“Esforço para atingir um fim, investigação, estudo; caminho pelo qual se chega a um determinado resultado; programa que regula antecipadamente uma sequência de operações a executar, assinalando certos erros a evitar.” (LALANDE, s. d.) “methodos significa uma investigação que segue um modo ou uma maneira planejada e determinada para conhecer alguma coisa; procedimento racional para o conhecimento seguindo um percurso fixado.” (CHAUÍ, 1994, p. 354) “O método assinala, portanto, um percurso escolhido entre outros possíveis. Não é sempre, porém, que o pesquisador tem consciência de todos os aspectos que envolvem este seu caminhar; nem por isso deixa de assumir um método. Todavia, neste caso, corre muitos riscos de não proceder criteriosa e coerentemente com as premissas teóricas que norteiam seu pensamento. (...)” “Quer dizer, o método não representa tão somente um caminho qualquer entre outros, mas um caminho seguro, uma via de acesso que permita interpretar com maior coerência e correção possíveis as questões sociais propostas num dado estudo, dentro da perspectiva abraçada pelo pesquisador.” (OLIVEIRA, 1998, p. 17) “O método é um instrumento do conhecimento que proporciona aos pesquisadores, em qualquer área de sua formação, coordenar investigações, realizar experiências e interpretar os resultados. (...) é a escolha de procedimentos sistemáticos para descrição e explicação de um estudo.” (FACHIN, 2006, p. 29) Métodos racionais: Método dedutivo: proposto por racionalistas (Descartes, Spinoza e Leibniz) cujo pressuposto afirma que só a razão é capaz de conhecer a realidade. A realidade é conhecida da análise do universo geral das coisas para o particular. Usa do raciocínio lógico para chegar as suas conclusões. Por exemplo, todo homem é mortal (premissa maior) + Pedro é homem (premissa menor) = Pedro é mortal (conclusão) Método indutivo: proposto pelos empiristas (Bacon, Hobbes, Locke e Hume) cujo pressuposto afirma que só a experiência é capaz de levar ao conhecimento da realidade. Portanto, as generalizações são conseqüência da observação dos casos particulares da realidade concreta. Parte do particular para o geral. Por exemplo: Antônio é mortal, João é mortal, Paulo é mortal (premissa particular) + Antônio, João e Paulo são homens (observação) = Todos os homens são mortais (conclusão) Método dialético: proposto originalmente por Hegel. Enfatiza a necessidade de percepção das contradições do espírito e realidade humana para conhecer a realidade. Toda tese (conhecimento) tem uma antítese (contradição/problema) que requer uma síntese (novo conhecimento). Lançou as base do materialismo histórico de Karl Marx, que inverteu os pólos do idealismo do espírito de Hegel para a realidade concreta da sociedade humana. Método fenomenológico: rompe com o racionalismo, o idealismo e o empirismo e se baseia no construcionismo. Foi proposto por Husserl. O fenômeno é, na verdade, fruto da relação do sujeito que conhece com o objeto conhecido, mediado por suas percepções da realidade e contexto histórico social. A apreensão da realidade é consequencia do esforço do sujeito em explicá-la e interpretá-la. O sujeito é o principal agente do conhecimento. Deu fundamento ao existencialismo de Heidegger, Sartre, etc. Método observacional Método comparativo Método histórico Método experimental Método de estudo de caso Método funcionalista Método estatístico É imprescindível conhecer o método e saber que método está sendo utilizado como fundamento de uma pesquisa; Não há um método melhor do que o outro. O método precisa ser coerente e adequado ao problema ou objeto de pesquisa que está sendo investigado; Os métodos podem coexistir numa dada pesquisa colaborando para seu desenvolvimento.