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CINEMA DOCUMENTÁRIO
CURITIBA
2007
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CINEMA DOCUMENTÁRIO
CURITIBA
2007
3
Michel Brault
RESUMO
4
Esse trabalho pretende analisar qual a relevância dos documentários na opinião dos
produtores e diretores, público documentado e receptores desses filmes. Esta
análise pretende saber como os documentários afetam a vida das diversas pessoas
que se envolveram no projeto. Como base para a realização dessa análise, o
trabalho propõe uma reflexão sobre temas envolvidos com cinema, para que se
possa entender melhor o universo dessa forma de áudio-visual. Dentro dessas
reflexões se destacam aspectos da história do cinema, linguagem cinematográfica,
definição e história do documentário e um breve perfil dos principais
documentaristas brasileiros. Todas essas análises são baseadas nos conceitos
inferidos a partir de pesquisa bibliográfica e em análise de filmes. Após essa primeira
etapa, foram entrevistadas quatro pessoas: o produtor e o diretor de um
documentário, uma pessoa que foi documentada e uma pessoa que assistiu a esse
documentário. O diretor e o produtor entrevistados fazem parte de uma ONG
curitibana, o Projeto Olho Vivo, que produz os documentários que foram usados
como base das entrevistas desse trabalho. A partir desse estudo concluiu-se que os
documentários podem ser melhor aproveitados pelos cineastas, para que seja
possível atingir uma parcela maior do público e afetar os documentados de uma
forma mais positiva.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................................06
1 CINEMA...............................................................................................................08
1.1 Breve Histórico...............................................................................................08
1.2 Linguagem Cinematográfica.........................................................................12
1.3 Movimentos Cinematográficos e suas formas de Linguagem..................15
2 CINEMA DOCUMENTÁRIO................................................................................19
2.1 Definição..........................................................................................................19
2.1.1 Documentários e as causas sociais..........................................................21
2.2 Cinema Documentário no Brasil...................................................................22
2.3 Documentaristas Brasileiros: Trabalhos e Estilos......................................26
3 PESQUISA...........................................................................................................31
3.1 Delineamento de Pesquisa............................................................................31
3.2 Entrevistas.......................................................................................................33
3.3 Análise das Entrevistas..................................................................................39
3.4 Considerações Finais.....................................................................................41
CONCLUSÃO.........................................................................................................44
REFERÊNCIAS......................................................................................................46
APÊNDICES...........................................................................................................50
APÊNDICE A..........................................................................................................51
APÊNDICE B..........................................................................................................55
APÊNDICE C..........................................................................................................59
APÊNDICE D..........................................................................................................61
6
INTRODUÇÃO
1 CINEMA
sociedade brasileira, afirma Merten (2005). Alguns filmes brasileiros dessa época
são: Deus e o Diabo na Terra do Sol, Vidas Secas, Cinco Vezes Favela, entre
outros.
Nos anos 70 grandes cineastas americanos e filmes históricos apareceram no
circuito, como: Apocalipse Now e O Poderoso Chefão, de Francis Ford Coppola,
Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick, Taxi Driver, de Martin Scorsese, Carrie, de
Brian de Palma, entre outros. Segundo Araújo (1995), a década de 80 foi marcada
pelo grande sucesso dos filmes de Hollywood e pela era Spielberg, pois esse
cineasta foi responsável pela produção de diversos clássicos dessa década, como:
De Volta para o Futuro, A Cor Púrpura, ET - O Extra Terrestre, Os Goonies e
Gremlins.
Nos anos 90 se encontra uma vasta produção de filmes americanos, e
também a consagração de filmes de outras nacionalidades, como o cinema chinês,
com filmes como Adeus Minha Concubina, O Tigre e o Dragão, o cinema espanhol,
tendo em Pedro Almodóvar seu principal destaque, e também o cinema brasileiro,
com O que é Isso Companheiro? e Central do Brasil, ambos indicados ao Oscar em
anos consecutivos.
Hoje em dia há o mercado mundial de cinema está se desenvolvendo muito
rapidamente. Um ótimo exemplo disso é Bollywood, ou Hollywood de Bombain, na
Índia, onde se encontra a mais produtiva industria cinematográfica do mundo, com
uma média de 350 produções anuais, afirma Fernandes (2007). Segundo Server
(1999), o cinema asiático em geral , que sempre foi muito inovador e produtivo, hoje
em dia está se tornando mais conhecido e fazendo um grande número de
espectadores e fãs de atores – como Jack Chan, “o film-star mais popular do
mundo”, segundo o autor – e diretores, como: John Woo, Takeshi Kitano e Eddie
Romero.
Mas devido a um enorme esquema de distribuição e produção, os Estados
Unidos continuam sendo a maior potência no que se diz respeito a cinema. A
indústria cinematográfica americana realiza mega-produções com atores, atrizes e
diretores conhecidos mundialmente e com um enorme investimento em distribuição
e divulgação alcança repetidamente as maiores bilheterias mundiais, chegando a
atrair mais de 4 milhões de espectadores e arrecadar mais de 30 milhões de reais
apenas no Brasil, que é o caso do filme Homem-Aranha 3, segundo o boletim da
empresa Filme B.
12
Para ser considerado uma forma de arte, o cinema teve de ser dotado de uma
forma própria de linguagem, diferente da linguagem da literatura, da música e do
teatro, apesar de usá-las para compor seu produto final: o filme. O cinema em si já é
uma linguagem, e não uma língua, como explica Christian Metz (1972, p.76):
O filme tal como conhecemos não é uma mistura instável; isto porque os
seus elementos não são incompatíveis. E se não o são, é que nenhum
deles é uma língua. Não se podem empregar duas línguas ao mesmo
tempo [...]. As linguagens, em contrapartida, aceitam melhor esta espécie
de sobreposições [...]. Quanto às artes, elas podem ser superpostas dentro
de limites ainda mais amplos, a ópera, o ballet, a poesia cantada. Se o
cinema dá a impressão – às vezes enganadora, aliás – de tornar tudo
compatível com tudo, é que o essencial nele se dá longe da língua, entre a
linguagem e a arte.
Segundo Martin (2003), o cinema foi uma arte desde suas origens, tendo em
suas primeiras exibições um “caráter quase mágico.” E, se antes os filmes eram
apenas espetáculos filmados ou apenas uma forma de reprodução do real, com
Griffith e Eisenstein o cinema começou a se tornar uma linguagem, ou seja, “um
meio de conduzir um relato e de veicular idéias." (p.16).
Segundo Aumont (1995, p.159), a principal característica do cinema como
linguagem é a universalidade. O cinema pode ser visto em qualquer lugar do mundo,
deixando para trás as dificuldades dos idiomas e se tornando um “esperanto visual”.
Segundo Metz (1972, p.75), isso acontece graças ao caráter duplo do discurso
cinematográfico, que se divide em: discurso imagético - seqüência de imagens - e
discurso fílmico - como as imagens são mostradas e seu conteúdo textual. O
13
Merten (2005) diz que o Neo Realismo não é apenas uma estética, é uma
ética. Esse movimento cinematográfico mostra a fome, a miséria, o desemprego e o
sofrimento dos italianos, é um cinema social. Apesar da precariedade material dos
filmes, a beleza e a sinceridade de obras como Roma, Cidade Aberta, de 1946, de
17
Com o Cinema Novo a elite passa a ver o cinema como uma força cultural,
algo que pode ser usado pelo povo para exprimir suas preocupações, revoltas e
críticas, uma forma de mostrar a realidade brasileira e, até mesmo, de todo o
terceiro mundo. E o cinema brasileiro, que antes não era aceito pelo público do
próprio país, passou a ser mais assistido e respeitado depois que a Europa passou a
elogiar e premiar os filmes desse movimento.
2 CINEMA DOCUMENTÁRIO
2.1 Definição
3 PESQUISA
3.2 Entrevistas
documentários que provam que assistir a um filme documental pode ser tão
agradável e prazeroso quanto um filme de ficção: “Além do prazer de assistir um
filme, ao ver um documentário você está conhecendo uma realidade nova, está
entrando em contato com um tema diferente, que talvez você não conhecesse, com
pessoas que talvez você nunca tivesse chance de conversar, e abrindo teus olhos
para uma nova realidade”, afirma ele.
objetivo dos documentários do Projeto Olho Vivo, causar simpatia com o público
e depois, fazer com que o comportamento deles mude de alguma forma: “Os
personagens dos documentários são quase didáticos, sempre simpáticos e legais.
Não há dificuldade nenhuma para o público ‘entrar no papel dos documentados’”
afirma Urban (2007).
mesmo e que sua vida mudou após o lançamento do documentário, mas que
nem todas as mudanças foram positivas. Maciel declarou que após sua participação
no filme, as doações de materiais recicláveis, fonte de renda do entrevistado,
brinquedos e roupas se tornaram mais freqüentes. Porém, ele afirma também que,
devido à grande divulgação do filme, passou a ser perseguido e foi vítima de uma
denúncia de pedofilia. Tanto Munhoz quanto Coelho disseram que o contato com as
pessoas documentadas foi se perdendo com o tempo e que não podem afirmar ao
certo se a vida delas mudou ou não, o que mostra uma certa despreocupação com o
acompanhamento das pessoas que foram mostradas nos filmes.
Urban, o receptor dos filmes entrevistado nessa pesquisa, declarou não ter
mudado seu comportamento após ver os filmes do Projeto, porém, ele acredita que é
exatamente essa a função dos documentários do Olho Vivo. Tendo em vista o desejo
de um dos coordenadores sociais de fazer filmes que denunciem mazelas da
sociedade, observa-se aqui um problema entre os objetivos e os resultados
alcançados pelos filmes. O filme Papel de Catadores pretendia mostrar como era a
vida dos catadores de papel, sensibilizar a sociedade e mostrar ao público uma parte
de Curitiba antes desconhecida. Mas o que foi obtido foi uma pequena melhoria na
vida do documentado, a ausência de mudanças na vida do receptor e a perda de
contato com o retratado por parte dos documentaristas. Há um desejo de denúncia e
sensibilização, mas não existe a busca pelos resultados e planos de mudanças para
que melhorias ocorram no próximo filme.
Os dois coordenadores afirmam que o público em geral prefere os filmes de
ficção, apesar de Urban preferir os documentários. Coelho e Munhoz são coerentes
ao dizer isso, pois Urban não faz parte da maioria da população, mas do segmento
de acadêmicos, estudantes e pessoas interessadas em cinema que se mostram mais
abertos à linguagem dos documentários e representam a maioria dos espectadores
dos mesmos. Coelho acredita que os filmes de ficção são mais aceitos, pois os
espectadores buscam entretenimento e acham que não é possível encontrar isso em
filmes documentais. Já Munhoz afirma que os filmes de ficção brasileiros são de
qualidade baixa ou produções que parecem novelas sendo exibidas em uma tela de
cinema.
O Projeto Olho Vivo em si ainda não começou sua produção de filmes de
ficção, por isso a preferência entre filmes de ficção e documentários foi avaliada
entre os filmes brasileiros em geral, não em relação aos filmes produzidos pela ONG.
41
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIVROS
RAMOS, Fernão. História do cinema brasileiro. São Paulo: Círculo do Livro, 1987.
SERVER, Lee. Asian pop cinema: Bombay to Tokio. San Francisco, California:
Chronicle Books, 1999.
ARTIGOS
REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS
APÊNDICES
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APÊNDICE A
2. Qual a estratégia usada pelo Projeto para atingir essa comunidade específica/
o grande público?
Nós temos a divulgação dos filmes na Internet, no nosso site, e todos esses
filmes lançados fazem parte de uma coleção de dvds que está à venda aqui no
Projeto e que nós pretendemos colocar à venda também em outros lugares em
breve.
6. Há indícios que provam que a aceitação dos documentários pelo grande público
está sendo cada vez maior, mas ainda hoje o mercado dos documentários é mais
restrito que o dos filmes de ficção. Na sua opinião, qual a razão disso?
De fato, os filmes de ficção ainda têm mais entrada para o público em geral do
que os documentários. Eu acho que a ficção ainda é mais vista, mas o interesse por
documentários tem crescido bastante, junto com o interesse pela realidade. Cada
vez mais existem grupos de pessoas com um compromisso com a realidade, com o
que acontece nas ruas, como é que está vivendo a outra pessoa que você não
conhece, mas você sabe que existe e vive na sua cidade.
Acredito que os filmes de ficção ainda sejam mais aceitos pela busca que as
pessoas têm por entretenimento. Eu acho que as pessoas ainda não descobriram
que esse entretenimento não precisa ser só com a ficção, que o entretenimento
pode envolver uma preocupação com a sua realidade, que pode ser prazeroso ver
um documentário, que documentário não é aquela coisa chata que fala sobre um
tema que você precisa saber, mas não quer.
Eu acho que cada vez mais aparecem bons documentários, bons diretores de
documentários que percebem que para você narrar um documentário você também
precisa se preocupar com uma estrutura, com dramaturgia, saber como contar uma
história, mesmo que essa história seja real, como envolver o seu espectador. Eu
acredito que os documentários estão cada vez mais agradáveis para se assistir e tão
prazerosos quanto um filme de ficção. E além do prazer de assistir um filme, ao ver
um documentário você está conhecendo uma realidade nova, está entrando em
contato com um tema diferente, que talvez você não conhecesse, com pessoas que
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talvez você nunca tivesse chance de conversar, e abrindo teus olhos para uma
nova realidade.
E os documentários do Olho Vivo não mostram aquela imagem que você vê
de longe, como às vezes você escuta no jornalismo que “a imagem da miséria é em
plano-geral”. A nossa idéia é se aproximar da pessoa e conversar com ela, não é
criar um estereotipo de alguém que está no lixo, com uma criança chorando em
plano aberto, em uma cena bem dramática. A gente quer mesmo é se aproximar
dessa pessoa, saber como ela vive, como são os amores, as dificuldades do dia-a-
dia.
APÊNDICE B
54
2. Qual a estratégia usada pelo Projeto para atingir essa comunidade específica/ o
grande público?
O acesso ao publico hoje em dia está muito na mão da nossa assessora de
imprensa, que manda releases para emissoras de televisão, rádios e nós contamos
com o interesse desses meios para colocar o Olho Vivo na mídia. Existe também o
site, que também é atualizado pela assessora de imprensa, que para nós se tornou
um super canal de divulgação e fonte de contatos. E nós temos também a mailing-
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list que é formado por pessoas interessadas na área e muita gente que entrou no
site e quis receber mais informações e colocou nos deu o e-mail para contato.
No começo desse ano nós começamos a usar também a divulgação das
oficinas por meio de cartazes, bem básicos, feitos com folha A4, pois não há ainda
uma verba grande para investir nisso, usados para atingir novas pessoas (que não
faziam parte do mailing-list). Esses cartazes foram colocados em faculdades de
Curitiba que possuem as áreas de humanas, comunicação ou artes, em locadoras e
espaços culturais.
que vê como aquelas pessoas vivem e que o trabalho deles tem um significado,
assim como o da pessoa que está assistindo.
Além disso, eu tenho certeza que dar a oportunidade da pessoa falar e depois
se ver falando, trabalha a auto-estima e a imagem pessoas desse indivíduo que foi
entrevistado. Esse é um benefício um pouco menos visível, mas faz com que as
pessoas se apresentem de forma diferente e dá mais confiança a eles.
6. Há indícios que provam que a aceitação dos documentários pelo grande público
está sendo cada vez maior, mas ainda hoje o mercado dos documentários é mais
restrito que o dos filmes de ficção. Na sua opinião, qual a razão disso?
Nós estamos começando a fazer ficção aqui no Projeto Olho Vivo. O que foi
feito de ficção até agora saiu da oficina de interpretação, que ainda são apenas
exercício. O Olho Vivo ainda não montou nenhum projeto de realização de um filme
ficção ainda, até agora nós estamos com diversos projetos, mas ainda nenhum
sendo executado ou pronto.
Nós estamos começando agora um momento em que há uma equipe,
roteiristas e também confiança que nós poderemos fazer uma ficção que vai valer a
pena. Muito do que nós aprendemos com os documentários, sobre a sociedade e
sobre as pessoas agora podem ser usados na ficção. Nosso ouvido agora está
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muito mais crítico, muito mais sensível para fazer uma ficção convincente, o que
no Brasil e muito raro.
Nós temos trabalhado muito, principalmente em roteiro e interpretação, que
eu ao meu ver são os pontos mais fracos do cinema brasileiro. Não pelos atores, os
atores são muito bons, mas o que falta é adaptação para o cinema, senão os filmes
acabam ficando falsos e parecendo novelas em uma tela grande. Existem acertos,
mas são poucos. É diferente, por exemplo, da escola americana que mesmo
produzindo em escala industrial muitas vezes, eles “acertam a mão” e produzem
filmes e até mesmo séries de televisão consistentes.
Eu comparo sempre o cinema com o futebol. Na Copa do Mundo países como
Emirados Árabes e Ucrânia vão pra Copa e levam a equipe de televisão pra primeira
fase só, nem compram os direitos de exibição pra segunda fase. O Brasil não. Nós
vamos e já compramos o direito de quatro ou cinco canais de televisão até a final,
porque a gente sabe que vai ganhar ou vai chegar perto, pois nós temos história e
consistência e algo que já não pe mais teórico, é algo que impregna nos nossos
jogadores. Mas no cinema o Brasil é como os Emirados Árabes. Nós vamos pro
Festival de Cannes, mas nem pensamos em voltar com um título. Isso devido à falta
de tradição, não só de cinema, mas de tudo que dá apoio ao cinema, como literatura
e cultura em geral.
APÊNDICE C
5. O que achou dos documentários do projeto Olho Vivo que você assistiu?
Eu conheço os produtores dos documentários (Luciano Coelho e Marcelo Munhoz),
e isso pode fazer com que o meu olhar sobre os filmes seja um pouco diferente.
Acho que os filmes possuem um olhar critico sobre a sociedade, mas que ao mesmo
tempo cria uma simpatia com o retratado. O Luciano e o Marcelo são de classe
média alta e diziam que, até saírem da faculdade, não davam bola para as pessoas
com problemas sociais. Eu não acredito muito nessa mudança de ponto de vista
repentina, pois eles são jovens e do tempo de faculdade pros dias atuais não passou
muito tempo. Os documentários do Projeto Olho Vivo mostram uma Curitiba que não
é a “cidade modelo”, mas ao mesmo tempo, penso nos coordenadores desse
projeto, que há poucos anos atrás estavam entre as pessoas que achavam que
Curitiba era uma cidade ótima. Tudo isso me parece um tanto contraditório, essa
mudança brusca de pensamento em um curto espaço de tempo.
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APÊNDICE D
Eu tenho meus parentes, mas meus vizinhos como se fossem da família. Tem
muitas crianças que nem me chama de “tio” mais, me chamam de “vô” e eu fico tão
feliz com isso! Se gente vive contente de receber alguma coisa, as crianças ficam
mais felizes ainda. Com um simples brinquedinho já faz a alegria delas.