación otra sucede:
roEsiAS 171

Y el amor natural, ó el de costumbre


Las conservan y enlazan. Así el niño
Cuando llega á ser hombre, mira al padre
Exhausto con la edad; y la memoria
De su niñez, la previsión funesta
De la vejez á socorrer le excitan
Al desvalido autor de su existencia.
Así la gratitud y la esperanza
El interés recíproco sostienen
Y sin cesar la especie regeneran.

No pienses que el mortal ciego y sin freno


En el estado natural vivía :
Él observó la ley que Dios por medio
De la razón y el corazón dictaba.
El amor propio y el social nacieron
Con la creación; y enlaza desde entonces
La dulce ley de unión todos los seres.
El orgullo, las artes que lo excitan,
Eran desconocidos; hombres, brutos
Erraban sin dañarse ni temerse,
Y en común disfrutaban mesa y lecho,'
Que Natura do quier les preparaba.
No sangre ajena derramaba el hombre
Para buscar abrigo y alimento.
IJ2 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

Un bosque, dónde en himnos no aprendidos


A su padre común alaban todos,
Era su templo ; y el altar no estaba
Ni ornado en oro, ni teñido en sangre,
Ni de ministros ávidos servido.
El sabio autor su mundo conservaba :
Regirlo en equidad fué dado al hombre
Y usar de todo y abusar de nada.

¡Cuánto de esta inocencia primitiva


El hombre decayó! Pierde por grados
El horror á la sangre : é insensible
Al clamor general, mata, devora
La mitad de los seres animados :
Y cruel la especie de ellos destruyendo
La suya propia pérfido corrompe:
La sangre extraña envenenó la suya,
Y quedaron las víctimas vengadas.
Fiebres, dolores, males ignorados,
De intemperancia tan feroz nacieron;
Y nacieron pasiones infernales,
Que dieron á los hombres en el hombre
Un enemigo tan atroz como ellas.

En otra edad, necesidades nuevas


POESÍAS r
73

P r o d u i e r o n las a r t e s : el instinto
D i r i g i ó la razón. •—• Naturaleza
D i j o entonces al h o m b r e : ce \ie- del m u n d o ,
» V é y aprende á vivir de aquellos seres
» Q u e o p r i m e s y d e s p r e c i a s : que las aves
» T e señalen los frutos y los g r a n o s
» Q u e alimentan, y aprende de los brutos
» L a virtud saludable de las pl.mtas.
» A fabricar te enseñará la a b e j a ;
» A h i l a r , la a r a ñ a ; y á labrar el topo ;
» A tejer el insecto artificioso
» Q u e en hilos de o r o su vellón e n r e d a ;
» Y á d o m i n a r las olas el n a u t i l o . . .
» D a n d o r e m o s al m a r , y v e l a al viento > . ó

» E n el o r d e n m o r a l también del bruto


» R a z ó n y m o d o de v i v i r aprende,
» Y de la sociedad todas las f o r m a s .
» A q u í verás palacios s o t e r r á n e o s ;
» A l l í ciudades aéreas, p o p u l o - a s ,
» S u s p e n d i d a s en á r b o l e s . O b s e r v a
» D e cada pueblo el g e n i o y el g o b i e r n o :
» E n república viven las h o r m i g a s ;
» E n m o n a r q u í a labran las a b e j a s ;
» A q u e l l a s en c o m ú n vastos graneros
10.
J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

» Forman, llenan, consumen y te ofrecen


» El ejemplo tan raro entre nosotros,
» De independencia y libertad con orden.
» En un diverso estado las abejas
» Se afanan sin cesar; admira cómo
» Cada cual en su nicho separada
» Sin pecho, ni inquietud, bajo un rey vive,
» Y de su propiedad goza segura.
» Observa, en fin, que ese orden y esas leyes
» Son simples, sabias, invariables siempre
» Cual la Naturaleza y el Destino.
» Mas tu razón con todo su discurso
» N o hará más que prender con mayor arte
» En la red de las leyes la justicia;
» Lazo que rompe el criminal pótente,
» Y al inocente desvalido oprime;
» O contra la equidad prevaleciendo
» El rigor del derecho, transformado
» Será el sumo derecho en suma injuria.
» Empero, á tu poder, hombre, somete
» Todos los seres; todos te obedezcan:
» Y las artes sagaz perfeccionando
» Que el instinto creó, que te levanten
» Como á Rey trono, como á Dios altares. »
POESÍAS 175

Habló Natura: y obedece el hombre;


Dejó los bosques : fabricó ciudades :
Se ayuntó en sociedad— se formó un Pueblo :
Cerca de él otro nace; y después ambos
Ó por amor, ó por temor se unieron.
Aquí en más dulce clima, ricos frutos:
Allí en valles regados de aguas puras,
Más abundosos pastos y rebaños.
Lo que faltaba á cada cual, y pudo
Arrebatar con armas, permutando
Se lo brindó el comercio; y tornó amigo
El qué tal vez como enemigo vino.
Trato y amor estrechamente unieron
Los hombres entre sí, cuando no había
Más leyes, ¡oh Natura! que las tuyas,
Ni más imperio, ¡dulce amor! que el tuyo.

Así varios estados se formaron,


Y era el nombre de rey desconocido;
Hasta que el bien común, cual ley suprema,
Puso el poder en manos de uno solo.
Obtuvo la virtud el primer cetro;
Y esta misma virtud, que difundiendo
Los bienes de la paz y de la guerra,
El respeto y amor filial excita,
i 6
7 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

Hizo del rey un padre de su pueblo.


Y coronado por Natura entonces
Cada patriarca en su naciente estado
Fué á un tiempo rey, y sacerdote y padre :
Y acatado cual otra Providencia
Fué oráculo su voz, ley su mirada.
Él evocó del surco sorprendido
La nutritiva mies : enseñó el arte
De usar de todo : y en el mar y el bosque
Prender el pez, domesticar las fieras,
Abatir á sus pies la águila altiva,
Frenar las ondas, dominar el fuego.
Feliz, hizo felices, hasta el punto
En que ya débil, y á vejez rendido,
Quien, viviendo, cual Dios fué venerado,
Como triste mortal llorado muere.

De padre á padre remontando entonces,


El hombre un primer ser halla y le adora :
Ó bien por tradición constante, antigua,
Cree que el mundo debió tener principio.
Al criador de la creación distingue,
Y admite un solo Dios. Y antes que hubiese
Ofuscado el error esta luz pura,
POESÍAS 177

Vio el hombre el mundo, y cual su autor su-


[premo,
Vio que todo era bueno, y por las sendas
Fué del placer á la virtud seguro.
Adoró un padre en Dios : sólo amor era
Su fe, su religión : ni otro derecho
Divino conoció que el de Natura.
Nada temió de Dios; que un ser supremo
Sólo bondad suprema ser podía.
Religión y política marchaban
De concierto : y un solo fin tuvieron:
Aquella amar á Dios, y ésta á los hombres.

¿Quién fué el primero que enseñó á los


[pueblos
Débiles ó vencidos, que han nacido
Para uno todos? Bárbara, execrable
Excepción á las leyes de Natura,
Que envilece la Creación, y en todo
Trastorna el mundo, y contrarresta el Cielo.
E l fuerte dio la ley; y la conquista
Era el derecho. Mas de horror llenando
Superstición el alma del tirano,
Partió luego con él la tiranía;
Medra á la sombra del poder y nombra
J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

Dios al conquistador, al pueblo esclavo.


Ella, atenta á su plan, cuando sentía
Tronar la nube, fulgurar el rayo,
Bramar los montes, y temblar la tierra,
Anunció con misterio y amenaza
Deidades invisibles, poderosas
Que implorase el soberbio, y ante quienes
Se postrasen los débiles temblando.
A su mágica voz lanzaron luego
El Cielo dioses, y el abismo furias.
Aquí fijó el Elisio : allí el averno :
Forjó el temor entonces sus demonios
Y la esperanza tímida sus dioses;
Dioses crueles, mudables, vengativos,
Torpemente sensuales, cual formados
Por tiranos, que en ellos no buscaban
Sino ejemplos y cómplices del crimen.
En vez de caridad, el falso celo
Armado impera; y el rencor sagrado
Forjó un infierno, y el orgullo un cielo.
La bóveda celeste ya no atrajo
Las plegarias como antes : no se oraba
Sino en templos magníficos : de mármol
Y a fué el altar, y se regaba en sangre.
Empezó el sacerdote á saborearse
POESÍAS 179

Con carne de las víctimas, y presto


De sangre humana el ídolo salpica:
Y en silencio y terror puso á la tierra
Con el rayo de Dios: y aun de D'.os hizo
Un instrumento cruel de sus venganzas
Ó un ministro oficioso y complaciente
De todos sus caprichos y pasiones.

Por estas artes concentrando el hombre


Todo su amor en sí, se procuraba
Riquezas y poder, gloria y placeres.
Mas este amor, que atrepellaba ciego
Leyes, derechos, equidad, decoro,
Para dar satisfacción á sus deseos,
Siendo á todos común, al fin produjo
El freno que pudiera reprimirle :
Gobierno y leyes. — Pues si alguno quiso
Un bien que los demás también querían,
¿ La voluntad del uno contra todos
Pudo prevalecer? ¿ Cómo seguros
Gozar y conservar lo q e nos puede
En medio del sueño, y en el claro día
ü sustraer la astucia del mas ..iebil,
Ó arrebatar la audacia del mas meru ;
iSo JOSÉ JOAQUÍN" DE OLMEDO

P r e c i s o fué ceder alguna parte


D e libertad y natural d e r e c h o ,
Para v i v i r tranquilos, y que todos
U n i d o s de concierto defendiesen
S u p r o p i e d a d , la de otros defendiendo.
A u n los re3^es se v i e r o n obligados
A ser p o r su interés justos y b u e n o s .
F u é así que c o r r i g i e n d o el a m o r p r o p i o
S u i m p u l s o n a t u r a l , depender hizo
E l bien individual del bien de t o d o s .

Entonces felizmente se levanta


U n genio superior y g e n e r o s o
D e Dios m i n i s t r o , a m i g o de l o s h o m b r e s ,
L e a l patriota, ó inspirado v a t e ,
Q u e la m o r a l s u b l i m e de N a t u r a
Y su fe primitiva r e s t a b l e c e ;
D e la luz natural el brillo antiguo
R e a n i m a , m a s n o enciende u n a luz nueva :
D e la divinidad sobre la tierra
Si n o la i m a g e n , n o s m o s t r ó la s o m b r a ; 5 7

A los pueblos y r e y e s juntamente


E n s e ñ ó sus deberes y d e r e c h o s ,
Y á n o ilevar ni tensas ni m u y laxas
L a s delicadas riendas del g o b i e r n o .
POESÍAS 181

Él proclamó el principio, que no puede


Existir sociedad feliz yjibre
Donde no estén los miembros ordenados
De modo, que oprimido uno, se sienta
Por todos la opresión.^ De allí provino
El concierto armonioso de un Estado,
Donde por la misión de los poderes,
Y el mismo choque de intereses mutuos
Es libre el pueblo, y el gobierno firme.

Tal es también del mundo la armonía


Que nace de la unión y del concierto
General de las cosas : donde todos,
Grandes, pequeños, débiles y fuertes,
Se unen para ayudarse y defenderse,
Y no para ofenderse ni dañarse :
Donde es más poderoso, quien más sirve,
Y más feliz, quien hace más felices :
Y donde á un fin, á un centro tienden todos,
Ángeles, hombres, brutos, siervos, reyes.

Que sobre formas de gobierno alterquen


Los necios cuanto quieran. El gobierno
Mejor, es el mejor administrado.

Sobre modos de fe, que el falso celo


ii
lS2 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

D i s p u t e , y se enfurezca d i s p u t a n d o . 5*¡
Q u i e n n o hace m a l , quien hace bien al h o m b r e
L a R e l i g i ó n profesa v e r d a d e r a . s-
r

S o b r e esperanza y fe todos d i s c u e r d a n ;
M a s sobre caridad nadie contiende,
Q u e ella es el l a z o , el fin, alma y corona
D e la C r e a c i ó n , el bien del u n i v e r s o .
C o n t r a r i a r este fin, r o m p e r este o r d e n ,
E s o es error y orgullo : y cuanto influya
A m e j o r a r y hacer feliz al h o m b r e ,
E s o sólo es v e r d a d , y de D i o s v i e n e .

V i v i r n o puede el h o m b r e sin a p o y o ,
C u a l g e n e r o s a vid que m a y o r fuerza
D e l a m o r c o n que abraza á otra r e c i b e .
S o b r e sus ejes los planetas r u e d a n ,
A un m i s m o t i e m p o en torno al sol girando :
A s í el h o m b r e también á dos i m p u l s o s
Diversos, no discordes, obedece.
P o r el u n o , en sí m i s m o se c o n c e n t r a ;
Y p o r el otro sirve el u n i v e r s o .
A s í c o n c a t e n ó todas las partes
D e su obra D i o s ; y q u i s o que u n o m i s m o
F u e s e el a m o r social y el a m o r p r o p i o . 0 0

Guayaquil, 1S40.
POESÍAS

UN SUENO

CANCIÓN

Visitóme el amor esta noche


Con un dulce, gratísimo sueño:
Y o soñé que á mi angélico dueño
De este modo empezábale á hablar:

—• Saber puedes las veces que te amo


Si las luces contares del cielo,
Y las hojas que cubren el suelo,
Y las olas que baten la mar... —

Ella me oye, y gustosa y afable


Corre á mí con el seno entreabierto...
Mas ¡ay triste! que al punto despierto,
Y era sombra lo que iba á abrazar.
184. J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

Loco, ciego, impaciente, furioso,


Salto luego del lecho gritando :
— ¡Duro amor! ¡duro amor! ¿hasta cuándo,
Hasta cuándo me quieres burlar?
POESÍAS

CANCIÓN INDIANA

(IMITACIÓN DE CHATEAUBRIAND) É I

E n t r e las s o m b r a s m u d a s ,
P o r esta alzada l o m a ,
Y o busco á m i p a l o m a
E n alas del a m o r .
Y o v o y á sorprenderla
A l l á en su m i s m o n i d o ,
Solitario y querido,
A n t e s que nazca el s o l .

L a di un hilo de cuentas
Q u e siempre al cuello l l e v e ;
T r e s blancas, cual la n i e v e ,
Indican su c a n d o r :
T r e s v e r d e s , m i esperanza
iSÓ josé joaquín de olmedo

D e g o z a r sus f a v o r e s :
T r e s negras, mis temores ;
Y tres r o j a s , mi a m o r .
Y o v o y á sorprenderla
A n t e s q u e nazca el s o l .

C u a l Conchita de nácar
D e perlas g u a r n e c i d a ,
S u boca reducida
E x h a l a grato o l o r .
S u s o j o s , de p a l o m a
Q u e arrulla l a s t i m e r a ;
S u larga cabellera
E s un c a m p o de a r r o z .
Y o v o y á sorprendería
A n t e s que nazca el s o l .

S u s m á g i c a s palabras
Son bálsamo suave
Q u e las heridas sabe
C u r a r del c o r a z ó n .
S u s p e c h o s s o n cabritos
E n un día n a c i d o s ,
D e una m a d r e paridos
Y del m i s m o c o l o r .
POESÍAS

Y o v o y á sorprenderla
A n t e s q u e nazca el sol.

C u b r a su dulce aliento
D e sombra voluptuosa,
Esta hacha luminosa
Q u e mi a m o r e n c e n d i ó .
Y o alegraré su s e n o ,
C u a l alegra el rocío
E n el ardiente estío
L a s hierbas y la flor.
Y o v o y á sorprenderla
A n t e s que nazca el sol.

¡ O M i l a ! que y o v e a
Pendiente de tu seno
Y de m i l gracias lleno
E l fruto de m i a m o r .
N o temeré, mirando
S u sonrisa agraciada,
N i la veiez helada
L a muerte n i el d o l o r .
Y o v o y á sorprenderla
A n t e s que nazca el s o l .
iSS J O S É JOAQUÍN D E OLNEDO

L a Patria en él p o n i e n d o
S u gloria y su esperanza,
L e fiará la v e n g a n z a
D e su ultrajado h o n o r .
Y m e c i e n d o su cuna
F u m a r é en paz sabrosa
M i pipa deliciosa,
C a n t a n d o esta canción :

« Entre las s o m b r a s m u d a s
P o r esa alzada l o m a
Y o busqué á m i p a l o m a
A n t e s de ver el sol.
Y o vine á sorprenderla
A q u í en su m i s m o n i d o ,
Solitario y q u e r i d o ,
Y aquí p a g ó m i a m o r . " .
é
POESÍAS 189

ALFABETO PARA UN NIÑO

A M O R de patria c o m p r e n d e
C u a n t o el h o m b r e debe a m a r .
S u D i o s , sus l e y e s , su h o g a r ,
Y el .honor que los defiende.

BONDAD, el que la m e r e c e
C o n ánimo siempre igual,
N i se abate con el m a l ,
N i en el bien se e n s o b e r b e c e .

CANDOR en toda e x p r e s i ó n ,
C a l l a r lo m á s que p u d i e r e s ;
M u y cortés c o n las m u j e r e s ,
P e r o sin afectación.
ir.
19o J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

D i o s es el sabio creador
O j i e c o n s e r v a y a m a al h o m b r e ,
S e a cual fuere su n o m b r e ,
C o n d i c i ó n , secta y c o l o r .

ESTUDIO y aplicación
F o r m a n á la j u v e n t u d ,
Y emulación de v i r t u d
Sin envidia ni a m b i c i ó n .

F R A N Q U E Z A , nunca indecencia,
U s a en la c o n v e r s a c i ó n ;
Disimulo, y no ficción;
L i b e r t a d , n u n c a licencia.

GRATITUD s i e m p r e al favor
E s un deber justo y g r a t o ;
Y por eso el h o m b r e ingrato .
E s un m o n s t r u o que da h o r r o r .

HONOR es en s u m o grado
E l alma del ciudadano :
S i n h o n o r es m i e m b r o v a n o ,
Ó pernicioso al E s t a d o .
POESÍAS

I R A hace al h o m b r e un tirano
D e inferiores y de i g u a l e s :
L a ira es propia de animales,
P o r q u e n o es afecto h u m a n o .

JUEGO es una diversión


H o n e s t a , si es m o d e r a d o ;
P e r o si es i n m o d e r a d o
C a u s a nuestra perdición.

LIBERTAD ¡ o h dulce n o m b r e !
H e r m o s o y celeste d o n :
T ú eres la m i s m a r a z ó n ,
T ú eres el alma del h o m b r e .

M O R A L , la sana m o r a l
Consiste en a m a r s e bien,
E n hacer á todos bien
Y en n o hacer á nadie m a l .

NATURALEZA sagaz
L l e n a y rige al U n i v e r s o :
T o d o está b i e n ; el p e r v e r s o
S o l a m e n t e está de m á s .
192 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

OKO es un bien apreciable


:' r.i el c ó m o d o s u s t e n t o ;
P e r ; ; e s el m a y o r tormento
L a sed del oro insaciable.

PEKEZA es enfermedad
T a n mala c o m o la m u e r t e ;
A s í no cabe el inerte
E n n i n g u n a sociedad.

QUIJOTERÍA es un vicio
Q u e causa risa y d e s p r e c i o ,
P u e s en un quijote n e c i o
C o r r e aventuras el j u i c i o .

RESPETO á los s u p e r i o r e s ,
R e s p e t o y a m o r al p a d r e ,
A m o r , ternura á la m a d r e ,
Reverencia á los mayores.

SOCIEDAD es el estado
E n que con otros v i v i e r e s ,
Y serás social si fueres
Justo, modesto y aseado.
POESÍAS

TIRANÍA y opresión
S u e n a n y expresan lo m i s m o :
P a r a salir de este abismo
E s honrosa toda a c c i ó n .

V E N G A N Z A , nunca j a m á s :
N u n c a , nunca odio ó r e n c o r ;
P o r q u e no h a y placer m a y o r
C o m o a m a r y perdonar.

Y o debo ser el p r i m e r o
Para mi c o n s e r v a c i ó n ;
M a s por buena educación
E n sociedad el p o s t r e r o .

Z E L O en c u m p l i r su deber
E n cualquiera c o n d i c i ó n ,
S e r á la única a m b i c i ó n
Q u e u n niño debe t e n e r .

Estas r e g l a s , hijo a m a d o ,
T e harán un n i ñ o g r a c i o s o ,
U n joven pundonoroso,
U n hombre bueno y honrado
Y un anciano respetado,
194 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

Q u e á sus iguales auxilia,


S u s diferencias concilia,
C o n b o n d a d , n o con r i g o r ,
Y m u e r e siendo el h o n o r
D e su patria y su familia.
POESÍAS >9~<

ORACIÓN DE LA INFANCIA

Señor, tu nombre santo


Celebra la voz mi a
En armonioso canto,
Cuando brilla la luz del nuevo din.

T ú mandaste á tu sol que disipara


L a s s o m b r a s de la n o c h e , y obediente
P o r la inflamada esfera
E m p r e n d e su magnífica carrera.

V i d a , belleza, a c c i ó n , t o d o s l o s seres
R e c o b r a n y a ; la tierra se engalana
D e flores, y presenta
U n a n u e v a creación cada m a ñ a n a .

Señor, tu nombre santo


Celebra la voz mia
En armonioso canto,
Cuando brilla la luz del nuevo día.
JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

A s í t a m b i é n , oh D i o s , p u e s el S o l eres
V e r d a d e r o del m u n d o , o c u p a , enciende
T o d o s los c o r a z o n e s ,
Y dirige á tu ley nuestras acciones.

S i te es grata la v o z de la i n o c e n c i a ,
E s c ú c h a n o s , S e ñ o r : bajo tus alas
P o n á los que te adoran
Y tu l u z , tu p i e d a d , tu gracia i m p l o r a n .

Señor, tu nombre santo


Celebra la voz mía
En arn:onioso canto,
Cuando brilla la luz del nuevo día.
POESÍAS 197

CANCIÓN AL NUEVE DE OCTUBRE

¿ V e i s esa luz a m a b l e
Q u e r a y a en el oriente
C a d a vez m á s luciente
E n gracia celestial ?
Esa es la aurora plácida
Q u e anuncia libertad —
Esa es la aurora plácida
Q u e anuncia libertad.

CORO

Saludemos gozosas
E n a r m o n i o s o s cánticos
Esta aurora g l o r i o s a
Q u e anuncia libertad,
L i b e r t a d , libertad.
193 JOSÉ J O A Q U Í N DE OLMEDO

Nosotras guardaremos
C o n ardor indecible
T u fuego i n e x t i n g u i b l e ,
O h santa libertad,
C o m o vestales v í r g e n e s
Q u e sirven á tu altar '•—
C o m o vestales v í r g e n e s
Q u e sirven á tu altar.

CORO

S a l u d e m o s gozosas
E n a r m o n i o s o s cánticos
E s t a aurora gloriosa
Q u e anuncia libertad,
L i b e r t a d , libertad.

Haz que en el suelo que am


Florezca en todas partes
E l culto de las artes
Y el h o n o r nacional.
Y da con m a n o pródiga
L o s bienes de la paz —
Y da con m a n o pródiga
L o s bienes de la paz.
POESÍAS 199

CORO

S a l u d e m o s gozosas
E n a r m o n i o s o s cánticos
Esta aurora gloriosa
Q u e anuncia libertad,
L i b e r t a d , libertad.
200 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

LA LIBERTAD

E n tanto que corona la V i c t o r i a


Á su hijo más a m a d o ,
E n el suelo del I n c a , y a v e n g a d o ,
Y con letras escribe de d i a m a n t e
E l n o m b r e de C o l o m b i a triunfante
E n el sublime t e m p l o de la G l o r i a ;
E s t e pueblo feliz h o y se apresura
Á celebrar la dicha y la v e n t u r a
Q u e el genio de la paz y de la guerra
C o n a r m a s y con leyes le p r o c u r a .

Y o s o y la L i b e r t a d , pueblos f e l i c e s ,
Y o vine en fausto v u e l o ,
V i n e á v o s o t r o s desde el alto C i e l o
E n aquel g r a t o y m e m o r a b l e O c t u b r e
Q u e al fiero sarraceno
POESÍAS 201

D e afrenta, de p a v o r , de luto c u b r e ,
M i e n t r a s el p u e b l o de entusiasmo lleno
E n esta aurora plácida y serena
J u r a ser libre y r o m p e la cadena.
L e y e s patrias, benéficas y sabias,
S ó l o m i r o r e i n a r ; leyes que alientan
E l c o m e r c i o útil y las artes bellas,
Y la santa i g u a l d a d en medio de ellas.

Y a una faz n u e v a el n u e v o m u n d o t o m a :
Y a las c o s t u m b r e s góticas d e s p r e c i a ;
Y a América me agrada
M á s q u e otro t i e m p o m e agradaba R o m a ,
M á s que otro t i e m p o m e agradaba G r e c i a .

Y este h é r o e sin ejemplo


Q u e la V i c t o r i a colocó en su t e m p l o ,
N o debe estar allí. M u c h o s v a r o n e s
P o r s u s grandes acciones
I g u a l gloria t u v i e r o n ;
Y Bolívar merece
L o que n i n g u n o s otros m e r e c i e r o n .
¡ Cuántos conquistadores
E n sangre h u m a n a t o d o s e m p a p a d o s
F u e r o n en ese t e m p l o c o l o c a d o s
202 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Y en él reciben ínclitos h o n o r e s ,
Q u e la virtud ó la v e r d a d r e p r u e b a n !
N o es ésta, n ó , la gloria que merece
Q u i e n de L i b e r t a d o r el n o m b r e l l e v a ;
E s de la L i b e r t a d , p u e s , en el t e m p l o
D o n d e su i m a g e n colocarse deba,
D o n d e un ara le sirva distinguida,
D o n d e con pocos este h o n o r divida.

A q u í vendrán los pueblos á ofrecerle


E l tributo de a m o r y de alabanza
Q u e el h o n o r solo y la virtud alcanza.
P o r él las ciencias y las artes
Serán subidas á m a y o r alteza
Y nos darán p o d e r , gloria y riqueza.
P o r él los c a m p o s se ornarán de flores
Y los p o m p o s o s árboles de f r u t o s ;
P o r él los labradores
E l p r e m i o gozarán de sus s u d o r e s ;
P o r él nuestro c o m e r c i o r e a n i m a d o
P o d r á t e n d e r el ala v o l a d o r a
A l s u r , al norte helado
Y á los felices reinos de la a u r o r a ;
Y por él las naciones á porfía
Ofrecerán al pueblo a m e r i c a n o
POESÍAS 203

S u alianza y su amistad. Y entre nosotros


E l j o v e n , el anciano,
T o d a s , todas las gentes
E n condición y s e x o diferentes
C u a l familia de h e r m a n o s ,
L e e n t o n a r á n con efusión m u y tierna
H i m n o s de h o n o r y gratitud eterna.
204 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

ALOCUCIÓN

PRONUNCIADA POR LA SEÑORA CARMEN AGUILAR

EN EL NUEVO TEATRO DE GUAYAQUIL, EN L A NOCHE DE


SU APERTURA.

(20 de Agosto de 1840)

B r i l l ó por fin el suspirado día


Q u e excitó ardientemente m i deseo
D e v e r el s u e l o de la Patria m í a .

B r i l l ó por fin; — y el C i e l o bondadoso


(¡Tanto con él un justo v o t o a l c a n z a ! )
Fácil m e ha concedido
U n a g r a c i a m a y o r que mi e s p e r a n z a :
P u e s al v o l v e r al suelo tan querido,
Y al r e s p i r a r este aire delicioso
Q u e enajena el s e n t i d o , y que m e alienta,
L a feliz ocasión h o y m e presenta
POESÍAS 2

D e ofrecer al concurso n u m e r o s o
D e m i s caros paisanos,
M i s débiles talentos
E n el arte que i n s t r u y e deleitando,
D e s p i e r t a generosos s e n t i m i e n t o s ,
Y l o s preceptos de m o r a l austera
E n d u l z a n d o c o n gratas ilusiones,
M u e v e , e x a l t a , m o d e r a las p a s i o n e s ,
Q u e son los elementos de la vida
Y de la dicha h u m a n a ,
Si la razón las rige soberana.

P a s a r o n y a l o s tiempos tenebrosos
E n que el T e a t r o p r o s c r i t o , envilecido
Q u e d ó en silencio y v e r g o n z o s o o l v i d o .
M a s el g e n i o del h o m b r e que se burla
D e l p o d e r y la fuerza m á s v i o l e n t a ,
Y que ufano y m á s libre se levanta
C u a n d o oprimirle a l g ú n tirano intenta;
L a s cárceles r o m p i e n d o
Por regiones voló desconocidas;
Y ostentación de libertad h a c i e n d o ,
A b o r t ó dramas v a r i o s
D e su fecunda inagotable v e n a
N o sólo al arte, á la v i r t u d contrarios.
206 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

El mal fué i n e v i t a b l e ; pues la escena


D e s p r e c i a d a , las reglas se o l v i d a r o n ,
Y el e r r o r , el c a p r i c h o , el indecoro
F u e r o n las solas m u s a s que reinaron :
Q u e al g e n i o más feraz y envanecido
E n su propia osadía,
Si i n d ó c i l , si r e b e l d e ,
N i las r e g l a s , ni m é t o d o s o b s e r v a ,
C o m o á j o v e n ardiente, l o extravía
S u m i s m a libertad, — su ardor lo e n e r v a .

G r a n d e fué el m a l ; pero m a y o r la culpa


D e l o s q u e pretendieron
E i reino restaurar de las tinieblas,
Aliadas naturales y oficiosas
D e l c r i m e n y el p o d e r : y osados fueron
Á sofocar la a c c i ó n , la v o z , el g e n i o ,
P r e n s a , tribuna, teatros, a c a d e m i a s . . .
¡ C u á l habría sido su brutal contento
S i pudiesen t a m b i é n el p e n s a m i e n t o !

A l g ú n r a y o de luz en varios dramas


S e vio, es v e r d a d , brillar por i n t e r v a l o s ;
M a s no por ellos se m i r ó la escena
M e n o s desierta, y deshonrada m e n o s :
roESiAS 207

P u e s el buen g u s t o repelió los m a l o s


Y el falso celo proscribió los b u e n o s .

A l fin p l u g o al destino
D a r el triunfo á la l u z . D e l alto cielo
L a santa libertad graciosa v i n o ,
Y entre n o s o t r o s alza su estandarte.
Á la simple y v e r a z filosofía
L l a m a á su l a d o — y el i m p e r i o p a r t e .

Á su vista t e m b l ó la tiranía
Y de sus m a n o s lánguidas el cetro
S e le desliza, — ó bien se le arrebata.
L a s bárbaras c o s t u m b r e s se disipan
C u a l nubes ante el s o l : y allá en la ingrata
R e g i ó n del n o r t e helado se condensan
N u e v o o r d e n , n u e v a l e y , nuevas n a c i o n e s
Q u e el patriotismo y el v a l o r defienden :
Y para fomentar estas v i r t u d e s ,
G r a n d e s e j e m p l o s , útiles lecciones
D e la filosofía y de la historia,
S e n o s ofrecen s i e m p r e á la m e m o r i a

V e d allá en G r e c i a , v i u d a de los d i o s e s ,
Y cuya sombra impone todavía,
:o8 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

L o s m i l a g r o s del teatro p o r t e n t o s o s ,
A que Sócrates m i s m o concurría,
Su voz grave y solemne
Mezclando á los a p l a u s o s n u m e r o s o s
D e que el g r a n circo r e s o n a r s o l í a ;
Y allí se vio la primitiva escena
D e p o m p a , majestad y gracia llena,
S i al vicio infama, ó las virtudes p r e m i a ,
A la patria g l o r i o s a
D a r m á s h é r o e s , que sabios la A c a d e m i a .

R e n o v a d esos t i e m p o s v e n t u r o s o s ,
O h d i g n o jefe, que en el patrio suelo
E l bien p r o m u e v e s con ardiente c e l o .
A q u í , á tu genio a c t i v o , infatigable,
A q u í , por todas partes,
L a P a t r i a ofrecerá los más preciosos
P r i m e r o s elementos de las artes,
Q u e para producir g r a n d e s p o r t e n t o s ,
C o n que el m u n d o se a s o m b r e ,
Esperan impacientes
S ó l o la m a n o y dirección del h o m b r e .
A r b o l e s , m o n t e s , r í o s , minerales,
L a s recias trabas v e r g o n z o s a s rotas,
C o n la copia de frutos singulares,
POESÍAS 209

B r i n d a n á las naciones m á s r e m o t a s .
Y antiguas s e l v a s , bosques encantados
Q u e al amante de A r m i d a fatigaran,
E s p e r a n una v o z que les ordene
P o n e r diques al m a r , levantar puentes,
T e m p l o s , teatros, alcázares, altares,
F o r m a r ciudades, y poblar los m a r e s .

L a m e n t e se adelanta
A estos días de gloria y de esperanza.

M a s estas grandes y abundosas fuentes


D e riqueza, p o d e r y de ventura,
V a n a s , desconocidas, ignoradas
C o m o hasta aquí serán, si las dejares
B r o t a r inertes en su s o m b r a obscura :
S i instrucción y m o r a l que a v e r g o n z a d a s
E n el trato social hasta h o y se m i r a n ,
Y protección i m p l o r a n ,
C o n g r a t a afinidad no se i n c o r p o r a n
E n el ser de los p u e b l o s , cual se mezcla
L a luz celeste al aire q u e respiran :
S i la superstición y la discordia
N o se vieren h u m i l d e s , ó h u m i l l a d a s ,
Y cual reinas vencidas
M a r c h a r al carro de la paz uncidas.
210 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

H e aquí el deber s a g r a d o
D e u n G o b i e r n o ilustrado
Q u e á su interés prefiera el de los p u e b l o s ,
Y q u e quiera v i v i r en su m e m o r i a ;
É s t e será el d e b e r , ésta su g l o r i a .

A r d u a , e s c a b r o s a , lenta
S e r á l a senda al bien, cual un c a m i n o
Q u e se abre s o b r e m o n t e s y torrentes.
M a s t o d o al celo y la constancia cede.
¡ L a c o n s t a n c i a ! de t o d o t r i u n f a ; y p u e d e
C o n u n p o d e r divino
F o r z a r á sus intentos el destino.

¿ Y cuál m e d i o más fácil y m á s grato


P a r a llegar al t é r m i n o deseado
Q u e f o m e n t a r un teatro bien r e g l a d o
Q u e su antiguo descrédito desmienta ?
E n siglos m á s felices
É s t a la escuela fué do se presenta
C o n nobles y g r a c i o s o s atractivos
L a m o r a l en a c c i ó n , su austera n o r m a
H a c i e n d o fácil con ejemplos v i v o s .
A l l í l o s ciudadanos y los r e y e s
Y los claros v a r o n e s
POESÍAS 21

T o m a b a n las lecciones
D e v i v i r y m a n d a r . — A l l í unas veces
A l t i v a , fiera, en imperial d e c o r o
C a l z ó la m u s a su coturno de o r o ,
Y m o s t r a n d o el puñal ensangrentado
H o r r o r , indignación, piedad inspira,
Y el corazón n o s deja lacerado.
¿ Q u i é n puede v e r sufrir sin c o n d o l e r s e ?...
M a s ella al criminal jamás p e r d o n a ,
A u n q u e brille en su frente la c o r o n a ,
E n la t u m b a ó la infamia l o confunde.

O menos cruel, con no menor encanto,


N o b l e s pasiones en el p e c h o infunde;
C e l o p o r el deber — el v o t o santo
D e morir por la patria,
Y aquel á n i m o g r a n d e , firme, fuerte,
D e preferir al d e s h o n o r la m u e r t e .

O t r a s v e c e s la m u s a m á s h u m a n a ,
D e p u e s t o el r e g i o m a n t o ,
S e presenta cual s i m p l e ciudadana, ? 6

Y j o v i a l y festiva,
S i el alma poderosa
D e la burla y ridículo maneja,
212 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

C o n su m a l i g n a gracia n o s cautiva.
N o s divierte pintando los caprichos
D e l c e l o , del a m o r , de la codicia,
L a s risibles pasiones de los v i e j o s ,
Q u e obrando m a l , n o s sacian de c o n s e j o s .
T o d o s r í e n , y todos se c o r r i g e n .
1:1 seductor infame, el m e n t i r o s o ,
E l a v a r o , el hipócrita, el i n g r a t o ,
Sin querer ríen viendo su r e t r a t o .

M a s dándonos placer, ó acerba p e n a ,


C o n m á g i c o p o d e r triunfa la e s c e n a ,
Haciendo la virtud fácil, a m a b l e ,
Y el v i c i o s i e m p r e odioso y detestable.

Y vosotros también, ó Ecuatorianos,


x\migos de la paz y de las artes,
Mis amables y dóciles p a i s a n o s ;
A p r o v e c h a d tan útiles l e c c i o n e s ,
Y a que os dio el C i e l o ardiente fantasía,
í n d o l e d u l c e , natural talento
Y p o d e r admirar tantas bellezas
Q u e dan r e n o m b r e al G u a y a s o p u l e n t o .
¿ Tanto bien será en v a n o ? No, y a v e o
Q u e a l g ú n tiempo darán vuestras acciones,
POESÍAS 213

C o n g e n e r o s o p e c h o sosteniendo
E l n o m b r e y majestad de nuestra tierra,
S u s l e y e s en la paz, su h o n r a en la g u e r r a .
S i , a l g ú n t i e m p o darán v u e s t r a s acciones
A los genios teatrales a r g u m e n t o
P a r a inspirar v i r t u d , h o n o r , decencia,
Para arredrar domésticos tiranos
O refrenar la popular l i c e n c i a . . .
C o m o son hasta el día
B e l l o e j e m p l a r los griegos y r o m a n o s .

¡ Q u e renazca esa edad afortunada!


É s t o s mis v o t o s son los m á s s i n c e r o s ,
Y si instruyendo acierto á c o m p l a c e r o s ,
Y o m e diré feliz y bien p r e m i a d a .
I n d u l g e n c i a r e c l a m o ; y la m e r e z c o ,
P u e s cuando h o y os ofrezco
M i s débiles talentos en la e s c e n a ,
M i genial timidez ¡ c u á n t o se a u m e n t a ,
O h m i s paisanos caros,
P o r el e m p e ñ o m i s m o de a g r a d a r o s ! . . .

¡ Q u é inspiración celeste de i m p r o v i s o
Siento dentro d e m í ! . . . Y a l l á , n o lejos
Escrito con v i v í s i m o s reflejos
E l bello n o m b r e de E c u a d o r diviso.
J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

Ésta n o es ilusión. A l z a la frente,


G e n i o del G u a y a s , que do quier repartes
C o n tu abundosa plácida corriente
E l culto de la paz y de las a r t e s . . .
A l z a ufano la frente,
C o r r e á la m a r y anuncia á las naciones
Q u e y a e n estas r e g i o n e s ,
A s i l o de la paz y virtud santa,
E l t e m p l o de las artes se levanta.

Guayaquil, 1 8 4 0 .
POESÍAS 2 I ;

EN LA M U E R T E DE MI HERMANA

¿ Y eres tú D i o s ? A quién podré quejarme?


Inebriado en tu gloria y p o d e r í o ,
¡ V e r el dolor q u e m e devora i m p í o
Y u n a m i r a d a de piedad n e g a r m e !

M a n d a alzar otra v e z por c o n s o l a r m e


L a g r a v e losa del sepulcro frío, 6 4

Y restituye, o h D i o s , al seno m í o
L a h e r m a n a que has querido a r r e b a t a r m e .

Y o n o te la pedí. Q u é ¿ e s p o r ventura
C r e a r para destruir, p l a c e r d i v i n o ,
Ó es de tanta virtud i n d i g n o el s u e l o ?
2l6 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

¿ Ó y a del c o r o a b s o r t o en tu luz pura


T e es m e n o s grato el incesante trino ?
D í m e , faltaba este á n g e l á tu C i e l o ?

Guayaquil. — 1 8 4 2 .
POESÍAS

PARA EL ÁLBUM

DE LA SEÑORITA ROSA ORTIZ DE ZEVALL0S,

INSIGNE PROFESORA DE MÚSICA,


Y DE SUS DOS BELLAS PRIMAS.

R o s a , q u e p o r modestia delicada,
E n florecer te places rodeada
D e l lindo par de M a r g a r i t a y P o l a ,
H u y e n d o la v e r g ü e n z a
D e s e r en gracia y h e r m o s u r a s o l a ;
Q u i e n pueda resistir el doble e n c a n t o ,
R o s a , de tu m i r a r , y de tu c a n t o ,
Y en grata calma verte y e s c u c h a r t e ;
E s e v o c e s tendrá para alabarte.
M a s n o el q u e , a b s o r t o , estático, suspira
E n placer inefable, sin que pueda
D e c i r qué siente, ni decir qué a d m i r a .
13
JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Y o te escuché una v e z ; y t o d o el día


E n ilusión dulcísima creía
Sentir y respirar, y vivir t o d o
E n un plácido ambiente de a r m o n í a .

Y en el silencio de la n o c h e , c u a n d o
E l m e n t i d o concierto m e desvela,
U n ángel desprendido
D e l C i e l o m e d e s l u m h r a — y m e revela
Q u e la v i r g e n Cecilia, q u e allá o r d e n a
D e serafines el ardiente c o r o ,
A b s o r t a cuando te o y e , y suspendida,
L o s celestiales n ú m e r o s o l v i d a ,
D e su alto ministerio se distrae,
Y el arpa de o r o de sus m a n o s c a e .

Y cuando de i m p r o v i s o
D e l místico d e l i q u i o se levanta,
N u e v a s cuerdas a u m e n t a á su i n s t r u m e n t o ,
Y del cordero atento,
E n n u e v a s notas n u e v o s h i m n o s canta.

Lima, 1846.
POESÍAS 2:9

EN EL ÁLBUM

DE LA SEÑORITA GRIMANEZA ALTHAÜS.

D í c e m e un D i o s a u e dentro el p e c h o s i e n t o ,
Q u e al nacer se m e dio fuego d i v i n o ,
S ó l o p o r q u e cantara ¡ O h G r i m a n e z a !
L a s g r a c i a s , la virtud y la belleza.
Y o c u m p l í , no sin g l o r i a , m i d e s t i n o ,
C u a n d o m i corazón y el alma m í a
E n v i v o a m o r y juventud ardía.
Y en p r e m i o de haber sido
S i e m p r e fiel al dulce m i n i s t e r i o ,
E l D i o s á c u y o imperio
S e rinden v o l u n t a r i o s ,
L a tierra, el C i e l o , el m a r , ha concedido
S u antiguo a r d o r , su inspiración divina,
Á un genio que fallece o b s c u r e c i d o ,
C o m o . e l sol que á su ocaso se avecina.
2 20 J O S É JOAQUÍN Dü OLMEDO

Si he podido cantar c o m o solía,


T u y o es este p o r t e n t o , a m i g a m í a .
¡ Q u é gloria para m í ! V e r q u e este día
L a más graciosa y bella n o rehusa
S e r la corona de m i anciana m u s a .

Lima, 1 8 4 6 .
POESÍAS

EN EL ÁLBUM

DE LA SEÑORITA MERCEDES GUISSE.

C r e c e , bella M e r c e d , en gracias c r e c e ,
C u a l una tierna planta
Q u e del vergel en gloria se levanta,
Y que en t o d a estación, fresca, florida.
Preciados frutos sin cesar ofrece.
Tú floreces a s í : y en todo tiempo
D e todos celebrada y m u y querida,
C r e c e r á s en v i r t u d , q u e s i e m p r e ha sido
V í n c u l o de heredad en tu familia :
P e r p e t u a n d o en nuestra fiel m e m o r i a
L a s hazañas g l o r i o s a s de tu padre
Y las amables gracias de tu m a d r e .

Lima, 1340,
222 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

INSCRIPCIÓN

PARA EL TEATRO DE LIMA.

E n s a l z o la v i r t u d , abato el v i c i o ,
Y al pueblo deleitando,
E n la sana m o r a l le v o y g u i a n d o .
POESÍAS 223

Á LA SINJRITA CAROLINA CORONADO

CON MOTIVO D E SU COMPOSICIÓN Á EUGENIO S U E .

( E n 1 8 4 7 l e y ó O l m e d o en el diario de Madrid
LA ÉPOCA (número 2 7 9 ) la o d a que dedicó la
distinguida poetisa e s p a ñ o l a , señorita C o r o n a d o , al
novelista francés E u g e n i o S u e c o n m o t i v o de la
publicación de El Judío Errante, oda que termina
con los siguientes v e r s o s :

H o y estamos del m u n d o en las r e g i o n e s ,


Hembras, niños, varones,
Á general concierto c o n v o c a d o s ;
C a i g a perpetua m e n g u a
S o b r e aquel c u y a l e n g u a
P o r v o s n o r o m p a en h i m n o s a c o r d a d o s .
224 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

D e l femenino c o r o aun el acento


E m b a r g a el s e n t i m i e n t o ,
Y á cantaros, s e ñ o r , v e n g o y o sola.
O i d m e con dulzura
Q u e es verdadera y pura
L a ardiente bendición de una española.
V o s sois francés, la F r a n c i a os m e r e c í a : .
P e r o n o es patria m í a ;
Y al ensalzar v u e s t r o g l o r i o s o n o m b r e
A ñ a d o tristemente :
¡ O h Dios omnipotente!
¿ P o r q u é n o es español tan g r a n d e h o m b r e ?

P o c o s días de vida quedaban y a entonces al


eminente v a t e , y sin e m b a r g o era tal todavía su
interés por las letras q u e , á pesar de sus crueles
padecimientos, i m p r o v i s ó los v e r s o s que i n s e r t a -
m o s , escribiéndolos con lápiz al m a r g e n del m i s m o
i m p r e s o ; aparecieron p o r p r i m e r a v e z en el p e -
riódico de G u a y a q u i l titulado El seis de Mai\c :
POESÍAS 22)

Y t ú , g e n i o feliz, ángel del c i e l o ,


Q u e en alto v e r s o , inspiración s u b l i m e ,
O s a s cantar al m á g i c o S u e , d i m e ,
¿ Q u é más puede querer tu patrio s u e l o .
S i e n d o tú la su gloria y esperanza ?
¡ I n d i g n a desconfianza!
N o y a envidie la E s p a ñ a
N i n g u n a gloria extraña
Teniendo á Carolina.
Y o s o y quien d e b e , tributando al genio
D e tu m u s a divina,.
E n r i m a h u m i l d e de infeliz i n g e n i o ,
A d o r a c i ó n profana,
C l a m a r en r o n c o acento :
E s t a preciosa flor, este p o r t e n t o ,
¿ P o r q u é n o es colombiana ?

Payta, 1 8 4 7 .
NOTAS
NOTAS

N ? i . — P á g . 14
. . . /a bella Parténope.,,
La ciudad de Nápoles.

N ? 2. — P á g . 1 6
Todos los elementos cruda guerra
Alusión á la horrible tempestad que acabó de perder las
escuadras en el combate del 2 1 de octubre de 1 8 0 5 .

N í 3 . — P á g . 18
Cumana Profetisa,
C u m a s , patria de la sibila C u m e a , está en el territorio d e
Nápoles.
N° 4. — P á g . 2 2
Dos meses después de escrita esta composición, diez m i l
ingleses atacan á la ciudad de Buenos Aires y son vencidos
dor sus moradores y obligados á capitular.

N ? 4&». — P á g . 23
Alocución recitada en el Convictorio de S a n Carlos de
Lima al comenzar la representación, por los alumnos de ese
colegio, de la tragedia de Quintana titulada El Duque de
Viseo. (Nota de Don M. N. Corbancho).
230 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

Ni 5 . — P á g . 27

Hé aquí cómo refiere el Señor Corpancho, en la edición


mejicana de las Poesías de O l m e d o , el descubrimiento de
esta o d a :
Una feliz casualidad nos procuró la silva Al Árhol, la
composición de m a y o r aliento entre las que h o y restaura-
mos del olvido. Registrábamos en la Biblioteca Nacional,
con uu fin enteramente distinto al resultado que obtuvimos,
las publicaciones anteriores á nuestra Independencia, y e n -
contramos un pequeño libro empastado en pergamino, en
cuyo dorso se leía : Gacetas y proclamas del año S. Movidos
por una natural curiosiiad y deseosos de encontrar ciertos
datos históricos que por el momento necesitábamos, h o j e a -
mos prolijamente el libro, compuesto en su m a y o r parte de
:1a colección de la Minerva Peruana y de algunas proclamas,
bandos y manifiestos; pero, ¡cuál sería nuestra agradable
sorpresa, cuando hallamos un pliego intercalado, d é l a misma
dimensión que los demás, que contenía una composición
poética con la siguiente n o t a ! : El Doctor Don José Joaquín
Olmedo lleva adelante en esta oda su sensibilidad á nuestros in-
fortunios que respira en su anterior en las exequias de la vir-
tuosa princesa María Antonia. — U. A. A l final decía : Con per-
miso superior. Impresa en Lima, en la Casa Real de niños expó-
sitos. Año de 1809. Se vende en la librería de Don Guillermo
del Rio.

E l Señor C a r o completa esta noticia en su tercer artículo


sobre Olmedo [Repertorio Colombiano, Agosto, iSjc¡) con la
siguiente nota :
E r a éste ( D o n Guillermo del R í o ) un alemán que avecin-
dado en Lima á fines del siglo pasado, dio notable impulso
-al arte tipográfico. T r a d u j o su apellido al castellano si-
POESÍAS 231

guiendo el ejemplo del primer impresor que hubo en los


reinos del Perú (1584) D . Antonio Ricardo (Ricciardi) de
Turín. V . Paz-Soldán. Biblioteca Peruana.

N? 6. — P á g . 36
El Anti-Lucrecio es un poema latino, m u y celebrado,
escrito por el Cardenal de P o l i g n a c .

N ? 7. — P á g . 48
La tierra con su peso equilibrando,
L o s físicos h a n procurado explicar el equilibrio que guarda
la tierra á pesar de la diferencia de masas en sus dos hemis-
ferios. ¿ E l enorme peso de los A n d e s no podrá ser uno de
los datos para resolver este curioso problema de geografía
íisica?
N ? 8. - Pág..49
El caudúoso Guayas :
El rio Guayaquil, en cuyas orillas se hacía esta composi-
ción. Se cree que tomó su nombre de G u a y a s , antiguo R é -
gulo del país antes de la conquista.

N ? 9. — P á g . 5 1
Ó ambala la palma d sus rivales.
T o d o s conocen las sublimes odas de Píndaro en honor de
los vencedores en los juegos olímpicos. S u nombre es h o y
más célebre que el de los héroes que canta.

N? 1 0 . — P á g . 53
Que reflejan del iris los colores
O la imagen del sol en sus pendones,
El pabellón de Colombia lleva los principales colores del
iris; el del Perú lleva un sol en el centro.
2 2
3 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

Nf i i . — P á g . 53
¡Que su ímpetu mismo los perdiera!

E l primer encuentra de nuestra caballería con la enemiga


en el campo de Junín nos fué sumamente desfavorable.

Nf 12. - P á g . 53
Otra ve% vencedor, y otra cantado,

El general Necochea, natural del R í o de la Plata, venció


en Chacabuco mandando los famosos granaderos de á c a -
ballo, y h a sido celebrado en el poema de América, de que
se han publicado algunos fragmentos en la Biblioteca A m e -
ricana. L a Patria y l a buena literatura y a culpan la tardanza
de eita bellísima composición.

Nf 1 3 . — P á g . 55
Y á tu ingrato destino acerho llanto.
Cuando se escribía este poema todos creían que eran
mortales las muchas heridas que Necochea recibió en J u n í n ,
H o y la Patria se goza en poseer salvo á este ilustre defensor,
cubierto de honrosas cicatrice.';.

Nf 14. — P á g . 56
Y otro nombre conquista con sus hechos

L a caballería peruana mereció por las hazañas de este día


que el Libertador le diese el nombre de Húsares de J u n í n .

Nf 1 5 . — P á g . 56
¿ Son esos los garlones delicados
Entre seda y aromas arrullados ?

Hasta ahora se creía que en el Perú, especialmente l o s


hijos de L i m a , eran poco hábiles para las artes y fatigas de
POESÍAS

la guerra, acaso porque se había dicho en Italia (quizá no sin


verdad) que
La térra molle, líela e dilettosa
Simile a se gl'alitalor produce.

Pero nuestra juventud, desmintiendo la vulgar fama, se


ha distinguido sobremanera en cuantos encuentros ha habido
en los últimos cinco años. T a n cierto es que nadie puede
decir de lo que es capaz el hombre antes de llegar el m o -
mento preciso de desenvolver sus dotes naturales, ocultos ó
sofocados por las costumbres y vicios de cada clima, por la
educación y por la política de los gobiernos.

N? 1 6 . — P á g . 57
Tal el joven Aquiles,
L a madre de Aquiles, para impedir que su hijo fuese á la
guerra de T r o y a , le envió disfrazado de mujer á la corte de
la isla de Sciros. Allí, prendado de la hija del rey, pasaba
una vida digna de su disfraz, cuando Ulises, acompañado de
otros fingidos mercaderes, le presentó una espada y otros
adornos militares mal encubiertos entre varias y curiosas
mercaderías extranjeras. Ulises espiaba el movimiento de
Aquiles al ver las a r m a s ; lo reconoce, se descubre; y t\
joven de quien pendía el destino de la guerra, se avergüenza
de su estado, y recobrando su sexo y su valor, partió á
T r o y a . A l l i hizo tales proezas combatiendo y triunfando,
que parece que la naturaleza se vio como forzada á crear un
genio como el de Homero para que le cantase.

N? 17. — P á g . 58
Carbajal... y Silva...
Y Suáre^... y otros mil...
Itti ts dado hacer en el poema mención de todos los que
^'4 JOSÉ J O A Q U Í N DE OLMEDO

se f^isting'ieron en Jum'n. B r u i x , Pringles, Lizárraga, Savry


Blanco, Olavarría, Brown, Coronel Francisco Medina,
Allende, Cámacaro, Escobar, S a n d o v a l , Jiménez, Peraza,
Se^ovia, T a p i a , L a n z a , etc., etc. E s m u y sensible no poder
insenar los nombres de todos los jefes, oficiales y aun solda-
dos que combatieron en J u n í n . E s t e silencio forzoso sería
más sensible si sus nombres para ser memorables necesitasen
•de mi canto.
N ? 1 8 . — P á g . 58
Si la meonia Musa...
H o m e r o fué hijo de Meón : también se cree que fué natu-
Tal de Meonia, en el A s i a m e n o r .

19. — P á g . 60
Una hora más de lu%...
L a acción de Jum'n empezó á las cinco de la tarde : la
n o c h e sobreviniendo tan pronto impidió la completa d e s -
trucción del ejército real.

N ? 20. — Pág. 63
Yo soy Huayna-Capac; soy el postrero
Del vastago sagrado
Después de Huayna-Capac reinaron algunos I n c a s ; pero
él fué el último que poseyó íntegro el Imperio. L o s demás
reinaron en un R e i n o dividido, agitados siempre de guerras
civiles, ó encadenados por los españoles. Estos por farsa so-
lian coronar á los legítimos sucesores, para llevar al cadalso
u n a víctima que lisonjease más su orgullo y su ferocidad.

N ? 2 1 . — P á g . 64
Más allá un hijo espira entre los hierros
De su sagrada majestad indignos
POESÍAS

E l Inca A t a h u a ' p a , hijo de H u a y n a - C a p a c , murió en un


cadalso por oruen de Pizarro y consejo del Padre V a l v e r d e ,
que después fué obispo en la misma Corte en que habían
reinado sus víctimas.
E l nombre de Atahualpa está desfigurado con el de Alalila
en varios poemas europeos. ¡ Y oíala que sólo se desfigura-
stn los n o m b r e s ! . . . A l g u n o s dramas, por apartarse de l a
historia, ¡ cuánto pierden de interés y cuantas lágrimas perdo-
r an!
N? 3 2 . — P á g 64
Y mi Huáscar también...
E l Inca Huáscar, hijo predilecto de Huayna-Capac, no fué
asesinado por los españoles; pero ellos dieron la causa de
su muerte, pues si n o hubiesen osado intervenir en los n e -
gocios de los hermanos reyes, las diferencias de éstos h a -
brían terminado de otro m o d o .

N? 23. - P á g . 65
Divino Casas, de otra patria digno
E l nombre de Las-Casas no puede recordarse sin enterne-
c'nvti to por ningún americano, á pesar del último extravío
de tu c J o . ¡ C u á n d o no se extraviaron las grandes pasionesI
El nombre de Las-Casas es m u y venerado en A m é r i c a .
España le trata de fanático y de i m p o s t o r ! !

N? 24. — P á g . 66
Y del Inca en la peana
L a peana del Inca era un edificio en que solía descansar
cuando at avesaba el gran camino de la Cordillera. Sus r u i -
¡aas, ó uiá-. bien, los vestigios de sus ruinas están m u y e e r e
niel campo de J u n í n .
J O S É JOAQUÍN' DE OLMEDO

Nf 25. — P á g . 67
Ese adalid vencido
El jefe del ejército real, después de su derrota en Junín,
marchó precipitadamente al Cuzco para preparar una s : -
gunda acción, cortando los puentes del A p u r í m a c . Esta ope-
ración detuvo al ejército libertador en la orilla izquierda de!
río. E l General Bolívar entonces, dejando las disposiciones
convenientes, volvió á Lima con el fin de levantar nuevas
tropas para reabrir la campaña, pasada que fuese la rigorosa
estación del invierno. E n este intervalo los españoles, reu-
niendo con presteza admirable cuantas fuerzas tenían en el
Cuzco y demás provincias, y arrebatando cuantos elementos
de guerra útiles ó inútiles había en el país, repasaron inespe-
radamente el Apurímac y se presentaron en A y a c u c h o con
cerca de diez mil hombres, cuando nuestro ejército apenas
excedía de cinco m i l .

Nf 26. — P á g . 67
Y el mismo campo donde ciegos
En sangrienta porfía
E n el campo de A y a c u c h o fué la célebre victoria que pre-
dice el Inca y que fijó los destinos de la A m é r i c a . En el
m i s m o lugar, al principio de la conquista, se disputaron los
A l m a g r o s y Pizarros el dominio del Perú con tal encarniza-
miento, que por la mortandad de unos y otros se llamó el
campo de Aya-cucho, que se interpreta Rincón de muertos.
Habiendo recaído la suma del Imperio en uno solo, se ace-
leró la conquista de todo el país.

Nf 27. — P á g . 68
Al ¡oven Sucre prestará su rayo
Sucre fué nombrado por el Libertador general en jefe del
POESÍAS 237

ejército unido y mandó ia acción de A y a c u c h o . E n los años


de 1821 y 1822 ganó dos acciones contra los españoles, una
á orillas del Y a g u a c h i , tributario del G u a y a s , y otra en las
faldas del Pichincha.

N? 28. — P á g . 70
Vargas su nombre,
Y vencedor el suyo...
N o es posible hacer mención de todos los Cuerpos que se
batieron y triunfaron en A y a c u c h o . . . Bogotá, Voltijeros,
Pichincha, Rifles y Caracas; los batallones 1 f , 2 ? y 3 f del
P e r ú , la L e g i ó n Peruana, los Granaderos, los Húsares de
Colombia y los de J u n í n , todos se distinguieron sobre m a -
nera .
N: 29. — P á g . 70
Terrible cual su nombre, batallando
Se presenta La-Mar:
E l general La-Mar es natural de G u a y a q u i l : m a n d ó bi-
zarramente el ala izquierda del ejército, que fué la que sufrió
el mas terrible choque de la fuerza enemiga y decidió la
-.'ictoria. Desde m u y joven fué enviado á la Península por su
familia á seguir la carrera militar, y se distinguió después en
la guerra que E s p a ñ a sostuvo lan gloriosamente contra los
franceses de Napoleón. V o l v i ó á América nombrado Inspec-
tor General del P e r ú ; y los jefes españoles le dejaron en el
mando de la plaza del Callao cuando por primera vez aban-
donaron á L i m a al acercarse el valiente y astuto general
San Martín. É s t a fué la situación más difícil para un hombre
como L a - M a r , que de m u y antiguo abrigaba sentiniectos
americanos, y que se veía entonces obligado á s o f o c r por
cumplir severamente las leyes del honor. Pero en esta misi-:a
2 8
3 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

época fué cuando los patriotas presos en el castillo conocie-


ron el corazón de este virtuoso americano.
Disueltos al fin honradamente los h'zos que tenía con
España, llegó á tal punto la opinión pública á su favor, que
pocos meses después de la capitulación del C a l l a o , fué ele-
gido unánimemente por el primer Congreso del Perú. P r e -
sidente del Gobierno. Entonces fué cuando los enemigos de
L a - M a r , es decir, los enemigos del orden y del bien público,
conspiraron contra él y divulgaron que tenía comunicaciones
con los jefes del ejército real. P e r o el campo de Ayucucho
ha hecho ver cuales eran las comunicaciones que L a - M a r
quería tener con los enemigos de su patria. Y el tiempo,
descorriendo el velo á todos los sucesos, ha descubierto tam-
bién quienes eran los falsos patriotas; quiénes, los que, si
desearon un tiempo que su patria fuese libre, fué con el voto
-ondicional de mandarla ellos; quiénes, los que usurparon
un poder que los moderados renunciaban; quiénes, en fin,
los que mandando su patria, la tiranizaron, y después de
tiranizada la vendieron. Goza de este triunfo, superior á l;i
gloria militar de que te has cubierto, ¡ oh tierno amigo m i ó !

¡O magna spes altera Romes!

N ? 50. - Pág. 72
Con todos sus caudillos humillados
Venir, pidiendo pa%.
Quince generales españoles había en el Perú, reunidos
por una L l i z casualidad en Ayacucho para hacer más g l o -
riosa esta jornada, se rindieron y capitularon en el campo.
— Todos con toda su fortuna han vuelto ya á su Patria. L a
capitulación fué pedida y otorgada después de la derrota deí
grueso del ejército real, y cuando sólo quedaba por batir un
cuerpo de reserva de poca consideración. Parece que nada
POESÍAS 239-

falta á esta conducta para ser el rasgo característico de un


pueblo.
N f 3 1 . - Pág. 72
Y de Quinó las ásperas montañas

E l pueblo de Quinó ó Quinoa está cercano al campo de


Aya;ucho.
N f 32. - P á g . 73
A las fugaces linfas de Ucayale

E l A p u r í m a c , después de un largo curso, entra en el cau-


daloso Ucayale, que desemboca en el famoso río de las A m a -
zonas.
N? 3 3 - - P á g - 75
Que ese poder tremendo

En el mayor conflicto de la República, el general B o l í v a r


fué nombrado Dictador por el Congreso del P e r ú .

Nf 34. - P á g . 75
De' sanio y poderoso
Pacha-Cámac el templo portentoso;

Pacha-Camac era una divinidad invisible, cuya imagen era


el sol. Este nombre se compone de Pacha, universo, y de
Cvnac, participio del verbo cama, animar; y significa en la
le.igua de los Incas, A n i m a d o r del Universo. E r a tenido en
gran veneración y el pueblo no osaba pronunciar su n o m b r e .
Su culto era interior, y no tenía más templo que el corazón
de los hombres. Cuando aquí se cita el templo del gran
Pacha Camao, se entiende el templo del Sol, bajo cuya m a g -
nífica imagen aquel era adorado. — ¡ Cuántos pueblos que
se |actan de su antigua civilización no han alcanzado estos
bellos principios de teología natural.
JOSÉ JOAQUÍN' DE OLMEDO

N? 35. — P á g . 76
Ante los ¡Haces santos...
L a s t asees en las antiguas repúblicas eran la principal i n -
signia de las magistraturas civiles.

N: 36. — P á g . 76
Y el pueblo primogénito dichoso
De Libertad
Nuestros hermanos del Norte han sido ¡os primeros en
reconocer la independencia de los pueblos del S u r á la que
los excitaron con su ejemplo y ayudaron con su amistad. E l
pabellón de la República lleva tantas estrellas como son los
Estados de la U n i ó n . E l Estado de Virginia tiene sobre todos
la gloria de ser la Patria de W a s h i n g t o n .

Nf 57. — P á g . 77
La Reina di los mares la primera.
L a magnánima Inglaterra ha sido la primera de las n a -
ciones europeas que ha reconocido los nuevos Estados A m e -
ricanos. Su amistad en la paz nos será tan provechosa como
nos fué en la guerra su amigable neutralidad.

Ni 3 S. - P á g . 77
La gran cadena de ¡os Andes sea
S e quiere expresar con esta comparación el deseo de que
los pueblos de América, por sus relaciones y lazos frater-
nales, sean siempre como uno solo. E n este sentido el Inca,
cuando en su vaticinio habla de su P u e b l o , de su I m p e r i o ,
quiere comprender todos los pueblos que están unidos y en-
lazados por la cadena de los Andes.
POESÍAS

Ni 59. - P á g . 78
A la diestra de Mancó te sentares.
Manco-Capac fué el primer Inca, el primer legislador del
P e r ú , descendido del Cielo y venerado siempre como una
divinidad.
N i 40. — P á g . 79
Con pahuas os espera la Victoria
Aquí concluye el vaticinio del Inca, que será acaso censu-
rado por su demasiada e x t e n s i ó n , - y no sin justicia. Pero
¿no se perdonará á un Inca que antes de pronunciar el
grande oráculo, objeto de su aparición, exhale algunas
quejas al ver por la primera vez los lugares que fueron el
teatro de los horrores de la conquista? ¿ N o se perdonará á un
buen padre y á un buen rey lamentar antes de todo la suerte
de sus hijos y de su pueblo? ¿ N o se perdonará á un guerrero
alentar el valor de las tropas con el recuerdo de agravios pa-
sados, aunque sean sucesos muy conocidos de la historia de
su país? ¿ N o se perdonará á un anciano el ser prolijo en sus
discursos, y á un sabio de edad el no perder la ocasión de
dar consejos á los hombres? ¿ N o se perdonará, en fin, á un
sacerdote prolongar un tanto la expectación del pueblo al
anunciar los oráculos del Cielo?
L o s oráculos comúnmente eran breves y sentenciosos. E s
verdad; pero la victoria de A y a c u c h o es de la m a y o r i m -
portancia, como que ha lijado los destinos del pueblo a m e -
ricano ; y no estaría bien cantada si no se celebrasen todas
las circunstancias que la hacen memorable. A d e m á s , esa
misma prolijidad de circunstancias da m a y o r e s apariencias
de verdad á la predicción. P o r esto se ha escogido un p r o -
feta inspirado que lo prevea todo, un anciano que no omita
aada de cuanto prevé, y un Inca que mire con interés cuanto
2 2
4 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

contribuya d la gloria del Imperio. — P o r otra parte, la


mención que hace de todos los jefes que debían distinguirse
en Ayacucho sirve de nuevo estímulo á su valor, y a por la
anticipada alabanza de sus proezas, y a por la segura espe-
ranza de la victoria.
Se dirá en fin que el Inca de este canto sabe m á s de lo
que pudo saber en su tiempo. •— Pero ese era un Inca d o -
tado de espíritu profético y que según las antiguas tradiciones
predijo la invasión de los españoles, el establecimiento de
una nueva religión y e l hado del Imperio. Sobre todo, no
debe extr ñirse que tenga ideas justas de religión, de legis-
lación y ciencia del siglo quien habita las regiones de luz y
de verdad.
N ? 4i- — Pág- 3 o
Que al MadaUu y al Riinac bullicioso
Ya sobre el Tiber y el Eurotas ama
El rio Magdalena corre al m a r por las cercanías de Bogotá,
como el Eurotas por las cercanías de Esparta. E l R í m a c atra-
viesa á L i m a , como el T í b e r á R o m a .

N ? 42. — P á g . 85

La Pina óslenla el cetro de Poinona


Esta descripción alude á la forma de la planta que p r o -
duce la pina. Este precioso fruto es conocido en Europa con
el nombre de Ananás. L a pina es sobre todas l..s frutas de la
tierra como la pina americana, por su fragancia, s a b i r y
virtudes medicinales, es sobre las europeas; y como la pina
del Guayas es sobre todas las demás de los diferentes climas
de América.
POESÍAS 243

N ? 42 <»'«. — P á g . 85

CAUTAS CRUZADAS E N T R E OLMEDO


Y BOLÍVAR \

CARTAS DE OLMEDO

Al Libertador, a l siempre V e n c e d o r Simón Bolívar

Mi querido señor y m u y respetado a m i g o .


E n este momento me dicen que sale un buque para el
Perú : y no quiero perder la primera ocasión de felicitar á
usted por la memoiable victoria de A y a x - c u c o . — C o n mi
licencia poética trasformo así el nombre de Ayacucho porque
suena desagradablemente : y ninguna cosa fea merece la i n -
mortalidad.
A h o r a , ahora sí me confieso absolutamente sorprendido :
pues aunque jamas desconfié del suceso, era precisa una d i -

1 . Estas cartas fueron colegidas por el Señor Caro en el Re-


pertorio Colombiano de Bogotá, en abril y agosto de 1 8 7 9 . Las
siete pr¡mera« fueron sacadas del archivo que la familia O'Lear/
posee en l.i misma ciudad. L a s dos siguientes existían en copia
en el archivo de Don Martín de Icaza, suegro de Olmedo, y las
sacó A luz en Los Andes, periódico de Guayaquil, Don Fran-
cisco Pablo de Icaza, nieto de Don Martín. L a última, incom-
pleta, había sido publicada por el Señor Torres Caicedo en sus
Ensayos Biográficos, Paris, 1 S 6 3 . — {Nota editorial').
•244 J O S É JOAQUÍN D E OLMEDO

divina inspiración para prever un triunfo tan completo y tan


pronto. Hasta la sal de la sorpresa ha hecho más grata la
victoria.
Éste verdaderamente ha sido el día de la América, el día
de Bolívar.
He leído con trasporte la proclama de u s t e d : es bella, es
sublime. Nada deja que desear, nada; sino sino que
algunas palabras no despierten algunos celos en tierra,
y alguna tempestad en el mar. — Usted ha perdido todo
derecho de increparme por esta licencia, desde que dejó
correr impunemente y aun aplaudió mis observaciones sobre
su primera proclama desde Pasto. —• L a última desde L i m a
es uno de los documentos clásicos de nuestra santa insurrec-
ción.
Las tres últimas palabras son dignas del mármol y del
bronce. — \Fi doncl—• ellas son dignas de los corazones. —
¡ N o mandar m á s ! ! ! Divina expresión : expresión de una
1

alma que y a no puede soportar su propia gloria. Ella me


suscita la idea de un hombre que habiendo fijado los ojos
desnudos en el sol, los retira, los cierra atormentado de
tanta luz.
¿ O y e s ? ¿ o y e s ? — ó y o me engaño —• ¿qué estrépito es
aquél? — E s el carro de la libertad que se pasea en triunfo

i . « ¡ Peruanos ! L a paz ha sucedido á la guerra; la unión í


la discordia; el orden á la anarquía; y la dicha al infortunio;
pero no olvidéis jamás, os ruego, que á los ínclitos vencedores
de Ayacucho lo debéis todo.
¡Peruanos! E l día que se reúna vuestro Congreso será el día
de mi gloria : el día en que se colmarán los más vehementes
deseos de mi ambición. ¡No mandar más! »
( F i n a l de la proclama del Libertador á que se refiere Olmedo.
Esta proclama fué dada en L i m a el 25 de diciembre de 1 8 2 4 ) .
POESÍAS 215

desdi.' las majestuosas riberas del Orinoco hasta el último


bor.¡e del destemplado lago en que sobrenada la isla de T i -
ticaca—dibujando en su carrera los colores del iris.

Salud y gloria.
Guayaquil, Enero 6—825.

II

Á SIMÚN GÓTICO

Guayaquil, Enero 5 1 — 8 2 5 .

Mi querido señor y m u y respetado a m i g o .


N o pensaba escribir á usted h o y : porque y a le he q u i -
tado muchos ratos s e g u i d o s — y y o fuera cualquier cosa para
jos otros menos fastidioso : pero n o debo dejar á usted en
la curiosidad que le excitó lo de Simón Castellano de mi carta
de diciembre.
Usttd sabe que los antiguos capitanes tomaban el nombre
del país en que triunfaban : así Publio Emilio fué llamado
el Numantino, y uno de los Escipiones, Africano. Pero usted
dirá que no ha triunfado en Castilla para ser llamado Cas-
tellano. N o importa. U n o de los emperadores de Oriente fué
l l a n i a j o Wandálico y Gótico por haber vencido á los V á n -
dalos y ( i o d o s ; y no los venció en Wandalia ni en Gotia,
sino eu Italia y A l e m a n i a .
U^ied escoja, pues, y dígame qué sobrenombre le gusta
má- (hablo de los de esta c l a s e ) ; si bien gótico, vandálico,
casi >iaiio & . Peruano, n o : porque usted no ha triunfado
a

de lo- p a u u n o s , ni el país del triunfo es un paía extraño ó


e n t n i go de América.
P a i . i íibrarme de toda inculpación en aquel dicho de que
el l v r ú era una tierra de prueba y resbaladiza, diré á usted
:a.
246 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

solamente que cuando lo dije no pensé hablar á ese amigo


como soldado, sino como á hombre. E n otros días ha ha-
bido en L i m a una célebre calle del peligro que en verdad era
m u y peligrosa y resbaladiza; y muchos filósofos se descorte-
zaron allí y se mostraron m u y hombres.
Pero suponga usted que hablase también en sentido m i l i -
tar : nada hay perdido. Porque una cosa es que el terreno
sea resbaladizo, y otra que los hombres se resbalen. Usted
sabe bien que el yelo es m u y resbaladizo, y con todo se
corre sobre él prodigiosamente. Quiere decir, que cuantos
más embarazos y peligros hay en la carrera, se llega al tér-
mino con m á gloria. — ¡ Q u e no se jacten todos ustedes de
c

estar probados, ni crean que los portales de Lima son los


fáciles campos de Junín ó de A y a c u c h o !
Siento que usted m e recomiende cantar nuestros últimos
triunfos. Mucho tiempo h a , m u c h o tiempo ha que revuelvo
en la mente este pensamiento. — V i n o Junín, y empecé mi
canto. Digo m a l ; empecé á formar planes y jardines; pero
nada adelanté en un m e s . Ocupacioncillas que sin ser de
importancia, distraen; atencioncillas de subsistencia, cuida-
dillos domésticos, ruidillos de ciudad, todo contribuyó á
tener la musa estacionaria. V i n o A y a c u c h o , y desperté lan-
zando un trueno . Pero y o mismo m e aturdí con él, y he
1

avanzado poco. Necesitaba de necesidad 1 5 días de campo,


y no puede ser por ahora. P o r otra parte aseguro á usted que
todo lo que v o y produciendo m e parece malo y profundísi-
mamente inferior al objeto. B o r r o , rompo, enmiendo, >'
siempre malo. H e llegado á persuadirme de que n o puedo
m i Musa medir sus fuerzas con ese gigante. Esta persuasión

1 . Alusión al principio do la oda comenzada. — (Nota autó-


grafa).
POESÍAS 247

me desalienta y resfría. Antes de llegar el caso estaba m u y


ufano, y creí hacer una composición que me llevase con
usted á la inmortalidad; pero venido el tiempo m e confieso
no sólo batido sino abatido. ¡ Qué fragosa es esta sierra de
Parnaso, y qué resbaladizo el monte de la G l o r i a !
Apenas tengo compuestos 50 versos : el plan es m a g n í -
fico. Y por lo mismo m e hallo en una doble impotencia de
realizarlo. •— El otro día m e pidieron una marcha que debía
cantarse en una de las funciones con que aquí hemos cele-
brado la victoria de A y a c u c h o . Esta marcha fué hecha á
paso redoblado : se imprimió en el Patriota del 22 de enero,
y ahora me avergüenzo de ella. — Usted dirá que y o soy su-
mamente ambicioso de gloria bajo la apariencia de despre-
ciarla. Y o n o sé si usted se engaña pero m i actual desa-
liento proviene de que me ha llegado á dominar la idea de
que nada vulgar, nada mediano, nada mortal es digno de
este triunfo. Y o no amo tanto la gloria como detesto la in-
famia. ¿ Y qué responderé y o , si alguno me dice al leer m i
oda, « si te hallabas sin fuerzas para esta empresa, ¿para qué
la acometiste? ¿ P a r a deslustrar su r e s p l a n d o r ? M á s ganarías
callando. » Mi querido señor, dígame usted ¿qué responderé
y o entonces?

Usted ve estas h u m i l d a d e s ; pues aguarde usted un poco,


y verá lo que son lo? poetas. Usted me prohibe expresa-
mente mentar su nombre en m i poema. ¿ Q u é , le ha pare-
cido á usted que porque ha sido dictador dos ó tres veces de
]os pueblos, puede igualmente dictar leyes á las Musas? N o ,
señor. Las Musas son unas mozas voluntariosas, desobe-
dientes, rebeldes, despóticas (como buenas hembras), libres
hasta ser licenciosas, independientes hasta ser sediciosas. —
Y e no debo dar á usted gusto por ahora : y no debo por
muchas razones; la primera y capital, es porque no p u e d o .
248 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Y a tengo hecho m i plan con un trabajo imponderable; y a


tengo medio centenar de versos — y a no puedo retroceder.
Sucre es un héroe, es mi a m i g o , y merece un canto sepa-
rado : por ahora bastante dosis de inmortalidad le cabrá con
ser nombrado en una oda consagrada á Bolívar. E n fin,
déjeme usted, por Dios, y no v e n g a á ponerme u n a traba
que m e impediría, n o digo volar ó correr, pero aun andar.
D é j e m e usted. Si á usted no le gusta que le alaben, ¿por
qué n o se ha estado durmiendo, como y o , cuarenta a ñ o s ?
Sin embargo, m e atrevo á hacer á usted una intimación tre-
menda : y es que si me llega el momento de la inspiración
y puedo llenar el magnífico y atrevido plan que he conce-
bido, los dos, los dos hemos de estar juntos en la i n m o r t a -
lidad. S i por desgracia no llegare el cuarto de hora felii, e n -
tonces me contentaré con el placer (porque l o s placeres
suplen m u y bien todas las cosas) de v e r la América libre y
triunfante, con recordar el nombre de su Libertador, y con
hacer cariños á mi Virginia en mi filosófica oscuridad.
Respetuoso a m i g o .

III

EXCMO. SESOR LIBERTADOR SIMÓN BOLÍVAR

Guayaquil, Abril 15 de 1825.


M i m á s respetado amigo y querido señor :
Siempre he dicho y o que usted tiene una imaginación sin-
gular : y que si se aplicara usted á hacer versos excedería á
Píndaro y á Osián. L a s imaginaciones ardientes encuentran
relaciones en los objetos m á s diversos entre s í ; y sólo usted
pudiera hallar relación entre un poeta que canta con su
flauta á orillas de su río, y entre un Ministro que representa
una nación en las Cortes de los reyes. Pues bien, s e a . Y o ,
POESÍAS 2-19

para desempeñar á usted, lo más que puedo hacer, lo más


que prometo es trabajar con celo, portarme con honradez, y
vivir modestamente para no deshonrar la elección de usted
ni el nombre republicano.
E n el correo escribiré al Gobierno de Colombia pidiendo
el p e r m i s o ; pero no esperaré el resultado en caso de que
deba salir antes de la contestación; pues estando estos d e -
partamentos á la disposición de usted, con más razón debe
estarlo la cosa más pequeña de la República, m i persona.
Y o necesito unas instrucciones m u y claras y prolijas,
porque m i intención es no propasarme una linea de mis
atribuciones. A u n la parte dispositiva que suele dejarse á los
apoderados según las circunstancias, quisiera que fuese lo
más estrecha y circunscrita que ser pudiera. Á los que no
tieuen bien sentado el pulso, cuando escriben sin pauta,
suelen salirles torcidos los renglones.
Papá Icaza se llega en este momento á encargarme diga,
á usted que sólo por ser de usted este nombramiento, está
contento y resignado. Sólo por eso.
Mi canto se ha prolongado más de lo que pensé. Creí
hacer una cosa como de 300 versos, y seguramente pasará
de 600. Y a estamos en 520; y aunque y a me estoy precipi
tando al fin, no sé si en el camino ocurra dar un salto, ó
un vuelo á alguna región desconocida. N o era posible, mi
querido señor, dejar en silencio tantas cosas memorables,
especialmente cuando no han sido cantadas por otra musa.
—• He padecido una fluxión que ha estado de m o d a ; he te-
nido un malparto; es decir, que he perdido como un mes :
y cuando hay t o s , no está dispuesto el pecho para cantar.'
Haré toda fuerza de vela para remitir á usted en el correo
que vitne mi composición, sea como fuere.

Y o había pensado que había echado mi ancla para siempre :


2)0 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

y y a me tiene usted entregado al mar. ? P e r o acaso y o soy


m í o ? ¿ Y q u é mucho es que y o no sea m í o , cuando ni usted
es s u y o ; ni usted, á quien la Patria y a podía darle la l i b e r -
tad, que bien merecida la tiene?
Y o me había dicho muchas v e c e s : ¿qué le basta á una
abeja? Flores y una colmena. Y" empezaba d vivir tranquilo
aun cuando no m e salían m u y buenos los panales.
E l correo de L i m a ha llegado pocas horas antes del
tiempo en que debe salir. Y así apenas hay lugar de dar á
usted sinceras gracias por su memoria y por el concepto con
que honra á su más respetuoso y apasionado a m i g o .

IV

A L EXCMO. SEÑOR LIBERTADOR

Guayaquil, Abril 30 ¿h 1825.

Mi querido señor y m u y respetado amigo :

Pensé que esta carta fuese tan larga como mi c a n t o ; pero


no puede ser, porque y a el correo apura, y todo el tiempo
lo he gastado en copiar mis versos por cumplir la promesa
que hice á usted de remitírselos en este correo. E n el que
viene haré todas las observaciones que m e ocurran contra
m í m i s m o . P o r q u e y o no estoy contento con mi composi-
ción. Pensaba dejarla dormir un mes para limarla y podarle
siquiera trescientos versos, porque su longitud es uno d e s ú s
vicios capitales. ¡ C ó m o va usted á fastidiarse!
Suplico á usted qne separe siempre los defectos del poeta
de los sentimietos de su respetuoso a m i g o .
POESÍAS

AL EXCMO. SEÑOR LIBERTADOR SIMÓN BOLÍVAR

Guayaquil, Mayo 15—825.

Mi querido señor y muy respetado amigo :

Y a habrá usted visto el parto de los montes. Y o mismo


no estoy contento de mi composición, y así no tengo d e r e -
: h o de esperar de nadie ni aplauso ni piedad. Buena desgra-
na ha sido que en más de dos meses no haya tenido dos
días de retiro, de quietud, ni de abstraimiento de toda cosa
terrena para habitar en la región de los espíritus. Cuando el
Entusiasmo es interrumpido á cada paso por atenciones i m -
pertinentes, no puede inspirar nada grande, nada extraordi-
nario : feliz quien en tal situación no se arrastra Pero
cuando el entusiasmo se sostiene y está desembarazado por
algún tiempo de toda impresión extraña, nunca deja de
venir el momento de los milagros. E n el primer caso la
muja va corriendo por los valles, ó trepando por las mon-
tañas; va registrando los árboles, los lagos y los ríos; su
viaje es largo y quizá fastidioso. E n el segundo, no : tiende
sus alas, lemonta el v u e l o , desdtña la tierra, salva los m o n -
tes, visita el sol, abre los cielos, y si le place se hunde á l o s
infiernos un instante para suspender el lloro y los tormen-
tos de los condenados. Y o me he visto en el p r i m i r ca¿o;
así mi canto ha salido largo y frío, ó lo que es pior. m e -
diocre. Quizá si hubiera podido retirarme al campo quince
días, habría hecho más que en tres meses; habría espiado
el momento teliz, y en sólo trescientos versos habría corrido
un espacio mucho m a y o r del que he corrido en ochocien
25- JOSÉ JOAQUÍN* DE OLMEDO

tos. D e v u e l v o , cedo y traspaso la parte de inmortalidad que


me prometí al principio. Triunfe usted s o l o .
Cuando y o amenacé á usted con arrebatarle parte de su
gloria, usted me tendría por un jactancioso; pero como mi
jactancia á nadie dañaba, ro tengo necesidad de hacer expli-
caciones sobre este punto. Mas cuando y o dije á usted que
el plan que había concebido era grande y sublime, usted
quizá lo creería; y como al leer mi poema, usted puede
creerme mentiroso, me veo precisado á vindicarme.
Mi plan fué éste. Abrir la escena con una idea rara y piu-
dárica. L a Musa arrebatada con la victoria de J u n í n em-
prende un vuelo rápido; en su vuelo divisa el campo de ba-
talla, sigue á los combatientes, se mezcla entre ellos y con
ellos triunfa. Esto le da ocasión para describir la acción y la
derrota del enemigo. T o d o s celebran una victoria que creían
era el sello de los destinos del Perú y de la A m é r i c a ; pero
en medio de la fiesta una voz terrible anuncia la aparición
de un Inca en los cielos. Este Inca es emperador, es sacer-
dote, es un profeta. Éste, al ver por primera vez los campos
que fueron el teatro de los horrores y maldades de la con-
quista, no puede contenerse de lamentar la suerte de sus
¡lijos y de su pueblo. Después aplaude la victoria de J u n í n ,
y anuncia que no es la última. Entra entonces la predicción
de la victoria de A y a c u c h o .

C o m o el fin del poeta era cantar sólo á J u n í n , y el canto


quedaría defectuoso, manco, incompleto sin anunciar la s e -
gunda victoria, que fué la decisiva, se ha introducido el v a -
ticinio del Inca lo más prolijo que ha sido posible para no
defraudar la gloria de A y a c u c h o , y se han mentado los
nombres del general que manda y vence y de los jefes que
se distinguieron para dar ese homenaje á su mérito y para
darles desde Junín la esperanza de Ayacucho que debe ser-
POESÍAS

virios ue nuevo aliento y ardor en la batalla. Concluye el


Inca dese.ii do que no se restablezca el cetro del imperio,
que puede llevar el pueblo á la tiranía. Exhorta á la unión,
sin la cual no podrá prosperar la A m é r i c a ; anuncia la felici-
dad que nos espera; predice que la Libertad fundará su trono
entre nosotros y que esto influirá en la libertad de todo^ los
pueblo.-, de la tierra; en íin, predice el triunfo de B o l l a r .
P e r o la m a y o r gloria del héroe será unir y atar todos los
pueblos de América con un lazo federal, tan estrecho que no
hagan sino un solo pueblo, libre por sus instituciones, feliz
por sus leyes y riqueza, respetado por su poder.
Apenas concluye el Inca, todos los cielos aplauden : de
improviso se o y e una armonía celestial; es el coro de las
vestales del sol, que rodean al Inca como á su Gran Sacer-
dote. Ellas entonan las alabanzas del S o l , piden por la pros-
peridad del imperio y por la salud y gloria del Libertador.
E n fin describen el triunfo que predijo el Inca. L i m a abate
sus muros para recibir la pompa triunfal: el carro del triun-
fador va adornado de las Musas y de las A r t e s ; la marcha
va precedida de los cautivos pueblos, esto es, todas las p r o -
vincias de España representadas por los jefes vencidos &.»
Este plan, mi querido señor, es grande y bello (aunque
sea m í o ) . Y o me he tomado la libertad de hacer este análisis
porque temo que á pesar de la perspicacia de usted, usted no
conociera toda la belleza de la idea ofuscada con la m u c h e -
dumbre de los v e r s o s , que es el principal delecto de mi canto.
Dispénseme usted, pues : porque y o , descontento de la eje-
cución, me contento con la bondad del plan, y quisiera fijar
las mientes de todos en esto solo para evitar la infamia de
cualquier m o d o .
¿Quiere usted saber hasta dónde van los ardides del amor
propio? Pues sepa usted que en la desgracia de no haber
254 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

hecho una cosa buena, me consuelo con la idea de que y o


podía hacer algo mejor.
Deseo que usted me escriba sobre esto con alguna exten-
sión, diciéndome con toda franqueza todas las ideas que
usted quisiera que y o hubiera suprimido. L o deseo y lo
exijo de usted, porque en mi viaje pienso limar mucho este
canto y hacer en Londres una regular edición : y para e n -
tonces quisiera saber el parecer y juicio de usted.
C o m o esta composición es toda de usted, y o no he q u e -
rido tomarme la libertad de imprimirla. Pero me han asaltado
varios amigos, y aunque he podido responder á todas sus
razones, no he podido contestar á la última. Y o les decía,
entre otras cosas, que esa composición era una propiedad
de usted, y que y o no podía disponer de ella; y todos me
repusieron que usted no tiene propiedad alguna, porque t o -
das sus cosas son comunes entre sus amigos y entre los
buenos conciudadanos. Y o dije entre m í : pues si las cosas
más apredables y preciosas de Bolívar no son suvas sino de
sus amigos, ¿cómo no lo será este miserable canto? Me han
convencido y queda bajo la prensa. S e puede sacar la ventaja
de que esta impresión, aunque de m u y mala letra, pues no
hay otra, sirva de modelo á la que se pudiera hacer en L i m a ;
pues he puesto gran cuidado en la corrección, en la ortogra-
fía y demás accidentes para hacerla clara y correcta.

Estoy esperando con ansia los papeles que me remitan de


L i m a so ore mi comisión. Quisiera que allá aprovecharan de
la salida de algún buque para mayor brevedad. Saldré
cuanto antes pueda : la vía de P a n a m á me partee la m e j o r ;
pero si en L i m a no andan listos, temo que pase el Julio sin
estar y o en lamaica; y entonces se pasa la buena estación
de navegar por las Antillas. Usted sabe que en A g o s t o n o
POESÍAS

salen buques de Jamaica, y que es preciso esperar á los pa-


quetes que salen cada mes ó cada m e s y m e d i o ; y que cuando
está amagado el mal tiempo suelen retardarse más. Y o estov
prevenido de m o d o que después de recibir mis credenciales,
nada tengo que hacer sino embarcarme.
Perdóneme usted una franqueza: ¿cuántas veces después
de mi nombramiento se habrá usted acordado del s t ñ o r Z e a ?
Este ejemplo debe aterrar aún á los que se crean más h o n -
rados. Pero, señor, los escollos conocidos del m a r sirven
para hacer evitar muchos naufragios.
N o diga usted que soy tan fastidioso en prosa como en
verso : concluyo, pues, reconociéndome como siempre, su
más apasionado y más respetuoso servidor.

VI

A L EXCMO. SEÑOR SIMÓN BOLÍVAR, LIBERTADOR

Guayaquil, Junio 30—825.

Mi querido señor y m u y respetado amigo :

E n mi anterior dije á usted las razones que me obligaron


á imprimir el canto de Jum'n, á pesar de ser una propiedad
de usted. C o m o he hecho algunas variaciones y adiciones
de diez ó doce versos, he creído que debía presentar á usted
un ejemplar, aunque la impresión no merecía ese honor.
Esta impresión ha salido tan mala, que casi toda se ha
inutilizado; y he tenido el ímprobo trabajo de ir pintando
infinidad de letras con la pluma, imitando la letra de molde,
para hacerla inteligible y presentar á usted un ejemplar en
la forma que fuere menos indigna del héroe de mi canto.
V u e l v o á rogar á usted que me escriba largas observaciones
256 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

sobre todo con la m a y o r franqueza, porque es m u y p r o -


bable que se haga en Londres una edición r e c u l a r ; y y o
quisiera que ésta fuese la composición de mi vida.
Hasta ahora no he recibido los despachos del Gobierno ni
parece mi compañero Paredes. Cuando recibí en abril el
nombramiento de mi comisión, me formé estos jardines
alegres. Mientras llega mi aceptación se habrán extendido
las instrucciones. El buque que debe llevar á los Diputados
del gran Congreso al Istmo, estará pronto : saldrá luego de
Chorrillos con- escala en Guayaquil; m e embarco, llego á
P a n a m á á principios de j u n i o ; á fines del mismo llego á Ja-
m a i c a ; aprovecho el paquete que sale en julio, y en todo
agosto puedo ver en W i n d - o r la caf,a de P o p e . T o d o se ha
disipado, y tengo ahora el sentimiento de que quizá mi viaje
empezará por el mismo tiempo en que y o creía debía estar
concluido.
Y o no podía tener, ni podía desear un compañero m e j o r
que Paredes. S u s luces me ilustrarán y su conducta será el
ejemplar y el freno de la mía.
L a guerra está concluida : por lo m i s m o , contemplo á¡
usted más ocupado y cuidadoso que nunca. T o d a s las v e n -
tajas del nuevo empréstito penden del aspecto que t o i m n las
cosas del P e r ú . L a guerra gótica dañaría menos al crédito
peruano, que las nuevas turbulencias civiles que p dieran
levantar la cabeza. Usted debe creerse en la posición de
C é s a r , que reputaba no haber hecho nada si dejaba algo por
hacer.
T o d a la familia saluda á usted respetuosamente. Virginia
es hov mi embeleso, como será mi tormento dentro de pocos
días. Su hermanita la Rosita de A y a c u c h o , si no es muy
graciosa, á mí me lo parece; y este engaño ó esta verdad
será mi segundo t o r m e n t o .
POESÍAS 257

Á D i o s , mi m u y querido y respetado señor. N o olvide


usted nunca á su más apasionado y respetuoso a m i g o y ser-
vidor.

VII

A L EXCMO. SEÑOR SIMÓN BOLÍVAR, LIBERTADOR

Guayaquil, Agosto 5 de 1825.

Mi m u y querido señor y m u y respetado amigo :

H o y salgo para P a n a m á . C o m o desde m i nombramiento


estoy preparado, mi viaje se realiza luego que ha llegado mi
compañero Paredes con los despachos é instrucciones.
H o y salgo. V o y á dejar mi tranquilo hogar por el estré-
pito de las Cortes, ó lo que es lo m i s m o , abandono las plá-
cidas corrientes del G u a y a s por las tumultuosas olas del
océano.
H o y salgo. Este es el momento en que conozco que tiene
algún valor el servicio que v o y á hacer. C o m o después que
soy marido y padre 110 me he separado ni á tanta distancia,
ni por tanto tiempo, ni con tantos peligros, ni con tantas
incertidumbres sobre el regreso, nunca he sentido un pesar
como éste, que á la verdad es inexplicable.
Este pesar se aumenta con la triste reflexión que jamás he
hecho en otros tiempos sobre mi futura subsistencia y la de
mi familia. Pero las obligaciones y el a m o r paternal reforman
y castigan con los días los sentimientos meramente filosófi-
cos. V o y á pasar dos ó tres años en inquietud, porque ya
pasó la edad de las ilusiones. M e parece que volveré como
me v o y Dios conserve muchos años á la cabeza de esta
c a s a ; pues y a sabe usted cuál fué la herencia de A l e j a n d r o .
D e todos modos parto resignado, y en cierto m o d o , con-
2 S
5 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

tentó; porque voy á obedecer y complacer á usted, y porque


v o y á servir á la patria.
Me encomiendo, pues„ á la memoria de usted, y e n c o -
miendo m u y encarecidamente á mi cara familia á la m e m o -
ria y protección de usted. Á Dios, mi querido señor. Mucho
siento partir sin haber recibido una carta de usted, después
de haber leído mi pobre canto de J u n í n . E x i j o de usted mu-
chas observaciones que me sirvan para la edición de Londres.
A Dios otra vez. Ésta es la última despedida de su m u y
apasionado y m u y respetuoso amigo.

VIII

Londres 19 de Abril de 1S26.

T o d a s las observaciones de usted sobre el canto de fum'n


tienen, poco más poco menos, algún grado de justicia.
Usted habrá visto que en la fea impresión que remití á
usted se han corregido algunas máculas que no me dejó
limpiar en el manuscrito el deseo de enviar á usted cuanto
antes una cantinela compuesta más con el corazón que con
la imaginación Después se ha corregido más y se han hecho
adiciones considerables; pero como no se ha variado el plan,
en caso de ser imperfecto, imperfecto se queda. Ni tiempo
ni humor ha habido para hacer una variación que debía
trastornarlo todo. Lejos de mi patria y la lia, rodeado de
sinsabores y atenciones graves y molestísimas, no, señor, no
era la ocasión de templar la lira.
E l canto se está imprimiendo con gran lujo, y se publi-
cará la semana que entra; lleva el retrato del héroe al frente,
medianamente parecido; lleva la medalla que le decretó el
Congreso de Colombia y una lámina que representa la apa-
P0ESÍA3 ^59

lición y oráculo del Inca en las nubes. T o d a s estas exterio-


ridades necesita el canto para aparecer con decencia entre
gentes extrañas.
U n a de las razones que lie tenido, á más de las indicadas,
para no hacer un trastorno general en el poema, es que así
como vino ha tenido la fortuna de agradar á paladares deli-
cados y difíciles (será sin duda por su objeto). Rocafuerte,
por una doble razón, lo aplaude en términos que me lison-
jearían mucho, si él amase menos al héroe y al autor. Otros
que se tienen y han tenido por conocedores han hecho y
publicado análisis sobre esa composición; y y o me c o m -
plazco, no por ser alabado, sino por haber cumplido (no
m u y indignamente) un antiguo y vehemente deseo de mi
corazón, y por haber satisfecho esa antigua deuda en que mi
Musa estaba con mi patria.

T o d o s los capítulos de las cartas de usted merecerían una


seria contestación; pero no puede ser ahora. Sin embargo, y a
que usted m e da tanto con Horacio y con su Boileau, que
quieren y mandan que los principios de los poemas sean
modestos, le responderé que eso de reglas y de pautas es
para los que escriben didácticamente, ó para la exposición
del argumento en un poema épico. ¿ P e r o quién es el osado
que pretenda encadenar el genio y dirigir los raptos de un
poeta lírico? Toda la naturaleza es s u y a ; ¿qué hablo y o de
naturaleza? T o d a la esfera del bello ideal es suya. El bello
desorden es el alma de la oda, como dice su mismo Boileau
de usted. Si el poeta se remonta, dejarlo; no se exige de él
sino que no caiga. S i s e sostiene, llenó su papel, y los crín-
eos más severos se quedan atónitos con tanta boca abierta, y
se ¡es cae la pluma de la m a n o . P o r otra parte, confieso que
si cae de su altura, es más ignominiosa la caída, así como es
vergonzosísima la derrota de un baladren. E l exabrupto de
26u JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

las odas de Píndaro, a l empezar, es lo más admirable de su


canto. La imitación de estos exabruptos es lo que muchas
veces pindarizaba á Horacio.
Quería usted también que y o buscase un modelo en el
can or de Henrique. ¿ Q u é tiene Henrique con usted A q u e l
triunló de una facción, y u s u d h a libertado naciones. Bien
conozco que las últimas acciones merecían una e p o p e y a ;
pero yo no soy mujer de esas; y aunque lo fuera, ya m e
guardaría de tratar un asunto en que la menor exornación
pasaría por una infidelidad ó lisonja, la menor l i c a ó i por
una mentira mal tróvala, y al menor extravío m e avergonza-
rían con la gaceta. P o r esta razón, esas obras si han
tener algo de adm rabie, es preciso que su acción, su héroe
y su escena estén siquiera á media centuria de distancia.
¡Quién sabe si mi humilde canto de J u n í n despierte en
algún tiempo la fantasía de algún nieto m í o !

CARTAS D E BOLÍVAR

S e ñ o r José Joaquín de Olmedo

Cuzco á 27 de Junio de 1 ^ 2 ; .

Qn rí lo a m i g o . Hace m u y pocos días que recil í 1 ca-


min • do carta-, de usted y un p o e m a : las carias s i n j un
poütic v un poeta, pero el poema es de un Apolo. T o d o s
los c l a r e s di la zona tórrida, todos los fut-gos de J u n í n y
Ayacucho, todos los rayos del Padre de Manco .apac, n o
POESÍAS 26l

lian producido jamás una inflamación más intensa en la


mente de un mortal. Usted dispara... donde no se ha dispa-
rado un tiro : usted abrasa la tierra con las ascuas del eje y
de las ruedas de un carro de Aquiles que no rodó jamás en
J u n í n : usted se hace dueño de todos los personajes : de m í
forma un J ú p i t e r ; de Sucre un M a r t e ; de L á m a r un A g a -
menón y un M e n e l a o ; de Córdoba un A q u i l e s ; de Necochea
u n Patroclo y un A y a x ; de Miller un Diomedes y de L a r a
un Ulises. T o d o s tenemos nuestra sombra divina ó heroica
que nos cubre con sus alas de protección como ángeles
guardianes. Usted nos hace á su modo poético y fantástico;
y para continuar en el país de la poesía la ficción de la fá-
bula, usted nos eleva con su deidad mentirosa, como la
águila de Júpiter levantó á los cielos á la tortuga para d e -
jarla caer sobre una roca que le rompiese sus miembros
rastreros: usted, pues, nos ha sublimado tanto, que nos ha
precipitado al abismo de la nada, cubriendo con una inmen-
sidad de luces el pálido resplandor de nuestras opacas vir-
tudes. A s í , amigo m í o , usted nos ha pulverizado con los
rayos de su Júpiter, con la espada de su Marte, con el cetro
de su A g a m e n ó n , con la lanza de su A q u i l e s , y con la sabi-
duría de su Ulises. Si y o n o fuese tan bueno, y usted no
íuese tan poeta, me avanzaría á creer que usted había q u e -
rido hacer una parodia de la litada con los héroes de nuestra
pobre farsa. Mas n o ; no lo creo. Usted es poeta y sabe bien,
tanto como Bonaparte, que de lo heroico á lo ridículo n o
hay más que un paso, y que Manolo y el Cid son herma-
n o s , aunque hijos de distintos padres. U n americano leerá
•el poema de usted como un canto de H o m e r o ; y un español
l o leerá como un canto de facistol de Boileau.

P o r todo doy á usted las gracias, penetrado de una grati-


tud sin límites.

15-
262 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Y o no dudo que usted llenará dignamente su comisión á


Inglaterra : tanto lo he creído, que habiendo echado la faz
sobre todo el imperio del S o l , no encontré un. diplomático
que fuese capaz de representar y negociar por el P e r ú más
ventajosamente que usted. U n í á usted un matemático,
porque no fuese que llevado usted de la verdad poética,
creyese que dos y dos formaban cuatro m i l ; pero nuestro
Euclides ha ido á abrirle los ojos á nuestro H o m e r o para
que no vea con su imaginación, sino con sus miembros, y
para que no le permita que lo encanten con armonías y m e -
tros, y abra los oídos solamente á la prosa tosca, dura y
despeilejadora de los políticos y los publícanos.
H e llegado ayer al país clásico del S o l , de los Incas, de la
fábula y de la historia. A q u i el sol verdadero es el oro : los
Incas son los vireyes ó prefectos : la fábula es la historia de
Garcilaso : la historia, la relación de la destrucción de los
Indios por L a s Casas. Abstracción hecha de toda poesía,
todo me recuerda altas ideas, pensamientos profundos : mi
alma está embelesada con la presencia de la primitiva n a t u -
raleza, desarrollada por sí misma, dando creaciones de sus
propios elementos por el modelo de sus inspiraciones í n -
timas, sin mezcla alguna de las obras extrañas, de los con-
sejos ajenos, de los caprichos del espíritu humano, ni el
contagio de la historia de los crímenes y de los absurdos de
nuestra especie. M a n c o - C a p a c , Adán de los Indios, salió
de su Paraíso titicaco, y formó una sociedad histórica, sin
mezcla de fábula sagrada ó profana.

D i o s lo hizo h o m b r e : él hizo su reino, y la historia ha


dicho la v e r d a d ; porque los monumentos de piedra, las
vías grandes y rectas, las costumbres inocentes y la tradi-
ción genuina, nos hacen testigos de una creación social de
POESÍAS 263

que no tenemos idea, ni modelo, ni copia. El Perú es o r i -


ginal en los fastos de los hombres. Esto m e parece, porque
estoy presente, y me parece evidente todo lo q u e , con más
ó menos poesía, acabo de decir á usted.
T e n g a usted la bondad de presentar esta carta al señor
Paredes, y ofrezco las sinceras expresiones de m i amistad..

BOLÍVAR.

11

SEÑOR don JOSÉ JOAQUÍN OLMEDO

Cuxco 12 de Julio de 1825.

M i querido a m i g o . Anteayer recibí una carta de usted de


15 de M a y o , que no puedo menos que llamar extraordina-
ria, porque usted se toma la libertad de hacerme poeta sin
y o saberlo, ni haber pedido mi consentimiento. C o m o todo
poeta es temoso, usted se ha empeñado en suponerme sus
gustos y talentos. Y a que usted ha hecho su gasto y tomado
su pena, haré como aquel paisano á quien hicieron rey en
una comedia y decía : « y a que soy rey, haré justicia. j> No.
se queje usted, pues, de mis fallos, pues como no conozco
el oficio daré palo de ciego, por imitar al rey de la comedia
que no dejaba títere con gorra que no mandase preso. E n -
tremos en materia.
He oído decir que un tal Horacio escribió á los Pisones
una carta m u y severa, en la que castigaba con dureza las
composiciones métricas; y su imitador M . Boileau me ha
enseñado unos cuantos preceptos para que un hombre sin
medida pueda dividir y tronchar á cualquiera que hable m u y
mesuradamente en tono melodioso y rítmico.
Empezaré usando de una falta oratoria, pues no me gusta.
JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

entrar alabando para salir mordiendo : dejaré mis panegíri-


cos para el fin de la obra, que en mi opinión los merece
bien, y prepárese usted para oír iumensas verdades, ó por
mejor decir verdades prosaicas, pues usted sabe m u y bien
que un poeta mide la verdad de un modo diferente de noso-
tros los nombras de prosa. Seguiré mis maestros.
Usted debió haber borrado muchos versos que y o encuen-
tro prosaicos y vulgares : ó y o n o tengo oído musical, ó
s o n . . . ó son renglones oratorios. P á s e m e usted el atrevi-
miento; pero usted me ha dado este poema, y y o puedo
hacer de él cera y pabilo.
Después de esto, usted debió haber dejado este canto r e -
posar como el v i n o en fermentación, para encontrarlo frío,
gustarlo y apreciarlo. L a precipitación es un gran delito en
un poeta. Racine gastaba dos años en hacer menos versos
que usted, y por eso es el más puro versificador de los tiem-
pos modernos.
E l plan del poema, aunque en realidad es bueno, tiene un
defecto capital en su diseño.
Usted ha trazado un cuadro m u y pequeño para colocar
dentro un coloso que ocupa todo el ámbito y cubre con su
sombra á los demás personajes. E l Inca H u a i n a - C a p a c p a -
rece que es el asunto del p o e m a : él es el genio, él la sabi-
duría, él es el héroe en fin. P o r otra parte, no parece propio
que alabe indirectamente á la religión que le destruyó; y
menos parece propio aún que no quiera el restablecimiento
de su trono, para dar preferencia á extranjeros intrusos, que
aunque vengadores de su sangre, siempre son descendientes
de los que aniquilaron su imperio : este desprendimiento n o
se lo pasa á usted n a d i e . L a naturaleza debe presidir á todas
las reglas, y ésto no está en la naturaleza. T a m b i é n m e per-
mitirá usted que le observe que este genio Inca, que debía
POESÍAS 265

ser m á s leve que el éter, pues que viene del cielo, se muestra
un poco h a b a d o r y embrollón, lo que n o le han perdonado
los poeta-, al buen Enrique en su arenga a l a reina Isabel : y
y a usted sabe que Voltaire tenía sus títulos á la indulgen-
cia, y sin embargo n o escapó de la crítica.
L a introducción del canto es rimbombante : es el r a y o de
Júpiter q n parte á la tierra, á atronar á los A n d e s que deben
sufrir la sin igual fazaña de j u n í n : aquí de un precepto de
Boileau, que al.iba la modestia con que en pieza Homero su
divina Ilíada : promete poco y da m u c h o . L o s valles y la
sierra proclaman á la tierra: el sonsonete no es lindo y los
sold.idos proclaman al general, pues que los valles y la sierra
son lo* muv humildes servidores de la t i e r r a . 1

L a estrofa 360 tiene visos de prosa : y o n o sé si m e equi-


v o c o ; y si tengo culpa ¿para qué m e h a hecho usted r e y ?
Citemos para que no haya disputa, por ejemplo, el verso
720:
Que al Magdalena y al Rimac bullicioso,

Y este otro 750 :

Del triunfo que prepara glorioso...

Y otros que no cito por no parecer riguroso é ingrato con


quien m e canta.
L a torre de San Pablo será el Pindó de usted y el cauda-
loso T á m e s i s se convertirá en H e l i c o n a : allí encontrará usted

I. Estos reparos se refieren al manuscrito y á la primera


adición del Canto Guayaquil, Imprenta de la ciudad, ti5¿$¡ de
que trenemos un ejemplar á la vista. E n la de Londres ( I m -
prenta española, 1 8 2 6 ) y en las sucesivas, corrigió ó alteró
Olmedo esos y otros lugares. (Nota de esta edición).y.
266 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

su canto llen.o de esplín, y consultando la sombra d e M i l t o n


hará una bella aplicación de sus diablos á nosotros. Con las
sombras de otros muchos ínclitos poetas, usttd se hallará
mejor inspirado que por el Inca, que á la verdad no sabría
cantar más que yaravís. P o p e , el poeta del culto de usttd, le
dará algunas leccioncitas para que corrija ciertas caídas de
que no pudo escaparse ni el mismo Homero. Usted me per-
donará que me meta tras de Horacio para dar mis oráculos :
este criticón se indignaba de que durmiera el autor de la
Ilíada, y usted sabe m u y bien que Virgilio estaba arrepen-
tido de haber hecho una hija tan divina como la Eneida
después de nueve á diez años de estarla engendrando : así,
amigo m í o , lima y más lima para pulir las obras de los
hombres. Y a veo tierra : termino m i crítica, ó mejor diré
mis palos de ciego.

Confieso á usted humildemente que la versificación de su


poema me parece sublime : un genio lo arrebató á usted á
los cielos. Usted conserva en la m a y o r parte del canto un
calor vivificante y continuo : algunas de las inspiraciones son
originales; los pensamientos nobles y h e r m o s o s ; el r a y o que
el héroe de usted presta á Sucre es superior á la cesión de
las armas que hizo Aquiles á Patroclo. L a estrofa 1 3 0 es
bellísima: oigo rodar los torbellinos y veo arder los ejes :
aquello es griego, es h o m é r i c o . E n la presentación de Bolí-
var en J u n í n se v e , aunque de perfil, el momento antes de
acometerse T u r n o y Eneas. L a parte que usted da á Sucre
es guerrera y grande. Y cuando habla de L á m a r , me acuerdo
de Homero cantando á su amigo M e n t o r : aunque los carac-
teres son diferentes, el caso es semejante; y por otra parte,
¿no será Lámar un Mentor guerrero?

Permítame usted, querido a m i g o , le p r e g u n t e : ¿de dónde


sacó usted tanto estro para mantener un canto tan bien sos-
POESÍAS 2Ó7

tenido desde su principio hasta el fin? E l término de la ba-


talla da la victoria, y usted la ha ganado porque h a finalizado
su poema con dulces versos, altas ideas y pensamientos filo-
sóficos. S u vuelta de usted al campo es pindárica, y á m i m e
ha gustado tanto, que la llamaría divina.
. S i g a usted, m i querido poeta, la hermosa carrera que le
han abierto las Musas con la traducción de Pope y el Canto
á Bolívar.
Perdón, perdón, a m i g ó ; la culpa es de usted que m e m e -
tió á poeta.
S u amigo de corazón,
BOLÍVAR .

N ? 4 5 . — P á g . 91

Y á sus manes sagrados


Si tumba les faltó, levanta altares.

Alusión al vaticinio del Inca, á la victoria de Ayacucho y


al h i m n o de las Vírgenes del Sol en el Canto á Junin.

N ? 4 4 . — P á g . 91

Y al recrujir el carro de la guerra


Se siente en torno retemblar la tierra.

Alusión á la guerra de 1 8 2 9 entre dos repúblicas herma-


nas y vecinas, terminada felizmente por el valor y genio del
general Flores.
268 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Ni 45- - Pág- 9 1

De la noble heredera de Cartago,


Todo es horror y confusión y estrago.

Alusión á la guerra civil que se difundió desde el P e r ú


hasta los extremos de Colombia, de donde provino la diso-
lución de la República.

Nf 4 6 . — P á g . 93

Del mar nacida á serenar los mares.


Alusión al nuevo Estado del Ecuador, fundado por el
general Flores.
N ? 47. — P á g . 92

Canoras voces se alzan despertando


La Musa de Junin...

Alusión á las bellas composiciones poéticas de los señores


Bello, M o r a y P a r d o , hechas en Londres y L i m a , culpando
el silencio de m i Musa, cuando tantos y tan grandes a s u n -
tos se han ofrecido á la poesía en estos últimos a ñ o s .

L a s composiciones á que se refiere O l m e d o en l a nota que


precede son las siguientes:
POESÍAS 269

EPÍSTOLA Á OLMEDO

E s fuerza que te d i g a , caro O l m e d o ,


Q u e del dulce solaz destituido
D e tu tierna a m i s t a d , v i v i r n o p u e d o .

¡ M a l h a y a ese P a r í s tan d i v e r t i d o ,
C o n todas sus famosas fruslerías,
Q u e á soledad m e tienen r e d u c i d o !

M a l r a y o abrase, a m é n , sus T u l l e r í a s , .
Y mala peste en sus teatros h a g a
S o n a r , en v e z de a m o r e s , letanías,

Y , cual suele el palacio de u n a m a g a


Á la virtud de superior c o n j u r o ,
T o d a esa p o m p a en h u m o se d e s h a g a ;
70 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Y tú al abrir los o j o s , n o en oscuro


A p o s e n t o entre sábanas fragantes
T e e n c u e n t r e s blando a l u m n o de E p i c u r o ,

S i n o cual paladín de los que errantes


D e y e r m o en y e r m o , a b a n d o n a n d o el nido
P a t r i o , iban á caza de g i g a n t e s ,

T e halles al r a s o , á tu sabor t e n d i d o ,
R o d e a d o de cardos y de jaras,
C a n t á n d o t e u n a rana á cada o í d o .

Y suspirando e n t o n c e s p o r las caras


O n d a s del G u a y a s ( G u a y a q u i l un día
A n t e s que al h é r o e de J u n í n c a n t a r a s ) .

D i g a s : « ¡ O h v e n t u r o s a patria m í a !
¿ Q u i é n m e trajo á v i v i r do todo es hecho
D e a n t o j o s , de e m b e l e c o y de falsía ?

« Á L o n d r e s de esta v e z m e v o y d e r e c h o ,
D o n d e , a u n q u e n o m e aguarda el bien a m a n t e
D e m i V i r g i n i a , m i paterno t e c h o ,
POESÍAS

M e a g u a r d a a m i g o fiel, v e r a z , constante.
Q u e l al v e r m e sentirá m á s alegría
Q u e la que él m e descubra en el s e m b l a n t e .

» C o n él esperaré que llegue el día


D e dar la vuelta á mi nativo suelo
Y á los brazos de la esposa m í a .

» Y m i e n t r a s tanto bien m e otorga el C i e l o ,


¡ O h m u s a s ! ¡ O h a m i s t a d ! á m i s pesares
E n vuestros g o c e s hallaré c o n s u e l o . »

¡ V e n , v e n , ingrato O l m e d o ! A s í los mares


F a v o r a b l e s te allanen su ancha espalda
C u a n d o á tu bella patria r e t o r n a r e s ,

Y c u a n d o fresca r o s a la esmeralda
Matiza de sus c a m p o s florecidos,
G u a y a q u i l entreteja á tu g u i r n a l d a ;

Y á recibirte salgan los queridos


A m i g o s c o n cantares de a l e g r í a ,
P o r cien v o c e s y ciento repetidos.
JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

V e n , y de nuestra dulce p o e s í a
A l apacible delicioso culto
V u e l v a y a tu inspirada fantasía.

O t r o se g o c e en el feroz t u m u l t o
D e la batalla, y la sangrienta g l o r i a ,
Á la llorosa h u m a n i d a d i n s u l t o .

O t r o e n c o m i e n d e á la tenaz m e m o r i a
D e antiguos y m o d e r n o s la doctrina,
D e absurdos y v e r d a d e s p e p i t o r i a .

M i e n t r a s otro q u e c i e g o te i m a g i n a
E n sólidos objetos ocupado,
Y también á su m o d o desatina,

Intereses calcula d e s v e l a d o
Y por telas del T á m e s i s ó el I n d o
C a m b i a el m e t a l de n u e s t r o suelo a m a d o :

T e m a n d a el C i e l o que el l a u r e l del P i n d ó
T r a s p l a n t e s á los c l i m a s de O c c i d e n t e
D o crece el ananás y el t a m a r i n d o ;
POESÍAS 2-/3

L)<' en nieves rebozado alza la frente


E l jayán de los A n d e s , y la v í a
Abre ya á nuevos hados nueva gente.

¡ F e l i z , oh M u s a , el q u e miraste pía
C u a n d o á la n u e v a luz recién nacido
L o s tiernezuelos párpados a b r í a !

N o ciega n u n c a el p e c h o e m b e b e c i d o
E n la visión de la ideal belleza,
D e incesantes contiendas el r u i d o .

E l n i ñ o A m o r la lira le adereza,
Y díctanle cantares inocentes
V i r t u d , h u m a n i d a d , naturaleza.

O y e el v a n o bullicio de esa gente


D e s v e n t u r a d a , á quien la paz i r r i t a ;
Y se a d u e r m e al s u s u r r o de la fuente,

Ó p o r m e j o r decir un m u n d o habita
S u y o , donde m á s bello el suelo y rico
L a edad feliz del o r o resucita ;
274 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

D o n d e n o se c o n o c e esteva ó DÍCO,

Y v i v e m a n s a gente en leda h o l g u r a
V i s t i e n d o aún el pastoral pellico,

N i halló j a m á s cabida la perjura


F e , la codicia ó la a m b i c i ó n tirana
Q u e nacida al i m p e r i o se figura,

N i á la plebe d e s l u m h r a , insulsa y v a n a ,
D e la extranjera seda el a t a v í o ,
C o n que tal v e z el c r i m e n se e n g a l a n a ;

N i se obedece á intruso p o d e r í o ,
Q u e o r a p r o m u l g a l e y e s y ora a n u l a ,
S i e n d o la l e y s u p r e m a su albedrío ;

N i al patriotismo el interés simula


Q u e h o y á la libertad h i m n o s entona
Y m a ñ a n a al poder s u m i s o a d u l a ,

N i v i c t o r i o s o capitán p r e g o n a
L i d e s q u e p o r la patria ha sustentado
Y e n galardón le pide una c o r o n a .
POESÍAS 275

¡ O h ! ¡ cuánto de este m u n d o afortunado


E l fango i n m u n d o en que y a c e m o s dista,
P a r a destierro á la virtud c r i a d o !

H u y a m o s de é l , h u y a m o s d o á la vista
N o p o n g a h o r r o r y a s o m b r o tanta escena
Q u e al bien nacido corazón contrista.

¿ V e s c ó m o en nuestra patria desenfrena


S u s fuerzas la a m b i c i ó n , y al cuello exento
F o r j a n d o está otra vez servil cadena ?

¿ N o g i m e s de m i r a r cual lleva el viento


T a n t o s ardientes v o t o s , sangre tanta,
C u a d r o s llenos de h o r r o r y a s o l a m i e n t o ,

C a m p o s de destrucción que al orbe espanta,


M i s e r i a , y l u t o , y orfandad llorosa
Q u e en v a n o al C i e l o su c l a m o r levanta ?

C o m o e l n i ñ o inocente que la h e r m o s a
F a b r i c a v e del iris, que á la esfera
S u b e esmaltado de jacinto y r o s a ,
276 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Y en su d e m a n d a v a p o r la p r a d e r a ,
Y c u a n d o cree l l e g a r , y á l a encantada
A p a r i c i ó n p o n e r la m a n o espera,

H u y e e l prestigio a é r e o , y la burlada
V i s t a l o busca p o r el aire p u r o ,
Y su error r e c o n o c e a v e r g o n z a d a ;

A s í y o á nuestra Patria m e figuro


Q u e en p o s del bien q u e i m a g i n ó se l a n z a ,
Y cuando cree que aquel feliz futuro

D e paz y g l o r i a y libertad alcanza,


S u ilusión s e deshace e n u n m o m e n t o
Y v e que es un delirio su e s p e r a n z a ;

F i n g i d o bien que ansioso el p e n s a m i e n t o


P e n s a b a asir, y aéreo espectro a p a ñ a ,
L u z á los ojos y á las m a n o s v i e n t o .

H u y a m o s , p u e s , á do las auras baña


D e a l m a serenidad l u m b r e dichosa
Q u e si ella e n g a ñ a , dulcemente e n g a ñ a .
POESÍAS 277

Y este triste v e l a r p o r la sabrosa


Ilusión p e r m u t e m o s , que se sueña
E n l o s floridos antros de tu d i o s a .

D a m e la m a n o ; y s o b r e la ardua p e ñ a
D o n d e el sagrado alcázar se s u b l i m a ,
P o d r á n d e j a r mis pies alguna s e ñ a .

M a s a y ! en v a n o m i flaqueza anima
T u v u e l o a u d a z , que al fatigado aliento
P o n e pavor la levantada c i m a .

Sigue con generoso atrevimiento


Á do te a g u a r d a , en m e d i o el alto c o r o
D e las alegres m u s a s , d i g n o a s i e n t o .

Y a para recibirte su c a n o r o
Concierto se suspende, y la armonia
D e las a c o r d e s n u e v e liras de o r o .

Y llegas, y te sientas, y T a l í a ,
Q u e al á u r e o cinto a r r e g a z ó la falda,
L a c o p a te presenta de a m b i o s í a .
16
2/S JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Y ciñe tu cabeza c o n guirnalda


D e s i e m p r e v e r d e lauro que matiza
P u r p ú r e a flor, y azul, y r o j a , y g u a l d a .

Y l u e g o que las cuerdas a r m o n i z a .


E l c o r o celestial en n u e v o canto
C e l e b r a tu llegada y s o l e m n i z a .

« A l m a eterna del m u n d o , n u m e n s a n t o ,
T u t e l a del P e r ú (cantan a h o r a
Y sus ondas Castalia enfrena en t a n t o ) .

» E n v í a sin cesar luz b i e n h e c h o r a ,


Q u e cesó d e tu tierra la r u i n a ,
Y libre v e s al pueblo que te a d o r a .

» L a l i b e r t a d , amable p e r e g r i n a ,
S u t e m p l o allí p l a n t ó , y allí su l l a m a
H e r m o s a a r d e otra v e z pura y divina.

» Y en t o d o s sus o r á c u l o s p r o c l a m a
Q u e al M a d a l é n y al R i m a c bullicioso
Y a s o b r e el T i b e r y el E u r o t a s a m a . »
POESÍAS

Á escuchar vuela el h i m n o m e l o d i o s o
L a hueste de los vates i n m o r t a l e s ,
E l c i e l o , el a g u a , el v i e n t o , el b o s q u e u m b r o s o

Y vestida de diáfanos cendales


O c u p a el aire en t o r n o al foco santo
Bella visión de candidas vestales
Q u e con eterna v o z repite el c a n t o .

ANDRÉS BELLO.
Londres, 1 8 2 7 .

(Completada conforme al manuscrito descubierto


por Miguel Luis Amunátegui; véase : Obras completas
de Don Andrés Bello (Santiago de Chile) tomo I I I ,
páginas X X V y 9 0 ; tomo V I , pag. C X X X V I y si-
guientes).
i'So JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

AL SEÑOR DON J. J. OLMEDO

C o r t a n t e espada que en feroz c o n t i e n d a


Abatió vencedora
Cabezas e n e m i g a s ,
Y fué c o n sus reflejos tan t r e m e n d a
C u a l la l u m b r e del r a y o destructora :
Y a z c a en quietud eterna s u m e r g i d a ;
E n negro orín el tiempo
E n v o l v e r á su brillo deslumbrante
Y su filo tajante ;
Hasta que c a r c o m i d a
A l impulso mas :eve
V e r á s e en sucio p o l v o c o n v e r t i d a .

A l alazán b r i o s o
Q u e n o t e m i ó erizadas bayonetas
D e fuertes b a t a l l o n e s ;
POESÍAS

Q u e p o r entre los fuegos discurría,


C o n v i s t o s o s arqueos
L a s manos levantando
C u a l pudiera en testines y t o r n e o s ;
Q u e ágil, veloz, impávido y fogoso,
D e n s a s filas r o m p í a ,
Y hollaba c o n sus plantas
M i l c u e r p o s de g u e r r e r o s e x p i r a n d o ;
M í r a l o e n aquel p r a d o ,
D e s g r e ñ a d a l a c r i n , caído el c u e l l o ,
P o r su i n g r a t o jinete y a o l v i d a d o .
S u casco a y e r e l encrispado r i s c o
Y la áspera m o n t a ñ a hería fuerte,
Y h o y pisa trabajoso blanda t i e r r a .
F l a c o , débil, y mustio,
P r ó x i m o á ser despojo de l a m u e r t e ,
Perdió su ardor natío
P a r a la cruda g u e r r a ,
Y en l a carrera el a r r o g a n t e b r í o .

A t l e t a corpulento
E n m e d i o el a n c h o circo
S u s colosales m i e m b r o s ostentaba
Y su esbelta a p o s t u r a ;
Y n o bien e n t r e g a b a
282 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Con soberbio ardimiento


Y arrogante y gentil desenvoltura
E l brazo á la p e l e a ;
C u a n d o m i r a b a , al í m p e t u v i o l e n t o ,
Á s u s pies abatido
A l m á s fiero c o n t r a r i o ,
E n p o l v o , en s a n g r e , y en s u d o r t e ñ i d o .
P e r o ¡ a h ! y a el eco g r a t o de la gloria
S u espíritu a p o c a d o n o e n a r d e c e ,
N o busca y a el laurel de la v i c t o r i a ,
E l c e ñ o de u n contrario lo e s t r e m e c e ,
A la sangrienta l i d el c u e r p o n i e g a
Y al o c i o m u e l l e y femenil se e n t r e g a .

D e s c u i d a d o de t í , r a u d o c a m i n a s
Á igual d e s t i n o , O l m e d o .
E l fuego i n s p i r a d o r del sacro A p o l o ,
O j i e arrebata la m u e r t e á las divinas
M a n s i o n e s del O l i m p o , arde en tu a l m a .
T ú conseguiste s o l o
E n t r e l o s v a t e s del P e r ú la p a l m a ;
Y a la suerte l l o r a n d o
D e aquel p r e c i o s o niño
Q u e a b r i ó sus ojos á la luz del d í a ,
A u n atada la Patria
POESÍAS

A l y u g o de la n e g r a t i r a n í a ;
Y a en cántico s o n o r o eternizando
E l v e n t u r o s o instante,
E n que el peruano p a b e l l ó n triunfante
Vio derrocarse el t r o n o de F e r n a n d o .
Pero ¡ a y ! ya sumergido
E n o c i o y en s i l e n c i o ,
N o l o s labios d e s p l e g a s ;
N i de tu a c o r d e lira
El e c o resonante al aire entregas,
Indócil tu albedrío
A l e l e v a d o n u m e n que te i n s p i r a .

T i e m p o será, si su favor d e s d e ñ a s ,
Q u e irritado ese n u m e n niegue frío
S u inspiración al c a n t o ,
Y en heladas cenizas convertida
E l ascua e n g e n d r a d o r a de esa l l a m a
Q u e el corazón te inflama,
N o á elevarse atrevida
T u voz sonora vuelva
E n sublimes c a n c i o n e s ;
Q u e verde musgo envuelva
L a s cuerdas de tu cítara, y n o alcances
2S 4
JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

D e tu inútil pulsar otra a r m o n í a


Q u e mal l i g a d o s s o n e s .

¿ Y v e r á s i m p a s i b l e que s e acerca
E s e funesto d í a ,
— A s í á tus c o m p a t r i o t a s d o l o r o s o
C o m o á tí v e r g o n z o s o —
E n q u e p e r d i d o el sacro p r i v i l e g i o ,
Q u e á regiones m á s altas te s u b l i m a ,
E n t r e el profano v u l g o te c o n f u n d a s ?

¿ T a l v e z tu b l a n d o c o r a z ó n herido
P o r el punzante a r p ó n de l o s p e s a r e s ,
N o puede c o m p l a c i d o
D a r s e á dulces cantares ?
¿ T a l v e z ausente de tu cara esposa
Y del ú n i c o fruto
Q u e el Cielo á tus a m o r e s r e s e r v a r a ,
L i g a d a noche y día
Á tan tiernos o b j e t o s ,
H u y e a l p o d e r del D i o s tu fantasía?
¡ A h ! n ó , bien s a b e s , inspirado v a t e ,
Q u e c u a l s u e l e apacible ventolina
Disipar t e m p e s t u o s o s n u b a r r o n e s ,
l ' a l la influencia divina
POESÍAS 78 5

D e las m u s a s al a l m a p e s a r o s a
C o n s u e l a tierna a m i g a ,
C o n habla c a r i ñ o s a ,
Y la a m a r g u r a del dolor m i t i g a .

¿ F a l t a acaso á tu lira a s u n t o d i g n o ?
¿ N o puedes dar lecciones
D e paz y de g r a n d e z a
A este libre hemisferio,
E l e v a d o s e j e m p l o s presentando
D e otras libres n a c i o n e s ?
¿ N o ves h o n d o v e n e r o de belleza
E n t r e los fastos del a n t i g u o i m p e r i o ?
¿ L a m e n t a r n o te es d a d o l o s h o r r o r e s
D e la feroz c o n q u i s t a ,
C u a n d o — p o r c i m e n t a r e l poder r e g i o
D e lejanos s e ñ o r e s
A c á en nuestras c o m a r c a s —
C o m e t i e r o n el t o r p e sacrilegio
L o s m i n i s t r o s del fiero d e s p o t i s m o
D e hacer c o r r e r la s a n g r e de l o s I n c a s
M e z c l a d a c o n el a g u a del bautismo ?

Ó b i e n ; ¿ p o r q u é las m i e l e s destilando
P e a n g é l i c a dulzura,
256 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Q u e la a m a b i l i d a d p u s o en tu p e c h o ,
P o r q u é n o ensalzas c o n a c e n t o blando
D e nuestros ricos c a m p o s la h e r m o s u r a ;
Y en r e c o m p e n s a d i g n a
D e l afecto que de ellas m e r e c i e r a s ,
P o r q u é el gentil donaire y la t e r n u r a
N o c e l e b r a s , cantor, de las h e r m o s a s
Q u e habitan estas p l a y a s ,
Y de las q u e desplegan sus encantos
A l l á e n las deleitosas
Fructíferas praderas
Q u e fertiliza el abundante G u a y a s ?
T a n culpable inacción d e s t i e r r a , oh v a t e :
A l m á g i c o p o d e r de tu a r m o n í a
H a z que m i p e c h o ufano se dilate.
Canta : y el P a d r e del P e r ú , b o n d o s o
A l canto s o n o r o s o ,
D e s d e su solio d i a m a n t i n o ría :
C a n t a : y m i numen inexperto guía.

FELIPE PARDO.
Lima, 1829.
POESÍAS 2'ó*/

EPÍSTOLA

DON JOSÉ JOAQUÍN DÉ OLMEDO

N o es sólo el n u m e n destructor, O l m e d o ,
D e la sangrienta lid, quien de tu Patria
L o s l a u r o s triunfadores apercibe :
N i el bélico terror sólo resuena
D e l G u a y a q u i l en la frondosa m a r g e n ,
A n t e s esclava, y a soberbia y libre.
T a m b i é n allí c o n n u e v a p o m p a , a m i g a
D e gloria y libertad salvó su t e m p l o
L a P i é r i d e ninfa, y en sus aras
T ú el p r i m e r o q u e m a s t e incienso p u r o .

T ú , C a n t o r de J u n í n , hijo dichoso
D e n u e v a P a t r i a , que en su infancia ostenta
JOSÉ JOAQUÍN D » OLMEDO

V i r t u d antigua y brío i n e x o r a b l e
Y odio al p o d e r i n j u s t o ; t ú , q u e r o m p e s
E l silencio de m u e r t e en que abatido
Y a c i ó en siglo execrable, c o m o s i e r v o
D é b i l , s u m i s o , el g e n i o a m e r i c a n o ;
T ú , q u e al orbe p r o c l a m a s en acentos
D e incógnita a r m o n í a , el espantable
G r i t o p o s t r e r o que lanzó furiosa,
M o r d i e n d o el p o l v o y anegada en s a n g r e ,
L a u s u r p a c i ó n h o r r e n d a ; no del labio
L a t r o m p a alejes, n o , que de la gloria
N o t e r m i n a r a el v u e l o esclarecido.
A u n lucirá en los A n d e s i m p r i m i e n d o
N u e v o esplendor á la opulenta L i m a .

D e l p o r v e n i r al seno tenebroso
P e n e t r a n d o v e l o z , tú del destino
L o s arcanos r e v e l a s , y en las faldas
D e l m o n t e g i g a n t e s c o v e s erguirse
Nueva generación, robusta, dócil,
D e ciencia y l u c e s y razón sedienta.
N o a l l í , cual a n t e s , el m e t a l que oculta
E n sus entrañas p r ó v i d a la tierra,
N u m e n preciado de l o s p u e b l o s , fija
S u r e v e r e n t e a d o r a c i ó n ; ni vierte
POESÍAS

S u d o r penoso el I n c a d e g r a d a d o ,
P a r a llenar del o p r e s o r r e m o t o
L P S arcas insaciables. D e l prestigio
R o m p i ó el g e n i o los v í n c u l o s falaces,
Y las espigas ondeantes cubren
E l tesoro que h i e r r o s y e x t e r m i n i o
T r a j o á la Patria cual letal influjo.
L e y e s benignas y s e v e r o s pactos
E l templo a p o y a n , do se sienta altiva
Feliz nación de i m p á v i d o s g u e r r e r o s
Y ciudadanos ú t i l e s ; enlazan
L a u r o y o l i v a el r a m o i n d i s o l u b l e ,
Y á su s o m b r a íecúndanse esplendentes
L a s flores del s a b e r ; ni riega el ara
S a n g r e infanda de v í c t i m a s , que al C i c l o
Sacrificó, r i e n d o , el f a n a t i s m o ;
N i al n o m b r e ilustre de la raza imbécil
L o o r se rinde y bajo a c a t a m i e n t o ,
L u z b i e n h e c h o r a la v i r t u d r e c l a m a .

C e s a el canto g u e r r e r o , y dulces h i m n o s
E n t o n a á la alma paz : gózate viendo
C u á l p r ó d i g a en raudales, cuál fecunda
D e ventura los g é r m e n e s p r e c i o s o s ,
D a n d o al P e r ú tras bárbara refriega
17
9° JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

L o que al G a l o y al I b e r o y Heleno
Bienes preciados d e n e g ó F o r t u n a .
D e la n a c i ó n atlántica gloriosa
Canta la e x a l t a c i ó n , que así l o d e b e s
A l noble s u e l o que te diera vida.
S u esplendidez magnífica, las m o l e s
D e eterna n i e v e que su frente c i ñ e n ;
S u s valles perfumados en que m e c e n
P a l m e r o esbelto y v e r d e t a m a r i n d o
L a s c o p a s elegantes, y el soberbio
D i s c o del n u m e n que a d o r ó rendida
L a antigua g e n t e , d i g n o asunto ofrecen
Á la lira s o n o r a ; y si anhelante
D e prez m á s a l t o , plácidas lecciones
D e bienandanza sólida en tus r i m a s
Q u i e r e s dictar al p u e b l o que te escucha.
N u e v o M a r ó n , las glorias de los c a m p o
Y la tarea q u e la faz a d o r n a
D e frutos a b u n d o s o s y cosechas
R e v e l a al p e r u a n o ; y la guirnalda
D e l a u r o h o n r o s o q u e al a c e r o diste,
T i m b r e m á s noble del arado sea.

J. J. de Mor.
Londres, 1829.
POESÍAS

Nf 48. - Pág- 93
La Reina del Pacifico opulenta,

L o s facciosos de la Sierra se situaron en las terribles p o -


siciones que ofrece la cordillera de los A n d e s ; y los de
G u a y a q u i l , después de expelidos de la ciudad, se refugiaron
en l a fragata Colombia, en donde no era posible atacarlos.

Nf 49. — P á g . 94

Sirve á su vo^ la suerte, ante su genio


El peligro espantado retrocede.

Entre los admirables hechos de esta campaña debe ocupar


e l primer lugar el portentoso paso del S a l a d o . 'Los que han
visto con sus ojos el terreno se admiran m á s de una e m -
presa, que habría sido calificada de temeraria si n o hubiese
sido coronada por el suceso. L a descripción exacta de esta
hazaña la haría pasar por inverosímil ó fabulosa.

Nf 50. — P á g . 95

Fagan, tiemblan, caen confundidos


Ganados y mastines y pastores.

A q u í debe insertarse el horroroso cuadro que ofreció en


e l mismo tiempo la ciudad de G u a y a q u i l , afligida por todas
las plagas juntas de la g U ' r r a , del hambre y d é l a peste m á s
desoladora de que h a y memoria en este país. L a precipita-
ción con que, por las circunstancias, se publica esta c o m p o -
sición, no ha permitido d a r l a última pincelada á este cuadro
espantoso, que se insertará en otra ocasión.
(Esto dijo Olmedo al publicar por primera vtz el Canto á
Miñarica, cuyo texto h a sido el m i s m o , sin embargo, en las
ediciones posteriores). Nota editorial.
JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Xi 5 1 . — P á g . 95
Se avan-a; y los valientes capitanes
En cien lides gloriosos le rodean,

E s m u y sensible no poder hacer mención particular en


e5tc canto de los valientes generales y jefes, oficiales y cuer-
pos que se han distinguido en esa campaña memorable.
Cada uno merecía un canto separado.

K° 52. .— P á g . 97
Se hiende el monte, ¿i huracán estalla,
Y es todo el aire un campo de batalla.
Alusión á los terribles ruidos que alternadamente, como
grandes tiros de cañón, se oyeron por la noche en el mes de
Enero en los próximos días de la batalla.

1S? 53. — P á g . 97
¡Qué horror! del alto pedestal cayeron
Del incienso sacrilego indignabas.

Alusión á la notable circunstancia de haberse caído la


santa imagen del Quinche en la solemne procesión que hizo
el Gobierno revo.ucionario de Quito para obtener el triunfo.

N? 54. — P á g . 125
De la leona,
Que al ruido de la presa por la noche
Ciega se lanía...
Cuando los leones de África salen por la noche en busca
de su presa, dan primero un fuerte rugido que pone en fuga
á todas las bestias del desierto : entonces, atentos al ruido
que hacen al huir, se abalanzan violentamente sobre ellos,
llevados por el o í d o , n o por el olfato.
POESÍAS 293

N ? 5 5 . — P á g . 162
Ya si lecciones damos á los hombres,
O si votos al cielo dirigimos.
C o m o este verso ha dado en otro tiempo ocasión á críti-
cas reñidas y controversias, no será inútil observar que los
moralistas deben sobre todo enseñar á lo> hombres, que Dios
se propone el bien general de su m u n d o con preferencia al
bien de los individuos; y que al dirigir nuestros votos al
Cielo no debemos pedir nada que sea contrario al fin del
Criador. — Éste es el pensamiento de Pope, y no puede ser
más justo, ni m á s religioso. Según el dogma del cristia-
n i s m o , Dios es el primer fin de t o d o ; y el bien particular
de los individuos es el objeto de una providencia particular
subordinada á la Providencia general que conserva y rige el
Universo.
Ni 56. — P á g . 1 7 3
Y á dominar las olas el nautilo...
Dando remos al mar, y vela al viento.
E l Nautilo es un pez que volviéndose sobre su concha,
que tiene la figura de una navecilla, nada en el mar alzaudo
s u s patas delanteras como d.is mástiles, entre las cuales se
extiende una membrana en forma de v e l a , y se sirve de las
dos patas traseras como de remos. — Comúnmente se ve
este pez en el Mediterráneo. S e encuentran también nautilos
fósiles en los arenales de G r i g n o n y en algunos otros lugares
de Francia y de Inglaterra.

N? 57. — Pág. 1 S 0
De la divinidad sobre la tierra
Si no la imagen, nos mostró la sombra.
Parece que el autor ha querido designar aquí los tiempos
remotos en que nacieron la filosofía y la moral, y espe-
cialmente el bello siglo de Grecia, en donde posteriormente
294 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO

florecieron. L o s bienhechores del género h u m a n o que tuvo


presentes al escribir,, fueron sin duda Sócrates y Platón y
Aristóteles, que de todos los paganos fueron los que sin-
tieron y hablaron mas dignamente de D i o s , y los que m e j o r
escribieron sobre l a legislación y ciencia del G o b i e r n o .

Ni 58. — P á g . 1S2
Sobre modos de fe que el falso celo
Dispute, y se enfurezca disputando.
N o debemos creer por estos versos que para el autor eran
ndiferentes todas las religiones y todos los gobiernos Sobre
l o primero él hizo su profesión ue fe en la correspondencia,
que citamos anteriormente, con Racine, autor de los h e r m o -
sos p o e m a s de la Religión y de la Grecia. Y sobre el se-
gundo punto, es claro que Pope anuncia una verdad, des-
graciadamente confirmada por la experiencia; esto es : que
bajo la mejor forma de gobierno, los pueblos no pueden ser
felices cuando el gobierno no es administrado con integri-
d a d ; y que la mejor forma de gobierno es peligrosa cuando
j a administración es débil, orgullosa, intolerante y c o r r o m -
pida.
Ni 59. - P á g . 182

Quien no hace mal, quien hace bien al hombre.


La Religión profesa verdadera.
VARIANTE :
Quien ama á Dios y al hombre y se modera
L a Religión profesa verdadera.

N? 60. — Püg. 182


Olmedo no alcanzó á traducir la. cuarta y ultima epístola
•del « E n s a y o sobre el H o m b r e . »
Nota editorial.
POESÍAS

N ? 6 1 . — Pdg. 1 8 5
E l pasaje de Chateaubriand que inspiró á Olmedo la
Canción Indiana, es el siguiente :
N o u s apercúmes a iravers les arfares un j e n n e h o m m e qui,
tenant á la niain un flambeau, ressembloit au Génie du
Printemps parcourant les forets pour ranimer la n a t u r e ;
c'étoit un amant qui alloit s'instruire de son s o n á la cabane
de sa maitresse.
Si la vierge éteint le flambeau, elle accepte les voeux
ofterts; si elle se voile sans l'éteindre, elle rejette un époux.
L e guerrier, en se glissant dans les ombres, chantoit A
demi-voix ees paroles :
J e devancerai les pas du jour sur le sommet des m o n -
tagnes pour ehercher m a colombe soliíaire parmi les chénes
de la forét.
J ' a i attaché á son cou un collier de p o r c e l a i n e s ; on y
1

voit trois grains rouges pour mora amour, tiois violets pour
mes craintes, trois bleus pour m e s esperances.
Mila a les yeux d'une hermine et la chevelure légére d'un
champ de r i z ; sa bouche est un coquillage rose garni de
perles; ses deux seins sont comme deux. petits chevreaux
sans tache, nés au méme jour, d'une scule mere.
Puisse Mila éteindre ce flambeau. Puisse sa bouche verser
sur luí une ombre voluptueuse. J e fertiliserai ; o n sein. L'es-
poir de la patrie pendra á sa mamelle féconde, et je fume-
rai mon calumet de paix sur le berceau de mon fils.
A h ! laissez-moi devancer les pas du jour sur le sommet
des montagnes pour ehercher m a colombe solitaire parmi
les chénes de la forét.
ÁTALA. —Les Chasseurs (Inserción editorial).

I. b'orte de coquillage.
JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

Nf 62. — P á g . 18S
Y aquí pago mi amor.
L o s antiguos americanos, que la culta Europa llamó in-
dios, regularmente no vivían formando pueblos, sino entre
montes, en cabanas separadas unas de otras. Cuando un
joven amaba, iba por la noche á la choza de su amada con
una hacha encendida; y si la virgen la apagaba con un
soplo, era señal de que admitía á su amante favorablemente.
L a noticia de es:a costumbre y la observación de que el
valor marcial y el amor á la patria eran las primeras v i r -
tudes de aquellos amables hi.os de la naturaleza, basta para
entender bien esta canción, en la que se ha procurado imi-
tar, en lo posible, el estilo de aquellos tiempos...

Nf 63. — P á g . 2 1 1

Otras veces la Musa más humana,


Depuesto el regio manto,
Se presenta cual simble ciudadana.

Estos versos designan á la Comedia, asi como designan á


la Tragedia los anteriores :

Calzó la Musa su coturno de oro,


Y mostrando el puñal ensangrentado...

Nf 64. — P á g . 215
Manda al^ar otra ve% por consolarme
La grave losa del sepulcro frío,
Alusión al milagro del Salvador resucitando á Lázaro y
restituyéndole á su hermana.
ÍNDICE
ÍNDICE

Introducción I
Mi retrato I
Matemáticas II
E n la muerte de Doña M a n a Antonia de Eorbón. . . . 13
Prólogo de El Duque de Viseo 23
E l Árbol 27
Fragmento del AntiLucrecio (traducción libre) 36
A un amigo, en el nacimiento de su primogénito. . . . 39
L a Victoria de Junin, Canto á Bolívar 47
Oda X I I , libro I, de Horacio (versión castellana). . . . 86
A mon ami J . Villamil 88
Al General Flores, Vencedor en Miñarica 89
Á Don Pedro Orbegoso 102
Ensayo sobre el Hombre (versión castellana)
Prólogo de la epístola 1 1.04
Epístola 1 112
Nota de la epístola I I 132
Epístola II 138
Epístola I I I 161
Un sueño. Canción 183
Canción indiana 185
Alfabeto para un niño 189
Oración de la infancia 195
Canción al Nueve de Octubre 197
300 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO

L a Libertad 2co
Alocución pronunciada per Doña Carmen Aguilar en el
nuevo teatro de Guayaquil 204
E n la muerte de mi hermana 215
Para el álbum de la Señorita Rosa Ortiz de Zevallos. . . 217
En el álbum de la Señorita Grimaneza Althaus 219
En el álbum de la Señorita Mercedes Guisse 221
Inscripción para el teatro de Lima 222
A Carolina Coronado 223
Notas 227
Cartas cruzadas entre Bolívar y Olmedo 243
Epístola de Bello 269
Epístola de Don Felipe Pardo 280
Epístola de Don J . J . de Mora 287
Notas (continuación) . 291

FIN

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