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Thomaz 1 / 42
Pontes : Tabuleiro Celular Notas de aula
Tabuleiro Celular
140m
53m 53m
Projeto e construção:
Dr. Eng. Sérgio Marques de Souza.
Concreto Protendido Prof. Eduardo C. S. Thomaz 3 / 42
Pontes : Tabuleiro Celular Notas de aula
Fig 2b
A grande profundidade do rio Tocantins nessa seção impedia o escoramento direto.
Foi usado o método dos balanços sucessivos, utilizado pela primeira vez por Emilio Baumgart
na ponte sobre o rio do Peixe/ SC em 1930.
Projeto e construção:
Dr. Eng. Sérgio Marques de Souza.
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Pontes : Tabuleiro Celular Notas de aula
Tabuleiro Celular
Projeto e construção:
Dr. Eng. Sérgio Marques de Souza.
Seção transversal
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Pontes : Tabuleiro Celular Notas de aula
Contra-peso 250m
de terra
Tirante 175m Tirante
h viga = 11m h viga = 3,2m
N.A.máx.
h laje = 1,2m
h laje = 0,12m
flecha (t = ∞)
Santa Catarina
Santa Catarina
Fig. 6 - Foto em 2011, com a ponte “afogada” pelas águas represadas do rio Pelotas.
Uma barragem a jusante da ponte elevou o nível das águas.
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Pontes : Tabuleiro Celular Notas de aula
Treliças
Contorno
da seção
transversal
(t)
flecha ( t ) flecha ( t )
(t )
Cabos
Fig. 7 – Pouco antes das duas metades da ponte se encontrarem no meio do vão central- – 1967
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Pontes : Tabuleiro Celular Notas de aula
500
flecha (t = ∞)
450
Flecha lenta no meio do vão (mm)
400
350
(+ / - ) 30mm
300 (t)
flecha ( t ) flecha ( t )
250 (t )
200
150
100
50
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26
Tempo t (anos)
Fig. 8 - Ponte Rio Pelotas : Medições de flechas no meio do vão ao longo do tempo.
A variação da flecha, durante o dia, se deve ao aquecimento da laje superior do
tabuleiro, pelo sol. Quando a laje superior é aquecida, a flecha no meio do vão aumenta.
Quando, no fim do dia, a laje resfria, a flecha no meio do vão diminui.
A variação da flecha, ao longo do tempo, segue uma curva afim com a variação da
fluência do concreto comprimido, (t ) , prevista pela norma NBR 6118, no Anexo A,
item A.2.2.3.
A previsão da flecha lenta (t = ∞), na fase do projeto, foi de 600mm. A flecha lenta
observada foi de 490mm. Ver [16] e [15].
As medições confirmam a regra empírica : “Após um ano, temos a metade da flecha
lenta final.”
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Pontes : Tabuleiro Celular Notas de aula
Tabuleiro Celular
Pontes construídas em balanços sucessivos.
Fig. 10 – Detalhes
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Pontes : Tabuleiro Celular Notas de aula
Contrapeso Contrapeso
Contrapeso,
h vão h pilar
se necessário
L
≈ 0,6 L a 0,8L ≈ 0,6 L a 0,8L
Vista Lateral
Figura 13
Algumas obras têm um vão lateral muito pequeno, até mesmo igual a 0,30 L. Nesses casos, é
necessário usar contrapesos sobre os apoios extremos para evitar o levantamento desses apoios.
Quando os contrapesos não são suficientes, usam-se tirantes, para ancorar o tabuleiro na infra-
estrutura.
h bal.
h
bw bw
h inf.
b b inf. b
Seção Transversal
Figura 14
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Pontes : Tabuleiro Celular Notas de aula
Pilares bipartidos
Vista Lateral
Figura 15
Um sistema estrutural muito usado é a ponte protendida contínua, com os pilares bipartidos.
Esse pilares bipartidos têm boa estabilidade para resistir aos momentos fletores.
Permitem, ao mesmo tempo, o encurtamento longitudinal da ponte no vão central.
Esse encurtamento ocorre por causa da retração e da deformação lenta do concreto devida à
protensão.
Com esse tipo de pilar, as variações de temperatura no tabuleiro da ponte não causam grandes
esforços nas fundações.
Outros sistemas estruturais já foram usados nas pontes com tabuleiro celular.
Figura 17 a
Figura 17 b
Figura 17 c
Figura 17 d
Figura 17 e
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Esses sistemas estruturais são pouco usados hoje em dia. A flechas devidas à deformação
lenta do concreto ( fluência) são muito grandes. As pontes ficam com problemas.
Figura 18a
Figura 18 b
Figura 18 c
Figura 18 d
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Pontes : Tabuleiro Celular Notas de aula
Figura 19b
Modificação posterior para Estrutura com um Vão Gerber central em aço,
quando parte da estrutura de concreto protendido já estava executada :
Eng. J.C de Figueiredo Ferraz - 1971.
Figura 19c
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Figura 20
Ponte com Vãos de : 100m + 200 m + 100m = 400m comprimento total
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Seção transversal
Figura 21 a
As seções com 3 vigas são de execução difícil e são pouco usadas nas pontes e nos
viadutos.
Figura 21 b
Em pontes e viadutos, com grande largura, são usadas seções transversais com 4 vigas
agrupadas de vários modos.
Figura 21c
Outras tipos de seção transversal já foram usadas. Hoje em dia, não são mais usadas.
Figura 21d
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Pontes : Tabuleiro Celular Notas de aula
7
6
5
4
3 h
2
1
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
Vão (m)
h vão h pilar
≈ 0,6 L a 0,8L L
≈ 0,6 L a 0,8L
Figura 22
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11 SETRA
L ( m) L ( m) L ( m)
10 hp a
L ( m) 16 18
14
9 45
fck=26 MPa
8
h da viga sobre o pilar (m)
5 fck=30MPa
2
fck =40MPa
1
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
Vão (m)
h viga sobre o pilar (m)
Guyon - h mín. fck = 40MPa
Guyon - h mín. fck = 30MPa
Guyon - h mín. fck = 26MPa
altura média observada
Figura 23
Segundo Guyon [1] , a altura mínima da viga sobre o apoio vale:
L ( m)
h 75(m) c(t / m 3 ) 100 ( m )
; γc = peso específico =2,5t/m3
L 2
fck (t / m ) 1,50
L ( m)
1 0,70
100(m)
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Pontes : Tabuleiro Celular Notas de aula
5.00
Razão ( h pilar / h vão)
4.00
3.00
SETRA
2.00
1.00
0.00
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240
vão (m)
h vão h pilar
Figura 24
Concretos com : ( 24 MPa ≤ fck ≤ 35 MPa )
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Pontes : Tabuleiro Celular Notas de aula
4
altura h ( m )
2
h
1
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140
vão L ( m )
Figura 25
Concretos com : ( 24 MPa ≤ fck ≤ 35 MPa )
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Pontes : Tabuleiro Celular Notas de aula
80m 80m
dentes dentes
Cabos
para içamento
Aduelas pré-moldadas
Aduela pré-moldada
Flutuante
11 Altura Variável
h pilar = L / 18
10
9
h = Altura da Viga do Tabuleiro (m)
7 Altura constante
h=L/23
Concretos com fck ≤ 30MPa
6
3 h
2
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
L = Vão da ponte (m)
h pilar
0.6
Altura (h bal. ) da laje em balanço (m)
0.5
0.4
0.35 0.35
0.3
mínimo
0.2
0.1
0.0
0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0
Comprimento (b) do Balanço da laje (m)
h bal.
h
bw
h inf.
b b inf. b
Seção Transversal
Figura 30
Concretos com : ( 25 MPa ≤ fck ≤ 35 MPa )
Concreto Protendido Prof. Eduardo C. S. Thomaz 29 / 42
Pontes : Tabuleiro Celular Notas de aula
Tabuleiro celular
2
Laje inferior de compressão sobre o apoio no pilar (m /m)
( b inf. * h inf. / B )
1.0
0.9
0.8
área da laje inferior ( m2 ) / largura do
0.7
0.6
tabuleiro (m)
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0.0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
h bal.
h
bw bw
h inf.
b b
b inf. ≈ 0,40 B a 0,65 B
Seção Transversal
Figura 31
Concretos com : ( 25 MPa ≤ fck ≤ 35 MPa )
Concreto Protendido Prof. Eduardo C. S. Thomaz 30 / 42
Pontes : Tabuleiro Celular Notas de aula
0.8
área total das vigas (m2 ) / largura do
0.7
0.6
tabuleiro (m)
0.5
0.4
bw
B
0.3
h pilar
0.2
0.1
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240
vão (m)
h bal.
h pilar
bw bw
h inf.
b b inf. b
Seção Transversal
Figura 32
Concretos com : ( 25 MPa ≤ fck ≤ 35 MPa )
Concreto Protendido Prof. Eduardo C. S. Thomaz 31 / 42
Pontes : Tabuleiro Celular Notas de aula
1,2
1,1
espesura média (m = m /m )
1,0
2
3
0,9
0,8
0,7
0,6
espessura média (m3,/m2)
0,5 M.E. FAZLY
C. MENN
0,4
S.E.T.R.A.
0,3 Esp. Média
Esp. Mínima
0,2
Esp. Máxima
0,1
0,0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
vão (m)
1.6
espessura equivalente (m)
1.4
1.2
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
0.0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
altura das vigas do tabuleiro (m)
2
Quantidade de aço comum CA50 ( kg/m )
B=9m
90
B=15m
80
B=21m
70
60
Aço ( kg/m2)
50
40 B
30
20 H
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
altura da viga H (m)
35
30
25
taxa kg/m2 de tabuleiro
20
15
10
0
15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70
Vão L (m)
SETRA - Design guide – Prestressed concrete bridges built using the cantilever
method
http://www.setra.equipement.gouv.fr/IMG/pdf/US_F0308A_Prestressed_concrete_bridges.pdf
3
Aço de Protensão longitudinal = 40 to 50 Kg/m de concreto
No caso de superestrutura pré-fabricada a taxa de armadura de aço comum ( fy = 400 MPa a 500 MPa ) é
um pouco maior, pois as espessuras de concreto são menores do que nas estruturas concretadas no local.
Philippe Vion – Emmanuel Bouchon – Prestressed Concrete Bridges built by the cantilever
method - Design and Stability during Erection – New Delhi – fib Symposium on Segmental
construction in concrete
Figura 37
Concreto Protendido Prof. Eduardo C. S. Thomaz 35 / 42
Pontes : Tabuleiro Celular Notas de aula
Corte transversal
Elevação
Planta
Figura 38
Concreto Protendido Prof. Eduardo C. S. Thomaz 36 / 42
Pontes : Tabuleiro Celular Notas de aula
Vãos centrais
Vãos laterais
60m 60m
100m
Figura 40
3. Área total das almas das vigas no apoio sobre os pilares: Figura 32: (2bw. h )/B=0,22 a
0,42
Com B=13,6m obtemos: ( 2 × bw) × h pilar = 2,99m2 a 5,71m2
Com hpilar =6,5m obtemos: ( 2× bw ) = 0,46m a 0.88m logo : bw = 0,23m a 0,44m
Usar : bw = 0,40m
No meio do vão usar a espessura mínima ≈ 0,20m
4. Largura da laje inferior na seção sobre o pilar. b inf. = 0,40 B a 0,65 B = 5,5m a 8,8m
Usar b inf. = 0,50 B = 6,8m
5. Espessura da laje inferior na seção do apoio: Figura 31 : ( b inf. · h inf.) / B = 0,38 a 0,53
Com B=13,6m e b inf.=6,8m obtemos: h inf. = 0,76m a 1,06m
Usar h inf = 0,90m
No meio do vão usar a espessura mínima ≈ 0,15m
6. Espessura da laje em balanço : Com o comprimento b = 3,10m, obtemos na Figura 30:
h bal. = 0,45m > h bal. mínima = 0,35m
Usar h bal. = 45cm
Concreto Protendido Prof. Eduardo C. S. Thomaz 38 / 42
Pontes : Tabuleiro Celular Notas de aula
B =13,6m
h bal. =0,45m
h =6,5m
bw =0,4m
h inf.=0,9m
b =3,1m b=3,1m
0,3m b inf.=6,8m 0,3m
Seção transversal sobre o pilar
Figura 41
B =13,6m
h bal.=0,45m
h = 2,50m bw = 0,20 m
bw
h inf.=0,15m
13,6m
0,15m
0,45m
Sobre o pilar
3,1m 3,1m
Figura 43
Essas dimensões estimadas servem apenas para um estudo inicial da obra, inclusive
para uma avaliação das fundações.
É evidente que as dimensões dependerão da resistência do concreto que será usado
na obra.
O cálculo estrutural pode confirmar ou não as dimensões estimadas.
Concreto Protendido Prof. Eduardo C. S. Thomaz 40 / 42
Pontes : Tabuleiro Celular Notas de aula
Concreto :
Para um vão de 100m, a espessura média segundo a Figura 33 pode ser estimada em 80cm , na
faixa de 70cm a 90cm.
2 3
Volume de concreto ≈ Área do Tabuleiro x espessura média = 3000m x 0,8m ≈ 2400 m =
= ( 2100m3 a 2700 m3 ) .
Aço comum:
Na Figura 35, no apoio, com altura da viga = 6,5m e largura do tabuleiro = 13,6m obtemos a taxa
de 75 kg/m2.
No meio do vão, e nos apoios extremos, com altura da viga = 2,5m e largura do tabuleiro = 13,6m
obtemos a taxa de 52 kg/m2.
Um valor médio para a superestrutura seria = ( 75 + 52 ) / 2 = 63,5 kg/m2 ≈ 65 kg/m2
O total de aço CA50 seria = 3000 m2 × 65 kg/m2 ≈ 195 ton
Segundo o SETRA o valor mínimo a considerar é de 130kg/m3 de concreto = 2400 m3 ×130 kg/m3
≈ 312 ton
Aço de Protensão :
Na Figura 36 , aço de protensão CP 190 RB , com fy =1700 MPa ≈ 50 kg/m2
Total = 3000 m2 × 50 kg/m2 ≈ 150 ton.
Segundo o SETRA o valor mínimo a considerar é de 40kg/m3 de concreto = 2400 m3 ×40 kg/m3 ≈
96 ton
Referências :
18- Roger Pamponet da Fonseca , José Manoel Morales Sánches – A razão da Leveza da Ponte de
Niemeyer em Brasília - Congresso III - ABPE – 21 Abril 2010- Rio de Janeiro
19- Menn, C. (1990). Prestressed Concrete Bridges.- Birkhäuser Verlag, Basel, Switzerland.
20- S.E.T.R.A. (2007). Prestressed Concrete Bridges built by cantilever method – Design and
Stability during Erection www.setra.equipement.gouv.fr/IMG/doc/pap6_22-vion.doc
(30.08.2009)
21- M. Ebrahim Fazly - Entwurf und Bemessung einer Extradosed-Brücke unter Verwendung von
ultra-hochfestem Beton - Technische Universität Hamburg-Harburg - Institut für Baustatik und
Stahlbau Oktober 2009
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