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POESÍAS
EDICIÓN
O PRIMERAS EDICIONES
Por
CLEMENTE 3 A L L É N
PARÍS
GARNIER HERMANOS, LIBREROS-EDITORES
m á t i c o p e r u a n o , se perdió desgraciadamente en el
terrible n a i u r a g i o del v a p o r Áie ico o c u r r i d o en
1 8 6 3 , naufragio q u e á él m i s m o costó la v i d a . L a
presente edición v i e n e p o r tanto á ser la cuarta
c o n f o r m e a esta c u e n t a , lo cual es bien p o c o c o m -
p a r a d o con la fama u n i v e r s a l del p o e t a ; a u n q u e
ello parecerá m e n o s e x t r a ñ o si se tiene presente el
g r a n n ú m e r o de v e c e s q u e se han i m p r e s o en c u a -
derno suelto sus dos cantos principales, el de la
V i c t o r i a de J u n í n particularmente; además han
sido a m b o s i n c l u i d o s en infinitas antologías.
P e r o si l o s editores h a n s i d o p o c o s , n o han fal-
tado en c a m b i o biógrafos bien i n í o r m a d o s , j u e c e s
tan competentes como favorables, y entusiastas
a d m i r a d o r e s . A m a s de G u t i é r r e z y de C o r p a n c h o ,
q u e en sus respectivas ediciones c o n s a g r a r o n á
Olmedo noticias interesantes, muchos son los
que merecerían ser recordados a q u í ; en la i m -
posibilidad de hacerlo con t o d o s , nos r e d u c i r e m o s
á m e n c i o n a r a l g u n o s . P o r e j e m p l o , la biografía de
d o n P e d r o C a r b o , l l a m a d o h o y con razón el p r i -
m e r o de los g u a y a q u i l e ñ o s ; la de d o n P a b l o H e -
rrera;, e r u d i t í s i m o literato e c u a t o r i a n o ; los e x c e -
lentes traba ¡ os de don J u a n L e ó n Mera sobre O l m e d o
y sobre toda la literatura del E c u a d o r , en que o c u p a
el m i s m o lugar tan d i s t i n g u i d o ; los de d o n F r a n -
cisco C a m p u s q u e , entregado a las obras públicas
de G u a y a q u i l , e n c u e n t r a sin cmbar._-o t i e m p o para
p r o d u c i r escritos m u y ú t i l e s ; el brillante articulo
DATOS V NOTICIAS V
E n 1 7 5 7 don M i g u e l A g u s t í n de O l m e d o ' , v e c i n o
de M a l a g a , se e m b a r c ó c o n pase de la C o n t r a t a c i ó n
de C á d i z para ir á d e s e m p e ñ a r la A d m i n i s t r a c i ó n
de R e n t a s R e a l e s de P a n a m á , y de ahí se trasladó
cuatro a ñ o s después á G u a y a q u i l en calidad de
T e s o r e r o y C o m i s a r i o de g u e r r a .
G u a y a q u i l c o m p o n í a entonces u n o de l o s cuatro
G o b i e r n o s M a y o r e s de la P r e s i d e n c i a de Q u i t o ,
p e r o su a d m i n i s t r a c i ó n estaba dividida : en lo p o -
l í t i c o , judicial y rentístico dependía de la citada
Presidencia y de la R e a l A u d i e n c i a de Q u i t o ; en
lo militar del V i r r e y n a t o del P e r ú , y en lo e c l e -
siástico del obispado de C u e n c a . E x t r a ñ o s i s t e m a ,
bien c o m ú n , sin e m b a r g o , en a q u e l l o s d í a s .
E n G u a y a q u i l se q u e d ó definitivamente d o n M i -
g u e l , d e s e m p e ñ a n d o u n o tras o t r o los c a r g o s m á s
1
Desde cierto periodo de su vida dejó nuestro poeta de usar
p a n í c u l a en su apellido. S u padre la u.'ó siempre, y se ha
conservado en esta edición conforme al a 10 r fo al pie del
retrato, t o m a d o de un papel oficial firmado en 1012.
DATOS Y NOTICIAS IX
i m p o r t a n t e s de la p r o v i n c i a hasta l l e g a r á ser S i n -
dico de la c i u d a d , A l c a l d e o r d i n a r i o y jefe del
C a b i l d o , puestos y a p u r a m e n t e h o n o r í f i c o s que
revelan el gran prestigio de q u e l l e g ó á g o z a r , en
los cuales n o dejó pasar n i n g u n a o c a s i ó n de c o n -
tribuir c o n su fortuna p a r t i c u l a r al a u g e y e m b e -
l l e c i m i e n t o de su patria a d o p t i v a , pues y a entonces
había contraído m a t r i m o n i o con d o ñ a A n a F r a n -
cisca M a r u r i , de lo m á s d i s t i n g u i d o del p a í s , y c o n
q u i e n t u v o d o s h i j o s : J o s é J o a q u í n , q u e nació el
1 9 de M a r z o de 1 7 8 0 , y M a g d a l e n a , q u e fué esposa
d e don F r a n c i s c o P a r e d e s , c o m e r c i a n t e de la m i s m a
ciudad.
L a fecha del n a c i m i e n t o de O l m e d o q u e h e m o s
fijado es la que él y toda su familia r e c o n o c í a n ,
a u n q u e su partida b a u t i s m a l , q u e consta en los
registros p a r r o q u i a l e s de la C a t e d r a l , está redac-
tada en los t é r m i n o s siguientes :
« En v e i n t i d ó s de marzo de m i l setecientos
» ochenta, bauticé, puse oleo y crisma á José
» J o a q u í n E u f r a s i o , de dos días de nacido, h i j o le-
» g i t i m o del • C a p i t á n D o n M i g u e l de O l m e d o y
» de D o ñ a A n a M a r u r i y S a l a v a r r í a ; fué su m a -
» drina D o ñ a D o m i n g a Maruri y Salavarría, á
» quien le advertí el p a r e n t e s c o y la o b l i g a c i ó n
» q u e tenía, y p a r a q u e conste f i r m o .
« D O C T O R J O S É ALEXANDRÓ DE EGUES
« Y VlLLAMAR. »
X JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
rales y p r o v o c a r o n reformas en el m i s m o s e n t i d o .
N i p o r sus cualidades físicas n i p o r el g é n e r o de
sus talentos, estaba l l a m a d o á ser u n g r a n o r a d o r
p a r l a m e n t a r i o , pero n o r e h u í a t o m a r la palabra
cada v e z que era necesario, y en la sesión del
1 2 de A g o s t o de 1 8 1 2 , discutiéndose la abolición
de los servicios forzados que c o n el n o m b r e de
mitas i m p o n í a la administración colonial á los
indios en a l g u n a s partes de A m é r i c a , p r o n u n c i ó
u n g r a n d i s c u r s o , que h a sido después i m p r e s o
varias v e c e s , y c u y a síntesis se e n c u e n t r a en esta
frase, que le s i r v e de epígrafe :
« E s a d m i r a b l e que h a y a habido en a l g ú n t i e m p o
» razones q u e aconsejen esta práctica de s e r v i d u m -
» bre y de m u e r t e ; pero es m á s a d m i r a b l e q u e h a y a
» h a b i d o r e y e s que la m a n d e n , l e y e s q u e la p r o -
» tejan, y p u e b l o s que la sufran. »
E l d i p u t a d o p o r M é j i c o , C a s t i l l o , inició la dis-
c u s i ó n , y las C o r t e s u n á n i m e m e n t e acordaron la
abolición de las m i t a s .
E l 2 4 de a g o s t o de 1 8 1 2 fué electo secretario de
esa A s a m b l e a ; el 1 3 de m a r z o s i g u i e n t e m i e m b r o
y secretario de la D i p u t a c i ó n P e r m a n e n t e .
P e r t e n e c i ó también á la C o m i s i ó n q u e o p i n ó p o r
la desaprobación del tratado entre F e r n a n d o V Í I y
N a p o l e ó n , el q u e en efecto fué rechazado p o r las
C o r t e s en el decreto de 2 de febrero de 1 8 1 4 . E s e
decreto i m p o n í a p o r otra parte al R e y e l j u r a m e n t o
de la C o n s t i t u c i ó n , c o m o c o n d i c i ó n p r e v i a del r e -
DATOS Y NOTICIAS XIIÍ
c o n o c i m i e n t o de la a u t o r i d a d del M o n a r c a . Di-
sueltas p o r este h e c h o las C o r t e s el 1 1 de m a y o ,
dice d o n F r a n c i s c o P . Icaza, arrastrada p o r el
pueblo y la tropa la estatua del p a t r i o t i s m o y la
lápida de la C o n s t i t u c i ó n ; restablecidos el p o d e r
absoluto y la i n q u i s i c i ó n , y a p r e h e n d i d o s los di-
putados y personajes más importantes, como
Arguelles, Gallegos, Quintana, Muñoz, Toreno
y o t r o s , O l m e d o c o m p r e n d i ó q u e n o quedaba á
E s p a ñ a otra esperanza que la r e v o l u c i ó n , y á
A m é r i c a la i n d e p e n d e n c i a . Y p a r a evitar la suerte
miserable que c u p o á sus colegas, permaneció
desde entonces obscurecido en M a d r i d , para n o lla-
m a r la atención pública y p o d e r e m p r e n d e r la
vuelta.
E n 1 8 1 5 se e m b a r c ó en C á d i z , y p o r la v í a de
la H a b a n a l l e g ó en 1 8 1 6 al lado de s u s c o m p a -
triotas.
T a l felicidad n o g o z a r o n l o s q u i t e ñ o s c o n su
g r a n M e j í a , fallecido en C á d i z , v í c t i m a de la epi-
demia que asoló ese p u e r t o en 1 8 1 3 . S u amigo
O l m e d o p u s o este epitafio sobre su t u m b a :
Á Dios Glorificador.
Aquí espera
la resolución de la carne
el polvo
de
Don J o s é Mejía,
XIV JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
U n g r a n d o l o r le a g u a r d a b a al entrar en G u a y a -
quil á fines de 1 8 i é • la noticia de la m u e r t e d e
su m a d r e , ocurrida en J u n i o a n t e r i o r , antes de
h a b e r c u m p l i d o los sesenta a ñ o s .
E n 1 8 1 7 , de v u e l t a de u n c o r t o v i a j e á L i m a ,
se casó con d o ñ a R o s a de Icaza, su p a r i e n t a , con
q u i e n t u v o tres hijos : la m a y o r , R o s a P e r p e t u a ,
murió m u y j o v e n , durante otra ausencia de su
p a d r e ; V i r g i n i a á q u i e n h u é r f a n a adoptó el E s t a d o
y m u r i ó en 1878; y por último Tose J o a q u í n ,
ú n i c o v a r ó n , que v i v e en G u a y a q u i l , h e r e d e r o d e
DATOS Y NOTICIAS XV
« F i n a l m e n t e se a c o r d ó q u e se publicase p o r b a n d o
c o n acuerdo del S e ñ o r C o m a n d a n t e M i l i t a r .
« E n este estado c o m p a r e c i ó d o n J u a n F e r r u z o l a ,
y h a b i é n d o s e enterado de t o d o el c o n t e n i d o de
esta acta, prestó el i n d i c a d o j u r a m e n t o .
« Y h a b i é n d o s e tratado del e j e r c i c i o de la juris-
dicción contenciosa y o r d e n q u e debía observarse
e n la c i u d a d , se a c o r d ó g e n e r a l m e n t e q u e dicha
jurisdicción se ejerciese p o r d i c h o s alcaldes c o n
a r r e g l o á las l e y e s que h a n r e g i d o hasta el día de
h o y ; y que para m a n t e n e r el o r d e n se destinasen
todos los S e ñ o r e s del A y u n t a m i e n t o á hacer p a -
trullas, p r o c u r a n d o m a n t e n e r el s o s i e g o c o n el
XVIII JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
REGLAMENTO PROVISORIO DE
GOBIERNO
A r t í c u l o i ? — L a P r o v i n c i a de G u a y a q u i l e s
libre é i m i q v n d i e n t e ; su r e l i g i ó n es la C a t ó l i c a ;
su g o b i e r n a e:> e l e c t i v o ; y sus l e y e s las m i s m a s
que regían i m á m e n t e en c u a n t o n o se o p o n g a n
á la n u e v a l o n i i a de g o b i e r n o establecida.
XX JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
A r t i c u l o 2° — L a P r o v i n c i a de G u a y a q u i l se
declara en entera libertad para unirse á la g r a n d e
asociación que le c o n v e n g a de las q u e se h a n de
f o r m a r en la A m é r i c a del S u r .
A r t í c u l o 3 ? — E l c o m e r c i o será libre p o r m a r
y tierra c o n t o d o s los p u e b l o s q u e n o se o p o n g a n
á la f o r m a libre de n u e s t r o g o b i e r n o .
A r t í c u l o 4 ? •—-El G o b i e r n o residirá en tres i n -
d i v i d u o s e l e g i d o s p o r los Electores de los p u e b l o s ;
entenderá en t o d o l o g u b e r n a t i v o y e c o n ó m i c o de
la a d m i n i s t r a c i ó n pública : habrá u n Secretario con
v o z y v o t o en la i m p o s i b i l i d a d de a l g u n o de los
v o c a l e s de la J u n t a ; y dos oficiales de s e c r e t a r í a ;
t o d o con dotación fija.
A r t í c u l o 5 ° — A d e m á s de las a t r i b u c i o n e s c o -
m u n e s anexas al G o b i e r n o , le c o m p e t e r á n las si-
guientes : I A
p r o v e e r t o d o s los e m p l e o s civiles y
m i l i t a r e s ; 2° imponer contribuciones; 3 ? cele-
brar tratados de amistad y c o m e r c i o ; 4 ? levantar
tropas y dirigirlas d o n d e c o n v e n g a ; 5 ° e m p r e n d e r
o b r a s p ú b l i c a s ; 6 ? formar r e g l a m e n t o s para e l c o -
m e r c i o nacional y e x t r a n j e r o y para t o d o s los d e m á s
r a m o s de la a d m i n i s t r a c i ó n .
A r t í c u l o 6 ? — C a d a m e s se publicará u n estado
p o r m a y o r de la entrada, salida y existencia de la
tesorería. C a d a tres m e s e s se publicará u n estado
p o r m e n o r de entradas y gastos p ú b l i c o s .
A r t í c u l o 7 ° — E l arreglo d e la tropa, o r d e n de
DATOS Y NOTICIAS XXI
A r t í c u l o 1 5 ? •— P a r a el g o b i e r n o interior de
l o s p u e b l o s habrá u n a y u n t a m i e n t o e l e g i d o p o i
l o s padres de í a m i l i a ó cabezas de casa. El A y u n -
t a m i e n t o de la capital se c o m p o n d r á de d o s ' a l -
caldes, diez r e g i d o r e s , u n síndico p r o c u r a d o r c o n
v o z y v o t o , y un secretario. S e r á presidido por el
P r e s i d e n t e de la J u n t a de G o b i e r n o . I.o? alcaldes
se m u d a r á n cada dos a ñ o s , y los r e g i d o r e s por
m i t a d . L o s a y u n t a m i e n t o s de los p u e b l o s se for-
m a r á n s e g ú n su p o b l a c i ó n , a r r e g l á n d o s e al ú l t i m o
r e g l a m e n t o : q u e d a n s u p r i m i d a s las tenencias.
L u c h a n d o , n o y a c o n huestes e s p a ñ o l a s , s i n o
c o n los r e l i a d o s p a s t u s o s , estaba B o l í v a r e n ' e l s u r
de C o l o m b i a , c u a n d o t u v o noticia del p r o n u n c i a -
miento de G u a y a q u i l , y en el acto se d i r i g i ó ,
desde C a l i , á la J u n t a de G o b i e r n o , m a n i f e s t á n -
d o l e la c o n v e n i e n c i a de q u e la P r o v i n c i a se a n e x a s e
á Colombia; al m i s m o t i e m p o escribió particu-
l a r m e n t e á O l m e d o en t é r m i n o s m u y lisonjeros
para é s t e ; y c o n el carácter de a u x i l i a r , pero v i s i -
blemente t a m b i é n en a p o y o de su d e m a n d a , des-
p a c h ó á G u a y a q u i l , p o r la v i a de B u e n a v e n t u r a ,
un c u e r p o de tropas á las órdenes del General
.Sucre. A l llegar esta e x p e d i c i ó n , que fué m u y bien
recibida p o r los g u a y a q u i l e ñ o s , la J u n t a de G o -
b i e r n o o r g a n i z ó a c t i v a m e n t e otra, q u e u n i d a á la
C o l o m b i a n a , f o r m ó el ejército c o n q u e S u c r e v e n -
ció á los españoles en B a b a h o y o y Y a g u a c h i pri-
m e r o , y después en P i c h i n c h a , c o n el a u x i l i o esta
ú l t i m a vez de u n a división o p o r t u n a m e n t e e n v i a d a
del P e r ú p o r S a n M a r t í n , á las ó r d e n e s del G e n e -
ral S a n t a C r u z .
Estas v i c t o r i a s facilitaron al L i b e r t a d o r la capi-
tulación q u e o b t u v o de los realistas de P a s t o , y le
abrieron el c a m i n o de Q u i t o . D e t e n i é n d o s e allí
p o c o s días, s i g u i ó á G u a y a q u i l , a d o n d e l l e g ó c o n
tres m i l h o m b r e s el n de j u l i o de 1 8 2 2 .
A u n q u e la i n c o r p o r a c i ó n á C o l o m b i a , q u e B o l í -
var e x i g i ó de n u e v o , n o carecía de partidarios de
influencia y v a l e r , los m i e m b r o s del G o b i e r n o se
DATOS Y NOTICIAS XXV
i
XXVI JOSÉ JOAQUÍN De OLMEDO
R a m ó n Azpurúa, <<
. j u n t o c o n otros ciudadanos
q u e de g r a d o les a c o m p a ñ a r o n en su e m i g r a c i ó n
y en su asilo en el P e r ú . » E s o s c i u d a d a n o s , q u e
quisieron también expatriarse voluntariamente,
escoltando á los m i e m b r o s del G o b i e r n o , f u e r o n ,
según don P e d r o C a r b ó , m á s de d o s c i e n t o s ; y á
qué grado debió s u b i r la exaltación de los espíritus
•en esos m o m e n t o s , y cuáles serían las intrigas q u e
se pusieron en j u e g o , lo d e m u e s t r a el que O l m e d o ,
al embarcarse el 2 9 del m i s m o m e s , dirigiese á
B o l í v a r la carta s i g u i e n t e , tan i m p r e g n a d a de in-
d i g n a c i ó n y de a m a r g u r a .
« Y o p u e d o e q u i v o c a r m e ; p e r o creo haber s e -
g u i d o en el n e g o c i o q u e ha t e r m i n a d o m i a d m i -
nistración, la senda que m e m o s t r a b a n la razón y
la prudencia : esto e s , n o o p o n e r m e á las r e s o l u -
ciones de usted para evitar m a l e s y desastres al p u e -
b l o ; y n o intervenir ni consentir en nada para
consultar á la d i g n i d a d de m i representación.
» Y o t o m o , p u e s , el ú n i c o partido q u e p u e d o :
separarme de este p u e b l o mientras las cosas entran
en su asiento y los á n i m o s recobran su posición
natural. S ó l o la m a l i g n i d a d p o d r á decir que p r e -
tendo evadir el juicio de r e s i d e n c i a ; pues es n o t o r i o
á todos que n o s o t r o s m i s m o s h e m o s p r o v o c a d o
ese j u i c i o , y que le h e m o s d a d o en el a u t o de c o n -
vocatoria una latitud m a y o r de la que daba la l e y .
T e n i e n d o firmeza bastante para oír u n a sentencia
•del tribunal m á s s e v e r o , n o debo tener la debilidad
DATOS Y NOTICIAS XXVII
de sujetarme á u n tribunal i n c o m p e t e n t e , p o r h u -
m a n o y b e n é v o l o que sea.
» S é que está preparada nuestra acusación y a u n
escrita la sentencia. L a c o n d e n a c i ó n del G o b i e r n o
aseguran que es el principal a r g u m e n t o para j u s t i -
ficar cuanto se ha h e c h o . N o l o d u d o , pues todas
las apariencias lo c o n f i r m a n , y c u a n d o en los p a -
peles oficiales se dan á l u z exposiciones detracto ras,
m e n t i r o s a s , infames, y c u y a trama es tan g r o s e r a -
mente urdida, que el miserable autor n o ha r e p a -
rado en que ha h e c h o decir y escribir á un m i s m o
tiempo á tres ó cuatro pueblos distintos y dis-
tantes m u c h a s leguas, las m i s m a s a c r i m i n a c i o n e s ,
con los misuiub p e n s a m i e n t o s , en las m i s m a s fra-
ses, y aun con las m i s m a s palabras. ¡ Q u é pobreza
de i m a g i n a c i ó n ! P e r o y o m i r o todas estas cosas
c o m o n u b e s que v a g a n y se disipan debajo de m i s
pies.
» Mas seria precisa toda la filosofía de u n es-
toico, ó la i m p u d e n c i a de u n c í n i c o , para v e r el
abuso q u e se ha h e c h o del c a n d o r de estos p u e -
blos, o b l i g á n d o l o s á decir q u e h a n su trido bajo
de nosotros un yu°o más insoportable que el español,
y para ver esta i m p o s t u r a autorizada c o n el n o m b r e
de usted en los papeles públicos difundidos por
todas p a r t e s ; y sin e m b a r g o , p e r m a n e c e r en este
país ó en cualquiera o t r o de A m é r i c a , d o n d e el
c o n o c i m i e n t o de nuestra h o n r a d e z y de nuestros
puros sentimientos p o r la Patria y p o r la L i b e r t a d
XXVIII J O S É JOAQUÍN' DE OLMEDO
la exposición q u e precede al p r o y e c t o , y c o m i e n z a
d e esta m a n e r a :
« D i f í c i l m e n t e se presenta situación m á s a p u r a d a
que la actual para p o d e r contraerse á este trabajo
con la m e d i t a c i ó n y r e p o s o q u e d e m a n d a su i m -
portancia. L u c h a n d o p o r la i n d e p e n d e n c i a , ó m á s
bien, en dura y tenaz c o n t i e n d a p o r el s u e l o sobre
que ha de plantarse, n o s v e m o s á u n t i e m p o p r e -
cisados á edificar y á r e u n i r materiales para el
edificio m i s m o . ¡ Q u é diferencia entre las n a c i o n e s ,
á quienes ha cabido en suerte escribir su carta
.constitucional bajo el s e g u r o baluarte d e su liber-
tad exterior y la del P e r ú , c u y o n a c i m i e n t o al
¡mundo p o l í t i c o , y c u y o s desvelos p o r e v i t a r la t i -
ranía, son u n a obra s i m u l t á n e a ! P e r o éste es el
.inevitable destino de los p u e b l o s q u e r o m p i e n d o
los lazos de su a n t i g u a d e p e n d e n c i a , se d e c i d e n i n -
contrastablemente á existir p o r sí y para s í .
» E l s e n t i m i e n t o de la i n d e p e n d e n c i a n a c i o n a l ,
.resultado de la de los i n d i v i d u o s , p o n e en m o v i -
miento todas las alecciones h u m a n a s hacia la d i s o -
lución de la m a s a s o c i a l ; de m a n e r a q u e i n t r o d u -
cido en ella el f e r m e n t o , p o r las s u g e s t i o n e s q u e
cada u n o siente en sí m i s m o al c o n t e m p l a r sus p r e -
eminencias n a t u r a l e s , la a n a r q u í a sucede al o r d e n ,
•exponiéndose el E s t a d o á ser p r e s a , ó d e l m á s afor-
t u n a d o , ó del m á s fuerte. ¿ Q u i é n r e d u c i r á , p u e s ,
á su centro estos e l e m e n t o s d i s c o r d e s , ó m e j o r d i -
r e m o s , quién será capaz de d e t e r m i n a r l e s u n c e n -
6.
XXX JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
Señor :
Señor Diputado:
M i e n t r a s c o m p o n í a O l m e d o este c a n t o , el C o n -
greso del P e r ú , p o r decreto de i s de e n e r o de 1 8 2 5 ,
le concedía los d e r e c h o s de p e r u a n o de n a c i m i e n t o ;
y para aceptar este h o n o r , pidió p e r m i s o al Go-
bierno de su P a t r i a , c o m o se desprende del d o c u -
m e n t o que s i g u e :
REPÚBLICA DE COLOMBIA
Secretaria de Estado
del Despacho del Interior.
SECCIÓN 3 .a
E n a g o s t o de 1 8 2 5 el m i s m o G o b i e r n o del P e r ú ,
presidido p o r B o l í v a r , lo hizo salir de su retiro en-
v i á n d o l o , en compañía de don J o s é G r e g o r i o P a -
redes, á d e s e m p e ñ a r u n a misión, d i p l o m á t i c a cerca
de las C o r t e s de I n g l a t e r r a , F r a n c i a y otros países
de E u r o p a . O l m e d o n o q u i s o aceptarla tampoco
sin previa licencia de su p r o p i o G o b i e r n o , q u i e n
le d i r i g i ó la s i g u i e n t e nota :
REPÚBLICA DE COLOMBIA
Secretaria de Estado
del Despacho del Interior.
SECCIÓN- 7 .
a
j . MANUEL RESTREPO.
l i a d i c h o el señor M . A . C a r o que « O l m e d o ,
a p e g a d o s i e m p r e al t e r r u ñ o nativo del G u a y a s , fué
sucesivamente español-americano, peruano, colom-
b i a n o , ecuatoriano », y a g r e g a en t o n o acaso l i g c -
xxx:x
ramente hostil': « ¡ P e r e g r i n a s m e t a m ó r t o s i s ! « M a s
ello sin e m b a r g o es v e r d a d ; en aquellos días en
que se fundaban y se disolvían repúblicas, en q u e
se les añadían ó se les quitaban pedazos de fronte-
ras grandes c o m o naciones, bien p u d o O l m e d o ,
j u g u e t e , c o m o t o d o s , de los a c o n t e c i m i e n t o s , c a m -
biar de patria m á s de u n a v e z , sin alterar p o r eso.
en lo más m m i m o ni sus ideas, n i sus a s p i r a c i o n e s ,
ni su línea de c o n d u c t a . Y es lo cierto también
que así c o m o las siete ciudades de G r e c i a se dis-
putaban la cuna del p o e t a , pueden h o y p o r ese
m o t i v o C o l o m b i a y el P e r ú disputar al E c u a d o r la
nacionalidad de O l m e d o , m i e n t r a s C a ñ e t e , p o r
otra parte, en el libro citado en otro l u g a r , r e c l a m e
su gloria para las letras castellanas.
L a s dificultades q u e halló en su m i s i ó n á Europa,
y las discusiones con su c o m p a ñ e r o le trajeron
amarguras q u e se traslucen en la correspondencia
con B o l í v a r , que i n s e r t a m o s en las notas de este
t o m o . E n cambio a d q u i r i ó allí para toda la vida la
preciosa amistad con el ilustre A n d r é s B e l l o .
E n t o n c e s -fué t a m b i é n c u a n d o i n v i t a d o p o r el
m i s m o B o l í v a r á dar su o p i n i ó n sobre la constitu-
ción, b o l i v i a n a , la desaprobó f r a n c a m e n t e , o p o n i é n -
dose, al sistema q u e establecía para la sucesión en
el poder.
R e g r e s a n d o á G u a y a q u i l , desarrolladas y a las
dificultades entre C o l o m b i a y el P e r ú , q u e t e r m i -
naron después c o n la jornada de T a r q u i , al pasar
XL JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
p o r el C a l l a o se a b s t u v o O l m e d o de ir á v e r a su pai-
sano el g e n e r a l L a M a r , s o b r e p o n i e n d o así su pa-
triotismo á los s e n t i m i e n t o s de la m a s tierna a m i s -
tad.
E n G u a y a q u i l recibió el ofrecimiento de la C a r -
tera de R e l a c i o n e s E x t e r i o r e s q u e B o l í v a r le hizo
desde B u c a r a m a n g a , y n o lo aceptó, decidido c o m o
estaba á n o tener ingerencia en la a d m i n i s t r a c i ó n
pública.
« S u sobresaliente m é r i t o — dijo el publicista
ecuatoriano D . P e d r o C a r b o en la s o l e m n i d a d del
centenario de O l m e d o , en G u a y a q u i l — y l o s t í -
» tulos q u e había a d q u i r i d o á la e s t i m a c i ó n del
» L i b e r t a d o r , habrían sido suficientes para que éste
» le llamara á los p r i m e r o s p u e s t o s p ú b l i c o s ; m a s
» él prefirió la v i d a p r i v a d a en esos aciagos días de
» dictadura, de planes de presidencia vitalicia y de
» p r o n u n c i a m i e n t o s militares contra las i n s t i t u c i o -
» nes j u r a d a s , q u e tanto e m p a ñ a r o n la radiante
» aureola de la g l o r i o s a C o l o m b i a . O l m e d o s a l v ó
» pues su n o m b r e , n o t o m a n d o n i n g u n a parte en
» los a c o n t e c i m i e n t o s que d i e r o n p o r resultado la
» d i s o l u c i ó n de aquella r e n o m b r a d a R e p ú b l i c a . »
T a m p o c o q u i s o d e s p u é s , en t i e m p o s n o r m a l e s ,
ingerirse en la política ecuatoriana. S i n g u s t o pol-
l o s p u e s t o s p ú b l i c o s , apasionado al e s t u d i o y de
índole m a n s a , prefirió siempre vivir retirado 3^
t r a n q u i l a m e n t e r o d e a d o de u n a familia tierna y
cariñosa. P e r o su p o s i c i ó n s o c i a l , su bella inteli-
Dí>TOS Y NOTICIAS
g e n c i a , su saber, p a t r i o t i s m o , austeridad y m o d e s -
tia, formaban c o n j u n t o tan precioso de cualidades,
q u e sus c o m p a t r i o t a s , a u n respetando su r e p u g -
nancia á mezclarse en los n e g o c i o s p ú b l i c o s , le
c o m p e l i e r o n afectuosamente á hacerlo en toda
circunstancia critica ó difícil. A s í p u e s figuró en
casi todos los sucesos i m p o r t a n t e s q u e tuvieron
lugar desde que recibió la investidura de a b o g a d o
hasta su m u e r t e , y p o r esta causa, al relatar su
v i d a , es i m p r e s c i n d i b l e tener p r e s e n t e la historia
política de su Patria.
L a disociación de la G r a n R e p ú b l i c a de C o l o m -
bia dejó al E c u a d o r en m a n o s del general don
J u a n J o s é F l o r e s , natural de V e n e z u e l a y jefe de
las tropas c o l o m b i a n a s , q u e h a b í a n q u e d a d o acan-
tonadas en el E c u a d o r después de la batalla de
T a r q u i , acaecida el 2 7 de febrero de 1 8 2 9 .
E s t a s tropas, que se consideraban c o m o e x t r a ñ a s ,
eran en aquel m o m e n t o u n a amenaza para la tran-
quilidad pública y requerían u n jefe capaz de
contenerlas. F l o r e s , p o r sus antecedentes, su i n -
teligencia y su v a l o r , tenía en ellas t o d o el prestigio
q u e podía apetecer u n caudillo en ocasión s e m e -
jante. S e p u s o , p u e s , al frente del e s t a d o , l l a m a d o
entonces « del E c u a d o r en C o l o m b i a », e v i t ó la
anarquía y c o n v o c ó u n C o n g r e s o C o n s t i t u y e n t e ,
que se r e u n i ó el 1 4 d e a g o s t o de 1 8 3 0 en la c i u -
dad de R i o b a m b a , al pie del C h h n b o r a z o . O l m e d o ,
m i e m b r o de ese c u e r p o , fué u n o de los redactores
XLII JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
de la p r i m e r a constitución política de la R e p ú -
blica del E c u a d o r , q u e entonces se p r o m u l g ó .
R e n u n c i ó , sin e m b a r g o , el puesto de V i c e - P r e -
sidente de la R e p ú b l i c a que el m i s m o Congreso
le ofreció, y sólo a d m i t i ó la Prefectura del D e p a r -
tamento del G u a y a s , p o r p o c o t i e m p o , para c o n -
currir en s e g u i d a , con D o n J o a q u í n N i c o l á s de
A r t e t a y D o n J o s é F é l i x V a l d i v i e s o , á la c o n f e -
rencia d i p l o m á t i c a q u e t u v o l u g a r en Ibarra en
1832, p r o s e g u i d a en Q u i t o en 1833, con los
comisionados de la N u e v a Granada, Don José
Manuel Restrepo y D o n J o s é María Esteves, Obispo
de Santa-Marta, para discutir los limites de a m b o s
países. Esta espinosa cuestión implicaba la a n e x i ó n
del C a u c a al E c u a d o r , y c o m o era de esperarse,
las n e g o c i a c i o n e s q u e d a r o n sin efecto.
A e j e m p l o de O l m e d o , la población culta del
E c u a d o r , fatigada de g u e r r a s , se c o l o c ó del lado
del Gobierno presidido por el general Flores;
p e r o n o p u d o i m p e d i r q u e se formase en 1833
u n a oposición a r m a d a , que contenía, es v e r d a d ,
el g e r m e n de u n a causa n a c i o n a l ; pero q u e , á
pesar de q u e en ella brillaban n o m b r e s c o m o R o -
cafuerte y M o n c a y o , abrigaba también e l e m e n t o s
de desorden que el p u e b l o miraba con t e m o r , v
que s u c u m b i ó el 1 8 de enero de 1 8 3 5 , m
< í s bajo
e l peso de la o p i . i i ó n que p o r las bulas de M i ñ a -
rica.
E s t e e n c u e n t r o fratricida inspiró á O l m e d o la
DATOS Y NOTICIAS XLI!I
ha d i c h o el m i s m o O l m e d o .
É l necesitaba de batallas, de peripecias, de catás-
trofes y éstas n o se presentaban c o n frecuencia, y
por eso m i s m o tal v e z se e x p l i q u e que compu-
siera tan p o c o .
E l a r r e p e n t i m i e n t o p u d o v e n i r espoleado por
sucesos p o s t e r i o r e s ; pero ¿ p o r v e n t u r a es ésta la
primera vez q u e las m u s a s h a n favorecido la c o n -
m e m o r a c i ó n , n o y a de la d i s c o r d i a , sino hasta del
crimen?
E n todo c a s o , la antipatía q u e m e r e c i ó el s u c e s o
que s i r v e al canto de a r g u m e n t o , n o p u d o alcanzar
á F l o r e s en aquellos t i e m p o s , p u e s es j u s t o ad-
vertir que él n o lo solicitó. Pruébalo la frase
XL1V JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
P o c o tiempo duró O l m e d o en su r e t i r o , p u e s la
p r o v i n c i a de G u a y a q u i l l o e n v i ó de n u e v o á repre-
sentarla en la C o n v e n c i ó n q u e se r e u n i ó en A m -
baro en el m i s m o a ñ o 1 8 3 5 y de la q u e fué P r e -
sidente. L a n u e v a constitución q u e ese cuerpo
redactó fué en g r a n parte o b r a s u y a .
R e t i r a d o o t r a v e z á la v i d a p r i v a d a en su q u i n t a
de la V i r g i n i a , y c o n s a g r a d o al e s t u d i o p o r diez
a ñ o s c o n s e c u t i v o s , durante los cuales se o c u p ó e n
c o n t i n u a r la notable traducción de las E p í s t o l a s de
P o p e , debió s ú b i t a m e n t e a b a n d o n a r su h o g a r y
s u s tareas literarias para d i r i g i r , en u n i ó n de D o n
Vicente Ramón Roca y Don Diego Noboa, la
revolución que estalló en Guayaquil el 6 de
m a r z o de 1 8 4 5 , contra el G e n e r a l F l o r e s , q u i e n ,
después de haber g o b e r n a d o el país p o r o c h o a ñ o s ,
había sido reelecto para P r e s i d e n t e p o r otros o c h o .
E n v i r t u d de u n a ofuscación c o m ú n á todos los
XLV
Á Dios Glorificador.
Aquí yace el Doctor D. J o s é Joaquín Olmedo.
Fué el Padre de la Patria,
El ídolo del pueblo;
Poseyó todos los talentos,
Pncticó todas las virtudes.
1847.
E n la casa en q u e v i v i ó y m u r i ó , situada en la
calle que lleva su n o m b r e , ha colocado el C o n c e j o
Municipal de G u a y a q u i l u n a lápida con este epí-
grafe :
I. JOSÚ JOAQUÍN DE OLMEDO
En esta casa
Murió el ilustre guayaquileño
J o s é Joaquín Olmedo.
El Concejo Cantonal de 1 8 8 1
Le dedica este recuerdo.
C. BALLÉN.
POESÍAS
MI R E T R A T O
(Á MI H E R M A N A MAGDALENA)
Y que t o d o s los h o m b r e s
D e l siglo v e n i d e r o
S u arrugada figura
Mirarán con r e s p e t o .
¡ O h ! ¡ c ó m o se disipan
E s a s torres de v i e n t o !
T ú a l g u n a v e z m e viste
R e í r m e de m i abuelo
C o n su blonda peluca
Y sus narices m e n o s .
Si los h o m b r e s se olvidan
A u n de l o s h o m b r e s m u e r t o s ,
¿ Qué no harán, hermanita,
Q u é n o harán c o n los lienzos ?
E n rincones o b s c u r o s ,
D e vil p o l v o cubiertos,
A u n los h o m b r e s m á s grandes
D u e r m e n un s u e ñ o e t e r n o .
P e r m í t e m e q u e piense
D e un m o d o m u y diverso :
Otros enhorabuena
Q u i e r a n hacerse eternos,
P o r sus grandes hazañas,
P o r sus g r a n d e s t a l e n t o s ;
POESÍAS
A s í n o m e interesa
Q u e tuviesen H o m e r o ,
Virgilio, Horacio, Ovidio,
Buen rostro ó rostro f e o ;
Instruyanme sus obras;
Deleítenme sus v e r s o s ;
L o demás, ¡ amor m í o !
N o m e r e c e un d e s e o .
Y a y o estaré m u y l e j o s ,
Insensible al a p l a u s o ,
I n s e n s i b l e al concepto
Q u e de m í f o r m a r quieran
L o s sabios y los n e c i o s .
Gózate que n o tenga
Esos vanos deseos.
D e j a que sin desquite
E n mis alegres v e r s o s ,
M u y ufano m e ría
D e esos h o m b r e s s o b e r b i o s
Q u e piensan perpetuarse
P i n t á n d o s e en los lienzos.
II
¡ C u a n d u r o es retratarse,
Y m á s c u a n d o u n o es feo !
P o r ti h a g o el sacrificio.
L o m a n d a s ; te o b e d e z c o .
E l pintor s o y y o m i s m o ;
V e n g a , v e n g a un espejo
Que fielmente m e diga
M i s gracias y defectos.
- POESÍAS 5
N i azules, ni m u y n e g r o s ,
N i alegres, ni d o r m i d o s ,
N i v i v o s , ni m u y m u e r t o s .
S o n g r a n d e s las n a r i c e s ,
Y á mucho honor lo tengo,
P u e s n a r i g o n e s siempre
L o s h o m b r e s grandes fueron :
E l célebre V i r g i l i o ,
E l inmortal H o m e r o ,
El amoroso Ovidio,
Mi amigo y mi maestro.
L a boca n o es p e q u e ñ a ,
N i m u y g r a n d e en e x t r e m o :
E l labio n o es d e l g a d o ,
N i p á l i d o , ó de fuego.
L o s dientes son m u y blancos,.
Cabales y p a r e j o s ,
Y de t o d o m e río
P a r a que puedan v e r l o s .
L a barba es a l g o a g u d a ,
P e r o con poco pelo :
M e a l e g r o , que eso m e n o s
T e n d r é de caballero.
S o b r e t o d o , el c o n j u n t o
POESÍAS 7
A l g o tosco l o creo :
E l c o l o r n o es m u y b l a n c o ,
P e r o t a m p o c o es p r i e t o .
M e n u d a s , pero m u c h a s
Cacarañitas t e n g o ,
P u e s que nunca faltaron
S u s estrellas al c i e l o .
M a s por todo mi rostro
V a g a u n aire m o d e s t o ,
C u a l transparente v e l o
Q u e encubre m i s dcíectos.
H e r m a n a , ésta es m i cara :
¿ Q u é tal ? ¿ te ha dado miedo ?
P u e s a g u a r d a , que paso
Á pintarte mi c u e r p o .
N o es l a r g o , ni e n c o g i d o ,
N i g o r d o mi pescuezo :
T e n g o algo a n c h o s los h o m b r o s
Y n o m u y alto el p e c h o .
Y o no s o y c o r c o b a d o
M a s t a m p o c o m u y tieso :
A i r e de petimetre
N i t e n g o ni lo q u i e r o .
L a pierna n o es delgada,
8 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
E l muslo no m u y grueso,
Y el pie que D i o s m e ha dado
N o es grande ni p e q u e ñ o .
E l vestido que gasto
D e b e ser s i e m p r e n e g r o ,
Q u e , ausente de ti, sólo
D e l u t o vestir d e b o .
U n a banda celeste
M e cruza p o r el p e c h o ,
Q u e suele ser i n s i g n i a
D e h o n o r en m i c o l e g i o .
Y a m i r a s c ó m o en todo
D i s t o de los e x t r e m o s ;
P u e s lo m i s m o , lo m i s m o
E s el a l m a que t e n g o .
E n v i c i o s , en v i r t u d e s ,
P a s i o n e s y talentos,
E n todo ¡ v i d a m i a !
E n todo guardo un medio :
S ó l o , sólo en amarte
M e v o y hasta el e x t r e m o .
M itrato y mis modales
V a n á par con m i g e n i o ;
B l a n d o s , d u l c e s , sin arte
L o m i s m o que mis v e r s o s .
POESÍAS 9
Y á ti ¡ o h V a l d é s ! ¡ o h tierno
A m i g o de las M u s a s ,
Mi a m o r y mi e m b e l e s o !
Y al pie de m i retrato,
P o n d r á n este letrero :
« A m ó cuanto era a m a b l e ,
A m ó cuanto era b e l l o . »
¡ O h retrato d i c h o s o !
V a s donde y o no p u e d o :
T u suerte v e n t u r o s a
¡ C o n cuánta envidia v e o !
A n í m a t e á la vista
D e aquella que m á s quiero,,
Y dile mis ternuras,
Y dile m i s d e s e o s .
Dale mil y mil veces
P r u e b a s de m i a m o r t i e r n o ,
Y dale mil abrazos,
Y en la mejilla un b e s o .
POESÍAS II
MATEMÁTICAS
Defiende los a m i g o s ,
S a b e á t i e m p o aterrar l o s e n e m i g o s ;
Á n ú m e r o sujeta nuestras v o c e s :
M i d e y c o m b i n a el t i e m p o y e! s o n i d o ;
Predice los eclipses y c o m e t a s ,
Y á visitar se sube los planetas.
L i m a , i8c6.
POESÍAS 13
EN LA MUERTE
S e ñ o r , S e ñ o r , el pueblo que te a d o r a ,
B a j o el peso oprimido
D e tu cólera santa, g i m e y llora.
Y a n o h a y m á s resistir : la débil caña
Q u e fácil va y se m e c e ,
C u a n d o sus alas bate el m a n s o v i e n t o ;
S e s a c u d e , se q u i e b r a , desparece
A l recio soplo de h u r a c á n v i o l e n t o .
A s í tu i r a , S e ñ o r , bajo las formas
D e asoladora peste y h a m b r e y g u e r r a ,
S e d e r r a m ó p o r la infeliz E s p a ñ a .
Y aquella que llenó toda la tierra
C o n hazañas tan dignas de m e m o r i a ,
E n sus débiles h o m b r o s y a ni puede
14 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
S o s t e n e r el cadáver de su g l o r i a :
Y la que un t i e m p o , R e i n a se d e c í a
D e u n o y otro h e m i s f e r i o ,
Y vio besar su planta, y pedir l e y e s
A los pueblos h u m i l d e s y á los r e y e s ,
L l o r a cual u n a esclava en c a u t i v e r i o .
¿ Y en m e d i o á tantos m a l e s
O l v i d a s tus cuidados paternales,
O l v i d a s tu p i e d a d , y hasta n o s r o b a s
L a m á s dulce esperanza
E n la a m a b l e P r i n c e s a ,
D e c h a d o de virtud y de b e l l e z a ? . . .
¡ O h m e m o r a b l e día
A q u é l en que la g r a n d e B a r c e l o n a ,
S a l t a n d o el n o b l e p e c h o de a l e g r í a ,
Y ufana y o r g u l l o s a
A l v e r s e de sus r e y e s visitada,
Vio la m a r e s p u m o s a
B e s a r su alta m u r a l l a ,
Y d e p o n e r después sobre su p l a y a ,
A n t e el i n m e n s o pueblo que e s p e r a b a ,
E l precioso t e s o r o
Q u e la bella P a r t é n o p e 1
mandaba!
POESÍAS
Q u e de su g l o r i a y n o m b r e s h e r e d e r o s ,
Y á la s o m b r a del t r o n o
Del grande C a r l o s y la amable L u i s a ,
C r e c i e r a n , se e l e v a r a n
Y feliz perpetuaran
L a sucesión de r e y e s p i a d o s o s ,
Benéficos y b r a v o s y g u e r r e r o s
Y padres de la Patria verdaderos ?
¿ D ó , E s p a ñ a , fueron tus ardientes v o t o s ,
Q u e ante el altar p o s t r a d a ,
L a noble faz bañada
E n lágrimas de g o z o ,
E n dia tan d i c h o s o
A l cielo religiosa dirigiste ?
S e ñ o r , ensordeciste
A su c l a m o r , y á su llorar cegaste.
Y los ojos tornaste
L l e n o s de indignación : t e m b l ó la t i e r r a ;
Y los cielos t e m b l a r o n ;
T o d o s los e l e m e n t o s cruda g u e r r a 2
E n t r e sí c o n c i t a r o n ;
R ó m p e s e el aire en r a y o s encendido ;
R e t u m b a en t o r n o el t r u e n o e s t r e p i t o s o ;
E l viento enfurecido
POESÍAS 17
E n tanto y a los m a l e s y d o l o r e s ^
S o l d a d o s i n d o l e n t e s , que m i l i t a n
Bajo el pendón s o m b r í o de la m u e r t e ,
V o l t e a n d o en t o r n o de la real cabeza
U n a tan cara v i d a a m e n a z a r o n .
S u s ojos se a n u b l a r o n ;
S o b r e sus labios la sonrisa m u e r e ;
Y se sienta la pálida tristeza
E n los o j o s , q u e fueron
El t r o n o del a m o r y de las g r a c i a s ;
Y su p e c h o , en que ardía
L a . v i v a y casta l l a m a de F e r n a n d o ,
S e fatiga, se o p r i m e . . . U n m i s m o día
H a v i s t o nuestra dicha
N a c e r , crecer, m o r i r ; y fué la n o c h e
D e tan alegre día,
L a noche de la tumba obscura y fría.
¡ E n v a n o , a y ! cuan en v a n o
A g o t ó el arte h u m a n o
S u s a b e r , s u p o d e r ! . . . E l alto C i e l o
S u decreto de m u e r t e d i o . . . y e l ángel
L i b e r t a d o r de Isaac retardó el v u e l o .
C u m a n a Profetisa i,
POESÍAS 1?
Q u e desde tu h o n d a y misteriosa c u e v a .
D e furor agitada,
Y en éxtasi s u b l i m e e n a g e n a d a ,
O r á c u l o s terribles r e v e l a s t e ,
¿ P o r qué n o levantaste
D e la t u m b a , dó y a c e s tantos s i g l o s ,
L a venerable f r e n t e ;
Y la sagrada lengua desatando,
P o r qué n o presentaste
L o s imperios caídos,
Y los cetros r o m p i d o s
S o b r e el s e p u l c r o triste y p a v o r o s o ?
¿ Y p o r qué n o turbaste
E l g o z o de tu Ñ a p ó l e s , ( c a n t a n d o
E l funeral destino que arrastraba
A las playas ibéricas su h i j a ) ,
C u a n d o fió á las olas
L a R e i n a de las g e n t e s españolas ?
Y el luto de tu patria, ó n u n c a fuera,
Ó y a previsto mal m e n o s le hiciera.
Y t ú , que y a cortados
L o s lazos, que te u n í a n
A l trono y á la v i d a y á F e r n a n d o ,
Y tu esfuerzo á los cielos c o n t e n í a n ;
20 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
T e elevaste segura,
C u a l llama h e r m o s a y p u r a ,
D e l pábulo terrestre d e s p r e n d i d a ;
V e la misera E s p a ñ a
A l extremo dolor abandonada,
El real m a n t o r u g a d o ,
L a n e g r a cabellera deslazada,
Y ceñida la frente
D e jacinto al ciprés entrelazado,
G e m i r s o b r e tu l o s a . Y los g e m i d o s
S u hija A m é r i c a o y e n d o t a m b i é n g i m e ;
Y triste y desolada
Así suelta la v o z apesarada :
« ¡ O h ! ¡ qué i m p r o v i s o g o l p e
M i herido corazón de n u e v o hiere ! . . .
V i el m o n s t r u o de la g u e r r a
Y a en el a n t i g u o m u n d o no c a b i e n d o ,
N a d a r , r o m p e r los m a r e s t o r m e n t o s o s :
Y á su terrible a s p e c t o , á su b r a m i d o
Espavorida retemblar mi tierra;
Y v i la planta i m p u r a
D e l infido B r e t ó n y c o d i c i o s o ,
E n presencia del C i e l o ,
M a n c h a r m i casto y r e l i g i o s o suelo :
V i mis c a m p o s talados :
POESÍAS
V i profanar m i s t e m p l o s , m i s altares :
V i mis hijos m o r i r . . . ¡ h i j o s a m a d o s !
P o r su P a t r i a , su R e y , su D i o s a r m a d o s .
C u y a s m a n o s valientes
S ó l o al m o r i r soltaran el a c e r o
B a ñ a d o en sangre y g l o r i a ; ú n i c o alivio
D e esta viuda i n f e l i z . . . ¡ C a r l o s ! mis hijos
M u r i e r o n , ¡ a y ! . . . n o m u e r a n sin venganza;.
Q u e si v e n c e r los fuertes n o p u d i e r o n ,
L i d i a r al m e n o s y m o r i r s u p i e r o n . »
S u s p e n d e , a m a d a P a t r i a , tus q u e r e l l a s .
S i g ú e m e ; que en las alas
Del rayo impetuosas,
C u a l la reina del a i r e ,
M e lanzo á las m a n s i o n e s v e n t u r o s a s .
L a s puertas eternales de i m p r o v i s o
S e a b r i e r o n . . ; ' ¿ O y e s el a r m o n i o s o ,
A r r e b a t a d o canto
Y t ú , alado ministro de v e n g a n z a .
T ú que segaste en flor nuestra esperanza,
V é á decir á los pueblos e n e m i g o s
Q u e la ira celestial se ha s e r e n a d o ;
Q u e y a el S e ñ o r n o s llama sus a m i g o s ;
Q u e él solo nuestra fuerza q u e b r a n t a b a ;
Q u e h o y su p o d e r conforta n u e s t r o b r a z o .
D i que t i e m b l e n ; que s o m o s invencibles.
Y que el L e ó n I b e r o ,
L a su crespa m e l e n a
E r i z a d a , y a rota la c a d e n a ,
R u g i r á ; y al r u g i d o
H u y e n d o el insular precipitado
P o r sus ingratas o l a s ,
E l g r a n tridente soltará usurpado
E n las tendidas p l a y a s españolas''.
PRÓLOGO Á LA T R A G E D I A S
D e la filosofía y de la h i s t o r i a ,
S e nos ofrecen s i e m p r e á la m e m o r i a .
V e m o s allá en V i s e o q u e u n t i r a n o ,
T e ñ i d a en s a n g r e fraternal la m a n o ,
. S e abre senda al poder toda m a n c h a d a
De crímenes y muertes;
S u corazón a l t i v o ,
L i b r e de c o m p a s i ó n y v e n g a t i v o
A r d e en a m o r , y su a m o r o s a llama
N o es esa llama blanda y apacible
Q u e goza s ó l o un corazón s e n s i b l e ;
E s un v o r a z i n c e n d i o
Q u e de un volcán en las entrañas b r a m a ,
P e r o en v a n o p r o c u r a
D e s a t a r ó r o m p e r con la v i o l e n c i a
L o s lazos que f o r m a r o n la i n o c e n c i a ,
U n l a r g o y casto a m o r y la h e r m o s u r a ;
Q u e un a m o r puro y fuerte
T r i u n f a de los tiranos y la m u e r t e .
E l cruel en su furor o p r i m e , insulta
A su e n e m i g o i n e r m e , y después t i e m b l a ,
C u a n d o llega en las alas
D e l v a l o r y el a m o r . T i e m b l a , se h i e r e ,
Y c o n la m u e r t e del cobarde m u e r e ,
JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
Y tú triunfas, a m o r . C a i g a la infamia
S o b r e los m a l o s ; d a d m e las guirnaldas
D e rosas y de mirtos olorosos
P a r a ceñir las v e n t u r o s a s sienes
De los amantes firmes, virtuosos...
N o s o t r o s ¡ a h ! felices,
Si tan bellas lecciones
P a r a la h u m a n a vida a p r o v e c h a m o s ;
Y si al d a r en la escena
T a n heroicas a c c i o n e s ,
Á v o s , S e ñ o r , que a m á i s sus profesores,
Y especial protección dais al c o l e g i o ,
F e l i c e s , m u y felices, si a g r a d a m o s .
¿ P e r o qué d u d a m o s ?
S i esta gracia y favor tan d i s t i n g u i d o
D e haber á nuestros ocios asistido,
Deja nuestro t r a b a j o , si es a l g u n o ,
G r a t o , recompensado y aplaudido.
Lima, 1808.
POESÍAS 27
EL ÁRBOL 5
L i b r e , inquieta, perdida,
Irá en pos de un clavel ó de u n a r o s a ,
Y a cual p a l o m a blanda y lastimera
Irá á C h i p n á buscar su c o m p a ñ e r a ;
Y a cual garza atrevida,
T r a s p a s a r á los m a r e s ,
V e r á todos los reinos y l u g a r e s ;
0 cual águila audaz alzará el v u e l o
Hasta el r e m o t o y estrellado cielo.
¿ N o ves cuan ricas tornan á sus playas
D e las Indias las naves españolas
A pesar de los vientos y las olas ?
Pues m u y más rica tornarás, mi musa,
D e i m á g e n e s , de grandes p e n s a m i e n t o s ,
Y de cuantos t e s o r o s de belleza
C o n t i e n e en sí la g r a n naturaleza.
Y de tu largo v u e l o fatigada
Vendrás á descansar, como á seguro
Y deseado p u e r t o ,
A la s o m b r a del árbol del desierto.
1 N e c i o de m í ! ¿ Q u é h e visto ?
¡ C u á n t a s v e c e s m e j o r me hubiera estado
G o z a r en grata paz m e n o s c u r i o s o
D e este o c i o d u l c e , fresco y r e g a l a d o ,
Q u e ver el espectáculo h o r r o r o s o
POESÍAS -9
Q u e la perjura F r a n c i a ,
D e su seno feraz en sediciones,
E n escándalo ofrece á las n a c i o n e s !
<¡ D ó n d e están esas l e y e s decantadas
P o r la justicia y la equidad dictadas ?
¿ M a s , qué a p r o v e c h a n l e y e s sin v i r t u d e s ?
¡ N i c ó m o las virtudes celestiales,
Don de D i o s el m á s p u r o y m á s s a g r a d o ,
H a n de habitar el c o r a z ó n m a l v a d o
De un pueblo s e d i c i o s o ,
C u y o jefe a m b i c i o s o ,
C u a l q u i e r s e n d a , a u n q u e sea
T o d a de sangre y crímenes cubierta,
L a cree justa, l e g í t i m a , s e g u r a ,
Si o r o , p o d e r y cetro le p r o c u r a !
L o s pueblos sabios, libres y v i r t u o s o s
E n el t r o n o sentaron á las l e y e s ,
Y se postraban á sus pies los r e y e s .
P e r o el t i r a n o , n ó : sentóse él m i s m o ,
Y las l e y e s sagradas
P u s o á sus pies s a c r i l e g o postradas.
Y nada p e r d o n ó para su intento :
S u v a l o r , su t a l e n t o ,
A u n las virtudes m i s m a s le sirvieron,
Y tenidas en m á x i m a s de E s t a d o
JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
Su respetable máscara le d i e r e n .
V i ó s e la R e l i g i ó n i n m a c u l a d a ,
Hija del cielo noble y g e n e r o s a ,
Sierva de su política i n s i d i o s a ;
Y el grande p r o t e c t o r de la fe santa,
Con suma reverencia,
L o s E v a n g e l i o s en P a r í s d e c o r a ;
Y el A l c o r á n en el E g i p t o a d o r a .
¡ Q u é c r í m e n e s , qué m a l e s ,
N o h a d a d o la a m b i c i ó n á l o s m o r t a l e s !
Ella sola es cual l l a m a abrasadora,
Q u e las mieses d e v o r a ;
M a s la a m b i c i ó n u n i d a á la fortuna
E s torrente i m p e t u o s o ,
Q u e atropellando todo se d e r r a m a ,
Y devora las mieses y la l l a m a .
A s í á los pueblos se anunció el t i r a n o ,
Y ésta es la perspectiva aborrecida
Q u e ofrecerá á quien ose desrollarle
El lienzo ensangrentado de su v i d a .
En el infausto y execrable día
E n que se vio la libertad francesa
A l carro v e n c e d o r en triunfo a t a d a ;
C u a n d o al t r o n o de L u i s , C é s a r s u b í a ,
E n m e d i o del tumulto y la alegría
POESÍAS
E l furor de la m a r estrepitosa
Y los v i e n t o s h o r r í s o n o s oíste
Y el fracaso espantoso de las o l a s ,
T ú sola pintar puedes
E l ardor de las a r m a s españolas,
L a ira y celo c o n q u e p o r todas partes
V a y corre la N a c i ó n precipitada
G u e r r a c l a m a n d o ; y á la v o z de g u e r r a ,
C o m o brota la tierra
Y las m o n t a ñ a s brotan gente a r m a d a
A la guerra y venganza aparejada.
¡ G u e r r a , v e n g a n z a ! . . . ¡ O h cuánto á su deseo
Y a tarda en c o r o n a r s e el P i r i n e o
D e las pérfidas huestes e n e m i g a s !
N u n c a el indio salvaje ni el v i a j e r o ,
L a senda en noche l ó b r e g a p e r d i d a ,
T a n t o del sol ansiaron la salida,
C o m o impaciente el e s p a ñ o l , espera
M i r a r la luz p r i m e r a
Q u e le refleje el e n e m i g o a c e r o .
¡ O h ! ¡ qué sed tan violenta
D e su sangre le abrasa y a t o r m e n t a ! . . .
Y a en el c a m p o de M a r t e s a n g u i n o s o
L e hará ver que en E s p a ñ a ,
P a r a v e n g a r la afrenta
34 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
Lima, 1S09.
JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
¿ E n s a b e r , en p o d e r , piensas q u e excedes
Á aquel de quien p o r gracia has recibido
L o q u e eres, lo que v a l e s , l o que p u e d e s ;
Y sin el cual los m i s m o s pensamientos
N o pudieras tener que h o y contra él t i e n e s ?
E l es o m n i p o t e n t e ; tú eres d é b i l .
É l s a b i o , tú i g n o r a n t e . É l rico en bienes,
T ú vil y m i s e r a b l e .
POESÍAS 3?
¿ Y será m á s p r o b a b l e
Q u e el m u n d o que tu m a n o formaría
A u n m á s perfecto que el de D i o s s e r í a ? . . .
j Q u é insensatez, qué o r g u l l o , qué o s a d í a !
D o qnier en arcos y á n g u l o s se c r u z a n ,
E l laberinto y confusión a u m e n t a n .
Lima, iSlfr.
POESÍAS
A UN A M I G O
EN EL NACIMIENTO DE SU PRIMOGÉNITO
D a á la m a l d a d p o r galardón la fama,
S e atreve á t o d o , y triunfa, y se c o r o n a .
¡ O h ! ¡ s i te fuera d a d o a l s e n o o b s c u r o ,
P e r o dulce y s e g u r o ,
D e la nada t o r n a r ! . . . y de este h e r m o s o
Y vivífico s o l , a l m a del m u n d o ,
N o v o l v e r á la l u z , sino allá c u a n d o
C e ñ i d a en lauro de victoria ostente
L a dulce patria su radiosa frente,
Y cuando el astro del s a b e r termine
S u conocido g i r o al o c c i d e n t e ;
Y el culto del a r a d o y de las artes.
M á s preciosas que el o r o ,
42 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMHDO
H a g a reflorecer en lustre e t e r n o ,
C a n d o r , riqueza y nacional decoro :
Y leyes de virtud y a m o r dictando,
E n lazo federal las gentes todas
A d u n e la a l m a paz, y se a m e n t o d a s . . .
Y ¡ oh triunfo ! derrocados
C a i g a n al h o n d o a b i s m o
E r r o r , o d i o civil y fanatismo.
E m p e r o tu d e b e r , R i s e l a m a d o ,
Y a que te \ e s alzado
A la s u b l i m e d i g n i d a d de p a d r e ,
T e .manda no t e m e r ; antes el fuerte
P e c h o contraponer á la violenta
A v e n i d a del mal y de la suerte.
V i r t u d , ingenio tienes. S i r v a t o d o ,
N o sólo á dirigir la Índole tierna
D e tu hijo al bien, que en desunión eterna
Está con la a m b i c i ó n y la m e n t i r a ,
S i n o á purificar en algún m o d o
E l aire infecto que do quier respira.
A p r e n d a de tu ejemplo
P r u d e n c i a , no d o b l e z ; v a l o r , no a u d a c i a ;
M o d e r a c i ó n en próspera fortuna,
C o n s t a n t e dignidad en la desgracia.
P o r q u e cuando en el m o n t e se e m b r a v e c e
H ó r r i d a t e m p e s t a d , el flaco arbusto
T r a b a j a d o del á b r e g o p e r e c e ,
M a s al h u m i l d e suelo nunca inclina
S u excelsa frente la robusta e n c i n a ;
A n t e s allá en las n u b e s s e ñ o r e a
L o s e l e m e n t o s en su g u e r r a i m p í a
Y al fulgurante r a y o desafia.
44 ¡OSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
Y t ú , mi dulce a m i g a , c u y o h e r m o s o
C o r a z ó n es el ara
D e l a m o r c o n y u g a l y la ternura :
Q u e por seguir y c o n s o l a r tu e s p o s o ,
E n tabla mal segura
Osaste hollar c o n varonil d e n u e d o
M a r e s p o r sus naufragios tan famosas,
Y cortes m á s que m a r e s p r o c e l o s a s ;
T ú que aun en m e d i o del d o l o r serena,
V i s t e abrirse á tus pies la t u m b a o b s c u r a ,
N i a s o m a d a á su a b i s m o te e s p a n t a s t e ;
Y ansiedad, y a m a r g u r a ,
E n los pesares s ó l o ,
M a l m e r e c i d o s , de R i s e l m o s t r a s t e ;
Ó c u a n d o el t i e r n o p e c h o te asaltaba
D u l c e m e m o r i a de tu patria a u s e n t e :
¡ O h ! entonces no sabías
Q u e al v o l v e r á tu patria y tus a m i g o s
E n p r e m i o el C i e l o á tu v i r t u d g u a r d a b a
L o que n e g ó á diez años de deseos,
Y que m a d r e á tu m a d r e abrazarías.
G ó z a t e para s i e m p r e , a m i g a m í a ;
H u y ó la n u b e en tempestad p r e ñ a d a ,
Y te a m a n e c e bonancible día.
POESÍAS 45
G ó z a t e , tierna a m i g a , para s i e m p r e :
É s t e , éste de la patria el c a r o s u e l o ,
Éste su dulce y apacible cielo,
É s t o s tus lares s o n . ¿ P o r qué s u p i r a s ?
N o es y a m e n t i d o s u e ñ o l o q u e m i r a s . . .
E s a que tierna abrazas es tu m a d r e ,
T ú m á s feliz que y o tu m a d r e a b r a z a s . . .
Mientras y o , ¡desdichado!
S ó l o en la t u m b a abrazaré la m í a .
Lima, 1 8 1 7 .
POESÍAS
LA VICTORIA DE JUNÍN
CANTO Á BOLÍVAR
Y el r a y o q u e en J u n í n r o m p e y a h u y e n t a
L a hispana m u c h e d u m b r e
Q u e m á s feroz que nunca a m e n a z a b a
A sangre y fuego eterna s e r v i d u m b r e :
Y el canto de victoria
Q u e en ecos m i l discurre ensordeciendo
E l h o n d o valle y enriscada c u m b r e ,
P r o c l a m a n á B o l í v a r en la tierra
A r b i t r o de la paz y de la g u e r r a .
43 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
Q u e c o n eco profundo
Á la postrema edad dirán del m u n d o :
« N o s o t r o s v i m o s de J u n í n el c a m p o :
» V i m o s que al desplegarse
» D e l P e r ú y de C o l o m b i a las banderas
» S e turban las legiones a l t a n e r a s ,
» H u y e el fiero español d e s p a v o r i d o ,
» Ó pide paz r e n d i d o .
» V e n c i ó B o l í v a r : el P e r ú fué l i b r e :
» Y en triunfal p o m p a L i b e r t a d sagrada
» E n el t e m p l o del S o l fué c o l o c a d a . »
O t r a s el v u e l o arrebatado tiende
S o b r e los m o n t e s : y de allí desciende
JOSÉ JOAQUÍN' DE OLMEDO
A l c a m p o de J u n í n : y a r d i e n d o en ira
L o s numerosos escuadrones mira
Q u e el odiado pendón de E s p a ñ a arbolan :
Y en cristado m o r r i ó n y peto a r m a d a ,
Cual amazona fiera,
S e mezcla entre las filas la p r i m e r a
D e todos- los g u e r r e r o s ,
Y á combatir c o n e l l o s se adelanta,
T r i u n f a con ellos y sus triunfos canta.
C i e g a se lanza al circo p o l v o r o s o ,
L a s alas rapidísimas agita,
Y al c a r r o v e n c e d o r se precipita.
Y desatando a r m ó n i c o s raudales
P i d e , disputa, g a n a ,
O arrebata la p a l m a á sus rivales 9.
U n corcel i m p e t u o s o fatigando
D i s c u r r e sin cesar p o r toda p a r t e . . . ?
¿ Q u i é n , sino e l hijo de C o l o m b i a y M a r t e ?
S o n ó su v o z : « P e r u a n o s ,
Mirad allí los d u r o s opresores
D e v u e s t r a patria. B r a v o s C o l o m b i a n o s ,
E n cien crudas batallas v e n c e d o r e s ,
Mirad allí los e n e m i g o s fieros
Q u e buscando venís desde O r i n o c o :
S u y a es la fuerza, y el v a l o r es vuestro :
V u e s t r a será la g l o r i a ;
P u e s lidiar c o n v a l o r y por la patria
E s el m e j o r p r e s a g i o de victoria.
A c o m e t e d : que s i e m p r e
D e quien se atreve m á s el triunfo ha sido :
Q u i e n no espera v e n c e r , y a está v e n c i d o . »
Dice : y al punto cual fugaces c a r r o s ,
Q u e dada la s e ñ a l , parten, y en densos
D e arena y polvo torbellinos r u e d a n ;
A r d e n los e j e s ; s e estremece el s u e l o ;
Estrépito confuso asorda el c i e l o ;
Y en m e d i o del afán cada cual teme
Q u e los demás adelantarse p u e d a n :
A s í los ordenados escuadrones
Q u e reflejan del iris los colores
POESÍAS
S e avanzan á la l i d . ¡ O h ! ¡ q u i é n temiera,
Q u i é n , que su ímpetu m i s m o los p e r d i e r a !
D e n t r o en el c o r a z ó n p o r P a t r i a jura
C u m p l i r la o r d e n fatal; y á la v i c t o r i a
Ó á noble y cierta m u e r t e se a p r e s u r a .
Y a el f o r m i d a b l e e s t r u e n d o
D e l a t a m b o r en u n o y otro b a n d o ;
Y el son de las t r o m p e t a s c l a m o r o s o ,
Y el relinchar del alazán f o g o s o ,
Q u e erguida la cerviz y el ojo a r d i e n d o ,
E n bélico furor salta impaciente
D o más se encruelece la p e l e a ;
Y el silbo de las balas, q u e r a s g a n d o
E l a i r e , llevan por do quier la m u e r t v ;
-S-i JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
Y el c h o q u e asaz h o r r e n d o
D e selvas densas de ferradas p i c a s ;
Y el brillo y estridor de los aceros
Q u e al sol reflectan s a n g u i n o s o s v i s o s ;
Y espadas, lanzas, m i e m b r o s esparcidos
Ó en torrentes de s a n g r e a r r e b a t a d o s ,
Y el v i o l e n t o tropel de los g u e r r e r o s
Q u e m á s feroces mientras más h e r i d o s ,
D a n d o y v o l v i e n d o el golpe r e d o b l a d o ,
M u e r e n , m a s n o se r i n d e n . . . T o d o anuncia
Q u e el m o m e n t o ha l l e g a d o ,
E n el gran libro del D e s t i n o escrito,
D e la venganza al p u e b l o a m e r i c a n o ,
D e m e n g u a y de baldón al castellano.
R a y o s respira, m o r t a n d a d y e s t r a g o ,
Y sin pararse á d e v o r a r la p r e s a ,
P r o s i g u e en su furor, y en cada huella
D e j a de negra sangre un h o n d o l a g o .
E n tanto el A r g e n t i n o valeroso
R e c u e r d a que v e n c e r se le ha m a n d a d o ;
Y n o y a cual caudillo, cual soldado
L o s formidables í m p e t u s contiene
Y u n o en contra de ciento se sostiene,
C o m o tigre furiosa
D e rabiosos mastines a c o s a d a ,
Q u e g u a r d a n el redil, m a t a , destroza,
A h u y e n t a sus c o n t r a r i o s ; y a u n q u e h e r i d a ,
Sale con la victoria y con la v i d a .
O h capitán v a l i e n t e ,
Blasón ilustre de tu ilustre patria,
N o m o r i r á s : tu n o m b r e eternamente
E n nuestros fastos sonará g l o r i o s o ,
Y bellas ninfas de tu Plata u n d o s o
A tu g l o r i a darán s o n o r o canto
Y á tu i n g r a t o destino acerbo l l a n t o . 1 5
M a r c h a r se v e la j u v e n t u d p e r u a n a ,
A r d i e n t e , firme, á perecer resuelta,
S i acaso el h a d o infiel v e n c e r le n i e g a .
E n el a r d u o conflicto o p o n e ciega
A los adversos dardos firmes p e c h o s ,
Y otro n o m b r e conquista c o n s u s h e c h o s . - 1
T a l el j o v e n A q u i l e s 1 6
O r a m i lira r e s o n a r debía
D e l n o m b r e y las hazañas portentosas
D e tantos capitanes que este día
L a palma del v a l o r se d i s p u t a r o n ,
D i g n a de t o d o s . . . C a r b a j a l . . . y S i l v a . . . "
1
Y S u á r e z . . . y otros m i l . . . M a s de i m p r o v i s o
L a espada de B o l í v a r a p a r e c e ,
Y á todos los g u e r r e r o s ,
C o m o el sol á los astros, obscurece.
L a resonante t r o m p a q u e o t r o tiempo
C a n t a b a al c r u d o M a r t e entre los T r a c e s ,
Bien a n i m a n d o las terribles h a c e s ,
B i e n los fieros caballos, que la l u m b r e
D e la égida de P a l a s espantaba.
T a l el h é r o e brillaba
P o r las p r i m e r a s filas d i s c u r r i e n d o .
S e o y e su v o z , su acero resplandece
D o m á s la p u g n a y el peligro crece.
N a d a le puede r e s i s t i r . . . Y es fama,
¡ O h portento i n a u d i t o !
Q u e el bello n o m b r e de C o l o m b i a escrito
POESÍAS 59-
S o b r e su frente en t o r n o despedía
R a y o s de luz tan v i v a y refulgente
Q u e d e s l u m h r a d o el E s p a ñ o l d e s m a y a ,
T i e m b l a , pierde la v o z , el m o v i m i e n t o :
S ó l o para la fuga tiene aliento.
A s í cuando en la n o c h e a l g ú n m a l v a d o
V a á descargar el brazo l e v a n t a d o ;
S i de i m p r o v i s o lanza un r a y o el c i e l o ,
S e p a s m a , y el p u ñ a l t r é m u l o suelta :
H i e l o m o r t a l á su furor s u c e d e ;
T i e m b l a , y horrorizado r e t r o c e d e .
Y a no hay más combatir. E l enemigo
E l c a m p o todo y la v i c t o r i a c e d e .
H u y e cual c i e r v o h e r i d o ; y a d o n d e huye-
A l l í e n c u e n t r a la m u e r t e . L o s caballos
Q u e fueron su esperanza en la pelea,
H e r i d o s , espantados, por el c a m p o
Ó entre las filas v a g a n , salpicando
E l suelo en sangre que su crin g o t e ü ;
D e r r i b a n al jinete, lo atrepellan,
Y las catervas v a n d e s p a v o r i d a s ,
Ó unas con otras c o n terror se estrellan..
C r e c e la confusión, crece el espanto :
Y al i m p u l s o del aire, que vibrando
60 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
S u b e en clamores y alaridos l l e n o .
T r e m e n las c u m b r e s que respeta el t r u e n o .
Y discurriendo el v e n c e d o r en tanto
P o r cimas de cadáveres y heridos
Postra al que h u y e , perdona á los r e n d i d o s .
¡ P a d r e del u n i v e r s o ! ¡ S o l r a d i o s o !
¡ D i o s del P e r ú ! ¡ m o d e r a o m n i p o t e n t e
E l ardor de tu carro i m p e t u o s o ,
Y n o escondas tu luz indeficiente...
U n a h o r a m á s de l u z ! . . . ? P e r o esta hora
1
T e n d i ó su m a n t o l ó b r e g o la n o c h e :
Y las reliquias del p e r d i d o b a n d o ,
C o n sus tristes y atónitos c a u d i l l o s ,
C o r r e n sin saber d o n d e espavoridas,
Y de su s o m b r a m i s m a se e s t r e m e c e n .
Y al fin en las tinieblas ocultando
S u afrenta y su p a v o r , desaparecen.
poesías t>I
¡ V i c t o r i a p o r la P a t r i a ! ¡ o h D i o s ! ¡ V i c t o r i a !
¡Triunfo á Colombia : y á Bolívar gloria!
Y a el r o n c o parche y el clarín s o n o r o
N o á presagiar batalla y m u e r t e suena,
N i á enfurecer las almas : m a s se estrena
En alentar el bullicioso coro
D e v i v a s y patrióticas canciones.
A r d e n cien pinos : y á su luz las s o m b r a s
H u y e r o n , cual poco antes desbandadas
H u y e r o n de la Espada de C o l o m b i a
L a s vandálicas huestes debeladas.
E n t o r n o de la l u m b r e ,
E l n o m b r e de B o l í v a r repitiendo
Y las hazañas de tan claro d í a ,
L o s jefes, y la alegre m u c h e d u m b r e
C o n s u m e n en acordes libaciones
D e Baco y C e r e s l o s celestes d o n e s .
Ó cubierta de orín i g n o m i n i o s o ,
Ó en el útil arado t r a s í o r m a d a ,
N u e v a s leyes dará. L a s varias gentes
D e l m u n d o , que á despecho de los cielos
Y del i g n o t o p o n t o p r o c e l o s o ,
A b r i ó á C o l ó n su audacia ó su codicia,
T o d a s y a para s i e m p r e recobraron
E n J u n í n libertad, gloria y r e p o s o . »
S u mirar n o b l e , p e r o n o s a ñ u d o ;
Y nieblas figuraban á su planta
P e n a c h o , a r c o , carcax, flechas y e s c u d o .
U n a zona de estrellas
G l o r i f i c a b a e n derredor su frente
Y la borla imperial de ella p e n d i e n t e .
M i r ó á J u n í n : y plácida sonrisa
V a g ó sobre su faz. « H i j o s , decía,
G e n e r a c i ó n del S o l afortunada,
Q u e con placer y o puedo llamar m í a ,
Y o s o y H u a i n a C a p a c : s o y el postrero
D e l v a s t a g o sagrado : 2 0
D i c h o s o rey, m a s padre d e s g r a c i a d o .
D e esta m a n s i ó n de paz y luz he visto
C o r r e r las tres centurias
D e m a l d i c i ó n , de sangre y s e r v i d u m b r e :
Y el I m p e r i o r e g i d o por las F u r i a s .
N o h a y punto en estos valles y estos cerros
Q u e n o m a n d e tristísimas m e m o r i a s .
T o r r e n t e s mil de sangre se cruzaron
A q u í y allí : las tribus n u m e r o s a s
A l r u i d o del cañón se disiparon :
Y los restos mortales de mi gente
A u n á las m i s m a s rocas fecundaron.
64 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
« Y mi Huáscar t a m b i é n . . . 2 2
¡ Y o n o vivia!
¡ Q u e de v i v i r , lo j u r o , bastaría,
S o b r a r a á debelar la hidra española
E s t a m i diestra triunfadora, s o l a !
Y nuestro s u e l o , que a m a sobre todos
E l S o l mi padre, en el estrago fiero
N o fué, ¡ o h d o l o r ! ni el s o l o , ni el p r i m e r o .
Q u e mis caros h e r m a n o s ,
E l gran Guatimozín y Motezuma
C o n m i g o el caso acerbo l a m e n t a r o n
D e su nefaria m u e r t e y c a u t i v e r i o ,
Y la devastación del grande i m p e r i o ,
E n riqueza y p o d e r igual al m í o . . .
H o y con noble desdén a m b o s recuerdan
E l ultraje i n a u d i t o , y entre fiestas
A l e v o s a s el dardo p r e v e n i d o ,
Y el lecho en v i v a s ascuas e n c e n d i d o .
POESÍAS
« ¡ G u e r r a al u s u r p a d o r ! — ¿ Q u é le d e b e m o s ?
¿ L u c e s , c o s t u m b r e s , religión ó l e y e s ? . . .
¡ Si ellos íueron estúpidos, viciosos,
F e r o c e s , y por fin supersticiosos!
¿ Q u é r e l i g i ó n ? ¿ l a de J e s ú s ? . . . ¡Blasfemos!
S a n g r e , p l o m o v e l o z , cadenas fueron
L o s sacramentos santos que trajeron.
¡ O h r e l i g i ó n ! ¡ o h fuente pura y santa
D e a m o r y de consuelo para el h o m b r e !
¡ C u á n t o s males se hicieron en tu n o m b r e !
¿ Y qué lazos de a m o r ? . . . P o r los oficios
D e la hospitalidad m á s generosa
H i e r r o s nos dan : por gratitud, suplicios.
T o d o s , s í , todos : m e n o s u n o s o l o ;
E l mártir del a m o r a m e r i c a n o :
D e paz, de caridad apóstol s a n t o ;
D i v i n o C a s a s , de otra patria d i g n o . > 2
E l Inca esclarecido
Iba á seguir : m a s de repente queda
E n éxtasis profundo e m b e b e c i d o :
Atónito en el cielo
A m b o s ojos i n m ó v i l e s p o n í a ,
Y en la i m p r o v i s a inspiración absorto
L a s o m b r a de una estatua parecía.
C o b r ó la voz al fin. « P u e b l o s , decía,
L a página fatal ante mis ojos
D e s e n v o l v i ó el D e s t i n o , salpicada
T o d a en purpúrea s a n g r e ; m a s en t o r n o
T a m b i é n en bello resplandor bañada,
j e f e de m i n a c i ó n , nobles g u e r r e r o s ,
O í d cuanto m i oráculo os p r e v i e n e ,
Y requerid los ínclitos aceros,
POESÍAS
V u e l a en su fuga á m i sagrada C u z c o ;
Y en su furia insensata
G e n t e s , a r m a s , tesoros arrebata,
Y á n u e v o azar entrega su fortuna.
V e n g a n z a , indignación, furor le inflaman,
Y allá en su p e c h o h i e r v e n c o m o fuegos
Q u e de un v o l c á n en las entrañas braman.
« M a r c h a : y el m i s m o c a m p o donde ciegos
E n sangrienta p o r f í a 2 6
J O S É jOAQ/JÍN DE OLMEDO
L o s p r i m e r o s tiranos disputaron
C u á l de ellos solo d o m i n a r debía,
Pues el poder y el o r o dividido
T e m p l a r su ardiente fiebre n o p o d í a :
E n ese c a m p o , que á discordia ajena
D e b i ó su infausto n o m b r e , y la cadena
Q u e después arrastró todo el i m p e r i o ;
A l l í , no sin misterio
V e n g a n z a y gloria n o s darán los C i e l o s .
¡ O h valle de A y a c u c h o bienhadado!
¡ C a m p o serás de gloria y de venganza....
M a s n o sin s a n g r e . . . Y o m e e s t r e m e c i e r a ,
Si mi ser inmortal no lo impidiera !
« Allí B o l í v a r , en su heroica m e n t e
M a y o r e s pensamientos r e v o l v i e n d o ,
E l n u e v o triunfo trazará, y haciendo
D e su genio y poder un n u e v o e n s a y o ,
A I joven S u c r e prestará su r a y o . " 2
Al joven animoso,
A quien del E c u a d o r montes y ríos
D o s veces aclamaron v i c t o r i o s o .
Y a se v e r á en la frente del guerrero.
T o d a el alma del H é r o e reflejada,
Q u e él le quiso infundir de una m i r a d a .
POESÍAS
« ¡ A t r o z , h o r r e n d o c h o q u e , de azar l l e n o !
C u a l aturde y espanta en su estallido
D e hórrida tempestad el postrer t r u e n o .
A r d e r en fuego el aire,
E n h u m o y p o l v o obscurecerse el cielo,
Y con la sangre en que rebosa el s u e l o ,
S e verá el A p u r í m a c de repente
E m b r a v e c e r su rápida c o r r i e n t e .
T u m i r t o , V e n u s , tus laureles, M a r t e .
C o n su Miller los húsares recuerdan
E l nombre de J u n í n : V a r g a s su n o m b r e ,
Y v e n c e d o r el s u y o con su L a r a
E n cien hazañas cada cual m á s clara. 2 8
« L o grande y p e l i g r o s o
H i e l a al cobarde, irrita al a n i m o s o .
¡ Q u é i n t r e p i d e z ! ¡ q u é súbito coraje
E l brazo agita y en el pecho prende
D e l que su patria y libertad defiende!
E l m e n o r resistir es n u e v o ultraje.
E l jinete i m p e t u o s o ,
E l fulmíneo arcabuz de sí a r r o j a n d o ,
L á n z a s e á tierra con el hierro en m a n o ,
P u e s le parece en trance tan d u d o s o
L e n t o el caballo, perezoso el p l o m o .
C r e c e el ardor. — Y a cede en toda parte
E l n ú m e r o al v a l o r , la fuerza al arte.
Y el í b e r o arrogante en las m e m o r i a s
D e sus pasadas glorias,
F i r m e , i e r o z resiste : y y a en idea
Bajo triunfales a r c o s , que alzar debe
L a sojuzgada L i m a , se pasea.
M a s su afán, su ilusión, sus a r t e s . . . n a d a .
Ni la resuelta y n u m e r o s a tropa
L e sirve. C e d e al ímpetu t r e m e n d o :
Y el a r m a de Bailen rindió c a y e n d o
E l v e n c e d o r del v e n c e d o r de E u r o p a .
P e r d i ó el v a l o r , m a s no las iras pierde,
Y en furibunda rabia el p o l v o m u e r d e .
J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
A l z a el párpado g r a v e , y s a n g u i n o s o s
R u e d a n sus ojos y sus dientes crujen :
M i r a la l u z ; se indigna de m i r a r l a :
A c u s a , insulta al c i e l o ; y de sus labios,
Cárdenos, espumosos,
V o t o s , y negra s a n g r e , y hiél b r o t a n d o ,
E n v a n o un v e n g a d o r m u e r e i n v o c a n d o .
« ¡ S a l u d , oh V e n c e d o r ! ¡ O h S u c r e ! ¡ v e n c e ,
Y de n u e v o laurel orla tu frente.
Alta esperanza de tu insigne patria!
C o m o la palma al m a r g e n de un torrente
C r e c e tu n o m b r e . . . Y sola en este día
T u g l o r i a , sin B o l í v a r , brillaría.
T a l se v e H é s p e r o arder en su c a r r e r a ,
Y del n o c t u r n o cielo
S u y o el i m p e r i o sin la luna fuera.
« P o r las m a n o s de S u c r e la victoria
C i ñ e á B o l í v a r lauro i n m a r c e s i b l e .
¡ O h T r i u n f a d o r ! la palma de A y a c u c h o ,
Fatiga eterna al bronce de la F a m a ,
S e g u n d a vez L i b e r t a d o r te a c l a m a .
5
J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
« P o r n o trillada s e n d a , de la g l o r i a
A l templo v u e l a s , ínclito B o l í v a r .
POESÍAS 75
•« O h L i b e r t a d , el H é r o e que podía
S e r el brazo de M a r t e s a n g u i n a r i o ,
E s e es tu sacerdote m á s c e l o s o ,
Y el p r i m e r o que t o m a el i n c e n s a r i o ,
Y á tus aras se inclina silencioso.
j O h L i b e r t a d ! Si al pueblo a m e r i c a n o
L a s o l e m n e m i s i ó n h a dado el C i e l o
D e d o m e ñ a r el m o n s t r u o de la g u e r r a ,
Y dilatar tu i m p e r i o soberano
P o r l a s r e g i o n e s todas de la tierra,
Y por las ondas todas de los m a r e s ,
N o t e m a s , con este H é r o e , que a l g ú n día
E c l i p s e el ciego error tus resplandores,
Superstición profane tus altares,
N i que insulte tu l e y la tiranía :
Y a tu i m p e r i o y tu culto son eternos.
Y cual restauras en su antigua gloria
D e l santo y p o d e r o s o
P a c h a - C a m a c el templo p o r t e n t o s o ; ^
76 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
T i e m p o v e n d r á , mi oráculo n o m i e n t e ,
E n que darás á pueblos destronados
S u majestad ingénita y su s o l i o ,
A n i m a r á s las ruinas de C a r t a g o ,
R e l e v a r á s en G r e c i a el A r e o p a g o ,
Y en la humillada R o m a el C a p i t o l i o .
E l l o s , e m p e r o , firmes y serenos
V e n el estrago funeral del m u n d o .
D i j o el i n c a . Y las b ó v e d a s etéreas
D e par en par se a b r i e r o n ,
E n v i v a luz y resplandor brillaron
Y en celestiales cantos r e s o n a r o n .
E r a el coro de candidas v e s t a l e s ;
L a s v í r g e n e s del s o l , que r o d e a n d o
A l Inca c o m o á s u m o s a c e r d o t e ,
E n gozo santo y ecos virginales
E n torno v a n cantando
D e l sol las alabanzas i n m o r t a l e s :
« A l m a eterna del m u n d o ,
D i o s santo del P e r ú , padre del I n c a ,
E n tu giro, fecundo
G ó z a t e sin cesar, luz b i e n h e c h o r a ,
V i e n d o y a libre el p u e b l o que te a d o r a .
8o J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
L a tiniebla de sangre y s e r v i d u m b r e
Q u e ofuscaba la l u m b r e
D e tu radiante faz pura y serena
S e d i s i p ó , y en cantos se convierte
L a querella de m u e r t e
Y el ruido antiguo de servil cadena.
A q u í la libertad b u s c ó un a s i l o ,
Amable peregrina;
Y y a l o encuentra plácido y t r a n q u i l o ,
Y aquí p o n e r la D i o s a
Q u i e r e su t e m p l o y ara m i l a g r o s a .
A q u í , olvidada de su cara H e l v e c i a ,
S e viene á consolar de la ruina
De los altares que le alzó la G r e c i a ,
Y en todos sus oráculos p r o c l a m a
Q u e al Madalén y al R í m a c bullicioso 11
Y a sobre el T í b e r y el E u r o t a s a m a .
¡ O h P a d r e , oh claro s o l ! no desampares
E s t e s u e l o j a m á s , ni estos altares.
T u vivífico ardor todos los seres .
A n i m a y reproduce : por ti v i v e n ,
Y acción, salud, placer, beldad reciben.
T ú al labrador despiertas,
POESÍAS 8l
¡ F e c u n d a ¡ o h s o l ! tu tierra;
Y los males repara de la g u e r r a .
D a á nuestros c a m p o s frutos abundosos
A u n q u e niegues el brillo á los metales :
D a naves á los p u e r t o s ;
P u e b l o s á los d e s i e r t o s ;
Á las a r m a s v i c t o r i a ;
A l a s al g e n i o y á las M u s a s gloria.
F u e r o n h o n o r del fabuloso s u e l o , .
Ninfas del T o r m e s y el G e n i l , en duelo
S e esconden silenciosas :
Y el grande Betis viendo y a m a r c h i t a .
S u sacra oliva, m e n o s orgulloso
P a g a su antiguo feudo al m a r u n d o s o . .'
Y me diré feliz si m e r e c i e r e ,
A l colgar esta lira en que he cantado
E n tono m e n o s diño
L a gloria y el destino
D e l v e n t u r o s o pueblo a m e r i c a n o :
Y o m e diré feliz si mereciere
P o r p r e m i o á m i osadía,
U n a m i r a d a tierna de las G r a c i a s ,
Y el aprecio y a m o r de mis h e r m a n o s .
U n a sonrisa de la Patria m í a ,
Y el odio y el furor d e l o s t i r a n o s .
G u a y a q u i l , abril ¿ 8 2 5 .
85 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
TRADUCCIÓN
¡ O h n a v e ! ¿ dónde v a s ? ¿ N o t e amedrentan
L a s n u e v a s olas que á la m a r te i m p e l e n ?
¡ A y ! el peligro es cierto.
T o r n a , torna v e l o z , ocupa el p u e r t o .
T u c o s t a d o de r e m o s v e d e s n u d o ,
Y v e tu mástil r o t o
A l Ímpetu del á b r e g o s a ñ u d o .
\ C u a l crujen las e n t e n a s !
Sin cables, sin t i m ó n , la frágil tabla
R e s i s t i r p o d r á apenas
L o s asaltos del m a r . •—• N o h a y vela s a n í .
N i D i o s propicio que á tu v o z descienda
Y en tu n u e v o conflicto te defienda.
N o te v a l d r á tu n o m b r e , ni el ser hija
POESÍAS
D e l m á s excelso pino
Q u e fué h o n o r de las selvas del E u x i n o .
¿ Y pondrá en v a n o el tímido piloto
E n la pintada p o p a su e s p e r a n z a ? . . .
G u a r t e , nave infeliz. C a d a m o m e n t o
T e m e ser j u e g o del furioso v i e n t o .
T ú que otro t i e m p o fuiste
I n q u i e t o tedio á mi á n i m o a g i t a d o ,
Y ahora objeto triste
D e m i acerbo pesar y mi cuidado :
H u y e , bajel q u e r i d o ,
D e l mar embravecido,
Q u e entre escollos corriendo peligrosos
D e viva roca y de ferviente a r e n a ,
Á seguro naufragio te c o n d e n a .
S3 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
[et l o i s ,
T o u s les biens de la p a i x . . . de C é r é s tous les d o n s ,
Q u i révé'.ent a u x m e r s le b o n h e u r des n a t i o n s .
Guayaquil, 1831.
POESÍAS 8 9
AL GENERAL FLORES
VENCEDOR EN MIÑARICA.
A s í m i M u s a u n día
Sintió la tierra huir bajo su planta,
Y osó escalar los cielos, n o teniendo
Más g e n i o que a m o r patrio y osadía.
E n la r e g l ó n etérea se declara
G r a n d e sacerdotisa de l o s I n c a s ;
A b r e el templo del S o l : flores y ofrendas
Esparce sobre el ara :
C i ñ e la estola espléndida y la tiara :
Inquieta, atormentada
De un D i o s que dentro el pecho n o le c a b e ,
Profiere en alta v o z lo que n o s a b e ,
P o r ciega inspiración. T i e m b l a n l o s r e y e s
E s c u c h a n d o el oráculo t r e m e n d o :
R e v e l a c i o n e s , leyes
Dicta al P u e b l o : describe las batallas '„
D e la patria predice la victoria,
Y la aplaude en seráficos cantares :
D e los I n c a s deifica la m e m o r i a ,
POESÍAS
E n v a n o el b r o n c e fratricida truena,
Y de las a r m a s r o m p e el e s t a l l i d o ;
Y al recrujir el carro de la g u e r r a
S e siente en t o r n o retemblar la t i e r r a / *
E n v a n o h , ¡ o h D i o s ! del m e d i o 1
Y en v a n o sobre el m a r g e n p o p u l o s o
D e l rico T a m e s y bullente R i m a ,
E n verso n u m e r o s o
C a n o r a s v o c e s se alzan despertando 47.
L a M u s a de J u n í n . . . que el sacro fuego
D e inspiración c e s ó ; lánguido e x p i r a ;
Y el canto silencioso
D u e r m e sobre las cuerdas de su lira.
Y a está dentro de m í . — V e l o c e s v i e n t o s ,
A n u n c i a d á las gentes
POESÍAS 9J
U n nuevo canto de v i c t o r i a . D a d m e
L a u r e l y p a l m a s y alas e s p l e n d e n t e s ;
V o l v e d m e el estro s a n t o ,
Q u e y a en el seno siento hervir el canto.
L e y e s y patria y libertad p r o c l a m a n . . .
Y o r o , s a n g r e , p o d e r . . . esas sus l e y e s ,
E s a es la libertad, de que se llaman
ínclitos v e n g a d o r e s . . .
Y en los e n o r m e s m o n t e s interpuestos
Y en el soberbio inexpugnable alcázar,
Q u e de lejos ostenta
L a R e i n a del Pacífico opulenta, 4 8
C o r r e n al triunfo c i e r t o . . . y un a b i s m o
S e abrió bajo sus p i e s . . . que los h o r r o r e s
D e tanta sedición, los alaridos
Q u e entre las ruinas salen, los c l a m o r e s
D e tantos pueblos íntegros y fieles,
E l r a y o concitaron que dormía
Allá en e l seno de su nube u m b r í a .
O y ó la v o z doliente de la Patria
S u siempre fiel g u e r r e r o ;
Y d e s n u d a n d o el invencible a c e r o ,
S e a v a n z a ; y los valientes c a p i t a n e s 51
É l habla : y á su acento
T o d o en t o r n o es acción y m o v i m i e n t o .
A r m a s , t o r m e n t o s b é l i c o s . . . y cuanto
\
9 6 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
E l e m e n t o de guerra y de victoria
D a el s u e l o , forma el arte, el genio, crea,
S e apresta, ó aparece por e n c a n t o .
G i m e el y u n q u e , la fragua centellea,
Brota n a v e s el m a r , tropas la t i e r r a . . .
A q u í y allí la juventud se adiestra
A la terrible y desigual p a l e s t r a . . .
-Y el caballo i m p a c i e n t e
D e freno y de r e p o s o ,
S e indigna, escarba el suelo p o l v o r o s o :
I m p á v i d o , insolente
D e m a n d a la señal : bufa, amenaza,
T i e m b l a n sus m i e m b r o s : su ojo r e v e r b e r a ;
E n a r c a la cerviz, la alza arrogante
D e prominente oreja c o r o n a d a ;
Y al viento d e r r a m a d a
L a crin luciente de su cuello e n h i e s t o ,
Ufano da en fantástica carrera
M i l y m i l pasos sin salir del puesto.
Y en m e d i o de la pompa m á s s o l e m n e
L a s i m á g e n e s santas derribadas,
¡ Q u é h o r r o r ! del alto pedestal c a y e r o n
D e l incienso sacrilego indignadas.53
T o r n ó el h é r o e á r e l u m b r a r la espada :
Y ésta fué la s e ñ a l . L o s combatientes
C o n firme paso y exultantes frentes
S e a c o m e t e n , se m e z c l a n . . . D e una parte
E l n ú m e r o y el í m p e t u . . . de la otra
A r t e , v a l o r , serenidad : do quiera
-Furor y s a n g r e . . . y á las a r m a s s a n g r e ,
A u n m á s infame que el o r í n , e m p a ñ a :
Y l o s pendones patrios encontrados
R o t o s y en sangre flotan e m p a p a d o s .
C r i s t a d o s y e l m o s , m i e m b r o s palpitantes
E r i z a n la c a m p a ñ a . . .
Y los troncos h u m a n o s
POESÍAS
S e revuelcan, a m a g a n :
É impotentes de h e r i r , siquiera i n s u l t a n ,
Mientras los restos de vital aliento
E n t r e sus labios macilentos v a g a n .
L o s antiguos a m i g o s , los h e r m a n o s
S e encuentran, se c o n o c e n . . . y se a b r a z a n . . .
C o n el abrazo de furente saña.
N i t r e g u a , ni piedad. — ¿ Q u i é n m e retira
D e esta escena de h o r r o r ? — R o m p e t u l i r a . s
D o l i e n t e M u s a m í a ; y antes deja
P o r siempre sepultada en n o c h e obscura.
T a n t a guerra c i v i l . ¡ O h ! tú no seas
Q u i e n á la edad futura
Q u i e r a en durable v e r s o revelarla :
Q u e si m e n g u a , ó escándalo resulta,
H o n r a más la v e r d a d quien más la o c u l t a .
C o m o r a y o entre nube t o r m e n t o s a
Serpea f u l m i n a n d o , y veloz hu3*e :
V u e l v e á brillar, la tempestad disipa,
Y su esplendor al cielo r e s t i t u y e ;
A s í la espada del invicto F l o r e s
P o r entre los espesos escuadrones
100 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
¡ S a l u d , oh claro V e n c e d o r ! ¡ O h firme
B r a z o , coluna, y gloria de la P a t r i a !
P o r ti la asolación, por ti el estruendo
Bélico cesa, y la inspirada M u s a
D e s p e r t ó dando arrebatado canto.
P o r ti la Patria el m e r e c i d o llanto
T e m p l a al mirar el hecatombe h o r r e n d o
Q u e es precio de la paz. P o r ti recobran
S u paz los p u e b l o s , y su prez las a r t e s ;
L a alma T c m i s su santo m i n i s t e r i o ;
S u antiguo h o n o r los patrios estandartes;
L a L e y su c e t r o , Libertad su imperio :
Y las sombras de G u a c h i desoladas
D e su afrenta y dolor quedan vengadas.
Y fausta la v i c t o r i a le destina
Triunfales p o m p a s en su caro G u a y a s ,
Y en este canto espléndida c o r o n a .
Guayaquil, 1835.
102 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
S a b e r poner en práctica el a m o r
Q u e á Dios y al h o m b r e debes profesar;
Á D i o s c o m o á tu fin ú l t i m o a m a r ,
Y al h o m b r e , c o m o i m a g e n de su a u t o r ;
S a b e r disimular, y n o fingir :
E s t a ciencia del m u n d o has de a p r e n d e r ,
É s t a e s , n i ñ o , ciencia de v i v i r .
Guayaquil, 1 8 3 S ,
J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
PRÓLOGO
Epist. ad Pisones.
E l E n s a y o sobre el H o m b r e c o m p r e n d e cuatro
epístolas, en las cuales se trata de la naturaleza y
estado del h o m b r e en relación c o n el u n i v e r s o ,
c o n s i g o m i s m o , c o n la sociedad de q u e es parte, y
con la felicidad á que está destinado. C o n c l u i d a l a
versión de la p r i m e r a , m i arrojo fué m á s l e j o s , y
c o n c e b í , quizá m u y n e c i a m e n t e , el designio de.
f o r m a r u n sistema c o m p l e t o s o b r e l a s c o s t u m b r e s ,
d e s e n v o l v i e n d o varias indicaciones del autor y aña-
diendo nuevas observaciones sobre la extensión y
límites de la razón h u m a n a , sobre el carácter de
las ciencias, de las artes ú t i l e s , de los diversos ta-
lentos de los h o m b r e s , y sobre la aplicación, u s o
y abuso de esas m i s m a s ciencias y de esos m i s m o s
talentos en la s o c i e d a d civil y r e l i g i o s a , para hacer
m á s sensible la estrecha relación y enlace que h a y
entre la virtud y la felicidad.
POESÍAS jpq
EPÍSTOLA PRIMERA
SUMARIO
Despierta a m i g o , y g e n e r o s o deja
L a s necias esperanzas, los caprichos
D e la ambición al v u l g o de los r e y e s .
Y pues el soplo de la vida apenas
N o s p e r m i t e o b s e r v a r lo que nos cerca,
Y se e x t i n g u e d e s p u é s ; v e n y c o r r a m o s
S o b r e esta e i c e n a rápida del h o m b r e . —
J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
¡ Q u é l a b e r i n t o ! e x c l a m a s . — M a s no pienses
Q u e carece de plan. Á r b o l que tienta
C o n sus h e r m o s o s y v e d a d o s frutos :
C a m p o do rosas entre abrojos n a c e n ,
R e c o r r á m o s l e p u e s ; y cuanto m u e s t r a
S o b r e su faz, ó dentro el seno guarda
C o n m i g o indagarás, y las tortuosas
Sendas que sigue quien se arrastra c i e g o ,
O el loco a t u r d i m i e n t o del o r g u l l o
Q u e en su mentida elevación se pierde.
S e g u i r tu clara v o z , N a t u r a l e z a ,
E s nuestro l i a : la necedad h u m a n a
C o n f u n d i r en su e r r o r ; y v e r las causas
D e quejas y opiniones siempre dignas
D e risa, ó de censura. A l D i o s del h o m b r e
Á los ojos del h o m b r e v i n d i q u e m o s .
S o b r e D i o s , s o b r e el h o m b r e alguna idea
S ó l o por l o que v e m o s nos f o r m a m o s .
¿ Q u é v e m o s en el h o m b r e ? U n ser dotado
D e reflexión, que su lugar prescrito
C o n los demás en la Creación ocupa :
Y toda nuestra ciencia sobre el h o m b r e
A estos solos principios se reduce.
POESÍAS "5
Q u e á D i o s conozcan m u n d o s infinitos
Q u e ni los puede divisar la vista,
N i el alma i m a g i n a r . Q u e allá le a d o r e n . . .
N o s o t r o s conocerle y adorarle
D e b e m o s en el n u e s t r o . E n audaz vuelo
Q u i e n el espacio penetrar pudiere
Y m u n d o s sobre m u n d o s v e r girando
P a r a f o r m a r el u n i v e r s o , y n u e v o s
Planetas descubrir, y n u e v o s soles,
Y ver qué seres las estrellas p u e b l a n ;
E s e podrá decir porqué D i o s hizo
E l m u n d o tal c o m o e s . . . M a s , di, tú sabes
C u á l e s de esta obra son los fundamentos ?
¿ E l m u t u o lazo que sus partes u n e ?
¿ L a justa p r o p o r c i ó n , y la insensible
G r a d a c i ó n de los s e r e s ? O bien, d í n o s ,
¿ P o d r á u n a parte contener su todo ?
P r e p a r a y p e r f e c c i o n a . . . Y así el h o m b r e
Q u e es aquí el m ó v i l p r i m o r d i a l y s o l o
E n este o r d e n , quizá subordinado
A otra esfera m a y o r , m u e v e una rueda
Y c o n c u r r e á otro fin que él no c o n o c e .
¡ Q u i é n , p u e s , c o m p r e n d e r á de este gran t o d o
E l plan y fin y dirección y l e y e s ,
Si una m í n i m a parte s ó l o v e m o s !
C u a n d o el fiero caballo r e c o n o z c a
L a m a n o que le d o m a , y m a l su g r a d o
L e refrena, ó le aguija en su c a r r e r a ;
Y c u a n d o sepa el lento b u e y que abre
O r a la dura tierra, ora es llevado
C u a l víctima al altar, ora ceñido
D e flores cual un D i o s , Menfis le a d o r a ;
Entonces conocer, hombre orgulloso,
P o d r á s también tu fin, y adonde tiendes
T u acción y tu p a s i ó n ; ¿ c u á l e s las causas
S o n del bien y del m a l ? ¿ q u é te r e p r i m e
O qué te i m p e l e á obrar ? ¿ p o r q u é unas v e c e s
D e una deidad te elevas á la esfera
Y otras de un siervo á la vileza b a j a s ?
N o d i g a s , p u e s , que el h o m b r e es i m p e r f e c t o ,
Y que D i o s hizo m a l ; antes confiesa
n8 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
Q u e el h o m b r e , á quien es dado s o l a m e n t e
G o z a r del tiempo un fugitivo instante,
Y ocupar del espacio un solo p u n t o ,
D e b e ser tan feliz y tan perfecto
C o m o su ser y condición e x i g e .
Y a un s i s t e m a , y a un á t o m o p e r d e r s e ;
Y ampollas de aire, ó m u n d o s disolverse.
R e f r e n a , p u e s , el vuelo de tu o r g u l l o ;
Y espera que la muerte esos misterios
T e venga á r e v e l a r , y á D i o s a d o r a .
É l i g n o r a r te deja sabiamente
C u á l tu felicidad futura s e a ;
M a s para la p r e s e n t e , una esperanza
Q u e n o m u e r e j a m á s p u s o en tu s e n o .
Si aquí n o eres feliz, tú debes serlo
E n otro orden de t i e m p o s y de s e r e s .
¡ O h , c ó m o el a l m a inquieta y limitada
R e p o s a y se e n g r a n d e c e en esta idea !
E l I n d i o p o b r e en su rudez s u m i d o
V e en las nubes á D i o s , le o y e en los v i e n t o s ;
N i v a n a s artes ni orgullosa ciencia
S u a l m a inerte excitaron á e l e v a r s e
M á s allá de Ja esfera en que el s o l brilla.
S u p e n s a r , su saber, n o van m á s lejos
D e lo que alcanzan sus sentidos t o r p e s ;
M a s la simple natura, de esperanza
N o le p r i v ó ; y allá tras de aquel m o n t e ,
C u y a c i m a se pierde entre las n u b e s ,
120 - J C S É JOAQUÍN DE OLMEDO
U n cielo él se p r o m e t e ; se imagina
U n m u n d o en c u y o s bosques solitarios
L i b r e pueda v a g a r ; ó y a en el m e d i o
D e l mar una isla más dichosa, donde
U n cruel c o n q u i s t a d o r jamás arriba
P o r saciar la sed de o r o , derramando
S a n g r e do quier y s e r v i d u m b r e dura
E n n o m b r e de su D i o s ; donde el esclavo
V e su tierra natal, y alegre v i v e
Sin que su a m o feroz y a v a r i c i o s o
E n m i l m o d o s le o p r i m a , y sin que e s p e c t r o s ,
Q u e la superstición crédula forja,
L a paz del s u e ñ o y de la n o c h e turben.
C o n t e n t o de existir él no desea
N i las alas del ángel, ni la l l a m a
E n que arde el serafín; mas se c o m p l a c e
E n la dulce ilusión de que su a m i g o ,
S u perro fiel será su c o m p a ñ e r o
A l l á en el m i s m o cielo que se finge.
A m i g o , v u e l v e en ti : de nuestro o r g u l l o
N a c e todo el e r r o r . N a d i e en su esfera
Se puede c o n t e n e r ; todos aspiran
A otra m a y o r . L o s ángeles ser d i o s e s ,
Y los h o m b r e s ser ángeles q u i s i e r a n .
Si a s p i r a n d o á ser D i o s , se perdió el ángel •„
A s p i r a n d o á ser ángel se hace el h o m b r e
D e aquella m i s m a rebelión culpable :
P u e s invertir la eterna ley del orden
E s pecar contra D i o s , es o p o n e r s e
A su eterno d e s i g n o . . . y se p r e p a r a
L a u n i v e r s a l disolución del m u n d o .
« S ó l o es por m í » r e s p o n d e r á el o r g u l l o ;
P o r m í derrama liberal natura
D e frutos y de flores coronada
T o d o s sus d o n e s del fecundo seno :
P o r m í da en su estación la v i d , la rosa
S u néctar y su a r o m a : p o r m í encierran
L a s m i n a s m i l t e s o r o s ; y l o s vientos
S o b r e la m a r m e llevan obedientes.
N a c e el sol á a l u m b r a r m e ; y es la tierra
M i pedestal, y mi dosel el cielo.
M a s c u a n d o el s o l en sus letales r a y o s
A s o l a d o r a peste al m u n d o e n v í a ;
C u a n d o las t e m p e s t a d e s , t e r r e m o t o s
Y erupciones v o l c á n i c a s arrasan
Y sepultan los pueblos y n a c i o n e s ;
¿ N o se podrá decir que se extravía
N a t u r a de su fin, y que en el m u n d o
R e i n a el G e n i o d e l m a l ? — « N o , n o , ( r e s p o n d e
L a v o z de la razón que n u n c a e n g a ñ a )
» P u e s la p r i m e r a causa o m n i p o t e n t e
» Sólo por leyes generales obra
» Q u e invierte rara v e z , cuando le place
» Y n u n c a sin r a z ó n ; y el m a l permite
» Si á c o n s e r v a r el todo c o n t r i b u y e . » 1
poesías i-3
E n el orden m o r a l , si vindicada
S i e m p r e en el orden natural la o b s e r v a ? —
P o r una m i s m a regla juzga de a m b o s ;
Mas s i e m p r e errados v a g a r á n tus juicios
D e l grandioso espectáculo del cielo.
Si más fino tu olfato y tacto fuera,
El c h o q u e más l i g e r o , la m á s dulce
Impresión de una ñ o r te causaría
El dolor ó la muerte : un trueno horrible
F u e r a cada r u m o r : siempre aturdido
D e l a r m ó n i c o son de las esferas
Sintieras n o escuchar la melodiosa
Q u e j a del r u i s e ñ o r , del v a g o v i e n t o
E l grato susurrar entre las r a m a s ,
Y el tono adulador del a r r o y u e l o .
A d o r a , p u e s , la gran sabiduría
D e l m u y A l t o en los dones que te ha d a d o ;
Y en lo que n i e g a , su b o n d a d adora.
¡ P o r la i n m e n s a C r e a c i ó n , cuál va la escala
D e inercia, vida, instinto, p e n s a m i e n t o ,
E n insensible gradación subiendo
D e s d e la h u m i l d e raza del insecto
A la estirpe del h o m b r e s o b e r a n a !
POESÍAS
¡ Q u é modificaciones de s e n t i d o s !
¡ Q u é g r a d o s i n t e r m e d i o s desde el t o p o
Á quien odiosa piel la luz le n i e g a ,
A l lince p e r s p i c a z . . . ! ¡ D e la leona^4
Q u e al ruido de su presa p o r la n o c h e
C i e g a se lanza, al p e r r o c u y o olfato
D i s c u r r i e n d o le lleva p o r un rastro
I m p e r c e p t i b l e , al m á s r e m o t o o b j e t o !
¡ C u á l el o í d o , cuál la v o z creciendo
V a desde el m u d o pez, á las c a n o r a s
A v e s de abril en la florida s e l v a !
¡ Q u é finura en el tacto de la araña
S o b r e las redes que afanosa t e j e !
¡ E n cada hilo v i v i r , sentir parece !
¡ C o n qué d i s c e r n i m i e n t o va la abeja
L i b a n d o aun de las plantas v e n e n o s a s
U n licor saludable y delicioso !
Y en el orden de i n s t i n t o , si la m e n t e
Fijas, ¡ qué variedad desde el i n m u n d o
V i l cerdo que en el fango se r e v u e l c a
A l casi racional noble elefante!
¡ Y cuan débil barrera se i n t e r p o n e
E n t r e ese instinto y la razón h u m a n a !
¡ P r ó x i m o s s i e m p r e , y siempre s e p a r a d o s ! . . .
126 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
La progresión de s e r e s ! H a c i a arriba,
¡ A qué altura se eleva i n a c c e s i b l e !
E n t o r n o , ¡ qué extensión interminable!
Hacia abajo t a m b i é n , ¡ e n qué insondable
Profundidad se p i e r d e ! . . . E l principio
D e la cadena es D i o s : s i g u e n p o r orden
A n g e l e s , h o m b r e s , bestias, a v e s , p e c e s ,
Insectos invisibles. ¡ Q u é intervalo
D e l infinito á ti, de ti a la n a d a !
Si al lugar de los seres superiores
' T ú aspiraras, al t u y o aspirarían
Los seres inferiores; y un vacío
F u e r a en la C r e a c i ó n , donde si quitas
U n a g r a d a , la escala se d e s t r u y e ;
Y roto un eslabón de la cadena
L a cadena también toda se r o m p e .
Lima, i32$.
132 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
EPÍSTOLA SEGUNDA
Este d e s e n v o l v i m i e n t o de l a idea p a r e c e q u e la
•exorna sin alterarla.
P o r otra parte, la descripción de las ciencias
íísicas y de los inventos del i n g e n i o h u m a n o ( v e r s o
1 9 y s i g u i e n t e s ) le h a p a r e c i d o al traductor m u y
diminuta en el o r i g i n a l . E r a preciso ampliar esa
d e s c r i p c i ó n , pues así lo exigía el adelantamiento
•que esas ciencias han tenido después que escribió
P o p e . H a n d e b i d o , p u e s , añadirse otras sublimes
invenciones m o d e r n a s q u e merecen un lugar pre-
ferente, c o m o son l o s f e n ó m e n o s de la electricidad,
los progresos a d m i r a b l e s de la a s t r o n o m í a y de la
n a v e g a c i ó n , y el esfuerzo de viajar p o r los a i r e s ;
i n v e n c i ó n que poéticamente se supone más adelan-
136 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
EPÍSTOLA SEGUNDA
SUMARIO
C o n ó c e t e á ti m i s m o : no pretendas
D e D i o s la esencia p ¿ n c t r a r , a m i g o .
E-.túdiate á ti m i s m o ; pues el h o m b r e
E Í el m á s propio estudio para el h o m b r e .
C o m o en un i s t m o colocado él tiene
índoles varias : y a se nos presenta
C u a l un ser m i x t o , ó cual c o m p u e s t o raro
D e calidades entre sí c o n t r a r i a s ;
T i n i e b l a s , luz, elevación, bajeza,
T o d o s los vicios, todas las virtudes.
Para dudar cual escéptico es muy sabio;
Y para alzarse á la fiereza estoica
Mu} r
flaco en su virtud : incierto s i e m p r e
Si debe obrar ó n o : p i e n s a ; y osado
Y a se cree un D i o s ; ó y a inferior al bruto
Si al error y al dolor v i v e sujeto.
D u d a cual de los d o s , si el cuerpo ó a l m a
E s su.parte más n o b l e . N a c e , v i v e
P a r a m o r i r ; y para errar d i s c u r r e ;
Si n o 03-e á su razón, t o d o es o b s c u r o ;
S i la o y e demasiado, nada h a y cierto :
C a o s triste de pasiones y de i d e a s ;
A sí m i s m o se e n g a ñ a , y por sí m i s m o
S e d e s e n g a ñ a sin quedar más cauto :
C e d i e n d o á sus impulsos naturales,
POESÍAS 141
D o s principios de acción h a y en el h o m b r e . :
A m o r p r o p i o y razón. E l uno evita,
L a otra c o n t i e n e . A q u e l s i e m p r e nos m u e v e
A buscar el placer, y evitar siempre
L a pena y el d o l o r . E s t a m o d e r a
E l í m p e t u y ardor de las pasiones.
A m b o s s o n b u e n o s , útiles, n o c i v o s ,
S e g ú n llenan su fin, cual es m o v e r n o s
A que a m e m o s el bien y el m a l h u y a m o s .
U s a r , g o z a r , t e m p l a r , no extirpar d e b e s .
¡ Q u é ! ¿ L o que constituye el ser del h o m b n
IT h o m b r e m i s m o deberá e x t i r p a r l o ? —
N o . — D e l m i s m o contraste de pasiones
N a c e el c o n c i e r t o , nace la a r m o n í a
D e las operaciones de nuestra a l m a .
S o n la s o m b r a y la l u z , que bien mezcladas
Prestan la consistencia y c o l o r i d o
A este c u a d r o fugaz de nuestra v i d a .
Guayaquil, 1840.
POESÍAS i6r
EPÍSTOLA TERCERA
SUMARIO
C o n t e m p l a el m u n d o ; o b s e r v a l a cadena
D e a m o r que une entre sí todos los seres.
POESÍAS
C u a l tierna m a d r e á t o d o ser N a t u r a
Dispensa su bondad. L a piel que abriga
L o s r e y e s , antes a b r i g ó á los o s o s .
POESÍAS
P r o d u i e r o n las a r t e s : el instinto
D i r i g i ó la razón. •—• Naturaleza
D i j o entonces al h o m b r e : ce \ie- del m u n d o ,
» V é y aprende á vivir de aquellos seres
» Q u e o p r i m e s y d e s p r e c i a s : que las aves
» T e señalen los frutos y los g r a n o s
» Q u e alimentan, y aprende de los brutos
» L a virtud saludable de las pl.mtas.
» A fabricar te enseñará la a b e j a ;
» A h i l a r , la a r a ñ a ; y á labrar el topo ;
» A tejer el insecto artificioso
» Q u e en hilos de o r o su vellón e n r e d a ;
» Y á d o m i n a r las olas el n a u t i l o . . .
» D a n d o r e m o s al m a r , y v e l a al viento > . ó
D i s p u t e , y se enfurezca d i s p u t a n d o . 5*¡
Q u i e n n o hace m a l , quien hace bien al h o m b r e
L a R e l i g i ó n profesa v e r d a d e r a . s-
r
S o b r e esperanza y fe todos d i s c u e r d a n ;
M a s sobre caridad nadie contiende,
Q u e ella es el l a z o , el fin, alma y corona
D e la C r e a c i ó n , el bien del u n i v e r s o .
C o n t r a r i a r este fin, r o m p e r este o r d e n ,
E s o es error y orgullo : y cuanto influya
A m e j o r a r y hacer feliz al h o m b r e ,
E s o sólo es v e r d a d , y de D i o s v i e n e .
V i v i r n o puede el h o m b r e sin a p o y o ,
C u a l g e n e r o s a vid que m a y o r fuerza
D e l a m o r c o n que abraza á otra r e c i b e .
S o b r e sus ejes los planetas r u e d a n ,
A un m i s m o t i e m p o en torno al sol girando :
A s í el h o m b r e también á dos i m p u l s o s
Diversos, no discordes, obedece.
P o r el u n o , en sí m i s m o se c o n c e n t r a ;
Y p o r el otro sirve el u n i v e r s o .
A s í c o n c a t e n ó todas las partes
D e su obra D i o s ; y q u i s o que u n o m i s m o
F u e s e el a m o r social y el a m o r p r o p i o . 0 0
Guayaquil, 1S40.
POESÍAS
UN SUENO
CANCIÓN
CANCIÓN INDIANA
(IMITACIÓN DE CHATEAUBRIAND) É I
E n t r e las s o m b r a s m u d a s ,
P o r esta alzada l o m a ,
Y o busco á m i p a l o m a
E n alas del a m o r .
Y o v o y á sorprenderla
A l l á en su m i s m o n i d o ,
Solitario y querido,
A n t e s que nazca el s o l .
L a di un hilo de cuentas
Q u e siempre al cuello l l e v e ;
T r e s blancas, cual la n i e v e ,
Indican su c a n d o r :
T r e s v e r d e s , m i esperanza
iSÓ josé joaquín de olmedo
D e g o z a r sus f a v o r e s :
T r e s negras, mis temores ;
Y tres r o j a s , mi a m o r .
Y o v o y á sorprenderla
A n t e s q u e nazca el s o l .
C u a l Conchita de nácar
D e perlas g u a r n e c i d a ,
S u boca reducida
E x h a l a grato o l o r .
S u s o j o s , de p a l o m a
Q u e arrulla l a s t i m e r a ;
S u larga cabellera
E s un c a m p o de a r r o z .
Y o v o y á sorprendería
A n t e s que nazca el s o l .
S u s m á g i c a s palabras
Son bálsamo suave
Q u e las heridas sabe
C u r a r del c o r a z ó n .
S u s p e c h o s s o n cabritos
E n un día n a c i d o s ,
D e una m a d r e paridos
Y del m i s m o c o l o r .
POESÍAS
Y o v o y á sorprenderla
A n t e s q u e nazca el sol.
C u b r a su dulce aliento
D e sombra voluptuosa,
Esta hacha luminosa
Q u e mi a m o r e n c e n d i ó .
Y o alegraré su s e n o ,
C u a l alegra el rocío
E n el ardiente estío
L a s hierbas y la flor.
Y o v o y á sorprenderla
A n t e s que nazca el sol.
¡ O M i l a ! que y o v e a
Pendiente de tu seno
Y de m i l gracias lleno
E l fruto de m i a m o r .
N o temeré, mirando
S u sonrisa agraciada,
N i la veiez helada
L a muerte n i el d o l o r .
Y o v o y á sorprenderla
A n t e s que nazca el s o l .
iSS J O S É JOAQUÍN D E OLNEDO
L a Patria en él p o n i e n d o
S u gloria y su esperanza,
L e fiará la v e n g a n z a
D e su ultrajado h o n o r .
Y m e c i e n d o su cuna
F u m a r é en paz sabrosa
M i pipa deliciosa,
C a n t a n d o esta canción :
« Entre las s o m b r a s m u d a s
P o r esa alzada l o m a
Y o busqué á m i p a l o m a
A n t e s de ver el sol.
Y o vine á sorprenderla
A q u í en su m i s m o n i d o ,
Solitario y q u e r i d o ,
Y aquí p a g ó m i a m o r . " .
é
POESÍAS 189
A M O R de patria c o m p r e n d e
C u a n t o el h o m b r e debe a m a r .
S u D i o s , sus l e y e s , su h o g a r ,
Y el .honor que los defiende.
BONDAD, el que la m e r e c e
C o n ánimo siempre igual,
N i se abate con el m a l ,
N i en el bien se e n s o b e r b e c e .
CANDOR en toda e x p r e s i ó n ,
C a l l a r lo m á s que p u d i e r e s ;
M u y cortés c o n las m u j e r e s ,
P e r o sin afectación.
ir.
19o J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
D i o s es el sabio creador
O j i e c o n s e r v a y a m a al h o m b r e ,
S e a cual fuere su n o m b r e ,
C o n d i c i ó n , secta y c o l o r .
ESTUDIO y aplicación
F o r m a n á la j u v e n t u d ,
Y emulación de v i r t u d
Sin envidia ni a m b i c i ó n .
F R A N Q U E Z A , nunca indecencia,
U s a en la c o n v e r s a c i ó n ;
Disimulo, y no ficción;
L i b e r t a d , n u n c a licencia.
GRATITUD s i e m p r e al favor
E s un deber justo y g r a t o ;
Y por eso el h o m b r e ingrato .
E s un m o n s t r u o que da h o r r o r .
HONOR es en s u m o grado
E l alma del ciudadano :
S i n h o n o r es m i e m b r o v a n o ,
Ó pernicioso al E s t a d o .
POESÍAS
I R A hace al h o m b r e un tirano
D e inferiores y de i g u a l e s :
L a ira es propia de animales,
P o r q u e n o es afecto h u m a n o .
LIBERTAD ¡ o h dulce n o m b r e !
H e r m o s o y celeste d o n :
T ú eres la m i s m a r a z ó n ,
T ú eres el alma del h o m b r e .
M O R A L , la sana m o r a l
Consiste en a m a r s e bien,
E n hacer á todos bien
Y en n o hacer á nadie m a l .
NATURALEZA sagaz
L l e n a y rige al U n i v e r s o :
T o d o está b i e n ; el p e r v e r s o
S o l a m e n t e está de m á s .
192 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
PEKEZA es enfermedad
T a n mala c o m o la m u e r t e ;
A s í no cabe el inerte
E n n i n g u n a sociedad.
QUIJOTERÍA es un vicio
Q u e causa risa y d e s p r e c i o ,
P u e s en un quijote n e c i o
C o r r e aventuras el j u i c i o .
RESPETO á los s u p e r i o r e s ,
R e s p e t o y a m o r al p a d r e ,
A m o r , ternura á la m a d r e ,
Reverencia á los mayores.
SOCIEDAD es el estado
E n que con otros v i v i e r e s ,
Y serás social si fueres
Justo, modesto y aseado.
POESÍAS
TIRANÍA y opresión
S u e n a n y expresan lo m i s m o :
P a r a salir de este abismo
E s honrosa toda a c c i ó n .
V E N G A N Z A , nunca j a m á s :
N u n c a , nunca odio ó r e n c o r ;
P o r q u e no h a y placer m a y o r
C o m o a m a r y perdonar.
Y o debo ser el p r i m e r o
Para mi c o n s e r v a c i ó n ;
M a s por buena educación
E n sociedad el p o s t r e r o .
Z E L O en c u m p l i r su deber
E n cualquiera c o n d i c i ó n ,
S e r á la única a m b i c i ó n
Q u e u n niño debe t e n e r .
Estas r e g l a s , hijo a m a d o ,
T e harán un n i ñ o g r a c i o s o ,
U n joven pundonoroso,
U n hombre bueno y honrado
Y un anciano respetado,
194 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
ORACIÓN DE LA INFANCIA
V i d a , belleza, a c c i ó n , t o d o s l o s seres
R e c o b r a n y a ; la tierra se engalana
D e flores, y presenta
U n a n u e v a creación cada m a ñ a n a .
A s í t a m b i é n , oh D i o s , p u e s el S o l eres
V e r d a d e r o del m u n d o , o c u p a , enciende
T o d o s los c o r a z o n e s ,
Y dirige á tu ley nuestras acciones.
S i te es grata la v o z de la i n o c e n c i a ,
E s c ú c h a n o s , S e ñ o r : bajo tus alas
P o n á los que te adoran
Y tu l u z , tu p i e d a d , tu gracia i m p l o r a n .
¿ V e i s esa luz a m a b l e
Q u e r a y a en el oriente
C a d a vez m á s luciente
E n gracia celestial ?
Esa es la aurora plácida
Q u e anuncia libertad —
Esa es la aurora plácida
Q u e anuncia libertad.
CORO
Saludemos gozosas
E n a r m o n i o s o s cánticos
Esta aurora g l o r i o s a
Q u e anuncia libertad,
L i b e r t a d , libertad.
193 JOSÉ J O A Q U Í N DE OLMEDO
Nosotras guardaremos
C o n ardor indecible
T u fuego i n e x t i n g u i b l e ,
O h santa libertad,
C o m o vestales v í r g e n e s
Q u e sirven á tu altar '•—
C o m o vestales v í r g e n e s
Q u e sirven á tu altar.
CORO
S a l u d e m o s gozosas
E n a r m o n i o s o s cánticos
E s t a aurora gloriosa
Q u e anuncia libertad,
L i b e r t a d , libertad.
CORO
S a l u d e m o s gozosas
E n a r m o n i o s o s cánticos
Esta aurora gloriosa
Q u e anuncia libertad,
L i b e r t a d , libertad.
200 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
LA LIBERTAD
Y o s o y la L i b e r t a d , pueblos f e l i c e s ,
Y o vine en fausto v u e l o ,
V i n e á v o s o t r o s desde el alto C i e l o
E n aquel g r a t o y m e m o r a b l e O c t u b r e
Q u e al fiero sarraceno
POESÍAS 201
D e afrenta, de p a v o r , de luto c u b r e ,
M i e n t r a s el p u e b l o de entusiasmo lleno
E n esta aurora plácida y serena
J u r a ser libre y r o m p e la cadena.
L e y e s patrias, benéficas y sabias,
S ó l o m i r o r e i n a r ; leyes que alientan
E l c o m e r c i o útil y las artes bellas,
Y la santa i g u a l d a d en medio de ellas.
Y a una faz n u e v a el n u e v o m u n d o t o m a :
Y a las c o s t u m b r e s góticas d e s p r e c i a ;
Y a América me agrada
M á s q u e otro t i e m p o m e agradaba R o m a ,
M á s que otro t i e m p o m e agradaba G r e c i a .
Y en él reciben ínclitos h o n o r e s ,
Q u e la virtud ó la v e r d a d r e p r u e b a n !
N o es ésta, n ó , la gloria que merece
Q u i e n de L i b e r t a d o r el n o m b r e l l e v a ;
E s de la L i b e r t a d , p u e s , en el t e m p l o
D o n d e su i m a g e n colocarse deba,
D o n d e un ara le sirva distinguida,
D o n d e con pocos este h o n o r divida.
ALOCUCIÓN
D e ofrecer al concurso n u m e r o s o
D e m i s caros paisanos,
M i s débiles talentos
E n el arte que i n s t r u y e deleitando,
D e s p i e r t a generosos s e n t i m i e n t o s ,
Y l o s preceptos de m o r a l austera
E n d u l z a n d o c o n gratas ilusiones,
M u e v e , e x a l t a , m o d e r a las p a s i o n e s ,
Q u e son los elementos de la vida
Y de la dicha h u m a n a ,
Si la razón las rige soberana.
P a s a r o n y a l o s tiempos tenebrosos
E n que el T e a t r o p r o s c r i t o , envilecido
Q u e d ó en silencio y v e r g o n z o s o o l v i d o .
M a s el g e n i o del h o m b r e que se burla
D e l p o d e r y la fuerza m á s v i o l e n t a ,
Y que ufano y m á s libre se levanta
C u a n d o oprimirle a l g ú n tirano intenta;
L a s cárceles r o m p i e n d o
Por regiones voló desconocidas;
Y ostentación de libertad h a c i e n d o ,
A b o r t ó dramas v a r i o s
D e su fecunda inagotable v e n a
N o sólo al arte, á la v i r t u d contrarios.
206 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
A l fin p l u g o al destino
D a r el triunfo á la l u z . D e l alto cielo
L a santa libertad graciosa v i n o ,
Y entre n o s o t r o s alza su estandarte.
Á la simple y v e r a z filosofía
L l a m a á su l a d o — y el i m p e r i o p a r t e .
Á su vista t e m b l ó la tiranía
Y de sus m a n o s lánguidas el cetro
S e le desliza, — ó bien se le arrebata.
L a s bárbaras c o s t u m b r e s se disipan
C u a l nubes ante el s o l : y allá en la ingrata
R e g i ó n del n o r t e helado se condensan
N u e v o o r d e n , n u e v a l e y , nuevas n a c i o n e s
Q u e el patriotismo y el v a l o r defienden :
Y para fomentar estas v i r t u d e s ,
G r a n d e s e j e m p l o s , útiles lecciones
D e la filosofía y de la historia,
S e n o s ofrecen s i e m p r e á la m e m o r i a
V e d allá en G r e c i a , v i u d a de los d i o s e s ,
Y cuya sombra impone todavía,
:o8 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
L o s m i l a g r o s del teatro p o r t e n t o s o s ,
A que Sócrates m i s m o concurría,
Su voz grave y solemne
Mezclando á los a p l a u s o s n u m e r o s o s
D e que el g r a n circo r e s o n a r s o l í a ;
Y allí se vio la primitiva escena
D e p o m p a , majestad y gracia llena,
S i al vicio infama, ó las virtudes p r e m i a ,
A la patria g l o r i o s a
D a r m á s h é r o e s , que sabios la A c a d e m i a .
R e n o v a d esos t i e m p o s v e n t u r o s o s ,
O h d i g n o jefe, que en el patrio suelo
E l bien p r o m u e v e s con ardiente c e l o .
A q u í , á tu genio a c t i v o , infatigable,
A q u í , por todas partes,
L a P a t r i a ofrecerá los más preciosos
P r i m e r o s elementos de las artes,
Q u e para producir g r a n d e s p o r t e n t o s ,
C o n que el m u n d o se a s o m b r e ,
Esperan impacientes
S ó l o la m a n o y dirección del h o m b r e .
A r b o l e s , m o n t e s , r í o s , minerales,
L a s recias trabas v e r g o n z o s a s rotas,
C o n la copia de frutos singulares,
POESÍAS 209
B r i n d a n á las naciones m á s r e m o t a s .
Y antiguas s e l v a s , bosques encantados
Q u e al amante de A r m i d a fatigaran,
E s p e r a n una v o z que les ordene
P o n e r diques al m a r , levantar puentes,
T e m p l o s , teatros, alcázares, altares,
F o r m a r ciudades, y poblar los m a r e s .
L a m e n t e se adelanta
A estos días de gloria y de esperanza.
H e aquí el deber s a g r a d o
D e u n G o b i e r n o ilustrado
Q u e á su interés prefiera el de los p u e b l o s ,
Y q u e quiera v i v i r en su m e m o r i a ;
É s t e será el d e b e r , ésta su g l o r i a .
A r d u a , e s c a b r o s a , lenta
S e r á l a senda al bien, cual un c a m i n o
Q u e se abre s o b r e m o n t e s y torrentes.
M a s t o d o al celo y la constancia cede.
¡ L a c o n s t a n c i a ! de t o d o t r i u n f a ; y p u e d e
C o n u n p o d e r divino
F o r z a r á sus intentos el destino.
T o m a b a n las lecciones
D e v i v i r y m a n d a r . — A l l í unas veces
A l t i v a , fiera, en imperial d e c o r o
C a l z ó la m u s a su coturno de o r o ,
Y m o s t r a n d o el puñal ensangrentado
H o r r o r , indignación, piedad inspira,
Y el corazón n o s deja lacerado.
¿ Q u i é n puede v e r sufrir sin c o n d o l e r s e ?...
M a s ella al criminal jamás p e r d o n a ,
A u n q u e brille en su frente la c o r o n a ,
E n la t u m b a ó la infamia l o confunde.
O t r a s v e c e s la m u s a m á s h u m a n a ,
D e p u e s t o el r e g i o m a n t o ,
S e presenta cual s i m p l e ciudadana, ? 6
Y j o v i a l y festiva,
S i el alma poderosa
D e la burla y ridículo maneja,
212 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
C o n su m a l i g n a gracia n o s cautiva.
N o s divierte pintando los caprichos
D e l c e l o , del a m o r , de la codicia,
L a s risibles pasiones de los v i e j o s ,
Q u e obrando m a l , n o s sacian de c o n s e j o s .
T o d o s r í e n , y todos se c o r r i g e n .
1:1 seductor infame, el m e n t i r o s o ,
E l a v a r o , el hipócrita, el i n g r a t o ,
Sin querer ríen viendo su r e t r a t o .
C o n g e n e r o s o p e c h o sosteniendo
E l n o m b r e y majestad de nuestra tierra,
S u s l e y e s en la paz, su h o n r a en la g u e r r a .
S i , a l g ú n t i e m p o darán v u e s t r a s acciones
A los genios teatrales a r g u m e n t o
P a r a inspirar v i r t u d , h o n o r , decencia,
Para arredrar domésticos tiranos
O refrenar la popular l i c e n c i a . . .
C o m o son hasta el día
B e l l o e j e m p l a r los griegos y r o m a n o s .
¡ Q u é inspiración celeste de i m p r o v i s o
Siento dentro d e m í ! . . . Y a l l á , n o lejos
Escrito con v i v í s i m o s reflejos
E l bello n o m b r e de E c u a d o r diviso.
J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
Guayaquil, 1 8 4 0 .
POESÍAS 2 I ;
EN LA M U E R T E DE MI HERMANA
Y restituye, o h D i o s , al seno m í o
L a h e r m a n a que has querido a r r e b a t a r m e .
Y o n o te la pedí. Q u é ¿ e s p o r ventura
C r e a r para destruir, p l a c e r d i v i n o ,
Ó es de tanta virtud i n d i g n o el s u e l o ?
2l6 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
Guayaquil. — 1 8 4 2 .
POESÍAS
PARA EL ÁLBUM
R o s a , q u e p o r modestia delicada,
E n florecer te places rodeada
D e l lindo par de M a r g a r i t a y P o l a ,
H u y e n d o la v e r g ü e n z a
D e s e r en gracia y h e r m o s u r a s o l a ;
Q u i e n pueda resistir el doble e n c a n t o ,
R o s a , de tu m i r a r , y de tu c a n t o ,
Y en grata calma verte y e s c u c h a r t e ;
E s e v o c e s tendrá para alabarte.
M a s n o el q u e , a b s o r t o , estático, suspira
E n placer inefable, sin que pueda
D e c i r qué siente, ni decir qué a d m i r a .
13
JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
Y en el silencio de la n o c h e , c u a n d o
E l m e n t i d o concierto m e desvela,
U n ángel desprendido
D e l C i e l o m e d e s l u m h r a — y m e revela
Q u e la v i r g e n Cecilia, q u e allá o r d e n a
D e serafines el ardiente c o r o ,
A b s o r t a cuando te o y e , y suspendida,
L o s celestiales n ú m e r o s o l v i d a ,
D e su alto ministerio se distrae,
Y el arpa de o r o de sus m a n o s c a e .
Y cuando de i m p r o v i s o
D e l místico d e l i q u i o se levanta,
N u e v a s cuerdas a u m e n t a á su i n s t r u m e n t o ,
Y del cordero atento,
E n n u e v a s notas n u e v o s h i m n o s canta.
Lima, 1846.
POESÍAS 2:9
EN EL ÁLBUM
D í c e m e un D i o s a u e dentro el p e c h o s i e n t o ,
Q u e al nacer se m e dio fuego d i v i n o ,
S ó l o p o r q u e cantara ¡ O h G r i m a n e z a !
L a s g r a c i a s , la virtud y la belleza.
Y o c u m p l í , no sin g l o r i a , m i d e s t i n o ,
C u a n d o m i corazón y el alma m í a
E n v i v o a m o r y juventud ardía.
Y en p r e m i o de haber sido
S i e m p r e fiel al dulce m i n i s t e r i o ,
E l D i o s á c u y o imperio
S e rinden v o l u n t a r i o s ,
L a tierra, el C i e l o , el m a r , ha concedido
S u antiguo a r d o r , su inspiración divina,
Á un genio que fallece o b s c u r e c i d o ,
C o m o . e l sol que á su ocaso se avecina.
2 20 J O S É JOAQUÍN Dü OLMEDO
Lima, 1 8 4 6 .
POESÍAS
EN EL ÁLBUM
C r e c e , bella M e r c e d , en gracias c r e c e ,
C u a l una tierna planta
Q u e del vergel en gloria se levanta,
Y que en t o d a estación, fresca, florida.
Preciados frutos sin cesar ofrece.
Tú floreces a s í : y en todo tiempo
D e todos celebrada y m u y querida,
C r e c e r á s en v i r t u d , q u e s i e m p r e ha sido
V í n c u l o de heredad en tu familia :
P e r p e t u a n d o en nuestra fiel m e m o r i a
L a s hazañas g l o r i o s a s de tu padre
Y las amables gracias de tu m a d r e .
Lima, 1340,
222 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
INSCRIPCIÓN
E n s a l z o la v i r t u d , abato el v i c i o ,
Y al pueblo deleitando,
E n la sana m o r a l le v o y g u i a n d o .
POESÍAS 223
( E n 1 8 4 7 l e y ó O l m e d o en el diario de Madrid
LA ÉPOCA (número 2 7 9 ) la o d a que dedicó la
distinguida poetisa e s p a ñ o l a , señorita C o r o n a d o , al
novelista francés E u g e n i o S u e c o n m o t i v o de la
publicación de El Judío Errante, oda que termina
con los siguientes v e r s o s :
Payta, 1 8 4 7 .
NOTAS
NOTAS
N ? i . — P á g . 14
. . . /a bella Parténope.,,
La ciudad de Nápoles.
N ? 2. — P á g . 1 6
Todos los elementos cruda guerra
Alusión á la horrible tempestad que acabó de perder las
escuadras en el combate del 2 1 de octubre de 1 8 0 5 .
N í 3 . — P á g . 18
Cumana Profetisa,
C u m a s , patria de la sibila C u m e a , está en el territorio d e
Nápoles.
N° 4. — P á g . 2 2
Dos meses después de escrita esta composición, diez m i l
ingleses atacan á la ciudad de Buenos Aires y son vencidos
dor sus moradores y obligados á capitular.
N ? 4&». — P á g . 23
Alocución recitada en el Convictorio de S a n Carlos de
Lima al comenzar la representación, por los alumnos de ese
colegio, de la tragedia de Quintana titulada El Duque de
Viseo. (Nota de Don M. N. Corbancho).
230 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
Ni 5 . — P á g . 27
N? 6. — P á g . 36
El Anti-Lucrecio es un poema latino, m u y celebrado,
escrito por el Cardenal de P o l i g n a c .
N ? 7. — P á g . 48
La tierra con su peso equilibrando,
L o s físicos h a n procurado explicar el equilibrio que guarda
la tierra á pesar de la diferencia de masas en sus dos hemis-
ferios. ¿ E l enorme peso de los A n d e s no podrá ser uno de
los datos para resolver este curioso problema de geografía
íisica?
N ? 8. - Pág..49
El caudúoso Guayas :
El rio Guayaquil, en cuyas orillas se hacía esta composi-
ción. Se cree que tomó su nombre de G u a y a s , antiguo R é -
gulo del país antes de la conquista.
N ? 9. — P á g . 5 1
Ó ambala la palma d sus rivales.
T o d o s conocen las sublimes odas de Píndaro en honor de
los vencedores en los juegos olímpicos. S u nombre es h o y
más célebre que el de los héroes que canta.
N? 1 0 . — P á g . 53
Que reflejan del iris los colores
O la imagen del sol en sus pendones,
El pabellón de Colombia lleva los principales colores del
iris; el del Perú lleva un sol en el centro.
2 2
3 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
Nf i i . — P á g . 53
¡Que su ímpetu mismo los perdiera!
Nf 12. - P á g . 53
Otra ve% vencedor, y otra cantado,
Nf 1 3 . — P á g . 55
Y á tu ingrato destino acerho llanto.
Cuando se escribía este poema todos creían que eran
mortales las muchas heridas que Necochea recibió en J u n í n ,
H o y la Patria se goza en poseer salvo á este ilustre defensor,
cubierto de honrosas cicatrice.';.
Nf 14. — P á g . 56
Y otro nombre conquista con sus hechos
Nf 1 5 . — P á g . 56
¿ Son esos los garlones delicados
Entre seda y aromas arrullados ?
N? 1 6 . — P á g . 57
Tal el joven Aquiles,
L a madre de Aquiles, para impedir que su hijo fuese á la
guerra de T r o y a , le envió disfrazado de mujer á la corte de
la isla de Sciros. Allí, prendado de la hija del rey, pasaba
una vida digna de su disfraz, cuando Ulises, acompañado de
otros fingidos mercaderes, le presentó una espada y otros
adornos militares mal encubiertos entre varias y curiosas
mercaderías extranjeras. Ulises espiaba el movimiento de
Aquiles al ver las a r m a s ; lo reconoce, se descubre; y t\
joven de quien pendía el destino de la guerra, se avergüenza
de su estado, y recobrando su sexo y su valor, partió á
T r o y a . A l l i hizo tales proezas combatiendo y triunfando,
que parece que la naturaleza se vio como forzada á crear un
genio como el de Homero para que le cantase.
N? 17. — P á g . 58
Carbajal... y Silva...
Y Suáre^... y otros mil...
Itti ts dado hacer en el poema mención de todos los que
^'4 JOSÉ J O A Q U Í N DE OLMEDO
19. — P á g . 60
Una hora más de lu%...
L a acción de Jum'n empezó á las cinco de la tarde : la
n o c h e sobreviniendo tan pronto impidió la completa d e s -
trucción del ejército real.
N ? 20. — Pág. 63
Yo soy Huayna-Capac; soy el postrero
Del vastago sagrado
Después de Huayna-Capac reinaron algunos I n c a s ; pero
él fué el último que poseyó íntegro el Imperio. L o s demás
reinaron en un R e i n o dividido, agitados siempre de guerras
civiles, ó encadenados por los españoles. Estos por farsa so-
lian coronar á los legítimos sucesores, para llevar al cadalso
u n a víctima que lisonjease más su orgullo y su ferocidad.
N ? 2 1 . — P á g . 64
Más allá un hijo espira entre los hierros
De su sagrada majestad indignos
POESÍAS
N? 23. - P á g . 65
Divino Casas, de otra patria digno
E l nombre de Las-Casas no puede recordarse sin enterne-
c'nvti to por ningún americano, á pesar del último extravío
de tu c J o . ¡ C u á n d o no se extraviaron las grandes pasionesI
El nombre de Las-Casas es m u y venerado en A m é r i c a .
España le trata de fanático y de i m p o s t o r ! !
N? 24. — P á g . 66
Y del Inca en la peana
L a peana del Inca era un edificio en que solía descansar
cuando at avesaba el gran camino de la Cordillera. Sus r u i -
¡aas, ó uiá-. bien, los vestigios de sus ruinas están m u y e e r e
niel campo de J u n í n .
J O S É JOAQUÍN' DE OLMEDO
Nf 25. — P á g . 67
Ese adalid vencido
El jefe del ejército real, después de su derrota en Junín,
marchó precipitadamente al Cuzco para preparar una s : -
gunda acción, cortando los puentes del A p u r í m a c . Esta ope-
ración detuvo al ejército libertador en la orilla izquierda de!
río. E l General Bolívar entonces, dejando las disposiciones
convenientes, volvió á Lima con el fin de levantar nuevas
tropas para reabrir la campaña, pasada que fuese la rigorosa
estación del invierno. E n este intervalo los españoles, reu-
niendo con presteza admirable cuantas fuerzas tenían en el
Cuzco y demás provincias, y arrebatando cuantos elementos
de guerra útiles ó inútiles había en el país, repasaron inespe-
radamente el Apurímac y se presentaron en A y a c u c h o con
cerca de diez mil hombres, cuando nuestro ejército apenas
excedía de cinco m i l .
Nf 26. — P á g . 67
Y el mismo campo donde ciegos
En sangrienta porfía
E n el campo de A y a c u c h o fué la célebre victoria que pre-
dice el Inca y que fijó los destinos de la A m é r i c a . En el
m i s m o lugar, al principio de la conquista, se disputaron los
A l m a g r o s y Pizarros el dominio del Perú con tal encarniza-
miento, que por la mortandad de unos y otros se llamó el
campo de Aya-cucho, que se interpreta Rincón de muertos.
Habiendo recaído la suma del Imperio en uno solo, se ace-
leró la conquista de todo el país.
Nf 27. — P á g . 68
Al ¡oven Sucre prestará su rayo
Sucre fué nombrado por el Libertador general en jefe del
POESÍAS 237
N? 28. — P á g . 70
Vargas su nombre,
Y vencedor el suyo...
N o es posible hacer mención de todos los Cuerpos que se
batieron y triunfaron en A y a c u c h o . . . Bogotá, Voltijeros,
Pichincha, Rifles y Caracas; los batallones 1 f , 2 ? y 3 f del
P e r ú , la L e g i ó n Peruana, los Granaderos, los Húsares de
Colombia y los de J u n í n , todos se distinguieron sobre m a -
nera .
N: 29. — P á g . 70
Terrible cual su nombre, batallando
Se presenta La-Mar:
E l general La-Mar es natural de G u a y a q u i l : m a n d ó bi-
zarramente el ala izquierda del ejército, que fué la que sufrió
el mas terrible choque de la fuerza enemiga y decidió la
-.'ictoria. Desde m u y joven fué enviado á la Península por su
familia á seguir la carrera militar, y se distinguió después en
la guerra que E s p a ñ a sostuvo lan gloriosamente contra los
franceses de Napoleón. V o l v i ó á América nombrado Inspec-
tor General del P e r ú ; y los jefes españoles le dejaron en el
mando de la plaza del Callao cuando por primera vez aban-
donaron á L i m a al acercarse el valiente y astuto general
San Martín. É s t a fué la situación más difícil para un hombre
como L a - M a r , que de m u y antiguo abrigaba sentiniectos
americanos, y que se veía entonces obligado á s o f o c r por
cumplir severamente las leyes del honor. Pero en esta misi-:a
2 8
3 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
N ? 50. - Pág. 72
Con todos sus caudillos humillados
Venir, pidiendo pa%.
Quince generales españoles había en el Perú, reunidos
por una L l i z casualidad en Ayacucho para hacer más g l o -
riosa esta jornada, se rindieron y capitularon en el campo.
— Todos con toda su fortuna han vuelto ya á su Patria. L a
capitulación fué pedida y otorgada después de la derrota deí
grueso del ejército real, y cuando sólo quedaba por batir un
cuerpo de reserva de poca consideración. Parece que nada
POESÍAS 239-
Nf 34. - P á g . 75
De' sanio y poderoso
Pacha-Cámac el templo portentoso;
N? 35. — P á g . 76
Ante los ¡Haces santos...
L a s t asees en las antiguas repúblicas eran la principal i n -
signia de las magistraturas civiles.
N: 36. — P á g . 76
Y el pueblo primogénito dichoso
De Libertad
Nuestros hermanos del Norte han sido ¡os primeros en
reconocer la independencia de los pueblos del S u r á la que
los excitaron con su ejemplo y ayudaron con su amistad. E l
pabellón de la República lleva tantas estrellas como son los
Estados de la U n i ó n . E l Estado de Virginia tiene sobre todos
la gloria de ser la Patria de W a s h i n g t o n .
Nf 57. — P á g . 77
La Reina di los mares la primera.
L a magnánima Inglaterra ha sido la primera de las n a -
ciones europeas que ha reconocido los nuevos Estados A m e -
ricanos. Su amistad en la paz nos será tan provechosa como
nos fué en la guerra su amigable neutralidad.
Ni 3 S. - P á g . 77
La gran cadena de ¡os Andes sea
S e quiere expresar con esta comparación el deseo de que
los pueblos de América, por sus relaciones y lazos frater-
nales, sean siempre como uno solo. E n este sentido el Inca,
cuando en su vaticinio habla de su P u e b l o , de su I m p e r i o ,
quiere comprender todos los pueblos que están unidos y en-
lazados por la cadena de los Andes.
POESÍAS
Ni 59. - P á g . 78
A la diestra de Mancó te sentares.
Manco-Capac fué el primer Inca, el primer legislador del
P e r ú , descendido del Cielo y venerado siempre como una
divinidad.
N i 40. — P á g . 79
Con pahuas os espera la Victoria
Aquí concluye el vaticinio del Inca, que será acaso censu-
rado por su demasiada e x t e n s i ó n , - y no sin justicia. Pero
¿no se perdonará á un Inca que antes de pronunciar el
grande oráculo, objeto de su aparición, exhale algunas
quejas al ver por la primera vez los lugares que fueron el
teatro de los horrores de la conquista? ¿ N o se perdonará á un
buen padre y á un buen rey lamentar antes de todo la suerte
de sus hijos y de su pueblo? ¿ N o se perdonará á un guerrero
alentar el valor de las tropas con el recuerdo de agravios pa-
sados, aunque sean sucesos muy conocidos de la historia de
su país? ¿ N o se perdonará á un anciano el ser prolijo en sus
discursos, y á un sabio de edad el no perder la ocasión de
dar consejos á los hombres? ¿ N o se perdonará, en fin, á un
sacerdote prolongar un tanto la expectación del pueblo al
anunciar los oráculos del Cielo?
L o s oráculos comúnmente eran breves y sentenciosos. E s
verdad; pero la victoria de A y a c u c h o es de la m a y o r i m -
portancia, como que ha lijado los destinos del pueblo a m e -
ricano ; y no estaría bien cantada si no se celebrasen todas
las circunstancias que la hacen memorable. A d e m á s , esa
misma prolijidad de circunstancias da m a y o r e s apariencias
de verdad á la predicción. P o r esto se ha escogido un p r o -
feta inspirado que lo prevea todo, un anciano que no omita
aada de cuanto prevé, y un Inca que mire con interés cuanto
2 2
4 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
N ? 42. — P á g . 85
N ? 42 <»'«. — P á g . 85
CARTAS DE OLMEDO
Salud y gloria.
Guayaquil, Enero 6—825.
II
Á SIMÚN GÓTICO
Guayaquil, Enero 5 1 — 8 2 5 .
III
IV
VI
VII
VIII
CARTAS D E BOLÍVAR
Cuzco á 27 de Junio de 1 ^ 2 ; .
15-
262 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
BOLÍVAR.
11
ser m á s leve que el éter, pues que viene del cielo, se muestra
un poco h a b a d o r y embrollón, lo que n o le han perdonado
los poeta-, al buen Enrique en su arenga a l a reina Isabel : y
y a usted sabe que Voltaire tenía sus títulos á la indulgen-
cia, y sin embargo n o escapó de la crítica.
L a introducción del canto es rimbombante : es el r a y o de
Júpiter q n parte á la tierra, á atronar á los A n d e s que deben
sufrir la sin igual fazaña de j u n í n : aquí de un precepto de
Boileau, que al.iba la modestia con que en pieza Homero su
divina Ilíada : promete poco y da m u c h o . L o s valles y la
sierra proclaman á la tierra: el sonsonete no es lindo y los
sold.idos proclaman al general, pues que los valles y la sierra
son lo* muv humildes servidores de la t i e r r a . 1
N ? 4 5 . — P á g . 91
N ? 4 4 . — P á g . 91
Ni 45- - Pág- 9 1
Nf 4 6 . — P á g . 93
EPÍSTOLA Á OLMEDO
¡ M a l h a y a ese P a r í s tan d i v e r t i d o ,
C o n todas sus famosas fruslerías,
Q u e á soledad m e tienen r e d u c i d o !
M a l r a y o abrase, a m é n , sus T u l l e r í a s , .
Y mala peste en sus teatros h a g a
S o n a r , en v e z de a m o r e s , letanías,
T e halles al r a s o , á tu sabor t e n d i d o ,
R o d e a d o de cardos y de jaras,
C a n t á n d o t e u n a rana á cada o í d o .
D i g a s : « ¡ O h v e n t u r o s a patria m í a !
¿ Q u i é n m e trajo á v i v i r do todo es hecho
D e a n t o j o s , de e m b e l e c o y de falsía ?
« Á L o n d r e s de esta v e z m e v o y d e r e c h o ,
D o n d e , a u n q u e n o m e aguarda el bien a m a n t e
D e m i V i r g i n i a , m i paterno t e c h o ,
POESÍAS
M e a g u a r d a a m i g o fiel, v e r a z , constante.
Q u e l al v e r m e sentirá m á s alegría
Q u e la que él m e descubra en el s e m b l a n t e .
Y c u a n d o fresca r o s a la esmeralda
Matiza de sus c a m p o s florecidos,
G u a y a q u i l entreteja á tu g u i r n a l d a ;
V e n , y de nuestra dulce p o e s í a
A l apacible delicioso culto
V u e l v a y a tu inspirada fantasía.
O t r o se g o c e en el feroz t u m u l t o
D e la batalla, y la sangrienta g l o r i a ,
Á la llorosa h u m a n i d a d i n s u l t o .
O t r o e n c o m i e n d e á la tenaz m e m o r i a
D e antiguos y m o d e r n o s la doctrina,
D e absurdos y v e r d a d e s p e p i t o r i a .
M i e n t r a s otro q u e c i e g o te i m a g i n a
E n sólidos objetos ocupado,
Y también á su m o d o desatina,
Intereses calcula d e s v e l a d o
Y por telas del T á m e s i s ó el I n d o
C a m b i a el m e t a l de n u e s t r o suelo a m a d o :
T e m a n d a el C i e l o que el l a u r e l del P i n d ó
T r a s p l a n t e s á los c l i m a s de O c c i d e n t e
D o crece el ananás y el t a m a r i n d o ;
POESÍAS 2-/3
¡ F e l i z , oh M u s a , el q u e miraste pía
C u a n d o á la n u e v a luz recién nacido
L o s tiernezuelos párpados a b r í a !
N o ciega n u n c a el p e c h o e m b e b e c i d o
E n la visión de la ideal belleza,
D e incesantes contiendas el r u i d o .
E l n i ñ o A m o r la lira le adereza,
Y díctanle cantares inocentes
V i r t u d , h u m a n i d a d , naturaleza.
Ó p o r m e j o r decir un m u n d o habita
S u y o , donde m á s bello el suelo y rico
L a edad feliz del o r o resucita ;
274 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
D o n d e n o se c o n o c e esteva ó DÍCO,
Y v i v e m a n s a gente en leda h o l g u r a
V i s t i e n d o aún el pastoral pellico,
N i á la plebe d e s l u m h r a , insulsa y v a n a ,
D e la extranjera seda el a t a v í o ,
C o n que tal v e z el c r i m e n se e n g a l a n a ;
N i se obedece á intruso p o d e r í o ,
Q u e o r a p r o m u l g a l e y e s y ora a n u l a ,
S i e n d o la l e y s u p r e m a su albedrío ;
N i v i c t o r i o s o capitán p r e g o n a
L i d e s q u e p o r la patria ha sustentado
Y e n galardón le pide una c o r o n a .
POESÍAS 275
H u y a m o s de é l , h u y a m o s d o á la vista
N o p o n g a h o r r o r y a s o m b r o tanta escena
Q u e al bien nacido corazón contrista.
C o m o e l n i ñ o inocente que la h e r m o s a
F a b r i c a v e del iris, que á la esfera
S u b e esmaltado de jacinto y r o s a ,
276 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
Y en su d e m a n d a v a p o r la p r a d e r a ,
Y c u a n d o cree l l e g a r , y á l a encantada
A p a r i c i ó n p o n e r la m a n o espera,
H u y e e l prestigio a é r e o , y la burlada
V i s t a l o busca p o r el aire p u r o ,
Y su error r e c o n o c e a v e r g o n z a d a ;
D a m e la m a n o ; y s o b r e la ardua p e ñ a
D o n d e el sagrado alcázar se s u b l i m a ,
P o d r á n d e j a r mis pies alguna s e ñ a .
M a s a y ! en v a n o m i flaqueza anima
T u v u e l o a u d a z , que al fatigado aliento
P o n e pavor la levantada c i m a .
Y a para recibirte su c a n o r o
Concierto se suspende, y la armonia
D e las a c o r d e s n u e v e liras de o r o .
Y llegas, y te sientas, y T a l í a ,
Q u e al á u r e o cinto a r r e g a z ó la falda,
L a c o p a te presenta de a m b i o s í a .
16
2/S JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
« A l m a eterna del m u n d o , n u m e n s a n t o ,
T u t e l a del P e r ú (cantan a h o r a
Y sus ondas Castalia enfrena en t a n t o ) .
» L a l i b e r t a d , amable p e r e g r i n a ,
S u t e m p l o allí p l a n t ó , y allí su l l a m a
H e r m o s a a r d e otra v e z pura y divina.
» Y en t o d o s sus o r á c u l o s p r o c l a m a
Q u e al M a d a l é n y al R i m a c bullicioso
Y a s o b r e el T i b e r y el E u r o t a s a m a . »
POESÍAS
Á escuchar vuela el h i m n o m e l o d i o s o
L a hueste de los vates i n m o r t a l e s ,
E l c i e l o , el a g u a , el v i e n t o , el b o s q u e u m b r o s o
ANDRÉS BELLO.
Londres, 1 8 2 7 .
A l alazán b r i o s o
Q u e n o t e m i ó erizadas bayonetas
D e fuertes b a t a l l o n e s ;
POESÍAS
A t l e t a corpulento
E n m e d i o el a n c h o circo
S u s colosales m i e m b r o s ostentaba
Y su esbelta a p o s t u r a ;
Y n o bien e n t r e g a b a
282 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
D e s c u i d a d o de t í , r a u d o c a m i n a s
Á igual d e s t i n o , O l m e d o .
E l fuego i n s p i r a d o r del sacro A p o l o ,
O j i e arrebata la m u e r t e á las divinas
M a n s i o n e s del O l i m p o , arde en tu a l m a .
T ú conseguiste s o l o
E n t r e l o s v a t e s del P e r ú la p a l m a ;
Y a la suerte l l o r a n d o
D e aquel p r e c i o s o niño
Q u e a b r i ó sus ojos á la luz del d í a ,
A u n atada la Patria
POESÍAS
A l y u g o de la n e g r a t i r a n í a ;
Y a en cántico s o n o r o eternizando
E l v e n t u r o s o instante,
E n que el peruano p a b e l l ó n triunfante
Vio derrocarse el t r o n o de F e r n a n d o .
Pero ¡ a y ! ya sumergido
E n o c i o y en s i l e n c i o ,
N o l o s labios d e s p l e g a s ;
N i de tu a c o r d e lira
El e c o resonante al aire entregas,
Indócil tu albedrío
A l e l e v a d o n u m e n que te i n s p i r a .
T i e m p o será, si su favor d e s d e ñ a s ,
Q u e irritado ese n u m e n niegue frío
S u inspiración al c a n t o ,
Y en heladas cenizas convertida
E l ascua e n g e n d r a d o r a de esa l l a m a
Q u e el corazón te inflama,
N o á elevarse atrevida
T u voz sonora vuelva
E n sublimes c a n c i o n e s ;
Q u e verde musgo envuelva
L a s cuerdas de tu cítara, y n o alcances
2S 4
JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
¿ Y v e r á s i m p a s i b l e que s e acerca
E s e funesto d í a ,
— A s í á tus c o m p a t r i o t a s d o l o r o s o
C o m o á tí v e r g o n z o s o —
E n q u e p e r d i d o el sacro p r i v i l e g i o ,
Q u e á regiones m á s altas te s u b l i m a ,
E n t r e el profano v u l g o te c o n f u n d a s ?
¿ T a l v e z tu b l a n d o c o r a z ó n herido
P o r el punzante a r p ó n de l o s p e s a r e s ,
N o puede c o m p l a c i d o
D a r s e á dulces cantares ?
¿ T a l v e z ausente de tu cara esposa
Y del ú n i c o fruto
Q u e el Cielo á tus a m o r e s r e s e r v a r a ,
L i g a d a noche y día
Á tan tiernos o b j e t o s ,
H u y e a l p o d e r del D i o s tu fantasía?
¡ A h ! n ó , bien s a b e s , inspirado v a t e ,
Q u e c u a l s u e l e apacible ventolina
Disipar t e m p e s t u o s o s n u b a r r o n e s ,
l ' a l la influencia divina
POESÍAS 78 5
D e las m u s a s al a l m a p e s a r o s a
C o n s u e l a tierna a m i g a ,
C o n habla c a r i ñ o s a ,
Y la a m a r g u r a del dolor m i t i g a .
¿ F a l t a acaso á tu lira a s u n t o d i g n o ?
¿ N o puedes dar lecciones
D e paz y de g r a n d e z a
A este libre hemisferio,
E l e v a d o s e j e m p l o s presentando
D e otras libres n a c i o n e s ?
¿ N o ves h o n d o v e n e r o de belleza
E n t r e los fastos del a n t i g u o i m p e r i o ?
¿ L a m e n t a r n o te es d a d o l o s h o r r o r e s
D e la feroz c o n q u i s t a ,
C u a n d o — p o r c i m e n t a r e l poder r e g i o
D e lejanos s e ñ o r e s
A c á en nuestras c o m a r c a s —
C o m e t i e r o n el t o r p e sacrilegio
L o s m i n i s t r o s del fiero d e s p o t i s m o
D e hacer c o r r e r la s a n g r e de l o s I n c a s
M e z c l a d a c o n el a g u a del bautismo ?
Ó b i e n ; ¿ p o r q u é las m i e l e s destilando
P e a n g é l i c a dulzura,
256 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
Q u e la a m a b i l i d a d p u s o en tu p e c h o ,
P o r q u é n o ensalzas c o n a c e n t o blando
D e nuestros ricos c a m p o s la h e r m o s u r a ;
Y en r e c o m p e n s a d i g n a
D e l afecto que de ellas m e r e c i e r a s ,
P o r q u é el gentil donaire y la t e r n u r a
N o c e l e b r a s , cantor, de las h e r m o s a s
Q u e habitan estas p l a y a s ,
Y de las q u e desplegan sus encantos
A l l á e n las deleitosas
Fructíferas praderas
Q u e fertiliza el abundante G u a y a s ?
T a n culpable inacción d e s t i e r r a , oh v a t e :
A l m á g i c o p o d e r de tu a r m o n í a
H a z que m i p e c h o ufano se dilate.
Canta : y el P a d r e del P e r ú , b o n d o s o
A l canto s o n o r o s o ,
D e s d e su solio d i a m a n t i n o ría :
C a n t a : y m i numen inexperto guía.
FELIPE PARDO.
Lima, 1829.
POESÍAS 2'ó*/
EPÍSTOLA
N o es sólo el n u m e n destructor, O l m e d o ,
D e la sangrienta lid, quien de tu Patria
L o s l a u r o s triunfadores apercibe :
N i el bélico terror sólo resuena
D e l G u a y a q u i l en la frondosa m a r g e n ,
A n t e s esclava, y a soberbia y libre.
T a m b i é n allí c o n n u e v a p o m p a , a m i g a
D e gloria y libertad salvó su t e m p l o
L a P i é r i d e ninfa, y en sus aras
T ú el p r i m e r o q u e m a s t e incienso p u r o .
T ú , C a n t o r de J u n í n , hijo dichoso
D e n u e v a P a t r i a , que en su infancia ostenta
JOSÉ JOAQUÍN D » OLMEDO
V i r t u d antigua y brío i n e x o r a b l e
Y odio al p o d e r i n j u s t o ; t ú , q u e r o m p e s
E l silencio de m u e r t e en que abatido
Y a c i ó en siglo execrable, c o m o s i e r v o
D é b i l , s u m i s o , el g e n i o a m e r i c a n o ;
T ú , q u e al orbe p r o c l a m a s en acentos
D e incógnita a r m o n í a , el espantable
G r i t o p o s t r e r o que lanzó furiosa,
M o r d i e n d o el p o l v o y anegada en s a n g r e ,
L a u s u r p a c i ó n h o r r e n d a ; no del labio
L a t r o m p a alejes, n o , que de la gloria
N o t e r m i n a r a el v u e l o esclarecido.
A u n lucirá en los A n d e s i m p r i m i e n d o
N u e v o esplendor á la opulenta L i m a .
D e l p o r v e n i r al seno tenebroso
P e n e t r a n d o v e l o z , tú del destino
L o s arcanos r e v e l a s , y en las faldas
D e l m o n t e g i g a n t e s c o v e s erguirse
Nueva generación, robusta, dócil,
D e ciencia y l u c e s y razón sedienta.
N o a l l í , cual a n t e s , el m e t a l que oculta
E n sus entrañas p r ó v i d a la tierra,
N u m e n preciado de l o s p u e b l o s , fija
S u r e v e r e n t e a d o r a c i ó n ; ni vierte
POESÍAS
S u d o r penoso el I n c a d e g r a d a d o ,
P a r a llenar del o p r e s o r r e m o t o
L P S arcas insaciables. D e l prestigio
R o m p i ó el g e n i o los v í n c u l o s falaces,
Y las espigas ondeantes cubren
E l tesoro que h i e r r o s y e x t e r m i n i o
T r a j o á la Patria cual letal influjo.
L e y e s benignas y s e v e r o s pactos
E l templo a p o y a n , do se sienta altiva
Feliz nación de i m p á v i d o s g u e r r e r o s
Y ciudadanos ú t i l e s ; enlazan
L a u r o y o l i v a el r a m o i n d i s o l u b l e ,
Y á su s o m b r a íecúndanse esplendentes
L a s flores del s a b e r ; ni riega el ara
S a n g r e infanda de v í c t i m a s , que al C i c l o
Sacrificó, r i e n d o , el f a n a t i s m o ;
N i al n o m b r e ilustre de la raza imbécil
L o o r se rinde y bajo a c a t a m i e n t o ,
L u z b i e n h e c h o r a la v i r t u d r e c l a m a .
C e s a el canto g u e r r e r o , y dulces h i m n o s
E n t o n a á la alma paz : gózate viendo
C u á l p r ó d i g a en raudales, cuál fecunda
D e ventura los g é r m e n e s p r e c i o s o s ,
D a n d o al P e r ú tras bárbara refriega
17
9° JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
L o que al G a l o y al I b e r o y Heleno
Bienes preciados d e n e g ó F o r t u n a .
D e la n a c i ó n atlántica gloriosa
Canta la e x a l t a c i ó n , que así l o d e b e s
A l noble s u e l o que te diera vida.
S u esplendidez magnífica, las m o l e s
D e eterna n i e v e que su frente c i ñ e n ;
S u s valles perfumados en que m e c e n
P a l m e r o esbelto y v e r d e t a m a r i n d o
L a s c o p a s elegantes, y el soberbio
D i s c o del n u m e n que a d o r ó rendida
L a antigua g e n t e , d i g n o asunto ofrecen
Á la lira s o n o r a ; y si anhelante
D e prez m á s a l t o , plácidas lecciones
D e bienandanza sólida en tus r i m a s
Q u i e r e s dictar al p u e b l o que te escucha.
N u e v o M a r ó n , las glorias de los c a m p o
Y la tarea q u e la faz a d o r n a
D e frutos a b u n d o s o s y cosechas
R e v e l a al p e r u a n o ; y la guirnalda
D e l a u r o h o n r o s o q u e al a c e r o diste,
T i m b r e m á s noble del arado sea.
J. J. de Mor.
Londres, 1829.
POESÍAS
Nf 48. - Pág- 93
La Reina del Pacifico opulenta,
Nf 49. — P á g . 94
Nf 50. — P á g . 95
Xi 5 1 . — P á g . 95
Se avan-a; y los valientes capitanes
En cien lides gloriosos le rodean,
K° 52. .— P á g . 97
Se hiende el monte, ¿i huracán estalla,
Y es todo el aire un campo de batalla.
Alusión á los terribles ruidos que alternadamente, como
grandes tiros de cañón, se oyeron por la noche en el mes de
Enero en los próximos días de la batalla.
1S? 53. — P á g . 97
¡Qué horror! del alto pedestal cayeron
Del incienso sacrilego indignabas.
N? 54. — P á g . 125
De la leona,
Que al ruido de la presa por la noche
Ciega se lanía...
Cuando los leones de África salen por la noche en busca
de su presa, dan primero un fuerte rugido que pone en fuga
á todas las bestias del desierto : entonces, atentos al ruido
que hacen al huir, se abalanzan violentamente sobre ellos,
llevados por el o í d o , n o por el olfato.
POESÍAS 293
N ? 5 5 . — P á g . 162
Ya si lecciones damos á los hombres,
O si votos al cielo dirigimos.
C o m o este verso ha dado en otro tiempo ocasión á críti-
cas reñidas y controversias, no será inútil observar que los
moralistas deben sobre todo enseñar á lo> hombres, que Dios
se propone el bien general de su m u n d o con preferencia al
bien de los individuos; y que al dirigir nuestros votos al
Cielo no debemos pedir nada que sea contrario al fin del
Criador. — Éste es el pensamiento de Pope, y no puede ser
más justo, ni m á s religioso. Según el dogma del cristia-
n i s m o , Dios es el primer fin de t o d o ; y el bien particular
de los individuos es el objeto de una providencia particular
subordinada á la Providencia general que conserva y rige el
Universo.
Ni 56. — P á g . 1 7 3
Y á dominar las olas el nautilo...
Dando remos al mar, y vela al viento.
E l Nautilo es un pez que volviéndose sobre su concha,
que tiene la figura de una navecilla, nada en el mar alzaudo
s u s patas delanteras como d.is mástiles, entre las cuales se
extiende una membrana en forma de v e l a , y se sirve de las
dos patas traseras como de remos. — Comúnmente se ve
este pez en el Mediterráneo. S e encuentran también nautilos
fósiles en los arenales de G r i g n o n y en algunos otros lugares
de Francia y de Inglaterra.
N? 57. — Pág. 1 S 0
De la divinidad sobre la tierra
Si no la imagen, nos mostró la sombra.
Parece que el autor ha querido designar aquí los tiempos
remotos en que nacieron la filosofía y la moral, y espe-
cialmente el bello siglo de Grecia, en donde posteriormente
294 J O S É JOAQUÍN DE OLMEDO
Ni 58. — P á g . 1S2
Sobre modos de fe que el falso celo
Dispute, y se enfurezca disputando.
N o debemos creer por estos versos que para el autor eran
ndiferentes todas las religiones y todos los gobiernos Sobre
l o primero él hizo su profesión ue fe en la correspondencia,
que citamos anteriormente, con Racine, autor de los h e r m o -
sos p o e m a s de la Religión y de la Grecia. Y sobre el se-
gundo punto, es claro que Pope anuncia una verdad, des-
graciadamente confirmada por la experiencia; esto es : que
bajo la mejor forma de gobierno, los pueblos no pueden ser
felices cuando el gobierno no es administrado con integri-
d a d ; y que la mejor forma de gobierno es peligrosa cuando
j a administración es débil, orgullosa, intolerante y c o r r o m -
pida.
Ni 59. - P á g . 182
N ? 6 1 . — Pdg. 1 8 5
E l pasaje de Chateaubriand que inspiró á Olmedo la
Canción Indiana, es el siguiente :
N o u s apercúmes a iravers les arfares un j e n n e h o m m e qui,
tenant á la niain un flambeau, ressembloit au Génie du
Printemps parcourant les forets pour ranimer la n a t u r e ;
c'étoit un amant qui alloit s'instruire de son s o n á la cabane
de sa maitresse.
Si la vierge éteint le flambeau, elle accepte les voeux
ofterts; si elle se voile sans l'éteindre, elle rejette un époux.
L e guerrier, en se glissant dans les ombres, chantoit A
demi-voix ees paroles :
J e devancerai les pas du jour sur le sommet des m o n -
tagnes pour ehercher m a colombe soliíaire parmi les chénes
de la forét.
J ' a i attaché á son cou un collier de p o r c e l a i n e s ; on y
1
voit trois grains rouges pour mora amour, tiois violets pour
mes craintes, trois bleus pour m e s esperances.
Mila a les yeux d'une hermine et la chevelure légére d'un
champ de r i z ; sa bouche est un coquillage rose garni de
perles; ses deux seins sont comme deux. petits chevreaux
sans tache, nés au méme jour, d'une scule mere.
Puisse Mila éteindre ce flambeau. Puisse sa bouche verser
sur luí une ombre voluptueuse. J e fertiliserai ; o n sein. L'es-
poir de la patrie pendra á sa mamelle féconde, et je fume-
rai mon calumet de paix sur le berceau de mon fils.
A h ! laissez-moi devancer les pas du jour sur le sommet
des montagnes pour ehercher m a colombe solitaire parmi
les chénes de la forét.
ÁTALA. —Les Chasseurs (Inserción editorial).
I. b'orte de coquillage.
JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
Nf 62. — P á g . 18S
Y aquí pago mi amor.
L o s antiguos americanos, que la culta Europa llamó in-
dios, regularmente no vivían formando pueblos, sino entre
montes, en cabanas separadas unas de otras. Cuando un
joven amaba, iba por la noche á la choza de su amada con
una hacha encendida; y si la virgen la apagaba con un
soplo, era señal de que admitía á su amante favorablemente.
L a noticia de es:a costumbre y la observación de que el
valor marcial y el amor á la patria eran las primeras v i r -
tudes de aquellos amables hi.os de la naturaleza, basta para
entender bien esta canción, en la que se ha procurado imi-
tar, en lo posible, el estilo de aquellos tiempos...
Nf 63. — P á g . 2 1 1
Nf 64. — P á g . 215
Manda al^ar otra ve% por consolarme
La grave losa del sepulcro frío,
Alusión al milagro del Salvador resucitando á Lázaro y
restituyéndole á su hermana.
ÍNDICE
ÍNDICE
Introducción I
Mi retrato I
Matemáticas II
E n la muerte de Doña M a n a Antonia de Eorbón. . . . 13
Prólogo de El Duque de Viseo 23
E l Árbol 27
Fragmento del AntiLucrecio (traducción libre) 36
A un amigo, en el nacimiento de su primogénito. . . . 39
L a Victoria de Junin, Canto á Bolívar 47
Oda X I I , libro I, de Horacio (versión castellana). . . . 86
A mon ami J . Villamil 88
Al General Flores, Vencedor en Miñarica 89
Á Don Pedro Orbegoso 102
Ensayo sobre el Hombre (versión castellana)
Prólogo de la epístola 1 1.04
Epístola 1 112
Nota de la epístola I I 132
Epístola II 138
Epístola I I I 161
Un sueño. Canción 183
Canción indiana 185
Alfabeto para un niño 189
Oración de la infancia 195
Canción al Nueve de Octubre 197
300 JOSÉ JOAQUÍN DE OLMEDO
L a Libertad 2co
Alocución pronunciada per Doña Carmen Aguilar en el
nuevo teatro de Guayaquil 204
E n la muerte de mi hermana 215
Para el álbum de la Señorita Rosa Ortiz de Zevallos. . . 217
En el álbum de la Señorita Grimaneza Althaus 219
En el álbum de la Señorita Mercedes Guisse 221
Inscripción para el teatro de Lima 222
A Carolina Coronado 223
Notas 227
Cartas cruzadas entre Bolívar y Olmedo 243
Epístola de Bello 269
Epístola de Don Felipe Pardo 280
Epístola de Don J . J . de Mora 287
Notas (continuación) . 291
FIN