Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Abstract
Objective: The aim of this study was to understand the significance of the use of psychopharmacology by individuals with mental
illness, users of outpatient psychotropic service. Methods: A descriptive study with a qualitative approach, conducted in April
and May 2012 in an outpatient clinic of a university hospital. For the data analysis was used Software Atlas Ti 6.2 and for data
interpretation Thematic Content Analysis of Minayo. Results: There were two broad categories: Use of psychotropic drugs as
possibility of a normal life and importance of using medications as promoting physical and mental health. Conclusion: The use
of psychopharmacology for users of outpatient constitute the acceptance of the same in society, these are considered promoters
of social reinsertion. From the testimonies of individuals revealed up new meanings regarding patient medication in psychiatry,
towards an appreciation of the use of these drugs.
Resumen
Objetivo: Comprender el significado del uso de psicofármacos por parte de personas con enfermedad mental. Métodos: Estudio
cualitativo, descriptivo, realizado entre abril y mayo de 2012, en una clínica de consulta externa de un hospital universitario. Para
el análisis de los datos, se utilizó el software Atlas Ti 6.2 y el Análisis de Contenido Temático de Minayo para la interpretación de
los datos. Resultados: Emergieron dos categorías: el uso de drogas psicotrópicas como posibilidad de una vida normal; y la
importancia de utilizar esas sustancias para la promoción de la salud física y mental. Conclusión: El uso de psicofármacos para
los usuarios del ambulatorio supone la aceptación del mismo delante de la sociedad, considerándolo promotor de la inclusión
social. A partir de los testimonios de las personas, se revelaron nuevos significados sobre la relación medicación-paciente
psiquiátrico, que propiciaron la apreciación del uso de estos fármacos.
Autor correspondente:
Mariane da Silva Xavier.
E-mail: marianesxavier@yahoo.com.br
Recebido em 08/01/2013.
Reapresentado em 28/07/2013.
Aprovado em 05/08/2013.
DOI: 10.5935/1414-8145.20140047
323
Psicofármacos e indivíduos com transtorno mental
Xavier MS, Terra MG, Silva CT, Mostardeiro SCTS, Silva AA, Freitas FF
324
Psicofármacos e indivíduos com transtorno mental
Xavier MS, Terra MG, Silva CT, Mostardeiro SCTS, Silva AA, Freitas FF
RESULTADOS E DISCUSSÃO DOS DADOS Para o U14, a palavra 'louco' surge como um estigma que
lhe traz desconfortos.
A seguir, serão apresentados os dados que emergiram
dos depoimentos dos indivíduos com transtorno mental em
[...] como era minha reação antes de doente, meio louco,
acompanhamento ambulatorial, acerca do significado da utilização
que é uma palavra ruim até de dizer, que muita gente trata
de psicofármacos. Os dados foram organizados nas seguintes
a gente como louco, incomoda a gente [...] (U14).
categorias: O uso de psicofármacos como possibilidade de uma
vida normal e a importância da utilização de psicofármacos como
promoção de saúde física e mental. O termo 'estigma' pode ser definido como uma marca física
ou social de conotação negativa, ou que leva o portador dessa
O uso de psicofármacos como possibilidade "marca" a ser marginalizado ou excluído de algumas situações
de uma vida normal sociais. A estigmatização ocorre quando se atribui um "rótulo" e
Nesta categoria, o uso dos psicofármacos foi compreendido "estereótipos" negativos a determinados comportamentos. Tal
pelos usuários como algo que lhes proporciona uma vida 'normal', situação, influencia direta ou indiretamente a condição de saúde
com clareza de pensamentos. Ou seja, oportunidade para tomar da pessoa estigmatizada, provocando diversas consequências,
atitudes consideradas simples para as pessoas 'normais', como inclusive o agravamento da circunstância9.
dormir e conviver em sociedade. Compreende-se aqui por 'normal', A Reforma Psiquiátrica trouxe inúmeros desafios a todos
o comportamento que é considerado aceitável e comum. Cabe-se os envolvidos com as questões da saúde mental10. Diante
salientar que esta condição, desejada pelos usuários é ampliada disso, a discussão ética surgiu como uma necessidade a ser
pela Reforma Psiquiátrica, a qual estabelece que as pessoas constantemente levantada pelos profissionais desta área, em um
acometidas de transtorno mental sejam tratadas com dignidade, exercício criativo que permita às práticas terapêuticas a aceitação
respeito a sua cidadania através do convívio e participação social1. da diferença para além dos ideais normalizadores. Isso significa
Entre os depoimentos os usuários, em determinados mo- que as técnicas psi precisam manter-se abertas às reavaliações,
mentos, intitularam-se 'loucos' na ausência do psicofármaco. em constante movimento, trazendo para sua estrutura a reflexão
Para alguns, a palavra 'louco' serviu para descrever a condição sobre os impasses éticos humanos11.
sem a medicação: Alguns entrevistados manifestaram que a medicação é a ra-
zão pelo qual estão vivendo e refletem sobre o seu uso contínuo.
Utilizar medicação psiquiátrica foi algo muito bom, quando
comecei a iniciar os primeiros remédios foram: estelasine e Não adianta mais... claro que sem as medicação eu não
akineton. Quando iniciei estes remédios lembro que estava vivo [...] falta um, eu já testei, eu tirei um já começou a
me sentindo muito ruim e a primeira vez que usei parece me faltar as perna, eu não vivo sem remédio. Já pensou
que deu um alívio na minha mente. [...] este remédio dá não viver sem remédio? (U5).
uma melhora na desorganização dos pensamentos e a
Significa... é a continuação da minha vida, porque se não
Olanzapina organiza os pensamentos. Os pensamentos
fosse a medicação, o medicamento que eu uso talvez eu
ficam mais claros, mais clareza de raciocínio (U1).
não estaria mais vivo. É por isso que eu digo, o medica-
Me sentia, meio louco [...] meio ruim assim se eu ficasse mento é o que vem mantendo minha vida! (U14).
lá na Mata onde eu morava ia ficar até louco [...] se eu
não começasse a tomar remédio, hoje eu me sinto bem,
O cuidado no tratamento psiquiátrico é percebido pelos
me sinto normal... certo, certo, me sinto certo. Significa
usuários como a obtenção da medicação e, também, como
bom [...] sem remédio eu não posso ficar, se eu não tomar
suporte nas atividades diárias12. Observou-se que, por vezes,
remédio de noite eu não durmo (U3).
os psicofármacos são considerados parte integrante da vida
Não conseguia dormir [...] me sinto melhor com o remédio, dos usuários, que, sem eles, não conseguiriam desempenhar
sem o remédio não dá para ficar (U13). funções do seu dia a dia. Em alguns momentos evidenciaram
estar cientes do prejuízo da não utilização, bem como revelaram
Estes depoimentos evidenciam que a utilização dos psico- suas expectativas de cura. Alguns manifestaram acreditar na
fármacos trouxe, de certa forma, uma afirmação de normalidade possibilidade de cura, outros, devido ao tempo de tratamento
para os usuários, sendo que, em alguns momentos, relataram e experiências vividas, já estão desacreditados quanto a essa
a loucura como consequência do não uso dos medicamentos. probabilidade.
Apesar da evolução terapêutica dos transtornos mentais e Nesse contexto, os profissionais de saúde precisam estar
da compreensão da loucura como a manifestação de sintomas voltados para a escuta do paciente, considerando respeitosa-
destes transtornos, os usuários são conduzidos a utilização mente suas crenças, necessidades, conhecimentos e valores,
da medicação por ainda haver certa intolerância diante do para que o planejamento de ações direcionadas à promoção da
comportamento imprevisível ou estranho destes à sociedade8. correta utilização dos psicofármacos seja pautado em fatores
intrínsecos à sua realidade13.
325
Psicofármacos e indivíduos com transtorno mental
Xavier MS, Terra MG, Silva CT, Mostardeiro SCTS, Silva AA, Freitas FF
Utilizo para curar meu problema, para tratar o problema que vai chegar um tempo que eu vou dizer que eu estou
que tenho. Para meu bem, praticamente acho estar 100%. Que eu vejo eu vou depender de medicamento
quase curada (U2). sempre, até o fim da minha vida (U14).
Eu sem remédio não dá para ficar, volta tudo de novo se
eu não tomar remédio, volta (U3). Os usuários tem um determinado conhecimento sobre o
Porque de primeiro eu parava de tomar aí ficava 3 dias cuidado à sua saúde, sua enfermidade e os medicamentos, de
boa e nos 3 dias já tava louca, mas eu sabia tudo que eu tal modo que constroem expectativas em relação ao tratamento.
fazia eu não esquecia, aí tinha que me dar injeção pra É importante salientar que a orientação quanto à utilização
mim dormir [...] (U6). dos psicofármacos pelos usuários é um tema abordado pelos
profissionais de saúde e/ou familiares, o que permite que estes
Todo esse tempo a mais de 20 anos fazendo tratamento
formulem suas opiniões. Dessa forma, a postura em relação
e não conseguia voltar ao normal como eu era [...] mas,
à terapia medicamentosa pode ser vista como uma conduta
não só usar, tem que tomar certinho, tem que controlar
aprendida, aliada às vivências destes indivíduos ao longo dos anos,
tomar todos os dias. Isso é importante, não é só pegar
e não simplesmente uma falta de conhecimento sobre o assunto16.
o medicamento e tomar hoje e não tomar amanhã. E se
É relevante ressaltar que a equipe de saúde os esclarece
estou bem a gente acha que não precisa tomar o remédio
sobre a importância do uso da medicação e as consequências
e, eu já experimentei parar de tomar e me dei mal, o me-
do desuso. Nos depoimentos, as opiniões variam de acordo
dicamento é importante [...] Então, foi o que eu disse uns
com as vivências. Alguns acreditam na cura, outros apresentam
70%, então melhorou bastante, só o que falta é eu ficar
a certeza do uso para toda a vida.
bom mesmo, que eu não tenho muita esperança (U14).
Dessa forma, questiona-se se a orientação transmitida ao
usuário é adequada à Lei da Reforma Psiquiátrica, que preconiza
Nessa linha de pensamento, percebeu-se que no início da direito ao máximo de informações sobre seu tratamento e doença.
utilização dos psicofármacos, o paciente se sente incomodado Cultivar a esperança de cura pode ser uma forma de evitar a
com o fato de ter que fazer uso contínuo do medicamento. No não utilização dos psicofármacos; no entanto, quando o usuário
entanto, como as crises e internações afetam bastante sua vida percebe que a cura não será alcançada, essa expectativa pode
e a da família, gerando sentimentos negativos, ele parece fazer ser transformada em algo negativo para o tratamento e a vida
um balanço da situação já vivenciada e conclui que realmente do usuário.
necessita do medicamento. Desta forma, há um saldo positivo, O uso do psicofármaco é algo percebido ou aprendido pelo
pois quando identifica o medicamento como algo primordial, usuário, como no depoimento a seguir:
fundamental em sua vida, passa a levar a sério o tratamento14.
Conforme depoimento: [...] Ele disse: Mas tu tem que aceitar U5 é para o teu bem,
para tu conseguir levar a vida mais tranquila. Que daí tu
[...] se tomar e parar, enquanto tiver tomando o remédio vai viver. Claro que isso ninguém te tira [...]. É, ninguém
vai estar bem, mas depois que para volta ao normal que me tira, nem o tratamento, eu estou me tratando para
é a pessoa irremediável, incurável ou então doentia. Mas, viver! Pra viver mesmo, para conseguir... para ficar aqui
se o cara tomar sempre, sempre, sempre o remédio o no mundo (U5).
cara vai ficar bem. Eu acho assim, eu... eu vejo isso
em mim daí eu não tenho motivo para parar de tomar o
Há momentos em que a administração do medicamento é
remédio [...] a cura, mesmo que seja momentânea, mas
mantida, mesmo com a presença de efeitos colaterais. A segu-
daí se o cara tomar consequentemente o remédio... vai...
rança da normalidade como consequência de seu uso faz com
ter na sequência, a cura é eterna só tomar o remédio
que os usuários adaptem suas vidas em função da medicação.
sempre (U4).
Quando percebe a falta de alternativas e a necessidade
dos psicofármacos para manter-se emocionalmente estável,
Nessa perspectiva os usuários compreendem que não o indivíduo sente-se compelido a adotar o medicamento como
podem interromper a administração dos psicofármacos devido um hábito14.
aos riscos que isso representa, quase sempre resultantes
de experiências negativas em momentos de crise. Porém, a [...] mesmo que seja ruim ou imprópria ou cause algum
utilização da terapia medicamentosa dá-lhes a segurança de efeito colateral, ela é necessária e isso já uma grande
uma vida normal15. bondade 100% porque... Sobrepôs a todas as outras
coisas ruins que é... o efeito colateral etc, etc [...] Se eu
Nesses 20 anos de tratamento, claro que eu melhorei me atraso um pouco, já sinto que está me fazendo falta,
bastante. Mas, tem época que me dá uma crise ainda aí eu estou viciado, no hábito bom, não na medicação,
que volta muita coisa que eu sofri. Então, eu não acredito estou viciado no hábito de tomar o remédio no horário
326
Psicofármacos e indivíduos com transtorno mental
Xavier MS, Terra MG, Silva CT, Mostardeiro SCTS, Silva AA, Freitas FF
meu que eu criei pra mim, o psicológico, o relógio A ausência de sintomas ou o organismo trabalhando em
biológico (U4). silêncio fornecem ao indivíduo uma sensação de segurança,
No momento que eu comecei a usar medicação psi- proporcionada pelo aparente bem-estar. O sintoma quebra este
quiátrica pra mim foi muito bom, era uma necessidade silêncio, trazendo emoções desconfortáveis17.
pra mim, meu corpo precisava, tu entende, e a cabeça A partir dos depoimentos, observou-se que os psicofárma-
também (U5). cos são vistos pelos usuários do serviço ambulatorial como fator
de relevância para seu tratamento. Em alguns momentos são
equiparados à solução de problemas e motivação para viver. As
Nos depoimento de U4, pode-se observar uma possibi- reações adversas são toleradas e os psicofármacos ainda são
lidade de dependência na medicação. No entanto, o usuário protagonistas no tratamento dos transtornos mentais.
não a percebe como algo negativo, mas sim como uma estra- O acompanhamento médico e a medicação fazem parte do
tégia desenvolvida para evitar o esquecimento do uso do psi- tratamento; no entanto, o indivíduo também precisa de espaços
cofármaco e não arcar com as consequências desta situação. criativos e de convivência, onde possa expressar opiniões e
Considera como não sendo um vício, mas um "hábito bom", escolhas. O grupo terapêutico é um exemplo de ambiente onde
que é "normal". A medicação representa um suporte contra os é possível desenvolver laços de cuidado consigo e compartilhar
sintomas do transtorno mental experienciado. É uma espécie experiências com os demais18.
de garantia de certa normalidade, para realizar suas ativida- Permanece como desafio a implementação de estratégias
des gerais ou mesmo promover as necessidades básicas de que possam melhorar, na prática, a utilização dos psicofármacos.
todo indivíduo, como dormir. No entanto, inevitavelmente se Necessita-se empregar abordagens educativas que considerem
desenvolverá alguma dependência física pelo uso contínuo o usuário como centro do processo de cuidar, permitindo-lhe
dos psicofármacos15. expor suas dúvidas, anseios, dificuldades, opiniões e experiências
A solução de problemas e comportamentos também foi uma relacionadas ao tratamento14.
questão associada ao medicamento, sendo que a falta do mesmo
é vista como causa dos problemas, e seu uso, um recurso. Importância da utilização de psicofármacos
como promoção de saúde física e mental
[...] ele faz sobreviver aos problemas. Isso é uma facilidade A segunda categoria aborda a utilização de psicofármacos
que eu tenho de encontrar para tomar o remédio. Hoje se para o auxílio à saúde do corpo, ou seja, na redução dos sintomas
eu pegar, por exemplo, a depressão, eu já estou com um da doença. Todavia, não enfatiza sua administração como solu-
tipo de problema, a depressão. E eu acho que devo buscar ção para todo e qualquer problema. Os depoimentos sinalizaram
a solução: é o remédio [...] procurar a verdade sobre esse que a medicação é algo necessário; porém, a escuta, a religião e
problema aí, é o remédio. Mas, se eu tomo o remédio no o convívio com amigos complementam o tratamento. Em alguns
horário certo não tem dificuldade na vida e já faz anos que momentos, a atenção dispensada ao usuário, sob a forma de
eu estou tomando lítio e sempre foi assim (U4). diálogo, pode reduzir sentimentos indesejáveis como a angústia.
Dali em diante eu tive só que me tratar e só tomando Percebe-se, atualmente, que, diante de qualquer aflição,
medicação, sabe [...] Quando eu esqueço, eu digo: me dá tristeza ou desconforto psíquico, a prescrição de psicofármacos
o remédio ligeiro daí eu digo o nome me dá o diazepam é um dos primeiros recursos terapêuticos acionados.
ligeiro que eu estou mal [...] aí eu fico calma (U5). A escuta da vivência e da história dos indivíduos foi sendo,
progressivamente, descartada e até mesmo silenciada. Por essa
Me ajuda, porque se eu não fosse tomar eu ia enlouque- via tecnológica, a população passou a ser ativamente medicali-
cer [...] (U6). zada, em uma escala sem precedentes2.
Como destacado nestes depoimentos, o medicamento é Eu estou mais calma, mais moderada assim, comigo
considerado uma solução dos sintomas do transtorno mental, mesma, sabe? Qualquer coisa eu me pegava na comida e
pois a medicação tem-se reafirmado como um dos recursos me tocava a comer com os dedos, as unhas, ficava tensa
terapêuticos mais utilizados pelas pessoas para tratar os mais nervosa e agora já estou mais calma... mais consciente,
diversos problemas de saúde2. assim das coisas porque eu estou cuidando do corpo e
Diante disso, os usuários já convivem com os sintomas do da alma junto. Os dois, cuidar do corpo e da alma, os dois
transtorno mental, antes mesmo de acessar o serviço, e perce- juntos [...], lá no centro espírita eles dizem: a gente não
bem que a redução destas manifestações gera satisfação, como é só espírito ou só matéria. A gente é as duas coisas. A
mostra o seguinte depoimento: gente trata as duas coisas. Como o corpo da gente está
doente, a cabeça também pode ficar doente [...] (U7).
Até eu estou bem faceira porque eu vejo assim o remé- Além do medicamento, o clubinho ajuda muito, o compa-
dio... a medicação... se eu tiro a medicação eu tiro um nheirismo das pessoas e o acompanhamento das enfer-
pouquinho ela já me faz falta, mas eu estou aceitando meiras, médicos que estão mais próximo da gente aqui,
bem a medicação (U5). o clube ajuda bastante, faz parte do tratamento (U14).
327
Psicofármacos e indivíduos com transtorno mental
Xavier MS, Terra MG, Silva CT, Mostardeiro SCTS, Silva AA, Freitas FF
328
Psicofármacos e indivíduos com transtorno mental
Xavier MS, Terra MG, Silva CT, Mostardeiro SCTS, Silva AA, Freitas FF
para a consolidação da promoção de saúde universal, equânime 9. Andrade, T.M.; Ronzani, T.M. A estigmatização associada ao uso de
substâncias como obstáculo à detecção, prevenção e tratamento. In
e integral. E, principalmente, que possa amenizar o sofrimento a
SUPERA - Sistema para detecção do uso abusivo e dependência
que usuários e familiares estão sujeitos, para que estes possam de substâncias psicoativas: encaminhamento, intervenção breve,
desfrutar de uma vida com qualidade, dignidade, autonomia e livre reinserção social e acompanhamento. Módulo 1: O uso de substancias
psicoativas no Brasil: epidemiologia, legislação, políticas públicas e
das "amarras" imposta pelo transtorno mental.
fatores culturais. Brasília: Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas,
2008. p. 26-33.
REFERÊNCIAS 10. Pinho LB, Hernández AMB, Kantorski LP. Trabalhadores em saúde
mental: contradições e desafios no contexto da reforma psiquiátrica.
1. Lei nº 10.216 de 6 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos Esc. Anna Nery 2010 abr/jun;14(2):260-7.
das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo 11. Silva MM. A Saúde Mental e a Fabricação da Normalidade: Uma Crítica
assistencial em saúde mental. Diário Oficial da República Federativa aos Excessos do Ideal Normalizador a Partir das Obras de Foucault e
do Brasil, Brasília (DF), 6 abr 2001: Seção 1: 1. Canguilhem. Interação Psicol. 2008;12(1):141-50.
2. Ferrazza DA, Luzio CA, Rocha LC, Sanches RR. A banalização da 12. Mostazo RR, Kirschbaum DIR. O cuidado e o descuido no tratamento
prescrição de psicofármacos em um ambulatório de saúde mental. psiquiátrico nas representações sociais de usuários de um centro
Paideia (Ribeirao Preto): cadernos de psicologia e educacao. de atenção psicossocial. Revista Eletrônica de Enfermagem [online]
2010 set/dez; (citado 2012 nov 05);20(47):381-90. Disponível em: http:// 2003;(citado 2012 set 12):5(2):[aprox.9 telas]. Disponível em: http://
bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis& www.revistas.ufg.br/index.php/fen.
src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=573.
13. Nicolino PS, Vedana KGG, Miasso AI, Cardoso L, Galera SAF. Esquizo-
3. Amarante P. Saúde mental e atenção psicossocial. Rio de Janeiro: frenia: adesão ao tratamento e crenças sobre o transtorno e terapêutica
Fiocruz; 2007. medicamentosa. Rev. Esc. Enferm. USP [online]. 2011;(citado 2012
4. Organização Mundial da Saúde. Promoción del uso racional de set 12):45(3):[aprox.9 telas]. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/
medicamentos: componentes centrales. Perspectivas políticas sobre S0080-62342011000300023.
medicamentos de la OMS. Ginebra (SUI); 2002. 14. Miasso AI, Cassiani SHB, Pedrão LJ. Transtorno afetivo bipolar e a
5. Mostardeiro SCTS. O cuidado em situações de alteração da imagem ambivalência em relação à terapia medicamentosa: analisando as
facial: implicações na formação da enfermeira [tese]. Porto Alegre condições causais. Rev. Esc. Enferm. USP [online]. 2011;(citado 2012
(RS): Escola de Enfermagem da UFRGS, Universidade Federal do Rio nov 01):45(2):[aprox8 telas]. Disponível em: http://www.ee.usp.br/reeusp/.
Grande do Sul; 2010. 15. Destro DR. Terapêutica medicamentosa e suas implicações para os
6. Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em portadores de transtornos mentais: uma via de mão dupla [dissertação].
saúde. São Paulo: Hucitec; 2008. Minas Gerais: Escola de Enfermagem, Universidade Federal de Minas
Gerais; 2009.
7. Resolução nº 196, de 10 de outubro de 1996. Aprova diretrizes e normas
regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário 16. Cipolle RJ, Strand LM, Morley PC. O exercício do cuidado farmacêutico.
Oficial da União, Brasília: 16 out. 1996. Seção 1:1. Tradução Denise Borges Bittar. Revisão técnica: Arnaldo Zubioli. Brasília
(DF): Conselho Regional de Farmácia; 2006. 396p.
8. Cardoso L, Galera SAF. Internação psiquiátrica e a manutenção do
tratamento extra-hospitalar. Rev. Esc. Enferm. USP [online]. 2011 mar; 17. Zimmerman PR, Largura P. O paciente e o adoecer. In: Psiquiatria para
(citado 2012 nov 11); 45(1): [aprox.8 telas]. Disponível em: http://dx.doi. Estudantes de Medicina. Porto Alegre (RS): Edipucrs; 2003. p.105-108.
org/10.1590/S0080-62342011000100012. 18. Mendonça TCP. As oficinas na saúde mental: relato de uma experiência
na internação. Psicol., Cienc. Prof. 2005;25(4):625-35.
329