As duas terorias trazem ótimos exemplos na tradução simultânea, tanto na
questão da memorização, que é algo mais requisitado nesse tipo de trabalho, já
que o intérprete terá um tempo menor para transmitir a mensagem de um idioma para outro, e não pode contar com a ajuda de anotações, exercendo assim seu poder de memória de curto prazo, e seus conhecimentos sobre o assunto para trasmitir uma mensagem clara, completa e em um curto período de tempo. Como é citado por Danica, “os contextos verbal, situacional e cognitivo, além do conhecimento de mundo, entram em cena muito naturalmente, ao passo que apenas a língua em si parece estar presente. A interpretação, entretanto, requer a percepção dos complementos cognitivos, pois a tradução não ocorre apenas com base nas línguas em si.”, isso reflete o fato de o profissional necessitar de grande conhecimento linguístico do assunto, mas que também o seu conhecimento de mundo fará grande diferença no ato da interpretação, uma vez que saber fazer jogos de palavras ao transmitir uma mensagem é essêncial, como por exemplo, se o intérprete está realizando um trabalho que inclui o Mandarim ou o Japônes, ter conhecimentos culturais extras o ajudaram a não cometer gafes de utilziar palavras que de acordo com o contexto soa rude para os nativos. Isso também é bem mecionado no estudo, quando é dito “O único controle consciente que exercemos sobre as palavras que utilizamos provém de um processo de feedback”, fator determinante para demonstrar o conhecimento teórico e prático do intérprete. Também achei ótimo e um dos pontos mais interessantes no estudo, ao ler sobre a teoria de derverbalização, um componente que simplifica o trabalho do intérprete e o faz mais dinâmico ao repassar as informações sobre algo, baseando-se no contexto geral da mensagem, não preocupando-se com os significados de alguma palavra que ele possa desconhecer, além de ser um estudo que amplia o conhecimento linguístico de qualquer estudante de idiomas, que pode utilizá-lo como ferramenta em seus estudos, focando mais no sentido das frases do que em seus componentes individuais, especialmente ao tratar de um assunto que exige uma rápida resposta, como por exemplo a compra de algo. Esse componente é simplificado quando a autora diz “interpretar um discurso não é traduzir uma língua”, para enfatizar que a busca do sentido é o melhor caminho para uma boa intepretação, e sem dúvidas essa é a melhor maneira de um intérprete tornar-se rápido e eficiente, mantendo ótima qualidade na interpretação simultânea.