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GESTÃO

ESTRATÉGICA
NA OBRA
SHALOM
UM GUIA PARA
AS MISSÕES

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO


APRESE N T A Ç Ã O
Você tem em mãos um rico material, cuja
utilidade vai muito além da elaboração dos
Planejamentos Estratégicos, pois visa contribuir
para uma GESTÃO ESTRATÉGICA nas nossas
missões.
Sabemos que: “... é vontade de Deus nossa
profissionalização para o bem da Obra” (Pf,01).
Este Guia, sinal da Divina Providência, que já
foi testado e aprovado pelo resultado exitoso
nas missões durante o ano de 2010, servirá
de instrumento para trabalharmos com mais
profissionalismo e alcançarmos sempre
melhores frutos para a Vinha que o Senhor nos
confiou.
Que Deus nos conceda a graça de darmos
abundantes frutos.
Shalom!

João Edson Queiroz


Assistente Geral
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
“Uma lanchonete para evangelizar” 4

ORIENTAÇÕES GERAIS
Elaboração do Planejamento Estratégico 8

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Passo a passo 9
Missão 9
Visão de Futuro 9
Análise Ambiental 12
Objetivos 17
Indicadores 18
Metas 21
Plano de Ação 22

Tempestade de Ideias 23

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Profissionalização 30
Aprovação 30
Gestão Estratégica 30
Reuniões Estratégicas 31
Treinamentos 32

ANEXO
Sugestão de cronograma 33

Bibliografia 34
INTRODUÇÃO
“Uma lanchonete
para evangelizar”

G Eficiência e Eficácia
ostaria de introduzir este guia
que elaboramos para todas as
missões da Comunidade Sha- A eficiência é o modo de agir rea-
lom citando um artigo dos Estatutos lizando corretamente atividades, resol-
que fala sobre a espiritualidade da vendo os problemas e cumprindo tare-
nossa vida apostólica. fas e obrigações. Sendo assim, é uma
“Cada membro, Casa ou Célu- habilidade muito boa de se desenvol-
la comunitária empenhe todas ver para qualquer pessoa ou profissio-
as suas forças em vista do bom nal. É bom ser eficiente, mas podemos
crescimento e desenvolvimento dizer que a atitude de quem é eficiente,
da Obra que o Senhor nos con- é uma atitude com foco nos meios. A
fiou, consumindo sua vida para
eficácia, por outro lado, é o modo de
que a parte da Obra que lhe foi
confiada produza abundantes
agir fazendo as coisas certas, atingindo
frutos de eficácia e santidade.” objetivos e obtendo resultados, ou seja
(ECCSh, art. 55) uma atitude com foco nos fins. Portan-
to, muito melhor é ser eficaz e atingir os
Podemos entender aqui, além dos resultados desejados.
membros, casas e células, que a mis- Não é por acaso que os documen-
são como um todo deve se empenhar tos mais importantes da Comunidade
para produzir abundantes frutos de tragam termos como eficácia – é bom
eficácia e santidade. Logo, é oportuno lembrar que um dos primeiros Escri-
explicar o significado do termo efi- tos da nossa Vocação trata do tema
cácia e diferenciá-lo de eficiência, os da “Profissionalização” –, pois, se vol-
quais tantas vezes são confundidos. tarmos nosso olhar para o nascimen-
4
GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

to da Obra Shalom, veremos que ela


foi acompanhada de uma estratégia.
Como assim? No início, tínhamos
uma inquietação em nossos cora-
ções, um objetivo, que era evange-
lizar os jovens. Precisávamos, então,
de uma estratégia para que pudés-
semos atingi-lo. Foi neste momento
que veio a inspiração de Deus: uma
lanchonete. Eis a estratégia: “Uma
nhos é necessária porque o mundo
lanchonete para evangelizar!”.
a nossa volta é complexo e repleto
de opções. Por exemplo, no governo
“Uma lanchonete para de uma missão, precisamos lidar com
diversos desafios, tais como: as ações
evangelizar!” de evangelização, a estrutura das ca-
Henry Mintzberg (2000), no livro sas, o sustento da Comunidade, as
Safári de Estratégia, diz que “a estra- questões pessoais dos irmãos, o re-
tégia representa uma adequação fun- lacionamento eclesial, as solicitações
damental entre as oportunidades ex- do Governo Geral, etc. Logo, uma es-
ternas e as capacidades internas”. Esta tratégia é necessária. Sendo assim, é
definição nos faz lembrar uma ferra- necessário que se tenha uma estra-
menta muito utilizada para elaboração tégia, pois esta nos ajuda a lidar com
de planejamento estratégico, chama- a complexidade do mundo a nossa
da de Matriz S.W.O.T. (ou matriz F.O.F.A., volta, não apenas nos auxiliando na
em português, uma sigla para forças, seleção de prioridades, como tam-
oportunidades, fraquezas e ameaças). bém direcionando nosso foco para os
No entanto, os planejamentos resultados que desejamos.
que realizamos na Comunidade não Na verdade, todos nós desenvol-
são simplesmente uma adequação vemos nossa forma de lidar com o
de fatores positivos e negativos ex- mundo. Aprender o modelo de ges-
ternos a nós, ou das capacidades que tão estratégica das nossas atividades
temos ou deixamos de ter para cum- apostólicas nos auxilia a avaliar se o
prir a nossa missão. Sem tirar os pés nosso modo está sendo eficaz, caso
do chão e tendo uma boa consciên- não esteja, nos dá a oportunidade de
cia de todas essas realidades, nossos mudar (para melhor).
planejamentos são fruto de uma rela- Por essa razão, apresentamos ain-
ção da vontade de Deus com a Graça, da, na introdução deste guia, o Ciclo
que Ele nos concede para acolhê-la e PDCA, ou ciclo da melhoria contínua:
vivê-la com amor e fervor. No primeiro quadrante, o “P”
Podemos dizer que as estratégias significa Planejar (plan, em inglês) e
são caminhos que escolhemos para refere-se ao processo de elaboração
cumprirmos a nossa missão, e esta do planejamento de uma missão ou
escolha, ou discernimento, de cami- setor. Isto é, definir missão, visão de
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GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

futuro, realizar a análise ambien- e melhoria, logo, deve ser contí- tempo entre as ações estraté-
tal, definir objetivos, indicadores, nua. Não podemos, no final de gicas e o dia a dia;
metas e planos, enfim, realizar o cada ano, definir o que faremos >> Inexistência de avaliação da
trabalho de reflexão e discerni- e como faremos as atividades da execução da estratégia, ou
mento do que buscaremos no(s) missão, achando que nada de seja, falta de ritmo no ciclo da
próximo(s) ano(s). No segundo novo ou diferente poderá acon- melhoria contínua (PDCA);
quadrante, o “D” significa Desen- tecer, ou que exigirá mudar os >> Ausência de incentivo (afetivo
volver ou Fazer (do, em inglês, fa- nossos planos. Para isso, seria ou efetivo) para os colaborado-
zer), ou seja, é a fase de executar necessário assumir que temos a res e equipes que contribuem
o que foi planejado. capacidade de prever o curso do com a execução da estratégia
O terceiro quadrante traz a ambiente, controlá-lo ou simples- e com o alcance dos resultados
letra “C”, que significa Checar ou mente assumir sua estabilidade. É esperados.
Avaliar (check, em inglês), apresen- necessário criar um ritmo de pla-
tando a necessidade fundamental nejamento, execução, avaliação e Ao consideramos a gestão es-
de constantemente avaliarmos se ação para fazer o PDCA rodar! tratégica um processo de apren-
estamos alcançando os resultados Algumas pesquisas investiga- dizado contínuo e de melhoria,
esperados e se os nossos planos ram qual o percentual de plane- evitamos os obstáculos acima
estão realmente nos ajudando a jamentos estratégicos que não mencionados, e propomos às
alcançá-los. Sem a missão criar um foram executados e os respecti- autoridades da Comunidade al-
ritmo de avaliação, é muito difícil vos motivos. Podemos dizer que guns princípios para desenvol-
que ela se desenvolva de uma for- o percentual é bem alto, e os mo- ver uma inteligência coletiva nas
ma sustentável. O sentido dessa tivos apresentamos a seguir, para missões. Estas são algumas prá-
avaliação se encontra no último que as autoridades da Comunida- ticas ou “filosofias” que auxiliam
quadrante do ciclo, que traz a letra na criação e transmissão de co-
de possam evitá-los a fim de atin-
“A” com o significado de Agir (act, nhecimento na missão:
girem os objetivos pretendidos.
em inglês). 1. As missões podem aprender
Ao compararmos os resulta- tanto com o fracasso quanto
dos alcançados com os preten- Por que os com o sucesso;
didos pelo nosso planejamento planejamentos 2. Uma missão que aprende rejei-
e verificarmos que obtivemos ta o ditado “se não está quebra-
êxito, nossa ação pode ter o sen- estratégicos não são do, não conserte”;
tido de padronização do proce- executados? 3. As missões que aprendem as-
dimento realizado com sucesso, sumem que as pessoas mais
mas se, ao contrário, verificarmos >> Pouco domínio sobre os con- envolvidas diretamente com
que não atingimos nossa meta, ceitos de estratégia; a evangelização, com o pas-
termos a oportunidade de desco- >> As pessoas envolvidas com o toreio, sabem mais a respeito
brir juntos o que poderá ser feito trabalho não conhecem a es- dessas atividades do que pes-
para entrarmos nos trilhos. Neste tratégia (ou o planejamento) soas que passam mais tempo
caso, a ação corretiva pode ser da organização; em salas fechadas;
de execução de novas ações ou, >> Ausência de liderança, moti- 4. Uma missão que aprende bus-
capacitação para adquirirmos a vando e conduzindo a equipe ca de forma ativa, transferir
competência necessária para de- no foco da estratégia; internamente conhecimento e
senvolver o planejamento. >> Insuficiência de recursos ou práticas exitosas de uma parte
O mais importante é compre- falta de planejamento orça- para outra;
endermos que a gestão estratégi- mentário; 5. As missões que aprendem des-
ca é um processo de aprendizado >> Conflito na administração do pendem esforços olhando para
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GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

1. Missão

2. Visão

3. Análise
Ambiental

Objetivos 4. Objetivos

Indicadores 5. Indicadores
e Metas e 6. Metas

Plano de Ação 7. Plano de Ação

fora de seus limites em busca de tratado com mais detalhes neste


conhecimento. documento);
>> A metodologia de acompanha-
Com essas explicações introduzi- mento e a avaliação do planeja-
mos o Guia de Gestão Estratégica na mento (o check, do PDCA).
Obra Shalom e apresentamos:
>> A estrutura básica do processo A Paz,
de elaboração do planejamento Secretaria de Planejamento e
estratégico (que será o assunto Gestão
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ORIENTAÇÕES
GERAIS
Elaboração do
Planejamento
Estratégico
Duração, participantes e outras orientações
O Planejamento Estratégico nas mis- Em quanto tempo?
sões leva, em média, o tempo de duas se- Devido ao envolvimento de um maior
manas para ser elaborado e acontece em número de pessoas nessa fase, incluindo
duas etapas: mais irmãos da CAl e da Obra, essa fase
levará, aproximadamente, uma ou duas
1º Etapa: semanas. Os horários de trabalho ficam a
Quem participa? cargo do Coordenador da equipe, mas a
O Conselho Local e algumas pessoas conclusão dos trabalhos não deve ultra-
convidadas da Comunidade e da Obra, pela passar esse tempo.
função que exercem ou pela contribuição
que podem dar, formando um grupo de Espírito de oração
aproximadamente 12 pessoas ou mais. O Moysés nos diz que “Planejamento
estratégico é o discernimento da vontade
O que irão fazer? de Deus”. Isto traduz para nós o caráter de
Este grupo irá trabalhar na maior parte oração e escuta que devemos dar a esse
do Planejamento: Missão, Visão de futuro, trabalho de construção do planejamento.
Análise Ambiental, Objetivos Estratégicos, É importante que comecemos cada
Indicadores e Metas. trabalho com uma oração profunda de
clamor ao Espírito e que todo o retiro seja
Em quanto tempo? marcado pela escuta da voz de Deus, seja
Precisarão de, pelo menos, 15 horas de nas orações comunitárias, pessoais ou no
trabalho, o equivalente a um final de sema- desenvolvimento das atividades.
na completo, da sexta à noite ao domingo
à tarde. Outras orientações
Apresentamos uma sugestão do crono- >> Antes do início do Retiro e dos traba-
grama desta etapa em anexo a este Guia. lhos do Planejamento, é de grande im-
portância que os participantes das duas
2º Etapa: etapas leiam previamente o Documen-
Quem participa? to da última Assembleia Geral, que ilu-
Cada coordenador de ministério, setor mina a caminhada futura da Comunida-
ou secretaria, seu respectivo núcleo e con- de. Esse documento serve de base para
vidados. nossas Metas e Estratégias durante os
Poderá ser convidado a participar qual- cinco anos de seu regimento.
quer pessoa da Obra que possa contribuir >> Elaboraremos o Planejamento para,
com ideias para o Plano de Ação. pelo menos, 1 ano;
>> Estaremos levando em consideração
O que irão fazer? o Calendário Civil. Planejaremos de
Essas equipes construirão os Planos Janeiro a Dezembro. Não seguiremos
de Ação do seu setor, visando alcançar as mais o calendário escolar como fazí-
metas que lhes forem dadas pelo Conselho amos antes em algumas missões da
Local da Missão. Europa.
8
Planejamento
Estratégico
Passo a passo

Apresentaremos todas as seções


deste “passo a passo” da elaboração
do Planejamento Estratégico em três
etapas: 1) Aprendendo – onde mos-
traremos uma definição sobre o con- “Profissionalizar para evangelizar”
ceito; 2) Exemplos e 3) Construindo Missão da Secretaria de Planeja-
– onde diremos como deve ser cons- mento e Gestão
truída cada parte do planejamento
Construindo:
na sua missão.
Não vamos elaborar uma missão
porque já a temos escrita nos nos-
Missão sos Estatutos, bem completa e clara,
Aprendendo: e nos foi dada por Deus através do
É a definição do que somos. É o nosso fundador. Apresente-a para a
“para que” nós existimos. equipe da reunião, explicando que
“Uma empresa não se define tudo que somos e fazemos parte
pelo seu nome, estatuto ou pro- desta mesma e única missão de toda
duto que faz; ela se define pela a Comunidade Católica Shalom.
sua missão. Somente uma de- “A comunidade tem por missão
finição clara da missão e razão contribuir para renovar a ação
de existir da organização torna evangelizadora da Igreja, com
possíveis, claros e realistas os novo ardor, novos métodos e no-
objetivos da empresa.” (Peter vas expressões. Procurará tam-
Drucker) bém transformar as atividades
seculares em meios de evangeli-
A missão precisa ser clara, com- zação e santificação do mundo”.
pleta em sua definição, objetiva, fá- (Estatutos, Cap. 1.2, Parág. 5)
cil de entender e gravar na memória
Apresente-a aos irmãos, pergun-
para que todos a tenham em mente.
te a eles se percebem realmente que
todas as nossas ações partem dessa
Exemplos:
missão, faça-os repetir, dizer para o
Veja como é fácil: a Fiat, o
colega e repitam esta missão sem-
McDonald’s e a Secretaria de Planeja-
pre que começarem os trabalhos. Os
mento e Gestão existem para
exercícios de repetição nos ajudarão
“Produzir automóveis a gravar a nossa missão.
que as pessoas desejam
comprar e tenham orgu- Visão de Futuro
lho de possuir.” Fiat
Aprendendo:
“Servir alimentos de O enunciado da visão é a des-
qualidade, com rapidez crição do futuro desejado. Esse
e simpatia, num ambien- enunciado reflete o alvo a ser
te limpo e agradável.” procurado pelos esforços individu-
McDonald’s ais e das equipes, pela alocação dos
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GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

recursos e pela graça de Deus. É aon- uma declaração de meta ou de mis-


de eu quero chegar. são. O ponto crítico é que uma visão
Apresentamos abaixo um trecho articula uma expectativa de um
muito interessante do livro Safári de futuro realista, digno de crédito
Estratégia, de Henry Mintzberg, so- e atraente para a organização,
bre o que é realmente uma boa visão: uma condição melhor, em alguns
Talvez a resposta mais simples aspectos importantes, que aquela
seja que uma visão verdadeira é algo atualmente existente.
que você pode ver mentalmente. Ser >> Uma visão é um alvo que chama...
o maior de todos ou obter um retor- Note também que uma visão sem-
no de 42% sobre o investimento não é pre se refere a um estado futuro,
importante. Uma visão deve distinguir uma condição que não existe pre-
uma organização, destacá-la como sentemente e nunca existiu antes.
uma instituição única. Warren Bennis Com uma visão, o líder provê a im-
talvez tenha dado a melhor definição portante ponte do presente para
com o comentário de que “se é real- o futuro da organização.
mente uma visão, você nunca irá >> Focalizando atenção sobre uma
esquecê-la”. Em outras palavras, não visão, o líder opera sobre os re-
é preciso escrevê-la. Este seria um teste cursos emocionais e espirituais da
maravilhoso para todas essas declara- organização, sobre seus valores, seu
ções banais rotuladas de “a visão”! compromisso e suas aspirações.
Em seu livro sobre liderança, Bennis e >> Se existe uma centelha de genialida-
Namus dedicam muita atenção à visão. de na função de líder, ela deve estar
Reproduzimos abaixo vários trechos: em sua capacidade transcendente,...
>> Para escolher uma direção, um lí- para formar – a partir da variedade
der precisa ter desenvolvido antes de imagens, sinais, previsões e alter-
uma imagem mental de um futu- nativas – uma visão claramente
ro estado, possível e desejável, da articulada do futuro que seja, ao
organização. Esta imagem, que mesmo tempo, simples, facilmente
chamamos de visão, pode ser vaga entendida, claramente desejável e
como um sonho ou precisa como energizante (1985:89, 90, 92, 103).

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GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

Exemplos: onde você está. Criaremos uma so, confiamos que, na oração ca-
visão de futuro para o período de rismática que dará início às ati-
dois ou três anos, pois uma visão vidades de planejamento, Deus
com um prazo menor que este não já terá preparado o terreno para
nos permitiria “sonhar” e colocar tudo o que precisaremos desen-
“Seremos uma das cinco maiores nossa emoção para trabalhar junto volver em seguida, com profe-
empresas integradas de energia do com a razão. Na verdade, quando a cias e palavras de sabedoria.
mundo e a preferida pelos nossos cultura do planejamento estratégi- >> Lembre-se de pedir, ao longo
públicos de interesse.” – Petrobras co estiver mais consolidada na sua do exercício, que todos sejam
missão, vocês mesmos sentirão a generosos em detalhes da vi-
necessidade de definir uma visão são desejada e fiquem livres
de futuro com um prazo maior, para imaginar todos os aspec-
para também permitir a realização tos da missão (grupos, even-
de visões maiores. A visão de futu- tos, centro de evangelização,
“Contribuir, na força do Carisma,
ro deve ser um “sonho realizável”. cursos, shows, evangelização,
com a missão universal da Igreja,
tornando-se um testemunho de providência, fraternidade,
expressão mundial como poten- DINÂMICA etc.), pois isso traz mais con-
te ação evangelizadora e caminho >> Peça para cada participante do cretude para a atividade. Eis
de santificação a serviço de toda a encontro de planejamento re- alguns questionamentos que
humanidade.” (Visão de Futuro da fletir sobre “o que deseja para a auxiliam nessa reflexão: Quais
Comunidade Católica Shalom, dis- Obra Shalom da sua cidade?” e são as nossas aspirações dura-
cernida pelo Governo Geral) “qual acredita ser a vontade de douras? O que pretendemos
Deus para esta Missão? O que atingir a longo prazo? O que
Ele deseja realizar?” Peça para nos une? O que queremos ser?
que construam uma imagem Como queremos ser vistos?
em suas mentes da Missão Sha- Aonde vamos juntos?
Missão de Guarulhos: lom que querem ver se realizar >> Se realmente o grupo total for
“Teremos um povo formado para em sua cidade até o período que de realmente umas 12 pesso-
evangelizar, um CE com estrutura definiram para a visão de futuro as, vale a pena investir o tem-
adequada à nossa realidade mis- (dois ou três anos) e peça para po ouvindo a “visão” que todos
sionária, alcançaremos toda a Dio- desenharem num papel os de- imaginaram, senão pelo menos
cese e as cidades vizinhas.” talhes desta imagem que cons- de alguns. Em seguida, peça
truíram. Essa dinâmica é, pre- para todos se agruparem em
dominantemente, um exercício grupos de 3 pessoas e cada trio
de imaginação, que traz para resuma numa frase a visão de
os trabalhos de planejamento futuro que deseja para a Obra
Missão de Budapest: não somente a nossa razão, mas Shalom desta cidade.
“Testemunhar o DOM da Unidade também toda a carga emotiva >> Para finalizar, todos os trios de-
e sermos um povo em movimen- do que queremos realizar como vem apresentar seu texto de
to. Famílias e jovens engajados, missionários do Reino de Deus. contribuição para a visão. Todo
contagiados pelo Carisma Shalom, >> É muito útil, antes desta dinâ- o grupo presente deve eleger o
sendo sinais de vitalidade e espe- mica, uma pequena motivação, melhor texto e, em cima deste,
rança com a marca do amor espon- que pode se dar com um vídeo, fazer as alterações necessárias
sal, louvor, alegria, evangelização e para que se torne a visão co-
um texto breve ou um testemu-
oferta de vida, buscando transfor-
nho sobre as graças abundantes mum de todos os presentes.
mar seu país pela proclamação do
Reinado de Cristo.” que Deus tem derramado e con- >> Perceba que caminhamos de
tinua a desejar derramar sobre a uma visão individual para uma
Construindo: Obra Shalom, como uma novi- visão comum, que, nem sem-
Vamos agora criar a Visão de dade do Espírito para a Igreja e a pre, é um processo fácil, mas
futuro da Obra Shalom na cidade humanidade de hoje. Além dis- fundamental. Para que esta vi-

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GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

são venha realmente a se realizar, Análise ambiental


ela precisa ser relevante, clara e
ser fruto de um consenso, “mes- Aprendendo:
mo que eu precise perder alguma A Análise Ambiental é o proces-
ideia pessoal, para que nós tenha- so de identificação de Oportunida-
mos uma visão pela qual todos des, Ameaças, Forças e Fraquezas
querem lutar para alcançar. que afetam uma organização no
cumprimento da sua Missão.
Pronto! Agora já sabem aonde Oportunidades são situações
querem chegar! externas, atuais ou futuras que, se
Para que este texto seja ao mesmo adequadamente aproveitadas, po-
tempo claro e não muito longo, apre- dem influenciar os resultados posi-
sentaremos mais alguns exemplos: tivamente.
Ameaças são situações exter-
nas, atuais ou futuras que, se não
eliminadas, minimizadas ou evita-
das, podem afetar os resultados ne-
“Ser a empresa que melhor entende e gativamente.
satisfaz globalmente as necessidades Forças são características inter-
de produto, serviço e autorrealização nas, tangíveis ou não, de uma orga-
da mulher.” – Avon
nização que podem ser potencializa-
das para otimizar seu desempenho.
Fraquezas são características in-
ternas, tangíveis ou não, que devem
“Experimentar o prazer de avançar e ser minimizadas para evitar influên-
aplicar tecnologia para o benefício das cia negativa sobre seu desempenho.
pessoas.” – Sony
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GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

Exemplo:
Pontos fortes Pontos fracos Oportunidades Ameaças
Engajamento da Falta de Abertura Avanço das
Obra Capacitação dos do povo da seitas
missionários cidade a novas
expressões da
Igreja
Pastoreio Pouca Relacionamento Término
ousadia na eclesial e do repasse
evangelização autoridades civis governamental
para a promoção
humana
Centro de Localização Convites para Violência e
Evangelização Centro de meios de Drogas
informatizado Evangelização comunicação

A utilização desses conceitos ação evangelizadora para o ano que


pode ser exemplificada no pen- estamos planejando. Essa pesquisa
samento de Zun Tsu, em seu livro deve ser feita em fontes seguras e
A Arte da Guerra, sobre estratégias profissionais; alguns órgãos gover-
militares. namentais e universidades possuem
“Se conhecemos o inimigo (am- tais tipos de informação.
biente externo) e a nós mesmos Sugestão de tópicos para a pes-
(ambiente interno), não precisa- quisa e apresentação:
mos temer o resultado de uma
centena de combates. Se nos
conhecemos, mas não ao inimi-
Sociedade
go, para cada vitória sofreremos >> Qual o perfil de comportamento
uma derrota. Se não nos conhe- das pessoas da cidade, estilo de
cemos nem ao inimigo, sucum- vida, preferências de consumo,
biremos em todas as batalhas.” distribuição do tempo, estrutura
familiar, uso de tecnologia, hábi-
Construindo: tos culturais e de lazer?
ANTES DO RETIRO DE >> Quais os principais eventos da ci-
PLANEJAMENTO dade?
>> Qual a configuração populacional
Vamos dividir a nossa análise da cidade (sexo, idade, educação)?
ambiental em duas partes: externa >> Qual o perfil atual dos jovens da
e interna. cidade?
Forme equipes para realizarem
este trabalho ANTES do Retiro de Governo e Política
Planejamento. >> Quais as novas leis ou projetos
Análise externa: Peça, antecipa- de leis que impactam no nosso
damente, a uma pequena equipe que trabalho?
pesquise e prepare uma apresenta- >> Quais as prioridades (de investi-
ção do cenário local, fazendo referên- mento) dos Governos (Federal,
cia à influência que cada aspecto tem Estadual e Municipal) em nossa
sobre as ações de evangelização e le- região?
vantando as oportunidades e ame- >> Qual a configuração de nossa re-
aças que o ambiente oferece à nossa presentação política (governan-
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GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

tes, vereadores, deputados, cada religião em termos de (quantidades de participan-


senadores)? Quais são católi- percentual da sociedade? tes e destes, quantos ingres-
cos? Quem são as pessoas de >> Quais as características espiri- sam nos grupos)
boa vontade para os projetos tuais/religiosas da população?
que valorizamos? O que mudou? 3. Desempenho dos projetos de
>> Quais as prioridades que a Igre- promoção humana
Economia ja Católica, nos âmbitos univer- >> Quantidade de pessoas assis-
>> Quais as estatísticas de em- sal e local, tem demonstrado tidas (evangelizadas), e destes,
prego, renda e despesas da em seus atos e documentos? quantos ingressaram no Cami-
população? nho da Paz
>> Quais as áreas de maior de- Obs.: Sejamos críticos com as
senvolvimento da cidade? informações coletadas, pois às 4. Desempenho formativo
>> Quais as atividades econômi- vezes podem conter ideologias >> Quantidade de participantes
cas de maior relevância e as ou terem sido produzidas a partir dos cursos de formação
atividades em crescimento/ de pesquisas sem imparcialidade. >> Análise da aplicação e resulta-
declínio na região? Análise interna: Para a outra dos da formação intra e extra-
equipe, peça que prepare, também comunitária
Tecnologia antecipadamente, uma apresenta- >> Pastoreio dos membros da Co-
>> Quais as tecnologias de co- ção da situação interna da Comuni- munidade
municação, sistemas de infor- dade nesse lugar, identificando os >> Outros
mação, internet e outras que pontos fortes e os pontos fracos.
podem contribuir com o nos- 5. Desempenho vocacional e mis-
so trabalho? Sugestão de análises sionário
1. Desempenho da missão em >> Ingressos, envios
Comunicação relação às últimas metas (com-
>> Quais estratégias de comu- paração entre o planejado e o 6. Desempenho econômico
nicação têm se demonstrado realizado) >> Superávit (receitas, despesas)
mais eficazes para as organiza- 2. Desempenho apostólico >> Fidelidade à comunhão de bens
ções junto a seus públicos? >> Crescimento da Obra da Comunidade e da Obra
>> Evasão dos grupos >> Arrecadação/captação de re-
Religião >> Engajamento (pessoas servin- cursos
>> Quais os percentuais da po- do em ministérios) >> Superávit dos setores produti-
pulação quanto ao credo reli- >> Desempenho dos eventos vos (livraria, lanchonete...)
gioso? Qual o crescimento de e ações de evangelização >> (Se houver) Dívidas
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GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

7. Análise da vida comunitária ças (análise externa) e Pontos For-


>> Vivência da fraternidade, como tes e Fracos (análise interna).
família, como comunidade cris-
tã, amor em atos, oportunidades DURANTE O RETIRO DE
para convivência e lazer PLANEJAMENTO
>> Saúde dos irmãos da Comunida- Diagnóstico dos Pontos Fortes e
de de Vida e Aliança Fracos, Oportunidades e Ameaças
>> Estrutura das casas comunitárias 1. Peça às equipes que apresentem o
>> Tempo (semanal) de exposição resultado de sua pesquisa e a lista
do Santíssimo Sacramento e pre- que prepararam.
sença da Comunidade e Obra 2. Após a apresentação de cada análi-
nas adorações e vigílias se ambiental (interna e externa) de-
>> Missa comunitária ve-se abrir para que o grupo acres-
cente algum ponto que julgarem
8. Relacionamento Eclesial faltar a qualquer uma das listas.
9. Análise da estrutura, localização e 3. Em seguida, para selecionarmos
acesso ao Centro de Evangelização os aspectos mais relevantes, su-
10. Potencial humano gerimos a metodologia abaixo,
> Análise geral das equipes dos para, no final, escolhermos so-
ministérios e setores mente dois ou três itens de cada.
> Diagnóstico das necessidades de >> Cada irmão atribua uma pontua-
capacitação, profissionalização ção a cada item das listas de acor-
do com as tabelas abaixo.
11. Inovações >> Soma-se a pontuação de cada ir-
> O que a capacidade criativa dos mão para cada item e ganham os
irmãos implantou de novidade 3 itens de maior pontuação.
na missão?
As oportunidades são avaliadas
12. Histórico sob dois aspectos:
> Desenhar uma linha do tempo >> Ganhos que esta oportunidade
da missão, identificando avan- pode proporcionar
ços (e desafios) relevantes ao >> Probabilidade de ocorrência des-
longo dos anos ses ganhos

Após a pesquisa, as equipes de- Essa avaliação é realizada atri-


vem preparar: buindo-se pontos às oportunida-
>> Slides com as informações colhidas des listadas, considerando os que-
>> Lista das Oportunidades e Amea- sitos abaixo.

Quesitos Avaliados – Oportunidades


Pontuação
Ganho Probabilidade
1 Desprezível Remota
3 Pouco importante Pouco provável
5 Importante Provável
7 Muito importante Muito provável
9 Extremamente importante Praticamente certo

15
GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

As ameaças são avaliadas sob dois aspectos:


>> Perdas que estas ameaças podem causar
>> Probabilidade de ocorrência dessas perdas

Essa avaliação é realizada atribuindo-se pontos às ameaças listadas,


considerando os quesitos abaixo:
Quesitos Avaliados – Ameaças
Pontuação
Perda Probabilidade
1 Desprezível Remota
3 Pouco importante Pouco provável
5 Importante Provável
7 Muito importante Muito provável
9 Extremamente importante Praticamente certo

Os pontos fortes são avaliados considerando sua importância. Para tanto,


atribuem-se pontos aos itens listados, conforme quadro abaixo:
Quesitos Avaliados – Pontos fortes
Pontuação
Importância
1 Desprezível
3 Pouco importante
5 Importante
7 Muito importante
9 Extremamente importante

Os pontos fracos são avaliados sob três aspectos:


>> Urgência
>> Viabilidade
>> Importância

Essa avaliação é realizada atribuindo-se pontos, conforme quadro abaixo:


Quesitos Avaliados – Pontos fracos
Pontuação
Urgência Viabilidade Importância
1 Pode aguardar Inviável Desprezível
Pouco
3 Pouco prioritário Pouco viável
importante
5 Prioritário Viável Importante
7 Muito urgente Bem viável Muito importante
Extremamente
9 Ação imediata Totalmente viável
importante

16
GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

A partir dos resultados, encon- mais impactantes. Quanto maior a


tramos as oportunidades e ameaças, soma, maior a relevância daquele fa-
forças e fraquezas selecionadas como tor sob os resultados da Missão.

Veja no Exemplo abaixo:


Oportunidades Ameaças Forças Fraquezas
Gosto pelas artes Alto nível de Pessoas da com. c/
143 137 82 CF 222
e cultura exigência dom p/ arte
Interesse por Mentalidade Ministério de
137 117 82 Arrecadação 236
formação bairrista eventos
Relativismo Ministério de Livraria/
Tradição religiosa 136 116 82 218
(jovens) evangelização Lanchonete
Fluxo de jovens
Amplitude e fácil Estrutura e Engajamento da
e parcerias com 130 106 78 218
acesso às drogas localização do CE Obra/ liderança
Universidades
Crescimento das Ministério de
Uso da Internet 126 99 Economato 78 192
seitas música
Abertura dos
92 Casais 68 Falta de pastores 186
políticos
Maior percentual Relacionamento
69 Sec. Jovem 47 180
das classes A e B eclesial
Infra-estrutura 172
Formação Intra
166
comunitária

Faça uma lista dos dois ou três >> Conhecemos o lugar onde nós
pontos de maior relevância em cada estamos e as oportunidades e
item (pontos fortes e fracos, oportu- ameaças que ele oferece à nossa
nidades e ameaças), pois esse ma- missão (cenário, análise externa);
terial servirá de base, mais tarde, na >> Analisamos melhor a nossa situa-
definição das ações da Missão para o ção atual em relação aos nossos
período planejado. objetivos, nossos pontos fortes e
Você não vai, agora, trabalhar fracos (cenário, análise interna).
com essa lista. Vamos retomá-la so-
Vamos agora aos nossos Objeti-
mente quando formos elaborar o Pla-
vos, Indicadores e Metas.
no de Ação.

Revisando: Objetivos
Acabamos aqui a parte básica do Aprendendo:
Planejamento. É a situação futura que se pre-
>> Sabemos quem somos, para que tende atingir. Traduzem os fins para
existimos (missão); os quais se dirigem as metas, as es-
>> Definimos juntos aonde quere- tratégias e as suas ações. É macro,
mos chegar (visão de futuro); abrangente.
17
GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

Exemplo: >> Índice de satisfação dos clientes


atendidos (via pesquisa);

Num evento da Comunidade:


Os objetivos estratégicos do Go- >> Número de participantes;
verno Geral para a Comunidade no >> Número de participantes que se
quinquênio de 2009 – 2013 são: engajaram nos grupos de oração;
1. Evangelizar com Ousadia; >> Número de pessoas atendidas no
2. Promover a Integração; aconselhamento, etc.
3. Difusão do Carisma;
4. Aumentar a Arrecadação; Saberemos se um evento alcançou
5. Firmar-se no Carisma; o objetivo dele se observarmos, por
exemplo, esses indicadores. Concorda?
Construindo: Claro que pode haver muitos outros.
Nós não construiremos outros Podemos definir quantos indica-
objetivos, mas relacionaremos as me- dores for necessário para nos apon-
tas que definirmos com os objetivos tarem o alcance dos objetivos. Que-
estratégicos do Governo Geral. remos evangelizar com ousadia, mas
precisamos ter como medir o alcan-
ce deste objetivo. Número de pesso-
Indicadores as na Obra, quantidade de pessoas
Aprendendo: assistidas nos projetos de promoção,
Como o próprio nome sugere, os número de participantes dos cursos
indicadores são uma espécie de sina- de formação podem ser bons indica-
lizadores, que buscam expressar a re- dores para este objetivo.
alidade sob uma forma que possamos
observá-la ou mensurá-la, medi-la. Para que servem os indicadores?
Ao definirmos estratégias e ações Informações assim nos ajudam a
para uma organização, esperamos perceber e acompanhar os resultados
que estas nos façam alcançar algum das ações planejadas. Indicadores de
objetivo. O indicador é a informação desempenho nos permitem manter,
que nos dirá se o objetivo foi alcança- mudar ou excluir o rumo de nossas
do ou não. É o “como medir” o êxito ações, atividades, etc. Eles são ferra-
das ações planejadas. mentas de gestão ligadas ao monitora-
mento e auxiliam no desenvolvimento
Exemplo: de qualquer tipo de organização.
Num comércio: Indicadores também servem para
>> Receita de vendas; mostrar se as estratégias implemen-
>> Quantidade de devoluções; tadas funcionaram ou não, se há ne-
cessidade de mudanças de rumo, de
Numa fábrica: planejamento. Indicadores apoiam
>> Quantidade de produtos fabrica- decisões!
dos por dia; Para que os indicadores funcio-
>> Quantidade de matéria-prima nem e ofereçam resultados positivos,
desperdiçada durante o processo é necessário que as informações
produtivo; que os alimentam sejam claras e
precisas. Uma informação errada
Num call-center: pode repercutir negativamente na
>> Número de atendimentos por direção de um processo ou em uma
atendente/hora; decisão crítica.
18
GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

Construindo: período de 2009 a 2013. Note-se que


Apresentaremos abaixo os indi- os indicadores estão todos ligados a
cadores discernidos pelo Governo um Objetivo Estratégico.
e Conselho Geral para a gestão es-
tratégica da Comunidade até 2013, OBJETIVO 1:
os quais representam as medições EVANGELIZAR COM OUSADIA
(mensurações) que evidenciam para
nós o êxito no cumprimento de nos- Indicadores
sa missão. 1. Quantidade de membros dos gru-
Trabalharemos com eles somen- pos de oração
te depois de entendermos as Metas, >> Por Projeto (Criança, Juventude,
por isso apenas apresente-os e certi- Mistos, Famílias, Mundo Novo, Pro-
fique-se de que todos compreende- moção Humana)
ram o que são os indicadores. >> Por fase do Caminho da Paz (quan-
Obviamente, esses indicadores tidade de grupos)
tratam somente daquilo que pode >> Por frequência ao grupo (perma-
ser “medido”. Sabemos que buscamos nente, flutuante, periférico)
também – ou principalmente – alvos >> Engajados apostolicamente
que não podem ser medidos, como a >> Fiéis à comunhão de bens
santidade, a salvação, etc. Deixamos 2. Média de pessoas por grupo
para a Revelação de Deus o que não 3. Evasão de membros dos grupos
conseguimos medir e assumiremos, de oração
na parte que nos cabe, o que pode 4. Quantidade de pessoas assistidas
ser medido com precisão ou, em al- na Promoção Humana (por projeto)
guns casos, aproximadamente. >> Destes, quantos ingressaram no
Seguem abaixo os indicadores Caminho da Paz, em grupos de
propostos pelo Governo Geral para o oração da Obra
19
GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

5. Quantidade de pessoas que re-


ceberam alta terapêutica (Volta
Israel)
6. Quantidade de pessoas que par-
ticipam dos cursos do Centro de
Formação
7. Quantidade de eventos kerigmáti-
cos e seu público
8. Quantidade de SVES e seu público

OBJETIVO 2:
PROMOVER A INTEGRAÇÃO

Os indicadores deste objetivo es-


tão relacionados com o trabalho dos
setores do Governo Geral, e não das
missões.
>> Índice de satisfação dos nossos
clientes
>> Quantidade de acessos ao Cone-
xão Shalom
>> Quantidade de missões com es-
trutura para videoconferência
>> Frequência da adoração

OBJETIVO 3
DIFUSÃO DO CARISMA

Indicadores
1. Quantidade de ingressos na Co-
munidade
>> CV e CAl
>> Homens e mulheres

2. Quantidade de desligamentos
(evasão da Comunidade)
3. (Expansão) Quantidade de Dioce-
ses onde a Comunidade está pre-
sente
4. Quantidade de missionários en-
viados
>> Missionários da Cal
>> Jovens em missão
>> Famílias em missão

5. Quantidade de grupos e partici-


pantes dos Amigos do Shalom
(por fase do Caminho da Paz)
>> Média de pessoas por grupo
20
GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

>> Evasão de participantes dos um objetivo com metas estabele- responsável por ela – um único
grupos cidas, ela não se ocupará de outras responsável –, mesmo que o de-
>> (Expansão) Quantidade de Dio- coisas que são secundárias, pois a senvolvimento das ações referen-
ceses com a presença de Ami- meta exige tempo e dedicação tes a ela seja realizado por mais
gos do Shalom para ser atingida. pessoas ou setores. No campo
Objetivos e metas são alvos do Responsável escreva sempre
OBJETIVO 4: ou fins que desejamos atingir. As o nome e a função da pessoa res-
AUMENTAR A metas devem ser específicas, de- ponsável, para que não aconteça
ARRECADAÇÃO safiantes, realistas, mensuráveis de haver dúvidas em caso de mu-
e associadas a um horizonte de dança de pessoas.
Indicadores tempo. T – Time (Tempo ou Prazo):
>> Superávit da missão Em outras palavras, as metas Esta característica implica defini-
>> Superávit dos setores produti- precisam ser S.M.A.R.T. (do inglês, ção do prazo total ou da frequên-
vos (livraria, lanchonete, rádio, espertas ou inteligentes) cia com que se espera que a meta
oficinas...) S – Specific (Específica): O seja atingida. Isso facilita a decisão
>> Valor arrecadado com a Comu- texto (a redação) da meta precisa do momento em que ela já poderá
nhão de Bens ser claro, sem margens a dubieda- ser avaliada.
>> Valor arrecadado com outras de, e objetivo.
ações e projetos M – Measurable (Mensurá- Exemplo:
vel): Vale repetir a famosa frase
OBJETIVO 5: “Você não pode gerenciar o que
FIRMAR-SE NO CARISMA não pode medir”. Qualquer obje-
tivo que não possa ser transfor-
mado claramente em um número Objetivo: Evangelizar com ousadia
Indicadores
permite a manipulação e interpre- Indicador: Número de pessoas na
1. Frequência do pastoreio dos Obra
membros da Comunidade tação para que os interessados o
Meta: Aumentar para 250 o número
>> Frequência dos encontros para considerem atingido ou não. Tal-
de pessoas na Obra até dezembro
formação pessoal vez sua equipe não tenha as ferra- de 2011
>> Frequência dos acompanha- mentas necessárias para medir o Responsável: CAP
mentos do formador comuni- alcance de uma meta, neste caso,
tário (ou assistente) elas devem ser desenvolvidas an- Note que o Indicador é a base
tes da definição do objetivo. Outra da Meta. Queremos acompanhar o
2. Percentual de fidelidade da possibilidade para o indicador é Número de pessoas na Obra (indi-
Comunidade à Comunhão de ser uma evidência, ao invés de um cador) e queremos que ele aumen-
Bens índice quantitativo. te para 250 até dezembro de 2011.
>> Fundo de evangelização (10%) A – Attainable (Atingível): Logo, a nossa meta é Aumentar
>> Fundo de comunhão (5%) Os objetivos sempre devem ser para 250 o número de pessoas na
ousados, mas nunca impossíveis Obra até dezembro de 2011.
3. Tempo de adoração semanal de atingir. É importante lançar um (específico, mensurável, atin-
nas missões (em vista da ado- desafio para que a equipe se su- gível, relevante e dentro de um
ração perpétua) pere e lute, mas isso é muito dife- prazo)
rente de definir metas que nunca
poderão ser alcançadas, causando Construindo:
frustração e desânimo. O Governo Geral, a partir de
Metas R – Relevant/Responsible 2010, enviará anualmente um do-
(Relevante/Responsável): Toda cumento contendo as sugestões
Aprendendo: meta precisa ser relevante, gerar de metas para o planejamento
“Uma meta é um objetivo um impacto, para favorecer a mo- estratégico de cada missão. Essas
traduzido em termos quantita- tivação de quem trabalhará para metas serão elaboradas de acordo
tivos.” Quando uma pessoa tem ela. Exige também que haja um com as metas gerais da Comuni-
21
GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

dade, discernidas no Planejamen- entre outras coisas, confundir fizeram o Shalom Beach de uma
to Estratégico do Governo Geral Meta com Ação. forma nova e eficaz. Alugaram um
e distribuída entre as missões de bar que estava fechado na praia
acordo com a visão que possu- Revisando: de maior movimentação da região
ímos do potencial de cada uma Até agora temos a missão, vi- e abriram lá uma Lanchonete Sha-
através dos acompanhamentos são de futuro, análise ambiental, lom durante as férias. Só os jovens
que fazemos ao longo do ano. objetivos, indicadores e metas. Em da Obra que estavam lá servindo
Essas metas enviadas serão outras palavras, sabemos quem enchiam a lanchonete. A música,
uma proposta para iniciar um somos, onde estamos e onde que- os jovens, e a movimentação, atra-
diálogo entre o Responsável Lo- remos chegar. Precisamos ainda íam aqueles que precisavam de
cal (e missão) e as Assistências/ saber como chegaremos lá: é o uma experiência com Jesus Cristo.
Assessorias do Governo Geral, Plano de Ação! Precisamos de Inovação!
para que até a data de elabora- Para cada objetivo, são defini-
ção do planejamento estratégico
da missão sejam discernidas em
Planos de Ação dos alguns indicadores que men-
suram o seu alcance. A partir dos
comum acordo. Tempestade de Ideias indicadores, construímos as metas
Apresente ao grupo as metas Antes de passarmos à elabo- definindo o quanto queremos al-
para a Missão, recebidas do Go- ração dos Planos de Ação, cons- cançar de cada indicador no prazo
verno Geral, partilhe o diálogo truiremos, ainda, com o primeiro estipulado. Cada meta pode exigir
feito com cada Assistência/Asses- grupo, uma relação de possíveis mais de uma ação que viabilize
soria na definição das metas. Per- ações para se atingir cada meta, chegarmos onde pretendemos.
ceba que todas têm como base que serão discernidas e desen- Então, não sejamos tímidos em
os indicadores apresentados an- volvidas (num plano) por cada construir nossos Planos de Ação.
teriormente, pois a meta é o que setor responsável pela meta. Fa- Sejamos realistas, mas audaciosos.
queremos dos nossos indicadores remos isso utilizando a metodo-
(aumentar para X, diminuir para Y, logia da tempestade de ideias ou Exemplo:
dentro de um prazo estabelecido). brainstorming.
Escute-os, anime-os e, se ne- Falando em tempestade de
cessário, a missão poderá acrescen- ideias, falemos em INOVAÇÃO.
tar metas discernidas localmente Os desafios são novos e as res-
ao seu planejamento estratégico. postas têm que ser novas. O mun- Objetivo: Evangelizar com ousadia
do está cada vez mais complexo e Indicador: Número de pessoas na
ATENÇÃO: dinâmico, a Comunidade Shalom Obra
>> Todas as metas discernidas em também cresce em muitas dire- Meta: Aumentar para 250 o número
comunhão com o Governo Ge- ções, exigindo mais integração de pessoas na Obra até dezembro
ral deverão constar no Plano de e muita criatividade. Corremos o de 2011
Ação e sua alteração deve ser fei- risco de fazer muito bem feito o Responsável: CAP
Ação 1: Criar um Folder divulgando
ta também em diálogo com a res- que não precisa ser feito.
a Comunidade e o CE com suas ati-
pectiva Assistência/ Assessoria. Veja alguns exemplos de ino-
vidades atualizadas mês a mês.
>> Ao acrescentarem metas extras vação da Comunidade Shalom: Ação 2: Realizar apresentações Ar-
durante a elaboração do Plane- >> Lanchonete para evangelizar; tísticas nas Ruas
jamento, busquem não ter um >> Acampamento de Jovens;
número superior ao que seria >> Halleluya. Construindo:
possível de executar. Distribua para cada pessoa
>> Todas as metas acrescentadas Outro exemplo de Inovação: uma folha impressa com o que foi
devem ser redigidas segundo Em 2010, a Missão de Mos- construído até agora, conforme o
a regra SMART, assim, evitarão, soró realizou uma inovação. Eles exemplo:
22
GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

TEMPESTADE DE IDEIAS
Missão
“A comunidade tem por missão contribuir para renovar a ação evangelizadora da Igreja, com novo ardor, novos
métodos e novas expressões. Procurará também transformar as atividades seculares em meios de evangeli-
zação e santificação do mundo”. (Estatutos, Cap. 1.2, Parág. 5)

Visão de futuro
“Teremos um povo formado para evangelizar, um CE com estrutura adequada à nossa realidade missionária,
alcançaremos toda a Diocese e as cidades vizinhas.”

Os principais fatores da Análise ambiental


Oportunidades: 1. Gosto pelas artes e cultura; 2. Interesse por formação; 3. Tradição religiosa.
Ameaças: 1. Alto nível de exigência; 2. Mentalidade bairrista; 3. Relativismo
Forças: 1. Pessoas da comunidade com Dom para arte; 2. Ministério de eventos; 3. Ministério de evangelização
Fraquezas: 1. CF; 2. Arrecadação; 3. Livraria e Lanchonete

Os objetivos estratégicos
» Evangelizar com Ousadia;
» Promover a Integração;
» Difusão do Carisma;
» Aumentar a Arrecadação;
» Firmar-se no Carisma;.

Metas
Metas Apostólicas
» Aumentar para 140 o número de pessoas na Obra;
» Enviar 5 jovens para JMJ em Madrid.
Metas de Formação
» Realizar, no mínimo, 2 Cursos de Formação por semestre;
» Implantar a FUNIF com 100% de participação das autoridades designadas.
Metas para os Amigos do Shalom
» Abrir 2 grupos AS (Cachoeira Paulista e Barretos)
Metas Vocacionais
» Alcançar 3 ingressos na Cal e 2 na CV;
Metas Missionárias
» Enviar 2 irmãos da Comunidade de Aliança em missão;
Metas Econômicas
» Implantar a unificação financeira da Missão;
» Crescer, a cada mês, em 30% o superávit dos setores produtivos e dos eventos do ano de 2011 em relação ao
mesmo mês de 2010;
» Fidelizar, a cada mês, 80% dos membros da Obra na vivência da Comunhão de Bens, a partir do período
orientado no Caminho da Paz.
» Aumentar, a cada mês, em 30% o crescimento da arrecadação da missão em relação ao mesmo mês de 2010.

Como faremos para alcançar estas metas?


Levem em consideração aspectos selecionados da Análise Ambiental (Oportunidades, Ameaças, Pontos For-
tes e Pontos Fracos) para compor as estratégias, respondendo as seguintes perguntas:
» Como podemos aproveitar estas oportunidades para cumprir nossa missão?
» Como podemos nos preparar para enfrentar estas ameaças quando se tornarem realidade?
» Como podemos otimizar nossos pontos fortes para contribuírem ainda mais com nossa missão?
» Como podemos desenvolver nossos pontos fracos para não mais atrapalharem nossa missão?

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GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

O Moysés nos diz que “Planeja- adoração e depois as que sur- ideias muito boas e inovado-
mento estratégico é o discernimen- girem no momento. ras a partir de ideias absurdas
to da vontade de Deus para nós”. 4. ESTÍMULO A DEBATES E
Depois de lerem juntos, todo Regras da Tempestade de TROCA DE IDEIAS. Estes ter-
o material, faça um momento de ideias: mos significam que os mem-
adoração comunitária, pedindo Leia as regras para todos, exce- bros da equipe tentam extrair
ao Senhor que Ele mesmo, que to a regra 2, que é para o coorde- ideias a partir das ideias dos
nos mostrou aonde quer chegar nador da dinâmica. demais. Frequentemente, a
com a ação da comunidade, nos 1. NÃO É PERMITIDO CRÍTI- idéia de alguém irá desenca-
mostre também os meios, e nos CAS. Não deverá ocorrer ava- dear outra idéia ligeiramente
encha de parresia. liação ou críticas às ideias de diferente por parte de outro
Após o momento de oração terceiros durante o processo. participante. É permitido “pe-
comunitária, motive um mo- Críticas só irão inibir a recep- gar carona” na idéia do outro.
mento de oração pessoal em tividade da equipe em rela-
que, para cada meta, cada pes- ção às suas próprias ideias. Essa dinâmica leva de 30 a 40
soa escreva sugestões de ações. 2. CADA PESSOA TEM IGUAL minutos e o coordenador deve
Sugira que cada um pense em, OPORTUNIDADE PARA EX- passar de uma meta para a outra
pelo menos, 2 ações para cada PRESSAR IDEIAS. Nenhuma sem parar o processo. Dela vocês
meta. Dê um tempo de pelo me- pessoa deve predominar na gerarão um Banco de Ideias, que
nos 1 hora para esse momento. exposição de ideias. Isso po- será entregue aos setores que de-
Em seguida, reúna todo o derá ser conseguido dando a senvolverão o Plano de Ação.
grupo novamente e utilizem a vez a cada pessoa, de forma Vocês podem destacar as ideias
metodologia da tempestade de ordenada. O Coordenador da que considerarem mais relevantes
ideias. dinâmica deve motivar aqueles para que estas não deixem de ser
mais tímidos e equilibrar a par- aproveitadas pelo grupo seguinte,
Como funciona a ticipação dos mais expansivos. pois é evidente que serão geradas
tempestade de ideias? 3. QUANTIDADE ACIMA DA muito mais ideias do que seja pos-
>> Alguém vai anotando e to- QUALIDADE. Devem ser ge- sível de executar em um ano e o
dos vão dizendo as ideias radas tantas ideias quanto grupo terá que fazer escolhas.
que tiveram para cada meta; possíveis. Ideias geram outras Vejam um exemplo de Banco
primeiro as que anotaram na ideias. É comum que surjam de Ideias:
24
GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

Banco de ideias PE 2011


Meta: Aumentar o número de >> SVE nas empresas (um dos focos
pessoas na Obra na formação Humana)
>> Gincana Urbana >> SVE fechados
>> Fazer mobile flash >> SVE condensado nas casas de família
>> Jogos universitários >> Shows na Batel
>> Show na praça
>> Música ao vivo na lanchonete Meta: 10 Jovens para JMJ
>> Apresentações de teatro na Rui >> Divulgar nas paróquias e GO
Barbosa >> Divulgar nas escolas católicas
>> Teatro de Rua >> Pensar em estratégias para levar
os da nossa casa
Mudar o formato do SVE >> Usar a internet
>> Evangelização nos shoppings (ca- >> Campanha de apadrinhamento
misas) (avós, pais, padrinhos, tios)
>> Evangelização nos ônibus (criar >> Venda de produtos nas praças
uma cultura) >> Pedágios
>> Evangelizar nos condomínios >> Pagarmos um e sortear entre os
>> GO nos condomínios e fora da casa nossos que conseguir outro
>> Evangelizar através de e-mail >> Negociação com as edições para
>> Estacionamentos arrecadar fundos
>> Panfletos da casa em clínicas, lo-
jas, etc. Meta: Cursos CF
>> Toda a Obra andar com panfletos >> Confraternizações nas empresas
da casa >> Curso de Fé e Razão
>> Evangelizar na calçada do Shalom >> Cursos de gestão de tempo e de
>> Parcerias com Carrefour família
>> Aproveitar os eventos culturais da >> Cursos em outros ambientes (uni-
cidade versidades, auditórios, etc.)
>> Cursos específicos de família (edu- >> Emitir os certificados dos cursos
cação dos filhos, relacionamento >> Educação dos filhos
matrimonial) >> Trazer Dra. Sílvia Lemos e Laura
>> Cursos de gestão Martins
>> Curso com Emmir
Ideias para SVE >> Cursos em shoppings
>> Relâmpagos em supermercados e >> Curso “Conhecendo a Igreja Cató-
lugares públicos lica, verdades e mentiras”
>> Instalações de esportes radicais >> Divulgar os nossos cursos nos GO
no prédio da casa para uso em SVE dentro e fora da Obra
jovem >> Divulgar nas paróquias
>> Nas escolas >> Realizar cursos nas paróquias
>> SVE através das artes
>> Nas associações tipo AA ou de bairro Meta: Abrir 1 AS
>> Em asilos >> Jornada de evangelização nesta
>> Para profissionais liberais cidade
>> Acampamento de famílias >> Reviver lá
>> Café >> Retiro
>> Tipo programa Livre >> Dê suas férias para Jesus
>> Work shops >> Voo livre, eventos jovens
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GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

Meta: Superávit setores pro- >> Eventos para crianças


dutivos e eventos >> Espaço para crianças
>> Valorizar mais os cursos e espetá-
culos (inscrições e ingressos) Meta: Ingressos na CAL e CV
>> Eventos semanais na lanchonete >> Testemunhar o Carisma
(música ao vivo) >> Abrir a casa da Cv
>> Concurso de bandas na lanchonete >> Abrir a casa da Cal (berakás, convi-
>> Artistas de fora famosos vências, etc.)
>> Torná-las atrativas e modernas >> Promoção Vocacional
>> Eventos culturais na livraria >> Formações vocacionais no Pas-
>> Jantar show toreio
>> Palestras de autores famosos >> Divulgar mais o Vocacional aberto
>> Noite de autógrafos >> Divulgar vocacional aberto nas
>> Melhorar o cardápio paróquias
>> Máquina de café e cappuccino >> Aproveitar eventos de Formação
>> Eventos em datas comemorativas para Promoção vocacional

Deste Banco de Ideias, nascerão fará o quê e em qual período de tem-


os Planos de Ação. Aproveite-o bem. po. Em um segundo momento, deve-
Pronto! Terminamos aqui a pri- rá figurar nesta planilha (sim, neste
meira parte do Planejamento estra- momento você fará isso em uma pla-
tégico da sua Missão. Formatem as nilha) como será feita essa atividade e
principais informações em documen- quanto custará tal processo.
to e orientem o trabalho das pessoas e Essa ferramenta é extremamente
setores responsáveis pela metas. Eles útil, uma vez que elimina por comple-
deverão construir o Plano de Ação a to qualquer dúvida que possa surgir
partir deste material preparado por sobre um processo ou sua atividade.
vocês. A seguir, a orientação para eles. Em um meio ágil como é o ambiente
de hoje, a ausência de dúvidas agiliza
Aprendendo: muito as atividades a serem desen-
O Plano de ação é o desdobra- volvidas.
mento do Planejamento Estratégico,
é o detalhamento do trabalho a ser Por que 5W2H?
realizado para o alcance das metas. O nome desta ferramenta foi as-
Nele estarão contidas as ações, as ta- sim estabelecido por juntar as primei-
refas, os respectivos prazos e respon- ras letras dos pronomes (em inglês)
sáveis e algumas outras informações. das diretrizes utilizadas neste proces-
A metodologia que usaremos é so. Abaixo você pode ver cada uma
conhecida como 5W2H. delas e o que elas representam:
>> What – O que será feito (ação)
O que é? >> Why – Por que será feito (justifi-
O 5W2H, basicamente, é um che- cativa)
cklist de determinadas atividades >> Where – Onde será feito (local)
que precisam ser desenvolvidas com >> When – Quando será feito (tempo)
o máximo de clareza possível por par- >> Who – Por quem será feito (res-
te dos colaboradores de uma organi- ponsabilidade)
zação. Ele funciona como um mapea- >> How – Como será feito (tarefas)
mento dessas atividades, onde ficará >> How much – Quanto custará fazer
estabelecido o que será feito, quem (custo)
26
GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

Organizamos o 5W2H em uma planilha, que é a mesma que utilizaremos nos nossos Planos de Ação. Su-
gerimos que todas as missões utilizem essa mesma planilha em vista da unificação da metodologia e nomen-
clatura, facilitando a compreensão de todos, mesmo quando se deslocam de uma missão a outra.
Exemplo:
Comunidade Católica Shalom
Plano de Ação 2011 (5W2H)
Meta (S.M.A.R.T.): Valor Base Responsável
Aumentar para 250 o número de pessoas na Obra até dezembro 2011 100 CAP- Antônio

O quê (Ação)? Quem (Responsável)?


Criar um Folder divulgando a Comunidade e o CE com suas
Ministério de Evangelização
atividades atualizadas mês a mês.

Como (Cronograma)? Quando? Quanto?


Criação do Folder Até 15 de fevereiro 150,00 mensais
Cada pessoa da Obra deve andar com Folder do CE (pastoreio e A partir de 30/
0,00
formadores comunitários) mar/11
Distribuir Folder do CE em clínicas, lojas, salões de beleza
Até 30/março/11 0,00
(Evangelização)
Evangelizar na calçada do Shalom (evangelização) 30/março/11 0,00

O quê (Ação)? Quem (Responsável)?


Realizar apresentações Artísticas nas Ruas Ministério de Artes

Como (Cronograma)? Quando? Quanto?


15 de abril/ 16 e
Teatro de cunho kerigmático nas ruas Próximo às datas dos SVE com
17 julho/ 20 e 21 100,00
entrega dos folders da casa
agosto
16 de maio/ 16 e
3 Flash móbile em estacionamentos e praças da cidade (antes do
17 agosto/ 20 e 21 200,00
Renascer / Antes do Halleluya / antes do Natal
setembro
Show gratuito na Praça X com Davidson Silva acompanhado
20 de Outubro
de personagens caracterizados que abordem as pessoas para 500,00
(festa da cidade)
evangelizar

Conhecendo a Planilha na Obra. É indispensável para que


passo a passo se possa acompanhar o andamen-
1. Meta (SMART): Abaixo de cada to da meta mês a mês.
meta devem estar todos os Planos 3. Responsável pela meta: Quem vai
de Ação referentes a ela e podem responder pela meta, acompanhar o
ser quantos tiverem sido necessá- seu andamento e articular os envol-
rios. O texto deve estar completo, vidos para que ela seja alcançada.
conforme regra Smart. 4. Ação: Deve vir sempre precedida
2. Valor Base: É o valor atual daque- de um verbo no infinitivo.
le indicador. No exemplo acima, 5. Responsável pela Ação: O ministé-
atualmente existem 100 pessoas rio ou setor que, embora em parce-
27
GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

ria com outro setor ou ministério, 1. A nossa Missão; Um exemplo:


é responsável direto por aquela 2. A visão de futuro definida na Na missão X nenhuma meta
ação. Por exemplo, o ministério primeira etapa; estava diretamente ligada ao mi-
de evangelização é o responsável 3. As Oportunidades e Ameaças, nistério de Liturgia. O RL definiu
por criar o folder e fazer com que Forças e Fraquezas; para eles as seguintes metas:
o Pastoreio e os formadores co- 4. As metas de sua responsabili- 1. Troca de todas as alfaias e va-
munitários distribuam-nos para dade; sos sagrados até dez de 2011
as pessoas da Obra. 5. O Banco de ideias referente à 2. Engajamento de 4 novos acólitos
6. Cronograma: É o desmem- meta.
bramento da Ação acima. Não Eles deverão se reunir e cons-
aconselhamos um nível de de- Na semana seguinte à conclu- truir o Plano de Ação para estas
talhamento muito maior que são da primeira parte do planeja- metas e mais alguma que eles
esse. Sabemos que para o Davi- mento, o responsável pelas metas mesmos possam definir para o
dson ir cantar na praça da sua deve reunir todas as pessoas que ministério.
cidade, muita coisa precisa ser contribuirão para o alcance da- Antes de começarem a cons-
realizada (contatar o Davidson, quelas metas, além de constru- trução do Plano de Ação, o co-
comprar passagens, conseguir írem os Planos de Ação de seus ordenador do setor/ministério/
autorização da prefeitura, pen- setores a partir das metas de sua secretaria deve fazer uma parti-
sar na caracterização das pes- responsabilidade. lha da primeira etapa do Plane-
soas que vão fazer a evange- Por exemplo, o Coordenador jamento. Partilhe com detalhes
lização, etc.), porém isto pode apostólico é o responsável pela cada momento, o que Deus falou,
ser acompanhado através de meta de aumentar o número de e apresente para a equipe cada
um check list daquela ativida- pessoas na Obra. Para essa meta, parte do Planejamento.
de. Evitemos um detalhamento contará com os ministérios de Pri- Apresente cada tópico, o que
muito minucioso gerando um meiro Anúncio, SVE, Projeto Ju- significa e o que foi já definido
plano de ação extenso, mas ventude, Pastoreio, Projeto Famí- para a Missão (Missão, Visão de Fu-
com poucas atividades. lia, etc. Essas equipes podem se turo, Análise Ambiental, Objetivos,
7. Quando: A regra do detalha- dividir assim para trabalharem os Indicadores, Metas). Não apresen-
mento aqui é o contrário da an- planos de ação de cada setor ou te ainda as Ideias sugeridas.
terior. Quanto mais detalhada podem escolher trabalhar juntos, Deixe-os falar, indagar, res-
a data melhor. Não deixe de su- aconselhável somente em reali- ponda aos seus questionamentos
gerir as datas para suas ações, dades de missão bem pequenas, e, acima de tudo, anime-os a abra-
mesmo que elas venham a ser onde todos fazem tudo. çar tudo o que Deus já direcionou
negociadas e alteradas, se choca- É provável que algum setor através das autoridades do Gover-
rem com outras datas importan- da Obra não esteja engajado di- no geral e da Missão local.
tes para a Missão. Isso ajudará na retamente em nenhuma meta. Em seguida, aplique com
elaboração do Calendário geral. Para este setor, o RL deverá de- eles a técnica da Tempestade de
8. Quanto: Motive as equipes a fa- finir metas específicas, extra Ideias conforme vivido pelo pri-
zerem orçamento dos gastos de planejamento, e orientar que meiro grupo e colha desse grupo
suas ações. Essas informações se- estes desenvolvam o Plano de mesmo novas e boas ideias. Apre-
rão necessárias para se montar o Ação do seu setor a partir delas sente as regras da dinâmica, elas
Planejamento Orçamentário (PO) e da visão de futuro definida na são de grande importância para o
da Missão. primeira etapa, pois é certo que seu sucesso.
todos precisam planejar suas Após colherem e listarem as
Construindo: ações. Os Planos de Ação desses ideias desse grupo, apresente a
A partir daqui, faremos o Plano setores, contudo, não entrarão lista do primeiro. Dessas duas lis-
de Ação. Cada meta tem um res- no Planejamento Estratégico da tas, selecionem, para cada meta,
ponsável. Este responsável deverá Missão, mas devem ser acompa- as estratégias que julgarem ne-
receber do Responsável Local um nhados pela autoridade direta cessárias para seu alcance e de
documento que conste: daquele setor. maior impacto.
28
GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

Lembrem-se de que estão pla- Definidas as Estratégias, vamos


nejando para o período de 1 ou 2 construir o Plano de Ação do seu se-
anos, por isso, cuidado para não tor, como no exemplo e explicação
proporem mais coisas do que são anterior.
possíveis de serem executadas. Ao
mesmo tempo, sejam ousados.

Resumo
1. Missão
1. Para que existimos?
2. Onde queremos chegar? (IMAGEM)
3. FOFA/ SWOT
4. Onde queremos chegar? (MACRO)
5. Como medir?
2. Visão
6. Onde queremos chegar?
(MENSURÁVEL/ S.M.A.R.T)
7. 5W2H 3. Análise
Ambiental

Objetivos 4. Objetivos

Indicadores 5. Indicadores
e Metas e 6. Metas

Plano de Ação 7. Plano de Ação

MAS E O PLANO através dos relatórios trimestrais en-


viados à Diaconia e dos acompanha-
DE AÇÃO mentos feitos por cada assessoria/
EVANGELIZADOR? assistência.
Plano de Ação: ele orienta o foco
Ele serve de base para o Planeja- das ações a serem realizadas de acor-
mento Estratégico, principalmente do com a fase em que a Missão está.
em duas fases bem específicas:
Criação das metas: que são É de grande importância que to-
determinadas a partir dele e das in- dos conheçam bem a fase em que
formações atualizadas da Missão está a Missão e suas perspectivas.
29
Considerações
Finais
Profissionalização

Aprovação Sobre o Planejamento


O Responsável Local e seu Con- Orçamentário (PO) –
selho analisa e aprova os Planos de
Ação dos setores da missão, para
uma dica
isso, pode contar com a ajuda de Como geralmente coincide os
outros irmãos. No entanto, a partir prazos de entrega de PE e PO, devido
dessa aprovação, cada Responsá- à ligação estreita entre eles, sugeri-
vel Local e seu Conselho deve con- mos que, previamente, o Economato
centrar esforços na avaliação dos da Missão faça uma prévia do PO com
resultados alcançados em compa- base no histórico do ano anterior.
ração com as metas definidas mais Existem despesas fixas que irão se re-
do que supervisionar a execução petir e outras que podem ser previs-
das tarefas. tas mesmo antes da elaboração do PE.
Orientamos, também, que, após Na semana seguinte à elabora-
aprovado e dentro do prazo estabe- ção do PE, finaliza-se o PO.
lecido pelo Governo geral, o Plane-
jamento seja enviado à Secretaria
de Planejamento e Gestão para fins Gestão Estratégica –
de avaliação técnica e metodológi- Como não engavetar o
ca e auxílio no acompanhamento
do mesmo.
Planejamento
Está finalizada a Elaboração Queremos explicar a passagem
do Planejamento Estratégico da do Planejamento Estratégico para a
Missão. Gestão Estratégica com o objetivo de
30
GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

garantir que a missão concentre seus tenha sempre em sua mesa, mas você
esforços no que é mais importante não consegue fazer com que o resto
de ser alcançado, sem deixar (é cla- da missão se lembre e trabalhe com
ro) de fazer aquilo que não seja tão base nele, ou seja, estrategicamente.
estratégico, mas faça bem à missão. O segredo para isso acontecer
Vamos ao PDCA, que nos diz tudo está no 3º ponto da regra do PDCA:
o que precisamos fazer para governar o “C” de checar, ou avaliar. E diríamos
estrategicamente nossas missões: ainda mais, avaliar e aprender!
planejar, desenvolver, checar e agir. Mas como realizar esse momen-
O 1º ponto dessa regra, ou seja, to de avaliação e aprendizado estra-
elaborar o planejamento, todos nós tégico da missão? Sugerimos que
já estamos ficando bem acostuma- realizem mensal ou, no mínimo, bi-
dos a todos os anos pararmos para mestralmente uma reunião que es-
realizar, e, cada vez que o realizamos, tamos chamando de Reunião Estra-
aprendemos a fazer melhor. tégica, da qual explicaremos, agora,
O 2º ponto, desenvolver o plano, o passo a passo.
ou executá-lo, é um tanto óbvio, “se
planejei, eu vou executar”. Mas a mis-
são pode encontrar um desafio que
Reunião Estratégica
se chama “o choque do planejamento Antes de falar da reunião em si, va-
estratégico com o dia a dia de traba- mos dar algumas dicas do que precisa
lho”. Existe um risco de você trabalhar ser feito antes das reuniões para que
só com o que vai aparecendo no seu elas aconteçam e sejam produtivas!
dia ou naquela semana para fazer: e
este risco é trabalhar muito, se cansar ANTES DA REUNIÃO
muito, e não alcançar o que a missão 1a Dica:
gostaria ou precisaria. Mas também Agendar as datas de todas as
há o risco, por outro lado, de traba- “reuniões estratégicas” do ano e
lhar só com o que é estratégico: que é comunicar os participantes, que
deixar muita gente chateada porque devem ser o Conselho Local e mais
você não se preocupa mais com as algumas lideranças da missão que o
novidades que aparecem e só quer RL ache importante estar presente.
saber do que já estava planejado, Claro que vão precisar ser lembrados
perdendo, assim a flexibilidade! sempre antes de cada reunião, mas o
Este último desafio acontece RL pode pedir ajuda de alguém para
menos. O que acontece mais é dei- lhe secretariar nisso. Devem estar no
xarmos nos levar pelo dia a dia e calendário anual da Missão, com ho-
arquivarmos o planejamento que a rário de início e fim definidos, e sen-
missão desenvolveu com tanto es- do respeitados.
forço e esperança, e esquecendo-o
por um bom tempo. 2a Dica:
Pode ser até que você, Respon- Coletar as informações para ava-
sável Local, não se esqueça dele e o liar o planejamento estratégico. O
31
GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

RL precisa ter em mãos as metas o assunto, para contribuir ainda pendente de ser positivo ou
definidas no seu planejamento mais durante a reunião. negativo.
estratégico. Digamos que a mis- É importante que essas reuni- 5. O 5º passo é abrir para con-
são tem a meta de enviar 15 jo- ões sejam bem preparadas, desde siderações. Este momento é
vens para a Jornada Mundial de o ambiente (altar, cadeiras, equi- o mais importante, pois pas-
Madrid. É necessário levar para a pamentos, etc.) até o material a samos da simples avaliação
reunião a informação de quantos ser usado (folhas, textos, lista de para o aprendizado, já que
jovens estão inscritos até o mo- presença, materiais para dinâmi- a missão vai descobrindo os
mento, sem “achismos”, o número cas e outros). motivos do seu progresso ou
real e concreto, para que possam também de algum fracasso.
avaliar se estão progredindo no
ritmo que permita alcançar essa
Relembrando Informações que antes não
eram refletidas ou comparti-
meta até a sua data final, que 1. Agendar todas as Reuniões do lhadas passam a ser!
deve ser o mês de julho de 2011. ano; 6. O 6º e último passo é definir
Num outro exemplo, a meta 2. Coletar as informações das o que será feito a partir das
é aumentar, a cada mês, em 30% metas, e que estas sejam con- conclusões sobre o resultado
a arrecadação da missão em rela- sistentes; daquela meta, que pode ter
ção ao mesmo mês de 2010. En- 3. Informar aos participantes da desdobramentos variados:
tão, qual estratégia é necessária Reunião o objetivo da mesma. >> Programar uma comemoração
levar para a reunião? O valor ar- numa assembleia com a Obra
recadado nos meses anteriores e DURANTE A REUNIÃO por uma meta alcançada;
nos mesmos meses de 2010 para Apresentaremos agora um >> Ou uma modificação no plano
serem comparados. roteiro simples para a Reunião Es- do que precisa ser feito para
O RL também pode contar tratégica: alcançar aquela meta, acres-
com o apoio de alguém para lhe 1. O 1º passo é a oração! E que centando algo novo;
secretariar garantindo que todas seja mesmo uma oração de es- >> Ou, ainda, investir no treina-
essas informações sejam cole- cuta de Deus para a Missão. mento de alguém para desen-
tadas antes da reunião, ou ele 2. O 2º passo é relembrar todas volver uma habilidade que a
mesmo pode fazer isto. Mas é im- as metas da missão. Para isso, missão está precisando.
portante saber que o responsável pode-se usar um data show,
maior pelo envio e consistência uma cartolina, ou ainda impri- O Papel do RL é muito im-
destas informações é o respon- mir uma via para cada pessoa. portante nessa reunião, não só
sável da meta. Lembra que no PE Não precisa discuti-las nem conduzindo, mas também reco-
cada meta tem um responsável? saber o andamento, apenas nhecendo o trabalho daquelas
Então, quem é responsável por fazer uma leitura delas para pessoas que mais contribuíram
ter atualizada a informação dos relembrá-las. para os frutos positivos da mis-
inscritos na Jornada? O coorde- 3. O 3º passo é identificar quais são, bem como anotando o que
nador do projeto juventude ou metas estarão sendo avalia- não for tão positivo, para de-
quem detém a responsabilidade das naquele dia, pois pode ser pois, reservadamente, dar um
dessa meta! E quem é responsá- que não dê para avaliar todas feedback com caridade, sem-
vel pela informação da arrecada- sempre. É importante que pre acreditando que podemos
ção, mês a mês, da missão? Prova- isso seja informado no obje- aprender mais com os erros do
velmente o Ecônomo! tivo da reunião comunicado que com os acertos.
aos participantes.
3a Dica: 4. O 4º passo é pedir para o res-
Informar aos participantes ponsável de cada meta apre-
Treinamentos
quais os objetivos daquela reu- sentar o resultado alcançado Diante das atribuições que nos
nião para qual eles estão sendo até então para cada meta e são confiadas, precisamos bus-
convidados, pois eles já podem ir dar sua opinião sobre os mo- car a capacitação para cumpri-las
se preparando e refletindo sobre tivos daquele resultado, inde- bem e de acordo com a vontade
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GESTÃO ESTRATÉGICA NA OBRA SHALOM: UM GUIA PARA AS MISSÕES

de Deus. Essa capacitação nos dades através de questionários, fundamento, o âmago de nossa
vem, primeiramente, pelo auxílio dinâmicas, acompanhamentos e vocação” (art. 03). E os nossos Es-
da Graça, mas o Senhor nos cha- ainda de sugestões das autorida- tatutos, no capítulo da comuni-
ma também a nos profissionali- des do Governo Geral. dade de vida, sobre vida apostó-
zarmos nas nossas atividades em lica, Art. 71, nos diz também que
vista do crescimento da Obra. “A Quem deve participar dos “busquemos desenvolver e uti-
profissionalização é fundamental treinamentos? lizar todas as profissões e meios
na Obra Shalom. Constatamos A liderança da Missão é convi- necessários para o crescimento
sua necessidade, além de reco- dada, mas, especialmente, o Con- da Vinha que o Senhor nos con-
nhecermos que, sem dúvida, é selho Local. fiou como um talento a ser mul-
vontade de Deus nossa profissio- É importante, porém, que, tiplicado”. Dessa forma, enten-
nalização para o bem da Obra.” diante dessa necessidade de pro- demos que devemos procurar
(Profissionalização, art.01) fissionalização, não esperemos outros meios de capacitação pro-
Para atender essa necessida- que todo o treinamento de que fissional, como cursos, em outras
de, a Secretaria de Planejamento precisamos venha de algum se- instituições, gratuitos ou não,
e Gestão prepara e envia mensal- tor da Diaconia Geral. O mesmo que nos auxiliem a fazer a nossa
mente para todas as missões um escrito, Profissionalização, nos “companhia de pesca... funcionar
material de treinamento básico diz ainda que “devemos, portan- bem, a fim de pescar com cres-
para as lideranças da Missão. Os to, investir com empenho nesta cente eficiência e assim fazer
temas são escolhidos com base profissionalização, sem esque- crescer o Reino de Deus” (Profis-
na escuta das próprias autori- cer, entretanto, nosso principal sionalização, art.02).

ANEXO
Sugestão de cronograma das Atividades
do Retiro de Planejamento Estratégico

Apresentamos ao lado de cada atividade o tempo médio gasto


em cada uma a partir da experiência de elaboração do Planeja-
mento em algumas missões.
Sugerimos que se apresente o conteúdo didático de cada parte
do Planejamento à medida que for construindo-o.
1. Oração Inicial com Escuta e Partilha (2h)
2. Apresentação da Missão (15min.)
3. Construção da Visão de Futuro (1h)
4. Análise Ambiental (4h)
>> Apresentação das equipes
>> Escolha dos principais pontos

5. Apresentação dos Objetivos Estratégicos (10min.)


6. Apresentação e Construção dos Indicadores e Metas (2h)
7. Tempestade de ideias (2h e 30min.)
>> Motivação
>> Adoração
>> Tempestade de ideias

8. Explicação do Plano de Ação (1h e 30 min.)

33
BIBLIOGRAFIA
COMUNIDADE CATÓLICA SHALOM.
Escritos. 5ª Edição. Aquiraz: Edições
Shalom, 2007.

COMUNIDADE CATÓLICA SHALOM.


Estatutos da Comunidade Católica
Shalom. Aquiraz: Edições Shalom,
2007.

MINTZBERG, Henry. Safári de estra-


tégia: um roteiro pela selva do pla-
nejamento estratégico. Porto Alegre,
Bookman, 2000.

PAGNONCELLI, Dernizo; VASCON-


CELLOS Filho, Paulo. Sucesso empre-
sarial planejado. Rio de Janeiro: Qua-
litymark, 1992. http://www.strategia.
com.br/Estrategia/estrategia_corpo_
capitulos_analise_ambiente.htm

http://gerisval.blogspot.
com/2010/05/brainstorming-ou-
tempestade-de-ideias.html

Gustavo Periard
http://www.sobreadministracao.
com/o-que-e-o-5w2h-e-como-ele-e-
utilizado/
Moderador Geral
Moysés Azevedo

Formadora Geral
Maria Emmir Oquendo Nogueira

Assistente Geral
João Edson Queiroz

Secretário de Planejamento e Gestão


Eric Buarque

Redação
Raniere Cristina Castro de
Mendonça e Eric Buarque

Projeto Gráfico, editoração e capa


Everton Sousa de Paula Pessoa

Revisão
Keila Maciel Marques
“A Profissionalização é fundamental na Obra Shalom” (Pf, 01)

CE 040 – s/n – Km 16 – Aquiraz/CE – 61.700-000


Tel.: +55 (85) 3308.7425
www.comshalom.org
planejamentomissoes@comshalom.org

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