Вы находитесь на странице: 1из 24

Universidade Federal do Oeste da Bahia – UFOB

Centro das Ciências Exatas e suas Tecnologias – CCET

Mecânica dos Solos II – 2018.2

Curso de Engenharia Civil

Ensaio de Adensamento Unidimensional

Daniela Alves de Lima

Ítallo Crystiano Pereira Dias

João Paulo Galvão de Almeida

Barreiras – BA

2019
Universidade Federal do Oeste da Bahia – UFOB

Centro das Ciências Exatas e suas Tecnologias – CCET

Mecânica dos Solos II – 2018.2

Curso de Engenharia Civil

Ensaio de Adensamento Unidimensional

Daniela Alves de Lima

Ítallo Crystiano Pereira Dias

João Paulo Galvão de Almeida

Relatório da disciplina de
Mecânica dos Solos II oferecido
como requisito parcial para nota.

Prof. Me. Vinícius Kuhn

Barreiras – BA

2019
1. INTRODUÇÃO

O adensamento do solo é de extrema importância do ponto de vista


técnico na mecânica dos solos, já que está relacionado com a redução do
índice de vazios durante a aplicação de carregamento, seja pela edificação de
um edifício, construção de um aterro, rebaixamento do lençol freático ou ainda
pela drenagem. Desta forma, um estudo prévio a cerca da variação do volume
do solo em função do carregamento, é um fator imprescindível para que sejam
determinados os recalques diferenciais que, caso não sejam previstos durante
o estudo prévio, podem acarretar sérios danos em estruturas.

Segundo a analogia de TERZAGHI (TAYLOR, 1948), ao se aplicar um


carregamento sobre o solo quem irá resistir inicialmente à pressão gerada será
a água presente em seus vazios, que irá transmitir gradativamente essa
pressão para as partículas sólidas por meio da expulsão de água dos vazios,
processo que acarreta a redução de volume do solo. Com isso, a pressão
neutra inicial do solo irá diminuir à medida que a tensão efetiva aumenta.

Conforme já citado, o objetivo do adensamento é analisar as variações


volumétricas do solo em termos de carregamentos aplicados, o que será
tratado neste trabalho a partir da análise de uma amostra que foi ensaiada
seguindo as exigências prescritas na norma, e por fim serão analisados os
resultados obtidos.

O ensaio de adensamento é regido pela Norma ABNT NBR 12007-1990,


que tem por objetivo a determinação das propriedades de adensamento do
solo em função da velocidade e magnitude das deformações, em uma situação
que o solo é lateralmente confinado e sofre compressão axial.
2. APARELHAGEM UTILIZADA

Segundo a ABNT NBR 12007-1990, a aparelhagem utilizada para


realização do ensaio de adensamento segue na listagemabaixo:

 Prensa de adensamento (Figura 1): Deve permitir a aplicação e


manutenção das cargas verticais com precisão de 0,5% da carga
aplicada;
 Célula de adensamento (Figura 2): Sendo este constituído de um anel
de adensamento, que deve ter seu diâmetro, altura, rigidez e material
definido conforme as especificações da norma, e pedras porosas;
 Balança (Figura 3): Com capacidade nominal de 3kg, precisão de 0,1g
e sensibilidade compatível;
 Extensômetro (Figura 4): Capacidade de medir deslocamento de até
1,5 cm, com precisão de 0,01mm;
 Cronômetro (Figura 5): Com resolução de 1s;
 Termômetro (Figura 6): Graduado em 0,1ºC, de 0ºC a 50ºC;
 Equipamentos diversos;

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

 As amostras devem ser obtidas por duas formas: amostras


indeformadas, na forma de blocos de solo ou ainda por tubos com
paredes finas, ou deformadas a partir amostras deformadas
compactadas em laboratório. (OBS: Devem-se ter cuidados referentes à
retirada das amostras, visto que a qualidade e representatividade dos
dados dependem da qualidade da amostra ensaiada);

 Os corpos-de-prova devem ser preparados em ambiente onde a


variação de umidade não ultrapasse 0,2 % e a temperatura seja
aproximadamente constate;

 É necessário que sejam determinadas a massa, altura e diâmetro do


anel previamente;
 Deve-se determinar a massa específica dos grãos do solo de acordo a
MB-28, utilizando-se uma porção da amostra original;

 Caso seja utilizada amostra indeformada, cortar deste bloco um prisma


de solo com dimensões excedentes cerca de 2cm em relação ao anel
utilizado;

 O corpo-de-prova deve ser introduzido com sobrealtura em relação ao


anel utilizado, permitindo assim, posterior acerto final das superfícies da
base e do topo;

 Montagem da célula de adensamento obedecendo à seguinte


sequência: base rígida, pedra porosa inferior, papel filtro, corpo-de-prova
contigo no anel, papel filtro e pedra porosa superior;

 Montada a célula, deve-se colocar o cabeçote metálico, ajustando-se,


então, o conjunto ao sistema de aplicação de carga.

 Após a colocação da célula de adensamento no sistema de aplicação de


carga com os devidos ajustes, instalar o extensômetro e aplicar uma
pressão de assentamento de 5 kPa. Zera-se o extensômetro cinco
minutos após a aplicação dessa pressão.

 Aplica-se então cargas adicionais à célula de adensamento, em


estágios, para obter pressões totais sobre o solo de aproximadamente
10 kPa; 20 kPa; 40 kPa; 80 kPa e 160 kPa mantendo-se cada pressão
pelo período de tempo discriminado, continuando o carregamento do
corpo-de-prova até que se tenha a definição da região de compressão
virgem.

 Para cada um dos estágios de pressão, fazer leituras no extensômetro


da altura ou variação de variação de altura do corpo-de-prova, com
resolução de 0,01 mm imediatamente antes do carregamento (t=0) e, a
seguir, nos intervalos de tempo de 1/8min; 1 h; 2 h; 4 h; 8 h e 24 h
contados a partir do instante de aplicação do incremento de carga.

 Completadas as leituras correspondentes ao máximo carregamento


empregado, efetuar o descarregamento do corpo-de-prova em estágios,
fazendo-se leituras no extensômetro e corrigindo-as, se necessário, de
forma análoga aos estágios de carregamento.
4. CÁLCULOS E GRÁFICOS

Nas tabelas abaixo são apresentados os dados iniciais referentes ao


anel e a amostra.

Corpo de Prova 1 Inicial Final


Valor Massa do Anel (g) 84,63 84,63
Altura inicial (mm) 19,87 Massa do Anel (g) + CP 146,39 152,39
Diâmetro inicial (mm) 49,87 Massa do CP Úmido (g) 61,76 67,76
Área inicial (cm2) 19,53 Teor de Umidade (%) 25,73 37,95
Massa do CP Seco (g) 49,12 49,12
Volume inicial (cm3) 38,81
Gama S 2,53 -
Peso Inicial (Molhado) (g) 61,76
Umidade final 37,95% Tabela 2: Dados Iniciais. Fonte: Autor.

Tempo Total do ensaio 312:00:00


Tabela 1: Informações ensaio. Fonte: Autor.

Umidade

O teor de umidade final da amostra foi calculado conforme definição de


umidade que diz que esta é representada pela relação peso da água e peso
dos sólidos (PINTO, 2006), utilizando os seguintes dados lançados na Equação
1.0:

Umidade Final
Massa do solo + água + cápsula
(g) 122,01
Massa do solo + cápsula (g) 103,40
Massa de água (g) 18,61
Massa da cápsula (g) 54,36
Massa do solo seco (g) 49,04
Teor de Umidade (%) 37,95%
Tabela 3: Dados Umidade Fonte: Autor.

á
ℎ = ∗ 100 (1.0)

Salienta-se que o teor de umidade inicial não foi determinado, pois o


material não foi considerado suficiente, desta forma, deduziu-se seu valor a
partir da umidade final obtida, para que assim pudesse ser utilizado nas
fórmulas subsequentes.

Massa específica aparente úmida inicial

A massa específica aparente úmida inicial foi calculada pela divisão


entre a massa de solo úmido do corpo-de-prova pelo volume contido no interior
do anel, conforme a MB 3336.

ú ,
𝛾 = = ,
= 1,59 𝑔/𝑐𝑚³ (1.1)

Massa específica aparente seca:

Abaixo seguem os índices físicos iniciais, calculados em conformidade


com MB 3336:

𝛾 = (2.0)

Onde,

γsi = Massa específica aparente seca inicial, em g/cm³;

γhi = Massa específica aparente úmida inicial, em g/cm³;

hi = teor de umidade inicial, em %.

Obtendo o seguinte resultado:


∗ ,
γ = ,
= 1,26 𝑔/𝑐𝑚³ (2.1)

Índice de vazios inicial:

O índice de vazios inicial é calculado segundo a expressão:

e = −1 (3.0)

Onde,

ei = Índice de vazios inicial;

δ = Massa específica dos grãos, em g/cm³;


γsi = Massa específica aparente seca inicial, em g/cm³.

Considerado o valor para específica dos grãos como 2,53 g/cm³ e aplicando a
Equação 3.0, tem-se:

,
e = ,
− 1 = 0,99 (3.1)

Grau de saturação inicial:

O grau de saturação inicial pode ser calculado pela seguinte expressão:



S = ∗
(4.0)

Onde,

Si = Grau de saturação inicial, em %;

hi = Teor de umidade inicial, em %;

δ = Massa específica dos grãos, em g/cm³;

ei = Índice de vazios inicial;

γa = Massa específica da água, em g/cm³ (1,00 g/cm³).

Portanto, tem-se:
, ∗ ,
S = , ∗ ,
= 65,16 % (4.1)

Índice de vazios ao final de cada estágio de pressão:

Altura dos sólidos do corpo de prova:

É obtido através da seguinte equação:

H = (5.0)

Onde,

Hs = Altura dos sólidos, em cm;

Hi = Altura inicial do corpo-de-prova;


ei = Índice de vazios inicial.

Obtendo-se o seguinte resultado:


,
H = ,
= 9,94 cm (5.1)

O índice de vazios ao final de cada estágio de pressão é dado pela expressão:

e= −1 (6.0)

A seguir, na Tabela 4, são apresentados os registros relacionados com o


tempo, a tensão aplicada e a altura do corpo de prova para cada estágio de
tensão. Salienta-se que para na coluna de tempo, para fins de cálculo
considerou-se a raiz do tempo, uma vez que este é o valor aplicado no Método
de Taylor utilizado em sequência.

10 10 20 40 80 160 320 640 1280 320 80 20 10


Tensão
kPa kPa kPa kPa kPa kPa kPa kPa kPa kPa kPa kPa kPa
Raiz Tempo Altura (mm)
19,87 19,75 19,95 19,95 19,92 18,08 18,33 18,53
- 19,83 19,67 19,40 18,82 17,91
19,86 19,75 19,95 19,93 19,87 18,20 18,36 18,53
2,65 19,74 19,50 19,03 18,24 18,04

19,85 19,75 19,95 19,93 19,87 18,22 18,37 18,54


3,87 19,73 19,48 18,99 18,16 18,05

19,83 19,75 19,95 19,93 19,87 18,24 18,39 18,54


5,48 19,73 19,47 18,96 18,11 18,05

19,79 19,75 19,95 19,93 19,86 18,25 18,41 18,54


7,75 19,72 19,46 18,93 18,07 18,06
19,77 19,83 19,95 19,93 19,86 18,27 18,45 18,54
15,49 19,71 19,45 18,89 18,02 18,06
19,77 19,88 19,95 19,93 19,86 18,28 18,46 18,54
21,91 19,71 19,44 18,88 18,01 18,07
19,77 19,89 19,95 19,93 19,86 18,29 18,47 18,55
30,00 19,70 19,44 18,87 18,00 18,07
19,77 19,90 19,95 19,93 19,85 18,29 18,48 18,55
42,43 19,70 19,43 18,87 17,98 18,07
19,76 19,91 19,95 19,93 19,85 18,30 18,49 18,55
60,00 19,70 19,43 18,86 17,97 18,07
19,76 19,92 19,95 19,92 19,85 18,30 18,50 18,56
84,85 19,69 19,42 18,85 17,96 18,08
19,76 19,93 19,95 19,92 19,84 18,31 18,51 18,57
120,00 19,69 19,41 18,84 17,95 18,08
19,76 19,94 19,95 19,92 19,84 18,32 18,52 18,57
169,71 19,68 19,41 18,83 17,94 18,08
19,75 19,94 19,95 19,92 19,83 18,32 18,53 18,58
240,00 19,68 19,40 18,82 17,92 18,08
19,75 19,95 19,95 19,92 19,83 18,33 18,53 18,59
268,33 19,67 19,40 18,82 17,92 18,08
19,75 19,95 19,95 19,92 19,83 18,33 18,53 18,59
293,94 19,67 19,40 18,82 17,91 18,08

Tabela 4: Relação tensão, altura do corpo de prova e raiz do tempo. Fonte: Autor.
Na tabela 5 são apresentados as alturas finais e os índices de vazios
para cada estágio de tensão.

Pressão Log
H (mm) e
(kPa) Tensão

10 1,000 19,75 0,99


10 1,000 19,95 1,01
20 1,301 19,95 1,01
40 1,602 19,92 1,00
80 1,903 19,83 1,00
160 2,204 19,67 0,98
320 2,505 19,40 0,95
640 2,806 18,82 0,89
1280 3,107 17,91 0,80
320 2,505 18,08 0,82
80 1,903 18,33 0,84
20 1,301 18,53 0,86
10 1,000 18,59 0,87
Tabela 5: Altura final e índice de vazios para cada estágio de tensão. Fonte: Autor.

Coeficiente de adensamento:

Segundo PINTO (2006), o coeficiente de adensamento (cv) pode ser


determinado diretamente do ensaio de adensamento, sendo que em cada
estágio de carregamento do ensaio, obtém-se a evolução dos recalques em
função do tempo, ou através do método de Casagrande (logaritmo do tempo) e
do método de Taylor (raiz quadrada do tempo). O método utilizado para a
análise dos gráficos e determinação do coeficiente de adensamento foi o de
Taylor, conforme representado no gráfico teórico a frente e discutido
posteriormente.

Figura 9: Determinação de Cv pelo método de Taylor – Fonte: PINTO 2006


O método de Taylor consiste na forma da curva da altura do corpo de
prova pela raiz do tempo, a qual é expressa em forma de parábola, com
destaque à parte inicial onde se tem uma reta. A partir desta reta, traça-se uma
reta de ajuste aproximada com o ponto inicial sobre a altura inicial do corpo de
prova no estágio de carregamento analisado e, posteriormente, uma segunda
reta com abscissas iguais a 1,15 vezes as abscissas correspondentes da reta
inicial, segundo PINTO (2006).

A interseção da segunda reta citada com a curva do ensaio demarca o


ponto correspondente a 90% do adensamento primário, obtendo-se o t90, o
qual deve ser elevado ao quadrado e transformado para segundos, e o h90, o
qual deve ser transformado para centímetros. De acordo a NBR 12007-1990, o
cálculo do CV é feito em duas etapas: inicialmente calcula-se o h50 em
centímetros o qual corresponde à altura do corpo de prova médio, no estágio
de carregamento considerado por 6.1 e posteriormente calcula-se o CV por 6.2,
expressões a seguir, fornecidas pela norma

H = H − ∗ (H − H ) (6.1)

, ∗( , ∗ )²
C = (6.2)

A altura inicial do corpo-de-prova é obtida a partir do prolongamento da curva


de adensamento, a qual é determinada para cada estágio de carregamento,
conforme exigido pela norma, até que este toque o eixo das ordenadas. A
seguir estão representadas as curvas de adensamento para cada estágio de
carregamento. É importante ressaltar que devido o comportamento do solo, ,
há estágios de carregamento os quais não puderam ter o coeficiente de
adensamento calculado por conta do formato das curvas obtidas, como é o
caso dos gráfico 2, 3, 9, 10, 11, 12 e 13. Os valores obtidos para t90, h90,
assim como h50 e, finalmente, o CV estão representados na tabela 6, e foram
calculados de acordo as expressões 6.1 e 6.2 anteriormente citadas.
Gráfico 1 – 1º Estágio de carregamento (10 kPa)

Gráfico 2 – 2º Estágio de carregamento (10 kPa)


Gráfico 3 – 3º Estágio de carregamento (20 kPa)

Gráfico 4 – 4º Estágio de carregamento (40 kPa)


Gráfico 5 – 5º Estágio de carregamento (80 kPa)

Gráfico 6 – 6º Estágio de carregamento (160 kPa)


Gráfico 7 – 7º Estágio de carregamento (320 kPa)

Gráfico 8 – 8º Estágio de carregamento (640 kPa)


Gráfico 9 – 9º Estágio de carregamento (1280 kPa)

Gráfico 10 – 10º Estágio de carregamento (320 kPa)


Gráfico 11 – 11º Estágio de carregamento (80 kPa)

Gráfico 12 – 12º Estágio de carregamento (20 kPa)

Gráfico 13 – 13º Estágio de carregamento (10 kPa)


Dados Estágio 1 Estágio 4 Estágio 5 Estágio 6 Estágio 7 Estágio 8
Obtidos
H0 (cm) 1,987 1,995 1,992 1,983 1,967 1,940
H90(cm) 1,978 1,993 1,987 1,974 1,948 1,900
T90(s) 107,7360 11,0940 11,3535 10,3834 10,9910 11,5106
H50(cm) 1,982 1,994 1,989 1,978 1,957 1,918
CV(cm²/s) 0,0077 0,0760 0,0739 0,0799 0,0738 0,0677
Tabela 6: Cálculo dos coeficientes de adensamento em cada estágio de aplicação de carga.
Fonte: Autor.

Curva de Adensamento

Segundo Pinto, (2006, p. 178)


“ Os ensaios de compressão edométrica são especialmente
realizados para o estudo de recalques de argilas saturadas. Nestes
casos, o processo de deformação pode se desenvolver lentamente,
em virtude do tempo necessário para que água saia dos vazios do
solo, tempo este que pode ser elevado, devido a baixa
permeabilidade das argilas. E este processo é denominado
adensamento dos solos, e o ensaio de compressão edométrica é
chamado de ensaio de adensamento. “

O resultado deste ensaio indicará os índices de vazios para cada tensão


aplicada (kPa). Para fins de facilitação da visualização comportamental as
tensões são colocadas em escala logarítmica. Sabe-se que a partir de uma
dada tensão o índice de vazios varia linearmente e este trecho retilíneo é
chamado de reta virgem.
A seguir, a curva de adensamento referente ao ensaio realizado:

Gráfico 7: Curva de adensamento. Fonte: Autor.


Tensão de Pré-adensamento pelo Método de Pacheco Silva

No ensaio de adensamento, quando ocorre a aplicação da tensão e


depois disso acontece a redução da tensão aplicada o gráfico terá um
comportamento que possibilitará a definição da tensão de pré-adensamento.
(PINTO, 2016).
Para defini-la existem métodos empíricos, pois não há forma de
determiná-la com precisão. Neste ensaio, utilizou-se o método do engenheiro
Pacheco Silva que consiste em, segundo Pinto (2016, p.181):
“ Prolonga-se a reta virgem até a horizontal correspondente ao índice
de vazios inicial da amostra. Do ponto de interseção, abaixa-se uma
vertical até a curva de adensamento e deste ponto traça-se uma
horizontal. A interseção desta horizontal com o prolongamento da reta
virgem é o ponto de pré-adensamento.“

Aplicando o método obteve-se uma tensão de pré-adensamento de 129


kPa.

Gráfico 8: Tensão de Pré-adensamento. Fonte: Autor.


Índice de compressão e recompressão

Para análise dos recalques de um solo são utilizados os índices de


compressão (Cc) e recompressão (Cr) que são obtidos através da análise do
gráfico gerado pelo ensaio de adensamento. O índice de compressão de refere
a inclinação da reta virgem. Já o índice de recompressão é obtido através do
trecho da reta antecedente ou após a reta virgem (primeira ou segunda
recompressão). (PINTO, 2006)
A fórmula para o índice de compressão é dada por:

e − e
C =
Log σ − Log σ
Onde
Cc = índice de compressão
e1 = índices de vazios inicial da reta virgem
e2 = índices de vazios final da reta virgem
σ1 = tensão inicial da reta virgem
σ = tensão final da reta virgem

Aplicando-se os pontos referentes aos índices de vazios e tensões


obtidos na reta virgem
0,89 − 0,80
C = = 0,30
Log 1280 − Log 640

O cálculo para o índice de recompressão se dá pela mesma fórmula,


contudo utilizando pontos da reta após a reta virgem. Deste modo, o índice de
recompressão é dado por:

0,87 − 0,82
C = = 0,03
Log 320 − Log 10

Segundo Pinto (2006, p.181) “O valor do índice de recompressão, que


também é obtido do ensaio de adensamento, costuma ser da ordem de 10 a
20% do valor do índice de compressão, conforme o tipo de solo”. Desta forma,
o valor de Cr atende a teoria.

5. ANÁLISE DOS RESULTADOS

Segundo PINTO (2006), o coeficiente de adensamento do solo reflete suas


características como permeabilidade, porosidade e compressibilidade. Este
coeficiente depende da variação da pressão neutra que reduz conforme a água
vai sendo expulsa do solo durante a aplicação do carregamento, segundo a
analogia de TERZAGHI (TAYLOR, 1948).

Os gráficos da curva de compressibilidade permitem uma análise do


comportamento do solo quanto a compressão inicial, o adensamento primário e
o adensamento secundário, ao qual o solo está sujeito. Em situações reais o
solo sofre inicialmente uma compressão inicial, que pode ser justificada pela
compressão de bolhas de ar nas interfaces com as pedras porosas, conforme
expresso no gráfico do 1º estágio de carregamento. A partir do momento que a
água vai sendo expulsa dos vazios devido o carregamento, ocorre o
adensamento primário, previsto por Terzaghi e por fim, o solo sofre
deformações residuais a gradientes baixos, chamado de adensamento
secundário.

Segundo a norma, a carga inicialmente aplicada é utilizada para fixar a


amostra no aparelho, de forma a evitar o surgimento de tensões não
unidirecionais na amostra, o que não estaria de acordo às hipóteses da teoria
de Terzaghi. O adensamento secundário está bem representado nos gráficos
em cada estágio, correspondendo à pequena variação da altura do corpo-de-
prova, apesar do carregamento constante, no trecho final das curvas. É
importante ressaltar que os gráficos dos estágios apresentados representam as
situações onde foi possível determinar o coeficiente de adensamento, pois o
método de Taylor usa do trecho que se aproxima de uma reta da curva de
compressibilidade para efetuar a análise do adensamento primário sofrido pela
amostra.
É importante ressaltar que segundo a Teoria do Adensamento
Unidimensional de Terzaghi, a partir das hipóteses já definidas, o solo deve
estar totalmente saturado o que não ocorreu inicialmente, conforme o trecho
inicial da curva de adensamento (gráfico 7), onde o índice de vazios inicial teve
um aumento pela colocação de água durante a realização do ensaio. Desta
forma, a determinação da tensão de pré-adensamento e os cálculos referentes
ao CC e ao CR foram feitos considerando apenas o trecho que atende às
hipóteses pré estabelecidas por Terzaghi. Além disso, o aumento da altura do
corpo- de-prova, mesmo com a aplicação de carregamento, sugere que o solo
seja uma argila expansiva (gráfico 3), já que os métodos utilizados são
aplicáveis para a análise de recalques em argilas.

6. CONCLUSÃO

O presente relatório trouxe como objetivo central a análise do


comportamento do solo quanto à sua variação de vazios em função do
carregamento. Tal compreensão se faz de extrema importância no ramo da
Engenharia Geotécnica, pois permite estimar parâmetros que caracterizam o
solo e permitem a estimativa de seu comportamento ao ser aplicado em
situações reais, onde o coeficiente de compressibilidade, o índice de
compressão e o índice de recompressão trazem informações de suma
importância, visando evitar recalques excessivos que venham a comprometer a
estabilidade de obras em geral.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR


12007 –Solo –Ensaio de Adensamento Unidimensional. Rio de
Janeiro, 1990;

 PINTO, Carlos de Souza, Curso Básico de Mecânica dos Solos em 16


aulas. 3 ªEd.Oficina de Textos. São Paulo, 2006.

 Universidade Federal do Rio de Janeiro – FEN - Faculdade de


Engenharia. Recalque em solos argilosos. Disponível em:
http://www.eng.uerj.br/~denise/pdf/compressibilidadeadensamento.pdf

 FARO, Vitor Pereira. Ensaio de Adensamento. 2016. Disponível em:


http://www.dcc.ufpr.br/mediawiki/images/c/c5/Aula_12_Ensaio_de_Aden
samento.pdf
8. ANEXOS

Figura 1 - Prensa de adensamento Figura 4 - Extensômetro digital

Figura 2 - Célula de adensamento Figura 5 - Cronômetro digital

Figura 3 - Balança digital Figura 6 – Termômetro

Вам также может понравиться