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Abbud, Bcncdho
C'rlando pa'"grns: g·u1111 dr trabalho rm :~rquhcl uu
palugtslfca I Bc.ncdllo Abbud ; (llustr.a(Ot." 11~110
Benedito Abbud
Yol.omltoJ. - ~o Paulo: 'fdllor.. Sc-nac SJo Pnlo. 2006.
ISBN 8S·7JS!J-4!7·X
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06-1651 CDD·m
fndittS pu:a cat;Uogo tl\ltmátft'o:
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I. ArqU1ltND paWg:UtíCI 711
2. JaréUru : Projetos pabaghllcO) 711
), Patugismo arqultctOnlro 71l
Criando paisagens
GUIA DE TRABALHO EM ARQUITETURA PAISAGISTICA
Abb1.1d, 8t"ntdlto
Cri~ndo palugtn): guhl de lnb~tlho rru lrquht'IUrll
p•l.ugbt/('1 I Butdlto Abbud : (llustr~çóu ll~l/o
Benedito Abbud
V"ot omlxOJ. - S!o Paulo: ~dltona Sm:ac ~o P:lulo, l006.
fS8N 15·7J59·487·X
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06--)651 CDD-711
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lncUtt:J pan c:a.tilogo sh1udtka:
J, AtqUild\ln ~lt.a,U:tio 711:
2. Jardlru. : Projetos p.tiJ.Igíni('O) 711
1. Palu&:bmo a rquTitt6nleo 712
~'1S'T'UCÃO RmtoNAI.-DCJ Snw: NO ESTADO DE 5AO PAIJI.O ,AS SOCIAÇAO SALGAD-O DF.
Prf:s.it/""ze do Conutllo Rcgio!Ull: Ab~m S:ujm11:n
OliVEIRA DE EDUCAÇÃOE Cu1.TURA
DltTtOr do l>tpoattlli'IU'IIID Rrg;oMI; lutz Fru<isro dc- As1is ~ado
i;::.~~~:~-~t~-~~~~~-;
SNJX'riJJTrr&dt'fllte UP~1Pr.nillfrio r dr lk'shti"Ol•irrrmro: lv.iz. CulO$ Dourado
Sua cxpcric!nc.i:t no exercício da profissao ao longo desses últimos trinta anos 3parrce
dara~c::m: em seus rcxtos. nos qu:Jb é transmitido ao le1loros conceitos básicos projctuais
do patsaglSmo. o uso dl' femmentas e de materiais vegetais c:: míncrais. Tudo isso feito
de maneira direta. sob a fonna de ·guia de trabalho". que scrvir;l nllo apcna.s " estudan-
tes. mas também a profossionais provenientes de diversas áreas de forma~âo envolvidos
na construção de paisagens.
que existe. até porque cada profissional, ao longo do tempo, desenvolve e molda sua
maneira própria de trabalhar e organiUir seu cotidiano.
10
,,
O ponto de partida deste estudo foi minha dissertação de mestrado Vegetação ,. pro- d itulos msaltando-os à margem
Busque.í demarcar tr«hos imponan1es e.ssts cap . • . . ávido
jtto. Esrudos dr: caso em Stio Paulo, com as rrjlr,xões de um arquirew. orientada pela das páginas do livro. bem como destaquei palavras-chaves para que o le~tor maiS
professora Miranda Martinelli Magnoli e apresentada à Faculdade de Arquiterurn < Ur- pudesse d~tuar uma lrirura mais imediata.
banismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). em t986. Devo confessor que. logo Por fim. mas não por ultimo. aproveito para dd xar negistr.Jdo os agradedment~s para
que acabei esse IT3balho acadêmico, não me passou pela c:abec;a publká-lo na forma de minha equipe de trnbalho, que testou esses conceitos na prático c me aj udou de dtversos
livro. Mas com o passar do tempo c o interesse que ele desptnou em.n:. alunos e proffs· modos 3 "'finar este trabalho. E agrndcço espo:cialmentc a Hl!lio Yokomlzo, que prtpa-
sores, fuj motivado 3 pensar seriamente na sua edição. rou a maioria das Uustrnções utilizadas. a Guilherme Mazza Dourado, qu< se e ncomgou
da edição de texto. e a Haruyoshi Ono. ptla gentil autorização para rtproduzir o desenho
De lá para cá. tratei de aprimorá·lo com diversas ahrrnçõcs e acrisc:'imos par.~ tomar
sua leitura mais fácil e abrangente, embora sem nenhuma intcn~âo de esgotar o assunto. de Roberto Burle Marx.
Busquei construir mais uma visão de conjunto do que me ater a detalhl'S ou problemas
particulares. E. por isso. uão me aprofundei em questões tcknicas sobrr veger:~11ão. :)S·
pecros c:cológ!cos e agronõmicos. qu~ extrapolam os objetivos deste livro. Em resumo.
o resultado que Jqui se apresenta é antes um esfor~o dr abrir discuss:'io c bu.srar
desmistificar modos de pensar e fazer.
No que diz respeito à estrutura, o livro esta organizado em oito caphulos. O primeiro
funciona como introdução às idéias ess~nciais da arquiterurn paisagística - atE porque
não dã para falar direto em projeto sem saber o que é espaço. lugar. proporção. escala.
ttc. O segundo capítulo discute o papel da maqucu: como ferrnmenta tridimensional.
muito Util no inicio do aprendizado dC" projeto c no domínio das vari~vcis espaciais. Do
1erce.iro ao quinto capitulo, esluda·sc como se familiarizar e trnbalhar com o~ diversos
estratos de veg~ração. sem que seja necessário profundo conhecimemo botânico ;obrr
plantas. O sexto capitulo aborda os materiais c os elementos cons1ruidos tom mais
freqOcncia atualm~nte nos jardins. O sétimo capitulo enfoca como driblar a crescente
falta de <-spaços para áreas v~rdes nas grnndes cidades brnslleiras. recorrendo aos jordin>
sobre lajes. hoje cada vez mais frcqücutes. A última pane concentrn-St na explicação de
todas as fases do projeto e nas formas de bem atender aos clientes.
12
Espaço em paisagismo
O paisagi.smo é a ünica cxp~sâo art:istica em que panidpam os dnco sentidos do su
hum~no. Enquanto a arquiteturn. a pinturn, a esculturn e as demais an<S pl~stieas usam
c abusam apenas da visão, o paisagismo envolve tambêm o olfato, a audiç;lo. o paladar
e o tato, o que proporciona uma rica vivência sensorial. ao somar as mais diversas e
completas experiências percrptivas. Quanto mais um jardim consegue aguçar todos os
scnlfdos. mclhor cump"' seu papcl. Mas como atuam os sentidos e como podem ser
estimulados em paisagismo?
"Também túdO atrai
FlGURA l . 6 no se invcn"- O primeiro plano se move
to.f «dnlW'IQ oa V)saD: os Para uma p~soa em movtmcnto. esse r~.n me ---' E assim suces- 0 olfato nas áreas
planos orOJomos sao d . gundo plano. mais que o t.,,.,ro.
DetceolóOs com maJS
mais rapidam<ntc que o scgun o, o se ~ a nitidez do que ajardinadaS. seja
nrtldez 00 que os sivamente. de modo qu< quanto mais r:ipldo é o üesloeammto. menor ressa uc se ror- pelo cheiro das
Dlànos UoS1l!II10S, está próximo. Os detalhes do primeiro plano acabam passando rao dcp q plantas no ttescor
nam mtnos importantts do que o fundo. da manha, no cair
Quando a vlsllo foealiza os elementos v<gtlals. ptrcebe as fonmas das copas. flores e da tarde ou em dia
folhas dos caules e galhos. Investiga as inúm<ras cores das florações. folhas e fOlhagens de chwa. seja pelo
e info~a tambõm sob"' as rcxruras. macias ou ásperas. miúdas ou graúdas. sobre os odor aa grama
p~ntcs em folhas c flores.
efci!os d< lisura ou rugosidadt, de brilho ou opacidade recém·cortada."
A visão acompanba a aança das ramagens e das copas ao vmlo. Encanta« com o
brilho do sol que aquece c ilumina. com a chuva que escurctt e molha e rambbn com a
eseuridao da noite, pontuada pclas luzts da lua c das estnlas.
o tato opera de outro modo. Preelsa do contato direto com os .Jtmmlos naturais. de
modo que perceba se sua ttmp.rarura é quent• ou fria, se hã rugosidade, lisura, aspere-
za. maciez ou dureza. o raro tamb<m infonma sobre o ealor do sol, a fresrura da sombra
t outras stnsações.
Jã 0 paladar possibilita conh=r os jardins de maneira diferente: faz a boea regalar
com diversas frutas e flores comesriveis que povoam os espaços ajardina:dos. Permite
·o paisagismo é Mundo dos sentidos saborear os temperos e as ~eciarias - que, colhidos frescos. enriquea:m a comida - ou
a única expressão os chils e as infusões de folhas • srmmtcs qlte acalmam ou estimulam.
A visão é um dos semidos mais compltxos do ser humano. Não C um recurso estáti-
artística em que
co, e s im ágil e móvtl. Passeia à vontade sobre os elementos que estão diante de si. Tudo é som nos jardins. A audição faz conhe«r o munmúrio das águas. o farfalhar
participam os cinco
sejam eles próximos ou distantes. Seu fundonamento pode ser explicado como um me- das folhas. o sacudir dos ramos ao v<nlo, o ruido do caminhar sob!ll pedriscos, o canto
sentidos do ser
canismo que capta uma seqüência d~ planos, que vão perdendo nitidez à medida que se dos pássaros.
humano:
afastam. Também rodo atrai o olfato nas áreas ajardinadas. seja pdo cheiro das plantas no
A visão apreende com mais clareza o que está em primeiro plano c com menos defi- frescor da manhã, no eair da tarde ou em dia dt chuva, seja p.to odor da gnma ftdm-
nição o q ue está no segundo c terceiro planos. Por fim, atjnge o fundo e percebe apenas coJtada. pelas nuvens de perfumes que diversas flores. folhas. cascas c RIIIOS podem
uma mancha desfocada. Mais isso não ocorre sempre assim. exalar em vários momentos do dia e da noil"-
t6
FIGURAS 2A E 28
..---
Obviamente h;} cheiros mais agrnd:ivds do que oulros. de mí'ncirn qut" flores b:ls- o.•--•os
paoSaBISI>CO •
espaQD$
l3nle perfumadas posslbiliuun carncttriz:ar ccnos lugares de estnr e c::amínhos ou mrs-
mo formar jardins temáticos de aromas. que se trnnsformam ao longo das estoções do ~-
ano. Mas todos c:sses recursos que penencem 3 essencia do paisagismo ganham mt·
~·
~
lhor expressão apenas quando cstao arrnnjados segundo alguns prindpios. formando
um espaço.
Essência do espaço
A esst:ncia do espaço em paisagismo é diferente daquela da arquitcturn c do urbonis-
mo. pois resuha de matéria-prima distinta, obtida de elementos c condirionantcs do
naturuo:
devo ter om monte que as formas espaciais são Ouidas. líVTCS c instãveis. como uma "NO jardim, sempre
• o ar. que rudo envolve e faz viver os seres. é o elemento que rcspirnmos: de ar é 0 bolha de ar que se expande com desenho caprichoso c imprevisivcl e .., rdaciona com se deve ter em
espaço. c o espaço é fundamental par:a a paisagem: uma bolha de ar maior. que é a abóbada celeste. o teto mais alto de todas as paisagens. mente que as
fonnas espaciais
• a água. que c sempre o centro das atvtções do jardim. excn:e fasclnio sobre as p<:S- A arqult<tura paisagística limita c subaivido os espaços. Mas esse ~r.~balho n~o surge
são fluidas. rMes e
soas, cspclha o céu e proportiona tranqüilidade. quando em supcrficies horizon1ais ao nada, pois há sempre um espaço fisico prtcxistcnte sobrt o terrtno que sofim inttt·
tnstáveíS. como
sem movimento: vençao e se estende pela paisagem do entorno. Os volumes v<gctais c consnuldos pro-
postos dividirão osse espaço inicial om unidadrs menores. que serão percebidas c
uma bolha de ar
• o fogo naz luz. calor e aconchego ã noite. quando em tochas. pirns. fogudms c que se expande
mesmo em lareiras ao ar livre: vivcnciadas em rclaçao às maiores.
com desenho
• a terra. que é o hãbiwt da fauna c da nom, funciona como base de nossos projetos: Para explicar o espaço paisagistico. aplica-se bem o antigo <fimdo cblnés que diz que caprichoso e
o imponantc não ê a forma exterior do vaso, mas a forma do vazio que ele contêm.. Ou imprevisivel."
• a nora fomttt o principal material de uabalho ao arquiteto paisagista:
sfja, o imponantt é pensar não somente nos cheios. no papel Isolado das supcrficics e
• a fauna vive c contribuJ para o cquilibrio das árr~s ajardinadas; dos volumes ddinidos pelos plantas. mas prindpa.lmcntc no que r<:SU!m entre das. os
• o tempo. que é uma espiral ascendente. muda a paisagem. faz transformar. cres«r e vazios mnsformados tm espaços. a panir dos elementos narurais. 5"m esquecer que
amadurecer o projeto de paisagismo ao longo das qua1ro estações e ao longo dos eles são dinâmicos e mudam ao longo aas estações e no com:r dos anos.
anos. Para um escultor, interessa o volume final de sua obra, c n~o o oco ou vazio que da
18
Ponanto. trabalhando-se com esses elementos dinâmicos. não é possível nem desejá-
vel planejar ambient<~ geometricamente precisos c perma nentes. No jardim. st·mprc S<
conttm c gernlmente ningurm vé. Em paisagismo, a siruaçao i distinta.. lntacs:sa uaba-
lhar com as tensões entre os vazios e os chtios na composiçao dos espaços; san isso eles ,.
FIGURA 3 "Para um escultor,
Há que se plonejo• 0 que est.,á ocima de nossas cabeças. como os tetos na arquitdUr.l.
"Três p&anos pnnC'Ipa}S do interessa o volume
esoaco Pillsagtstk:o. utilizando-se as copas das árvores, os pergolados, os caramancltO.s. etc. Deve-se pensa.r
final de sua obra, e
também no que estará na frente de nossos olhos, funcionando ma.is ou menos como
nao o oco ou vazio
paredes c balizas verticais: os arbustos, as árvores. os taludes. as rochas, as dunas, os
que ela contém e
morros. as montanhas. as grandes oscodas e os muros. Igualmente importante na defini-
geralmente
ção espacial será tudo aquilo sob os nossos pes: os gramados, os piSOS. as pequenas
ninguém vê. Em
cscados, as rampas, as muretas. as supuficies de água, os elnnentos que podem se
paisagismo. a
esttnder até o horizonte e encontrar as montanhas ou o céu.
situaçao é distinta
Especies vegetais com folhagem. formas ou porre marcantes podem se tomar escul· Interessa trabalhar
wras. desde que colocadas isoladamente. deixondo-se vazios ao redor para sua com- com as tensões
pleta visualização. Sem isso, elas se tomam pane de maciços vr1des e perdem a Indivi- entre os vazios e os
dualidade. Quando bem altas. essas plantas <<'COrtam o horizontr e ganham presença cheios na
contra o céu. vibrando com • mudança da luz sol"' ao longo das horas. composição dos
espaços.·
Espaço psicológico
O projeto de paisagismo deve fazer uso do jogo de dissimular e mostrar certos ele- Quando as paredes sobem e se completa a coostruçAo, com a pintura c os rev<:stlmcn-
mentos. fazendo com que os percursos sejam marcados por pr.u.crosas destobcrtas. A tos, essa sonsação de pequenez começa a desaparecer. Aliás, somente desaplll't«r.l ou
modelagem espacial diversificada por meio dos volumes vcgetab c construidos é a base poderá se confirmar quando os ambientes estiverem mobiliados. Os móveis podtm au-
de um bom projeto paisagfstlco. É por esse percurso que teremos sensações diferencia- mentar virtualmente os espaços, quando são peças claras e com desenho leve c vazado,
das, Incluindo a sensação de beleza. Mas desenhar bons espaço' vai além disso. afastando pslcologlcomente as paredes. Por Isso, as construtoras costumam montar apar-
20 218
FIGURA. 4
Para evrtar aoesez: se
houver DfSOS e muros
OlOensos, COloQue
c:ante1ros entre eles.
tamc.otos decorndos nos stauds de vendas., de modo que os clientes consigam sentir a
real dimensão daquilo que cst3o comprando e não se decepcionem na ent:rega das cha-
ves. com a mort~dia vazia.
Um lugar deve ser sempre agradável e propiciar ronrono. Nos dias quente<. deve EScala ~ a relação que se estabelece: entre o tamanho dos espaços. sl;jam lugar<S ou
refrescar com sua sombra: nos frios. aquecer com o ;oi. E sobretudo deve trr proporção não, r as pessoas. J~ escala humana s upõe espaços adequados às dimrnsões das posoas.
c escala compruiveis com o Ser humana. A escala pode causar vária~ Impressões. como: n:lo <! agraddvd estar sozinho no melo de
um grande est~dlo de futebol vazio. po~ a escala ê esmagadora.
!lá vários modos de qualificar e conrcrir personalidade ao lugar. Por exemplo. com
um ban oo bem posicionado ou conjunto de bancos, mesas laterais r nli'S3 de centro. Tambóm não é bom prnnanrcrr num C>paço muito pequeno ou apenado. Nele ~
24 criando uma sala de estar ao ar livre. Outro modo<' dispor uma ronte, um belo comedouro lncvlt~vel sentir-se rnnl e :tté ter claustrorobln. Da mtsma rorma. uma trilha em curva,
25
FIGURA 6
Escala n1011U"10l>ttl: e estreita e fonnada por densas paredes de vegetação barra totalmente a visão e pode
desagradMJ e.suu provocar uma péssimo sensação de apeno e abafamento.
sozmno em pleno estXJJo
do Maraeana Por outro lado, sentar-se num banco, no alio de uma montanha, sob a copa de uma
arvoreta que define um espaço aconchegante c admirar um a ampla palsagtm propor-
ciona uma maravilhosa sensação. Esse prazer também pode ser experimentado quando
duas pessoas sentadas conversam bem próximas. em meio a um vasto campo gramado.
Elas se sentem muito bem. pois embora estejam num grande espaço. criam uma "bolha
visual" pela sinergia do relacionamento, que deixa a grand<! bolha em segundo plano.
Porém, se houvesse a~enas uma pessoa ali, o encantamento da descobtna das escalas
do gramado cederia terreno aos poucos para uma sensação de desconforto. Portanto, as
escalas dependem de referências c dos modos de uso dos tspaços.
FIGURA 7
O lugar de estar para uma ou duas pessoas que se conhecem deve ser propositalmente
Escala reduZida· espaços pequeno, para ser lntlmista, ao passo que receber um grupo de pessoas que não se
murto pequenos ou relacionam exige necessariamente um espaço bem maior. No caso de uma área C!SPOni·
aoertadOs podem caLJSar
mal-estar ou provocar va, onde a atenção nos jogadores é tão forte, faz pouca direrença a escala humana do
claustrorooo espaço. O mesmo acontece em grandes ambientes preparados para receber multidOes.
Nas cidades brasileiras, a vegetação poderia ser bem mais utilizada para corrigir e
melhorar as proporções e escalas - freqüentemente desumanas - dos espaços urba-
nos. em geral fonnados por massas de construções desconilnuas. enorme quantidade de
postes, muros, semáforos, fiações, outdoors e tanta poluiç~m visual. Ao longo ae meus
trinta anos de atividade profissional, tenho defendido isso. Mas lnrCllzmente nem todos
pensam e agem assim. É tOt!lUm ver muitas lntervençõts urbanas que n~o utilizam a
vegetação nem se preocupam com o que deveria ser seu objetivo primeiro: atender e
melhorar a vida das gcssoas.
26
FIGURA 8 "EXplorar o passar
Pontes foca~ são íltrauvos ontos ro~aís: esculturas. pninéis. edificações ou mesmo espécies vegetais com ~o~as entre certos
que arrematam camlflhos I' r I d " er Iluminado artlfiCial-
difcrcntc.'S f: vistosas. Preftrenc:ialmcntc todo ponto oca ev s · elementos é
e persoecu~.-as.
ente para ficar visível wmbém à noite. considerando seu papel cenognlflco e como
recurso
:fer(ncia d< localizaç~o para as pessoas. em áreas maiores. Mas é preciso ser hábil para
Interessante para
cscolhér quais ser:lo os pontos focais. ajusrando-os pcrfeitamenu: ao seu ~ntomo. ou
criar sltuaçoes e
soja. não colocando algo muito grande num es11aço que nlio comporta ou v1ce-versa, e
sensações
assim por diante. diferentes das
Explorar 0 passa r entre cenos elementos c recurso interessante para criar situaçõos experimentadas nas
e sensações diferentes das experimentadas nas demais panes do jardim. Isso se obtém demais partes do
com caminhos sobre a água. com passeios entre d~as gramadas, entre canteiros de jardim."
forraçõcs coloridas. entre maciços de arbusto);, entre rcnques de árvores ou palmeiras,
etc. o efeito sem mais fone ~c os caminhos forem relativamente estreitos. fazendo res-
saltar o que hâ no entorno.
Na criaç~o dos espaços c suas hierarquias. é imponante ter em mente o que significa
0aqui e o a li. o próximo c o pouco distante. o que há ao redor do observador e o que ele
vê em segundo e demais planos. Pode-se sugerir maior profu ndidadc espacial se houver
um adequado jogo entre o aqui e o ali, com base nas estratégias apontadas a seguir.
tadas a seguir. Pilares espaçados regulam•ente, arcadas, colunatas de palmeiras ou qualquer con-
junto de cauleS' r~ e pcrlilados cJjam uma marcação mui1o ütil entn: o aqui e o ali,
Um jardim ou paisagem projetada pode empregar pontos focais, que s.~o elementos
rnan1endo transpnrênc:in e ligac;ão visual entre des.
28 dispostos nos espaços ou no final de caminhos para arrematá-los. IH vários 1ipos tlc
FIGURAS 9A E 98 ·~ passivel
AQui e alo ~ PQSSI\'CI I'S de 6rvores vertlcnis dl'$tnh~m nllos muros v<rdl'$ quo podem ser mais ou
sugenr maoor ll<OfoJil(!....,., Ronqu d · cia da copa aproveitá·los
- d•p•ndrndo do <$pnçamcnto dos raulcs. a 1ranspan:n • •
"'').)CCailii10C1JJ.>odo.se mt-nos tronsparrnl-· "' ~ d [elementos da
ooueMoro..mo.,., ou mr.smo se as rolhas c:atm no in vemo. tleixando entrcve:r o ali. Por sua vC'2. rtnqucs c
observaoor e o oue el(o
pa1sagem1 mesmo
, horizonlais compõem ttlos que romccrm não apenas agrndávcl abrigo. mas
..rvorrs r quandortao
-.-
~..,segundo e desenham sombra:s densas que marcam brm o lugar. o aqui. t'-m contr:asu~ com o a a
rnsolarado c a paisagrm dls1on1c.
pertençam
necessariamente à
Brios poisagcns ou pon1os de visw podem ser mais rcalçados quando enquadrados
area que está
ou emoldurados por meio do aberturas cs1ra1égicas nos maciços de vrgr!açao. da
sendo projetada.
Jransparinda rn1rc os caules de ôrvorcs e coluna1ns de palmeiras e mesmo com drmcn·
Isso chama·se
10s construidos (arcos melálicos para 1rcpodciras. pónicos. arcadas. treliças com janelas. capturar a
muros com abcnuras).
paisagem. e
Falando ainda sobre como lrabalhar com visi<IS a distáncia c demen1os da paisagem, permite ampliar
l posslvd nprovellá·ios mc•mo quando ndo pertençam n~essariamcn1e à árca que está virtualmente o
sondo projetada. Isso chama-se capturar a paisagem. e permilc ampliar vinualmcnte o )ardim além de seus
jordim allm de seus limhcs fisicos ou de propriedade. Um modo de se ob1er esse erdto limites físicos ou de
~ ranr o gramado 1rrminar numa scqOéndn est:~lonada de arbus1os baixos. médios e propriedade."
allos. de modo o encaminhar o oihnr para cima c razer IJerccbrr momanhas longlnquas,
por exemplo. O r«uilado r.nai sugere que a paisagem pertence ao jardim. Por contarem
com árras muito rcs1ri1as paro seus jardins. os japoneses usam c abusam drsse r«Urso.
Espaço pontuado <um procedimento indicado para vastas ~r:cas. Pontuar significa
<$palhar. salpicar elementos vegr1aí:o ou cons1ruldos. de modo a balizar um espaço mui·
lo amplo. criando rrrrrcnclas para o observador que ajudam a diminuir a sensação oprcs·
slva da> grandes dlmensOes e a presença demasiada do c~u. Eo que se faz. por exrmpto,
quando um soldrlo grande ao lado dr uma 1Jisdna recebe coqueiros. que ajudam a at~
nuar as csrolas c a vlbrnç~o intensa do sol.
• J<U..... 1.-<u.. • O humor na paisagem é maravilhoso! Normnlmemc acon1ecc quando surgr de rt-
30
pcmc. qurbrnndo a mono1onia e nos SUI]Jretndcndo. POde srr um objeto trivial em esra-
31
FIGURA 10
EllQUa<lramemos; 0 "Tratando-se de
• sombra. dos aromas r soborc:s. Nesse proctSSo. o paisagista leva mais vantagens que
--
PoliS3genS "'""essan:es estética. é
POOemse<~pat arquit<to, porque usufrui de mais liberdade de a)<lo.
interessante
mol<luras de'~ au
0 arquit<to paisagista não cst<l obrigado a seguir regras ·restritivas. como as dos c~i c11amar a atenção
gos de obras em arquitetura. que impõem dimensões e altu= mínimas para os ambten· para o fato de que
tts. assim como largum de escad3S. tamanhos de janda • toda sonr de normas. Em
ela não .surge do
jnísagi.smo, a liberdade ê mªior • brm p!Õxima da pintura. por .xemplo. tm que tudo r
nada. AO contrário.
pos.slvd • o objrtivo central 1: encantar pda bclez;~.
trabalha com a
~ na arqultrtura jã se falou tanto que a forma srgue a fun)<lo. rm paisagismo pode- hí.stória.mesmo
se diur que a função c: proj~t~r boa forma. A estl'tica é a p·rimdra função do paisagismo quando pretende
c t por meio dtla que se consegue >tingir e emocionar o espectador. Mas o paisagismo mudar os rumos
pos.sui outras funções também imponanttS. dela:
Hoje. com o ritmo de vida mais acderado c o conlinamento domrstlco causado pela
insegurança dos ruos, o paisagismo traz • notureza para peno das ptSSOas. Nas :Iras
tratadas paísag'tstiC3lllentr. as crianç3S e os adolescentes podem crescer. brincar. com:r
• dtSCobrir as plantas. Nelas os adultos e idosos podem rrlaxar c r<carrcgar suas battrias
para rnfrcntar o dia-a-dia das grandes cidades.
H:l alguns equipamentos que são utilizados por rodos as pessoas da fam r
d i . ld . . . I 13 nos ron-
om nros m endars: arras espon1vas: pistas de eooper: c011:..~;unros oq U•ticos:
, 3rC"as
com mesas. churr.uqueira.s. fomos paro pÍ22a e fogões: j ardins. pomares r honas.
As quadras
. esponivas. especialmente aquelas coro piso
....,. mistenre ("'
...mrntado. por
exrmplo}. rcm mil • uma utilidades ao longo do dia e do ano. De m~nh:l. podem 'l<nir
paro as. crionças andarem de triddo e bicíclrta. À tarde, os maiores podem pulor ronl>,
ro~r.Jogar. fazer ginástica c atr andar de skare e patins, se nilo houvu pisras odequada~
À noile. quando iluminadas. silo locais favoritos poro futebol ou võld dos aduhos.
Pensando ncles. é sempre conveniente posidonor uma praça de estar ao lado da quaclr•
Enquanto esperam 3 vez de jogar. é lã que v.io bater papo e depois rambem romcmom
as vitórias c derrotas e tomar a cervc;jinha.
No decorrer do ano. as quadras se presram "mbéru a v:irios tipo> de cvenro: ft>I>S Ao r<dor das piscinas, deve haver geralmente uma :lrco pavimentado para banho de
juninas e natalinas. aniversários c reuniões condominiais. se nfio houver sala apropriada sol, com espreguiçadeiras c mesas, e rambem pergolados e sombra para quem nQo quer
se bronzear. Em situações especiais. esse local pode dispor de bancos paro hldromaS$agem
Quorno aos conjuntos aquáticos. dispacm geralmente de piscinas pam crianças c
nos costas. hidromassagcru vertical para todo o corpo. jntos de :lgun pam massagear os
odultos: sao cobcn n> e/ou abertas: aqU<'Cidas ou não. dependendo da região: <'Om for·
ombros c alivior as tensões.
matos de ral~s pnrn tlillaç·âo ou com ronnas livres e curvas para n:creaçUo: com ou ~em
bores. com bancos parcialmente imersos c salário molhado. Há detalhes imponarH<> Em r<sumo. o impor.ante é estar atento pora os mudanças de gosto e costume e
para os bordos das piscinas. dependendo d<7 efeito desejado. Por exemplo, h:i desde a incorporá-las ao projeto. Nilo adianta colotar coisas que as pessoas n~o mais se lntcn:s-
sam. pois s~rilo desprczodas.
borda prainha. que imi1a o encontro da areia com a água do mar. ;ué a borda mfinrta.
quondo uma parede lateral é mais baixa que as demais. fazendo com que a lâmina de
água >C derrame e se some 30 céu ou ~ paisagem distante. como mor ou logo. .:~ a
42
Maquete como instrumento de criação
H4 volrtos modos de se aprender a projetar rm IIBI>al(ismo, ma~ cenamen1e o mais
did411co dtl~ o! romc~ar com uma maquete. Elo ajuda a Iniciar o r.ludo das relações dr
compo>l~ao r dt~rrmln•r o papel que os ~tios tipos dr vrgrta~ao - os ffintos arbórro.
arbustivo r dr forn~ao (ver capilulos 3. 4 r S) - podem a~o.,umir no dcsrnho espacial.
efeito se. conseguirá com :irvorts ~!tas ou baixas, com copas horizontais ou verticais.
com grupos de arbustos associados a mnteiros de herb:\ccas, etc.
Alguns materiais são necessários para a construçoo da maquctc: ploca de isopor par•
servir de base. palha de aço c esponjas para os volumes vegetais. palitos para M ~ron cos.
serragem para as forrações, tintas e perfumes.
Arranjo volumétrico
O elemento prindpal da vegetação na criação dos espaços é o seu volume, o fonnJto
de sua mássa, de seu cheio. Com base nisso, expc_rimcntc criar c dispor volumes agru-
pados, enfileirados ou isolados. usando a palha de aço e as esponjas. Vã organizando
simultaneamente os vazios entre eles. de m9do que resultem em lugares c não·luga·
res, que s\jam estreitos, largos, fechados, abcnos ou voltados parn alguma vista intt·
rcssante. Imagine elementos isolados ou conjun1os dc vege1ação de vários poncs.
Visualize onde vão csiar as forra,ões para pisar ou simplesmente cobrir o ch•o de 1cxtu·
·---·- ·-
lttllf"»> -Jto 4U$h(t" t» f~ Al'lf\.IA. Cl c:PJ.C;O
46
ras variadas.
"Percorra a Depois pucorr.~ a maqu.e te com os olhos, como sr estivesse d
maquete com os buscand o perceb e.r as diferentes sensações dos csparos ex • • <mro daqu.re mundo. No posicionamento desses dementos rscullóricos. dt preferéncia aos locais de ~ "Nao se esqueça de
como se . • . .. · pennu~nrando corn pda ou aos pontos no final dos caminhos, que são visualizados por algum tempo ao que hã SituaÇ(Ies
olhos, mrus rapodo nas :ircas c:stn.'.itas e longas c se diminui o passo . o se ••do JoaCo do ~o. Nlo se esqueça d< envolvé-los com vazios para qu< se destaquem do em que as floraÇOes
estivesse dentro No te como e· bom parnr numa :irca de estar com bancos para a ~ •d-esw10
· .
daquele mundo,
Prccmr 3 VUfa sent
"'-
ftmdo e ap~m na cena. sao mais bem
convmar numa mesa o u tomar sol num amplo deci. ao lado da piscina. · "'Pm
visualizadas de
buscando perceber
Se há ruas e avenidas na propo<la, imagine-se percorrendo-as composlçao de cores cima e. portaniO,
as diferentes d d . . num carro, em vcloo
a e muno maoor do que a de um pedestre e experimentando ta b . . · procure imapJnar
sensações dos seq· . I . . m •m uma VIsão Ap6s a colocaçlo dos volumes. escolha algumas cores < pinte a maqutt<. Use < a~
uenc1a muno matS acderada das coisas. Dificilmente os detalh~ ~ . espécies que
espaços. .. ~ se...o \'Jstos rn~ da palhda dt cores associada aos dementos da naturna.
sua atenção coneenu:u-se-ã nos con;untos de formas t•~u~· 0 • floresçam na parte
. . . :~ . • ......... , ·- u COrtS: nas alms ét
expenmentando palme1ras ou de arvores nondas. nos mac1ços de arbustos ahos ou ba . ~ colorindo as folhagens com divCISOS tons dt verdr. Use verde-pettólco para
IXOs. nas forraçon superior das
como se anda mais que se estendem por grandes extensões. por exemplo. as mais escuras. ~me-alface para as mais claras. v<rdc prateado para aqudas qu< brl- árvores. Nos casos
rápido nas áreas lballl aa luz. vmadho < amardo para folhagens variegadas. < assim por diante.
Além de variad_o e rico. o co~ponente volumétrico da vegeoaçiio pode modlfirar-s. em que a vivência
estreitas e longas e
no decorrer das dofercntes estaçoes do ano. Isso prrmite criar grralmerur do' . Em seguida, defmacores para a Horaçao. Como num quadro, a disposição< a fRqiitn- das pessoas se
se diminuo o passo hpos
bas·ocos d e espaços: somb reados e confonâvcis sob as copas das árvores no "verão· cla das manchas <dos pontos coloridos são fundammtais para a composição < a banno- darã sob as <XlPiiS.
nos ambientes
ensolarados e quentes quando os ramos perdem as folhas na estação fria. Por outro lad.. illi dos resultados. As nores de tons rosados. amarelos. vermtlhos. azuis. violetas, mais use espécies com
maiores. r... t esses mesmos espaços proporcionam sensações diferentes ao longo do ano: p;.....; 1111 - cknsos. slo abundantes nas esp<cies brasileiras. N~o se esqueça dt que hà flores pendenles.•
maiores quando as árvores ficam sem as folhas no invrmo c menorrs sob as copas sltuaçOa em qu< as norações são mais bem visualizadas de cima e, ponanto, p~
vcrdo:jantes no ve<ao.
vlvmda das pessoas sr darã sob as copas. usr espécies com nores pendentes.
Na distribuição das massas verdes. é n~rio 1omar ceno cuidado quando se uso,
vegetação como elemento i$olado, como escultura no Jardim. Essa fantástica poss1bili· t Importante lembrar que os diferentes espaços < as ~locidades com que são aprttn-
dade pode ser obtida pela forma. cor ou tc:xtura rncontrada em várias esp<cies. mas,.,. tlltlos atAo dirttammíe rdacionados à extensão de cor. que. quanto maior for, mdbor
dúvida o volum< é o aspecto mais marcante e permanente durante as rstações. sai Ylsla a distlnda. l'tocuR usar pequenos pontos isolados d< cor quando o janllm
ror ]leiiSIIdo para ser fruldo de peno. Ness< contexto, as formas, as tonalidades e a
Empregados como escultura, uma planta isolada ou um maciço de plant•s dmm
1ldrza da nor isolada adquirem grandt imponãncia
permanecer soltos. com muito vazio ao seu r~dor. de prefcréncio com iluminação noturn•
cuidadosamente planejada. de modo que possa se tomar ponto focal do espaço ou lug>J Oddadol ~ fundamental prevrr na maq~ete as mudanças cromãtlcas que OCOITml
onde está. É bom lembrar que a apreensão de uma escultura melhora considcra•tlm<ll:t darune as tstações do ano. Se divCISas âreas do jardim forem prcparadas para floresar
sob luzes corretas. que valorizam seu relevo e suas caracteri.oicas no jogo de cloros t aa mommtos dlftrentes ao longo do ano. haverã uma trnnsformação constante do CIJ'iter
48 escuros. das IQpm. O idtal ~ fazer quatro maquetes. cado uma correspondmdo a lllllll estaçto.
rtGURA 19
·passe então ao
flOrat<les "" arvores: M ._ compor árvores frudferas com as demais plantas " não criar pomares isolados. como estudo mais
espéaes Que noreswn om sltios ou fazendas produtoras. cujas mudas são localizadas em distâncias compassa- detalhado das
sobre as topas e. por ISSO.
~o mrus Interessantes das. para quo sol incida plenamente nas copas para total fruôficação. espécies vegetais.
0
para serem VtStaS de- Espalho diferentes texturas para caracteritar todos os componentes da vegetação: (... ) esse elenco óe
dma. e VK:e-versa_
copas de aspecto grosso. fino. denso. rendilhado ou transparente; norações abundantes plantas deverã
ou espanas; ramagem e caules rugosos, lisos. mannorizados: raízes aparcntcs ou nlo; refletir as
etc. No final. cheque o resultado proposto, porcornndo c sentindo novamente o espaço características e
necessidades do
projotado.
local de projeto.·
Fontes de inspiração
Quanto mais tnformaçõts sobre vegetação propiciar. mais rico será o resultado da
roaquete. Nesse sentido. além dos conhecimentos apresentados ate aqui. consulte so-
b~tudo os capítulos J, 4 e 5. que auxiliarão na confecção c no desfecho da maqucte.
Uma vez analisada. revisada e aprovada a maqucte, passe então ao estudo mais deta-
lhado das espécies vegetais. Afora as questões estéticas, esse elenco de plantas dever.i
~nodr as caracteristicas e necessidades do local de projeto. Assim. devem ser observados:
dima. insolação. tipos de solos. canteiros sobre laje. ventos intensos. jardins internos. etc.
O ideal é buscar esse repen6rio vegetal nas macrounidades naturais para caractt-
rizar panes ou a totalidade do jardim. Por exemplo. vegetação de sub-bosque é adequa-
Perfumes e sabores
da para áreas sombreadas c jardins internos; restinga, para solos que não retém água c
Após estudar os volumes e as con:s. . . onde há ventos; plantas de campos de altitude são boas para regiões com ventos ~ solos
dosamente pela maquet I . pegue frascos de perfume c vá pingando cuida· rasos; vegotaçâo de brejo. paro terrenos encharcados; l'Sptcics de matas ciliares. para
e. magme que são frag . . I
noturnas aromas d r d rnncms cxa adas por flores diurnas e solos com água próxima; espécies que se desenvolvem sobre toltttlos rochosos. para
. e •ca os ou fones mas sempre P d
na dose. f icar muito te.m o ' resran o atcn~o parn n3o exagerar situaçõcs onde há pouca profundidade de "\erra..
. d . P peno de plantas aromáticas nem sempre é bom < podr
mcomo ar. se csuvcrem ao lado de dom•ítórios. O caráter plãstico ou a imagem final do jardim tambem pode derivar das plantas das
macroun!dadcs. Assim. as esp(-cies da Mata Atlãndca estão associadas ~Qentcmcnte
d Emdseg uida. fescolha quais v0 1umes vegetais
. serão espécies frutffcrns. Distribua-os
ao Jardim tropical brasileiro. Robeno Burle Marx o Fernando Chacel slo mcstrts na
50 e mo o que as rutas atrniam passares.
· .n1Sttos. animaiS
. . c pessoas. Note que a i.ntcnç3o
·NessaS situações.
FIGURA 20 NtSSa5 situações. é molhor rever as características das espécies prioritárias e im-
Repenono _..,. os é melhor rever as
eco.ssisiemas Df'aSile<ros
pona~tes para ~eu projeto, e que devem ser mantidas. c aquolas que são menos Impor-
0
características das
oferecem uma grande tantes e seeundãrias, e podem ser descartadas para viabilizar a escolha final de outras espécies prioritárias
vaned.)(Je ôe Ola.ntas
omatnenta~. deSóe as e importantes para
espécies.
qlle goomm de scmllra Minha CJ<peri~ncia mostrn que a volumetria e os aspectos de adaptabilidade c so- o seu projeto. e que
até aquelas ®e se
breVIvência das espécies devem prevalecer sobre os demais. E também que as substi- devem ser
desen>olvem em '"""'
aagua tuições de plantas ficam mais fáceis - quando não estão disponíveis no men:ado -, mantidas:
desde que seja claro o critério inicial de soleçllo.
Uma vez definidos os conceitos g~rais do projeto pela maguctc, o passo seguinte ê
avançar no estudo dos volumes vegetais, suas características e seu potenci~l no desenho
dos espaços. Para tanto, sempre dever.i ser previsto o estágio final de desenvolvimento
da vegetação, ou seja. seu porre adulto. Porém. não se pode desconsidernr as diversas
fases de crescimento do conjunto e suas necessidades específicas.
Estratos vegetais
Há u~ tipos principais de estratos: arbóreo, arbustivo e de forraçào. O estrato
arbóreo é aquele em que o observador atravessa confonavelmente por baixo da folha-
· No processo da gem. O estrato arbustivo dificulta ou impede o trãnslto livre c sua altura est:l pouco
recriação dessa c de outrns rnacrounidades. especialmente em propostas de grande esca-
acima ou abaixo da linha visual do observador. O estrato de torração eompOc tapetes
escolha das plantas. la. usando caatingas. resringas. manguez.ais, etc.
pelo chão, possibilitando ou não que se passe sobre eles. Todos eles devem ser planejados
é normal não Oulra questão muito importante ê saber onde a vegetação ser.i obtida, se da <'stá de modo integrado com os demais olernentos dos jardins. corno pisos, bancos, muretas,
encontrar tudo o disponível no mercado. se há espécimes em quantidades nos produtores. se os pones e
muros, escadas. edificações, rochas. água. etc.
que se quer e os custos deles são compatíveis com o orçamento do cliente.
precisar fazer Parn facilitar a compreensão. é interessante associar o efeito desses esttatos ventes
ajustes." No processo da escolha das plantas. e nomtal não cncomrar tudo o que se quer e com as superficies da arquitetura. re:sul(antes de materiais conmutlvos - o plano de
precisar (azer ajustes. Por exemplo. não exi~te árvore de copa horizonlnl qu~ Oorcsça lo
piso, o plano de parede, o plano de teto. estrato de rorração equivale ao plano de piSEl
em azul no verão e no inverno esteja sem folhas. ou que tenha o tronco esbranquiçodo c e é constitu!do pelos grnmados. que permitem o caminhar, ou pelas plantas rnstclras.
raizes que não estrag uem o piso. Tamb~m não hã árvore ideal que tenlta pone inicial de que podem estar conjugadas a passeios. etc.~
8 m e se desenvolva sobre canteiro de laje. co m profundidade de terra de 50 em.
52
-~-~--
FIGURA 21
Pnnooo.s .._ oe
m
estratOS\-et~
,.,.,
~.J~»i4Wh~W"I)f~
..........
~~~..:z;o;:;t;;:...;o7.c,,/ z,.~
..:•.t.a~
FIGURA 22
Plano de 1>50' gramaoos
e plllntas raste~TaS.
loestrato arbórro equivale ao plano de teto. Ê desenhado pela superlicic inferior dJS
copas. propiciando sombra c rrpouso ao usu:\rio.INo meio urbano. todos esses estralos
podem ser pensados para dialogar com os volumes edificados. fazendo que as ruas se
ampliem ou so tomem acolhedoras. se forem largas ou extensas demais. }'
"Nos centros ~idrnciais horiz:omais ou venkais, emprttndimen1os com~rciais.. clubM., induun s..
3
urbanos. as formas tsoolas. ~reches. hospitais. lotais religiosos. ormi1erios, arropono<. rodovi<lri.-. <Ir.
de planeJamento e
ocupaç.!lo dos Condicionantes da arborizaç.!lo
• Formato dos lotes. dimensões das glebas, laxa dr ocupação máxima. recuos ~inl
ba1rros condtcionam
Nos centros urbanos, as formns de planejamento c ocupaç~o dos bairros condicionam mos. lndlocs máximos de aproveitamento. po..,cnlagens de áreas permeáveis e arras
a arbonzaç.!lo.·
a arborização. Em outras palavms. h:l renas regiões com parcelamento do >olo c dorelrilo ajardinadas obrigalórias.
de ocupação que incentivam a presença de árvores. como nos bairros-jardim. E h3 ou- • l.alguro dos paSSl'ios que penni1am arborização e conteiros sem atrapalhar o Ouxo
tros setores urbanos nos quais é extremamente complicado plantar :lrvores. oso dos dos pedeslres. lnmsttncia de fiaç~o aócta. largura das ruas. dos canteiros emtnls ~
loteamentos de interesse soda!, que dispõem de lotes não maiores que 12S m· r ral{õl· dlmens6es das praças rotatórias.
das ~o estreitas que diliculta m o caminhar sobre elas..
58 Geralmente os espaços livres que possibilitam o plantio resultam dos srguintn fa1orcs:
• Dlstrlbult5o ~ freqOenda das praças. áreas verdes. ~reas de pro~o pennane111r.
'rns nlo tdifkantes ~ parques no trddo urbano. ,.
FIGURA
CJ~Çac~>s ~J~Eas
~7
e sem 1\1)05_.,._
---------------------------------------------~ ~21AE2$8
r.aç.~o·s.~o-ost>.'I!Ga
W11100ur.le>0<4M>tes ~·~·
i ~Jk.
~~ n
Hl;;zi.o
IAP1fiVf'fOWIO
62
FIGURA 31
Formato das ra1zes:
res de co a vertical possuem raizes pivorantes, que são ma.is profundas que as
denvam dos es!ocços 3 />.rvo . p As rnizes de copa horizontal tendem a aflornr no solo. podendo
de copa honzonta1· ~ rmas das
Que estao SUJeitas as
isos que rstivuem por p~rto. Tanto em um como em outro caso. as o .
copas.
lrva:~:~vam de prindplos de estabilidade fisica: a árvore de copa horizontal desenvolve
raiz ri t ·s que compensam 0 peso e 0 balanço de galhos cxtcnsos. Por sua altura,
raJzrs ho zon a• · · de uma
a trvol" de copa vertical está mais sujeita a ventos fortes e. por ISSO, prcasa
ancoragem profunda para não tombar.
Quando lençol frdtico é alto. com a água ptóxima à supedide do solo. e as espécies
0
nio sio adaptadas a esse hãbitat. as rnizcs tendem a subir, buscand.o ar para .sua
sob~v<ocla. Nesse processo. elas afloram. prejudicando pisos e passe1os que esuve-
ttm tm ~u r.ntomo.
conjuntos homogêneos
~ posslvel extrair resultados inttrcssantes com o plantio de grupos de àrvorcs d~
mesma espkle. formando conjuntos homogêneos. As figuras 32 e 33 mostram como e
posslvcl obter efeitos diferentes com a mesma espécie. Na figurn 32. maior afastamen-
to en~ os caules e menor número de esplcim~ desenham um agradãvcl bosque, com
sombras entremeados por :lrcas de luz.
Na figura )3, o resultado é bem dlfcrcnte. Reduzindo-se o espaçamento no plantio
necessário tomar cu.idodo parn não drsestabillzar as rnfzes e provorar a queda da árvore.
das mudas. obtém-se um bosque mais vcrtlcal. com marcante prescnça dos troncos;
O conhccimcnt<:l do comportamento das raizes orienta igualm~me a escolha de cspó<ics
como um paliteiro que comprime visuolmente os espaços sob o maciço das copas. Nesse
que poderão ficnr nas proximidades de canalizaçOcs c galerias com infrn-rstrutur. na;
exemplo, a sombra senl mais eseurn e os galhos infcriorcs perdemo as folhas. sugerindo
ruas. o que evitará danos.
maior altura. Em outrns palavras. a sensação Jinal senl próxima daquela experimentada
Segundo Harry Blossfcld. em seu livro Jardi1wgem. as raizes em geral se desenvol- numa catedral gótica! bem mais monumental e menos aconchegante que no caso da
vem no solo ocupando um volume semclhanic ao da copa. Imagine um eSI>clho no chDo.
figurn 32.
refletindo a copa - essa imagem corresponder:\ ao volume das raizes. l'orwno. parn se
Em comparação com • figurn 34, a vegetação apresentada na figura 35 dissimula
saber qual c a cxtensao das raizes de uma :lrvore, basta apenas uma compar:>ção com a
uma ãru maior da paisagem. Assim, o maciço de :lrvorcs de copa vertical mostra·se
64
ronna da copa.
R- FIGURA 32
com a mesmo
~·bosQue
honzont.Bt
FIGURA 3'
kea emo1011r.10a
pela veget>çao.
'"'(. ..
FIGURA 33
Bo$Qve Wrtlcal.
•
conJuntos de âr'VOI"eS (Je
n!.vac:.t.'\1 diVerSOS tipos e tormas..
!t.O'AÇi.O
-·
·~~-: -_~:-~. ,·.·
!Mlb{ando grupos
~ naturaTs.
68
Geralmente a combinação de rt'nque.s de árvores horizontais e venil""\·
'""' cna tspo105
d~impodidos sob as copas e associaçõrs de coul~ que enquadram 0 paisagem ao fun.
do. já forn do tn:d10 arborizado. Mas para que Isso ocorra deve·se minimiur • P"'<cça
de arbustos. fecllando o perímetrO da :irca arborizada.
Estratégias de plantio
70
·oe certo mooo, o Prós e contras
emprego de
agrupamentos De certo modo. o emprego de agrupamentos heterogêneos <' mais reco
. . rrcrnc que os
heterogêneos é conJu.ntos homogcneos. Isso porque sua variedade de espécies. florações e frutiflcaçõo:s
mais recorrente que em vanas épocas não apcna,s atrai uma fauna diversificada de pássaros, pequenos ani·
os conjuntos mais c borboletas como enriquece a composição plástica do jardim.
homogêneos." O comportamento dos grupos homogêneos é mais limitado em vários aspectos: seus
individues- florescem e frutificam na mesma época. o que a1rai menos a fauna ou n30
proporciona tantas condições de sobrevivência de algumas aves c de alguns insetos e
anjmais. O conjunto nca mais vulnerável a pragas ou doenças caraci(TÍstiC'iiS àquela
esp~cie. o que pode resultar no comprometimento de todas as àrvores de uma só vez.
Por outro lado. existem vantagens. especialmente em espécies com magnlficas
florações. Há efeitos inigualáveis proporcionados por conjuntos que perdem as folhas
no inverno e entram no pcriodo de inflorescéncia, como ipês. jacar.mdás e Oamboyants.
Quanto maior forem os grupos, maior presença terão na paisagem, lingindo·a com cores descontlnua e irregular dos prédios e melhorando as visuais e as escalas para o pedes=
exuberantes. Além disso. quando as flores caem. o chão vira um deslumbrante tape~<. Mas o que é possivel fazer com as árvores?
estabelecendo-se um curioso contraponto: tanto a copa quanto o piso ficam coloridos. o A figura 40 apresenta arvores de copa horizontal de diferentes alcu.ras. Para o obser-
que proporciona um espetáculo inesquecível. Na época da rcbrota. as luzes filtradas wdor 1, em ponto distante, as copas criam um fundo infinito. minimizando ~ massa
pelo verde-alFace das folhinllas igualmente atribuem um caráter mágico ao espaço. edlflcada atr.ls. Para 0 observador 2. estar sob as copas evoca uma sensaç:ro maiS agra-
dllvel ao que caminhar apena.s ao lado de l'rédios.
Arvores e cidade A figura 4Ja jir ê um pouco diferente. É formada por árvores de copas.vetticais de
Ê por meio dos vazios urbanos. especialmente do sistema viário (ruas. calçadas. largos. diferentes alturas. Para 0 observador 3. em ponto distante. as copas conunuam dese-
rotatôrias, praças. etc.), que conhecemos c formamos uma opinião sobre a qualidade de nhando um fundo Infinito. o que dissimula as construções. sugere uma sensação de
muro verde e nllo mais de agradãvel bosq'ue, sob o qual se pode passear. Por ~no, o
uma cidade.
observador 4 estA submetido a uma sicuaçllo ainda menos agradãvel, bem mais próximo
Um dos principais papéis das arvores no espaço público ê dar hannonia. regularidad•
desse paredao verde-
c unidade à Jlaisagem. afastando aquela impressão de caos sugerida pela massa construída
72
FIGURA U
FIGURAS
F 41A E 418 fúl1(!0 onfltlo!O-
undo •nflntto e
blOQueio Vlsuat
FIGURA 43
Amdaç30 de esQédes
ve!lf<.>rs: .sem resul1adO.
74
F1GURA4A
"Para desenhar A ~gura 41 b emprega :lrvon..,; de copas horizontais e verticais. O observador 5 também Arvoces vertft3IS: c~~tuem a
alamedas massac;onstnriclade
cxpcnmenta uma se.nsac;ào parecida a do observador 1. Por sua vez, 0 observador G tstá
edtf'ICIOS.
sombreadas. a léias na mesma situac;ão do observador 4.
de ~rvores com
As palmeiras podem e.nrigucccr a paisagem na figurn 42, surgindo contra 0 r~u para
copas horizontais
o observador 8 e contra a massa edificada para o observador 7. Veja como a assoda\ào
proporcionam uma
de p~lmciras e árvores verticais tem pouc:a expressão, muito me.nos <\Ut na situação
escala interessante ant~nor. St'Jll contar gue ela é parcialmente visive.J para o observ:~.d or to.
e minimizam a
p resença ostensiva Corredores verdes
de elementos
construidos.· As formas lineares. paralelas c geométricas dominantes nas áreas livres urbanas
freqUentemente induzem a plantios igualmente lineares, paralelos c geométricos. Isso FIGURA 4~
Arvoces h()nZOntloS:
pode ser bom ou ruim. o que merece algumas precauções c controle sobre os resultados. l'M'naniZam a escala
Para criar monumentalidade, nada supera os rcm1ues duplos de palmeira1, plantados o.sruas
com espaçamentos regulares. Para desenhar alamedas sombreadas, alélas de árvores
com copas horizont:lis propOrcionam uma escala intereSS31lte e minimizam a prcsrn,·a
ostensiva de elementos construidos. Para se obter canyons verdes. tão severos como
os de pedras. árvores de copas verticais são as mais indicadas. Para fonnar túneis. os
bambus c arbustos a ltos funcionam muito bem.
Tomando ccnos cuidados, essas estratégias podem ser adoHtd~s em todos os clernen~
tos do sistema viário, começando pelas calçadas c chegando aos canteiros wnrais c
praças rotatórias.
Ao longo das ruas, o plantio de árvores verticais desenha túneis verdes também ver·
ticais. que podem equilibro r a presença das ed.ificaçiles, especialmente se forem muito nando escala humana " sombra para quo:.m transita a pt' ou de carro. Ess.s dementes
próximas e altas. Porém. podem atrapalhar a1 vistas e a insolação de casas e apanamcn· dilurnt a visão da pane su~erior dos edíAcios, o que toma a paisagem mais hann6nic:a.
tos. principalmente se o recuo frontal desses imóveis for pequeno c a calçada. estreita. Silo bons a ntidotos a ~roblcmas freqüentes nas cidades brasílclras, como a mistura
d~cnfttada de estilos c fonnas dos prédios. o grande emaranhando de postes, fiaçllo
O plantio lado a Indo de á rvores horizontais nas vias permite que suas copas se to·
at~a. cartaus, placas e poluição visual das picha~ões.
quem como um pcrgolado ou um túnel que filtra a luz em algumas panes. l)roporcio·
76
"AS palmeiras são Marcos verticais
muito expressivas
Além das árvores, outras espécies também penenccm ao estrato orbórco. E0 caso
quando vistas ao
das majestosas palmeiras. dos grandes bambus, dos gigantes ciprestes - todos facilmen.
longe, recortando o
te reconhecíveis até mesmo pelos 1teigos - e várias outras CSJH.!cics com dim<'nsõcs e
céu claro e muitas
formas próprias. merecendo um estudo à pane. A seguir. são aJ>rescntadas apenas algu.
vezes enquadrando
mas das mais significativas e utilizadas atualmente. de modo isolado ou em !(l"llpo.
cenas da
paisagem." Palmeiras
das Cai)'Oia miris. dos açaís (Eurrrpc oltracea): etc. P ""'""'). antes d<le um túnel de b3mbus para que • luz advinda após o .sruro criass< uma ..,nsa. formam verdade•ras
~o maravilhosa de amplirude e b<lrza do lago. É curioso notar que ele corrigiu o caml· paredeS verdeS
Bambus oho original. fazendo com que a visAo do lago oco~ pdo seu melhor óngulo na fechadaS desde
baixO. DuaS dessaS
Tou~irns de bambus enfileirndas formam verdadeiras paredes v d paísagem.
b • er es fcch•du df1d paredeS ladeando
••xo. Duas dessas par<d<> ladtõlndo um caminho constroem u . ' Um túnel de bambus b<m conhecido ~ aqudc localizado na estrada qu< liga o ano-
'd m tund btm \rd d0 um camrnho
' cal para cscondtr paisagens não atraentt'S. Outro uso intrr<SS.'I 1 " j • ' pano e Salvador. na Bahia. apelidado carinhosamente pc13 popula~o de meuõ baiano.
n t (" ogar rom ~ hu c constroem um túnel
Alm de seu ponr. os bambus possuem calmos de inttr<SS.'Intes co~ c desenhos.
bem Wdado. ideal
Entre os bambus c suas car:octeristicas pl~sticas. destacam-se: o bambu-gigante para esconder
(Dt>ldtllC'alomU$ giganttU$), de cujos colmos se raum baldes: as co~ vibr:ontes r as paisagens nao
combinaçõcs verde-amarelas do brasildrinho (&mbusa sp.): a forma gnciosa da copa atraentes.·
do bambu-comum (BombU$o ttUigaris); a cor cscur:o do bambu-preto (Phyllostachys nigra);
o verde-alfa~ do bambu gncilcs (Bambus• graeilis); 3 touceir:o do bambu-multiplcx
(BambU$0 multlplu); a vedação do bambu-japonrs (Bambusa m<talt); a elegância do
U<lo bambu-mossó (Phyllosrarhys pubcsccns), quando cresce espontaneament., ou quan-
do tntonado por maos humanas, que lhe d3o contornos (SCUitórlcos.
ChOrão
TamMm conhecido por salgueiro (Salir babylonira), o chonlo .., rar:octeriza pelas
ramagens pcndmtes de folhas .Streitas, que balançam 30 V<OtO c quase tocam O chio.
Gosta de solos úmidos e. por isso. tem sido bastant< usado próximo a lagos c espelhos
d'água. L<mbra uma cabeleira gigante. produzindo efeitos sugestivos quando sua ima-
gem se duplica no reOcxo da :lgua. Outrll pia nta com as mesmas aractcistlcas ~ 0
StAinus moi/~.
FIGURA 49
CI>Orao.
rlri11tnsis. escolhida nao apenas por sua bela' forma espiralada, mas também por seu alto trosas e pela brkza de suas coloridas r cx• berantcs flores. Hd várias delas com grande
preço. o que a toma um produto requisitado nos elegante• jardins da cidade. potrnelal ornamental.
As ravrnalas (Ror•rrra/o madascaritrrs!s) apresentam magntncas silhuetas em fonna
A única exccç~o brasileira I! o phrheiro·do·paran:l (i\rnucaria augustifolla), tiplco
de um perfeito leque gigante, mas não suponam rq~IO~ com multo vento, pois este
82
das regiões Sul c Sudeste. onde gernlmente encontra-se associado ao podocarpus
fiGURA St
Ravenato
Musa surnarrana com folhas rajadas dc vinho sob"' vrnl<. e ~rios
produz flor rosa. a •
outras.
Pandanos
O Pondanus urilis talvrt scja o mais escultórico dc •u• ramflia. Apr=nta folhas em
forma dc t$pada e cspiraladas qur. ao envclh<«"'~· silo "''~rodas c d_cixam sob"' o
caul< uma linda textura sulcada em cspiral. Suas ratzcs são ae,..,.s. porundo d~ tronco
nstruindo um espetacular canddobro inv<rtido. À nottc. esse
art chtgamtt ao SOlo• Co
rfelto do caule pede luzcs rasantes para melhor >< rt<Vdar.
oraceoas
A Drararno morginara e o pau-d':lgua (Dracotno ftagrans} .ao algumas plantas de
sua famDia quc foram exaustivamente utiiiZ3das entro .s dé<:ad.s de 1950 r 1960. trans•
formando-se praticamente num s[mbolo da época. Hoje algumas delas cst5o scndo
~loriz.odas. é o caso da Drocarna marginala e da drnorna arco-iris (Drocotna lricolorl.
msga suas delicadas e imensas folhas. A Rattrnala guya11rnsis possui uma Oor cspmruJar.
que chega a dois metros de altura. que ~ uma varicdadc da primeira. mas possui folhagc.m nas corcs vermelho c branco.
Stus caulcs e g1lhos sc bifurcam como numa touccira. s:lo ~rvados c ás vacs subdi-
As helicõnias têm variados portes c principalmemc uma diversidade cnormc de flo· vididas. ap,..,..ntando nas pontas tufos de folhas finas c longas, à mandra de pompons.
res, como as pendentes da H. rosrrara c H. rollinsiarra, as creras da H. psiuarorum r 11. Outras draornas. como a Drocorna arbor<a. enrouccram menos. possucm folhas mato-
blhoi. sem falar nas cores vibrantes de amarelos. laranjas c vcnnolhos. que podem ,... c tambfm .ao muito exp,..,..ivas.
aparttcr isoladamcntc ou em maravilhosas composições na mesma Oor. dependendo da
variedadc. Pata-de-elefante
Há est,..,Htz.ias baixas com Oores coloridas. caso da Strrlitzia rrginar, ou com desc· A pata-de-clefantr (Broucomca rocun•ata} é uma v.nlodcira obra de artc viva. Sal
nho grMico das folhagens. como a S. jrmcro~ c mesmo as interessantes formas das mli! valor ornamental lt$UI\11 do caule <3r3Citi'Úii~O (m forma de enorme garraf3o t Q fo-
altas. como as S. augusra. IIIJgcm em tufos nas pontas dos galhos.
A maravilhosa família das Musa oferece bem mais que a t:lo popular banantira de
84 frulos comestfvcis. Hã a Eusctc r~rmricosum. com seu tnlo vennelho. a Musa onraro, que
·o emprego de
FIGUIIA 52 ras (Punica gra.narum), as jabuticabas (Myrriorio caui!Jlora) e as laranjtlras plantas frutíferas
Pata-cre-elefante. as romãzeil J" ftzeram muito suctsSo nos palácios dos reis franc.ses. figurando até
~~m•·~· . nos jardins
mesmo em s<tores .,.pecialmente dedicados n elas - as orangenrs. particulares soma
Há diversas frutlfcras rniniaturizadas. que também silo cultivadas tm vas~s. corno duas vantagens: alia
-ml!%eiras etc Menos exploradas atualmente em paisag•smo silo os aspectOS
min!larai\Je Iras. mInl"" · ' · d
as plantas rrutlftras trepadeiras. que se prtstam. para ~o.brir caramanchões e cercas e plàstico e
labirintos - maracujazeiros (Pass!Jlora ~p.). v•dctras (ViUS sp.), etc. volumétrico do
tmprego d• plantas frutlfcras nos .spaços públicos tem sido ponto de discórdia. vegetal com a
0
AI ns acham que a população depreda a :lrvore na retirada dos frutos. Outros apostam produçao de frutas
qu~as frutas nem vão chegar a amadurecer, pois ninguém respeita nada no pc!. Mesmo comestíveis.·
assim nilo st delx< lMr pelas polêmicas, pois elas vêm c passam. E há casos famosos de
arborizaçilo pública com o:spé<:ies frutiferas que se tomaram sucesso e marca registrada
d< algumas cidades. Basta lembrar das mangueiras (Mangif.ra i11dica) em Belém, no
Par.l.
Aromas e temperos
O aroma d< flores de árvores pode ser bem-vindo na paisagem. E preciso apenas
saber usá-lo de modo conv<niente. Entre os perfumes agradàveis e suav<s d<
lnflo~cntias. estllo o da magnólia amarela (Mic/1clio clwmpaca) < o do jasmim-manga
(Piumerio rubra). Há outras árvores que exalam cheiros não pelas flores, mas pelas
Espécies frutíferas folhas ou cascas, como o eucalipto argehtino de foU1as prateadas (Eucalyptus dnerea), o
O emprego de plantas frutiferas nos jardins paniculares soma duas vantagens: alia os eucalipto cheiroso (Eucalyprus cirriodora), alguns pinheiros. a canela, etc.
aspectos plástico e volumétrico do vegetal com a produção de frutas comcstivcís. qu~ Entre as arvoretas e seus produtos, são representativos o perfumado jasmim-do-Im-
são ótimas para a alimentação de p~ssaros c pequenos animais que dão movinltnlo ' perador (Osmanthus fragran s), que também fornece delicioso chá; o saboroso louro
alegria à paisagem. (l.llurvs nobllls), tuja5 folhas temperam a cómida; o aromático cravo-da-lndla [S)'Z)'IIium
oromarkum); o urucum (Blra orella11a), que se origina de sementes de um maravUboso
Arvoretas frutifcras silo indicadas para pátios c pequenos espaços. Em geral. 1.1m1Jem
cacho de rrutas V<rrnelhas, muito ornamental • utilizado p<los lndios para pintura cor-
podem ser plantadas em vasos para varandas e terraços de apanamentos. princlpalmcn·
poral.
86
te quando são ensolarados. Entre elas, destacam-se as pitangueiras (E11gcllin Jmijlornl,
compondo arbustos e torrações
Os arbustos são elementos tão imponantes quanto as árvores na elaboração do plano
de massas vegetais. mas. em geral. predominam em razão de sua escala nos pequenos
e médios jardins residenciais, comerciais e principalmente naqueles sobre laje. São os
protagonistas d=es ambientes. assim como o estrato arbóreo predomina nas propostas
para espaços públicos, melhor compaúbilizando-se com áreas de grandes dimensões..
Em decorrência de seu pequeno volume. os arbustos nec=itam de pouca profundi-
dade de solo para sobrevivência. Podem ser vistos por toda a cidade, em qualquo:rjardim.
e mesmo plantados em vasos nos ambientes internos. H:l grande variedade de formas,
RGURASJ
Arbustos f01l1\'lm
S<rvtm ta.mb<m para neutralizar aquela desagrndãvel S<nsaç3o de aridn • reduçlo
·o principal papel
muros \'t'rde:s cue
dos arbUStOS é
delorMam~os do tsJ>aÇO quando um piso pavimentado rncontra·st dlrctamtnt< com um muro. Por
ls$0. ~ Interessante tor grupos deles junto :15 paredes qur limitam os lotes para dissolver
vedar e ajudar na
essa Jmp~o. utllizando·se dois tipos b:lsicos: os arbustos altos e os baixos. comenta· definlçao de escalas
e lugares
dos a seguir.
aconchegantes nos
Arbustos altos jardins. QuandO se
encontram com os
Nrssa dassificaçlo. entram aqutles que t~m copa êom altura 3cima do olho de um
gramados, Criam
obserVador em ~. ou ~a. por volra de 1,50 m. possibilitando que funcionem tomo
fundOS infinitos.
anteparo e encubram elementos • distância. Pelas proporções do seu volume. com ga-
como dos cenarios
lhos e folhagem desde baixo. os arbustos nilo permitem a utlllzaçlo do espaço sob suas
fotográflcos.
copas. como aeontece com as árvores sobre gramados.
sugerindo âreas
Ponanto. o principal papel dos arbustos ~ vedar c ajudar na definiç~o de ts<'alas e virtualmente
., lugares aeonchcgantes nos jardins. Quando se encontram com os gramados. criam fun· maiores."
r.:-
J ~v---
~\ "<f\\~
dos Infinitos. como dos ~nários fotogr.lfieos. sugerindo ãrcos vinualmentr maiores.
Nas vias expressas. podem figurar nos canttlros centrais de modo a minimizar Inter·
ferênclas de faróis dos carros que trafrgam em sentidas opostos • prejudicam a vista.
Nas pistas de caminhadas e corridas dos parques. os arbustos altos nlo deixam avistar as
.i pessoas próximas. dando a Kn.saçlo de bosque mais denso. tom menos gente e mais
natureza. Paredes de alvenaria podem ser redefinidas com • presença deles, minimizando
cores c t<:xtur.Js c seus efeito> podem ser realçados pelo plantio isolado ou em grupos d< o lmpatlo dos elementos eonstruldos na paisagem urbana.
maciços homogêneos ou heterogêneos. como no caso das ~rvores. Quando a intençlo for a de que o maciço de arbustos altos seja visuallzaao apenas de
Arbustos plant~dos Individualmente ou em pequenos maciços podem fazer o p>ptl um lado, n~o é necessário plantar largos volumes compactos. tom muitas mudas da
M escultura no jardim. Parn Isso. basta apenas planejar um vazio ao seu redor c <Vitar rs~le. isso tamb<m dificulta o acesso a seu Interior e a manutençlo, propldartdo o
que sejam confundidos com grupos de outros elementos vrgrtois. Por outro lado. po· depósito de d<tritos e a prollferaçilo de animais ind~avcis. Geralmente, stU plantio f
dem ser reunidos nos mais difcren.tes conjuntos, formondo belos muros vudts ou cer· mais rfidente em filas estreitas.
90
cas vivas. o que expressa melhor seu potencial delimitador de espaços.
f1GUIIA 55
~,..-.os
oos-
OIIIUSIOS--
oefetiOOOS-
----
f1GUIIA 56
~-·
--
-Gteld'.ooocesso
PIQI-Go
92
Cercas vivas
Em alguns casos, a c:lassiOcàtào dos elementos que cornJlÕtm o estrato arbóreo c::
0
est-rato arbustivo não é rigida. Rã espécies que. embora tenham porte a1to, com 3 a 4 m
se •ncab<am mclhor no grupo dos arnustos altos do que na c:.te~oria das ,llvorcs. É ~
que acontece, por exemJ>lo_. com a Drncnr11a mnrgi•rnta ou a Y11cea tlt:plmutipcs. Por
outro lado, arbustos como o hibisco (Hibi.sro rosa sitl<"nsis) e o malvavis<::o (Mnh,iscu.~
arborcus). muito utilizados em cercas vivas. transfonnam·sc em perfeitas arvoretas, quan~
do já preparados no viveiro com podas de formação, e >ào ótimos para ruas C>treitas <
sob fiação aérea de energia.
Nos jardins dt 3ntigas rrsidéncias. é comum encon.-rnr cerras viv;-.s formada~ J)OJ
espécies do estrn\0 aroórco mantidas baixas por mdo dr podas regulares. As mai<
freqüentes sfio a figueira (Ffcus llticrocarpa) e a aglaia [Aglaia adorara). Embor.t chegu•
,. a 15 m de altura como exemplar isolado. a figueira se presta a criar muros vtrdl'S quando
FIGURA 57
Dracena e VU~
FIGURA 59
ArlluS10S bao<os
emolauram os talTilllhos.
S<!m-·-
96
"Os arbustos baixos Anuais e perenes
são classificados
em a nuais Os arbustos baixos sao classificados em anuois c perenes. Os primeiros viv<m por
e perenes. poucos mrses. o que demando replante constante c. pononto. maior monutrnção. m"
os pnmetros vwem :~pn:sentom. em geral. Ooraçlio de magnifico colorido. Os demais n~o dos•p•rrccm •pôs
:1 Ootada t Stu replantc St raz. geralmente, apÓS Um prriodo maior de dois anos.
por poucos meses.
o que demanda Os arbustos perenes sQo arualmcntr prercridos em jardins rcsidtnciois. Embor.o tr·
replante constante. nham noraçao menos intensa. t!.~igrm baixa manutençào com podas c rtplanr<s r.
(...) os demats não conseqüentemente. custos mcnorrs ao longo do tempo. Pode-se dizer que são romp•ti·
desaparecem após v<is com jardins onde havrr3 rnlta de tempo parn cuidodos. montidos por j>rdinl'iro.
a florada e seu pouco espcciolizados e dinhdro cuno.
replante se faz. Os arbustos anuais rstâo sendo usados largamente em arcas comrrdais e rvrnros
geralme nte, após promocionois nos gr:mdcs centros urbanos. Em estondrs de vcndos. rtstaur>nrrs r
um período maior s hopping crnters, comparecem em vasos unitários ou rormando conjuntos com vari01
de dois anos.· deles. o que choma a otcnçllo pelo impacto visual. Apesar do alto cusro para tr<X"a
constante dcssrs vasos. o ercito ~ cômprnsador c a rcposiçllo não oru.cc probl<m>S.
considerando que o mercado produtor j:l rst:\ preparado para o fornecimento rrgul"
desses produtos.
As plantas anuais tamb~m tém sido usadas para cnrcitar os espaços publicos ""' muif.s
As fom~ do solos podom ser subdivididas om dois grupos: as quo $Uportam rda-
cidades brasit.iras. S:lo plantadas em cantriros ou dispostas em cachepõs em ártas ttn· dvammte plsotrlo c as que nAo supol1am. As gramas .:lo cxcmplos das primdras. as
trais e de grande movimento. Esse trabalho vem sendo realizado com fins sociais. ao d" planw rastclras slo exemplos das s~ndas.
emprego a pessoas carentes e garotos dt rua. como ocorTtu em Brasil ia c Curitiba nas
d&:adas de t980 e 1990.
Freqüentemente as forrações são usadas em meio a mudas de arbustos para cobrir o Entre as de folhas caducas, destacam-se a hera-de-inverno (Parttnocissus
solo, com previsão de desaparecimento quando a planta maior se desenvolver. S!o lricusp/dara), que cobre praticamente qual(tuer superficíe, ~a cla vertical, Inclinada c
plantadas relaliva mcmc próximas. entre 10 em e t5 em entre si. at~ mesmo a parte Inferior do teto. No inverno suas folhas caem, permitindo a lnsolaçto
102
FlGURA 66 .uma da supcrflde ao que so encontra. o que elimina os insetos (e seus ninhos) e po~i
Trepaóetras< necess.tam bDIII aquedmento do cOmodo que cla esteja recobriodo. Num cuno período de dias.
0
oe """"'
"" Sllpeffooes
Daia se desenvotwr.
despe-<" de todas as folhas. que vão se avolumando no chi!o. Isso pode t<r seu lado
romAndco ou Irritante, dependrndo do usuário. Nessa época, fica <Vidente o desenho da
romagem sobre as paredes. apondo btlas tramas marrom-avermelhadas.
As trtpadelras de folhas perenes apresentam praticamente o mesmo asp<do ao
longo do ano. Entro as que se agarram sozinhas. figuram: Ficus pumila, Htdera helir,
Hedtfll canarirn>is! Eplprt:l!l•um pinnarum, Phllodtndrom hed<raceum. Raphidophora
ltct~rsii!O • Mon•rm dtlidosa. Apesar da folha miuda, o Ficus pumila forra densamtnte
grandes supcrflcies. Ja a Raphidophora dteursiva e a Monsrtro delido>a têm a vania·
goro d• ost•ntar grandes folhas.
Na categoria das qu• necessitam de apoio especial. encontra-se a maioria das trepa-
ddras. mulw dela> com floraç;\o muito vistosa. Dependondo do tipo d• suporte e da
arlentaç;la. clas podem se desenvolver sem preencher totalmente a superfici•.
Por a•mplo. no Palácio da Justiça. em Brasília. Burle Marx utilizou uma esnutura
meüllca espedalm<nte desenhada para apoiar e moldar a Congea romenrasa. ~padeira
que se desenvolve em locais de clima guentc e floresce espetacularment< em rosa-pãlido.
As trepadciras caducas são as que florescem mais exuberantemente no Inverno ou
inicio da primavera. Exemplo muito conhecido é a primavera (Bougainvillta •prcrobilis).
Outras espkles apresentam cachos de flores pendontes que ficam lindamente rtalçados
em prrgolados, dosde que haja contraste com o fundo, como o sapatinho-de-judeu
(TIIunbtrgia mysorensis), o jade {Srrongylodon macrobotrysl. etc.
HA ainda trepadeiras que, quando nào encontram apoio adequado, crescem sobn: si
mesmas, formando grandes emaranhados que. no pone. lembram arbustos: primave-
ra [Bougainvillca spcrrabilisl. alamanda (AIIomorrdo carhorrico), costela-de-adio
(Marurera drliciosal.
104
FIGURA 67 'rvo- c exige bem mais cuidados em tennos de cortes P,eriódicos e água ao
No Pal.lclo da IUsti,.,. em quo uma • "
Brasillc1, Burle Marx
longo do tempo. Ao passo que as árvores na rase inicia), mesmo com um bom porte (de
desenhou estrulura m), geralmente são linas • ficam lnvisiveis no jardim.
metar.ca oara 3 4
1
sustentar a congéta. A maioria das plantas quando dispO< de pouca terra, como em vasos, flordras c jar-
dins sob~ lajes. necesSita de regas mais ireq!lentes. Nessa condição, não h:\ como con-
tar com rtServas mais profundas do umidade c o solo resseca com Facilidade pela ação
do sol e dos ventos. Esse problema pode ser sanado com irrigação automática, hoje
multo comum c razoavelmente barata.
Regras e cuidados
Ocomportamento da natureza impõe regras bãsiras que não há como dcsconsidcror.
Plantas de climas frios se adaptam relativ~mcntc. bem aos climas qucnt..:s, mas a réCIIJTO·
ca não acontece. Plantas de solos pobres. como restingas e cact:ke:Js, vão bem em solos
ricos. mas a recíproca também não é possiv<l.
Quanto menor o estrato. maiores cuidados exigirá ao longo do tempo e maior V"·
scnça terá desde o momento em que é Qlant.ado. Assim, um gramado fonna mais r:lpido
106
Refinando soluções
!fa medida em que se avança na elaboração do plano de massas veg(lais. há outros
componenles plãsticos que devem ser considerados. além da volumelria. As 'Plantas
ofur«m inúmeras possibilidades composilivas em suas nores, folhas e raizes. e seus
fTutos. galhos e caules. s~a pelas cores. lexturas c formas. seja pelos sabores. aromas,
sons e movimentos que valorizam as paisagens que estão sendo projetadas.
Florações e cores
Flores em maciços estão enUT os recursos mais interessantes para compor os jardins.
Em gernl, apresentam mclhor visibilidade e-resultndo a distància. Mas toda ~ tem
"A permanência ou
internsante considerar que projeto de paisagismo possa dispor de difaenciados
0 periodicidade das
atrativos florais ern momc.ntos difucntes. flores é algo que
também deve ser
fiJvoreS floridas levadO em conta.
F.-.qü<nlemente a floração de árvores aparece üe forma mais expressiva nas es~ Hã flOrações mais
eles caducas, ou seja, naquelas que perdem as folhas entre o ou1ono e o invano. E o ou menos durãveis,
caso dos ipts (Tabtbuia sp.). da paincira (Chori.sia sptciosa). do jacarandá (Jacarantla conforme a
mimosifolia), aa ehuva-de-ouro (Cassio jisrula). Mas há exemplos também em que a espécie:
Ooraç;\0 fica bem evidente <tYeslinao a folhagem, despontando DOS extremOS dos ta-
mos • sobre toda a copa. Ê possivd no1ar essa ocorrência nas quaresmeiras (Tibouchillll
granuloso). nos manacás-da-serra. (Tibouchina murobilis), nas canafistulas (Prlropho"'m
dubium), etc.
Em algumas espécies do estrato arbóreo. as flores despontam na parte superior da
copa. o gue dificulla sua visualização para quem está próximo ao caule. No entanto, o
efeito~ magnifico para olhar de cima. guando se está em sacaaas de prédios residenciais
ou em locais com acentuado desnível topográfico. Entre essas espécies. destacam-se: a
sibipi.runa (Coesolpinio pdroph<m>ides), o pau-feno (Coesolpinio kiosroclyo), o guapwuvu
(Schizolabium parahyba), etc.
"Para um sua exceção. Há flores que. pela delicadeza e beleza do delalhe. devem ser apreciada; de A pmnaru!ncia ou periodicida<le das flores é algo que tamb~m üeve ser levado em
obseNador peno. conla. Rã. Oorações mal;; ou menos duráveis, conforme a espécie. Os ipés. por uemplo,
Oorescem de forma espetaNiar num cuno perio<lo <le dias do inverno. As q_uaresmcirns.
relativamente "Para um observador re.lativamente afastado, a cor é o elemento mais notá\"tl d3
depois ao auge da Ooração na ópoca da Quaresma, voltam a florescer no final ao invu-
afastado. a cor é o floração. Não impona se as Oores são miúdas. graúdas, em cachos ou isoladas. mas a
elemento mais no, de fonna menos intensa. Há tamlíl:m deitas de fotodrcomposição por cnvdbcd-
extensão e o impacto visual da. massa colorida que das formam. Esse efeito pode calivar
m.ento. No manacá-da·sma (Tibouchina murabilis}. as flores nasce.m braneas e Vllo se
notável da 1an1o um caminhante como um motorisla de automóvel em alta velocidade.
!ornando lilases na ação do envelhecimento. sugerindo um processo multicolorido de
floração."
A Ooração colorida pode ser um importante referencial do jardim em dmrminada Ooraçao.
época do ano. Por exemplo, o imenso amarelo de um ipé Oorido 10ma-se. por um pe·
riodo, o ponto focal de uma paisagem onde predominam 1ons dé verde. Por isso. é
110
AGUAA 69
Eten:o de cuna: h.f eleltos
de IIOraçOes qiJE! ~o
lllsualiL>t!OS somente
Teorias cromáticas
H:l autores que Sug'"
do alto. .~m a aplicação de teorias das cores na composição do jardim.
. · t
I te não acredito qu• seja muito fácil a transposação do proje o, ou
mas partlcu arm•n I C ld a
• nh · -do à realidade. As coisas não são lá muito simp rs. ons •rr
~·~o~ ~d
~nte situação: é dilicU controlar o deito causado pela sobreposição do a~a o as
flores da sibipiruna (Ca.salpinia ptltophoroidul ao azul da floração d~ Jacaran dá
(Jacoranda mimosifolla). entre outras variáveis d• cor verde, do azul do ceu. d• luz e
sombra que Influenciam a percepção cromática. Enfim. bâ uma gama de relações de
co~<> • tonalidades muito mais complexas do que aquelas estáticas empregadas em
d.senho.
Enquanto nas norações das árvorts predominam as cores rosa e amarelo, nos arbus-
tos a variedade cromática ~ bem maior, com a presença de branco. amarelo, laranja.
rosa. vermelho. tijolo, roxo. praticamente inexistindo dominãncia de determinados ma-
i.i ...
: ..:::. tizes sobre outros.
Entre os arbustos baixos existe uma grande q)lantidade de plantas anuais que flo-
rescem abundantemente com colorido intenso, embora exijam manuttnç~o constante.
Dentre as que nAo necessitam de replante permanente. estáo o Urio amarelo ou laranja
llfrmrroral/is jlo11ro ou fulva) t o agapanto azul ou branco (Agapantlrus a.friconus). Mas
nem todas as fio~<> of.r=m vantagens apenas por seu apelo visual: há florações pouco
vislveis qur t<m sua lmponância: atraem insetos c bcija-norcs que akgram a paisagem.
Folhas coloridas
Durante o periodo de floração. existe umn consta nte renovação das florts. qu~ dela·
Quando sr fala em cor, logo vém à mente as flores, mas o repenório cromático da
brocham. morrem e caem. formando lindos tapetes coloridos sob as copas. Isso pode
vrg<taçlo ~ bem mais amplo qu• o representado por elas. A coloraç3o das folhas e
ser aproveitado Intencionalmente nos projetos de qual11ucr ponc. residenciais ou publi·
folhag•ns oftrrce diversos recursos ao projeto, proporcionando at~ mesmo maior du-
cos. Observe que ruas arborizadas com a mesma espécie podem ofrrcrrr grandt surpre- rabilidade no correr das estaç6es do ano.
112 sa quando as pétalas coloridas repousam sobre o asfalto c as calçadas.
FIGURA 70
Tapetes COlOnclos: quando
em-.asnc..s conuastes harmônicos
de arllus:os ba- fonn.m
V1brantet S1.1DefftCaes.
Hâ diversos modos de se aplicar o conhecimento das cores na composiçilo dos jar-
dins. Um dos que proporciona bons resultados ~ usar contrastes harmônicos entr< cores
variadas c texturas parc:ddas. óu eniJ'C cores pan:ddas e tcxturns variadas. ou ambos.
Mas nilo se deve csqu~er que o volume e a caraC1eris1ica das folhagens. ralas ou densas.
tamb~m allunm a tonalidod~ da tor c a tcXt\!rn. Porcanto, cor, textura e densidade da
folhagrm srmpi'C' rstão R'ladonadas eniJ'C si.
FIGURA 7t
R"i!O eloS a>n~ra=
• <-..:. useooresvN~t
f<llllaS oe t"""'"'
parE'(liOJS OU \1(.(>-vet'SJI
118
·soa parte do
cxttções: as painciras [Chorisia Sp<ciosa) e bombacáceas produzem frutos em fonna de
desenho das copas FIGURAS 7~ 758 E 75C
bolas pend.c mcs, bem visíveis quando 3 planta está com os galhos nus; quando rompem. El<preSSivlrfad gall1oS •
das árvores advém
surgem patnas brancas, que voam e espalham as sementes. trOnCO da painelra.
dos galhos. Esse
desenho é mais No segm("mo dos 3rbu.sros com frutificações exuberantes mas não comestlv~is temos
expressivo nas a Piracama coccinrn. cuja copa fica recobcna de bolinhas vermelho-alaranjadas, bem
mais notáveis que sua noração.
espécies de folhas
caducas. nas q uais Educando as crianças
a s tramas dos
ramos se tornam Hoje. as espécies com frutas comestíveis vêm sendo muilo utilizadas nos jardins
elementos residenciais e condominiais. até mesmo naqueles sobre laje. É uma fonna de educar as
protagonistas." crianças. fazendo-as perceber que <>s frutos não surgem empacotados parn serem vendi-
dos d ire<ameme no mercado. como algumas delas acreditam. Nesse processo. as crion-
ças podem vivenciar todo o ciclo d:e surgimemo e maturação dos frutos: da polinização
da Oor pelo inseto ao crescimento das polpas c produção de sementes que v5o gcm
novas plantas. Mesmo em situações que não haja muito espaço, e possível recorrer 3
espécies de pequeno pone, como romãzeiras [Punica granawm), laranjeiras [Cirrus sp.J. lflo oxprcssivos como os galhos, são os caules de várias espécies do estrato arbóceo.
pitangueiras [Eugenia unijlora), goiabeiras [Psidium guajaua) ejabuticabeir3s (Myrciorio Eles podem apresentar texturas interessantrs e tonalidades variadas, que chamam a atm-
cau/ijlora).
çlo quando vistos a cena distância. Podem variar na rugosidade ou serem lisos, espi-
Dh050S r momo rrluzentes.
Galhos e caules
A maioria dos galhos e caules sofre alteração de cor com o tempo. Quando jovms,
Boa pane do desenho das copas das :irvores advém dos galhos. Essc0 k senho é mais tendem ao verde, quando adultos, oscilam em tons de marrom. dos mais daros aos mais
expressivo nas espécies de folhas caducas, nas quais as tramas dos ramos se tomam escuros. No entanto, há casos excepcionais e notáveis com cores esbra nquiçadas,
elementos protagonistas, deixando entrever um aqui e um ali. Disposta de modo isola· avmnelhadas, manchadas e esverdeadas - esta ültima muito freqfientc nos aibusros.
do, uma :irvore se.m folhas, no outono e inverno. pode ser um belo ponto focal no
Essas metamorfoses encantavam Burle Marx. que em várias ocasiões se serviu ddas
jardim. sugerindo a dramaticidade de uma escultura viva mas adormecida.
n.lo apenas em srus projetos de !Paisagismo, mas também em suas obras plásticas. Vale
recordar a s<rie de desenhos que realizou inspirada nos galhos moyimcntados e
DWmorizados do tatare [Cirorokucon rortum).
120
FIGURA 76
f'lt1l«oooo>t. """""·
de"'nllo de Rolleno Burle
Mllfl<. 1\)!lQurn SOO!e
popel, 196-0 COieç.lo Bur1c
M.lf>C S O. FO!O ót
HáiU)(JSIIIQno.
.· .. Mais exemplos
Ampliando a gama de exemplos. é interc.ssante comentar sobre o caule da paintirn
(CIIorisia speciosa): quando jovem. C! verde e o:spinhoso; na fase aduha. marrom e prati·
camente liso. J:l o caule do pau-mulato (Calyrophyllum sprur.anum) se transforma de
um verde intenso ao bronze. descasçando a seguir para se tomar verde novament<. Por
sua vn, a Ameia seyal encant~ pelo ror ferruginosa de seus galhos e caule. que saltam
à vista contra o verde-claro de suas folhas.
Nas espécies com mühiplos ra<tles. há bamb<ts cromaticamente bem intuessantes.
como o bambu braslleirinho (Pityllostachis sp.). que possui listras verdes e amarelas.
com formas variadas. Mas em termos de plasticidade poucas plantas concorrem tão de
peno com a figueira-mata-pau. Seu caule se confunde com as rnizrs da própria planta.
que nasce no topo de uma árvore: ou de palmeiras. onde h:\ luz e acümulo de húmus.
123.
122
"Aromas podem ser
Para crescer, a mata-pau lança suas raizes sobre. a planta-supone até alcançar solo FIGURA 78
deliciosos e m uito 0
e. ao longo do tempo. encorpa e acaba matando sua hospedeira, que aos poucos apodre- Formas escultó~ca>:
bem-vindos. desde Ryzopf/Ofa mangue.
ce e desaparece, deixando ver emaranhados c vazios com Incríveis formas.
que se tomem
Esse fenômeno de adaptação e competição é característico de várias espécies do gê-
algumas
nero Ficus, quando as sementes não genninam diretamente sobre o solo. Mas o efeito
precauções. É
escultórico que proporciona é difícil de ser fixado em projeto, em ra~~o da própria
preciso checar se
imprcvisibilidade do processo de nascimento e crescimento da planta. Não basta colocar
as pessoas que
sememes da figueira sobre outras árvores para que vinguem automat icamente.
freqüentarão o
jardim são Raízes
alérgicas:
Em termos plásticos, as raízes também podem ser utilizadas nos projetos. embora o
resultado so;ja incontrolável. Há espécies que lançam raizes serpenteantes superficiais de
grande beleza. mas esse efdto só se consegue a longo prazo. quando a planta se torna
adulta.
A Ryzopl10ra ma01gue é. muito lembrada por seu conjunto escultural de raizes. qu•
parecem varetas invertidas de guarda-chuva e garantem a adaptação c sobrevivência da
espécie em solos encharcados. Porém, a fruição visual de seus bdos emaranhados exige lhar com florações que exalam nuvens de perfume, especial mente à noite ou em mo-
aproximação do observador, nem sempre facilitada pela natureza pantanosa de seu •m- mentos de temperaturas mais amenas.
biente. Esses aromas podem ser deliciosos e muito bem-vindos. desde que se tomem algu-
Evocando cerro parentesco formal com as raizes dos mangues, há figueiras que de- mas pm:auções. Epreciso checar se as pessoas que freqüentarão o jardim são alergicas
senvolvem conjuntos aéreos de raizes que auxiliam na sustent•ção da copa e geram ou se haverá inconvenientes em colocar ns plantas peno de locais de permanência
efeitos curiosos. prolongada, como dormitórios e salas de estar. Caso cont:r.irio, haverá incômodo. E o
que seria estlmulant<: tomar-se-à um problema.
Nuvens de perfume Algumas das espécies mais conhecidas por suas flores perfumadas sào a dama-da-
nol(e (Crsrrum IIOclumum], a gardênia (Gardenia jasmior~ides) c vários tipos de jasmins.
• são senlidos
• d'!Scretos, que, apcmas
Quase todas as flores exalam aromas mmto . bem
Mas há também cerras folhagens que exalam aromas agradáveis e menos intensos,
• •
de perto. Mas isso conta pouco nos projetos de pa•s•g•smo, p01•5 o iJitcressOJnt(' e tr:lba-
como algumas espêcl~s de pinheiros e eumllptos !Euraliptllll;o; citriodora e E. cinrrra).
124 125 •
Papel do vento
FIGURA 79
SOm dO verr.o:o sussurrar
dos-
126
Mas esst> caminho não ê para qualquer momento c situação. ~ trabalho juslificãnl
quando se pretende um sofisticado arranjo de composição vegetal c hã condições paro
se investir na busca de. novas esptties. que o mercado ainda nem sonha em of~:rttc_r t
multiplicar.
Materiais e técnicas
Após rxpo5ição do potencial de uso dos vários estratos vegetais, serão foalizados os
mat(riais namrais ~ artificiais. os elcme.otos e -as técnicas construtivas que podem ser
tmpregadas no projeto de paisagismo. Todos os recursos são bons. em ess<ncia n~o há
alguns mdhores c outros piorcs. mas tudo depcnde de como ~o empregados. É intens-
saotr tambml fazt.r combinaçõts. a.s soclando materiais naturais a anifidais. contnba...
lançando o calor de uns com a frioza d.e outros. E é imponante len>brar ainda que a
escolha dos materiais mro apenas ajuda a moldar a personalidade do projeto. mas com o
tempo tamb<m define a linguagem do autor ao trabalho.
128
·Desde a Rochas
Antiguidade. o
Desde a Antiguidade. o homem percebeu que as rochas eram ma!criais d .
homem percebeu . . . · uravtis t
atraentes para construor c revestir PISOS. caminhos. noas e callddas. Historkamcmc. ,
que as rochas eram
disponibilidade de alguns tipos encontrados impuls ionou o surgimento c 0 aprimm.
materiais duráveis e
mc:.nto das técnicas de assentamento. Supõe-se que a p rimcira forma de utílitação de
atraentes para
pedras na criação de pisos em áreas externas tenha sido de maneira solta. sem arda
construir e revestir
argamassa ou ~unte. Assim. encontram-se pisos de seixos c pedriscos em palácios d;
pisos. caminhos.
Europa c templos orientais. Nesses edificios rrligiosos. os pedriscos foram usados <m
ruas e calçadas.·
sofLSti<ados jardins. dispostos em áreas penteadas periodicamente com rastelo, de modo
a formar lindas composições em mdo a matacúcs.
O segundo modo de uso foi fixar as pedras. provavelmente com a ajudo de 1rrr.1 ou
areia. técnica até hoje multo empregada. Mas para isso havia a necessidade de que a
pedra tivesse cena espessura. Assim surgiram os pés-de-moleque c matacócs nos rua.s
das cidades coloniais broslleiras: as lajes nas antigas cidades curopêi:LS: os paralrltplp<·
dos de granito. basa lto. quaruito: o mosaico ponugucs. em caldrios do divmas corts.
magistralmente utilízados por tres mestres do paisagismo brasileiro: Robcno Burlt Marx.
Robcno Coelho Cardoso o Waldcmar Cordeiro.
Com o desenvolvimento das argamassas. tomou-se possível a utllitaçào de P<Ças de
menor espessura. em granito. màrmorc. ardósia. basalto e pedras sedimentares lmi·
ncira. são·tomé. goiás). multiplicando seu aproveitamr~~to. Desenvolveu-se tambtm ~
fabricação de placas c misturas com pedriscos. grãos de quanzo. nulmrores c gr.mito~
suzgindo. por CJicmplo, o rutget. largamente empregado nos pisos. degraus. bordas d<
piscina e revestimentos de muros e muretas nos jardins dos anos 1950.
Atualmc:.ntc nova> tecnologias permitem dispensar as a rgamassas. fazendo com qur
as placas de pedras especialmente preparadas repousem e se encaixem sobre bms
suspensas de plástico ou metal. facilitando e ac<lcrande sobremaneira a Implantação '
130
FIGURA 82
FIGURA 81
Detalhes de PLSO elevac:Jo. MataaleS usadoS no
Jartl•m TOh\Jk\J~
Jap!o.
;.
'-i
manutenção das obras. S~o os chamados pisos elevados. bastanie indíc>dos p>ra jar-
dins sobre lajes.
Tipos e variações
em cubos (com aproximadamente 12 x 12 x 12 em) são feitos com granitos cinza e ros.1,
cooacat>ana. ruo ""
Janell<l """p<DjetO""
R0t1efto tlUrle _,. e
ou com basaltos branco e prelo, coJ1adO$ à mão e scr!fcm para calçamento. degraus.
eQUt.Pe. 1970.
muros e murc1:as. Em pisos. são geralmente assentados sobre ramada de areia, pcnnitin-
do .a passagem da água de chuva c.ntre suas juntas, a combinação com gramas e a aeração
das. raizes de árvores. Em muros e muretas. podem ser assentados com argamassa co-
mum. à vista ou com juntas secas.
Pedras como ardósia, quartzitos. mineira. goiás, basalto. mârmorcs e granilos .!ião
fornecidas ao comircio em grandes placas c poste.riormente recortadas para :uend~_r às
mais diferentes encomendas de formatos c paginações. São ótimas para pisos asserua-
dos; sobre lastro ou base de: concreto. c o acabamento cnl.l't as peças é feito com rrjumcs
industria_lizados.
Os filetes são liras que sobram do cone de certas pedras, pres1ando~se para rcvt"sti·
m{'JltO conhecido como canjiquinha. usado em paredes, muros e muretas. Foram muito
ulilizados nos anos 1950 c voltaram novameme ao gos1·o do mercado c_m 2000.
140
45 grnus. gerando movimentados jogos de luz c sombra. soltos sob~ camada de a...,ia, em cima de lastro de conc...,to. O procedimento é simples: ,.,.
FlGURAS 87A E 878
F!GUIIA 88
riJ(>Ios usados como PISOS Detlllhe de arremate de
de tr.l<lotionacs pmças
escadaS.
rtal~
para que a maioria das peças não escomguc. drv= ficai travadas no perímetro ou
numa malha f•ita também de tijolo, mas assentado com argamassa.
c omponentes metálicos
Pua li~r com essa siruaç:lo, o paisagismo 50bre laje ~ uma allanativa vantajosa..
Nlo t IDvenç;lo nova. pois desde a Antiguidade j:l se conheciam jardins sobre retos
piiJIOS, (Orno os da Babilônia, embo111 lá renham sido realizados por outros motivos que
nJo a f'alta de espaço sobre o solo.
"No planeJamento No plan~amemo de jardins sobre lajes. a primeira medida é saber se é possivd que 3
de jardms sobre terra do jardim fiqu~ no mesmo nível dos pisos, como nos jardins sobre o solo normal.
lajes, a pnmeira Ou se, por questões ~écnlcas ou de custo, os canteiros tcr.lo de ser elevados. n:du>indo
medida é saber se é psicologicamente o espaço c tirando o aspecto natural da paisagem.
posslvel que a terra Em seguida. é prcd•o estudar o porte da vegetaçào que ser;\ utilizada, se haverá ou
do jardlm fique no não árvores c palmeiras altas. evitando algu·mas espécies. como as shcfleras c os ficus,
mesmo nrvel dos pelo raizamc agressivo que possuem. Essas htfonnnções slo imprescindíveis para 0 cal·
pisos. como nos culista avaliar as cargas e acrescentá-las no dimensionamento das vigas, lajes c pilares
jardtns sobre o solo do prédio. Sô para ter uma idéia. o uso de plantas maiores Implica canteiros mais
' . normal."
! profundos, entre 1.20 e 1,50 m, que aumentam consideravelmente o peso sobre a cstru·
tura. Isso sem falar no p<'So das plantas: uma palmeira com 6 m de allura pesa cerca do vd. um rttUtSO ~ criar pequenas clevaç.ões ou dunas paro essas plantas. Mas tome
3 toneladas c apresenta um torrão de t,20 m de diâmetro. Ponanto. desde o Inicio do cuidado, pois dunas sob os pes de todas as árvores resultam num péssimo efeito estéti·
projeto, e preciso ter claras todas ess'3S questões. co. Outra solução ~ fazer caixas para baixo nas lajes.
Camadas de terra menor<s que 40 em são tolcr.lvels paro gramados. desde que se
Como se faz utilize Irrigação automática, com timrrs computadorizados. Sem Isso, a ação constante
Começando pela laje, é necessário tomar umn série de providéndns. Faz-se uma ca· do sol e do vento ~= rapidamente o solo e compromete a grama.
mada de regularização com argamassa. de modo que se dé caimento da ãgua para os Embora o manejo e preparo da terra não s~a o objetivo deste trabalho, aqui vai
ralos, que devemo estar tanto nas ãreas de piso como sob os canteiros. Sobre essa r<gu· uma dica: dose a composição para que a terra não fique nem muito argilosa nem ar<nosa,
larização, aplica•SC lmpcnntabilizaç~o çom manta anti-raizes c, para protcgê·la de per· garantindo a acraçao das raízes e evitando a compa.ctaçao. Tambem verifique o Ph do
furações, coloca-se nova camaaa protetora de argamassa. :solo: se estiver ácido, será nc<:essária a adição de produtos quimicos para corrigi-lo.
Por cima desse csrrato, emprega-se 10 em de brlta ou argila expandida. par.l crior
canteiros embutidos
vazios e facilitar a drenagem da água. Isso ê impon:mtc para evitar <tue as raizes venham
a apodrecer. Essa camada drenante devc.râ ser cobena ainda por m•nta geméxtil, qu< i t. a situação Ideal e mais próxima do paisagismo sobre o chão natural. Consiste em
3
uma espêcie de tela fechada para tiltrar a água, separando-a do último componente· rebaixar os canteiros, fazendo que o jardim fique um pouco abaixo dos pisos acaba-
dos dos espaços lnttmos.
terra para o plantio.
A porção de terra deve ter no mínimo 40 em de profundidade, mas se for<m usad~s Somente ~ poss(vel fazer canteiros embutidos quando o paisagismo ~ pensado, desde
arvorctas c arbustos maiores, o ideal c 70 em de profundidade. Caso isso não S<Ja poss•· o Infeto, em paralelo aos demais projetos do edificio. POrtanto, nilo se pode criâ-los em 151 .
150
FIGUAAS 93A. 93B E 93C
FIGURA 92 Detalhes de canteiros
DetBines de cante~ros .~os.
embuttCios - .... l,-
·somente é possível
fazer canteiros
embutidos quando
o paisagismo é
pensado. desde o
início. em paralelo
aos demais projetos
do edificio:
prédios já concluídos. onde o j ardim vai entrar como arremate. Isso porque há uma soric
de detalhes por considerar, começando pela previsão de um dcsniv~l entre as arcas In-
temas e externas, de maneira que a terr.l seja colocada em quantidade suflcientc ~lguns
centlmctros abaixo das porras, para que nào entre água em dias de chuva.
canteiros elevados
Quando nào há condições de se fazer jardins sobre lojc com toda n supcrHcie num>
única cota e coincidindo com os pisos internos, um dos recursos é usar cantl'iros elt•v;,Hio:s.
152
FIGURA 94 ·AS caixaS precisam
ASCCW~da optlo é aplicar tontos com 20 a 25 em de altura e, dai para dma, trabalhar
.....,.,.
canttt~ com ttmos. e
tolo como talude, totolfzando 50 em. Os tontos podem ser rdtos com material plano c ser conectadaS
csudto. como plaas de concreto ou lilmlnas de pedra serrada. Essas PttOS ~o assmta· umas as outraS por
0
elas aa pé sob base de concMo. com aditivos impcnnrabilfzantts na massa, chanfrada I!Jbos hOriZOntaiS.
pua c1a1110 de modo qur o recobrimento da tem d=parcta. Para n~o desmoronar, o para garantir que
talude deve ser pmtegido por grama ou outra romtao que fuce o solo. Se comparada 6 nao inundem, caso
opç1o anterior, essa r bem mais drgantr. tem menor custo e nlo interfere tanto no haja enrupimento
espaço ruultante.
de algum ralo.·
Nos antdros multo estreitos, com lnrgurn menor que 70 ou 80 em, r praticamente
lmposSfvd usar a soluçlo com ttnto. pois nao h:l espaço suficiente para acomodar o
taludt c a u.a plana do canteiro. Nesse caso, c r«amendada a mureta tradicional, de
ptdafDda r«abcna por rorraç6es pendentes. como heras [HtdtrD htllz ou HtdtrD
-rinuu) e amendoim-rasteiro [Anatllls rtptns).
Lajes Invertidas
Quando a laje esti pendurada sob vigas. chama-se invcnida. Nessa situatao. é criada
ama série de caixas que podem ser usadas para ranteiros com plantas e, nas ireas de
piso, preenchidas com mattrlal levt [argila expandida, concreto celular, t tc.) ou ainda
que são tS1nJIUr:l\ COmO grandeS floreiras, COntidAS por muretAS OU ttniOS C COlrCI!ltadas frtbadu com pisos elevodos.
por caminhos pavimenrodos e á=• de estar mais baixAS. 0Cflcndendo da rorm• como AI prttauções neccss:lrfas dfztm rcspdto sobrttudo à drenagem e lmpermea-
..,o resolvidos. esses canteiros podem sugerir a reduçllo do espaço e tomar o jardim mais bllilaçlo. AI caixas precisam ser conectadas umas 1ls outras por tubos horizontais, para
à.rido. pela marcantr presença dos elementos construidos. Emborn o custo stj• um pou· .-rutlr qut nJo inundem, raso haja entupimento de a.lgum ralo. Es$ts tubos dt Ugaçto
co menor. nem stmpre o resultado 1: bom. slo pontos frigels da impennrablliwçJo e precisam ser ruidadosamentt tratados pan
que Dlo causem vuamento no andar de baixo.
Na soluçAo das muretas. hll dois caminhos. O primeiro f: empregar alvrnari.s 113di·
cionais imptrmeablllwdas. com 50 em de olturn. Silo petas robustas. rm run~o du Se optar por enchlmrntos leves, r n«CSS:Irio prever rolos tanto na pant superior cb
m3ntas de impermcabilllaçilo e camadas protctorns. que gernlmente recebem rodap<s • alxa, DO nlvd do piso, como por boixo, no rundo da lajt. para melhor guandr a clmJa.
pingadcirns de pedrn como acabamento. lflll em dias de chuva.
ts•
fiGURAS 9SA E 9SB
Canumos em J.a#:es Lajes escalonadas
I!Mlrt>das.
é soluçAo para casos ~m que a laje que Ir:\ receber o jardim está abaixo da Jaj• dos
fSP"ÇOS lnl<mos. Essa variação conforma caixas com 65 em de altura ou ma is. que
podem ser prttncbidas com plantas. pisos elevados ou enchimentos.
s. fon:m destinadas às plantas, essas caixas devem estar organizadas da seguint<
ronna. d• baixo para cima: to em ae camada drenante e regularização do piso. 40 em de
teme 15 em para desnfvrl entre a área externa e o piso interno.
Considerando que não é possível subir o nível da laje do têrreo em relação â calçada
mais do que o estipulado por ki. essa solução. que necessita de bastante espaço de
FIGURA 96
5oi\Jçao em lajes
escalonadas.
ltft..~Ai-4.'Z.L';L:l o
~t'f f'IIOTl(.~
......
156
alrura. exige o rrbaixamento dos pisos dos subsolos c, conscqOcnocmcouc. maior área
para as rampas de acesso aos vclculos.
Isso pode ser prohlcm~1ieo par:~ os casos de terrenos em aclive ou <qa. •quol<s quo
sobem para o fundo quando as alturas dos arrimos aumentam. Ou naquelas siluaçõt-s em
que o lençol frr~tiro r oho. multando em mais 1empo de obras c maiores custos de
manutenção ao longo do tempo. com o bombeamento da :!guo.
Por outro lado. pode ser uma solução interrssante pora terrenos em declive. princi-
palmente os que descem baslante para o fundo, ao possibililar subsolos com maior pc-
direito. Traz vantagens também no sentido de facililar a cxecuç1o das fôrmas c da
concrctagem c de cvitor pontos frágeis da impermeabilização, pois não necessita de
ligações entre as caixas.
ISI
FIGUitA 99
Em geral, os pisos elevados são tmpregados e.m jardins cujos pisos ficam na mesma s.stema de canatetas
Po)fa levar asua< plúlllalS
altura dos canteiros de vegeta~ão. Para que a terra não invada os vu ios sob cles. s.lo até a rua
fritas m1.retas de separa~ão.
Hoje <Xistem empresas especializadas em pisos elevados que oferecem vários siste-
mas: desde placas menores, com 50 x 50 em e maior quantidade de suportes. até placas
maiores. com 80 x 80 em c menor número de bases. Por isso. c recomendável s.) bt r de
;mrem;in qu:1l "'istt"m:l ser:\ usado e o que se adapta melhor à modulnc;~o do projeto.
Muros técnicos
Quando as garagens nõo possuem altura que pem•ita acomodar tubos de esgoto ou
mesmo quando se quer esconder esses elementos, os muros 1Ccnicos resolvem bem 0
problemo. A idc!ia e conduzir as tubulações de esgoto dos apartamemos e de àguos
pluviais da cobertura por dentro de pérgolas para as divisas laterais. Nelas executam-se
os muros t&:nicos. que s:lo armários horizontais para recebér as tubulações. Esses anuários
se prolongam ate a rua c deven~ apresentar portas para manut<nçôes periódicas.
calçadas técnicas
Sistema de drenagem
Em condomínios horizontais e loteamentos. as calçadas técnicas são galerias sob as
E possível trocar os ralos, que são pontos frãgcis na impem1eabiliza~ào das lajes. por
CIIÇidU. com acesso para manutenção por meio de placas soltas no piso. Por essas
canaletas que conduzem as águas pluviais até a rua. galcrlu, passam as redes eletrica e de telefonia, cabos de fibra ótica, tubulações de
De preferência, essas canaletas deverão ser metálicas e estar dispostas sob o telo do '&UI, gU. de. A vantagem ea ma nutenção sem necessidade de quebrar ou desente rrnr
primeiro subsolo. permitindo que se façam sobre elas pisos elevados c mesmo jardins. aadl. como sempre acontece nas cidades.
Se ror 0 caso de plantar sobre as canaletas. alguns cuidados são nccessârios: usar placas
com frestas ou furos para drenagem cobertas por manta grotextil, a fim de evitar cnru·
pimentas provocados pelas raízes ou pela terra.
161 8
160
Todos os passos
Par.~ finalizar, este ~apítulo fo~alíza todos os passos que ~nvolvem o trabalho do
paisagista. com ~omentários sobre as etapas de projeto e a rela\âo com os diversos
tipos d• clitnt~ Percorro desde as primeiras reuniões para se estabelecer o programa c
o Ol@mtnto até as visiras de acompanhamento do plantio, procurando relatar os objttivos.
as Det"tSSidada e os problemas ma.is comuns em cada fase..
No primeiro contato. c importante qur você ouça e consiga pcrcebrr quais 5~0 35
vontades e necessidades do cliente. seja rir público ou particular. Preste aten<;âo em
suas intenções. dúvidas e expectativas. Quando voe< fizer seus comentários sobre as
possibilidades do proj eto. dever.\ passar confiança. demonstrando que e a pessoa cona
para o trabalho.
Constatando essas questões. é bom acalm:l·lo logo. mostrando que o projeto tem v;;. Nos emp=ndimentos imobill:lrios. o primeiro rontato poder.\ ser uma troca de ld~ias
rias fases. exatamente para fazrr ajustes e chegar ao melhor produto. com custo compa· m~ virlos profiSSionais para definir qual será o produto e o públiro-alvo. Nesse enrontro,
tive!. Comente que o procedimento prof1SSional r enviar. após esse encontro. uma propos· allm do paisagista, estamo presentes os incorporadores. os empresários de vendas. a
ta de honorários c e:stímatíva de custos da execu~o do jardim. Mas 3\'isc tambtm que tlllpresa de pesquisa de merc~do. o publicitário, o ronsuutor. o arquiteto, o derorador,
poderá haver variações de custos no decorr<r do processo. ronsidtrnndo que o orçamento ~ NCSK asa. conhecer a localiza~o do imóvel. as caracreristicas da regi~o. 0 valor
inicial será feito sob"' o estudo preliminar. que não tem todas as infom1ações. e o o~a· de venda do metro quadrado construido para definir o padrão, os acessos e 05
mento final. sobre uma base mais rompleta - os projetos de execução e de plantio. equipamentos do entorno é fundamental para as discussões e roncl~
164 165.
FIGURA 101
"Os valores oscilam o catwto CIOS ~nos
Em projetos pllblic:os. é importante conhecer os objetivos políticos, sodais e cuJtu.
varia eontorme a
conforme a rais da iniciativa c s~bcr tluais dcl'artamentos, pronssionais e rcpr~sentautcs esta rão dtmensao. a natureza e a
dimensão. a envolvidos. dependendo das escalas do trabalho: arquitetos. historiadores. assistentes comptexida<le dO projetO.
natureza e a sociais. ccollomistas. agrônomos, botánicos. ecólogos. politicos, membros d::J. soci~dadc
complexidade do civil, et<. Com o ~vanço do trabalho. é fundamental un1 tontato dir.to ~om a população
trabalho: projeto que ir3 usufruir do projeto para discutir as necessidades. áS expectativa.s, o progr:1ma e:
residencial, as possiveis formas de mvolviJllento dessas pessoas em todo o projeto e na txccuçào
comercial. das obras.
institucional, Jardim
sobre laje, terrenos Proposta de trabalho
acidentados, etc: Em gemi. a proposta de trabalho engloba três partes: apresentação. fases do projeto c
cunos profissionais.
Na apres~tação, fala-se sobre os objetivos gerais e os beneficios do projelo, as l)réo-
cupações e as abordagens previstas. Enfim. faz-se a demonstra~ilo do conhecimento do
problema c o delineamento da solução.
Nas fases do projeto, as etapas são expostas. assim como os procedimentos em cada
uma delas e en1 quanto tempo se!";!o elaboradas:
1. estudo preliminar:
2. anteprojeto: alplas do projeto, viagens. estadas. visitas Ilimitadas parn o acompanhamento da obra e
do plantio, etc. Esses custos devem ser apresentados à parte.
3. prê-exccutivo:
A Assodaçao Brasilelrn de Arquitetos Paisagistas [Abap) possui uma tabela de hono·
4. projeto executivo dos elementos construidos:
rtrlos que ajuda bastante como referênoia. Os valores oscilam ronforme a dimr.nslo. a
S. projeto executivo de plantio. natwna e a complexidade do trabalho: projeto residencial. comercial. institucional,
Quanto aos honorârios. apresenta-se o valor a srr pago c como scrã pago o trabalho jardim sobre laje, terrrnos acidentados. etc.
profissional: por mês ou por fase entregue. etc. É bom lembrar que, geralmente, esses No entanto, a própria entidade recomenda que, para projetos maiores. fora d~ mas
valores não incluem levantamentos topográficos (essenciais para o inicio do trabolho). urbanas. utilize-se o critério homem-hora. Isso significa calcular o trabalho dlrc:to, os
166
FIGURAS tOV\, t02B
custos Indiretos, os Impostos c a margem de lucro. No trabalho direto. hâ 0 tempo das
E 102C
reuniões. as visitas de reconhecimento do local e convcrsõls com o cliente, as hora.s: d~ Levantamento daS VIStaS e
elaboraç~o de projeto. os custos que dependem da categoria dos profissionais lcoordc- cond1çoes do entOmO
n;:~dor pronssional plrno. senior. júnior ou estagiário). além dos mmcri.1is de escritório
!papéis. tintas. cópins. rotografias e plotagens), etc. Os custos indiretos envolvem alu-
guéis, sornvarcs, handwares, energia elétrica, reterone. :igua, secretârias. raxlneiros. etc.
Preste atenção nos impostos, que não são nada desprezlveis no Brasil. A margem de
at~ mesmo para sobreviver 3 époc3s sem trab3lho.
lucro dtve ter uma r(Srrva.
Ao computar tudo. chcga-se ao valor a ser cobrado e negociado com o clienrc. Algu-
mas empresas insistem em contratar por prancha de desenho entregue. Nessr <':ISO. é
importante verificar o tempo despendido no critério homem- hor:a c dividir pela e~lim3 .
tiva dr pranchas a str enuegur..
Em relação aos prazos, é bom prever que para avançar em algumas etapas depende-
se de inronnaçOes de our:ros profissionais envolvidos no trabalho. Por ext·mplo, em pré-
dios residenciais ou comerciais, saliente que o pré-executivo de paisagismo >ó poded
srr entregue tantos dias após o recebimento do projeto de rõm1as do calculista.
Iniciando o projeto
Uma vez recitado o contrato, é pôr a mão na massa. Para iniciar o trabalho. a <iuanti-
dade C O tipO dC dadOS neCeSSáriOS variam, dependendo dO 1311\anlto do :\rca, do tipO
de utilização (residencial, comercial, industrial. uso publico. panicular ou coletivo!. da; IDIIl I'AtoiO:SIO--~ PA'III'CtllOS
c::J JIUIO(NCtA liiiPAH!t.l-"'
edificações implantadas ou por implanta r, da paisagem do ento rno, das nece.sldadcs Q Mvolt!S f:J.ISUrJl'U
rspecíncas dos usuários. etc. Mas. como roteiro. as infom1ações m:liS signilic:uiva§ s~o
~
enumeradas. a seguir.
• Deve-se conhecer a legislação e as restrições legais a que o projeto estar:\ sujeito. l'or
exemplo: recuos mfnimos para as edificações do jardim. como gazcbos • plsdn><,
168
porcentagem de :irea penne:lvel. porcentagem de área verde, desnivrls mfnimos ou
........
FIGURA 103
miximos. altura m:ixima de muros. legislação ambiental sobre vcgcltlÇào 3 ser JJ!an~ EstudO daS somb<aS
tada no terreno como compensação de rcmo,~o de árvores existentes. obrig•toricdauc geri!<laS pelas
constnJÇCes vlzo~
de espécies nativas da rcgmo. etc.
• É especialmente imponantc n:unir canas, mapas. fo1os aére:J.s, levantamento topo.
gráfico com • oricnta\'ãO de norte. lcvontamcnto dos maci\'O> vegetais, etc. em
projetos maion:s c de uso publico. Verifique os usos do solo do entorno. • densidade
da população. a demanda de uso. as faixas ct:írias dos prováveis usu:hios, :1 ve~cta·
çào ex-istente devidamente cadastrada l'. principalmente, em quaisquer circunstãn.
cias. imagens do local. Em grandes projetos, tambcm podem ser necessários os dados
relacionados ao tipo de solo, subsolo, rauna, hidrologia, lcn\'OI rrcâtico, inrormaçõ.,;
sobre recursos disponíveis e problemas locais. Para isso. C fundamem::11 a assessoria
de técnicos especializados ou montagem de equipe multidisciplln•r.
• Com visitas ao terreno, ~ possivel conhecer a :Ire• c scnür o lug.1r. Isso e imponan~<
não apenas para se informar sobre as caractcristicas do local, r.1as também sohre o
espaço formado pelos vazios adjacentes, os horizontes c visuais do entorno. que o ..............
poderão ser usados no projeto. Nesse trabalho. tenha em m;os o levantamento topo- mmet :~~~~~~~:~1.0~
gr:lfico para anotar o que há de bom e ruim. os problemas e os potenciais da arca. ,.. -fW4'1À
r~ rU«
Marque a orientação. as vislas. a vcgelação existcme, a presença d<: àgu\1, vemos.
etc.
Orientação solar CoDStguir 4reas ensolaradas em grandes cidades nem sempre ê fácil, pois o conges-
Perceba onde está o norte c, a partir dele, defina os :ireas ensolar;"las ou sombr.aüas li01Wttcnto de altos edificios em dettrminadas regiões foz que elas se tomem coda vez
pelos volumes vegetais: ou construções situadas na ãrea c na vizlnhan~3. Essas observa· mais raras. Assim, todo pedacinho de terreno ensolarado ao longo do dia deve ter destino
tti!O: mas de recreal'ão infantil, piscinas. sohirios. etc.
ções devem ser analisadas em diferentes csta\'ões e hor.irios do dio. Por exemplo. no
verão em São Paulo, o sol projeta. entre 9 h e 15 h. sombras a oeste c leste. com ângulo & sombras podem ter seu lado positivo. especialmente pora áreas do estar, esporü-
de 45 graus. No inverno. porém. as sombras no mesmo horário sõo maiores, a suüocst< VU. decaminhadas, etc. em regiões quentes. Mas o plontio de espécies fica restrito
lqudu que se adaptam a essa condil'ão.
e sudeste.
170
FIGURAS 104A. 1048
Entornas e vistas E 104C
/INI!Se dOS ponlD$ ele
Saber o que lntecessa valorizar ou esconder da paisagem ao redor é po 1lt0 d . obSeNaçao.
• • • e pan:1da
obngatóno. Com tsso, é possivel relacionar ou não o projeto a os seus cnlomos. infor-
mando as primeiras idt'ias de criação dos espaços ou localização de cqttip!tnemos.
Os pontos de observação devem ser analisados tanto a partir da área de projeto
como do entorno. No primeiro caso. avalia-se o que e bom que o u.suário veja desde 0
terreno e se verifica se há viS1as mais amplas que possam ser usadas para sugeri r vinual-
mc.nte espaços maiores no projeto. Olhando de fora para·a :lrca de trabalho. e passivo!
prever como a proposta irà interferir e valorizar sua vizinhança.
Formas de relevo
O modelado do terreno eJCistente ou os trabalhos de terraplanag~m pode ser o princi-
pal fio condutor da proposta. Terrenos em aclive ou declive pcrrni1em soluções interes-
santes de captar visuais e atribuir movimento à paisagem. AJguns equipamentos, como
quadras, piscinas, áreas de estar. etc. requerem ãreas planas. Para tanto, os plotcls devem
ser estudados juntamente com os taludes é desnivcis resultantes. Lembre-se de que
existem legislações limitando as porcentagens de inclinação de acessos e rampas. c o
acesso de deficientes deve ser sempre assegurado. prinripalmcnte em condomlnios e
:i.reas públicas.
Teoricamente, ê possível modelar o terreno para implantar qualquer atividade. equi-
pamento ou edificação desejada. porém a pr-Jtica demonstra que gmndes muros de arri-
mo são caros c significativos movimentos de terra podem provocar erosào e dcscs-
tabilidade. alêm de g rande:s e indes<tiávcis cicatrizes na paisagem. O remodelado de
g randes áreas requer um desenho técnico e cuidados especiais paro não se perder a
camada rértil do solo.
173
17Z
FIGURA lOS •sempre que
"''.ownetr..os ~ tena Se o solo rtnll foi descanado. a saída é comprar terra boa e fazor • rcposi~o. po~m
llusQue """' SCiuC60 ~ n>tn'mónlo nao ...,novável a cuno prazo. seu pn:ço ê elevado c pode eneart· possivel.é
ca1\1!noeflte .,. como .um,... aconselhável
ccne e .ltetro. cu stgnlfic:otlvamentc o orçamento do jardim.
preservar e
llependmdo das condições nutritivns do terreno. varia muito o dimenslonam~nto incorporar na
daS covas para ser preenchidas com terra proparnda. Em gemi. as dimcnsllts mimmas proposta árvores
neeaYrlas slo as seguintes: adultas presentes
:ltvon:s prrclsam de covas mini mas de 0.80 x 0,80 x 0.80 m: na área. (...( MaS é
bom que se diga
• albustos •llos. covas de 0.40 x 0,40 x 0.40 m:
que naoé uma
lrbustos baixos (herbâceas). ramada de 0,25 a 0.30 m de profundidade pela vctcns~o
operaçao muito
I
; .... do madço; stmples em certas
rorraçl)cs c gramados. r~mada de 0.10 a 0.20 m de profundidade ao longo da área a situaçoes.·
ser plantada.
;-..
:,
-.
!·· vegetaÇão existente
.. ··' Aproveitar bl'lo.s arvores ou conjuntos de vcgewç-Jo cxistent<S confere aspecto de
Judlm Ji ronnado ao projeto, alem de proporcionar economia de ~rsos.
Semp"' que pos.sivel, ê acorl5dh:lvd P""•rv~r c incorpomr na proposta ãrvores adul-
tas pramte na ;1...,., ainda mais se forem nntivas da "'gi:lo ou se possui"'m um pone
~ d...,oranm anos pam atingir. Mas é bom que se diga que nGo é uma opcra~o muito
Solo fértil simples ..., «nas situações.
Éa ramada mais superlicl:d. onde as planHIS se dtsenvolvcm. Durnntr a •erraplan•gern. Se ror necessário fazrr cone ou aterro no terreno. ~ imponantc verificar "-' (()tas
é necessá rio a1cnç~o para nOo jogar fora esse esuato impor1an1c. mhiUrando·O oadt estio as árvores p"'existentes. de modo que elas não liqucm muito abaixo c nem
indi.!r riminadamcmc com as demais camadas. como frcqOcmcmentc acontece. Parn tanto. acima d.u :IJHS produzidas pda tcnaplanagcm. Em caso de aterro, nao se deve (()locar
antts de efetuar os cones c alcnos, deve-se raspar a superliclc do >Oio. aoronloando·• de rollllaal~ma terra sobre o colo dns :lrvorcs. iSio é. na porção entre "-' raizes super-
em local de depósito. Depois dn cxcrut~o da tcrrnplanagem. espalha·~• por cimo o solo flcbtls e o Inicio do tronco. !.sso provoca o apod...,cimcnto das cascas c Interrompe o
armazenado. previamente adubado com material orgfmico e/ou adubo quimico. ftuxo nonn:tl da seiva. matnndo a planta. Nessa s!rua~o de attrro, o ideal é fazer uma
174
FIGURA 106
Em caso de a~eno no 1'lts meses depois. quando for efetuado o transplante, marca-se o none no tronco.
terreno. n3o CW<a com &A ~at~~aç~o r imponante para não se invener a posiç;lo da planta em relaç;lo ao sol.
temi O aliO <la$
atw~es~es DO icplante, acarretando mais sofrimento ao espécime. A seguir, conam-se as raizes
pioi\IDdaS. de maneira que a terra remanese<nte forme um torrao esftrlco. Entao envol·
ve-se esse tomo com sacos de aniagem. protegendo-o do ressec:~mento durante o trans·
porte. Reeomenda-se tambóm retirar boa pane da folhagem para evitar que a planta se
daldlatr. pda evaporaçao e transpiraçao. No plantio definitivo, em cova larga e com
tara lllubada. recomenda-se tambtm colocar um tubo plãstico venical para facilitar a
RP da porçlo inferior.
hvora pesadas necessitam de canúnhao munque e até de gruas para serem içadas
por dlltu. Para isso, deve-se prever que esses equipamentos tenham acesso tanto ao
Joal de retirada como ao de plantio ddinltivo. Se os caules não forem bem protcgrdos
com mantas c borrachas nos pontos onde se~o suspensos, corre-se o risco nao apenas
de Dllthucá·los. mas tambóm de matar a planta.
Os llbustos e as forrações são mais ncxíveis, fáceis de deslocar e com menor risco de
pada que as árvores. Sua reutilizaçao <xige previsão de annazenamcnto em viveiros ou
ltíCals apropriados. principalmente nos C3SOS em que a remoç;lo deve ser feita em ~
lll1liiD anterior Ado plantio final.
mureta. com cena distância. ao redor do tronco para protcgoHo da terra. Ou. se houv<f USos da água
mais espaço disponível, fazer 1aludes afastados ao redor da planta c preencher o espaço
resuhamc com pedrisco. que garante a ventilação c não caus" apodrecimento da pam Elemento que exerce grande atração na paisagem e sobre as pessoas, a água e impor-
inferior do uonco. lanlf RCUrSO ctnico, na forma de nasc.ntcs, córregos, lagos, rios ou represas. É possível
aprovdt4-la ainda como ponto focal em repuxos. cbafitrizes, casc:~tas c espelhos d'água.
No caso de necessidade de transplantar as árvores. há uma série de cuidados • se-
rem adotados. mas~ interessante frisar que estâ longe de ser t~o simples quanto paren. A ligua se apresenta no subsolo em reservatórios, que sao os lcnçóis freãticos. Quan.
O primdro passo é preparar a sangria das raizes noventa dias antes da .-.tirada do exem- do Slo rasos. o solo ~ encharcado, demandando plaow apropriadas. Em paisagismo,
plar. Esse procedimento consiste em cavar uma canaleta ao redor do caule. conor a5
aa condlçto ainda c; pouco cxplorad•.
176
raizes superiores e preencher a cova com terra adubada.
FIGUIIA 107
uso oaagua no P.ltJO ae 11 Em pndcs :l~as. como loteamentos. praças e parques. ~ impon~nte estudar 3$ bacias
R_..l>lloloo~Ainamb<a. clt 'PIS pluviai5. que geralmente são maiores e estilo fora da ~rca de projeto. Isso ajuda
e<!'Grafl.l<la.ESDJnn.. a P""" 0 caminho natural das chuvas. evitando bloque~-lo com equipamentos •
caJIIdnl>. especialmente em àrcas de baixada.
ventOS e ruído&
Saber quais sfo os ventos dominantes na região ou st hi ventos mal5 fones em deter-
..madu <pocas ajuda na elaboração de pmtrções. Maciços relativamente altos e cspes·
101 fullcionam hem para ...., fim. mas se não houver muito espaço ~ melhor u.sar de-
IHIIIOS construidos. como muros e painéis de vidro. É necess~rio ter cuidado com
~ viziabas. que g..almente alteram o sentido dos ventos.
Elementos da cidade
t ,.....prc bom ficar de olho nas condições das calçadas. verificando onde estão as
botas-de-lobo. os postes. as fiações baixas e mesmo se h:\ ~rvorcs que dificultem o
acesso.
- t..,.- Em projetos publicas. ve.rifique em que medida elementos preexistentes podem ln-
1
llulr DO programa, favorecer o zoneamento e até mesmo o partido do projeto. Por exem-
~--
''
-
plo, ruas movimentadas poderão ser obstâculos para o uso do local pelas pessoas. ao
passo qu• a presença dt equipamentos, como bancas de rtvistas. pontos de ônibus.
\ ldd'o~~a públicos • caixas de correios, atraem mais movimento c circulação do publico.
Isso lam~m acontece na vizinhança de com~n:io. escolas • rcsidtnclas. que arraem
para u :lrcas vtrdcs pessoas de faixas etárias diferentes. em hor.lrios esptcificos.
178
Enfim, a visila !I ~rea de projeto deve servir para checar todo seu potencial e os FIGURAS 10M. 1018
E IOIC
problemas a suem rnfrentados.
m,.,.,..gem<IO
~.t~O
Montando o programa ..,.,.,..,..,co -.:e por
fllptes acontliOPII:OS.
O elenco de aspiraçõrs c ncc.ssidades varia de acordo com o tipo de cliente e S< - - janl.ns , _
ou menos denS05.. ãteas
trnduz na montagem do programa. Em geral. ele se caracteriza por três tipos básicos. com (huTtaSQUI!U'iJS., etC.
embora componcm variações c peculiaridades: jardins para res idcndas: jardins para
condomínios horizontais c vr.nirais: loteamentos n:sidenciais. prac;as e parques..
O paisagismo para casas é como roupa sob medida. que deve se ajustar perfeita-
mente para quem foi feita. É imponante. por exemplo, checar se o cliente é muito sociá-
vel. se deseja receber em casa ou que.r um refUgio e.xc:lusivaml'nle rarnili:~r: se lem filhos
pequenos ou 111hos adultos morando em outro local: se o ponto de reunião dos netos t. a
casa dos avós.
Nlo basta apenas anotar mecanicamente os itens drsejados. como piscina. churras-
queira, quiosquts. quadras e áreas de recreaç;lo infantil, mas tamb•m discutor o tipo • o
caráter mais ou mrnos formal dos espaços. E preciso sabtr do intrrr:sse: por lugartS
aconchegantes, sombreados. jardins mais ou menos densos. gosto por frutas, aromas e
texturas. Em resumo. deve-se estar atento aos valores desse cliente e de sua família. de
modo que o projeto hem os atenda.
Quem busca esse tipo de moradia quer mais segurança. Nesse sentido. o paisagista
pode ajudar no desenho de muros. gradis e guaritas que não sejam demasiadamente
agzt;sivos C' V3lorizr.m o ingres:JO, "JIÔ'õ o qual e intertSsantt um tspaço largo como
180 praça de enuada. que acolha c impressione o visirantr. ,.,.
F(GURA t09
É recomendável separar as áreas de rccn·aç;Jo por faixa etária. a fim de evitar brigas c o parque aquátfco é um
conflitos (ver capitulo 1). Playgrounds infantis. que atendem crianças de o a 5 anos. dOS eQliiP3mentos
uUh,zaaas I)Or todas as
geralmente podem conter brinquedos de plâstico, como minicscorrcgador. C\l.sa de boneca fail<IIS etárias.
ou deTarzan. gira-gira. etc.: locais para brin.cadeõras de solo. como carncol c amarelinha:
espaços para antigas brinoadeiras. como bolas de gude. pião, taco. etc.
Playgrounds juvenis. para crianças de 5 a lO anos. podem ser pensados com brinque·
dos de madeira. como escada horizontal. csca.lnda vertical. cscorreg<~dorcs maiores ('
brinquedos de atividades múltiplas: labirinto de vegetação podada: cic. Áreas de diver-
são para pré-adolescentes. entre 8 c 13 anos, pedem equipamentos que os façam gaSiar
energia, como pista de skate e patins, saco de boxe. cspirobol. etc. Setores para adoles-
centes pod= ser planejados como centros de encontro e reuni;lo, dotados de pr:rças
para mUsira c fogueira. salas de estar desenhadas por b:mcos com encosto. mcs3s latc-
rnis e cc:ntmis. etc. FIGURA 110
AS praças figuram entre as
Diversões c atrativos para adultos incluem geralmente pista de coopcr com cqul1>a·
pr1ndpa1s encomendas do
mentos de ginástica. tendas de massagem. gncbo gormntr. bar junto 3 piscina. espaço I)Oder pót>llco.
para leitura e mtditaç:io. A terceira idade gosta de se semir aconchegada sob c~raman
chõcs, em ãreas com redes. nurseries de plantas. gramados para prálica de ioga. tal chi
chua n, t tc. (ver capitulo I).
Há esrm~os e equipamentos que todas as idades podem c gostam de usor. f: o caso do
parque aqu:itico dcscobcno e/ou cobcno: das quadras políesponivas. quadras para tênis.
áreas de areia para vôlei. futevôlci c squash: dos pomares: jardins dos aromas: etc. Se os
condomínios previrem n existência de bic.hos domCsticos. é interessante projetar <..'Spa~
ços para que possam brincar c fazer suas necessidades.
No caso do cliente público. os espaços mais rc<1uisitados. em geral. sito as praças,. os
parqurs de uso coletivo. As Jlraças s~o espaços inseridos no tecido urbano, no <tua! a
paisagem da cidade esta bastante prescmc. Os parques s~o :\roas que podem ou n:1o <'>ta r
dentro da cidade, mas a vjs~o da rmurcza prevalece sobre a paisagem urbana do entorno.
t82
·ramo no caso dos "Freqúentemente o
Em geral, embora não ne:rcssarlamcntc, os parques s:lo maiOR!'s que as pra~a.s, c as ronnas
parques como no zoneamento é
de gestão também diferenciam c~scs espaços: os parques frcqücntcmc1110 possuem em mãos e todas as informações até aqui comentadas. parte-se par.~
das praças. o mais confundído com as
administradores. as praças não. Isso é importante para se formular as estratégias de
importante é a zottcaomttllo. no qual R estuda a distribuição geral dos elementos. não distnbuiç6es das
m:mutençào ao longo do u~mpo, utilizar ou não cspéties mais rústic::a.s c rqulpamrnto.s
participação do
co!ISIJUidos. mas uombém da vegetação sobre a motfologia do tcrrrno, funçoes no terreno.
mais resistentes.
espaços por da criados. Nesse processo. é comum o prog rama sofrer como
usuário ou de seus
Enquanto as praças são usadas pelos moradores dos arredores. os parques atr3cm adaptação às condições do local. organograma
representantes na
gente de pontos bem mais distantes da cidade, especialmente nos fins de semana. de- espacialiZado das
elaboração do de paisagismo relacionados a edificações, c fundamental que Jâ no
mandando a previsão de estacionamentos. serviços de apolo (infonnoções. priml'iros tunçoes. Mas ele é
programa." consldcr.~da a ligação c a continuidade espacial ou visual ·~'"'.os
socorros. segurança). bares. restaurantes c sanitários. Se for o caso. outras atividades
e Interiores. o paisagismo deve considerar as aberturas dos cdif!ctos, bem mais que isso.
tamb~m podem ser contcmgladas: áreas de piquenique, locais para al>r<scntaçõcs musi- devendo prever o
_,ja 0 que as pessoas ír.lo sentir c observar c como se dará o encamí-
cais e peças de teatro. vcstiãrios próximos às áreas de esporte. etc. KP . 1 · caráter dos
u 4reas externas. Obviamente tudo isso nao depende unica c oxc ustVa·
Tanto no caso dos parques como no das praças. o mais Importante é a participação de paisagismo. mas de um bom entrosamento entre ele e o projeto de espaços
do usuário ou de seus representantes na elaboração do programa. Existem técnicas de pa;sagísticos.•
workslwps c brainstonns que podem ser usadas para estimular a panicip::u;~o Llos mOr:l·
0 zoneamento c confundido com as distribuições das funções no
dores. visando aferir em que tipo de solicitações o projeto deve t,rabnlhar, Isso é impor-
0 OJI!anogr.~ma espaciallzado das funções. Mas ele é bem mais que Isso,
tante para que a populaç~o se Identifique postcrionuente com os resultados. que sinto
o car.ltor dos espaços paisagiSiicos.
orgulho desse espaço. culdr dele, protegendo-o c não o depredando.
K digo que nao se trata daquela coml>atibllidadc espacial oeccssària para
Experimentei esse caminho em vários de meus trabalhos. Vale mencionar dois deles.
!ãQ;dcKJIVO,Ivlmcnto das funções. Por exemplo, a piscina deve estar o;m local
Num parque linear no Interior do estado de São Paulo. cstimulti a criação de piso; de
de ntar, em locais protegidos pela sombra; os rspaços precisam ser
mosaico ccrlmico com motivos da economia local. realizados por crianças das escolas
amplos para a prâtica de jogos; etc. A questão é préVer que tipo de espa·
publicas da região. Simult~ncamcntc, convidei adultos para plantar as :lrvon:s. Tudo
relação cstabclecer-se-:1 entre o usuário c o local. que aprovéltamcnto
isso visando a que as pessoas se envolvessem na realização do projeto. scntíndo·se
,.,..,..,....-·--· visual da paisagem do cntomo. dependendo das atividades (estar,
vcrdaddramcnte donas daquele lugar. havcnl, por exemplo. aconchego c amplldllo na :lrea da piscina, Intimida·
No parque da Companhia de Tratamento de Água c Esgotos do Rio Grondc do Nonr, de tS!ar. proteção nas ;lreas de recreação lnfanill. etc. Nesse procmo, ~
os trabalhos estiveram voltados aos meninos de rua. que foram treinados para produtír Imaginar que tipo de espaços (amplos, estreitos. ensolarados ou sombrea-
mudas de plantas da região usadas no projeto, parJ aprender a comrrdallzâ·las. e ainda nsas scnsaçOrs e a seqüência de lugares e n5o-lugam do proj~o.
para $Crvir de guia aos turistas que visilarilo o local.
184
FIGURA 111
croq,. oe zoneamento
Gm)alcllte, o clestDho de zoneamento <f<ito com manchas em forma de amrbas.
·o desellhO de
~~
~ conttm aproxÍllddamtnte u dimms6es dos tquipamentos. apaços e grupos wgc-
zoneamento é feitO
tals. o ponto de panida t ata~ltttr os locais com e sem vegetação: ártas de pisos.
com manchaS em
~as para lmplantaç1o dos voluma edificados e equipamentos, 4reu gnmadu que forma de amebaS.
posslbUIIcm usos variados. maciços arbustivos que obstruam visuais daagndávds c Que contêm
cerquem apaços. áreas de vegetaçao arbórea que formem bosques ou fechem o cru. aproximadamente
as dtmensOes doS
Em uabalhos de inidantes. t freqüente a criaç1o de espaços de múltiplo uso, mais
eQuipamentos.
ll.lllplos ~o necess4r!o e ~m qualqutr subdivisão. O resultado gcralmane alo f multo
espaços e grupos
JntaCSSUit. pois apaços damensundos "" mosrram insossos c daagrad4vcis para o
vegetais. o pontO de
d<sciMllvlmenlo de qualquer atividade.
partida é
Algwnas 'reu poderjo ~rvlr apenas como dcmcnto de refcrtncia visual c atitica,
estabelecer os
outras podmo ser ~rvadas como elemento de 113nsiçao entre os espaços utilizados.
locais com e sem
smo opaços de acesso. fechados ou obenos. que podero\o proporcionar scnsaçOes
vegetaçao.•
cllfmnlo ao longo do deslocamento das pessoas. criondo surpresas c aumentando a
dramatlcldadc c a intensidade da pe=pçao da paisagem. Pode-se criar tamWm área
bastante fechada e sombreada entre dois espaços amplos e ensolarados, e mesmo espaço
com wgmçlo apeou para ser visto como cen4rio. a distância. Enfim. há várias
posslbUidades par2 se criar surpresas.
Estudo preliminar
~ a fase de depU1'2ç10 do zoneamento, na qual o tratamento dos ekmcntos vegdais
c construidos ganha dcfinlçao, apontando as primeiras solu•Ots. ~ 0 mom 1
se Inicia p1a de ' m o em q ue
. 0 no massas vegetais. com a cspedficaç1o das principais plantas que
C'CIIItporlo a proposta. o detalhamento de suas caracttristicas em termos de cores, q,oca
0 ~OIItt•Sr["1l dt Ooraçlo, aromas. !atura de folhagem, tipo de caule, ac. Nessa aapa, aiJida alo f
!Il!fl tet6T~~ l.ASI[•Itl pm:lso nem f Interessante fechar completamente a espccilicaçlo bo!Anlca, 8 ...
~~ ~- como
ba se trata de uma Prime1ra aprncntaçao para ser discutida com 0 dlmtc. '" potqUC,
!86
Dl I(IMA S(l" Sl.Ma.O
....... -
O t IICI•
Anteprojeto
Pré-executivo
E necessário qua11do a obra e sobre laje ou quando existem construções de cer1o
pone no projeto paisagistico. Apresenta uma série de desenhos técnicos, em escalas
determinadas. cootrndo plantas, cones e elevações, com informações de dimensio-
namc.nros. cot.as de níveis. notas e observações.
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O pr<!·cxccutlvo detalha a obra grossa. ou sl;ln. os clcmenro~ consr ld "Quanto mais
pendem d • • ru os <)uc de- obm e opcr.lrios, que lr.lo efetivamente executar as panes construldas. Deve contrr as
a pan.copaç~o e revis~o de outros profissionais para eorn1ol<td·lo lnformaçOes na
dins sob 1 !l · · '· como Jar. Informações aprovadas no anteprojeto c compatibilizadas com os demais projetistas no
re a os. poscmas. drens para churrasco, pórticos. guaritas. muros c arrimos. forma de desenhOs
p~cxccutlvo. Apr<$enta desenhos tknlcos. em escolas adequadas para a vlsualtzaçao
ou textos. menor a
Nesse proc<:SSo. vcrlfica·sc a Interface com: c complftn!Ao das planw c detalhes, com textos explicativos nas pranchas para evitar
quantidade de
• a arquit<tur-J, considerando os acessos das :\rcas Internas t>ara a> ext(·nons: os acenos possfvrls duvidas.
dCMda~ maior a
do layout Interno j:\ negociados no anocprojcto. etc.: No caso de Jardins sobre la)e. a planta t~enlca do projeto palsagistlco deve s~r eficácia e a rapidez
montada sobre a planta de formas do projeto cotrutural. pois o conjunto dr laJC$. vigas e para executar a
• a estruturo. odcquando O> tipos c desenhos de lojcs nccessârios c seus rcbalxos: 3,
pUartS srri construido antes t , uma vez concretado. ~ multo compllcodo e caro alttr:l·
cargas de ocrra e a locaç:\o dos plantas grandes c pesadas: os detalhes da obra grow. obra.·
lo. Portanto. a compatlblllzaçAo de dimensões. locações dos rebaixas c elementos
que devem aparecer no projeto de fonnas do calculistn:
trldlmmslonals drvc estar prrfclta.
• os irl!itnlaçôcs. estudando o locn~:\o do poste de entrado de energia c dos mcdldorr>: O proj<to dos elrmrntos construidos detalha a obra Ona do paisagismo, Isto ~. tudo
a localil::lç!\o dos botijões de g:\s ou entrados de gás c telefones; a localí7>ç.1o dos
aquUo qur Knl construido sobre a laje: revestimentos finais de pisos. rampas. eKõ~das,
pontos de luz com os respectivos wons dos 16mpada> para cálculo da carga clltrica; rrntos. mumas, muros. vcntlla~ôrs prrmoncntco. p~rgolas, pónlcos. sol~rios, plsdnas.
o dcs~nho das torn~lras parn lavngcm de piso c lrrlgn~~o manual. quando nao rxls!< quadras. •reas dr estar. ;lrcas de n:creaçao lnfantll.
projeto cspcclflco de irrigação nutom:\tica: n cnixa de passagem; os mio' ou as canaletas
para drenagem dos pisos c cantdros; n compntlblllzaçno dos nivcis das l;ljcs do oênro Enfim. tudo o qur foi prtvlsto no anttprojcto agora ó desenhado com cotas de dl·
mc~o • nlvrls finais atabados: com lndlcaçjlo dos materiais dr ~ostlmrntos. dos
para gamntir os caimentos neccssMios para as tubulações de esgoto. mlos c ~gua>
pontos dr ~gua c luz finais - quando nao houver projetista rspcclallzado -. dos fomcc~
pluviais. etc.:
doru dos rqulpamentos utilizados. t\c. Nos detalhes drvrr.lo apa~r a espcctncaçjio,
• as fundações. prevendo as carga~ no térreo com dcm~ntos consoruldo\, plantai c a forma de OSS(ntamrnto, os ammates • os cores dos materiais, a forma de flxaçjio,
1crm: drenagrm, lmprrrocabíllzoç~o. <te. Para Isso. é lntponant~ estar atualizado a respeito
• a irnpt·rntrabíllznç:\o. discutindo as fomtas de oncorarncnro d"> rnnn~ns. Dependendo dos matrrials mais n:crntcs lançados no mercado. das formas dr aplicoçjio, da rtSist~nda
do sistema escolhido. o d<ralhnmcnto ser:\ feito em rase posterior. no projeto <XI'<U· a chuva t sol. de tomarem-se oseorrtgadlos quando molhados. de sofrerem desgaste por
tivo do> elementos construidos. abraslo. etc.
Quanto mais lnformaçõos na forma dr desenhos ou textos. menor a quantidade de
Elementos constfufdos d~vldu. maior a didda e a ropld~z paro ex~ular a obro. Isso orlmlta tamblm as vhltas
O projeto executivo do~ elementos consoruído~ ou obras civis dc~tirm·>< à clabom· dr nsralluçao < mlnlmlza o dispendioso quebra-quebra, em caso dr erro por falia dr
cxpllcaçao no projeto.
ç:lo do o~amcnto finnl c prlnd palnocntc serve de gula 1mra engenheiros. mrwcs·d<·
196
FIGURAS 1111A.
1188E 111C
DelahSdodrenllllt!'IL
198
FIGURAS 119A.
1198 E 119C No lnrullo de evitar d(Mdas e motivar o trabalho em equi~. recomenda-se que
"Embora faça pane
oe-..:..soo~
antos do inldo da obra fina sc:Ja f<ita uma m~ni~o com o rngrnhdro ~nsávd e o
da mesma etapa dO
projeto executivO
~- mesm-de-obras para oxpllcar o projeto. ajustando-o. se for o raso. ils condições e faci·
lidados do canteiro de obras. NAo ~ demais sublinhar a imponáncia do envolvimento e dos etementos
da puttrb entre os raponsávcis prl• construtio para um bom rtsulllldo final. construidos. é
melhOr Que o
PrOjeto de plantio proj'eto de plantio
Embor.a faça pane da mrsma etapa do projeto executivo dos dt".mentos construidos.
seja desenhado em
t mdbor que o projeto de plantio sc:Ja desenhado em separado. l:sso facilita a leitura separado. ISSO
e ~o mistura Informações de natu=a diversa • consttutio e vegellltio -. mesmo facifita a leitUra e
porque lOto utilizados rm tempos de obra difcttnta. O trabalho com a vcgnaçlo só nao mistUra
deven ser Iniciado quando as obras civis rstiverem rompletam..,te prontas. Por sua infoonaçOes de
vn. as obras civis serAo •xrcullldas por eng<nheiros. mrstrts-de-obras e pedreiros. natureza diversa -
·:; . .......... :-:· : !._~·:: ~:·: ~·<~
proflssioals osprciallzados que conhecem a logi$tica desse pro=o. c:onstruÇão e
vegetaçaa.•
.' .. O prqjfto oxecutivo de plantio deve conter:
• planos com loealizatio das rsp<cles vegetais e informações sobre quantidade. porte
e dlst1nda de plantio;
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Hl••.w•llfi'Or~
202
Fiscalização das obras
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INVENTAR I ADO
DATA RÚS RICA
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