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LEI COMPLEMENTAR Nº 755, DE 28 DE DECRETO N° 29.

590, DE 09 DE
JANEIRO DE 2008. OUTUBRO DE 2008.

Publicado no DODF Nº 20, terça-feira, 29 de Publicado no DODF Nº Nº 203, sexta-feira, 10


janeiro de 2008, pág. 2 a 4. de outubro de 2008, pág. 1 a 4.
Define critérios para ocupação de área pública no DF Republicado no DODF Nº Nº 208, sexta-feira, 17
de outubro de 2008, pág. 1 a 4. (*)
Art. 1º Esta Lei Complementar regula a concessão de Regulamenta a Lei Complementar n° 755, de 28 de
direito real de uso e a concessão de uso de áreas janeiro de 2008, no que se refere à Concessão de
públicas no Distrito Federal. Direito Real de Uso, e dá outras providências.
Parágrafo único. A ocupação de área pública de que
trata esta Lei Complementar fica condicionada à CAPÍTULO I
disponibilidade de área, às limitações urbanísticas e DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
ambientais e àquelas referentes ao zoneamento e à Seção I
segurança da edificação, dos equipamentos e das Das Definições
redes de serviços públicos, observados os parâmetros
definidos nesta Lei Complementar e em sua Art. 1º. Este Decreto regulamenta a Lei Complementar
regulamentação, sempre priorizados os interesses n° 755, de 28 de janeiro de 2008, que define critérios
públicos e coletivos no uso da área. para a ocupação de área pública no Distrito Federal
mediante Concessão de Direito Real de Uso e
Art. 2º A concessão de direito real de uso de que trata Concessão de Uso.
esta Lei Complementar, estabelecida com base nos
arts. 7º e 8º do Decreto-Lei nº 271, de 28 de fevereiro Art. 2º. Para efeito deste Decreto, considera-se:
de 1967, e considerando-se o que determina o art. 48 I - compartimento técnico - compartimento ou
da Lei Orgânica do Distrito Federal, será aplicada, de ambiente destinado a abrigar as instalações técnicas
forma onerosa ou não, nos limites das zonas de da edificação;
categoria urbana definidas no Macrozoneamento do II - Concessão de Direito Real de Uso - transferência
Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito do uso remunerado ou gratuito de área pública - no
Federal, nos termos desta Lei Complementar, em solo, no subsolo e no espaço aéreo -, a particular,
subsolo, no nível do solo e em espaço aéreo. como direito real resolúvel, para que seja utilizado com
fins específicos, por prazo determinado;
Art. 3º Será admitida a ocupação por concessão de III - concessionário - parte que celebra o contrato de
direito real de uso onerosa, com finalidade urbanística, Concessão de Direito Real de Uso com o Distrito
nos termos e condições definidos nesta Lei Federal;
Complementar e em sua regulamentação, nas IV - cota de soleira - indicação ou registro numérico
seguintes áreas públicas do Distrito Federal: fornecido pela Administração Regional que
I - em subsolo: corresponde ao nível de acesso de pessoas à
a) para garagem vinculada a edificações comerciais, edificação e ao nível do “pilotis” em projeções;
institucionais ou industriais; V - greide - indicação gráfico-numérica em projeto que
b) para passagens de pedestres e de veículos; define o perfil longitudinal de uma via;
II - no nível do solo: VI - laudo técnico especializado - documento escrito e
a) para torres de circulação vertical vinculadas a fundamentado, emitido por órgão
edificações comerciais, institucionais ou industriais; ou entidade competente aprovando as instalações
b) para passagens de pedestres; técnicas ou emitindo o Comunicado de Exigência;
III - em espaço aéreo: VII - passagem de pedestres e de veículos - elementos
a) para varandas e expansão de compartimento construtivos, localizados em área pública,
vinculadas a edificações comerciais, institucionais ou exclusivamente destinados à circulação de pessoas e
industriais; de veículos, e interligando edificações construídas em
b) para passagens de pedestres. lotes ou projeções;
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei VIII - projeção - unidade imobiliária peculiar do Distrito
Complementar, considera-se expansão de Federal que constitui parcela autônoma de
compartimento o fechamento da varanda e sua parcelamento, definida por limites geométricos e
incorporação ao compartimento ou ambiente. caracterizada por possuir, no mínimo, três de suas
divisas voltadas para área pública e taxa de ocupação
Art. 4º Será admitida a ocupação por concessão de de cem por cento de sua área;
direito real de uso não-onerosa, com finalidade IX - torre de circulação vertical - elemento da

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urbanística, nos termos e condições definidos nesta Lei edificação constituído, no máximo, pela
Complementar e em sua regulamentação, nas caixa de escada e seus patamares, rampas e seus
seguintes áreas públicas do Distrito Federal: patamares, poços de elevadores e seus
I - em subsolo, para garagem vinculada a edificações vestíbulos, compartimentos para lixo e compartimentos
residenciais; técnicos.
II - no nível do solo:
a) para as escadas, quando exclusivamente de Seção II
emergência; Das Siglas
b) para torres de circulação vertical vinculadas a
edificações residenciais; Art. 3º. São utilizadas neste Decreto as seguintes
III - em espaço aéreo: abreviaturas:
a) quando decorrente de compensação de área; I - Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal -
b) para varandas e expansão de compartimento CBMDF;
vinculadas a edificações residenciais; II - Código de Edificações do Distrito Federal - CE/DF;
IV - no nível do solo, em subsolo e em espaço aéreo, III - Departamento de Trânsito do Distrito Federal -
para instalações técnicas que serão definidas na DETRAN/DF;
regulamentação desta Lei Complementar, por motivo IV - Diário Oficial do Distrito Federal - DODF;
de segurança ou por exigência de condições de V - Fundo de Desenvolvimento Urbano do Distrito
funcionamento dos equipamentos. Federal - FUNDURB;
VI - Imposto Predial e Territorial Urbano - IPTU
Art. 5º Será admitida a ocupação por concessão de VII - NOVACAP - Companhia Urbanizadora da Nova
uso, onerosa ou não, nos termos e condições definidos Capital do Brasil;
nesta Lei Complementar, em sua regulamentação e em VIII - Procuradoria Geral do Distrito Federal - PGDF;
legislação específica, para implantação de IX - Plano Diretor de Ordenamento Territorial do
infraestrutura de energia elétrica, telecomunicações, Distrito Federal - PDOT;
água, esgoto, radiodifusão sonora e de sons e X - Plano Diretor Local - PDL;
imagens, gás canalizado, entre outros serviços e XI - Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano
atividades que impliquem o uso de bens do Distrito e Meio Ambiente do Distrito
Federal, no nível do solo, em subsolo e em espaço Federal - SEDUMA;
aéreo. XII - Secretaria de Estado de Fazenda do Distrito
§ 1º A concessão de uso de que trata este artigo será Federal - SEF;
formalizada mediante contrato de concessão de uso XIII - Agência de Fiscalização do Distrito Federal –
assinado entre o Distrito Federal e o interessado e AGEFIS.
obrigatoriamente registrado em livro próprio na
Procuradoria-Geral do Distrito Federal, publicado o CAPÍTULO II
extrato respectivo no Diário Oficial do Distrito Federal. DA CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO
§ 2º Constarão, obrigatoriamente, do contrato de Seção I
concessão de uso cláusulas referentes à área objeto da Das Disposições Gerais
concessão e suas destinações específicas; à
responsabilidade do concessionário pela preservação Art. 4º. O disposto na Lei Complementar nº 755/2008
ambiental e pelos eventuais danos causados ao meio e neste Decreto só será aplicado naquilo em que não
ambiente, aos equipamentos públicos urbanos e às conflitar com o estabelecido na legislação de uso e
redes de serviços públicos; à utilização individual ou ocupação do solo, nos PDLs e no PDOT, prevalecendo
compartilhada do espaço público; ao prazo da as normas especiais, assim consideradas as
concessão, que não poderá ser superior a 30 (trinta) leis que estabelecem normas de ocupação de área
anos, prorrogável por iguais períodos; ao preço público pública específica para determinados lotes ou
a ser pago pelo concessionário, quando for o caso, projeções.
com base no valor, periodicidade e forma de
recolhimento, a serem definidos na regulamentação Art. 5º. A ocupação de área pública poderá ocorrer por
desta Lei Complementar ou em legislação específica. meio do instrumento urbanístico da Concessão de
§ 3º O preço público cobrado em razão da ocupação Direito Real de Uso Onerosa ou não-Onerosa, de
prevista neste artigo será revertido diretamente à acordo com a especificidade de cada uma dessas
conta do Fundo de Desenvolvimento Urbano do ocupações.
Distrito Federal – FUNDURB. § 1º Os critérios e parâmetros estabelecidos para cada
§ 4º Pela lavratura do contrato de que trata este tipo de ocupação de área pública
artigo, o concessionário pagará diretamente à conta do de que trata o caput deste artigo, encontram-se
Fundo da Procuradoria-Geral do Distrito Federal – Pró- discriminados no Anexo I deste Decreto.

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Jurídico, de que trata a Lei nº 2.605, de 18 de outubro § 2º O preço público cobrado em razão da ocupação
de 2000, o valor correspondente a R$ 4,00 (quatro de área pública por Concessão de Direito Real de Uso
reais) por metro quadrado de área concedida. Onerosa será revertido diretamente à conta do
§ 5º O valor destinado ao Pró-Jurídico, referido no FUNDURB.
parágrafo anterior, será corrigido no primeiro dia de
janeiro de cada ano, pelo Índice Nacional de Preços ao Art. 6º. A ocupação de área pública por Concessão de
Consumidor – INPC, definido pelo Instituto Brasileiro Direito Real de Uso dar-se-á somente quando
de Geografia e Estatística – IBGE, ou por outro índice vinculada, integrada e lindeira à edificação.
que vier a substituí-lo.
§ 6º A ocupação de área pública no nível do solo, em Art. 7º. A ocupação de área pública por Concessão de
subsolo e em espaço aéreo para a instalação de Direito Real de Uso poderá ocorrer em:
infraestrutura prevista neste artigo fica condicionada à I - projeção, lote isolado ou geminado destinados a
aprovação e ao licenciamento da Administração habitação coletiva;
Regional competente, ouvidas a Secretaria de Estado II - projeção ou lote isolado destinados a hospedagem,
de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente e as e;
concessionárias e permissionárias de serviços públicos III - projeção, lote isolado ou geminado com qualquer
sobre possíveis interferências nas respectivas redes e destinação, exceto habitação coletiva e hospedagem.
áreas objeto de parcelamento ou intervenções § 1º Lote isolado, conforme definido na Lei
urbanas, nos termos da regulamentação desta Lei Complementar, é o que se encontra afastado
Complementar e da legislação específica. mais de dez metros de lotes ou projeções vizinhos.
§ 2º Lote geminado, para efeitos deste Decreto, é o
Art. 6º A concessão de direito real de uso de que trata que não se enquadra na exigência definida no § 1º.
esta Lei Complementar será formalizada mediante § 3º A ocupação de que trata este artigo não poderá
contrato de concessão de uso assinado entre o Distrito trazer prejuízo ao sistema viário, à circulação de
Federal e o interessado, no qual se indicará que a pedestres, às redes de serviços públicos existentes e
cada unidade imobiliária está vinculada, em metros projetadas e, ainda, deverá resguardar a segurança de
quadrados ou em fração ideal da área total concedida, terceiros e de edificações vizinhas.
uma área pública e o qual será obrigatoriamente
registrado no Ofício de Registro de Imóveis Art. 8º. O avanço em área pública no espaço aéreo,
competente, na forma da lei, e em livro próprio na quando utilizada, concomitantemente, a compensação
Procuradoria-Geral do Distrito Federal, publicado o de área e a varanda ou a expansão de compartimento,
extrato respectivo no Diário Oficial do Distrito Federal. não poderá ser superior a dois metros, medidos a
§ 1º Cabem ao concessionário do direito real de uso partir dos limites do lote ou da projeção registrada em
todas as despesas com o registro do contrato cartório.
respectivo no competente Ofício de Registro de
Imóveis, devendo ele apresentar a certidão de tal Art. 9º. O contrato de Concessão de Direito Real de
registro ao Distrito Federal. Uso para a utilização da área pública vinculada às
§ 2º Nos projetos de edificação que compreendam edificações obedecerá à legislação pertinente, sendo
área pública objeto de direito real de uso, a emissão inexigível a licitação por quando for inviável a
do alvará de construção fica condicionada ao prévio competição.
registro do respectivo contrato, pelo concessionário,
no Ofício de Registro de Imóveis competente, e à SEÇÃO II
comprovação do registro e, quando for o caso, do DA OCUPAÇÃO DE ÁREA PÚBLICA
pagamento em cota única ou da primeira parcela do Subseção I
preço público cobrado pela ocupação. Ocupação em Subsolo para Garagem
§ 3º É dispensada a celebração do contrato de
concessão de uso na hipótese prevista no art. 4º, III, Art. 10. O avanço em subsolo para garagem poderá
a, desta Lei Complementar, formalizando-se a ocorrer em todo o perímetro do lote ou da projeção.
concessão de direito real de uso não-onerosa pela § 1º A laje de cobertura da garagem, quando sob a via
aprovação do projeto de obra inicial, subscrito pela de circulação de veículos e estacionamentos, deverá
Administração Regional competente, com a expressa ser executada de forma a não alterar o greide da via e
referência da compensação de área no alvará de do estacionamento, e será projetada de modo a
construção. permitir a sobrecarga de veículos pesados e
§ 4º Pela lavratura do contrato de que trata este a drenagem de águas pluviais.
artigo, o concessionário pagará diretamente à conta do § 2º O avanço de subsolo sob vias de trânsito Rápido e
Pró-Jurídico, de que trata a Lei nº 2.605, de 18 de Vias Principais ou Arteriais, conforme dispõe a Lei
outubro de 2000, o valor correspondente a R$ 4,00 Complementar nº 755/08, ficam condicionados à

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(quatro reais) por metro quadrado de área concedida. aprovação da SEDUMA, ouvido previamente o
§ 5º O valor destinado ao Pró-Jurídico, referido no DETRAN.
parágrafo anterior, será corrigido no primeiro dia de § 3º A laje de cobertura da garagem sob a área verde
janeiro de cada ano, pelo INPC, definido pelo IBGE, ou deverá estar situada, no mínimo, a sessenta
por outro índice que vier a substituí-lo. centímetros abaixo da cota de soleira da edificação,
permitindo a continuidade dessa área verde e das
Art. 7º Constarão, obrigatoriamente, dos contratos de calçadas e atendendo às normas de acessibilidade.
concessão de direito real de uso referidos nesta Lei § 4º Quando o desnível do terreno ocasionar o
Complementar: afloramento do subsolo, este será minimizado por
I - as áreas objeto da concessão, suas destinações meio de tratamento arquitetônico e paisagístico
específicas e a vinculação de uma parcela dessa área adequado, garantindo a acessibilidade.
total, em metros quadrados ou em fração ideal da área § 5º É obrigatória a recuperação da área pública
total concedida, a cada uma das unidades imobiliárias; danificada para construção de garagem em subsolo,
II - a responsabilidade do concessionário pela por ocasião da expedição do Certificado de Conclusão.
preservação ambiental e pelos eventuais danos
causados ao meio ambiente, aos equipamentos Art. 11. A ocupação de área pública em subsolo para
públicos urbanos e às redes de serviços públicos; construção de garagem em projeção destinada a
III - o prazo máximo de vigência do contrato, que será habitação coletiva e hospedagem, obedecerá, nos
de 30 (trinta) anos, prorrogável por iguais períodos; termos do art. 8º da Lei Complementar nº 755/08, aos
IV - o preço público a ser pago pelo concessionário, no seguintes parâmetros:
caso da concessão de direito real de uso onerosa, com I - impossibilidade de atender o número de vagas
base no valor, periodicidade e forma de recolhimento pretendido na área da projeção registrada em cartório;
definidos na regulamentação desta Lei Complementar; II - largura da projeção insuficiente para distribuir as
V - cláusula que condicione a expedição de alvará de vagas e circulações exigidas;
construção à comprovação do pagamento da primeira III - logística necessária para permitir o perfeito e
parcela do preço público cobrado pela ocupação da seguro funcionamento da garagem para o usuário.
área pública vinculada à edificação, no caso de § 1º Em qualquer uma das hipóteses relacionadas no
parcelamento do débito, bem como do pagamento do caput deste artigo, os projetos serão aprovados pelas
preço público referente à lavratura do contrato na Administrações Regionais respectivas.
Procuradoria-Geral do Distrito Federal, quando se § 2º A garagem em subsolo de que trata o caput deste
tratar da concessão de direito real de uso onerosa; artigo ocorrerá, primeiramente, obedecendo aos
VI - cláusula que condicione a expedição da carta de limites da projeção registrada em cartório, conforme
habite-se à comprovação do pagamento total do preço dispõe a Lei Complementar regulamentada, para que
público devido no ano da expedição, quando se tratar possa existir ocupação de área pública.
da concessão de direito real de uso onerosa; § 3º No caso de fundamentação técnica não
VII - o compromisso do concessionário de sub-rogação enquadrada nas relacionadas no caput deste artigo, o
de seus direitos e obrigações aos adquirentes das processo deverá ser encaminhado à SEDUMA, para
unidades imobiliárias, sob pena de responsabilidade, aprovação da fundamentação apresentada.
devendo ele, para tanto, fazer constar, § 4º A fundamentação para ocupação de área pública
detalhadamente, as condições do contrato de em subsolo para construção de garagem em projeção
concessão de direito real de uso celebrado nos destinada a habitação coletiva e hospedagem será
seguintes documentos: também aplicada para o caso dos lotes e das demais
a) Memorial de Incorporação do Imóvel ou Instituição projeções tratados na Lei Complementar.
do Condomínio, conforme o caso;
b) Convenção de Condomínio; Art. 12. A localização prevista no projeto urbanístico
c) contratos de compra e venda ou contratos de para rampas de acesso ao subsolo para garagem
promessa de compra e venda celebrados com os poderá ser alterada, desde que não acarrete conflitos
adquirentes das unidades imobiliárias, em que ficará viários e prejuízos a imóveis lindeiros, a circulação de
definida a área pública objeto da concessão de forma pedestres, a redes existentes ou projetadas, e a
individual, para cada unidade imobiliária, sendo equipamentos públicos.
estabelecido que a transferência da concessão operar-
se-á na data do Parágrafo único. Quando as rampas de acesso de que
respectivo registro no Ofício de Imóveis competente, trata este artigo estiverem voltadas para vias locais e
passando a responsabilidade do pagamento do preço secundárias ou coletoras, a aprovação do projeto
público ao adquirente; arquitetônico dar-se á pela Administração Regional
VIII - a obrigação do concessionário de providenciar o respectiva, respeitados os parâmetros constantes do
registro da transferência da concessão de direito real Decreto nº 26.048, de 20 de julho de 2005.

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de uso respectiva no Ofício Imobiliário competente,
quando do registro da compra e venda da unidade Art. 13. A solicitação para aprovação do projeto de
imobiliária; arquitetura com o avanço em subsolo para garagem
IX - a obrigação do concessionário de divulgar, de será acompanhada das consultas aos órgãos e
forma clara e precisa, ao adquirente da unidade entidades responsáveis pela infra-estrutura urbana,
imobiliária que esta incorpora uma parcela de “x” inclusive à NOVACAP, quanto à interferência de redes
metros quadrados, ou uma fração ideal da área total existentes ou projetadas.
concedida, de área pública que é objeto de uma
concessão de direito real de uso e em relação à qual o Subseção II
adquirente assume, a partir da aquisição, a Ocupação ao nível do solo para Torre de
responsabilidade pelo pagamento anual de preço Circulação Vertical
público pela respectiva utilização, no caso da
concessão de direito real de uso onerosa. Art. 14. A ocupação de área pública para Torre de
Circulação Vertical poderá ocorrer em qualquer ponto
Art. 8º A construção de garagem em subsolo, em do perímetro da edificação.
projeção destinada a habitação coletiva ou § 1º Na hipótese da torre de que trata este artigo
hospedagem, obedecerá aos limites da projeção situar-se dentro dos limites do lote ou da projeção, as
registrada em cartório, admitindo-se, áreas dos elementos que a compõem poderão ser
excepcionalmente e por motivos técnicos devidamente utilizadas para compensação de área em qualquer
fundamentados, a serem aprovados pela Secretaria de ponto da periferia da edificação, limitada a
Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, compensação de área dos vestíbulos a 4 m² (quatro
a ocupação em área pública em subsolo, quando terá metros quadrados) por elevador.
o limite máximo de cento e cinqüenta e cinco por § 2º O vestíbulo de elevador da Torre de Circulação
cento da área de projeção registrada em cartório. Vertical situada fora dos limites da projeção ou do lote
§ 1º O percentual fixado no caput poderá ser terá, no máximo, quatro metros quadrados por
aumentado em hipóteses especiais, em que a logística elevador.
necessária para permitir o perfeito funcionamento da
garagem e a quantidade de vagas exigida pela Art. 15. A Torre de Circulação Vertical situada fora dos
legislação específica o justifique, devendo a ocupação limites do lote ou da projeção manterá o afastamento
ser precedida, nesses casos, por estudos técnicos mínimo de dois terços da distância entre a projeção e
aprovados pela Secretaria de Estado de demais projeções e lotes vizinhos, não podendo ser
Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente. inferior a seis metros.
§ 2º A ocupação disposta neste artigo poderá ser § 1º O avanço máximo em área pública para a Torre
aplicada em edificações já construídas, sem subsolo ou de Circulação Vertical de que trata o caput deste artigo
com subsolo parcialmente utilizado, desde que elas será de cinco metros, medidos a partir do limite da
possuam carta de habite-se. projeção registrada em cartório, conforme dispõe a Lei
§ 3º A ocupação a que se refere este artigo Complementar.
obedecerá, no mínimo, às seguintes condições: § 2º No caso em que a Torre de Circulação Vertical
I – manter o projeto urbanístico definido para a área; estiver contígua à via de circulação de veículos, fica
II – construir laje de cobertura dimensionada de modo dispensado o afastamento de seis metros disposto no
a permitir a sobrecarga de jardins ou estacionamentos caput deste artigo, devendo ser mantido um
de veículos pesados, sendo obrigatória a recomposição afastamento de, no mínimo, dois metros do meio-fio
da área e de seu entorno; da via pública.
III – não avançar sobre a faixa non aedificandi das Art. 16. A área da Torre de Circulação Vertical será
superquadras; considerada, para efeito de cobrança, em apenas um
IV – não ultrapassar a metade da distância entre o pavimento, mesmo que a circulação vertical ocorra do
limite da projeção e as projeções ou lotes vizinhos, subsolo ao último pavimento.
podendo essa distância ser aumentada, desde que
haja conveniência urbanística, a juízo do Distrito Subseção III
Federal, por intermédio da Secretaria de Estado de Ocupação ao nível do solo para Escada de
Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, e anuência Emergência
dos proprietários das projeções ou lotes, ou dos
condomínios, quando constituídos. Art. 17. A construção de escada de emergência deverá
§ 4º Os subsolos para garagem poderão ser obedecer à legislação do CBMDF, inclusive quanto ao
interligados mediante anuência dos proprietários e número de escadas necessárias para atendimento à
com a aprovação, na Administração Regional edificação.
competente, do respectivo projeto arquitetônico, § 1º A escada de emergência de que dispõe o caput

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observando-se as deste artigo poderá ser substituída por rampa, em
demais disposições deste artigo. conformidade com as determinações do CBMDF e em
§ 5º A ocupação poderá avançar sob as vias de observância às normas de acessibilidade.
circulação de veículos e os estacionamentos, ficando, § 2º A escada de emergência situada fora dos limites
neste caso, condicionada à aprovação da Secretaria de do lote ou da projeção a que se refere este artigo não
Estado de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, poderá ser utilizada como escada de uso comum da
quando não se tratar de vias de acesso à quadra ou à edificação.
unidade imobiliária e seus respectivos § 3º A escada de emergência manterá o afastamento
estacionamentos, observando-se as demais mínimo de dois terços da distância entre a projeção ou
disposições deste artigo. lote e demais projeções e lotes vizinhos, não podendo
a distância ser inferior a seis metros.
Art. 9º A ocupação de área pública no nível do solo § 4º Nos casos em que a Escada de Emergência
para construção de torre de circulação vertical, em estiver contígua à via de circulação de veículos, fica
projeção destinada a habitação coletiva ou dispensado o afastamento de seis metros disposto no
hospedagem, não poderá exceder a cinco metros, parágrafo anterior, devendo ser mantido um
medidos a partir do limite da projeção registrada em afastamento de, no mínimo, dois metros da via
cartório, obedecidos os parâmetros definidos na pública.
regulamentação desta Lei Complementar e o seguinte: § 5º As escadas de emergência deverão ser aprovadas
I – avançar, no máximo, um terço da distância entre o pelo CBMDF.
limite da projeção e as projeções ou lotes vizinhos,
observado o limite definido no caput; Subseção IV
II – ser constituída, no máximo, pela caixa da escada e Ocupação em Espaço Aéreo para Varanda e
seus patamares, rampas e seus patamares, poços de Expansão de Compartimento
elevadores e seus vestíbulos, compartimentos para lixo
e compartimentos técnicos. Art. 18. A ocupação do espaço aéreo para construção
de varanda obedecerá, além do disposto na Lei
Art. 10. A ocupação do espaço aéreo para construção Complementar, ao seguinte:
de varandas ou expansão de compartimentos, em I - manutenção de altura livre mínima de dois metros e
projeções destinadas a habitação coletiva ou cinqüenta centímetros, medidas a partir do nível do
hospedagem, não poderá, em nenhuma hipótese, solo até a face inferior de seu piso;
exceder a dois metros, medidos a partir dos limites da II - não possuir outro elemento de vedação além de
projeção registrada em cartório. empenas e eventuais divisores.
§ 1º Fica permitida a continuidade entre varandas nas § 1º A área da varanda será desconsiderada para o
empenas e reentrâncias da edificação, desde que não cálculo da área mínima que caracteriza a unidade
se ultrapasse a largura máxima permitida em qualquer domiciliar econômica, conforme dispõe o CE/DF.
ponto de seu perímetro. § 2º Poderá existir a continuidade entre as varandas
§ 2º A ocupação do espaço aéreo para construção de por meio de interligações no perímetro da edificação,
varandas obedecerá, no mínimo, ao seguinte: incluindo empenas e reentrâncias.
I – localizar-se nos pavimentos acima do térreo; § 3º A varanda de que trata este artigo, em edificação
II – manter afastamento de, no mínimo, dois terços da destinada a habitação coletiva, atenderá ao seguinte:
distância entre o limite da projeção e projeções ou a) estar contígua, vinculada e interligada somente a
lotes vizinhos; compartimentos ou ambientes de permanência
III – possuir guarda-corpo ou jardineira, com altura prolongada, destinados a estar ou lazer e repouso,
máxima de um metro e vinte centímetros, observada a exceto dormitório de empregado;
permissão para seu fechamento, conforme previsto b) não estar contígua, vinculada ou interligada à área
nesta Lei Complementar; de serviço, cozinha e quarto e banheiro de empregado.
IV – não invadir faixa de segurança exigida para redes § 4º Nas edificações destinadas a hospedagem ou com
de transmissão e distribuição de energia elétrica, qualquer outra destinação, exceto habitação coletiva,
conforme normas específicas da concessionária; as varandas não poderão ocupar, linearmente, mais
V – manter afastamento mínimo igual à metade da que setenta por cento da fachada.
distância entre o limite da projeção e o mais próximo § 5º Poderá ser procedida a expansão de
meio-fio da via pública ou estacionamento; compartimento, que consiste no fechamento da
VI – não utilizar a laje da marquise como piso, nos varanda com material que permita a transparência
casos em que a legislação de uso e ocupação do solo visual sobre o guarda-corpo ou jardineira e a sua
exigir a construção desse elemento. incorporação ao compartimento ou ambiente a que se
§ 3º A varanda poderá avançar sobre o interliga.
estacionamento desde que a face inferior da laje § 6º Para a expansão de compartimento, deverá ser

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mantenha altura mínima de quatro metros em relação mantida a fachada da edificação com o guarda-corpo
ao nível do piso do estacionamento. ou jardineira da varanda e o seu fechamento, com
§ 4º Será permitido o fechamento das varandas de vidro ou material similar.
que trata este artigo com material que permita a § 7º Os vãos de aeração e de iluminação voltados para
permeabilidade ou transparência visual, instalado varanda que venha a ser fechada, conforme permitido
sobre o guarda-corpo ou a jardineira. na Lei Complementar nº 755/08 e nesta
§ 5º Fica permitida a incorporação da varanda ou de regulamentação, serão desconstituídos e a aeração e
parte dela ao compartimento ou ambiente a que ela iluminação dos compartimentos ou ambientes
esteja vinculada, promovendo a expansão do atenderão ao exigido no CE/DF.
compartimento, desde que essa área não seja § 8º A expansão de compartimento de que trata o
computada para fins de cálculo da área mínima exigida parágrafo anterior poderá ser objeto de aprovação no
para aqueles e o adquirente da unidade seja projeto de arquitetura de obra inicial, ou ser
informado de que parte apresentada para aprovação, como modificação de
da área da unidade imobiliária adquirida é objeto de projeto.
concessão de direito real de uso. §9º A instalação de pia e churrasqueira em varandas
previstas no § 3º deste artigo será permitida, desde
Art. 11. A ocupação de espaço aéreo para aplicação do que acompanhada de mecanismos que garantam o
instrumento da compensação de área, em projeções devido escoamento dos produtos decorrentes da
destinadas a habitação coletiva ou hospedagem, terá utilização dos referidos equipamentos. (Acrescido
um avanço máximo de um metro, medido a partir do Decreto n° 33.734 de 22/06/12)
limite da projeção registrada em cartório.
§ 1º As áreas das torres de circulação vertical, quando Art. 19. A varanda poderá avançar sobre área pública,
localizadas dentro dos limites das projeções, poderão no máximo, dois metros, medidos a partir dos limites
ser utilizadas para compensação de área em qualquer do lote ou da projeção registrada em cartório.
ponto da periferia da edificação. § 1º No caso de avanço da varanda sobre
§ 2º No trecho da fachada onde for aplicado o estacionamento, a altura mínima em relação ao
instrumento da compensação de área em conjunto piso do estacionamento e a face inferior da laje do
com a ocupação de espaço aéreo para varanda, a piso da varanda não poderá ser inferior a quatro
ocupação total do espaço aéreo não poderá, em metros.
nenhuma hipótese, ultrapassar dois metros da § 2º A dimensão máxima permitida para varandas será
projeção registrada em cartório. medida considerando-se uma linha perpendicular
a qualquer ponto da fachada. (Alterado Decreto n°
Art. 12. A ocupação de área pública de que trata esta 31.296 de 1/2/2010)
Lei Complementar será aplicada em lotes e projeções § 3º O afastamento mínimo de dois terços da distância
da seguinte forma: entre a projeção e demais projeções e lotes vizinhos,
I – em projeções ou lotes isolados destinados a de que trata ao Inciso II do § 2º do artigo 10 da Lei
habitação coletiva, serão admitidas as ocupações Complementar aqui regulamentada, não poderá ser
previstas no art. 4º, I, II, III e IV, obedecidos os inferior a sete metros.
parâmetros e as condições constantes dos arts. 8º, 9º, § 4º No caso em que o afastamento mínimo de que
10 e 11, todos desta Lei Complementar; trata o parágrafo anterior for inferior a sete metros, o
II – em lotes geminados destinados a habitação avanço máximo da varanda será calculado com base
coletiva, será admitida: na formula A= (D -6) / 2, sendo que:
a) em subsolo, a ocupação prevista no art. 4º, I, a) “A” corresponde ao avanço máximo;
obedecidos os parâmetros e as condições constantes b) “D” corresponde ao afastamento entre as projeções
do art. 8º, todos desta Lei Complementar; ou lotes.
b) no nível do solo, a ocupação prevista no art. 4º, II, § 5º Quando da utilização da fórmula de que trata o
a, desta Lei Complementar; parágrafo anterior, o “A” for menor ou igual à zero,
c) em espaço aéreo, a ocupação prevista no art. 4º, não será admitida a ocupação do espaço aéreo para
III, b, sendo permitido um avanço máximo de um construção de varanda.
metro, medido a partir do limite do lote registrado em § 6º A varanda deverá manter afastamento mínimo de
cartório, obedecidos os parâmetros e as condições três metros de redes aéreas de energia elétrica.
constantes dos parágrafos do art. 10, todos desta Lei § 7º A marquise de construção obrigatória não poderá
Complementar; ser utilizada como piso de varanda e nem poderá
d) em subsolo, solo e espaço aéreo, a ocupação existir varanda nesse pavimento, na fachada onde ela
prevista no art. 4º, IV, desta Lei Complementar; estiver situada.
III – em projeções ou lotes isolados destinados a § 8º Poderá ser utilizada como terraço a laje do teto
hospedagem, serão admitidas: da varanda do pavimento imediatamente abaixo do

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a) em subsolo, as ocupações previstas no art. 3º, I, pavimento da cobertura, onde é permitida a ocupação
obedecidos os parâmetros e as condições constantes de quarenta por cento para lazer, recreação ou outras
do art. 8º, todos desta Lei Complementar; atividades, prevista em legislação específica, não
b) no nível do solo, as ocupações previstas no art. 3º, podendo, em hipótese alguma, ser coberto e nem se
II, obedecidos os parâmetros e as condições constituir em expansão de compartimento.
constantes do art. 9º, e no art. 4º, II, a, todos desta
Lei Complementar; Subseção V
c) em espaço aéreo, as ocupações previstas no art. 3º, Ocupação em Espaço Aéreo para Compensação
III, obedecidos os parâmetros e as condições de Área
constantes dos arts. 10 e 11, e no art. 4º, III, a,
obedecidos os parâmetros e as condições constantes Art. 20. A ocupação do espaço aéreo para o
do art. 11, todos desta Lei Complementar; instrumento de compensação de área de que trata a
d) em subsolo, solo e espaço aéreo, a ocupação Lei Complementar ocorrerá mediante permuta entre
prevista no art. 4º, IV, desta Lei Complementar; avanços e reentrâncias situados nas fachadas externas
IV – em projeções ou lotes isolados com qualquer da edificação acima do pavimento térreo, mantida a
destinação, exceto habitação coletiva e hospedagem, equivalência de área do pavimento.
serão admitidas: § 1º As reentrâncias não poderão acarretar
a) em subsolo, as ocupações previstas no art. 3º, I, seccionamento da projeção ou lote.
obedecidos os parâmetros e as condições constantes § 2º As reentrâncias que possuírem vãos de aeração e
do art. 8º, todos desta Lei Complementar; iluminação serão consideradas como prismas abertos
b) no nível do solo, as ocupações previstas no art. 3º, de aeração e iluminação, conforme estatui o COE, para
II, b, e no art. 4º, II, a, todos desta Lei fins de dimensionamento.
Complementar; § 3º A área dos elementos que compõem a torre de
c) em espaço aéreo, as ocupações previstas no art. 3º, circulação vertical, quando situada dentro dos limites
III, sendo permitido um avanço máximo de um metro, da projeção, poderá utilizada para compensação de
medido a partir do limite da projeção ou lote área, de acordo com o disposto no § 1º do artigo 14
registrado em cartório, obedecidos os parâmetros e as deste Decreto.
condições constantes dos parágrafos do art. 10, e no § 4º A área das varandas inseridas em reentrâncias
art. 4º, III, a, obedecidos os parâmetros e as resultantes de compensação de área e que estejam
condições constantes do art. 11, todos desta Lei situadas dentro dos limites da projeção ou do lote, não
Complementar; serão incluídas na área correspondente à concessão de
d) em subsolo, solo e espaço aéreo, a ocupação direito real de uso referente à ocupação de área
prevista no art. 4º, IV, desta Lei Complementar; pública em espaço aéreo, sendo incluídas na área do
V – em lotes geminados com qualquer destinação, pavimento.
exceto habitação coletiva e hospedagem, serão
admitidas: Subseção VI
a) em subsolo, as ocupações previstas no art. 3º, I, Ocupação em Subsolo, ao Nível do Solo e em
obedecidos os parâmetros e as condições constantes Espaço Aéreo para Passagens de
do art. 8º, todos desta Lei Complementar; Pedestres e de Veículos
b) no nível do solo, as ocupações previstas no art. 3º,
II, b, e no art. 4º, II, a, todos desta Lei Art. 21. O projeto arquitetônico das passagens de
Complementar; pedestres e de veículos em subsolo serão precedidos
c) em espaço aéreo, as ocupações previstas no art. 3º, de consulta técnica aos órgãos e entidades
III, sendo permitido um avanço máximo de um metro, responsáveis pela infraestrutura urbana, quanto a
medido a partir do limite da projeção ou lote eventuais interferências com as redes de serviços
registrado em cartório, obedecidos os parâmetros e as existentes ou projetadas, e ao DETRAN/DF, quando
condições constantes dos parágrafos do art. 10, todos houver interferência dos acessos de veículos com a via
desta Lei Complementar; pública.
d) em subsolo, solo e espaço aéreo, a ocupação
prevista no art. 4º, IV, desta Lei Complementar. Art. 22. O projeto arquitetônico da passagem de
§ 1º O disposto neste artigo só será aplicado nos casos pedestres ao nível do solo receberá anuência prévia do
em que a norma urbanística permitir cem por cento CBMDF e, no caso de áreas tombadas, dos órgãos e
de ocupação no pavimento em que se pretenda a entidades responsáveis pela preservação do patrimônio
ocupação de área pública. artístico nacional e do Distrito Federal.
§ 2º Para a aplicação das ocupações previstas neste
artigo, os lotes isolados deverão estar afastados mais Art. 23. Para aprovação do projeto arquitetônico da
de dez metros dos lotes ou projeções vizinhos. passagem de pedestres em espaço aéreo, deverão ser

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§ 3º A ocupação de área pública no nível do solo para consultados:
construção de torres de circulação vertical e em I - os órgãos e entidades responsáveis pela infra-
espaço aéreo para construção de varandas, expansão estrutura urbana, quanto a eventuais interferências
de compartimentos e compensação de área não será com as redes aéreas de serviços existentes ou
permitida no Setor de Comércio Local Sul – SCLS, projetadas;
Setor Comercial Residencial Norte e Sul – SCRN/S, II - o DETRAN/DF;
Setor de Administração Federal Norte e Sul – SAFN/S, III - o CBMDF;
Setor de Autarquias Norte e Sul – SAUN/S, Setor IV - os órgãos e entidades responsáveis pela
Bancário Norte e Sul – SBN/S, Setor de Clubes preservação do patrimônio histórico e artístico nacional
Esportivos Norte e Sul – SCEN/S, Setor de Diversões e do Distrito Federal, no caso de áreas tombadas.
Norte e Sul – SDN/S, Setor Médico-Hospitalar Norte e
Sul – SMHN/S, Setor de Rádio e Televisão Norte e Sul Parágrafo único. As passagens de pedestres de que
– SRTVN/S, Restaurantes de Unidade de Vizinhança – trata este artigo deverão manter altura mínima livre de
RUVs e Entrequadras Norte e Sul – EQN/S, todos quatro metros e cinqüenta centímetros, medida a
localizados na Região Administrativa de Brasília. partir do nível do solo até a face inferior da laje de seu
§ 4º Para os lotes e as projeções de que trata o inciso piso.
IV deste artigo, deverá ser ouvida a Secretaria de
Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente quanto a Subseção VII
possíveis interferências em projetos de urbanismo Ocupação em Subsolo, ao Nível do Solo e em
elaborados ou em elaboração por essa Secretaria. Espaço Aéreo para Instalações Técnicas
§ 5º Nos lotes que apresentem uso misto, a
possibilidade de ocupação de área pública e os Art. 24. A ocupação de área pública para instalações
respectivos parâmetros e condições deverão ser técnicas em subsolo, ao nível do solo e em espaço
estabelecidos considerando-se a destinação prevista na aéreo de que trata a Lei Complementar não trará
legislação de uso e ocupação do solo para os prejuízo ao sistema viário e à circulação de pedestres e
pavimentos onde se pretenda a sua aplicação. resguardará a segurança de terceiros, de lotes e
projeções vizinhas.
Art. 13. A construção de passagem de pedestres em § 1º As instalações técnicas de que trata o caput se
subsolo, no solo ou em espaço aéreo e de passagem referem a centrais de ar condicionado, subestações
de veículos em subsolo obedecerá ao disposto na elétricas, grupos geradores, bombas, casas de
regulamentação desta Lei Complementar, ficando máquinas, caixas d’água em subsolo, equipamentos de
condicionada à aprovação dos órgãos pertinentes do carga, descarga e armazenamento e centrais de Gás
Sistema de Planejamento Territorial e Urbano do Liquefeito de Petróleo – GLP. (Alterado Decreto n°
Distrito Federal, inclusive da Administração Regional 31.296 de 1/2/2010)
respectiva, e ao devido licenciamento. § 2º A área dos compartimentos de que trata o caput
deste artigo deverá ser justificada por laudo técnico,
Art. 14. A ocupação de área pública para instalações assinado por profissional especializado, que justifique
técnicas a que se refere o art. 4º, IV, desta Lei suas dimensões.
Complementar será precedida de laudo técnico § 3º A regulamentação da instalação técnica relativa a
especializado, a ser apresentado à Administração central de gás liquefeito de petróleo – GLP, é regida
Regional, ouvidos os demais órgãos competentes pelo Decreto nº 29.400, de 14 de agosto de 2008.
quando for o caso. § 4º Será permitida a ocupação de área pública para
instalação de caixas d’água em subsolo exclusivamente
Parágrafo único. O prazo para manifestação dos para as edificações já existentes até a data da
órgãos de que trata o caput não poderá exceder trinta publicação deste Decreto.
dias. § 5º Será permitida a ocupação de área pública no
nível do solo para instalação de equipamentos de
Art. 15. As empresas prestadoras de serviços de infra- carga, descarga e armazenamento exclusivamente
estrutura de que trata o art. 5º desta Lei para empreendimentos industriais ou de
Complementar encaminharão cópia atualizada de seus abastecimento, situados em área adjacente à rede
cadastros à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e ferroviária.
Meio Ambiente para fins de gerenciamento, ficando § 6º No caso de ocupação de área pública para
obrigadas a informar sobre qualquer alteração ou instalação de caixas d’água em subsolo ou de
expansão deles. equipamentos de carga, descarga e armazenamento
no nível do solo, o interessado deverá obter parecer
Art. 16. Os projetos de arquitetura referentes às prévio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento
ocupações de áreas públicas de que trata esta Lei Urbano e Meio Ambiente do Distrito Federal, mediante

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Complementar serão aprovados e licenciados pela a apresentação da seguinte documentação:
Administração Regional respectiva, observadas I – laudo técnico elaborado por profissional habilitado,
presente Lei Complementar e as demais legislações com respectiva Anotação de Responsabilidade
aplicáveis. Técnica – ART (?) registrada no Conselho Regional de
Engenharia e Arquitetura do Distrito Federal –
Art. 17. As ocupações de área pública de que trata CREA/DF, que comprove a impossibilidade da
esta Lei Complementar objeto de concessão de direito instalação da caixa d’água ou dos equipamentos nas
real de uso poderão ser utilizadas no nível do solo, no áreas internas da edificação ou do lote.
subsolo ou no espaço aéreo, de forma isolada ou II – planta de locação com indicação das edificações
concomitante, observados os critérios e parâmetros existentes no lote, das vias e dos pontos de
estabelecidos para cada ocupação. captação de águas pluviais próximos, das redes de
infra-estrutura urbana, da área pública a ser ocupada,
Art. 18. Fica facultada a utilização da concessão de das redes de alimentação e de distribuição aos
direito real de uso disposta nesta Lei Complementar usuários e da sinalização de segurança.(Acrescidos
para lotes e projeções já edificados. Decreto n° 31.296 de 1/2/2010).

Art. 19. Todos os valores decorrentes da cobrança do CAPÍTULO III


preço público pela concessão de direito real de uso de DO PREÇO PÚBLICO
que trata esta Lei Complementar serão revertidos
diretamente à conta do FUNDURB. Art. 25. Será cobrado preço público pela ocupação das
áreas públicas mediante Concessão de Direito Real de
Art. 20. O disposto nesta Lei Complementar e na sua Uso nos termos do parágrafo 2º do artigo 6º da Lei
regulamentação, assim como na legislação que trata Complementar.
da utilização e ocupação das áreas públicas no Distrito
Federal, no nível do solo, em espaço aéreo e em Art. 26. O preço público pela utilização da área pública
subsolo, só será aplicado naquilo em que não conflitar objeto da Concessão de Direito Real de Uso será
com o estabelecido na legislação de uso e ocupação do estipulado com base na Pauta de Valores Venais de
solo, nos Planos Diretores Locais e no Plano Diretor de Terrenos e Edificações do Distrito Federal, aprovada
Ordenamento Territorial. anualmente pela Câmara Legislativa do Distrito
Federal, e publicada no DODF para fins de IPTU.
Parágrafo único. Continuarão a prevalecer, por serem
consideradas normas especiais, as leis que Art. 27. O preço público corresponderá a vinte
estabeleçam normas de ocupação de área pública centésimos por cento do valor da área situada fora dos
específicas para determinado lote ou setor. limites do lote ou projeção, observada a fórmula:
preço público = A÷B x C x 0,002, sendo que:
Art. 21. Os projetos de arquitetura aprovados, os I - “A” corresponde ao valor constante da Pauta de
alvarás de construção expedidos e os contratos de Valores Venais de Terrenos e Edificações do Distrito
concessão de uso vinculados à ocupação de áreas Federal;
públicas firmados sob a égide das Leis II - “B” corresponde à área do lote ou projeção em
Complementares nº 130, de 19 de agosto de 1988, e metros quadrados, e;
nº 388, de 1º de junho de 2001, continuam válidos, III - “C” corresponde à área objeto da concessão em
produzindo os efeitos decorrentes, podendo ser metros quadrados.
expedidos os alvarás de construção, as cartas de
habite-se ou ambos, conforme o caso. Parágrafo único. O preço público será calculado pelo
órgão de licenciamento da Administração Regional da
Parágrafo único. Para fins de modificação dos projetos circunscrição onde ocorrer a ocupação.
de arquitetura de que trata o caput, ficarão mantidas
as áreas públicas previamente licenciadas. Art. 28. O pagamento do preço público de que trata o
artigo anterior será anual, com vencimento até 31 de
Art. 22. O agente público que, por ação ou omissão, janeiro de cada ano, admitindo-se o parcelamento em
descumprir o disposto nesta Lei Complementar até três vezes, corrigido conforme disposto na Lei
responderá civil, penal e administrativamente e, Complementar nº 435/2001, desde que a parcela não
também, quando for o caso, por crime de seja inferior a R$ 68,00 (sessenta e oito reais).
responsabilidade. § 1º O pagamento referente à concessão será feito por
meio de Documento de Arrecadação - DAR, com o
Art. 23. O Poder Executivo regulamentará esta Lei Código 3695 em moeda corrente, depositado na conta
Complementar no prazo de sessenta dias. do FUNDURB.

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§ 2º No ato da assinatura do contrato será cobrado o
Art. 24. Esta Lei Complementar entra em vigor na data valor referente ao uso da área pública, objeto da
de sua publicação. concessão, proporcional aos meses de efetivo uso da
área objeto da concessão, até o término do exercício
Art. 25. Revogam-se as disposições em contrário, em fiscal, na razão mínima de um doze avos,
especial a Lei Complementar nº 388, de 1º de junho contados a partir do licenciamento da obra.
de 2001, e a nº 130, de 19 de agosto de 1998. § 3º Fica isento do pagamento do preço público o
contrato de Concessão de Direito Real de Uso Onerosa
Brasília, 28 de janeiro de 2008. cujo valor total anual seja inferior a R$ 34,00 (trinta e
120º da República e 48º de Brasília quatro reais).
José Roberto Arruda § 4º Para o processo de concessão de direito real de
uso onerosa deverá ser nomeado um executor na
Administração Regional correspondente, que ficará
responsável pelo acompanhamento do contrato.
§ 5º A emissão da Carta de Habite-se pela
Administração Regional fica condicionada à
comprovação do pagamento total do preço público
devido no ano de sua expedição.

CAPÍTULO IV
DOS PROCEDIMENTOS

Art. 29. Os procedimentos a serem observados para o


licenciamento da edificação, objeto de Concessão de
Direito Real de Uso, serão os seguintes:
I - o interessado submeterá à aprovação da
Administração Regional o projeto arquitetônico,
acompanhado dos documentos previstos no CE/DF e
das consultas aos órgãos e às entidades responsáveis
pela infra-estrutura urbana, quanto à interferência de
redes existentes ou projetadas;
II - as áreas situadas fora dos limites do lote ou
projeção decorrentes de Concessão de Direito Real de
Uso serão discriminadas em parcelas, que totalizarão a
área sujeita à concessão de que trata o caput deste
artigo, por pavimento e tipo de ocupação, pelo
órgão responsável pela aprovação de projetos;
III - após a aprovação do projeto e requerido o Alvará
de Construção, nos termos exigidos no Código de
Edificações do Distrito Federal, o processo será
encaminhado à PGDF para a lavratura do termo
contratual específico com o Distrito Federal,
acompanhado de cópias autenticadas dos seguintes
documentos:
a) Escritura de Compra e Venda;
b) Certidão de Ônus atualizada;
c) Contrato social atualizado da concessionária, se
pessoa jurídica;
d) Memorial de incorporação ou instrumento de
instituição do condomínio;
e) Convenção do condomínio da edificação, ata da
assembléia que instituiu o síndico e
ata da assembléia que autorizou a assinatura do
contrato pelo síndico, quando se tratar de condomínio;
f) Procuração ou documento que confira a
representação legal para assinatura do contrato;
g) Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica ou CNPJ da

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Concessionária;
h) Documentos do representante da Concessionária
DECRETO Nº 29.400, DE 14 DE AGOSTO DE 2008 (RG e CPF);
DODF DE 15.08.2008 i) Prova de regularidade atualizada na data da
CAPÍTULO I assinatura do contrato, junto à Secretaria
DO OBJETO da Receita Federal, Procuradoria da Fazenda Nacional,
FGTS, Secretaria da Fazenda do Distrito Federal e
INSS.
Art. 1º. Este Decreto regulamenta o artigo 4º,
IV - Em caso de inexigibilidade de licitação, a hipótese
inciso IV, da Lei Complementar Distrital nº 755, de 28
deverá ser atestada pela PGDF, com a devida
de janeiro de 2008, dispondo sobre a utilização de
publicação no Diário Oficial do Distrito Federal - DODF;
área pública para implantação de instalação técnica do
V - a PGDF registrará em livro próprio e publicará o
tipo central destinada ao armazenamento de gás
extrato do contrato no DODF;
liquefeito de petróleo - GLP ou gás natural no Distrito
VI - após o registro em livro próprio, o concessionário
Federal.
registrará o contrato no Cartório de Registros de
CAPÍTULO II
Imóveis competente e, posteriormente, encaminhará a
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
comprovação do registro à PGDF para as anotações
Art. 2º. Para efeitos deste Decreto, o local destinado
pertinentes;
ao armazenamento de gás, de que dispõe o artigo 1º,
VII - O processo será devolvido à Administração
será denominada central de gás.
Regional para emissão do Alvará de Construção, que
apresentará em campo de observações, a citação do
Art. 3º. A ocupação de área pública será formalizada
extrato do termo contratual referente à ocupação
por meio de concessão de direito real de uso não-
objeto de concessão.
onerosa, conforme dispõe a Lei Complementar nº
VIII - A instrução do processo de que trata o inciso III
755/2008.
deste artigo, nos casos de Concessão de Direito Real
de Uso Onerosa constará de:
Art. 4º. A concessão de direito real de uso não-
a) documento que comprove o valor do imóvel
onerosa de área pública para central de gás será
conforme a Pauta de Valores Venais de Terrenos e
objeto de contrato efetivado entre o Distrito Federal e
Edificações do Distrito Federal;
o proprietário do imóvel, o síndico ou o representante
b) memória de cálculo determinando o valor do preço
legal da unidade imobiliária vinculada à central de gás,
público.
nos termos da Lei.
§ 1º As consultas aos órgãos e às entidades
responsáveis pela infra-estrutura urbana
Art. 5º. A implantação da central de gás em área
tratadas no Inciso I, deverão ter prazo de validade não
pública será objeto de licenciamento, após a efetivação
inferior a seis meses e serão
do contrato de que trata o artigo anterior, observado o
expedidas no prazo máximo de trinta dias.
disposto na Lei, neste Decreto, no Código de
§ 2º O termo contratual específico constante do Inciso
Edificações do Distrito Federal - CE/DF, nas normas
III deste artigo, será assinado pelo Procurador-Geral
específicas do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito
do Distrito Federal.
Federal - CBMDF, na legislação referente ao uso e
§ 3º Por ocasião do registro a que se refere o Inciso
ocupação do solo, à preservação do patrimônio
VI, serão descritas as áreas concedidas, vinculadas à
histórico e artístico, ao meio ambiente, à segurança, à
cada unidade imobiliária, em metros quadrados ou em
saúde e demais normas atinentes à matéria.
fração ideal, tendo como base o memorial de
incorporação ou o instrumento de instituição do
Art. 6º. A central de gás deverá, de acordo com o tipo
condomínio apresentado pelo empreendedor ou
de medição e de sua localização em relação ao nível
síndico.
do solo, apresentar-se da seguinte forma:
§ 4º Nos casos em que o contrato de concessão de
I - quanto ao tipo de medição:
direito real de uso onerosa for firmado posteriormente
a) coletiva com medidores individuais para os usuários;
à emissão do Alvará de Construção, deverá ser
b) coletiva com medidor único;
apresentado certificado negativo de débito, expedido
c) individual sem medidor.
pela Administração Regional, referente ao uso
II - quanto à sua localização em relação ao nível do
da área pública, no período compreendido entre a data
solo:
da expedição do Alvará e a assinatura do contrato.
a) de superfície, quando o recipiente transportável ou
estacionário e acessórios, encontrar-se no nível do
Art. 30. Nos casos de Concessão de Direito Real de
solo, devidamente delimitada;
Uso Onerosa, a emissão do Alvará de Construção e da
b) aterrada, quando o recipiente estacionário estiver
Carta de Habite-se fica condicionada à comprovação
protegido por taludes com recobrimento de terra

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compactada, mantendo-se trinta centímetros, no da quitação do preço público devido pela ocupação de
mínimo, entre qualquer ponto do costado do recipiente área pública, até a data de expedição dos respectivos
e o nível do solo; documentos.
c) enterrada, quando o recipiente estacionário for
instalado de modo a manter profundidade mínima de Parágrafo único. O comprovante do recolhimento do
trinta centímetros, medida entre a tangente do topo do valor do preço público para obras iniciais será exigido
recipiente e o nível do solo. para a expedição do Alvará de Construção, não sendo
necessária a sua apresentação para a aprovação do
Art. 7º. A central de gás em área pública abastecida a projeto.
granel será obrigatoriamente:
I - enterrada ou aterrada, quando se tratar de depósito Art. 31. O Administrador Regional fará constar do
com capacidade superior a quinhentos e quarenta Alvará de Construção a discriminação dos quantitativos
quilogramas, conforme o Anexo I; de área pública ocupada por concessão de direito real
II - em superfície, colada na edificação, quando se de uso, nos termos do art. 42 do Decreto nº
tratar de depósito com capacidade igual ou inferior a 19.915/98, para a área que será objeto contratual e
quinhentos e quarenta quilogramas. para a compensação de área deverá ser informada a
sua aplicação, nos termos do § 3º do artigo 6º da Lei
§ 1º A central de gás será instalada em harmonia com Complementar nº 755/08.
a topografia e adaptada ao tratamento paisagístico do
entorno. Parágrafo único. No projeto de arquitetura
apresentado para aprovação na Administração
§ 2º É permitida uma única central de gás por Regional deverão ser identificadas as áreas objeto de
edificação, que atenderá a todas as unidades concessão de direito real de uso e aquelas objeto de
imobiliárias que a compõem, observado o disposto no compensação de área.
artigo 28.
CAPÍTULO V
Art. 8º. A central de gás em área pública deverá DAS SANÇÕES
possuir:
I - sinalização de advertência em placa, na quantidade Art. 32. O inadimplemento do pagamento do preço
necessária à sua visualização de qualquer direção de público acarretará juros de mora, multa, correção
acesso à central de gás e ao caminhão de monetária, inclusão na dívida ativa, conforme
abastecimento, com fundo em material refletor na cor legislação específica.
branca, largura e altura de cinqüenta centímetros,
letras na cor preta não menores que cinco Art. 33. As ocupações em área pública previstas na Lei
centímetros, contendo as advertências “PERIGO - Complementar que estiverem em desacordo com as
Inflamável - Não Fume”, respectivos símbolos e determinações da referida lei e deste Decreto estarão
identificação da sociedade empresária responsável, sujeitas às sansões previstas no Código de Edificações
conforme Anexo II; do Distrito Federal.
II - verso da placa de sinalização pintado na cor verde
pantone 364c. Parágrafo único. O extrato do termo contratual
administrativo e sua compatibilidade com a edificação
Art. 9º. A central de gás enterrada ou aterrada serão verificados pelo agente responsável pela
possuirá as seguintes características: fiscalização, quando do acompanhamento de obras ou
I - proteção constituída de suportes verticais com vistoria para fins da emissão da Carta de Habite-se.
oitenta centímetros de altura acima do nível do solo e
diâmetro de duas polegadas e meia; barras horizontais CAPÍTULO VI
com diâmetro de duas polegadas, pintados na cor DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
verde pantone 364c, nos termos dos Anexos I e III;
II - altura máxima de trinta centímetros entre o topo Art. 34. As ocupações de área pública de que trata a
da caixa de visita de recipiente e o nível do solo; lei aqui regulamentada dependerão da aprovação da
III - tratamento da superfície acima do reservatório, Administração Regional respectiva, consultados os
que será dado com cobertura de brita delimitada por demais órgãos e entidades envolvidos, conforme as
elemento separador ou delimitador do tipo meio-fio exigências determinadas para cada tipo de ocupação.
sem pintura, com altura de cinco centímetros acima do
nível do solo.
Art. 35. Será de inteira responsabilidade dos
Art. 10. O detentor da concessão da central de gás concessionários a elaboração e execução dos projetos

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arcará com o ônus de eventuais danos a redes de arquitetônicos e complementares e, quando
serviços públicos e privados instalados, bem como da necessário, a reurbanização da superfície, bem como
recuperação da área pública utilizada, de acordo com os custos provenientes de remanejamento ou
projeto de urbanismo respectivo e com as recuperação das redes de serviços públicos, ou
recomendações do órgão ou entidade competente quaisquer ônus decorrentes da execução do contrato.
quanto ao plantio de espécies vegetais na área, nos
temos da legislação pertinente. Art. 36. No caso de agrupamento de lotes que
constituam uma única edificação, os parâmetros a
Art. 11. Serão garantidos o acesso, a integridade e a serem respeitados para a ocupação de área pública de
manutenção de redes aéreas e subterrâneas, caixas de que trata a Lei Complementar nº 755/08 e esta
passagem e medidores dos órgãos e entidades regulamentação, serão aqueles referentes ao lote
responsáveis pela infra-estrutura urbana do Distrito originário.
Federal.
Art. 37. A regulamentação da ocupação de área
CAPÍTULO III pública por concessão de uso, onerosa ou não, para
DA LOCALIZAÇÃO DA CENTRAL DE GÁS implantação de infra-estrutura de energia elétrica,
telecomunicações, água, esgoto, radiodifusão sonora e
Seção I de sons e imagens, gás canalizado, entre outros
Aspectos Gerais serviços e atividades que impliquem o uso de bens do
Art. 12. A ocupação de área pública para instalação de Distrito Federal, no nível do solo, em subsolo ou em
central de gás ocorrerá exclusivamente nos casos de espaço aéreo, conforme artigo 5º da Lei
projeção e lote com cem por cento de ocupação. Complementar aqui regulamentada dar-se-á por meio
de normatização específica para cada caso.
§ 1º A central de gás localizar-se-á prioritariamente
dentro dos limites do lote, inclusive nos afastamentos Art. 38. Este Decreto entra em vigor na data de sua
mínimos obrigatórios, atendidas às normas de publicação.
segurança dos órgãos e entidades competentes.
Art. 39. Revogam-se as disposições em contrário e, em
§ 2º A localização da central de gás de que trata o especial, o Decreto n° 28.970, de 18 de abril de 2008.
caput deste artigo dar-se-á de forma contígua aos
limites do imóvel registrado em cartório, com Brasília, 09 de outubro de 2008.
afastamento máximo em relação à edificação igual ao 120º da República e 49º de Brasília
mínimo exigido pelo CBMDF. JOSÉ ROBERTO ARRUDA

Art. 13. A ocupação da área pública por central de gás


não poderá:
I - obstaculizar a circulação de pedestres;
II - interferir na largura das calçadas, conforme
dimensionamento previsto em legislação específica;
III - interferir nas redes de serviços públicos e no
sistema viário;
IV - alterar o projeto urbanístico da área;
V - implicar a retirada ou dano a espécies arbóreas;
VI - estar implantada a menos de cinco metros de
distância de praças, parques infantis e áreas
esportivas.

Parágrafo único. O acesso do caminhão de


abastecimento à central de gás não poderá dar-se
sobre calçadas e áreas verdes do entorno.

Seção II
Do Conjunto Urbanístico de Brasília
Art. 14. Com o objetivo de preservar os princípios da
cidade-parque e respeitar o tombamento do Conjunto
Urbanístico, Arquitetônico e Paisagístico de Brasília, a
localização de central de gás respeitará rigorosamente

14
aos critérios de visibilidade e acessibilidade dos
espaços públicos no conjunto urbanístico de Brasília. DECRETO Nº 29.397, DE 13 DE AGOSTO DE 2008
DODF DE 14.08.2008 - REPUBLICAÇÃO DODF DE
§ 1º Os critérios de visibilidade e acessibilidade de que 28.08.2008
trata o caput deste artigo visam à manutenção do uso
livre e coletivo dos espaços públicos abertos, com o
Regulamenta o artigo 5º da Lei Complementar
predomínio de gramados generosos e arborizados.
nº 755, de 28 de janeiro de 2008, no que se
refere à implantação de infra-estrutura de
§ 2º Entende-se por Conjunto Urbanístico de Brasília a
energia elétrica do tipo subestação de
área definida no artigo 1º, § 2º da Portaria nº 314, de
distribuição e dá outras providências.
08 de outubro de 1992, do Instituto Brasileiro do
Patrimônio Cultural - IBCP.
O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das
Art. 15. Visando a preservação dos critérios referidos atribuições que lhe confere o artigo 100, incisos VII e
no artigo 14, a implantação de central de gás no XXVI da Lei Orgânica do Distrito Federal, DECRETA:
Conjunto Urbanístico de Brasília obedecerá, além do
disposto nesta regulamentação, aos seguintes Art. 1º. A implantação de infra-estrutura de energia
requisitos específicos: elétrica do tipo subestação de distribuição nas áreas
I - não incidir sob ou sobre a faixa verde de públicas do Distrito Federal, no nível do solo, semi-
emolduramento da Superquadra; enterrada e em subsolo, poderá ser feita mediante
II - não estar localizada nas áreas non-aedificandi do concessão de uso não-onerosa, nos termos
canteiro central do Eixo Monumental; estabelecidos neste Decreto.
III - não estar localizada nas faixas de trinta metros
adjacentes ao Eixo Monumental; §1º Considera-se subestação de distribuição a
IV - adequar-se ao projeto de urbanismo e paisagismo instalação destinada à transformação de energia
do setor, quadra ou Superquadra e não alterar, sobre elétrica.
nenhuma hipótese, a acessibilidade prevista.
§2º O disposto neste Decreto será aplicado quando
CAPÍTULO IV não houver área para subestação de distribuição
DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS definida no projeto de parcelamento do solo em
quantidade suficiente para atender às necessidades do
fornecimento de energia elétrica.
Art. 16. A aprovação da central de gás em área pública
poderá ocorrer juntamente com a aprovação do
§3º Para efeito deste Decreto considera-se
projeto arquitetônico da edificação.
concessionária de distribuição de energia elétrica no
Distrito Federal, o agente titular de concessão federal
§ 1º A expedição do Alvará de Construção para a
para explorar a prestação do serviço público de
edificação fica condicionada à aprovação da central de
distribuição de energia elétrica no território do Distrito
gás em área pública e a celebração do contrato de
Federal.
concessão de direito real de uso não-onerosa.
Art. 2º. A implantação e o funcionamento das
§ 2º A central de gás terá sua localização analisada e
subestações de distribuição serão de responsabilidade
aprovada pela unidade orgânica competente da
da concessionária de distribuição de energia elétrica no
Administração Regional, nos termos das diretrizes
Distrito Federal, que deverá observar as normas
estabelecidas na legislação específica e neste Decreto.
federais e as normas técnicas pertinentes.
§ 3º Os procedimentos relativos ao licenciamento da
Parágrafo único. Caberá, ainda, à concessionária de
edificação com central de gás em área pública
distribuição de energia elétrica no Distrito Federal
obedecerão aos mesmos critérios estabelecidos na Lei
prestar eventuais esclarecimentos à comunidade
Complementar nº 755/2008, e no Decreto nº 28.970,
envolvida sobre a implantação da subestação de que
de 18 de abril de 2008, no que se refere à Concessão
trata este Decreto, bem como quaisquer outras
de Direito Real de Uso.
informações que se fizerem necessárias, quando
solicitado.
§ 4º A aprovação da central de gás em área pública
para atendimento à edificação existente obedecerá aos
Art. 3º. A ocupação de área pública por subestação de
mesmos procedimentos definidos para a central de gás
distribuição não poderá:
de obra inicial, sendo que nesse caso, deverá ser
I – prejudicar o projeto urbanístico da área e o meio
expedida Licença para execução dos serviços.
ambiente;

15
II - prejudicar a visibilidade dos motoristas que
Art. 17. O requerimento da instalação de central de circulem em via pública;
gás coletiva ou individual em área pública para obra III - interferir na visibilidade da sinalização de trânsito;
inicial ou de modificação, será instruído com os IV - obstruir a circulação de veículos, pedestres ou
seguintes documentos: ciclistas, observada a legislação referente à
I - respostas das consultas formuladas aos órgãos e acessibilidade;
entidades responsáveis pela infra-estrutura urbana, V - inviabilizar o funcionamento das demais redes de
informando a inexistência de interferência de redes infra-estrutura urbana.
aérea ou subterrânea, implantadas ou projetadas;
II - laudo de exigência do CBMDF atestando a Art. 4º. Na definição da área a ser ocupada e das
necessidade da instalação da central de gás em área características da subestação de distribuição deverão
pública, com distâncias previstas em norma específica; ser tomadas as precauções necessárias no sentido de
III - planta de locação, em escala apropriada, minimizar inconvenientes de ordem estética,
devidamente cotada, aprovada em consulta prévia pelo urbanística e ambiental, em especial no que se refere
CBMDF quanto à localização da central; ao aspecto visual.
IV - uma via da Anotação de Responsabilidade Técnica
- ART de autoria de projeto e de instalação da central §1º Para atendimento ao disposto neste artigo a
de gás registradas no Conselho Regional de subestação de distribuição deverá atender às seguintes
Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA/DF; diretrizes:
V - uma via da Anotação de Responsabilidade Técnica I - ser obrigatoriamente implantada no subsolo quando
- ART de manutenção da central de gás, registrada no localizada em rótula ou rotatória;
CREA/DF, com prazo máximo de cinco anos; II – ser preferencialmente implantada no subsolo ou
VI - certidão de ônus reais do imóvel ou documento de maneira semi-enterrada quando localizada em
por ela formalmente reconhecido; praça, respeitado o projeto paisagístico para área,
VII - declaração do responsável pela obra de quando já elaborado.
implantação da central de gás, comprometendo-se a
efetuar a recuperação da área pública danificada, §2º Em função da dimensão da praça, das
imediatamente após a conclusão dos serviços, características do desenho urbano e de razões
conforme o disposto no artigo 10 deste Decreto; técnicas, a subestação de distribuição localizada em
VIII - comprovante de pagamento das taxas previstas praça poderá ser implantada no nível do solo,
em legislação específica. mediante solicitação da concessionária de distribuição
de energia devidamente fundamentada, que será
§ 1º Na planta de locação a que se refere o inciso III submetida à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e
deverão ser indicadas as edificações existentes, as vias Meio Ambiente para análise e anuência.
e os pontos de captação de águas pluviais próximos,
as redes de infra-estrutura urbana, as árvores, a área Art. 5º. Os procedimentos a serem observados para o
a ser ocupada, as redes de alimentação e de licenciamento das subestações de distribuição, objeto
distribuição aos usuários, bem como a sinalização de de concessão de uso não-onerosa, serão os seguintes:
segurança; I – a concessionária de distribuição de energia elétrica
submeterá à aprovação da Administração Regional o
§ 2º No caso da central de gás abastecida a granel, a projeto arquitetônico da subestação de distribuição,
planta de locação a que se refere o parágrafo anterior acompanhado dos seguintes documentos:
deverá indicar também o acesso do caminhão para a) uma cópia da planta de locação da subestação de
abastecimento. distribuição, em escala apropriada, devidamente
cotada, com as respectivas coordenadas de canto e
§ 3º No caso de mudança de fornecedor ou de dimensões, contendo edificações, vias, árvores de
profissional deverá ser apresentada nova ART de grande porte e outros elementos existentes, até a
manutenção e laudo de estanqueidade junto ao distância de 10,00m (dez metros) da subestação de
CBMDF e à Administração Regional respectiva. distribuição;
b) uma cópia do projeto arquitetônico da subestação
Art. 18. Quando se tratar de edificação sob regime de de distribuição objeto de licenciamento;
condomínio, a certidão de que trata o inciso VI do c) cópia do contrato de concessão com a Agência
artigo 17, será substituído pela Convenção do Nacional de Energia Elétrica – ANEEL;
Condomínio, ata da assembléia que instituiu o síndico d) anuência da Secretaria de Desenvolvimento Urbano
e ata da assembléia que deliberou a assinatura do e Meio Ambiente quanto à localização e aos aspectos
contrato pelo síndico, todos devidamente registrados urbanísticos que envolvem a área pública a ser
em cartório. ocupada pela subestação de distribuição, bem como

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sobre a interferência com áreas objeto de
§ 1º Para a edificação sob regime de associação, será parcelamento ou intervenções urbanas;
apresentado o estatuto da associação, a ata que e) resposta da consulta às entidades responsáveis pela
nomeou o representante da associação e a ata que infra-estrutura urbana do tipo abastecimento de água,
autorizou a assinatura do contrato pelo representante. esgotamento sanitário, drenagem pluvial e
telecomunicações, quanto à interferência de redes
§ 2º Para atendimento a edificação sem regime de existentes ou projetadas;
condomínio ou de associação constituídos, o contrato f) uma via da Anotação de Responsabilidade Técnica –
será plúrimo. ART do responsável técnico do projeto e da obra,
registrada no Conselho Regional de Engenharia,
Art. 19. Após a aprovação da localização da central de Arquitetura e Agronomia do Distrito Federal –
gás e requerido o licenciamento, o processo CREA/DF;
devidamente instruído pela unidade responsável da g) anuência do Departamento de Estradas de
Administração Regional respectiva, será encaminhado Rodagem do Distrito Federal – DER/DF, quando
à Procuradoria Geral do Distrito Federal - PGDF para a localizada nas faixas de domínio das rodovias do
lavratura do Contrato de Concessão de Direito Real de Sistema Rodoviário do Distrito Federal;
Uso Não-Onerosa, que o celebrará em nome do h) anuência da Companhia do Metropolitano do
Distrito Federal. Distrito Federal – Metrô/DF, quando localizada nas
faixas de domínio do metrô.
§ 1º A localização da central de gás constará do II - após a aprovação do projeto e requerido o Alvará
extrato do contrato de concessão de direito real de uso de Construção, nos termos exigidos no Código de
não-onerosa. Edificações do Distrito Federal - COE/DF, o processo,
devidamente instruído, será encaminhado à
§ 2º Deverá constar como cláusula do contrato de que Procuradoria Geral do Distrito Federal - PGDF para a
trata este artigo que: lavratura do termo contratual específico com o Distrito
a) o contrato poderá ser rescindido a qualquer tempo, Federal;
mediante decisão fundamentada em parecer técnico III - a PGDF justificará a inexigibilidade de licitação,
de órgão competente ou em legislação específica, com a devida publicação no Diário Oficial do Distrito
observado o interesse público, sem que seja Federal - DODF;
necessário qualquer tipo de ressarcimento ao IV - a PGDF registrará em livro próprio e publicará o
concessionário; extrato do contrato no DODF;
b) não havendo interesse por parte do proprietário ou V - o processo será devolvido à Administração Regional
seu representante legal na permanência da central de para emissão do Alvará de Construção, que
gás, este poderá requerer a rescisão do Contrato a apresentará no campo de observações, a citação do
qualquer tempo; extrato do termo contratual referente à ocupação
c) a rescisão de que trata a alínea a, dar-se-á com a objeto de concessão.
prévia quitação das taxas devidas, a desobstrução e a
recuperação da área pública pelo interessado e a Art. 6º. Será de inteira responsabilidade da
expedição de laudo do CBMDF atestando a desativação concessionária de distribuição de energia elétrica no
das instalações. Distrito Federal, a elaboração e execução dos projetos
arquitetônicos e complementares e, quando
§ 3º A ocupação de área pública por concessão de necessário, a reurbanização da superfície, bem como
direito real de uso não-onerosa não dispensa o os custos provenientes de remanejamento ou
pagamento das taxas de fiscalização previstas em recuperação das redes de serviços públicos, quando se
legislação específica. fizer necessário ou quaisquer ônus decorrentes da
execução do contrato.
Art. 20. O contrato de concessão de direito real de uso
não-onerosa constitui-se no documento hábil que Art. 7º. As ocupações em área pública previstas na Lei
possibilita a ocupação da área púbica com a central de Complementar nº 755, de 28 de janeiro de 2008, que
gás e a sua efetiva implantação dar-se-á por meio do estiverem em desacordo com as determinações da
licenciamento. referida lei e deste Decreto estarão sujeitas às sanções
previstas no Código de Edificações do Distrito Federal.
Art. 21. O setor responsável pela licença expedida da
Administração Regional encaminhará cópia do Parágrafo único. O extrato do termo contratual
formulário do Anexo IV devidamente preenchido à administrativo e sua compatibilidade com a edificação
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e serão verificados pelo agente responsável pela
Meio Ambiente do Distrito Federal - SEDUMA para fins fiscalização, quando do acompanhamento de obras ou

17
de cadastramento e à Agência de Fiscalização do vistoria para fins da emissão da Carta de Habite-se.
Distrito Federal - AGEFIS para controle e fiscalização.
Art. 8º. Nos termos do que estabelece o artigo 15 da
§ 1º A SEDUMA procederá às devidas atualizações no Lei Complementar nº 755, de 28 de janeiro de 2008, a
Sistema de Informação Territorial e Urbana do Distrito concessionária de distribuição de energia elétrica
Federal - SITURB. encaminhará cópia do projeto da subestação de
energia elétrica licenciado à Secretaria de
§ 2º A AGEFIS manterá cadastro para verificação do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente para fins de
vencimento do prazo da ART de manutenção de que gerenciamento e alimentação do Sistema de
trata o inciso V do artigo 17, para fins de solicitação de Informação Territorial e Urbana do Distrito Federal –
sua renovação. SITURB, ficando obrigada a informar sobre qualquer
alteração ou expansão.
CAPÍTULO V
DAS SANÇÕES Art. 9º. Este Decreto entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 22. O não cumprimento do disposto neste Decreto
implicará as sanções previstas no CE/DF e na Lei Art. 10. Revogam-se as disposições em contrário.
Complementar nº 755/2008 e seus respectivos
regulamentos, sem prejuízo da legislação específica
contra incêndio e pânico.

CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 23. Poderá a Administração Regional competente


emitir licenciamento para a central de gás que não se
enquadrar nos parâmetros estabelecidos neste
Decreto, desde que o interessado comprove o
impedimento por laudo técnico e respectiva ART
registrada no CREA/DF de profissional habilitado,
respaldado por parecer do CBMDF e com a oitiva da
SEDUMA.

Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não


se aplica à Faixa Verde de emolduramento das
Superquadras.

Art. 24. Os órgãos e entidades responsáveis pela infra-


estrutura urbana terão prazo de trinta dias para
pronunciamento sobre as consultas previstas no inciso
I do artigo 17, a contar da data de protocolo no
referido órgão e deverão ter prazo de validade de no
mínimo seis meses.

Parágrafo único. Expirado o prazo para o


pronunciamento, o interessado dará ciência formal à
autoridade superior dos respectivos órgãos e entidades
de que trata o caput deste artigo, à qual caberá
providenciar apuração de responsabilidade na omissão.

Art. 25. Caberá aos responsáveis pela implantação e


manutenção da central de gás prestar esclarecimentos
à comunidade envolvida, sobre os projetos específicos
e quaisquer outras informações que se fizerem
necessárias, quando solicitado.

Art. 26. Os atuais ocupantes de área pública com

18
central de gás, que porventura não se encontrarem
legalizados, providenciarão a regularização da
respectiva ocupação, no prazo máximo de 180 (cento
e oitenta) dias, a contar da data da publicação deste
Decreto.

Parágrafo único. Findo o prazo previsto no caput deste


artigo, a Administração Regional, o CBMDF e a
AGEFIS, adotarão as providências cabíveis, conforme
suas atribuições.

Art. 27. Os atuais contratos de concessão já efetivados


pela Administração Pública, permanecem em vigor e
estão sujeitos ao pagamento da taxa de fiscalização,
prevista em legislação específica.

Parágrafo único. Vencidos os contratos, de que trata o


caput deste artigo, o interessado deverá adequar-se ao
que dispõe este Decreto.

Art. 28. O Poder Executivo poderá, a qualquer tempo,


optar pelo agrupamento das centrais de gás para
implantação da infra-estrutura de gás canalizado por
Concessão de Uso, conforme dispõe o artigo 5º da Lei
Complementar nº 755 de 28 de janeiro de 2008.

§ 1º No caso previsto no caput deste artigo, o Distrito


Federal fica isento de responsabilidade por indenização
de qualquer espécie, inclusive por benfeitorias ou
acessões, ficando o ônus de eventuais
remanejamentos a cargo do responsável pela
implantação da infra-estrutura.

§ 2º Os concessionários das centrais de gás existentes


providenciarão a remoção e desconstituição, bem
como a recuperação da área pública ocupada no prazo
máximo de noventa dias a contar da data de
implantação do novo sistema.

Art. 29. Este Decreto entra em vigor na data de sua


publicação.

Art. 30. Revogam-se as disposições em contrário.


Brasília, 14 de agosto de 2008
120º da República e 49º de Brasília
JOSÉ ROBERTO ARRUDA

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