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“Só sei que nada sei” num contesto de Platão, não tem mais espaço em nosso
universo empresarial! Quando não sabemos ou sabemos “ mais ou menos” um
determinado assunto a margem de erro aumenta, causando efeitos bastante
prejudiciais.
No dia a dia nos tornamos muito teimosos, achando (teoria do achismo) que não
temos nada para aprender. Ou que a nossa empresa não tem nada para mudar. Isto
já é um erro, por não existir á perfeição. Logo as situações são sempre suscetíveis de
mudanças e erros!
Tivemos um cliente; O Sr. Marcelo (nome fictício, para preservar sua identidade) que
ao constituir a sua empresa há uns 7 anos, usou o capital 100% de terceiros, para
aquisição de suas instalações, ativo imobilizado, mobiliários, pagamentos dos
funcionários nos primeiros meses e aquisição de matéria prima. Desta forma ficou
com um passivo extremamente alto. Passivo este de quase 2,0 milhões. E o pior,
pagando juros bancários exorbitantes. Ele começou a trabalhar e ter faturamento
mensal. Valor razoável que de acordo com os custos e as despesas, deixava uma
margem de lucro bastante aceitável. Porém esta margem de lucro não era suficiente
para pagar as parcelas do financiamento bancário. Para ficar mais claro, vou
exemplificar:
Faturamento : R$ 550.000,00
O seu cliente tinha prazo de no mínimo trinta dias para pagar, havendo assim um
verdadeiro desencaixe de Caixa.
Com isto, ele foi atrasando as parcelas do financiamento bancário. Quando conseguia
pagar uma, deixava de pagar o fornecedor direto ou indireto. A instituição bancária
por sua vez, passou a aplicar juros sobre juros, numa forma composta. Os valores que
entravam no banco a titulo de pagamento dos seus clientes (através de contratos
assinados anteriormente na época da concessão dos empréstimos) já eram retidos
pela instituição para abatimento das parcelas em atraso. Deixando ele desta forma de
honrar com o seu custo operacional! Enfim o imbróglio foi criado. Logo o banco
entrou com busca e apreensão dos bens da empresa.
Para reflexão,
Vamos lá:
Um dos erros do Empreendedor é iniciar a sua empresa sem Capital Inicial. Este valor
serve para pagar os investimentos iniciais, tais como máquinas, instalações, aluguel,
agua, luz, funcionários etc. Quando a empresa é constituída, normalmente demora um
pouco para entrar em atividade. Precisando deste valor para aguentar as “pontas”.
No case acima, a empresa iniciou sua atividade sem nada de dinheiro. Totalmente
com recurso de capital de terceiros. Assim foi arrolando dividas até fechar. Uma
empresa não sobrevive sem “capital de giro”. Na composição deste capital, portanto,
parte dele deve ser destinada para o “capital de giro”. Vale lembrar que quando a
empresa entrar em atividade operacional, o empreendedor nunca deve esquecer-se da
disponibilidade deste Capital de giro. As operações vão ficando complexas e na
sequência deixando este planejamento a parte:
Capital de Giro:
Capital
De Giro
Na hora de planejar o Capital de Giro, é bom fazer uma previsão bem conservadora,
atribuindo uma receita menor e uma despesa maior. Para deixar margem e suporte de
sobrevivência em baixos movimentos e crises econômicas. No calculo do capital de
giro não pode esquecer da previsão de inadimplência de clientes.
O que devora o capital de giro são dividas bancárias, sem nenhuma previsibilidade,
quando foram contraídas. O tempo do ciclo financeiro, quando mais longo, despendia
mais despesa, com mais desembolso de caixa. Quanto menor esse tempo, menor será
a exigência de Caixa para manter o ciclo o operacional.
CG L = AC – PC
CG L = 160.000 – 125.000
2) Fundo de Reserva
c)Ter valor suficiente por pelo menos três meses de operação da empresa;
Veja alguns itens que devemos cuidar para que a nossa empresa possa ter um bom
equilíbrio financeiro.
Equilíbrio Financeiro:
- Controle dos custos e despesas operacionais, com cortes nos gastos mediante
planejamento.
Damos uma geral no fluxo de caixa. Agora vamos relacionar os seus objetivos, dando
uma visão panorâmica do negócio:
4) Principio da Entidade
Por conta disso os funcionários iam reclamar com a diretoria do colégio, que não
tinha nada mais o que fazer, pois já tinha pagado tudo ao seu prestador de serviço. Foi
feito uma reunião com o empreendedor, entretanto, a situação não mudou! Cabendo
ao Colégio após 04 meses nesta situação, romper o contrato e dispensar a empresa
Prestadora de Serviço. Este empreendedor ficou sem serviço, com dividas trabalhista
e também ações que os funcionários moveram contra ele.
c
Diz um ditado que “custo” é igual unha, sempre tem que estar cortando! Veja ai a
importância do controle das contas.
Uma boa ferramenta para administrar e tirar uma fotografia diária do negocio é o
Fluxo de Caixa. O empreendedor tende a não querer fazer este controle diariamente.
Achando que não teria tanta necessidade, com aquela falsa sensação de que “está
tudo sobre controle”. Doce ilusão!! Vamos fazer um teste; Em um campo de futebol,
trace uma linha de uns 15 metros no chão, feche os olhos, e tente andar nesta linha...
O que aconteceu? Provavelmente, nos 03 até os 05 metros, foi razoavelmente bem! A
partir dai, começou a perder a referência não é mesmo! Você teve até a sensação de
estar na rota certa, entretanto quando se abre os olhos leva um susto com a diferença
de rota, você não estará mais na linha. Assim é com a sua empresa! Sem o controle
de Fluxo de Caixa é como “administrar as cegas”, ou na melhor das hipóteses, com um
alto grau de miopia.
O fluxo de caixa deve ser projetado por um período de 03 a 06 meses. Inicia com o
saldo inicial (valor em caixa), a partir dai passa a lançar diariamente as entradas e
saídas apurando-se os saldos operacionais diários. Nas entradas, identifica-se as
fontes, clientes, empréstimos, etc. Nas saídas, faz se o mesmo, individualizando os
pagamentos por grupo de despesas (baixe a planilha no site
www.valcunhacontabilidade.com.br) Na projeção consegue identificar e conhecer
com detalhes as fontes de receitas, natureza das despesas e prazo de cada um destes
itens. Nesta projeção, consegue saber se a empresa terá falta ou sobra de caixa.
Com o Fluxo de caixa projetado, faz o acompanhamento com o Fluxo de Caixa
realizado, fazendo o lançamento diário do que realmente esta acontecendo, e
apurando a diferença do fluxo de caixa projetado em ralação ao Fluxo de Caixa
realizado.
Não se preocupe! O Fluxo de Caixa foi criado já com estas duas colunas, bastando
somente alimentá-la. O restante dos cálculos é feito automaticamente. Está atitude
do empreendedor, resume em 80% de disciplina e 20% de trabalho. Mão a obra!
5) De olho no Estoque
Conheci uma empresa com muito estoque e também bastante endividada na contra
partida. Perguntei ao empresário, porque tanto estoque parado? Ele me respondeu
que trabalha com Licitação. Portanto quando ganha a concorrência, tem que fazer a
importação do produto que demora a chegar. Ele fica com a preocupação do cliente
(estatal) pedir, e ele não ter para fornecer, tendo que pagar multas por desobediência
contratual. Porém a reciproca não é verdadeira. O cliente não tem
comprometimento com prazo para pedir o produto. Isto quando não cancela a
licitação no meio algum motivo.
A situação desta empresa ficava precária, com estoques altos, fornecedores para
pagar sem o respectivo escoamento do estoque e realização das receitas.
Presenciei uma situação de uma empresa que trabalhava com a fabricação de móveis
de vime, vamos chamar o dono desta empresa de Sr. Fausto. O sr. Fausto tinha sua
venda pulverizada. Só que num certo dia apareceu uma rede de lojas (bem
conhecida!!) que quis comprar toda a sua produção por 03 meses consecutivos. O Sr.
Fausto aceitou a proposta adquirindo do seu fornecedor um estoque altíssimo de vime
também a prazo de 60 dias para pagar. Além do que tinha, contratou mais 8
funcionários diretos e mão de obras terceirizadas. Começou a produção a todo vapor.
Com um mês de fabricação, realizou a sua primeira entrega a este cliente com 60 dias
para fazer o pagamento, podendo notar então uma diferença de 30 dias para pagar o
seu fornecer e 60 dias para receber do seu cliente (desencaixe de caixa).
foto
Em resumo, o Sr. Fausto não conseguiu receber, por conta disto, perdeu a sua
empresa, ficou endividado devendo bancos, fornecedores... Etc. Tudo isso por conta
de uma má estratégia e falha em pesquisas de aprovação de crédito. Deu credibilidade
somente ao nome da rede de lojas no mercado. Tendo em vista que por mais que
tivesse pesquisado, jamais o Sr. Fausto poderia financiar toda a sua produção a um
único cliente. É pedir para dar errado!
A dica principal que fica é: Não ponha os ovos na mesma cesta. Procurar diluir o
máximo possível ás vendas de produtos ou serviço entre os seus clientes. É melhor ter
10 clientes de 2 mil do que ter 02 clientes de 10 mil cada um. No segundo caso, se
você perder um dos clientes, estaria falando de uma redução drástica de 50% de sua
receita de um mês para o outro. Sem expectativa de recuperação em curto prazo. Na
maioria das vezes a empresa não resiste. Não havendo Fluxo de Caixa que suporte isso.
Fica o lembrete!