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Professora Conteudista
Sumário
Apresentação
Introdução
Unidade 1: A Didática e a docência
1.1 A Didática: definição e seu objeto de estudo - os processos de ensino e de
aprendizagem
1.2 Planejamento em EaD: Objetivos, Conteúdos, Procedimentos, Avaliação
1.2.1 Objetivos, Conteúdos, Procedimentos, Avaliação
1.2.1.1 Objetivos
1.2.1.2 Conteúdos
1.2.1.3 Procedimentos
1.2.1.4 Avaliação
Unidade 2: EaD
2.1 O Ensino à distância: breve histórico a partir das gerações de EaD
2.2 Personagens do EaD: o aluno, o professor/tutor e o curso
2.3 A escolha pela modalidade de estudo à distância: motivação e necessidade
2.4 Carga horária do curso
Unidade 3: Os AVAs e seu papel no fazer EaD
3.1 Universidade Aberta do Brasil
3.2 TICs (Tecnologias da informação e comunicação) aplicadas à Educação: os
AVAs (ambientes virtuais de aprendizagem)
Unidade 4: Modelos de ensino em EaD
4.1: Modelos de ensino em EaD – SEI (Sistema de ensino Interativo) e SEPI
(Sistema de ensino presencial interativo) desenvolvidos na UNIP Interativa
4.2 Avaliação
4.3 Interdisciplinaridade
4.4 ESD: Educação sem Distância
Unidade 5: Fazendo EaD acontecer
5.1 Ferramentas e objetos de aprendizagem aplicáveis/utilizados em EaD:
vantagens e dificuldades
5.1.1 o correio eletrônico
5.1.2 o AulaNet
5.1.3 M-Learning e groupware
3
Apresentação
Bem vindo!
Animado (a)?
Introdução
Você já percebeu como nos dias de hoje, cada vez mais as escolas e
universidades estão aderindo à utilização da EaD em sua metodologia de
ensino?
E nem devemos, afinal, não se pode discutir o quanto todas essas tecnologias
nos auxiliam, especialmente se não queremos ou não podemos ver nosso
tempo sendo consumido no deslocamento entre nossas casas ou locais de
trabalho até o local onde as aulas presenciais acontecem.
Deste modo, e por essa razão, você, aluno (a) do curso de pós graduação da
UNIP Interativa está aqui e agora estudando esse livro texto: para compreender
o que é ser professor na atualidade e com a EaD como mais uma possibilidade
de ensinar e aprender também, pois, como disse certa vez Guimarães Rosa
(1958, p. 16), “mestre é aquele que, de repente, aprende”, certo?
O material que agora você tem em seu poder está dividido em seis unidades
didáticas distintas, porém complementares. Cada uma delas apresenta uma
particularidade do tema e foi organizada tendo em vista facilitar seu percurso
dentro da temática.
6
Certamente que você já ouviu falar sobre ela, a Didática, que tem como objeto
de estudo os processos de ensino e de aprendizagem.
Ainda, para clarear um pouco mais nossas ideias, lembro que esta – Didática –
é uma palavra que tem origem na expressão grega “Τεχνή διδακτική” (techné
didaktiké), cujo significado é “arte ou técnica de ensinar” ou “técnica de dirigir e
orientar a aprendizagem”.
É um termo antigo, mas que deve ser visto como muito atual e estar presente
9
http://rizomas.net/educacao/metodo magna-livro-completo.html.
s-de-ensino/313-comenius-didatica-
Você já pensou sobre isso? Como você aprendeu na(s) escola(s) onde
estudou? Certamente os professores preparavam aulas com explicações,
atividades, exercícios em grupo, apresentações na frente da sala e, nos últimos
tempos, eles também contavam com recursos tecnológicos, como data show,
computador...
Ela afirma que a Didática precisa ser pensada como “uma reflexão sistemática
e busca de alternativas para os problemas da prática pedagógica” (2012, p.29).
Deste modo, cabe ressaltar que este deve ser um processo contínuo e, se
compartilhado, mais enriquecedor, pois os professores poderão trocar ideias
com seus pares e, a partir dessa interação, refletir sobre suas próprias práticas
e aperfeiçoá-las.
Masetto (1997), assim como Candau (2012), também concorda que a Didática
precisa ser vista com reflexão sistemática. Os dois afirmam que a mesma é um
“estudo das teorias de ensino e aprendizagem aplicadas ao processo educativo
que se realiza na escola, bem como dos resultados obtidos” (p. 14).
11
Ressalto que é importante ter em mente que a Didática não resolve tudo
sozinha, pelo contrário, ele precisa das outras ciências para formar o educador
e sua mentalidade transformadora.
Cada uma delas traz uma forma de ver o ser humano em sua mais importante
ação: conhecer. Os conhecimentos delas são essenciais para a construção
das ações em sala de aula, assim como também nos ajudam na reflexão sobre
nossa prática, sobre nossos alunos, como eles aprendem, se nossas hipóteses
avaliativas estão corretas e são pertinentes e como podemos ser melhores
professores.
_______________________________________________________________
Para refletir sobre ensinar e aprender...
http://www.maquinadequadrinhos.com.br/
_____________________________________________________________
12
Quantas vezes você já ouviu alguém dizer (ou talvez já tenha dito) que “um
determinado professor sabe muito”, “dá para perceber todo o conhecimento
que tem, mas... ele não sabe passá-lo aos seus alunos e, por isso, a aula dele
não é proveitosa”?
<Observação início>
<Observação fim>
O que é planejar? Ouvimos tanto que essa é uma das mais importantes
atividades do educador, mas, o que seria exatamente fazer um planejamento,
apresentar um plano para determinado curso, aula ou atividade?
Então, pense como foi até que você chegasse ao seu destino: há alguns
passos necessários para o sucesso das férias, por exemplo (considere uma
viagem de férias de um mês na qual você viajou de avião e ficou hospedado(a)
num hotel).
¾ Como você teria um mês de disponibilidade para estar por lá, pensou
em quanto dinheiro seria necessário dispor para passar todo o tempo,
considerando os valores de passagens de ida e volta e de estadia;
¾ Pesquisou os preços das passagens nas companhias aéreas que
fazem o trajeto e os horários de embarque;
¾ Buscou hotéis até se decidir por um em especial;
¾ Em seguida, pesquisou como estaria o tempo durante o período de
sua estadia no local;
¾ Deixou instruções em sua casa para que tudo corresse bem até seu
retorno (exemplo: agendou no banco o pagamento das contas, previu os
gastos costumeiros e, para eles, deixou dinheiro em sua conta corrente,
suspendeu assinatura da TV a cabo/digital e do jornal, etc.);
¾ Arrumou a mala e conseguiu uma carona até o aeroporto como sua
melhor amiga;
¾ Embarcou!
É exatamente o mesmo que ocorre com a ação didática: ela precisa ser
detalhadamente pensada e minuciosamente organizada para que seu sucesso
seja a mais concreta possibilidade.
Ainda, cabe ressaltar que mesmo quando fazemos tantos planos para nossos
alunos, alguma coisa pode não funcionar e é nesse momento que aparece uma
das principais características do planejamento, ou seja, a flexibilidade.
Ou, ainda, se você for para uma cidade muito fria, é necessário ter à mão um
casaco bem quentinho para você não congelar assim que sair do avião e
estiver esperando as malas...
14
Pensando agora sobre a escola, imagine que a aula foi toda pensada para
contar com a utilização de um vídeo: você o grava num cd-rom, reserva o
equipamento necessário com antecedência, avisa aos alunos, prepara-os para
o que lhes será apresentado e constrói fichas de avaliação para serem
preenchidas após o filme.
É aí que vem a flexibilidade: o plano “B” tem que entrar em prática, ou o “C”, o
“D”, enfim, alguma coisa deve ser feita para que os alunos não percam aquela
aula, mesmo que não consigam assistir ao vídeo.
Ser flexível é saber sair das possíveis situações em que o planejado não
funcionou ou não surtou o efeito desejado.
Ainda, é ter equilíbrio para que, durante todo o ano letivo, você possa
desenvolver ações e atividades que substituam aquelas pensadas primeiro
lugar: é replanejar sempre que necessário.
• ouça tudo e todos pois é dos alunos que as dúvidas surgirão ou a real
medida do ritmo cadenciado por você para ensiná-los.
<Observação início>
E importante ser flexível, pois se o professor não fizer um planejamento
maleável, o mesmo corre o risco de não alcançar objetivos previstos e isso é
imperdoável no desenvolvimento de uma ação didática!
Lembre-se: Qualquer plano é uma previsão, portanto, está sujeita a erros. Daí
a importância em mudar sempre que parecer ser uma boa ideia, especialmente
quando não estiver dando certo. É isso o que um verdadeiro educador faz com
grande facilidade, certo?
<Observação fim>
De acordo com a autora, analisar quem são os alunos, refletir sobre quais
conteúdos trabalhar e prever, por exemplo, como serão as aulas, quanto tempo
será necessário para desenvolvê-las, dentre outras preocupações é questão de
ordem para todo educador.
Até aqui, caminhamos bem. Que tal se aprofundarmos um pouco mais nossa
discussão?
Dissemos que planejar é fundamental e, ainda, que este deve ser flexível.
Mas... o que compõe um plano? Quais suas partes imprescindíveis?
1.2.1.1 Objetivos
São eles que devem orientar a seleção dos conteúdos que serão ensinados
aos aprendentes. Assim, os objetivos são o ponto de partida de todo
planejamento.
Vejamos exemplos:
Exemplo 1
* OBJETIVO GERAL:
* OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
. Dominar a aplicação de metodologias e técnicas de planejamento turístico;
· Ampliar o leque de possibilidades de atuação profissional;
· Estabelecer mecanismos de planejamento que venham promover a
sustentabilidade de projetos e programas voltados para o turismo.
Neste caso, percebe-se que o objetivo geral visa que o aluno do curso de
Turismo desenvolva a importante noção de que planejar é fundamental para
sua prática profissional.
Em seguida, esta ideia é esmiuçada, ou seja, é posto que esse mesmo aluno
conheça e aplique metodologias e técnicas do planejamento em sua área de
forma a ampliar a área de alcance de sua atuação como profissional nesta área
e, ainda, que coloque em prática seus conhecimentos para desenvolver a
sustentabilidade associada ao turismo.
Exemplo 2
18
* OBJETIVO GERAL:
* OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Para isso, contam com uma gestão, não só administrativa mais competente,
como com a gestão das tecnologias envolvidas mais simples e eficiente.
Um último exemplo:
Exemplo 3
19
* OBJETIVO GERAL:
* OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Neste último caso, o que se pode perceber é que a evasão escolar nos cursos
de formação de professores no estado do Rio de Janeiro entre os anos 1990 e
2000 é uma questão pertinente a ser compreendida, assim, este período
aparece identificado.
E então, você consegue perceber como são os objetivos que norteiam a ação
pedagógica? É a partir deles que elaboramos as diretrizes a serem
desenvolvidas em nosso trabalho.
1.2.1.2 Conteúdos
Professores e alunos trabalham sempre com conteúdos.
http://www.beijaflorsorocaba.com.br/arquivos/Maternal%20II.pdf
Imagine que assuntos serão necessários que sejam trabalhados para que os
objetivos acima sejam atingidos?
trabalhar é com a fala e com a escrita (mesmo que rudimentar, pois é educação
infantil), assim, são conteúdos: fala (expressão oral) e escrita (expressão
escrita).
Mas há ainda outros conteúdos neste objetivo: ao desejar que seu educando
passe a “interessar-se por conhecer vários gêneros orais e escritos”, o
professor precisa criar estratégias de trabalho que desenvolvam o conteúdo
gêneros orais e escritos (por exemplo, roda de conversa, cartazes, cantigas de
roda, histórias em quadrinho, anúncio, carta, etc.).
Na verdade, como o objetivo deve ser construído primeiro, é a partir dele que o
conteúdo será pensado e auxiliará para que aquele seja atingido.
De qualquer modo é importante pensar que conteúdo está em toda parte e que
aprendemos coisas novas a todo momento, em qualquer lugar. A escola e a
universidade são espaços que procuram mostrar os conteúdos acumulados
pela humanidade para a sociedade, pois neles há professores cujo trabalho é
exatamente aprender esses conteúdos e apresentá-los aos alunos.
22
São conhecimentos diferentes, dos mais simples aos mais complexos, como os
sentimentos.
Vamos classificá-los?
Você compreendeu que para cada tipo de conteúdo há formas mais pontuais
de se trabalhar, certo? Essas formas são os procedimentos, ou seja, as
estratégias que todo professor deve inserir em seu planejamento após definir o
conteúdo que vai trabalhar.
<Lembrete início>
Observe o quadro abaixo para não esquecer como devem ser desenvolvidas
as atividades para trabalhar cada tipo de conteúdo.
<Lembrete fim>
1.2.1.3 Procedimentos
<Observação início>
<Observação fim>
É aqui que entra a avaliação. Vamos falar sobre ela no próximo item.
1.2.1.4 Avaliação
26
O que é avaliação? Por que todo mundo tem medo de ser avaliado? Ter seus
méritos reconhecidos e suas fraquezas apontadas não teria o objetivo de te
ajudar a melhorar ou a manter-se como está?
Para começar essa conversa, peço que você assista ao vídeo no endereço
eletrônico: <http://www.youtube.com/watch?v=iiJWUcR0g5M>, no qual o prof.
Dr. Cipriano Carlos Luckesi fala brevemente sobre avaliação X examinação.
Após assisti-lo, acredito que você estará com uma “pulguinha atrás da orelha”
se questionando se o que você faz (se está em sala de aula) ou se seus
professores fizeram com você foi avaliação ou examinação.
cansados, mas felizes pelo dia agradável (pois recebemos vários elogios
devido à roupa escolhida), por exemplo.
Sob esse ponto de vista, a avaliação, que é uma prática social ampla,
especialmente pelo fato de que o ser humano tem uma capacidade ímpar de
observar – a si e ao outro, de refletir diante do que vê e de emitir juízo de valor
sobre essa reflexão, tem que ser prática educativa, não meramente atribuidora
de notas e de aprovações e/ou reprovações.
Vejamos:
29
<Lembrete início>
SOMATIVA
DIAGNÓSTICA
FORMATIVA
- Obter
indicações sobre
conhecimentos, - Classificar os
- "Feedback" ao
aptidões, alunos no final de
professor e ao
interesses (ou um período
aluno
outras relativamente
relativamente ao
qualidades do longo (por
progresso deste.
aluno). exemplo, unidade
de ensino;
- Detectar os
- Determinar a período, ano,
problemas de
Objetivos posição dos etc.).
ensino e
alunos no início
aprendizagem.
de uma unidade
de ensino,
período ou ano.
- Determinar as
causas
subjacentes de
dificuldades de
aprendizagem.
- No final de um
- Durante o
período
processo de
relativamente
ensino-
longo (por
aprendizagem.
- No início de exemplo, unidade
uma unidade de de ensino;
ensino, período período, ano,
Quando
ou ano letivo. etc.).
- Processo de
ensino-
aprendizagem
que permitiu os
resultados
obtidos.
- Causas dos
insucessos de
aprendizagem.
- Instrumentos de - Instrumentos - Provas finais ou
Tipos de diagnóstico. formativos somativas.
instrumentos especialmente
concebidos.
<Lembrete fim>
Pense sobre esses três tipos avaliatórios e, para esquentar nossa conversa,
trago Jussara Hoffman (2000): ela defende a avaliação mediadora como a
única possível, aquela através da qual é necessário deixar de focar o coletivo e
apreciar o individual para poder perceber como cada um aprende ou não
aprende.
aproximar-se deles.
Deste modo, olhando a avaliação sob este ângulo, até a visão do erro será
diferenciada. Ele será considerado como parte do processo de aprendizagem,
como forma que o aluno encontrou para acertar. É a sua testagem de hipóteses
que deve ter uma carga superior na avaliação, não o resultado final.
<Resumo – início>
Resumo
Espero que os conteúdos tenham sido proveitosos para você e o(a) leve
curiosamente às próximas unidades.
Bons estudos!
<Resumo – fim>
34
Unidade 2: EaD
Então, em algumas é assim que funciona e funcionará por muitos anos, mas, e
as outras sobre as quais falei que se modernizam a cada dia? O que é isso?
Como ocorre e como percebemos essa modernização?
Ah, ok, eu tenho cartão de crédito, mas vou à Paris agora, como você, sem tirá-
lo da minha carteira. Duvida? Então, bon voyage pour nous!1
http://www.louvre.fr/accueil
E aí, gastou quanto por isso? Nada! E foi divertido, não foi? O mesmo você
pode fazer para conhecer qualquer lugar do mundo!
Certa vez fui para Bariloche e tive uma grande curiosidade de saber como as
pessoas estavam se vestindo por lá. Antes de viajar, eu quis saber sobre o
clima e, assim, pude arrumar minha mala com mais tranquilidade, levando
exatamente o que seria necessário vestir.
http://www.bariloche.com.ar/camaras/centro-civico-infoespacio.html
Nele você pode ver imagens atualizadas a cada trinta segundos. Para meu
objetivo, arrumar a mala com roupas adequadas à temperatura, foi muito útil,
não concorda?
Deu para perceber o quanto a internet pode nos ajudar? Encontramos de tudo
nela, das coisas mais corriqueiras às mais complexas. É uma ajuda e tanto na
1
Boa viagem para nós! (tradução do francês).
2
Aí está! É o museu do Louvre! (tradução do francês).
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sala de aula!
É disso que estou falando. Refiro-me à ampliação do espaço escolar para além
das paredes da sala de aula e, mais ainda, para além dos muros da escola!
Assim, lhe pergunto: podemos viver sem tecnologia? Não, não mesmo e isso
inclui a escola.
O que precisamos saber é que nem sempre foi assim. Nem sempre a
educação contou com recursos tão modernos, como a lousa digital, por
exemplo, para auxiliá-la.
Quando, em pleno século XXI pensamos em EaD, na hora nos vem à mente
um computador conectado à Internet.
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Ah, eu penso nisso também, mas, nem sempre foi assim e, ainda hoje,
encontramos iniciativas que fazem EaD sem computador, ou, sem Internet. É
verdade!
Você já ouviu falar do Instituto Universal Brasileiro? Ele está há mais de setenta
anos no mercado, oferecendo diversos cursos à distância.
Hoje, o IUV tem até site e vende cursos pela Internet, como o de Unhas
decoradas ou de Comida árabe. Ainda apoia-se nas apostilas, mas elas estão
digitalizadas e você pode estudar em seu computador.
Viu que EaD é muito mais que Internet? Podemos dizer, diante disso, que
houve várias gerações de produção de EaD. Vamos conhecê-las?
A cada época a EaD utilizou-se de determinadas mídias através das quais ela
pôde acontecer. Cada um destes momentos específicos ficou conhecido como
“geração”.
As 3 gerações da EaD
Geração Características
Estudo por correspondência, no qual o principal meio
de comunicação eram materiais impressos, geralmente
1ª um guia de estudo, com tarefas ou outros exercícios
enviados pelo correio.
Moore e Kearsley publicaram este livro em 1996. De lá para cá, muitas coisas
mudaram, assim, houve a necessidade de ampliar sua classificação. A partir
deste quadro, temos que as gerações de EaD, portanto, são cinco (In:
http://ftp.comprasnet.se.gov.br/sead/licitacoes/Pregoes2011/PE091/Anexos/Eve
ntos_modulo_I/topico_ead/Aula_02.pdf, adaptado de MOORE, M.; KEARSLEY,
G. 1996:
distância.
Aqui, a interação era entre aluno e material. Ainda, como na geração anterior, o
indivíduo estudava sozinho, assistindo aos vídeos ou ouvindo sons preparados
pela equipe. O contato era raro entre alunos e tutores.
Esta foi uma geração que preparou o que temos na atualidade. Foi muito
importante e marcou, definitivamente, o fazer EaD.
5ª geração – 2000
Tecnologia e mídia Aulas virtuais baseadas no computador e
na internet.
utilizadas
Ah, esse modelo soa familiar, não é? Na UNIP Interativa ministramos aulas
virtuais, nas quais os professores vão aos estúdios da universidade para gravá-
las e, depois, as mesmas são disponibilizadas para você, que interage, a partir
da mesma, com seus colegas e professores.
Veja, os recursos com os quais contamos nos dias de hoje requerem que
nossos conhecimentos e dúvidas desenvolvam-se num fazer apurado e
reflexivo.
Reflexão, sempre!
Para isso, discutiremos agora quem são as personagens do EaD. Quem faz
EaD acontecer? Quais os diferentes papéis necessários que devem ser
assumidos pelos protagonistas neste processo de ensinar e aprender?
<Observação – início>
<Observação – fim>
Se EaD é uma
toda sua navegação durante um curso. Sem esses elementos, não haverá
interação e, possivelmente, não haverá aprendizagem.
Os tutores podem ser personagens que estão indicando, todo o tempo, o que
fazer, onde clicar, o que acontecerá em seguida ao clique, ou seja, eles são
programados para monitorar toda a navegação dos participantes, já antevendo
possíveis percursos e oferecendo possibilidades.
Claro que não se comparam aos tutores “de verdade”, de carne e osso... Gente
é sempre melhor do que programa de computador.
Programa de computador só faz aquilo que alguém já pensou por ele, mas não
toma decisão, não escolhe o que fazer.
O papel do tutor pode, porém, ser outro. Este papel se amplia a partir da
possibilidade de interação, propiciada pelas tecnologias digitais interativas. É
aqui que entra o tutor “de verdade”. Aquela pessoa para quem pedimos socorro
quando precisamos ou para quem desejamos um bom final de semana após
árduos dias de trabalho diante da máquina.
E, para sentir que há alguém ali, será através do texto produzido por ele(a) que
vamos perceber. Será uma palavra amável, uma indicação gentil de algo que
devemos saber melhor, ou na demonstração de um errinho nosso que se
desenrolará o relacionamento com o tutor.
<Lembrete início>
O tutor é uma figura fundamental no processo de EaD. É ele quem faz a
mediação entre alunos, conteúdos e professores.
<Lembrete fim>
Uma outra figura importante, sem a qual não há o curso, é o aluno. Ele tem
funções primordiais para o bom andamento de qualquer projeto em EaD. Sem
sua participação nenhum curso terá vida, não se constituirá como ação
pedagógica.
Quanto a ele, o curso, é de suma importância que ele seja interativo, ou seja,
que o aluno possa sentir que tem amis alguém por lá.
Os alunos dão vida, como já disse, aos cursos. Sem sua voz, não se fala com
ninguém.
Agora, pense num curso em EaD em que os materiais são tal como no ensino
presencial – textos xerocados, por exemplo, aqui são digitalizados. Há
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Não há vídeos, sons ou bonequinhos andando pela tela e sorrindo para você.
Só há textos, intermináveis páginas com textos e mais textos. O que você acha
desse curso?
Certamente ficou cansado e torcendo para não ter que realiza-lo, certo? Sou
sua parceira nesse sentimento. Também não quero isso para mim.
Pois bem. Essa é a parte em que eu lhe digo: todo curso em EaD tem que
prever a interação. Mais que interatividade, a troca, a parceria, a construção de
laços e vínculos entre os elementos ou personagens de um curso nesta
modalidade de ensino.
Educação é interação, assim, todo curso deve ser interativo e contar com a
colaboração dos participantes para promover e fortalecer a aprendizagem!
<Observação início>
Vou contar uma coisa para você: sou professora em EaD desde 2002 quando
iniciei o Mestrado na PUC-SP. Foi tudo assim, meio de sopetão. Quando me
dei conta, já estava lá, ensinando, aprendendo, criando... Percebo as
potencialidades do EaD a cada dia crescendo e um mundo se abrindo a partir
dele. É emocionante estar num curso em EaD e conhecer as pessoas à
distância!
<Observação fim>
50
Cada vez mais as pessoas têm menos tempo para se deslocar entre a cidade
em que moram e trabalham. São questões desde grandes distâncias até os
terríveis engarrafamentos que fazem com que percamos, em média, duas
horas desde a saída do ponto inicial até a chegada a um ponto que pode ser o
intermediário, considerando que saímos do trabalho para o local de estudo e só
de lá e que vamos para casa.
Assim sendo, uma opção pertinente é EaD. Buscar cursos que podem ser
realizados de acordo com o tempo disponível e com a necessidade latente dos
alunos é uma opção grandiosa.
viável frequentar uma escola presencial para tal, porquê não optar por estudar
à distância?
Não é só responder aos questionários, mas não pode deixar de fazê-los. Não é
decidir entrar sempre à noite, ao final do trabalho, pois você poderá estar muito
cansado(a) e os olhinhos não abrirem o suficiente para ler os materiais e
assistir às apresentações. Não é pensar que clicar na setinha que faz virar a
página o conteúdo terá sido entendido.
Diante disso, vai a pergunta para ser completada: Por que EaD? Você escolheu
a modalidade EaD pois (aqui vai sua resposta).
Então, reflita: você optou por essa modalidade, pois se sente motivado a
estudar em EaD ou é uma necessidade que você tem (independente do seu
motivo)?
Ainda, de acordo com Lieb (1991), citado por Rurato, Gouveia & Gouveia
(2007, p. 87), há seis fatores que servem de motivação ao aprendente:
especial a primeira, ou seja, ter um upgrade em sua carreira, que poderá levar
a promoções, aumento de salários e diversas outras vantagens que todo
profissional deseja obter.
A questão aqui não é levar à discussão se estou em EaD por que gosto ou por
que preciso. O que deve ser levado em consideração é se tenho o perfil para
ser aluno(a) em EaD.
Diante do exposto, espero que você esteja satisfeito por ter feito a escolha
correta e continue buscando outros cursos – em EaD ou em educação
presencial - para aprimorar-se cada vez mais como profissional.
Essa questão de como estabelecer a carga horária para estudos via Internet é
muito curiosa. Como saber qual será o ritmo de cada aluno. Alguns realizarão
as atividades propostas com muita facilidade, com muita rapidez. Outros vão
demorar mais do que foi imaginado e outros nem conseguirão terminar.
Uma vez uma aluna me perguntou sobre como saber exatamente quanto de
seu tempo seria consumido no curso (ela estava escrevendo o curso e
pretendia vendê-lo).
Minha resposta foi simples (ou não). Fiz a seguinte pergunta: para docente ou
para alunos? É aí que está a diferença e é em cima disso que devemos nos
prender: qual seu foco?
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Caso você pense em realizar chats, aí cada conversa deve ter em torno de
sessenta minutos, pois é um tempo razoável para falar com os alunos, ouvi-los,
discutir questões previamente indicadas e tomar decisões a partir delas. Nesse
caso, um resumo do chat precisa ser feito para que um aluno que, porventura
não tenha conseguido estar presente, possa, em seu tempo, acompanhar as
discussões e posicionar-se nos fóruns.
<Observação – início>
Você quer uma “formulinha”, não é? Já disse que aqui não é o espaço para
apresentação de fórmulas ou receitas prontas, lembra-se? Ainda assim, lá via
uma dica: procure pensar que, para o aluno, seria interessante planejar-se para
estudar por, pelo menos, duas horas diárias e, para o tutor, pelo menos uma
hora diária de acompanhamento dos fóruns e atividades postadas para cada
unidade, ok?
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<Observação – fim>
Todo(a) bom(a) tutor(a) de curso em EaD precisa estar presente, mesmo que
fisicamente longe. E, como eu já disse aqui nesse material, é através de seu
texto que conseguirá fazê-lo.
Situação 1
O aluno 1 faz uma pergunta. O tutor responde de forma seca, objetiva por
demais.
O aluno 2 acrescenta que não entendeu bem. O tutor refaz a resposta, mas
continua distante.
O aluno 3 decide nem participar.
Situação 2
O aluno 1 faz uma pergunta. O tutor responde de forma atenciosa, objetiva,
mas propondo desmembramento da questão e sugere que os demais alunos
coloquem-se.
O aluno 2 coloca-se e acrescenta que não entendeu bem. O tutor refaz a
resposta, apresentando novos exemplos, trazendo a questão da dúvida para a
realidade prática.
O aluno 3, que não é muito ativo, decide participar pois é convidado pelo tutor.
57
Responda:
<Resumo – início>
Resumo
Nesta unidade foi possível conhecer um pouco mais sobre EaD – as gerações
pelas quais passou e vem passando e seu desenvolvimento.
Pudemos perceber, assim, que EaD não é uma modalidade tão recente, não é
mesmo? O que aconteceu foi que, especialmente devido à inserção das TICs –
Tecnologias da Informação e de Comunicação - no ensino, muita coisa mudou
e ainda tem a mudar.
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Foi um grande salto, realmente, que não nos deixa mais voltar aos tempos
antigos, quando só se aprendia formalmente indo à escola.
Sempre repito isso! Você está aqui, estudando Didática do Ensino Superior:
Cases de Qualidade, pois escolheu EaD para concluir sua pós graduação. Já
pensou nisso?
<Resumo – fim>
59
Você já deve ter ouvido falar sobre a UAB – Universidade Aberta do Brasil. Já?
Se não, vamos entender o que quer dizer UAB?
Vamos a elas?
É importante saber que a UAB não é uma universidade, apesar de o nome dar
esse indicativo. Ela é, na verdade, um sistema composto por diversas
universidade públicas visando oferecer cursos de nível superior para alunos
oriundos das camadas da população que tem maiores dificuldades de acesso à
este nível de ensino.
Para realizar seu projeto educacional, a UAB faz uso de uma metodologia que
privilegia a EaD.
Não são só os alunos que recebem formação com esta iniciativa. Professores
que atuam na educação básica têm prioridade de formação, assim como os
dirigentes, os gestores e os trabalhadores em educação básica dos estados,
dos municípios e do Distrito Federal.
60
3
O IDH é uma medida resumida do progresso a longo prazo em três dimensões básicas do
desenvolvimento humano: renda, educação e saúde. O objetivo da criação do IDH foi o de
oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per
capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. Criado por Mahbub
ul Haq com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de
Economia de 1998, o IDH pretende ser uma medida geral e sintética que, apesar de ampliar a
perspectiva sobre o desenvolvimento humano, não abrange nem esgota todos os aspectos de
desenvolvimento.
4
O IDEB, criado pelo Inep em 2007, é iniciativa pioneira que reúne num só indicador dois
conceitos fundamentais para a qualidade da educação: fluxo escolar e médias de desempenho
nas avaliações. Ele agrega ao enfoque pedagógico dos resultados das avaliações a
possibilidade de resultados facilmente assimiláveis, e que permitem traçar metas de qualidade
educacional para os sistemas. É calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos
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no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações do Inep, o Saeb – para estados,
DF e para o país, e a Prova Brasil – para os municípios.
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Vejamos:
democratização e acesso;
2) Aperfeiçoamento dos processos de gestão das instituições de ensino
Para encerrar, embora ainda haja muito a saber sobre a UAB, para o que
recomendo uma visita ao site indicado anteriormente, você tem ideia de como o
sistema funciona?
http://www.uab.capes.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=7
&Itemid=19
<Lembrete – início>
<Lembrete – fim>
Viu como você fez a escolha certa para sua pós-graduação? Parabéns!
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<Observação – início>
<Observação – Fim>
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Pois bem, o que trago à discussão é exatamente a questão de que EaD é outra
forma, diferente do ensino presencial.
Você já refletiu sobre isso?
Contudo, em ambas é necessária uma sala de aula. É. Uma sala de aula, sim!
Só que em EaD, essa sala de aula estará no ambiente virtual, acessada ao
tempo de cada um. E, para que isso aconteça, é preciso que haja um AVA –
ambiente virtual de aprendizagem – que é, na verdade, essa escola da qual
acabei de falar, com suas salas de aula, biblioteca, secretaria etc.
Veja exemplos:
In: http://freecode.com/projects/adaptweb
5
O verbo "to moodle" descreve, em inglês coloquial, o processo de navegar
despretensiosamente por algo, enquanto fazem-se outras coisas ao mesmo tempo.
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In: http://aprender.unb.br/course/view.php?id=1567
In: http://www.vdl.ufc.br/socrates/
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In: http://www.teleduc.org.br/
In: http://eproinfo.mec.gov.br/
<Observação – Início>
<Observação – Fim>
O importante é ressaltar que os AVAs, que podem ser livres ou pagos, são
similares à escola presencial no sentido de que nele se promove Educação.
In: http://blackboard.grupoa.com.br/clientes/
AVA gratuitos
Moodle
<http://moodle.org/>
Teleduc
<http://www.teleduc.org.br/>
Dokeos
<http://www.dokeos.com/>
E-proinfo <http://eproinfo.mec.gov.br/>
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Col
<http://col.larc.usp.br/principal/>
EaD Builder
<http://www.eadbuilder.com.br/>
Amadeus
<http://www.softwarepublico.gov.br/dotlrn/clubs/amadeus/one-
community?page_num=0>
AdatWeb
<http://adaptweb.sourceforge.net>
Sócrates
<http://www.vdl.ufc.br/socrates>
Solar
<http://solarpresencial.virtual.ufc.br/>
AVA pago
Blackboard <http://blackboard.grupoa.com.br/>
Bom trabalho!
<Atividade de Aplicação – Fim>
• E-mail;
• Chat;
• Fórum de discussão;
• Wiki;
• Lista de discussão;
74
• Videoconferência;
• Blogs/Fotologs/Videologs;
• Sites de relacionamento.
Bom trabalho!
<Atividade de Aplicação - Fim>
Você já parou para refletir que, com tantos recursos há diversas possibilidades
de aprender e ensinar?
É certo que devemos ter sempre em mente que a tecnologia é importante, mas,
independente de recursos tecnológicos que optarmos por utilizar, assim como
os tipos de atividades que vamos desenvolver, é o modelo didático-pedagógico
que adotarmos para aperfeiçoar e potencializar a aprendizagem dos alunos
que irá confirmar se ele é realmente voltado à aprendizagem colaborativa ou
não.
Além, é claro, de que o professor tem que ter muito claros seus objetivos para
não utilizar a tecnologia como um fim em si mesma, e, sim, como mais uma
ferramenta para aprendizagem de seu aluno e sua também!
Quer saber mais sobre isso? Sugiro ler o artigo da profa. Núria Pons Vilardell-
Camas, intitulado “Revisão Teórica das dificuldades e atitudes do professor em
ambientes de aprendizagem virtual”.
Boa leitura!
As aulas são gravadas e você as assiste ao seu tempo, desde que não perca
os prazos determinados. É assim que funciona no seu curso de pós-graduação.
Cada aula na UNIP Interativa tem dois blocos de quinze minutos. Para cada um
deles é necessário escrever ou revisar o Livro Texto da disciplina, preparar
slides em número compatível com o tempo de gravação, elaborar dez questões
6
Na UNIP Interativa modalidade SEI, as aulas são gravadas com antecedência e
disponibilizadas no Blackboard para que os alunos as assistam desde que forme inseridas até
o término do módulo corrente.
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Contudo, o que é produzido na UNIP Interativa vem com uma carga de muita
responsabilidade, seriedade e amor pelo que é feito, afinal, é nas suas mãos
que tudo isso vai chegar e nossa intenção é que você tenha a melhor formação
possível!
Acrescento, como o faz NOGUEIRA (2005) que quem faz EaD não são as
máquinas, não são os programas e, sim, as pessoas. Eu, você, os técnicos...
<Resumo – Início>
Resumo
Nesta unidade trabalhamos com a EaD de forma aplicada, ou seja, olhamos
onde ela acontece – AVAs.
Ah, antes de terminar a unidade, fica uma sugestão: leia o artigo “Professor
derruba os 10 maiores mitos sobre a EaD” e veja os mitos e como são
quebrados. EaD é coisa muito séria!
<Resumo – Fim>
79
Até aqui estudamos sobre a EaD, sua história e seu desenvolvimento. Que tal
se focarmos na EaD construída na UNIP Interativa?
Além das questões de múltipla escolha, o aluno também pode ser avaliado com
a aplicação de questões discursivas, cujas respostas são enviadas para o e-
mail interno do professor on-line.
O aluno poderá assistir às teleaulas no polo de apoio regional, pois elas são
transmitidas em tempo real da sede da UNIP em São Paulo (para a modalidade
SEPI).
Elas também serão gravadas e o aluno poderá assistir, via internet, a qualquer
momento no local de sua preferência (para a modalidade SEI, mas o aluno
SEPI também terá essa oportunidade, já que tem acesso a essas aulas até o
final do semestre letivo).
Como você pode verificar no site da UNIP Interativa, o sistema SEI foi
construído em formato de modo a privilegiar o ensino por meio do Ambiente
Virtual de Aprendizagem (AVA), espaço em que o aluno pode acessar todo o
conteúdo do curso disponibilizado a qualquer momento pela internet.
<Lembrete início>
<Lembrete fim>
Você encontrará com os outros alunos e seu tutor pelo menos uma vez por
semana e poderá trocar com eles pessoalmente suas descobertas e dúvidas.
84
Caso seja mais complicado, especialmente nos grandes centros urbanos, por
conta dos infindáveis engarrafamentos ou nas cidades menores, pela distância
para chegar ao polo, a melhor opção será o Sistema de Ensino Interativo – SEI,
no qual você estuda no lugar que ficar mais confortável (da sua casa, de seu
local de trabalho, de uma biblioteca e até mesmo de uma lan house).
A escolha será sua, não esquecendo que será fundamental a conexão com a
Internet para poder assistir às aulas gravadas, responder aos questionários,
postar as atividades e participar dos fóruns.
<Observação – início>
<Observação - fim>
4.2 Avaliação
No início deste Livro texto, falamos sobre a avaliação, como ela ocorre, seus
tipos etc. Vamos relembrar um pouquinho?
• Como saber se meu modo de ensinar cada um dos conteúdos está sendo
adequado?
Ainda, toda avaliação deve trazer subsídios visando o ajuste das intervenções
pedagógicas para que a aprendizagem se dê de forma cada vez mais
significativa e produtiva para os participantes de um curso.
Avaliação
(Haydt, 2004)
Em primeiro lugar, devemos ter em mente que, com um certo uso intensivo das
TICs vem algumas dificuldades de utilização, de adaptação, tecnológicas que
estão diretamente ligadas à uma cultura reprodutivista, não reflexiva e que nem
sempre deixa o indivíduo colocar-se – problema que nossa escola precisa
resolver -, que gera o próximo ponto.
Você em algum momento parou para pensar como é feita a avaliação em EaD?
Que caráter ela tem? Como é desenvolvida? Que ferramentas são utilizadas?
Vamos fazer essa discussão?
88
Toda avaliação deve, na verdade, ser processual. Em EaD, como tudo o que
acontece fica registrado – cada palavra proferida, cada atividade desenvolvida,
cada dúvida postada, cada resposta dada - fica mais fácil traçar o perfil e o
percurso do aluno.
É diferente do ensino presencial. Por favor, não estou aqui dizendo que avaliar
em EaD é mais fácil ou mais simples do que no presencial. O que quero dizer é
que é diferente e que o fato de tudo estar registrado facilita a coleta de dados.
1) Fórum
2) Chat
3) Questionários
4) Wiki
5) Glossário
6) Apresentação
7) Wiki etc.
<Lembrete – início>
<Lembrete – fim>
4.3 Interdisciplinaridade
Veja, então, que defini-la não é tarefa simples e, possivelmente, você vai
encontrar inclusive outros termos referenciando-se a ela. Vamos, então,
91
desmembrar a palavra?
Interdisciplinaridade
Inter Disciplina
Ou seja...
Para acompanhar o ritmo das mudanças sociais, num mundo cada vez mais
interconectado, interdisciplinarizado e complexo, é necessário estar preparada
e trabalhar de modo interdisciplinar é uma solução eficaz e bastante razoável.
Atenção: não estamos aqui fazendo uma campanha para que não haja mais
disciplinas. De forma alguma é essa a nossa intenção. O que propomos é um
trabalho em que as disciplinas sejam associadas com as questões da
sociedade e, portanto, que o ensino crie condições para que essas mesmas
disciplinas, integradas, aliem-se à realidade vigente para que nossos(as)
alunos(as) percebam a totalidade do mundo em que vivem.
<Observação – início>
Segundo Fazenda (2003), a interdisciplinaridade surgiu na França e na Itália
em meados dos anos 60, período marcado por movimentos estudantis que
reivindicavam um ensino mais sintonizado com as questões sociais, políticas e
econômicas da época.
A interdisciplinaridade teria sido uma resposta a tal reivindicação. No Brasil
influenciou a elaboração da Lei de Diretrizes e Bases nº 5.692/71. Desde
então, sua presença no cenário educacional brasileiro tem se intensificado e,
recentemente, mais ainda, com a nova LDB nº 9.394/96 e com os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN).
<Observação - fim>
E aí? Aposto que a partir de agora você só vai pensar desenvolver práticas
docentes interdisciplinares, estou certa?
O prof. Dr. Romero Tori, da Escola Politécnica (USP) e do SENAC (SP) traz à
tona o termo Educação SEM Distância, pois o mesmo acredita que não é a
distância o que importa quanto o processo educativo acontece e, sim, a
interação promovida pela(s) mídia(s) utilizadas.
Não esqueça: Assista à palestra do prof. Dr. Romero Tori sobre o tema para
ampliar seus conhecimentos no endereço eletrônico a seguir:
http://www.youtube.com/watch?v=xfu7bgvoZxY
Tori (2010) defende que em processos educativos, como em EaD, por exemplo,
educação apoiada por tecnologias interativas, os conteúdos apresentados aos
alunos(as) em formato digital podem assumir papéis de grande destaque pois
oferecem, principalmente, novas formas de trabalho e de aprendizagem.
Nesse cenário, ele propõe que seja construída uma taxonomia das mídias e
uma linguagem visual para a modelagem de mídia, relações de distância e
sequenciamento, em programas de aprendizagem que integrem recursos
virtuais e presenciais.
E parte dessa ideia para construir sua proposta de educação SEM distância:
Na parte Iao falar sobre “A Distância que Aproxima”, defende uma modalidade
educacional desmembrada do ensino tradicional.
97
<Lembrete – inicio>
<Lembrete – fim>
<Resumo - início>
Resumo
98
De fato, desde que a Internet adentrou a educação, muita coisa mudou. Ela
provovou e continua provocando extraordinárias alterações nas formas de viver
dos homens.
Cada dia somos surpreendidos por novidades, objetos e fatos com os auais
jamais imaginaríamso conviver, nem ao menos que fossem possíveis de
ocorrer.
Para o futuro? A única aformação é de que a tecnologia estará cada vez mais
presente. As tecnologias interativas não deixarão mais a educação. Hoje elas
não podem ser vistas apenas como uma tendência, mas, sim, como realidade,
visto que as transformações vêm ocorrendo sem impedimentos humanos.
Cabe ressaltar que, ainda assim, nenhum professor perderá seu papel, sua
posição carregada de importância na sociedade. A tecnologia não poderá,
sozinha, assumir a educação, pois educação se faz com gente, não com
máquina.
Oferecemos uma reflexão e esperamos que você não deixe de fazê-la sobre a
99
<Resumo – fim>
BIBLIOGRAFIA
Unidade 1
CANDAU, Vera Maria Ferrão (Org.). Rumo a uma nova Didática. 22ª. ed.
Petrópolis: Vozes, 2012.
HAYDT, Regina Célia Cazaux. Curso de didática geral. 8ª. Ed. São Paulo:
Ática, 2006.
MASETTO, Marcos Tarciso. Didática: a aula como centro. 4ª ed. São Paulo:
FTD, 1997.
SAUL, Ana Maria. A avaliação educacional. Série: Ideias n. 22. São Paulo:
FDE, 1994 (pp. 61-68). http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_22_p061-
068_c.pdf. Acesso em: 01 fev. 2013.
Unidade 2
Unidade 3
Unidade 4