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Fichamento: Masculinidade hegemônica: repensando o conceito

Robert W. Connell
University of Sydney
James W. Messerschmidt
University of Southern Maine

Disciplina: Psicologia, Gêneros e Processos de Subjetivação.


Nome: Gabriela Emery – Turma B
Docente: Wiliam Siqueira Peres

O conceito de masculinidade hegemônica foi objeto de estudos em


vários campos acadêmicos, e em campos aplicados, como na educação, trabalho e
saúde, também foi alvo de criticas por diversas áreas como sociológica, psicológica,
pós-estruturalista e materialista.
O conceito de masculinidade hegemônica teve seu inicio nas escolas
australianas, que tinham como objetivo um estudo de campo sobre desigualdade social.
Esses estudos geraram um artigo chamado “Towards a New Sociology of maculinity”
que critica o modelo de “papel sexual masculino” e sugere um modelo de masculinidade
em múltiplas relações de poder, que depois vem a ser integrado a uma teoria de gênero
sociológica.
O conceito em estudo tomou rumos abrangentes, ideias e evidencias
advêm de fontes diferentes, assuntos relacionados foram sendo tratados por vários
tipos de pesquisadores e ativistas em vários países, somando aos movimentos de luta
pela mulher alguns homens da nova esquerda apoiaram o movimento feminista e suas
teorias em relação ao patriarcado, o que chamou atenção para as diferenças de classe
na expressão da masculinidade e abrindo caminhos para questionamentos mais
universalizantes, como a mulher negra, por exemplo.
Os estudos de Gramsci que objetivava compreender a estabilização das
relações de classe foram paralelamente ligados as relações de gênero, o que trouxe um
risco de má compreensão ao termo gramsciniano de "hegemonia", e sua teoria foi
reduzida a um simples controle cultural, pelo uso incorreto do conceito.
nos estudos tanto na psicologia social como na sociologia criticaram-se o uso do " papel
sexual do homem", usado como justificativa para o comportamento opressivo dos
homens. Essa crítica à teoria dos papeis contribuiu para o primeiro movimento de
homens antissexistas.
Conceitos como poder e diferença também foram centrais no
movimento de “liberação” gay. Gays passaram a ser vitimas de violências por “heteros”,
tratada por alguns teóricos como luta de estereótipos de gênero, desenvolveram
contribuições sobre as relações entre homens gays, patriarcado e a masculinidade
convencional. O conceito de homofobia se originou nos anos 1970. Foram desenvolvida
pesquisas de campo em escolas, trabalho e comunidades populares, trazendo um
estudo etnográfico sobre o assunto, serviram para demonstrar também a pluralidade de
masculinidades, as complexidades da construção do gênero para homens e
evidenciando as lutas ativas pela dominância.
No final dos anos 1980 e inicio dos 1990, estavam sendo realizadas
varias pesquisas sobre homens e masculinidade. O conceito de masculinidade
hegemônica foi usado em estudos na educação, tentando compreender a dinâmica de
sala de aula e o bullyin entre meninos, foram usadas estratégias e as identidades dos
professores em grupos, como o de educação física. Foi usado também para teorizar a
relação entre as masculinidades e o crime, a mídia, esportes, guerra, etc.
Pesquisas internacionais confirmaram como a ordem de gênero constroem
masculinidades múltiplas, e que mesmo em países homogêneos não são construídas
masculinidades unitárias, uma vez que os padrões variam de classe e geração.
Gutmann estudou um caso onde a masculinidade é bem definida, o “machismo”
mexicano, e que mesmo bem definida sofreu alterações ao lindo do tempo, pois as
masculinidades de todos os tipos estão sujeitas a mudanças.
Que o conceito de masculinidade é falho isso o texto vai deixando claro,
para Collinson e Hearn esse conceito é turvo e incerto, é desnecessário para
compreender questões de poder e dominação, pois constitui um saber estático. Para
Petersen, Collier e Mclnnes, o conceito de masculinidade é falho pois é essencialista
impõe uma realidade falsa e contraditória. Muitas das críticas se baseiam no fato das
pesquisas não adotarem ferramentas como o pós-estruturalismo. O conceito de
masculinidade também é criticado por ser heteronormativo.
Como consequencia das críticas surgiu-se s questão de quem
representaria a masculinidade hegemônica. Donaldson afirma não achar substancias
diferentes naqueles homens que foram apontados como modelos hegemônicos. Um
exemplo dessa masculinidade hegemônica seriam os surfistas australianos que são
denominados “iro man”, acabam sendo influenciados por esse status, praticando coisas
que são caracterizadas como masculinas.
Martin Critica o conceito por ser muitas vezes inconsciente, uma hora se
definindo e em outra hora variando conforme a posição de dominância, Wetherell e
Edley, também criticam o conceito por essa ambiguidade. Ao mesmo tempo em que
esse conceito se torna ambíguo, é necessário que se elimine uma forma fixa já que a
história é passiva de mudanças e as palavras levam sua carga histórica.
A masculinidade hegemônica se adequa a modelos de conduta
conforme a exigência social como, por exemplo, nas igrejas o homem deveria ter uma
conduta masculina admirável, não existe um modelo de homem real, mas sim modelos
de ideias que delegam aos homens como eles devem ser em vários aspecto de suas
vidas. Os gêneros são produzidos nas escolas e na vizinhança através da imposição de
padrões.
Os estudos das ciências sociais criam conceitos que servem como
respostas a problemas práticos e intelectuais específicos e são formulados em
linguagem intelectual, mas eles também são capazes de mudar, ser constituído de
outras formas e com outros significados. Isso foi o que aconteceu com o conceito de
masculinidade hegemônica, o qual foi apropriado por vários campos, na educação,
psicoterapia, entrou no estudo da violência e foi a campos de estudos como às relações
internacionais. As ambiguidades ao conceito trouxeram reações crítics e novos usos ao
conceito, e respostas mais flexibilizadas.
Talvez seja um problema, sobre a conceitualização nas ciências sociais
e nas humanidade, como uma formulação teórica encontra aplicação em outros
contextos, o conceito deve estar sujeito a mudanças, em várias direções e ambientes.
Um conceito especifica pode se transformar em uma generalização para se falar de
algo, não há nada de errado nesse processo, mas isso significa que os novos usos
também devem estar abertos a criticas.
Ao mesmo tempo em que o texto acolhe todas as aplicações
modificações do conceito de masculinidade hegemônica como contribuição a
compreensão as dinâmicas de gênero , rejeita o uso de um tipo fixo, de determinante
biológica, carácter ou consequência da dominação. Nos países ricos, a passagem do
neoliberalismo para o neoconservadorismo tornou a gênero uma questão politica e
cultural muito importante. Nos países desenvolvidos, a globalização possibilitou uma
maior abertura as ordens de genero para novas pressões por transformação.

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