Mata Atlântica

Considerado a quinta área mais ameaçada do planeta, esse

sistema ambiental é, na verdade, um mosaico
de ecossistemas diversificados, com estruturas e interações
ecológicas diferentes em cada região. Alguns dos
ecossistemas associados são o cerrado, a mata
de araucária e as formações litorâneas.
A mata Atlântica chegou a cobrir 15% do território nacional,
espalhando-se por cerca de 1,3 milhão de quilômetros
quadrados na área litorânea do Brasil, desde o Rio Grande
do Norte até o litoral de Gaúcho. No período colonial, grande
parte da floresta foi destruída por causa da extração de pau-
brasil e da agricultura canavieira no Nordeste. Já corriam os
tempos republicanos quando, no Sudeste, a mata cedeu
espaço à produção cafeeira. Hoje, apesar de ser o
ecossistema mais bem protegido pela lei, restam 7% de sua
área original, preservada graças à presença da serra do Mar,
que funciona como um obstáculo à ação humana.
Muitos dos animais brasileiros ameaçados
de extinção dependem de suas florestas: várias espécies de
mico-leão, o macaco muriqui, a lontra, o tatu-canastra e
a onça-pintada. Também vivem na região gambás,
tamanduás, preguiças, antas, veados, cutias e quatis.
De clima tropical, quente e úmido, a mata Atlântica apresenta
um relevo de planaltos e serras que impede a passagem de
massas de ar para o interior, provocando chuvas constantes.
Nela estão os mananciais que abastecem de água 70% da
população brasileira. Sua área abrange as bacias dos rios
Paraná, Uruguai, Paraíba do Sul, Doce, Jequitinhonha e São
Francisco. A região concentra os grandes conglomerados
populacionais e urbanos do país e os principais
polos industriais, petroleiros e portuários, respondendo por
cerca de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
Vegetação – Entre as florestas tropicais, é a que apresenta a
maior biodiversidade por hectare do planeta, com espécies
como ipê, quaresmeira, cedro, palmiteiro, canela e imbaúba.
Possui ainda a maior diversidade botânica do mundo para
plantas lenhosas. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em
um único hectare no sul da Bahia foram registradas 454
espécies. As maiores são o jequitibá-rosa, que chega a atingir
40 metros de altura e 4 metros de diâmetro, e os vários tipos de figueira.
 ENCONTRE NA GRADE AS PALAVRAS EM
NEGRITO
Os grandes domínios FITOGEOGRÁFICOS
BRASILEIROS são: Floresta Amazônica, Mata
Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pantanal, Pinheiral
e Campos do Sul.
A FLORESTA AMAZÔNICA é encontrada na
região NORTE do Brasil. Apresenta diferentes
formações relacionadas a áreas ou não e aos
diferentes tipos de solos. Em terra firme as
árvores maiores podem atingir cerca de 40m de
altura.
A MATA ATLÂNTICA ocorre em praticamente
toda a costa oriental do Brasil. As suas
diferentes formações estão associadas aos
MANGUES, às RESTINGAS e aos CAMPOS DE
ALTITUDE.
O CERRADO é encontrado nos planaltos
interiores do Brasil. A umidade é mais baixa,
comparando-se com as duas formações
anteriores. O fogo, frequente nos meses mais
secos do ano, exerce um papel preponderante na
fitofisionomia. As árvores, com troncos retorcidos, podem atingir até 10m de ALTURA e as gramíneas são frequentes.
A CAATINGA ocorre em grande parte do NORDESTE brasileiro. É uma formação vegetal adaptada a baixos índices pluviométricos, apresentando
seis meses de seca. As árvores são baixas, sendo muito comum plantas espinhosas, além dos CACTOS e gramíneas.
O PANTANAL no Brasil abrange o OESTE de Mato Grosso. Apresenta um período de CHUVAS (outubro-março), quando se encontra alagado,
e um período seco (abril-setembro), quando o solo e a vegetação ficam expostos. Tem trechos de floresta DENSA, floresta aberta, cerrado e
campos. Nas áreas alagadas é característica a planta AGUAPÉ.
Os PINHEIRAIS ocorrem ao sul, são formações florestais adaptadas ao CLIMA subtropical. É marcante a presença da ARAUCÁRIA (PINHEIRO
brasileiro), que por vezes domina completamente a paisagem.
Os CAMPOS DO SUL (PAMPAS) ocorrem em terrenos suavemente ondulados, com predominância de GRAMÍNEAS.