Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
do Brasil em
Washington
Barreiras
A produtos brasileiros no
mercado dos Estados Unidos
2007
EMBAIXADA DO BRASIL
Washington, D. C.
Barreiras
A produtos brasileiros no
mercado dos Estados Unidos
Rio de Janeiro
Maio de 2007
Ministério das Relações Exteriores
Embaixada do Brasil em Washington, D.C.
Funcex
Site: www.funcex.com.br
E-mail: funcex@funcex.com.br
Tel.: (55.21) 2509-4423
Fax: (55.21) 2221-1656
Endereço:
Av. Rio Branco, 120, Grupo 707, Centro
20040-001 Rio de Janeiro - RJ
As relações Brasil-Estados Unidos passam por um O momento vivido pelas relações econômico-comer-
momento de aproximação e amadurecimento tanto no ciais se assenta sobre uma base criada nos últimos
que se refere ao diálogo político como no tocante a anos, de que são exemplos os mecanismos de con-
temas da agenda econômica. Os dois encontros presi- sultas de alto nível e grupos de trabalho conjuntos nas
denciais de março de 2007 favoreceram uma intensifi- áreas de crescimento econômico, comércio e investi-
cação do relacionamento bilateral, fundado em respeito mentos, agricultura e indústria.
mútuo e comunhão de valores. A agenda de cooperação
política e econômica estabelecida pelos Presidentes Esse é o pano de fundo em que tem evoluído a cor-
Lula e Bush nos encontros de São Paulo e Camp David rente de comércio e investimentos entre o Brasil e os
revela a abrangência do diálogo estratégico entre os Estados Unidos. O Brasil tem aproveitado as oportuni-
dois países nas esferas bilateral, regional, multilateral dades oferecidas pela economia norte-americana. Os
e global. Estados Unidos são o maior investidor individual no Bra-
sil. Nossas exportações para o mercado estadunidense
Nesse contexto, os dois encontros presidenciais de alcançaram a cifra de US$ 26,4 bilhões em 2006. Isto
março último ensejaram o anúncio de novas iniciativas constitui crescimento de 20,4% das importações nor-
no plano econômico-comercial, além de possibilitar a te-americanas de produtos brasileiros em relação ao
continuidade do diálogo sobre a Rodada Doha da OMC. ano anterior, número bem superior ao aumento das
A primeira delas foi a assinatura do Memorando de Enten- importações norte-americanas do mundo como um todo
dimento para avançar a Cooperação em Biocombustíveis. (11,7%).
Tal iniciativa transcende a cooperação bilateral e a di-
mensão econômico-comercial propriamente ditas, ao Cabe salientar não só a quantidade, como também
revelar uma visão comum sobre o desenvolvimento sus- a qualidade das nossas exportações para os Estados
tentável, em suas vertentes econômica e ambiental. Unidos. Exportamos cada vez mais produtos manufa-
Brasil e Estados Unidos trabalharão em conjunto para turados, que hoje já representam 69% do total. Os prin-
estimular o desenvolvimento e a utilização de recursos cipais produtos da pauta são petróleo, aviões, ferro,
energéticos baratos, limpos e sustentáveis, em estrei- motores e autopeças, além do etanol, cujas vendas
ta colaboração com outros países, particularmente os vêm registrando crescimento exponencial nos últimos
mais pobres. Trata-se já de um dos pilares das rela- anos, tendo passado a ocupar a terceira posição.
ções entre ambos os países.
Nossas exportações para os Estados Unidos não
Do mesmo modo, com a criação do Foro de Altos cresceram apenas em termos absolutos. Fomos capa-
Executivos de Empresas Brasil-Estados Unidos, os se- zes também de aumentar nossa participação neste
tores privados poderão fornecer insumos valiosos à for- mercado, que se elevou de 1,1%, em 1999, para 1,4%,
mulação de políticas e à implementação de iniciativas em 2006. O Brasil figurou, no ano passado, como 13º
destinadas ao estreitamento dos laços econômico- parceiro comercial dos Estados Unidos, uma posição
comerciais entre os dois países. acima do ano anterior.
A Rodada Doha é um dos principais itens do diálogo O momento é favorável, mas ainda confrontamos
bilateral. O Brasil, coordenador do G-20, busca um acor- importantes desafios. Como procuramos mostrar na parte
do ambicioso e equilibrado. O êxito das negociações técnica deste relatório, algumas medidas seguem difi-
daria grande contribuição para a promoção do desenvol- cultando, ou até mesmo impedindo, o acesso de produ-
vimento em escala mundial. Um acordo na OMC seria o tos brasileiros ao mercado norte-americano. Aplicação
instrumento mais eficaz para remover barreiras tarifárias de direitos antidumping, elevadas tarifas, restrições sa-
e não-tarifárias e, dessa forma, abrir o mercado dos Es- nitárias e fitossanitárias, subsídios ao setor agrícola são
tados Unidos e dos outros países desenvolvidos para as exemplos das barreiras enfrentados pelos nossos ex-
exportações do Brasil e dos demais países em desen- portadores. Continuaremos a atuar no sentido de reduzi-
volvimento, em especial os mais pobres. las e eventualmente eliminá-las.
5 6
Fonte: USDA (http://www.fas.usda.gov/ustrade/USTImFatus.asp?QI=). Fonte: USDA (http://www.fas.usda.gov/ustrade/USTImFatus.asp?QI=).
Alguns componentes dos pagamentos à agricultura Os programas GSM-102 e GSM-103 foram criados
em 2006, seguidos dos seus respectivos valores, são pela Lei Agrícola de 1978, reautorizados em 1996 e nova-
indicados a seguir: (a) pagamentos diretos: US$ 4,96 mente em 2002 (até 2007). As garantias cobrem até 98%
bilhões; (b) pagamentos contra-cíclicos: US$ 4,36 bi- do principal e até 55% e 80% dos juros, sob o GSM-102
8
Lima-Campos e Vito, “O abuso e o arbítrio”, RBCE, N° 76, setembro
de 2003, Tabelas 3 e 10, pp. 24 e 25. Rio de Janeiro: Funcex.
22) Cachaça
Em 2000, os Estados Unidos passaram a classi-
ficar a Cachaça como rum13, o que submeteu os
13
Até essa data, a cachaça era importada como uma “especialidade
de bebida destilada derivada da cana-de-açúcar”.
Balança
Balança comercial
comercial Brasil
Brasil -- EUA
EUA (inclusive
(inclusive Porto Rico)
Porto Rico)
A) Exportações destinadas aos EUA 9.407 9.872 10.849 13.366 14.378 15.535 16.692 20.341 22.472 24.431 159,71 8,72 11,19
B) Importações provenientes dos EUA 14.336 13.695 11.880 13.032 13.037 10.439 9.564 11.511 12.666 14.689 2,46 15,97 0,27
C) Saldo da balança comercial (A-B) -4.929 -3.823 -1.031 334 1.341 5.096 7.128 8.830 9.806 9.742 - - -
D) Corrente de comércio (A+B) 23.743 23.567 22.729 26.398 27.415 25.974 26.256 31.852 35.138 39.120 64,76 11,33 5,71
E) Exportações brasileiras globais 52.990 51.140 48.011 55.086 58.222 60.362 74.084 96.475 118.308 137.470 159,43 22,63 11,17
F) Importações brasileiras globais 61.347 57.730 49.210 55.837 55.581 47.232 48.260 62.782 73.606 91.396 48,98 17,24 4,53
G) Saldo da balança comercial (E-F) -8.357 -6.590 -1.199 -751 2.641 13.130 25.824 33.693 44.702 46.074 - - -
H) Corrente de comércio (E+F) 114.337 108.870 97.221 110.923 113.803 107.594 122.344 159.257 191.914 228.866 100,17 20,51 8,02
I) Participação dos EUA no total das exportações brasileiras 17,75 19,30 22,60 24,26 24,70 25,74 22,53 21,08 18,99 17,77 - - -
J) Participação dos EUA no total das importações brasileiras 23,37 23,72 24,14 23,34 23,46 22,10 19,82 18,33 17,21 16,07 - - -
K) Participação dos EUA no saldo da balança comercial - - - - 50,78 38,81 27,60 26,21 21,94 21,14 - - -
L) Participação dos EUA na corrente do comércio exterior brasileiro 20,77 21,65 23,38 23,80 24,09 24,14 21,46 20,00 18,31 17,09 - - -
Fonte: Embaixada do Brasil em Washington/Secom (com base em dados da Secex).