Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Maianga
Eu fiquei com a Maianga e todos os outros foram dados a pessoas que os queriam
mesmo, estão todos bem e tenho notícias de todos eles. Agora espero que a Maianga
não tenha oito! Este mês ou no próximo vai engravidar de certeza. Não sei se ainda
fico com mais um, eu não queria, mas já não digo nada, logo se vê.
Zuleika
Eu adoro animais mas neste momento para ter em casa prefiro gatos. Até tenho medo
de ficar como aquelas pessoas que às tantas, quase sem darem por isso, acabam por
ter 20 gatos em casa.
Mas gosto imenso, é um animal que tem o espaço dele e não interfere muito no nosso,
interfere apenas no momento certo, são independentes mas muito queridos, com uma
energia muito boa.
Gosto muito da energia dos gatos.
As minhas gatas têm hábitos bastante diferentes uma da outra: a Maionga passeia
pela rua durante o dia mas vem dormir a casa, enquanto a Zuleika faz exactamente o
oposto: dorme o dia todo dentro de casa e lá pelas onze e meia, meia-noite, vai-se
embora e só volta de manhã com ar de quem vem do clube de jazz.
Eva com Domingas ao colo
A Domingas esteve cá por casa dois ou três anos, era uma cadela abandonada que a
minha cunhada aqui deixou apenas por um fim-de-semana e acabou por ir ficando.
Quando fui de férias ao Brasil, a Domingas ficou com a Eva, que fez o favor de tomar
conta dela. Mas quando cheguei estavam apaixonadas.
Ainda voltou cá para casa, todos os dias a Eva vinha vê-la, depois o meu filho achou
por bem oferecê-la, porque achava que a Eva era tão apaixonada que merecia ter a
Domingas com ela.
O animal que me marcou mais na infância foi o macaco. Chamava-se Pimpolho e era
o meu companheiro de brincadeiras, andava sempre comigo, era um sagui.
Eu morava numa casa grande, toda rodeada de varandas, por baixo havia uma
pastelaria, ele ia até lá, toda a gente o conhecia e davam-lhe pastéis de nata. Um dia
zangámo-nos. Eu gostava muito de brincar com frasquinhos e tinha uns pequenos
frascos de vidro cheios de bolinhas de pão que eu fazia e pintava às cores. Nesse dia,
estava a fila de frasquinhos de vidro alinhada num muro, num pátio onde eu brincava,
entretanto entrei em casa para ir buscar mais qualquer coisa e quando volto a sair
estava o macaco à estalada aos frascos e aquilo tudo a ir pelos ares. Eu fiquei com
uma tal ataque de nervos que agarrei o macaquito e bati-lhe, mas devo ter-lhe batido
com força e ele, zangado mordeu-me no peito. Claro que fiquei desesperada, achei
aquilo uma traição. Ele por seu lado também amuou e acabámos por passar o dia todo
zangados, cada um para seu canto. Quando ele morreu tive um desgosto enorme.
Tive outros macacos depois desse, mas nunca mais foi a mesma coisa. Hoje em dia
seria incapaz de ter este tipo de animais, como macacos e papagaios. Acho que estão
bem é no seu ambiente natural."