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DIA 1 V - o pluralismo político.

Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o


Constituição Federal: art. 1° - 5° Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
LINDB
Código Processo Civil: art. 1° - 41 Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do
Código Penal: art. 1° - 19 Brasil (regra do verbo):
Código Processo Penal: art. 1° - 62 I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades
sociais e regionais;
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
PREÂMBULO
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações inter-
Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar nacionais pelos seguintes princípios:
o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, I - independência nacional;
o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores II - prevalência dos direitos humanos;
supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, III - autodeterminação dos povos;
fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e interna- IV - não-intervenção;
cional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a V - igualdade entre os Estados;
proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA VI - defesa da paz;
DO BRASIL. VII - solução pacífica dos conflitos;
• O preâmbulo da CR/88 não pode, por si só, servir de parâ- VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
metro de controle da constitucionalidade de uma norma. IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
• O preâmbulo traz em seu bojo os valores, os fundamentos X - concessão de asilo político.
filosóficos, ideológicos, sociais e econômicos e, dessa forma, norteia a Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração
interpretação do texto constitucional. econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, vi-
• Em termos estritamente formais, o Preâmbulo constitui-se em sando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
uma espécie de introdução ao texto constitucional, um resumo dos
direitos que permearão a textualização a seguir, apresentando o pro- TÍTULO II
cesso que resultou na elaboração da Constituição e o núcleo de valores Dos Direitos e Garantias Fundamentais
e princípios de uma nação. CAPÍTULO I
• O termo "assegurar" constante no Preâmbulo da CF/88 DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
constitui-se no marco da ruptura com o regime anterior e garante a Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer nature-
instalação e asseguramento jurídico dos direitos listados em segui- za, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País
da e até então não dotados de força normativa constitucional suficiente (STF: abrange não residentes) a inviolabilidade do direito à vida, à li-
para serem respeitados, sendo eles o exercício dos direitos sociais e in- berdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguin-
dividuais, a liberdade, a segurança, o bem estar, o desenvolvimento, a tes:
igualdade e a justiça. I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos
• Nos moldes jurídicos adotados pela CF/88, o preâmbulo se desta Constituição;
configura como um elemento que serve de manifesto à continuidade II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão
de todo o ordenamento jurídico ao conectar os valores do passado - em virtude de lei;
a situação de início que motivou a colocação em marcha do processo le- III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano
gislativo - com o futuro - a exposição dos fins a alcançar -, descrição da ou degradante;
situação que se aspira a chegar. IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
• A invocação à proteção de Deus não tem força normativa. V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da
• O preâmbulo constitucional situa-se no domínio da política e indenização por dano material, moral ou à imagem;
reflete a posição ideológica do constituinte. Logo, não contém rele- VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado
vância jurídica, não tem força normativa, sendo mero vetor inter- o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
pretativo das normas constitucionais, não servindo como parâmetro proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
para o controle de constitucionalidade (STF). VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa
• A jurisprudência do STF vem adotando, quanto ao valor jurídi - nas entidades civis e militares de internação coletiva;
co do preâmbulo constitucional, a TEORIA DA IRRELEVÂNCIA JURÍDI- VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou
CA. de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação al-
TÍTULO I ternativa, fixada em lei;
Dos Princípios Fundamentais IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de co -
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel municação, independentemente de censura ou licença;
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
Democrático de Direito e tem como fundamentos (SO-CI-DI-VA-PLU): pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou mo-
I - a soberania; ral decorrente de sua violação;
II - a cidadania XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo pene-
III - a dignidade da pessoa humana; trar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determi-

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nação judicial; a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações tele- contra ilegalidade ou abuso de poder;
gráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direi-
por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para tos e esclarecimento de situações de interesse pessoal;
fins de investigação criminal ou instrução processual penal; XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ame-
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendi- aça a direito;
das as qualificações profissionais que a lei estabelecer; XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo coisa julgada;
da fonte, quando necessário ao exercício profissional; XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, poden - XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe
do qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele der a lei, assegurados:
sair com seus bens; a) a plenitude de defesa;
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais aber- b) o sigilo das votações;
tos ao público, independentemente de autorização, desde que não c) a soberania dos veredictos;
frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de ca- cominação legal;
ráter paramilitar; XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas in- XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberda-
dependem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em des fundamentais;
seu funcionamento; XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível,
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no pri- XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou
meiro caso, o trânsito em julgado; anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer asso- afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles res-
ciado; pondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, omitirem;
têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudi- XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos ar-
cialmente; mados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado
XXII - é garantido o direito de propriedade; Democrático;
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; Racismo
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por neces-
sidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e Ação de grupos armados, civis ou
CRIMES IMPRESCRITÍVEIS
prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta militares, contra a ordem constitu-
Constituição; cional e o Estado Democrático
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente po- XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a
derá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário inde- obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser,
nização ulterior, se houver dano (requisição); nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até
XXVI - a PEQUENA PROPRIEDADE RURAL, assim definida em lei, desde o limite do valor do patrimônio transferido;
que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para paga- XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras,
mento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a as seguintes:
lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; a) privação ou restrição da liberdade;
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação b) perda de bens;
ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que c) multa;
a lei fixar; d) prestação social alternativa;
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: e) suspensão ou interdição de direitos;
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodu- XLVII - não haverá penas:
ção da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; a) de morte, salvo em caso de guerra declarada (modalidade fuzilamen-
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que to), nos termos do art. 84, XIX;
criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respec- b) de caráter perpétuo;
tivas representações sindicais e associativas; c) de trabalhos forçados;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio tem- d) de banimento;
porário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à e) cruéis;
propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distin- XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo
tivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
econômico do País; XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
XXX - é garantido o direito de herança; L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam perma-
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada necer com seus filhos durante o período de amamentação;
pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sem- LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso
pre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprova-
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; do envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de forma da lei;
seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão pres- Nato: nunca
tadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas
cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; Naturalizado
EXTRADIÇÃO
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento • Crime comum – praticado antes
de taxas: da naturalização

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• Tráfico de drogas – a qualquer LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que
tempo comprovarem insuficiência de recursos;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político
que ficar preso além do tempo fixado na sentença;
ou de opinião;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade
a) o registro civil de nascimento;
competente;
b) a certidão de óbito;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido
LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na
processo legal;
forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania.
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados
em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios Previsão constitucional de isenção de custas:
e recursos a ela inerentes; • Habeas Corpus
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilíci- • Habeas Data
tos; • Ação Popular (salvo se comprovada má-fé do autor)
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de • Exercício da cidadania
sentença penal condenatória; • Direito de petição
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação crimi- • Obtenção de certidões
nal, salvo nas hipóteses previstas em lei; LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a ra-
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não zoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de
for intentada no prazo legal; sua tramitação.
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm
quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; aplicação imediata.
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem ou-
e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de tros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tra-
transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; tados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comu- § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que
nicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em 2 turnos, por
pessoa por ele indicada; 3/5 dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de perma- constitucionais.
necer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advoga- Convenção de Nova Iorque sobre os Direitos das Pessoas com Deficiên-
do; cia
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão
ou por seu interrogatório policial; Protocolo facultativo à Convenção de Nova Iorque sobre os Direitos das
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judi- Pessoas com Deficiência
ciária; Tratado de Marrakesh
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja
a liberdade provisória, com ou sem fiança;
criação tenha manifestado adesão.
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a
do depositário infiel; DECRETO-LEI Nº 4.657 - LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DI-
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se REITO BRASILEIRO
achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de loco-
moção, por ilegalidade ou abuso de poder; Art. 1o Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líqui- 45 dias depois de oficialmente publicada.
do e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o
§ 1o § 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira,
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou
quando admitida, se inicia 3 meses depois de oficialmente publicada.
agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: § 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu
a) partido político com representação no Congresso Nacional; texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteri-
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente ores começará a correr da nova publicação.
constituída e em funcionamento há pelo menos 1 ano, em defesa dos in- § 4o As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
teresses de seus membros ou associados;
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma Art. 2o Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades cons- outra a modifique ou revogue.
titucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
§ 1o A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o decla-
cidadania;
re, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente
LXXII - conceder-se-á habeas data:
a matéria de que tratava a lei anterior.
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades go- § 2o A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das
vernamentais ou de caráter público; já existentes, NÃO REVOGA NEM MODIFICA a lei anterior.
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo § 3o Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter
sigiloso, judicial ou administrativo; a lei revogadora perdido a vigência. (Repristinação).
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que
vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Es- Art. 3o Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
tado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patri-
mônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isen-
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a
to de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.

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em que residir o proponente.
Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se di -
rige e às exigências do bem comum. Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país
em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato ju- natureza e a situação dos bens.
rídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. § 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regula-
§ 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vi- da pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasilei-
gente ao tempo em que se efetuou. ros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorá-
§ 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou al- vel a lei pessoal do de cujus.
guém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do exercício § 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade
tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a ar- para suceder.
bítrio de outrem.
§ 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que já Art. 11. As organizações destinadas a fins de interesse coletivo, como as
não caiba recurso. sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constitu -
írem.
Art. 7o A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras § 1o Não poderão, entretanto, ter no Brasil filiais, agências ou estabeleci-
sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capacidade e os mentos antes de serem os atos constitutivos aprovados pelo Governo
direitos de família. brasileiro, ficando sujeitas à lei brasileira.
§ 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira § 2o Os Governos estrangeiros, bem como as organizações de qualquer
quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebra- natureza, que eles tenham constituído, dirijam ou hajam investido de fun-
ção. ções públicas, não poderão adquirir no Brasil bens imóveis ou suscep-
§ 2o O casamento de estrangeiros poderá celebrar-se perante autoridades tíveis de desapropriação.
diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. § 3o Os Governos estrangeiros podem adquirir a propriedade dos pré-
§ 3o Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade dios necessários à sede dos representantes diplomáticos ou dos agen-
do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal. tes consulares.

§ 4o O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em


Art. 12. É competente a autoridade judiciária brasileira, quando for o
que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro
réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.
domicílio conjugal.
§ 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar brasileiro, pode, mediante § 1o Só à autoridade judiciária brasileira compete conhecer das ações
expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do relativas a imóveis situados no Brasil.
decreto de naturalização, se apostile ao mesmo a adoção do regime de § 2o A autoridade judiciária brasileira cumprirá, concedido o exequatur e
comunhão parcial de bens, respeitados os direitos de terceiros e dada segundo a forma estabelecida pele lei brasileira, as diligências deprecadas
esta adoção ao competente registro. por autoridade estrangeira competente, observando a lei desta, quanto
§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um ou ambos os cônjuges ao objeto das diligências.
forem brasileiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 ano da
data da sentença, salvo se houver sido antecedida de separação judi- Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em país estrangeiro rege-se pela lei
cial por igual prazo, caso em que a homologação produzirá efeito imedi- que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir-se, não admi-
ato, obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças tindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça.
estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regi-
mento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, deci- Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a
sões já proferidas em pedidos de homologação de sentenças estrangeiras invoca prova do texto e da vigência.
de divórcio de brasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos
legais. Art. 15. Será executada no Brasil a sentença proferida no estrangeiro,
§ 7o Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende- que reúna os seguintes requisitos:
se ao outro cônjuge e aos filhos não emancipados, e o do tutor ou cura- a) haver sido proferida por juiz competente;
dor aos incapazes sob sua guarda. b) terem sido as partes citadas ou haver-se legalmente verificado à re-
velia;
§ 8o Quando a pessoa não tiver domicílio, considerar-se-á domiciliada no
c) ter passado em julgado e estar revestida das formalidades necessárias
lugar de sua residência ou naquele em que se encontre.
para a execução no lugar em que foi proferida;
d) estar traduzida por intérprete autorizado;
Art. 8o Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, e) ter sido homologada pelo STJ.
aplicar-se-á a lei do país em que estiverem situados.
§ 1o Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o proprietário, Art. 16. Quando, nos termos dos artigos precedentes, se houver de apli-
quanto aos bens móveis que ele trouxer ou se destinarem a transpor- car a lei estrangeira, ter-se-á em vista a disposição desta, sem considerar-
te para outros lugares. se qualquer remissão por ela feita a outra lei.
§ 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio que tiver a pessoa, em
cuja posse se encontre a coisa apenhada. Art. 17. As leis, atos e sentenças de outro país, bem como quaisquer de-
clarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem
a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.
Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país
em que se constituírem.
Art. 18. Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades consu-
§ 1o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo lares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro
de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da Civil e de tabelionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos fi -
lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato. lhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado.
§ 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar § 1º As autoridades consulares brasileiras também poderão celebrar a se-

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paração consensual e o divórcio consensual de brasileiros, não havendo posterior de orientação geral, se declarem inválidas situações plena-
filhos menores ou incapazes do casal e observados os requisitos legais mente constituídas.
quanto aos prazos, devendo constar da respectiva escritura pública as dis- Parágrafo único. Consideram-se orientações gerais as interpretações e
posições relativas à descrição e à partilha dos bens comuns e à pensão especificações contidas em atos públicos de caráter geral ou em jurispru -
alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu dência judicial ou administrativa majoritária, e ainda as adotadas por
nome de solteiro ou à manutenção do nome adotado quando se deu o prática administrativa reiterada e de amplo conhecimento público.
casamento
§ 2o É indispensável a assistência de advogado, devidamente constituí- Art. 26. Para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação
do, que se dará mediante a subscrição de petição, juntamente com ambas contenciosa na aplicação do direito público, inclusive no caso de ex-
as partes, ou com apenas uma delas, caso a outra constitua advogado pedição de licença, a autoridade administrativa poderá, após oitiva
próprio, não se fazendo necessário que a assinatura do advogado conste do órgão jurídico e, quando for o caso, após realização de consulta
da escritura pública. pública, e presentes razões de relevante interesse geral, celebrar
compromisso com os interessados, observada a legislação aplicável, o
Art. 19. Reputam-se válidos todos os atos indicados no artigo anterior e qual só produzirá efeitos a partir de sua publicação oficial.
celebrados pelos cônsules brasileiros na vigência do Decreto-lei nº 4.657, § 1º O compromisso referido no caput deste artigo:
de 4 de setembro de 1942, desde que satisfaçam todos os requisitos le- I - buscará solução jurídica proporcional, equânime, eficiente e com-
gais. patível com os interesses gerais;
Parágrafo único. No caso em que a celebração desses atos tiver sido recu- III - não poderá conferir desoneração permanente de dever ou condici-
sada pelas autoridades consulares, com fundamento no artigo 18 do mes- onamento de direito reconhecidos por orientação geral;
mo Decreto-lei, ao interessado é facultado renovar o pedido dentro em IV - deverá prever com clareza as obrigações das partes, o prazo para
90 dias contados da data da publicação desta lei. seu cumprimento e as sanções aplicáveis em caso de descumprimento.

Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se deci- Art. 27. A decisão do processo, nas esferas administrativa, controladora
dirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam conside- ou judicial, poderá impor compensação por benefícios indevidos ou pre-
radas as consequências práticas da decisão. juízos anormais ou injustos resultantes do processo ou da conduta dos
Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a adequa- envolvidos.
ção da medida imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, § 1º A decisão sobre a compensação será motivada, ouvidas previamente
processo ou norma administrativa, inclusive em face das possíveis al- as partes sobre seu cabimento, sua forma e, se for o caso, seu valor.
ternativas. § 2º Para prevenir ou regular a compensação, poderá ser celebrado com-
promisso processual entre os envolvidos.
Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judi-
cial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões
administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro.
jurídicas e administrativas.
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, Art. 29. Em qualquer órgão ou Poder, a edição de atos normativos por
quando for o caso, indicar as condições para que a regularização autoridade administrativa, salvo os de mera organização interna, poderá
ocorra de modo proporcional e equânime e sem prejuízo aos interes- ser precedida de consulta pública para manifestação de interessados,
ses gerais, não se podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou per- preferencialmente por meio eletrônico, a qual será considerada na deci-
das que, em função das peculiaridades do caso, sejam anormais ou exces- são - Entrará em vigor após decorridos 180 dias da publicação da Lei
sivos. n° 13.655/18.
§ 1º A convocação conterá a minuta do ato normativo e fixará o prazo e
Art. 22. Na interpretação de normas sobre gestão pública, serão con- demais condições da consulta pública, observadas as normas legais e re-
siderados os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigên- gulamentares específicas, se houver.
cias das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos ad-
ministrados. Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segu-
§ 1º Em decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, con- rança jurídica na aplicação das normas, inclusive por meio de regula-
trato, ajuste, processo ou norma administrativa, serão consideradas as cir- mentos, súmulas administrativas e respostas a consultas.
cunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou condicionado a Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão
ação do agente. caráter vinculante em relação ao órgão ou entidade a que se desti-
§ 2º Na aplicação de sanções, serão consideradas a natureza e a gra- nam, até ulterior revisão.
vidade da infração cometida, os danos que dela provierem para a admi-
nistração pública, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os an- CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
tecedentes do agente.
§ 3º As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosime- PARTE GERAL
tria das demais sanções de mesma natureza e relativas ao mesmo fato. LIVRO I
DAS NORMAS PROCESSUAIS CIVIS
Art. 23. A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabele- TÍTULO ÚNICO
cer interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo inde- DAS NORMAS FUNDAMENTAIS E DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCES-
terminado, impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, de- SUAIS
verá prever regime de transição quando indispensável para que o CAPÍTULO I
novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo DAS NORMAS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL
proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais.
Art. 1o O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado confor-
me os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constitui-
Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial,
ção da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições
quanto à validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma adminis-
deste Código.
trativa cuja produção já se houver completado levará em conta as ori-
entações gerais da época, sendo vedado que, com base em mudança FPPC369. (arts. 1º a 12) O rol de normas fundamentais previsto no Ca-

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pítulo I do Título Único do Livro I da Parte Geral do CPC não é exausti- processuais e veda seus comportamentos contraditórios.
vo
FPPC370. (arts. 1º a 12) Norma processual fundamental pode ser regra
Art. 6o Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que
ou princípio
se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
FPPC6. (arts. 5º, 6º e 190) O negócio jurídico processual não pode
Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por afastar os deveres inerentes à boa-fé e à cooperação.
impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. FPPC619. (arts.6º, 138, 982, II, 983, §1º) O processo coletivo deverá res-
peitar as técnicas de ampliação do contraditório, como a realização
Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a di- de audiências públicas, a participação de amicus curiae e outros meios
reito. de participação
§ 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei.
§ 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual Art. 7o É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao
dos conflitos. exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos
FPPC573. (arts.3º,§§2ºe3º;334) As Fazendas Públicas devem dar publici- ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao
dade às hipóteses em que seus órgãos de Advocacia Pública estão auto- juiz zelar pelo efetivo contraditório.
rizados a aceitar autocomposição. FPPC107. (arts. 7º, 139, I, 218, 437, §2º) O juiz pode, de ofício, dilatar o
FPPC617. (art.3º, §2º; art. 36, §4º da Lei 13.140/2015; art. 17, §1º da Lei prazo para a parte se manifestar sobre a prova documental produzida.
n.º 8.429/1992) A mediação e a conciliação são compatíveis com o FPPC235. (arts. 7º, 9º e 10, CPC; arts. 6º, 7º e 12 da Lei 12.016/2009)
processo judicial de improbidade administrativa. Aplicam-se ao procedimento do mandado de segurança os arts. 7º,
FPPC618. (arts.3º, §§ 2º e 3º, 139, V, 166 e 168; arts. 35 e 47 da Lei nº 9º e 10 do CPC.
11.101/2005; art. 3º, caput, e §§ 1º e 2º, art. 4º, caput e §1º, e art. 16, ca- FPPC379. (art. 7º) O exercício dos poderes de direção do processo pelo
put, da Lei nº 13.140/2015). A conciliação e a mediação são compatí- juiz deve observar a paridade de armas das partes.
veis com o processo de recuperação judicial.

§ 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual Art. 8o Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins soci-
de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores ais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dig-
públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do proces- nidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoa-
so judicial. bilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.
FPPC371. (arts. 3, §3º, e 165). Os métodos de solução consensual de FPPC380. (arts. 8º, 926, 927) A expressão “ordenamento jurídico”, em-
conflitos devem ser estimulados também nas instâncias recursais pregada pelo Código de Processo Civil, contempla os precedentes vin-
FPPC485. (art. 3º, §§ 2º e 3º; art. 139, V; art. 509; art. 513) É cabível conci- culantes
liação ou mediação no processo de execução, no cumprimento de sen- FPPC620. (arts.8º, 11, 554, §3º) O ajuizamento e o julgamento de ações
tença e na liquidação de sentença, em que será admissível a apre- coletivas serão objeto da mais ampla e específica divulgação e publici-
sentação de plano de cumprimento da prestação. dade.

Art. 4o As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução in- Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela
tegral do mérito, incluída a atividade satisfativa. seja previamente ouvida.
FPPC372. (art. 4º) O art. 4º tem aplicação em todas as fases e em todos FPPC381. (arts. 9º, 350, 351 e 307, parágrafo único) É cabível réplica no
os tipos de procedimento, inclusive em incidentes processuais e na ins- procedimento de tutela cautelar requerida em caráter antecedente
tância recursal, impondo ao órgão jurisdicional viabilizar o sanea- Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica:
mento de vícios para examinar o mérito, sempre que seja possível a I - à tutela provisória de urgência;
sua correção. II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II (as
FPPC373. (arts. 4º e 6º) As partes devem cooperar entre si; devem alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e
atuar com ética e lealdade, agindo de modo a evitar a ocorrência de houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula
vícios que extingam o processo sem resolução do mérito e cumprindo vinculante) e III (pedido reipersecutório fundado em prova documental
com deveres mútuos de esclarecimento e transparência. adequada do contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem
FPPC574. (arts.4º; 8º) A identificação de vício processual após a en- de entrega do objeto custodiado, sob cominação de multa);
trada em vigor do CPC de 2015 gera para o juiz o dever de oportu- III - à decisão prevista no art. 701 (sendo evidente o direito do autor, o
nizar a regularização do vício, ainda que ele seja anterior. juiz deferirá a expedição de mandado de pagamento, de entrega de coisa
ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer, concedendo ao
réu prazo de 15 dias para o cumprimento e o pagamento de honorários
Art. 5o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve com- advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa).
portar-se de acordo com a boa-fé.
FPPC374. (art. 5º) O art. 5º prevê a boa-fé objetiva Art. 10. O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com
FPPC375. (art. 5º) O órgão jurisdicional também deve comportar-se base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes
de acordo com a boa-fé objetiva. oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a
FPPC376. (art. 5º) A vedação do comportamento contraditório aplica-se qual deva decidir de ofício.
ao órgão jurisdicional. FPPC2. (arts. 10 e 927, § 1º) Para a formação do precedente, somente
FPPC377. (art. 5º) A boa-fé objetiva impede que o julgador profira, sem podem ser usados argumentos submetidos ao contraditório.
motivar a alteração, decisões diferentes sobre uma mesma questão
de direito aplicável às situações de fato análogas, ainda que em pro-
Art. 11. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão pú-
cessos distintos.
blicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.
FPPC378. (arts. 5º, 6º, 322, §2º, e 489, §3º) A boa fé processual orienta a
Parágrafo único. Nos casos de segredo de justiça, pode ser autorizada a
interpretação da postulação e da sentença, permite a reprimenda do
presença somente das partes, de seus advogados, de defensores públicos
abuso de direito processual e das condutas dolosas de todos os sujeitos

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ou do Ministério Público. o território nacional, conforme as disposições deste Código.
Inafastabilidade de Jurisdição
Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão, PREFERENCIALMENTE, à or- Inércia (Ne procedat iudex ex
dem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. CARACTERÍSTICAS DA officio)
FPPC382. (art. 12) No juízo onde houver cumulação de competência de JURISDIÇÃO Territorialidade
processos dos juizados especiais com outros procedimentos diversos, o Indelegabilidade
juiz poderá organizar duas listas cronológicas autônomas, uma para Juiz Natural
os processos dos juizados especiais e outra para os demais processos.
FPPC486. (art. 12; art. 489) A inobservância da ordem cronológica dos Art. 17. Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.
julgamentos não implica, por si, a invalidade do ato decisório

§ 1o A lista de processos aptos a julgamento deverá estar permanente- Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, sal-
mente à disposição para consulta pública em cartório e na rede mundial vo quando autorizado pelo ordenamento jurídico.
de computadores. Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído po-
derá intervir como assistente litisconsorcial.
§ 2o Estão excluídos da regra do caput:
I - as sentenças proferidas em audiência, homologatórias de acordo FPPC110. (art. 18, parágrafo único) Havendo substituição processual, e
ou de improcedência liminar do pedido; sendo possível identificar o substituto, o juiz deve determinar a intima-
II - o julgamento de processos em bloco para aplicação de tese jurídica ção deste último para, querendo, integrar o processo.
firmada em julgamento de casos repetitivos; FPPC487. (art. 18, parágrafo único; art. 119, parágrafo único; art. 3º da
III - o julgamento de recursos repetitivos ou de IRDR; Lei 12.016/2009). No mandado de segurança, havendo substituição
IV - as decisões proferidas com base nos arts. 485 e 932; processual, o substituído poderá ser assistente litisconsorcial do im-
V - o julgamento de embargos de declaração; petrante que o substituiu.
VI - o julgamento de agravo interno;
VII - as preferências legais e as metas estabelecidas pelo CNJ; Art. 19. O interesse do autor pode limitar-se à declaração:
VIII - os processos criminais, nos órgãos jurisdicionais que tenham com- I - da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação ju-
petência penal; rídica;
IX - a causa que exija urgência no julgamento, assim reconhecida por de- II - da autenticidade ou da falsidade de documento.
cisão fundamentada. FPPC111. (arts. 19, 329, II, 503, §1º) Persiste o interesse no ajuizamento
§ 3o Após elaboração de lista própria, respeitar-se-á a ordem cronológica de ação declaratória quanto à questão prejudicial incidental
das conclusões entre as preferências legais.
§ 4o Após a inclusão do processo na lista de que trata o § 1o, o requeri- Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha
mento formulado pela parte não altera a ordem cronológica para a ocorrido a violação do direito.
decisão, exceto quando implicar a reabertura da instrução ou a con-
versão do julgamento em diligência. Teoria imanentista / civilista /
§ 5o Decidido o requerimento previsto no § 4 o, o processo retornará à clássica (Savigny): não há ação
mesma posição em que anteriormente se encontrava na lista. sem direito; não há direito sem
§ 6o Ocupará o primeiro lugar na lista prevista no § 1o ou, conforme o ação; a ação segue a natureza do
caso, no § 3o, o processo que: direito
I - tiver sua sentença ou acórdão anulado, salvo quando houver neces- Teoria Publicista: O direito de
sidade de realização de diligência ou de complementação da instrução; ação possui natureza pública, sen-
II - se enquadrar na hipótese do art. 1.040, inciso II (publicado o acórdão do um direito de agir, exercível
paradigma o órgão que proferiu o acórdão recorrido, na origem, reexami- contra o Estado e contra o deve-
nará o processo de competência originária, a remessa necessária ou o re- dor.
curso anteriormente julgado, se o acórdão recorrido contrariar a orienta-
ção do tribunal superior). Ação como direito autônomo e
TEORIAS DA AÇÃO concreto (Chiovenda): A ação é
CAPÍTULO II um direito independente do Direito
DA APLICAÇÃO DAS NORMAS PROCESSUAIS material, mas, o direito de ação só
Art. 13. A jurisdição civil será regida pelas normas processuais brasileiras, existiria quando a sentença fosse
ressalvadas as disposições específicas previstas em tratados, convenções favorável ao autor.
ou acordos internacionais de que o Brasil seja parte. Ação como direito autônomo e
abstrato: O direito a ação é pree-
Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediata- xistente ao processo, não depen-
mente aos processos em curso, respeitados os atos processuais pratica- dendo da decisão favorável ou ne-
dos e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma revoga- gativa sobre a pretensão do autor.
da.
Teoria eclética do direito de ação
Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, traba- (Liebman): O direito de ação é au-
lhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplica- tônomo, mas para o exercício do
das supletiva e subsidiariamente. direito de ação é necessário que
estejam presentes as condições da
LIVRO II ação. Adotada pelo CPC15.
DA FUNÇÃO JURISDICIONAL
TÍTULO I TÍTULO II
DA JURISDIÇÃO E DA AÇÃO DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL E DA COOPERAÇÃO INTERNACI-
Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo ONAL

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CAPÍTULO I pedidos de cooperação;
DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL V - a espontaneidade na transmissão de informações a autoridades es-
Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as trangeiras.
ações em que: § 1o Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional poderá
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no realizar-se com base em reciprocidade, manifestada por via diplomática.
Brasil;
§ 2o Não se exigirá a reciprocidade referida no § 1o para homologação
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
de sentença estrangeira.
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domicili- § 3o Na cooperação jurídica internacional não será admitida a prática de
ada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou atos que contrariem ou que produzam resultados incompatíveis com as
sucursal. normas fundamentais que regem o Estado brasileiro.
§ 4o O Ministério da Justiça exercerá as funções de autoridade central na
Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e jul- ausência de designação específica.
gar as ações:
I - de alimentos, quando: Art. 27. A cooperação jurídica internacional terá por objeto:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil; I - citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de II - colheita de provas e obtenção de informações;
bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos; III - homologação e cumprimento de decisão;
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver IV - concessão de medida judicial de urgência;
domicílio ou residência no Brasil; V - assistência jurídica internacional;
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdi- VI - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei
ção nacional. brasileira.

Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de Seção II


qualquer outra: Do Auxílio Direto
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; Art. 28. Cabe auxílio direto quando a medida não decorrer diretamente
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de tes- de decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a
tamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no juízo de delibação no Brasil.
Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou
tenha domicílio fora do território nacional; Art. 29. A solicitação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão es-
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, trangeiro interessado à autoridade central, cabendo ao Estado requeren-
proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja te assegurar a autenticidade e a clareza do pedido.
de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacio-
nal. Art. 30. Além dos casos previstos em tratados de que o Brasil faz parte, o
auxílio direto terá os seguintes objetos:
Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro NÃO INDUZ litis- I - obtenção e prestação de informações sobre o ordenamento jurídico e
pendência e NÃO OBSTA a que a autoridade judiciária brasileira co- sobre processos administrativos ou jurisdicionais findos ou em curso;
nheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as dis- II - colheita de provas, salvo se a medida for adotada em processo, em
posições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais curso no estrangeiro, de competência exclusiva de autoridade judiciária
em vigor no Brasil. brasileira;
Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira III - qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei
NÃO IMPEDE a homologação de sentença judicial estrangeira quando brasileira.
exigida para produzir efeitos no Brasil.
Art. 31. A autoridade central brasileira comunicar-se-á diretamente com
Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento suas congêneres e, se necessário, com outros órgãos estrangeiros respon-
e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro ex- sáveis pela tramitação e pela execução de pedidos de cooperação envia-
clusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na dos e recebidos pelo Estado brasileiro, respeitadas disposições específicas
contestação. constantes de tratado.
§ 1o Não se aplica o disposto no caput às hipóteses de competência in-
ternacional exclusiva previstas neste Capítulo. Art. 32. No caso de auxílio direto para a prática de atos que, segundo a
lei brasileira, não necessitem de prestação jurisdicional, a autoridade cen-
§ 2o Aplica-se à hipótese do caput o art. 63, §§ 1o a 4o.
tral adotará as providências necessárias para seu cumprimento.

CAPÍTULO II
Art. 33. Recebido o pedido de auxílio direto passivo, a autoridade central
DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
o encaminhará à Advocacia-Geral da União, que requererá em juízo a me-
Seção I
dida solicitada.
Disposições Gerais
Parágrafo único. O Ministério Público requererá em juízo a medida solici-
Art. 26. A cooperação jurídica internacional será regida por tratado de
tada quando for autoridade central.
que o Brasil faz parte e observará:
I - o respeito às garantias do devido processo legal no Estado reque-
Art. 34. Compete ao juízo federal do lugar em que deva ser executada a
rente;
medida apreciar pedido de auxílio direto passivo que demande prestação
II - a igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, residentes
de atividade jurisdicional.
ou não no Brasil, em relação ao acesso à justiça e à tramitação dos pro -
cessos, assegurando-se assistência judiciária aos necessitados;
Seção III
III - a publicidade processual, exceto nas hipóteses de sigilo previstas na
Da Carta Rogatória
legislação brasileira ou na do Estado requerente;
Art. 36. O procedimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal
IV - a existência de autoridade central para recepção e transmissão dos
de Justiça É DE JURISDIÇÃO CONTENCIOSA e deve assegurar às partes

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as garantias do devido processo legal.
§ 1o A defesa restringir-se-á à discussão quanto ao atendimento dos Tempo do crime
requisitos para que o pronunciamento judicial estrangeiro produza efei- Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou
tos no Brasil. omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. TEORIA DA ATI-
VIDADE.
§ 2o Em qualquer hipótese, é vedada a revisão do mérito do pronunci-
amento judicial estrangeiro pela autoridade judiciária brasileira. TEMPO DO CRIME

TEORIA DA ATIVIDA- TEORIA DO RESULTA- TEORIA MISTA / UBI-


Seção IV DE DO QUIDADE
Disposições Comuns às Seções Anteriores
Art. 37. O pedido de cooperação jurídica internacional oriundo de autori- Considera-se praticado Considera-se praticado Considera-se praticado
dade brasileira competente será encaminhado à autoridade central para o crime no momento o crime no momento o crime no momento
posterior envio ao Estado requerido para lhe dar andamento. da conduta (A/O) – te- do resultado. da conduta (A/O) ou
oria adotada pelo CP do resultado.
Art. 38. O pedido de cooperação oriundo de autoridade brasileira com- (art. 4°).
petente e os documentos anexos que o instruem serão encaminhados à
autoridade central, acompanhados de tradução para a língua oficial do Territorialidade
Estado requerido. Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, trata-
dos e regras de direito internacional, ao crime cometido no território naci -
Art. 39. O pedido passivo de cooperação jurídica internacional será re- onal.
cusado se configurar manifesta ofensa à ordem pública. § 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do terri-
tório nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza
Art. 40. A cooperação jurídica internacional para execução de decisão pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encon-
estrangeira dar-se-á por meio de carta rogatória ou de ação de ho- trem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes
mologação de sentença estrangeira, de acordo com o art. 960. ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço
aéreo correspondente ou em alto-mar.
Art. 41. Considera-se autêntico o documento que instruir pedido de coo- § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bor-
peração jurídica internacional, inclusive tradução para a língua portugue- do de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada,
sa, quando encaminhado ao Estado brasileiro por meio de autoridade achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no es-
central ou por via diplomática, dispensando-se ajuramentação, autenti- paço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do
cação ou qualquer procedimento de legalização. Brasil.
Parágrafo único. O disposto no caput não impede, quando necessária, a
aplicação pelo Estado brasileiro do princípio da reciprocidade de trata- Lugar do crime
mento. Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu
a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produ -
CÓDIGO PENAL ziu ou deveria produzir-se o resultado. TEORIA DA UBIQUIDADE.
TÍTULO I
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL LUGAR DO CRIME
Anterioridade da Lei TEORIA DA ATIVIDA- TEORIA DO RESULTA- TEORIA MISTA / UBI-
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena DE DO QUIDADE
sem prévia cominação legal.
O crime considera-se O crime considera-se o crime considera-se
Lei penal no tempo praticado no lugar da praticado no lugar do praticado no lugar da
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa conduta. resultado. conduta ou do resulta-
de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos do. Adotada.
penais da sentença condenatória.
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer Extraterritorialidade
o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sen- Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estran-
tença condenatória transitada em julgado. geiro:
I - os crimes: INCONDICIONADA
Tempo da Lei Posterior (IR) Retroatividade a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República (P. Defe-
conduta sa ou Real);
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal,
Fato atípico Fato típico Irretroatividade de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de
Fato típico Aumento de pena, p.ex. Irretroatividade economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público
(P. Defesa ou Real);
Fato típico Supressão de figura criminosa Retroatividade c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço (P.
Fato típico Diminuição de pena, p.ex. Retroatividade Defesa ou Real);
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado
Fato típico Migra o conteúdo criminoso Princípio da conti- no Brasil (P. Justiça Universal);
para outro tipo penal nuidade normativo- II - os crimes: CONDICIONADA
típica a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir
(P. Justiça Universal);
Lei excepcional ou temporária b) praticados por brasileiro (P. Nacionalidade Ativa);
Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o perí- c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes
odo de sua duração ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não
aplica-se ao fato praticado durante sua vigência (ultratividade) sejam julgados (P. Representação).

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§ 1º - Nos casos do inciso I (INCONDICIONADA), o agente é puni- b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resul-
do segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no es- tado;
trangeiro. c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência
§ 2º - Nos casos do inciso II (CONDICIONADA), a aplicação da lei do resultado.
brasileira depende do concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional; Art. 14 - Diz-se o crime:
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; Crime consumado
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira au- I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua
toriza a extradição; definição legal;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí Tentativa
cumprido a pena; II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por cir-
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro cunstâncias alheias à vontade do agente.
motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. Pena de tentativa
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por es- Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa
trangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições pre- com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de 1/3 a
vistas no parágrafo anterior: (HIPERCONDICIONADA) 2/3.
a) não foi pedida ou foi negada a extradição; PUNIÇÃO DA TENTATIVA
b) houve requisição do Ministro da Justiça.
TEORIA OBJETIVA/REALÍSTICA TEORIA SUBJETIVA/VOLUNTA-
Pena cumprida no estrangeiro RÍSTICA/MONISTA
Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Observa o aspecto objetivo do delito Observa o aspecto subjetivo do
Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quan- (sob a perspectiva dos atos pratica- delito (sob a perspectiva do dolo).
do idênticas. dos pelo agente). Conclusão: sob a perspectiva
A punição se fundamenta no perigo subjetiva (dolo), a consumação e
Eficácia de sentença estrangeira de dano acarretado ao bem jurídico, a tentativa são idênticas, logo, a
Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da lei brasileira verificado na realização de parte do tentativa deve ter a mesma pena
produz na espécie as mesmas consequências, pode ser homologada no processo executório. da consumação, sem redução.
Brasil para: Conclusão: por ser objetivamente
I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições e a incompleta, a tentativa merece pena
outros efeitos civis; (depende de pedido da parte interessada). reduzida.
II - sujeitá-lo a medida de segurança. (depende da existência de A tentativa é chamada de tipo man-
tratado de extradição com o país de cuja autoridade judiciária ema- co.
nou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição do ministro da Quanto maior a proximidade da
justiça). consumação menor será a diminui-
ção, e vice-versa (leva-se em conta o
Contagem de prazo -C+F iter criminis percorrido pelo agente).
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se Adotado pelo CP.
os dias, os meses e os anos pelo calendário comum.
Regra: Teoria objetiva (pune-se a tentativa com a pena da consumação
reduzida de 1/3 a 2/3).
Frações não computáveis da pena Exceção: Teoria subjetiva (pune-se a tentativa com a mesma pena da
Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas consumação – sem redução). São os crimes de atentado ou empreendi-
restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações mento.
de cruzeiro.
Culposo (salvo culpa imprópria)
Legislação especial
Contravenções penais (faticamente possível,
Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incrimi-
CRIMES QUE NÃO mas não punível)
nados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso.
ADMITEM TENTATIVA Habituais
Unissubsistentes
TÍTULO II
Preterdolosos
DO CRIME
Atentado/Empreendimento
Relação de causalidade
Omissivos próprios
Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somen-
te é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou
omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. Teoria da equiva-
lência dos antecedentes/conditio sine que non/condição Desistência voluntária e arrependimento eficaz
simples/condição generalizada Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na
Superveniência de causa independente execução (DV) ou impede que o resultado se produza (AE), só responde
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente ex- pelos atos já praticados. (Ponte de ouro).
clui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos an-
teriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. Teoria da causali- Arrependimento posterior
dade adequada. Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à
Relevância da omissão pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da
§ 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzi -
podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: da de 1/3 a 2/3 (causa de diminuição de pena; Ponte de prata).
Crimes omissivos impróprios
a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; Crime impossível

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Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do Dolo = previsão (cons- ainda assim, decidir ainda assim, decide
meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consu- ciência) + querer prosseguir com a con- prosseguir com a con-
mar-se o crime. OBS: Adotada pelo duta. duta, assumindo o ris-
CP em relação ao Dolo = previsão co de produzir o even-
CRIME IMPOSSÍVEL/QUASE-CRIME/CRIME OCO/ dolo direto. ( consciência) + pros- to.
TENTATIVA INIDÔNEA/TENTATIVA INADEQUADA/ seguir com a conduta Dolo = previsão (cons-
TENTATIVA INÚTIL ATENÇÃO: Esta teoria ciência) + prosseguir
acaba abrangendo no com a conduta assu-
TEORIA SINTOMÁTI- TEORIA SUBJETIVA TEORIA OBJETIVA
conceito de dolo a cul- mindo o
CA
pa consciente. risco do evento
Com a sua conduta, Sendo a conduta sub- Crime é conduta e re- OBS: Esta teoria, dife-
demonstra o agente jetivamente perfeita sultado. Este configura rente da anterior, não
ser perigoso, razão (vontade consciente dano ou perigo de mais abrange no con-
pela qual deve ser pu- de praticar o delito), dano ao bem jurídico. ceito de dolo a culpa
nido, ainda que o cri- deve o agente sofrer a A execução deve ser consciente.
me se mostre impossí- mesma pena cominada idônea, ou seja, trazer OBS: Adotada pelo CP
vel de ser consumado. à tentativa, sendo indi- a potencialidade do em relação ao dolo
Por ter como funda- ferente os dados (ob- evento. Caso inidônea, eventual.
mento a periculosida- jetivos) relativos à im- temos configurado o
de do agente, esta te- propriedade do objeto crime impossível. Agravação pelo resultado
oria se relaciona dire- ou ineficácia do meio, O agente não deve ser Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só res-
tamente com o direito ainda quando absolu- punido porque não ponde o agente que o houver causado ao menos culposamente.
penal do autor. tas. O agente deve ser causou perigo aos
punido porque revelou bens penalmente tute-
vontade de praticar o lados. A teoria objetiva CÓDIGO PROCESSO PENAL
crime. subdivide-se: LIVRO I
1) TEORIA OBJETIVA DO PROCESSO EM GERAL
PURA: não há tentati- TÍTULO I
va, mesmo que a ini- DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
doneidade seja relati- Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro
va, considerando-se, (PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE OU LEX FORI), por este Código,
neste caso, que não ressalvados:
houve conduta capaz I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional;
de causar lesão. II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República,
2) TEORIA OBJETIVA dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da
TEMPERADA OU IN- República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de
TERMEDIÁRIA: a ine- responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2o, e 100);
ficácia do meio e a im- III - os processos da competência da Justiça Militar;
propriedade do objeto IV - os processos da competência do tribunal especial
devem ser absolutas V - os processos por crimes de imprensa.
para que não haja pu- Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos
nição. Sendo relativas, referidos nos n os. IV e V, quando as leis especiais que os regulam não dis -
pune-se a tentativa. É puserem de modo diverso.
a teoria adotada pelo
Código Penal. Art. 2o A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo
da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior - “TEM-
Art. 18 - Diz-se o crime: PUS REGIT ACTUM” OU PRINCÍPIO DA IMEDIATIDADE.
Crime doloso
I - doloso, quando o agente quis o resultado (teoria da vontade) ou Art. 3o A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e
assumiu o risco de produzi-lo (teoria do consentimento); aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de
Crime culposo direito.
II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudên-
cia, negligência ou imperícia. Não há separação das funções de
Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei (crime culposo acusar, defender e julgar, que estão
só se previsto em lei), ninguém pode ser punido por fato previsto como SISTEMA INQUISITORIAL concentradas em uma única pessoa.
crime, senão quando o pratica dolosamente. Juiz inquisidor, com ampla iniciativa
acusatória e probatória.
TEORIAS DO DOLO Princípio da verdade real.

TEORIA DA VONTADE TEORIA DA REPRE- TEORIA DO CONSEN- Há separação das funções de acusar,
SENTAÇÃO TIMENTO/ defender e julgar.
ASSENTIMENTO SISTEMA ACUSATÓRIO Princípio da busca da verdade.
A gestão da prova recai sobre as par-
Dolo é a vontade Fala-se em dolo sem- Fala-se em dolo sem-
ADOTADO NO BRASIL tes. O juiz, durante a instrução proces-
consciente de querer pre que o agente tiver pre que o agente tiver
sual, tem certa iniciativa probatória
praticar a infração pe- a previsão do resulta- a previsão do resulta-
(subsidiariamente)
nal. do como possível e, do como possível e,

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SISTEMA MISTO/FRANCÊS Há uma fase inquisitorial e uma fase rados pelos peritos criminais;
acusatória. III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do
fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
TÍTULO II
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do dis -
DO INQUÉRITO POLICIAL
posto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo ter -
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no
mo ser assinado por 2 testemunhas que lhe tenham ouvido a leitura;
território de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acarea-
das infrações penais e da sua autoria.
ções;
Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de
de autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma
delito e a quaisquer outras perícias;
função.
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópi-
SIGILOSO co, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
DISPENSÁVEL IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista in-
ESCRITO dividual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado
INQUISITORIAL (como regra, não há de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros ele-
CARACTERÍSTICAS DO IP contraditório ou ampla defesa) mentos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e cará-
OFICIAL ter.
OFICIOSO X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas
INDISPONÍVEL (o Delegado não poderá idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de
arquivá-lo) eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa
presa.
Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício; Art. 7o Para verificar a possibilidade de haver a infração sido pra-
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Pú- ticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à
blico, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para re- reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a morali-
presentá-lo. dade ou a ordem pública.
§ 1o O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que pos-
sível: Art. 8o Havendo prisão em flagrante, será observado o disposto no
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias; Capítulo II do Título IX deste Livro.
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as
razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os Art. 9o Todas as peças do inquérito policial serão, num só processa-
motivos de impossibilidade de o fazer; do, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e autoridade.
residência.
§ 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de in- Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indi-
quérito caberá recurso para o chefe de Polícia. ciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente,
§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existên- contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a or -
cia de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente dem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver solto, mediante fi-
ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a ança ou sem ela.
procedência das informações, mandará instaurar inquérito. § 1o A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado
§ 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de re- e enviará autos ao juiz competente.
presentação, não poderá sem ela ser iniciado. § 2o No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que
§ 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente po- não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser en-
derá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para contradas.
intentá-la. § 3o Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver
solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos,
NOTITIA CRIMINIS para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo
(conhecimento do crime pela polícia) juiz.
PRAZO CONCLUSÃO PRESO SOLTO
NOTITIA CRIMINIS ESPONTÂNEA Mediante atividade rotineira da
polícia JUSTIÇA ESTADUAL 10 30

NOTITIA CRIMINIS PROVOCADA Quando, por exemplo, o ofendi- JUSTIÇA FEDERAL 15+15 30
do noticia à polícia o cometi-
LEI DE DROGAS 30+30 90+90
mento do crime
ECONOMIA POPU- 10 10
NOTITIA CRIMINIS DE COGNIÇÃO Com a prisão em flagrante
LAR
COERCITIVA
PRISÃO TEMPORÁ- 30+30 NÃO SE APLICA
NOTITIA CRIMINIS INQUALIFICADA Denúncia anônima
RIA EM CRIMES HE-
DIONDOS
Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a
autoridade policial deverá: JUSTIÇA MILITAR 20 40+20
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o es-
tado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos crimi- Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que inte-
nais; ressarem à prova, acompanharão os autos do inquérito.
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após libe-

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Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, ridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial
sempre que servir de base a uma ou outra. poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia.

Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial: Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do in-
I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à quérito serão remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciati-
instrução e julgamento dos processos; va do ofendido ou de seu representante legal, ou serão entregues ao re-
II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério querente, se o pedir, mediante traslado.
Público;
III - cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades ju- Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à
diciárias; elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.
IV - representar acerca da prisão preventiva. Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes que lhe forem solici-
tados, a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer anotações
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º referentes a instauração de inquérito contra os requerentes.
do art. 158 e no art. 159 do Código Penal, e no art. 239 do ECA, o mem-
bro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de
de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da so-
privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos. ciedade ou a conveniência da investigação o exigir.
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 horas, Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de 3 dias,
conterá: será decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da
I - o nome da autoridade requisitante; autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em
II - o número do inquérito policial; e qualquer hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Or-
III - a identificação da unidade de polícia judiciária responsável pela inves- dem dos Advogados do Brasil
tigação.
Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacio- uma circunscrição policial, a autoridade com exercício em uma delas po-
nados ao tráfico de pessoas, o membro do Ministério Público ou o dele- derá, nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligências em cir-
gado de polícia poderão requisitar, MEDIANTE AUTORIZAÇÃO JUDICI- cunscrição de outra, independentemente de precatórias ou requisições, e
AL, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou tele- bem assim providenciará, até que compareça a autoridade competente,
mática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – sobre qualquer fato que ocorra em sua presença, noutra circunscrição.
como sinais, informações e outros – que permitam a localização da víti-
ma ou dos suspeitos do delito em curso. Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competen-
§ 1o Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da esta- te, a autoridade policial oficiará ao Instituto de Identificação e Estatística,
ção de cobertura, setorização e intensidade de radiofrequência. ou repartição congênere, mencionando o juízo a que tiverem sido distri-
§ 2o Na hipótese de que trata o caput, o sinal: buídos, e os dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado.
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer na-
tureza, que dependerá de autorização judicial, conforme disposto em TÍTULO III
lei; DA AÇÃO PENAL
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular por Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denún-
período não superior a 30 dias, renovável por uma única vez, por igual cia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requi-
período; sição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de
III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será necessá- quem tiver qualidade para representá-lo.
ria a apresentação de ordem judicial. § 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente
§ 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser por decisão judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascen-
instaurado no prazo máximo de 72 horas, contado do registro da res- dente, descendente ou irmão. CADI
pectiva ocorrência policial. § 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do
§ 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 horas, a auto- patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a AÇÃO PENAL
ridade competente requisitará às empresas prestadoras de serviço de SERÁ PÚBLICA.
telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente
os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que Art. 25. A representação será irretratável, DEPOIS DE OFERECIDA
permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso, a denúncia.
com imediata comunicação ao juiz.
CPP LEI MARIA DA PENHA
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado pode-
rão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da au- A representação será irretratável, Só será admitida a renúncia à re-
toridade. DEPOIS DE OFERECIDA a denún- presentação perante o juiz ANTES
cia. DO RECEBIMENTO da denúncia
Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela
autoridade policial. Art. 26. A ação penal, nas contravenções, será iniciada com o auto
de prisão em flagrante ou por meio de portaria expedida pela autori-
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do dade judiciária ou policial.
inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescin-
díveis ao oferecimento da denúncia. Art. 27. Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do
Ministério Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tem-
de inquérito. po, o lugar e os elementos de convicção.

Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela auto- Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a

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denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer autoridade que o for.
peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as ra- § 4o A representação, quando feita ao juiz ou perante este reduzida
zões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao a termo, será remetida à autoridade policial para que esta proceda a in-
procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do quérito.
Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamen- § 5o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com
to, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender. a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover
a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de 15 dias.
Art. 29. Será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se
esta não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público Art. 40. Quando, em autos ou papéis de que conhecerem, os juízes
aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir ou tribunais verificarem a existência de crime de ação pública, remeterão
em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, inter- ao Ministério Público as cópias e os documentos necessários ao ofereci -
por recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, mento da denúncia.
retomar a ação como parte principal.
Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição do fato crimino-
Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo so, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou escla-
caberá intentar a ação privada. recimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e,
quando necessário, o rol das testemunhas.
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausen- Art. 42. O Ministério Público não poderá desistir da ação penal.
te por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação
passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. Art. 44. A queixa poderá ser dada por procurador com poderes es-
Art. 32. Nos crimes de ação privada, o juiz, a requerimento da parte peciais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do quere-
que comprovar a sua pobreza, nomeará advogado para promover a ação lante e a menção do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos
penal. dependerem de diligências que devem ser previamente requeridas no juí-
§ 1o Considerar-se-á pobre a pessoa que não puder prover às des- zo criminal.
pesas do processo, sem privar-se dos recursos indispensáveis ao próprio
sustento ou da família. Art. 45. A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofen-
§ 2o Será prova suficiente de pobreza o atestado da autoridade poli- dido, poderá ser aditada pelo Ministério Público, a quem caberá inter-
cial em cuja circunscrição residir o ofendido. vir em todos os termos subsequentes do processo.

Art. 33. Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente en- Art. 46. O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu
fermo, ou retardado mental, e não tiver representante legal, ou colidirem preso, será de 5 dias, contado da data em que o órgão do Ministério Pú-
os interesses deste com os daquele, o direito de queixa poderá ser exerci- blico receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver
do por curador especial, nomeado, de ofício ou a requerimento do solto ou afiançado. No último caso, se houver devolução do inquérito à
Ministério Público, pelo juiz competente para o processo penal. autoridade policial (art. 16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão
do Ministério Público receber novamente os autos.
Art. 36. Se comparecer mais de uma pessoa com direito de queixa, DENÚNCIA
terá preferência o cônjuge, e, em seguida, o parente mais próximo na or-
dem de enumeração constante do art. 31, podendo, entretanto, qualquer RÉU PRESO RÉU SOLTO
delas prosseguir na ação, caso o querelante desista da instância ou a 5 dias 15 dias
abandone.
§ 1o Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o
prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver
Art. 37. As fundações, associações ou sociedades legalmente consti-
recebido as peças de informações ou a representação
tuídas poderão exercer a ação penal, devendo ser representadas por
§ 2o O prazo para o aditamento da queixa será de 3 dias, conta-
quem os respectivos contratos ou estatutos designarem ou, no silêncio
do da data em que o órgão do Ministério Público receber os autos, e, se
destes, pelos seus diretores ou sócios-gerentes.
este não se pronunciar dentro do tríduo, entender-se-á que não tem o
que aditar, prosseguindo-se nos demais termos do processo.
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu represen-
tante legal, decairá no direito de queixa ou de representação, se não o
Art. 47. Se o Ministério Público julgar necessários maiores esclareci-
exercer dentro do prazo de 6 meses, contado do dia em que vier a sa-
mentos e documentos complementares ou novos elementos de convic-
ber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se
ção, deverá requisitá-los, diretamente, de quaisquer autoridades ou funci-
esgotar o prazo para o oferecimento da denúncia.
onários que devam ou possam fornecê-los.
Parágrafo único. Verificar-se-á a decadência do direito de queixa ou
representação, dentro do mesmo prazo, nos casos dos arts. 24, parágrafo
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao
único, e 31.
processo de todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.
Art. 39. O direito de representação poderá ser exercido, pessoal-
Art. 49. A RENÚNCIA ao exercício do direito de queixa, em relação
mente ou por procurador com poderes especiais, mediante declaração,
a um dos autores do crime, a todos se estenderá.
escrita ou oral, feita ao juiz, ao órgão do Ministério Público, ou à autori-
dade policial.
Art. 50. A renúncia expressa constará de declaração assinada pelo
§ 1o A representação feita oralmente ou por escrito, sem assinatura
ofendido, por seu representante legal ou procurador com poderes especi-
devidamente autenticada do ofendido, de seu representante legal ou pro-
ais.
curador, será reduzida a termo, perante o juiz ou autoridade policial, pre-
Parágrafo único. A renúncia do representante legal do menor que
sente o órgão do Ministério Público, quando a este houver sido dirigida.
houver completado 18 anos não privará este do direito de queixa, nem a
§ 2o A representação conterá todas as informações que possam ser-
renúncia do último excluirá o direito do primeiro.
vir à apuração do fato e da autoria.
§ 3o Oferecida ou reduzida a termo a representação, a autoridade
Art. 51. O PERDÃO concedido a um dos querelados aproveitará a
policial procederá a inquérito, ou, não sendo competente, remetê-lo-á à

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todos, sem que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar. AÇÃO PENAL SECUNDÁRIA dariamente, por ação penal públi-
ca. Ex: S714/STF (crimes contra a
Art. 53. Se o querelado for mentalmente enfermo ou retardado honra de funcionário público)
mental e não tiver representante legal, ou colidirem os interesses deste
com os do querelado, a aceitação do perdão caberá ao curador que o juiz AÇÃO PENAL ADESIVA -MP propõe ação privada, quando
lhe nomear. vislumbrar interesse público
-Conexão entre delitos de ação pe-
Art. 55. O perdão poderá ser aceito por procurador com poderes nal pública e ação privada.
especiais. AÇÃO PENAL POPULAR HC e crimes de responsabilidade.

Art. 56. Aplicar-se-á ao perdão extraprocessual expresso o disposto


no art. 50.

Art. 57. A renúncia tácita e o perdão tácito admitirão todos os


meios de prova.
Art. 58. Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos au-
tos, o querelado será intimado a dizer, dentro de 3 dias, se o aceita, de-
vendo, ao mesmo tempo, ser cientificado de que o seu silêncio importa-
rá aceitação.
Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a punibilida-
de.

Art. 59. A aceitação do perdão fora do processo constará de declara-


ção assinada pelo querelado, por seu representante legal ou procurador
com poderes especiais.

Art. 60. Nos casos em que somente se procede mediante queixa,


considerar-se-á PEREMPTA a ação penal:
I - quando, iniciada esta, o querelante deixar de promover o anda-
mento do processo durante 30 dias seguidos;
II - quando, falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacida-
de, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do pra-
zo de 60 dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, ressalvado o
disposto no art. 36 - CADI;
III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo justi-
ficado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar
de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir
sem deixar sucessor.

Art. 61. Em qualquer fase do processo, o juiz, se reconhecer extinta a


punibilidade, deverá declará-lo de ofício.
Parágrafo único. No caso de requerimento do Ministério Público, do
querelante ou do réu, o juiz mandará autuá-lo em apartado, ouvirá a par-
te contrária e, se o julgar conveniente, concederá o prazo de 5 dias para a
prova, proferindo a decisão dentro de 5 dias ou reservando-se para apre-
ciar a matéria na sentença final.

Art. 62. No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista da cer-


tidão de óbito, e depois de ouvido o Ministério Público, declarará extinta
a punibilidade.

AÇÃO DE PREVENÇÃO PENAL Aplica medida de segurança


AÇÃO PENAL EX OFFICIO Processo judicial judicialiforme e HC
de Ofício

Havendo inércia do MP, outro ór-


gão oficial poderia promover a
AÇÃO PENAL PÚBLICA SUBSIDIÁRIA ação penal. Ex; no DL 201, se o
DA PÚBLICA MPE for inerte, o MPF pode iniciar
a persecução penal.
AÇÃO PENAL INDIRETA MP assume a ação penal privada
subsidiária.

Primariamente o crime é processa-


do mediante ação privada e, secun-

#Leisecatododia por Thiago Brito


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