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Fundamentos de Agroecologia
01
Manual do Professor
1. Introdução
Por muito tempo, a educação profissional foi desprezada e considerada
de segunda classe. Atualmente, a opção pela formação técnica é festejada, pois
alia os conhecimentos do “saber fazer” com a formação geral do “conhecer” e
do “saber ser”; é a formação integral do estudante.
Este livro didático é mais uma ferramenta para a formação integral, pois
2 alia o instrumental para aplicação prática com as bases científicas e tecnológi-
cas, ou seja, permite aplicar a ciência em soluções do dia a dia.
Além do livro, compõe esta formação do técnico o preparo do professor,
Fundamentos de Agroecologia
Fundamentos de Agroecologia
• Facilidade em conciliar trabalho e estudos;
• Mais de 72% ao se formarem estão empregados;
• Mais de 65% dos concluintes passam a trabalhar naquilo que gos-
tam e em que se formaram.
Fundamentos de Agroecologia
de curso, cujo principal objetivo é formar o aluno para atuar no mercado de
trabalho, já que falta trabalhador ou pessoa qualificada para assumir imedia-
tamente as vagas disponíveis. Por conta disso, muitas empresas têm que arcar
com o treinamento de seus funcionários, treinamento esse que não dá ao
funcionário um diploma, ou seja, não é formalmente reconhecido.
Para atender à demanda do setor produtivo e satisfazer a procura dos estu-
dantes, seria necessário mais que triplicar as vagas técnicas existentes hoje.
Outro fator que determina a busca pelo ensino técnico é ser este uma
boa opção de formação secundária para um grupo cada vez maior de estudantes.
Parte dos concluintes do Ensino Médio (59% pelo Censo Inep, 2004), por diver-
sos fatores, não buscam o curso superior. Associa-se a isso a escolarização líquida
do Ensino Fundamental, que está próxima de 95%, e a escolarização bruta em
116% (Inep, 2007), mostrando uma pressão de
entrada no Ensino Médio, pelo fluxo quase regu-
lar dos que o concluem. Escolarização líquida é a relação entre a popu-
lação na faixa de idade própria para a escola e o
A escolarização líquida do Ensino Médio número de matriculados da faixa. Escolarização
em 2009 foi de 53%, enquanto a bruta foi de 84% bruta é a relação entre a população na faixa
(Inep, 2009), o que gera um excedente de alunos adequada para o nível escolar e o total de matri-
para esta etapa. culados, independente da idade.
Atualmente, o número de matriculados no Ensino Médio está em torno
de 9 milhões de estudantes. Se considerarmos o esquema a seguir, concluímos
que em breve devemos dobrar a oferta de Nível Médio, pois há 9,8 milhões
de alunos com fluxo regular do Fundamental, 8 milhões no excedente e
3,2 milhões que possuem o Ensino Médio, mas não têm interesse em cursar o
Ensino Superior. Além disso, há os que possuem curso superior, mas buscam
um curso técnico como complemento da formação.
Com curso
Superior
Subsequente
Interessados com
Com Ensino Médio
Ensino Fundamental Técnico
Estimativa 8 milhões.
3,2 milhões.
PROEJA
Fundamentos de Agroecologia
Outro público importante corresponde àqueles alunos que estão
afastados das salas de aula há muitos anos e veem no ensino técnico uma
oportunidade de retomar os estudos e ingressar no mercado profissional.
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na sua própria avaliação.
A avaliação pode incluir:
1. Observação
2. Ensaios
3. Entrevistas
4. Desempenho nas tarefas
5. Exposições e demonstrações
6. Seminários
7. Portfólio: Conjunto organizado de trabalhos produzidos por um
aluno ao longo de um período de tempo.
8. Elaboração de jornais e revistas (físicos e digitais)
9. Elaboração de projetos
10. Simulações
11. O pré-teste
12. A avaliação objetiva
13. A avaliação subjetiva
14. Autoavaliação
15. Autoavaliação de dedicação e desempenho
16. Avaliações interativas
17. Prática de exames
18. Participação em sala de aula
19. Participação em atividades
20. Avaliação em conselho pedagógico – que inclui reunião para avaliação
discente pelo grupo de professores.
No livro didático as “atividades”, as “dicas” e outras informações
destacadas poderão resultar em avaliação de atitude, quando cobrado pelo
professor em relação ao “desempenho nas tarefas”. Poderão resultar em ava-
liações semanais de autoavaliação de desempenho se cobrado oralmente pelo
professor para o aluno perante a turma.
Enfim, o livro didático, possibilita ao professor extenuar sua criativi-
dade em prol de um processo avaliativo retroalimentador ao processo ensino/
aprendizagem para o desenvolvimento máximo das competências do aluno.
6. Objetivos da Obra
Além de atender às peculiaridades citadas anteriormente, este livro está
de acordo com o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Busca o desen-
10 volvimento das habilidades por meio da construção de atividades práticas,
fugindo da abordagem tradicional de descontextualizado acúmulo de infor-
mações. Está voltado para um ensino contextualizado, mais dinâmico e com
Fundamentos de Agroecologia
Fundamentos de Agroecologia
PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens –
entre duas lógicas. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
ÁLVAREZ MÉNDEZ, J. M. Avaliar para conhecer: examinar para excluir.
Porto Alegre: Artmed, 2002.
Shepard, L. A. The role of assessment in a learning culture. Paper presented
at the Annual Meeting of the American Educational Research Association.
Available at: <http://www.aera.net/meeting/am2000/wrap/praddr01.htm>.
8. Orientações ao Professor
A Agroecologia é uma ciência que vem se destacando, no mundo
inteiro, como uma alternativa ao sistema convencional de produção, baseado
em insumos químicos e dependente do petróleo e de maquinário pesado. O
sistema convencional tem acarretado inúmeros problemas ao meio ambiente
e à humanidade como um todo, pois esta sofre as consequências do que faz
com o meio onde vive.
A ciência agroecológica procura conscientizar a humanidade a res-
peito da necessidade de desenvolver métodos alternativos de produção,
ambientalmente sustentáveis e politicamente corretos, promovendo o
respeito ao cidadão e buscando a melhoria da qualidade de vida da popula-
ção. Entretanto, para que se possa trabalhar no contexto da Agroecologia,
é necessário ter clareza de que não se trata de um método ecológico de
produção ou de um modelo alternativo de agricultura, mas de uma ciência
multidisciplinar, que aponta caminhos para um modelo sócio-político-
-econômico e ambiental sustentável.
O conceito de Agroecologia como ciência constitui o eixo fundamen-
tal desse livro, permeando todos os assuntos tratados. O livro não fornece
receitas; apenas indica o caminho para a transição agroecológica. Os assuntos
fundamentais da Agroecologia são apresentados com clareza e objetivi-
dade, em linguagem simples e de fácil entendimento, sempre apontando
as vantagens do sistema agroecológico de produção em relação ao sistema
convencional.
Todos os assuntos tratados no livro estão embasados em literatura atua-
lizada, escrita por especialistas renomados e publicada na forma de livro ou de
artigo científico. Portanto, o livro apresenta conceitos corretos e representa
a visão de diversos pesquisadores, tanto nacionais, quanto internacionais,
adeptos da Agroecologia.
Fundamentos de Agroecologia
8.5 Sugestão de Leitura
Uma grande quantidade de material sobre Agroecologia encon-
tra-se disponível na Internet e pode ser encontrada digitando-se a palavra
“Agroecologia” em algum sítio de busca. Assuntos mais específicos podem
ser encontrados digitando-se as palavras-chave. Sugere-se a Revista Brasileira
de Agroecologia (disponível on line − <http://www.aba-agroecologia.org.br/
ojs2/index.php?journal=rbagroecologia>) para artigos científicos, e a Revista
Informe Agropecuário (impresso), para artigos técnicos. Os sítios Portal
Agroecologia − <http://www.agroecologia.inf.br> − e Agroecologia em
Rede − <http://www.agroecologiaemrede.org.br/> − disponibilizam artigos
de divulgação e outros materiais. Recomenda-se a leitura dos Documentos
da EMBRAPA e das referência bibliográficas citadas a seguir.
ALTIERI, M. A. Agroecologia: a dinâmica produtiva da agricultura sustentável.
5. ed. Porto Alegre: UFRGS, 2004. 120 p.
ALTIERI, M. A.; SILVA, E. N.; NICHOLLS, C. I. O papel da biodiversidade
no manejo de pragas. Ribeirão Preto: Holos, 2003. 226 p.
ARAÚJO, E. A.; ALECHANDRE, A. S.; PAIVA, M. S. Estudo preliminar de
ocorrência de plantas espontâneas em dois sistemas agroflorestais no Estado
do Acre. In: Congresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais, 3. Resumos expandi-
dos. Manaus: Embrapa Amazônia Ocidental, 2000. p.186-188.
ARAÚJO, A. S. F.; MONTEIRO, R. T. R. Indicadores biológicos de quali-
dade do solo. Biosci. J., Uberlândia, v. 23, n. 3, p. 66-75, jul/set., 2007.
ARL, V.; RINKLIN, H. Livro verde 2: agroecologia. Passo Fundo: Berthier,
1997.
BRIXIUS, L. Entrevista/Ana Maria Primavesi. Agroecologia e desenvolvimento
rural sustentável. Porto Alegre, v. 3, n. 4, p. 5-9, out./dez., 2002.
BERTONI, J.; LOMBARDI NETO, F. Conservação do solo. 7. ed. São Paulo:
Ícone, 2010.
CAMPANHOLA, C.; VALARINI, P. J. Agricultura orgânica e seu potencial
para o pequeno agricultor. Cadernos de Ciências e Tecnologia, Brasília, v. 18, n. 3,
p. 69-101, 2001.
CAPORAL, F. R.; COSTABEBER, J. A. Agroecologia: enfoque científico e
estratégico. Agroecologia e Desenvolvimento Rural Sustentável, Porto Alegre, v. 3,
n. 2, p. 13-16, abr./maio 2002.
_____. Agroecologia: alguns conceitos e princípios. Brasília: MDA/SAF/
DATER-IICA, 2004. 24 p.
CARMONA, R. Problemática e manejo de bancos de sementes de invasoras
14 em solos agrícolas. Planta Daninha, Viçosa, v.10, n.1/2, p. 5-16, 1992.
CLARO, S. A. Referências tecnológicas para a agricultura familiar ecológica: a experi-
ência da Região Centro-Serra do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: EMATER/
Fundamentos de Agroecologia
Fundamentos de Agroecologia
Forestalis, n. 74, p. 45-53, jun., 2007.
NICHOLLS, C. I.; ALTIERE, M. A.; PONTI, L. Controle biológico de pragas
através do manejo de agroecossistemas. Brasília: MDA, 2007. 31 p.
ODUM, E. P.; BARRETT, G. W. Fundamentos de ecologia. 5. ed. São Paulo:
Thomson Learning, 2007. 632 p.
PASCHOAL, A. D. Produção orgânica de alimentos: agricultura sustentável para
os séculos XX e XXI. Piracicaba: ESALQ, 1994. 191 p.
PRIMAVESI, A. M. Agricultura sustentável: manual do produtor rural. São
Paulo: Nobel, 1992.
RODRIGUES, R. R.; LEITÃO FILHO, H. F. Matas ciliares: conservação e
recuperação. São Paulo: Edusp, 2000. 320 p.
SCHERR, S. J.; MCNEELY, J. A. Ecoagricultura: alimentação do mundo e bio-
diversidade. São Paulo: SENAC, 2009. 469 p.
SOARES, J. L. Biologia no terceiro milênio, v. 3: seres vivos, evolução, ecologia.
São Paulo: Scipione, 1999.
SULLIVAN, P. El manejo sostenible de suelos. ATTRA, 2007. Disponível em:
<www.attra.ncat.org./espanol/pdf/suelos.pdf>. Acesso em: 25 abr. 2011.
8.6 Sugestão de Planejamento
A sequência dos conteúdos a serem abordados fica a critério do
professor, que deverá enriquecer as aulas com outros materiais e com os
recursos didáticos disponíveis em sua instituição. Os capítulos 1 e 2 devem
ser trabalhados primeiro, pois fornecem as bases para a compreensão de
todo o conteúdo do livro, porém o professor pode optar por começar pelo
capítulo 1 ou pelo capítulo 2. Apresenta-se, como sugestão, uma sequência
de conteúdos para os quatro bimestres letivos:
Semestre 1
Primeiro Bimestre
Capítulo 1 − Conceitos Básicos
Capítulo 2 − Aspectos Históricos e Filosóficos
Capítulo 3 − Dinâmica dos Agroecossistemas Tropicais
Objetivos
• Conhecer a estrutura e o funcionamento dos ecossistemas;
• Compreender as semelhanças e as diferenças entre os ecossistemas
naturais e os agroecossistemas;
• Compreender a Agroecologia como ciência multidisciplinar capaz de
16
mudar os rumos da história da humanidade;
• Compreender as diferenças entre agricultura moderna ou convencional
Fundamentos de Agroecologia
Atividades
• Pesquisa bibliográfica.
• Visita técnica a um terreno abandonado, onde esteja acontecendo o pro-
cesso de sucessão ecológica.
Segundo Bimestre
Capítulo 4 − Preparo e Conservação do Solo
Capítulo 5 − Qualidade do Solo
Capítulo 6 − Fertilidade do Solo
Objetivos
• Conhecer a estrutura, a composição e as funções do solo;
• Reconhecer um solo bem estruturado e um solo compactado;
• Reconhecer um solo arenoso e um solo argiloso;
• Compreender a importância do solo para a saúde e o desenvolvimento
das plantas;
• Conhecer os principais tipos de erosão e os métodos de prevenção;
• Conhecer o efeito das queimadas sobre a biota e as características do solo;
• Conhecer os procedimentos para o manejo sustentável;
• Conhecer os conceitos de qualidade do solo;
• Conhecer os indicadores físicos, químicos e biológicos de qualidade do solo;
• Conhecer os métodos de avaliação da qualidade do solo;
• Realizar a avaliação visual do solo;
• Conhecer os métodos ecológicos de preparação do solo para o cultivo;
Atividades
17
• Pesquisa bibliográfica.
• Visita técnica a uma propriedade rural que trabalhe com adubos
Fundamentos de Agroecologia
orgânicos.
• Visita técnica a um laboratório de análise de solos.
Semestre 2
Primeiro Bimestre
Capítulo 7 − Manejo Integrado de Pragas e Doenças
Capítulo 8 − Manejo de Plantas Espontâneas
Objetivos
• Compreender o conceito de manejo integrado;
• Compreender o processo de tomada de decisão sobre a implantação do
manejo integrado de pragas;
• Compreender a importância da biodiversidade para o controle biológico
de pragas;
• Conhecer as estratégias para aumentar a biodiversidade em
agroecossistemas;
• Conhecer o conceito de plantas espontâneas;
• Conhecer os princípios da ecologia das plantas espontâneas;
• Compreender as possíveis interferências das plantas espontâneas sobre
as atividades humanas;
• Conhecer os métodos de controle das plantas espontâneas;
Atividades
• Pesquisa bibliográfica.
• Visita técnica a uma propriedade rural que trabalha no sistema
agroecológico.
Segundo Bimestre
Capítulo 9 − Indicadores de Impacto Ambiental
Capítulo 10 − Criação Animal Sustentável
Objetivos
• Conhecer o conceito de indicadores ambientais;
• Relacionar alguns bioindicadores importantes na região;
• Conhecer algumas plantas controladoras de desequilíbrio ambiental;
• Compreender as diferenças fundamentais entre produção animal indus-
trial e criação animal agroecológica;
• Compreender os princípios da criação animal agroecológica;
18 • Planejar um sistema de criação animal agroecológica.
Atividades
Fundamentos de Agroecologia
• Pesquisa bibliográfica.
• Visita técnica a uma fazenda de criação animal agroecológica.
Fundamentos de Agroecologia
base ecológica.
Etapas do processo (aqui o aluno pode escolher algumas das etapas, não
havendo necessidade de citar todas):
• redução e racionalização de insumos químicos;
• substituição de insumos;
• manejo da biodiversidade;
• redesenho dos sistemas produtivos;
• mudança da consciência pública;
• organização dos mercados e infraestrutura;
• formulação de políticas públicas integradas e sistêmicas, sob o con-
trole social, geradas a partir de organizações sociais conscientes e
propositivas;
• mudanças institucionais, em relação aos aspectos ensino, pesquisa e
extensão.
7) É um sistema de produção em que as relações entre o homem e a natu-
reza estão equilibradas.
Características:
• sustentabilidade ética, social, cultural, econômica e ecológica;
• não busca a produtividade máxima de uma cultura, mas uma produ-
tividade ótima, capaz de se manter ao longo do tempo.
8)
Ecossistemas naturais Agroecossistemas
grande número de hábitats e de nichos, pequeno número de hábitats e de nichos
interações tróficas complexas interações tróficas simples e lineares
grande diversidade de espécies pequena diversidade de espécies
grande diversidade genética pequena diversidade genética
grande estabilidade (resiliência) baixa estabilidade
ciclos fechados de nutrientes, que são ciclos abertos, com grandes perdas após a
reciclados no próprio local colheita, por lixiviação e pela erosão
não dependem do controle humano grande dependência do controle humano
existem por longos períodos de tempo, man- há perigo de instalação de pragas e de
tendo uma produtividade líquida média doenças
Atividade Prática
O aluno deverá fazer uma lista com os nomes das plantas e dos animais
observados durante o passeio, utilizando-a para montar uma teia alimentar
que represente a situação real do ambiente observado. Depois deverá construir
uma cadeia alimentar com cinco níveis tróficos. As relações entre produtores e
consumidores (herbívoros e carnívoros) deverão estar corretamente represen-
tadas pelas setas. Exemplos de teia e de cadeia alimentar são apresentados no
livro-texto (páginas 14 e 15) e também podem ser encontrados na Internet.
O aluno deverá anotar todas as relações que conseguir observar: preda-
ção, parasitismo, mutualismo, alelopatia, etc. Deverá ter o cuidado de observar
no solo (embaixo de pedras, galhos e folhas), nas plantas (folhas, galhos, casca
das árvores, etc.), no ar (insetos e pássaros voando). O trabalho deverá ser o
mais completo possível.
Capítulo 2
Respostas – página 28
a. Mudanças no clima e o desenvolvimento da tecnologia. Os humanos
se fixaram em um local e deixaram de ser coletores para se tornarem
agricultores.
b. Argumento a favor: O grupo que se fixou na terra tinha mais tempo
dedicado a atividades com objetivos diferentes daquele de produzir ali-
mentos, que resultaram em novas tecnologias e na acumulação de bens
de capital; daí o aculturamento e o aparente melhoramento do padrão
de vida.
Argumento contrário: A sociedade agrícola desmatava a vegetação
nativa para implantar a monocultura, na procura de maior quantidade
com menor variedade. Posteriormente ela passou a utilizar pesticidas
e outros elementos químicos, causando um grande impacto no solo,
na água, na fauna e na flora da região. Os grupos que continuaram
utilizando alimentos nativos de sua região, mantiveram um equilíbrio
ecológico com o ambiente.
(O aluno deve ter liberdade para concordar ou para discordar, mas
deve apresentar seus argumentos, a favor ou contrários à opinião dos
críticos).
c. Alimentos, flores e plantas ornamentais, fertilizantes orgânicos, produtos
químicos industriais (látex e etanol), fibras (algodão, linho e cânhamo) e
combustíveis (madeira para lenha, etanol, metanol, biodiesel).
21
d. Ótica conservadora: obedece aos conceitos cartesiano, simplista e
reducionista. Ótica sistêmica: a agricultura é vista como um processo
que sofre e exerce pressões sobre os seus integrantes. Existe a preocupa-
Fundamentos de Agroecologia
ção com o fluxo de energia: de onde vem e para onde vai.
e. O patenteamento de sementes e os conflitos em relação ao patrimônio
genético, a poluição das águas superficiais com resíduos de fertilizantes
e pesticidas, a alteração genética de plantas e animais e a destruição de
hábitats provocada pela agricultura convencional.
Respostas – página 37
O professor pode sugerir o texto Da Agricultura Orgânica à Agroecologia de
Cristiane de Jesus Barbosa, Pesquisadora da Emprapa/CNPMF, disponível
no sítio: <http://www.agrosoft.org.br/agropag/100618.htm>. As respostas a
seguir são baseadas nesse texto.
a. Características: Ela substitui os insumos químicos por insumos bio-
lógicos e procura superar os atores limitantes da produção utilizando o
insumo adequado, resolvendo um problema de cada vez.
Problemas: Ela é dominada pelo capital, mantendo os agricultores
dependentes dos insumos biológicos, geralmente muito mais caros do
que os insumos químicos. Conserva o modelo econômico da agricul-
tura convencional.
b. • Eliminação progressiva de insumos químicos;
• Racionalização do uso de agroquímicos mediante o manejo integrado
de pragas;
• Substituição de insumos agroquímicos por outros alternativos e de
baixa energia;
• Redesenho diversificado do sistema agrícola buscando o equilíbrio
entre a agricultura e a criação de animais.
c. Proporciona os princípios ecológicos básicos para estudar, desenhar e
administrar agroecossistemas alternativos que não só afetam os aspec-
tos ecológicos e ambientais, mas também os econômicos, ecológicos e
culturais.
d. Recuperação do solo e redução gradativa do uso de insumos químicos,
substituindo-os por bioinseticidas e biofertilizantes.
e. Capacidade de automanutenção de suas necessidades de fertilidade,
manejo de pragas e de doenças.
Respostas – página 47
1) Fatores: O aumento da população mundial e a falta de alimentos.
Características: Manejo intensivo do solo, monocultura e uso de pes-
ticidas e de fertilizantes.
2) Problemas de degradação ambiental como erosão do solo, poluição das
22 águas e do ar, contaminação dos alimentos, aumento da resistência de
plantas espontâneas, aumento da incidência de pragas e doenças, deser-
tificação e salinização de solos pelo manejo agrícola convencional são
Fundamentos de Agroecologia
Capítulo 3
Respostas – página 60
1) Intemperismo é um conjunto de fenômenos físicos, químicos e bioló-
23
gicos, que provocam a alteração das rochas e de seus minerais, sob as
condições normais de temperatura e de pressão da superfície da Terra,
levando à formação do solo.
Fundamentos de Agroecologia
2) Físico, químico e biológico. O intemperismo físico modifica a forma,
o tamanho e a coesão das rochas e dos minerais, levando à desintegração
física. O intemperismo químico provoca a transformação química dos
minerais. O intemperismo biológico consiste na atuação dos seres
vivos, como os micro-organismos e as plantas, acelerando o processo de
decomposição iniciado pelos intemperismos físico e químico.
3) O intemperismo depende do clima. A mesma rocha, em condições cli-
máticas diferentes, produz diferentes tipos de solo.
4) Nos ecossistemas temperados, as chuvas são amenas e os solos são
naturalmente férteis, mas as temperaturas são baixas, dificultando a
absorção de nutrientes pelas plantas. A reciclagem dos nutrientes é
lenta e eles ficam armazenados no solo. Os seres vivos são encontrados
até 30 cm de profundidade.
Nos ecossistemas tropicais, as chuvas são intensas e as temperaturas
são altas. A reciclagem dos nutrientes é rápida e eles ficam armazenados
na biomassa e não no solo, que é naturalmente pobre em nutrientes.
Os seres vivos são encontrados até 15 cm de profundidade.
5) Nas regiões temperadas, as precipitações menos intensas e as tempera-
turas mais amenas contribuíram para reduzir as perdas de silício e de
bases, durante o processo de intemperismo, formando-se argilas com
grande capacidade de retenção de nutrientes e os solos dessas regiões são
naturalmente férteis. Nas regiões tropicais, as chuvas intensas e as tem-
peraturas altas provocaram a remoção quase total do silício e das bases,
formando-se argilas com baixa capacidade de retenção de nutrientes. Por
isso os solos das regiões tropicais têm fertilidade extremamente baixa.
6) Com uma diversidade alta predominam as interações benéficas. A diver-
sificação melhora as condições abióticas e atrai animais benéficos. A
manutenção da diversidade da microbiota está intimamente relacionada
à qualidade do solo e à prática de uma agricultura sustentável. A biota
do solo realiza processos de grande importância, como a decomposição
da matéria orgânica, a ciclagem de nutrientes, a bioturbação e o controle
de pragas e de doenças.
7) Porque eles são sistemas abertos, exportando os produtos das colhei-
tas, o que reduz a quantidade de matéria orgânica disponível para
reciclagem.
8) A erosão e a degradação da matéria orgânica são processos que redu-
zem a fertilidade do solo e atrapalham o desenvolvimento das raízes
das plantas, limitando a área de solo que elas conseguem explorar. Na
agricultura convencional, esses processos se agravam, devido ao modo
de preparo do solo, ao sistema de cultivo e à remoção dos resíduos da
24 cultura.
9) Essas associações ampliam a capacidade de absorção de nutrientes
pelas plantas e a velocidade de mineralização da cobertura morta
Fundamentos de Agroecologia
pelos micro-organismos.
10) Pelo aumento da complexidade e da diversidade de organismos. A diver-
sificação melhora as condições abióticas, possibilitando a manutenção
da fertilidade do solo e da produtividade do agroecossistema.
11) Biota produtiva, biota geradora de recursos e biota destrutiva.
• Biota produtiva − inclui as plantas cultivadas, que determinam a
diversidade e a complexidade do sistema.
• Biota geradora de recursos − conjunto de organismos que contri-
buem positivamente para a produtividade do sistema, mas não geram
um produto utilizado diretamente pelo homem. Inclui as plantas
utilizadas como cobertura, os organismos que participam de associa-
ções mutualísticas, os decompositores e os predadores de insetos e de
parasitas.
• Biota destrutiva − inclui as plantas espontâneas, as pragas e os
patógenos.
12) São espécies ou grupos funcionais e têm importância fundamental
para a manutenção da estrutura e do funcionamento do ecossistema.
Exemplos:
• Aumento da capacidade de absorção de nutrientes proporcionado
pelas micorrizas.
• Regulação dos processos de mineralização e imobilização de nutrien-
tes pelos micro-organismos do solo.
13) a. A biodiversidade é o conjunto de todas as espécies de plantas, animais
e micro-organismos existentes em um ecossistema.
b. As seguintes práticas contribuem para o aumento da biodiversidade:
• Manutenção das plantas espontâneas na bordadura da plantação e
de cinturões de matas nativas;
• Utilização de adubo verde, adubo orgânico e/ou adubo compos-
tado, para incremento da população de micro-organismos no
solo;
• Manutenção de cobertura verde, realizando a roçada somente
quando as plantas atingirem uma altura excessiva;
• Incremento da diversidade genética do cultivo (policultivos),
realizando o plantio consorciado com outras espécies ou combi-
nações de três ou quatro variedades de uma mesma espécie;
• Rotação de culturas;
• Utilização de quebra-ventos e/ou árvores dentro do cultivo;
• Eliminação ou redução do uso de defensivos agrícolas. 25
c. Homogeneização genética das variedades, aumento da densidade de
plantas, eliminação da rotação de culturas, uso de fertilizantes quími-
Fundamentos de Agroecologia
cos, irrigação e diminuição do aporte de adubo orgânico. Todos estes
fatores têm incrementado a presença de doenças e pragas.
d. O aumento da biodiversidade de agroecossistemas leva à diminuição
da incidência de doenças e pragas pelo incremento da ação de preda-
dores, parasitoides e antagonistas. O controle biológico de patógenos
é o fator determinante na redução das doenças.
Capítulo 4
Respostas – página 74
1) A matéria orgânica e os minerais (fase sólida), o ar (fase gasosa), a água
(fase líquida ou solução do solo), os seres vivos (biota do solo) e as
rochas em decomposição.
2) Textura é a proporção entre areia, silte e argila e estrutura é a aglome-
ração das partículas, formando torrões.
3) Porque as argilas são ricas em nutrientes, enquanto a areia e o silte são
formados de quartzo, que não contém nutrientes para as plantas.
4) Na superfície do solo e no subsolo, a correnteza da água da chuva é a principal causa da
erosão. A cobertura vegetal diminui o impacto das gotas de chuva, porque reduz a veloci-
dade das águas que escorrem sobre o terreno, possibilitando maior infiltração de água no
solo e a diminuição do carreamento das partículas.
5) A erosão provocada pelas chuvas e as queimadas provocadas pelo homem.
6) Os solos devem ser vivos e agregados; a biodiversidade deve ser alta; o solo deve per-
manecer protegido contra o aquecimento excessivo, o impacto da chuva e o vento
permanente; o solo deve permitir o bom desenvolvimento das raízes; o agricultor deve
ser autoconfiante.
7) Observando, pensando e experimentando novas práticas de cultivo. Com o tempo, ele
começa a produzir melhor do que produzia com a agricultura convencional e se torna
autoconfiante.
8) A textura e a estrutura do solo. Solos compactados dificultam a penetração das raízes,
prejudicando o desenvolvimento das plantas. É importante que as raízes tenham um bom
desenvolvimento para que as plantas consigam absorver os nutrientes do solo, crescendo
fortes e saudáveis.
9) Porque ele abriga uma grande quantidade de seres vivos de inúmeras espécies, com
biomassa chegando a centenas de quilogramas por hectare, e esses seres vivos são funda-
mentais para a manutenção da estrutura e da fertilidade do solo.
10) O solo fica protegido, a plantação fica mais resistente às pragas e o ambiente recebe
menos contaminações. A biodiversidade pode ser aumentada pela rotação de culturas,
pelo plantio de coquetéis de adubo verde, pela rotação entre áreas de lavoura e pastos
e pelo estabelecimento de policultivos, associando várias espécies na mesma área.
26 Deve-se trabalhar com o mínimo de cinco espécies de plantas.
11) Porque elas provocam a morte dos organismos do solo, a queima da matéria orgânica, a
volatilização de alguns nutrientes, a liberação de gás carbônico para a atmosfera, a redução
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lavoura vento
plantas cultivadas protege contra a • enriquece o solo com nitrogênio e
com essa finali- erosão outros nutrientes
dade são cortadas
Adubação verde • aumenta o teor de matéria orgâ-
e incorporadas ao
solo nica no solo, melhorando suas
propriedades
Capítulo 5
Resposta – página 77
a. Procedimentos: O manejo intensivo do solo, a monocultura e o aumento do uso de
pesticidas e fertilizantes químicos.
Consequências: Perda da matéria orgânica do solo, erosão e contaminação das águas
subterrâneas, prejuízos para a microbiota e seus processos bioquímicos.
b. O uso inadequado do solo leva ao esgotamento, reduzindo a produtividade.
c. Produção de biomassa (alimentos, fibras e energia); filtração, tamponamento e trans-
formação da matéria para proteger o ambiente, as águas subterrâneas e os alimentos da
poluição; e hábitat biológico e reserva genética de plantas, animais e organismos, que
podem ser protegidos da extinção.
d. Constitui a base para estruturas industriais e atividades sócio-econômicas, habitação, sis-
tema de transportes e deposição de resíduos; é fonte de material particulado (areia, argila
e minerais); faz parte da herança cultural, paleontológica e arqueológica, importante para
preservação da história da humanidade.
e. Constitui o meio para o crescimento vegetal; serve como hábitat para animais e micro-
-organismos; regula o fluxo de água no ambiente; serve como um “tampão ambiental”,
atuando na atenuação e degradação de compostos químicos prejudiciais ao meio ambiente.
28
Respostas – página 93
1) Qualidade do solo é a capacidade que ele tem de exercer adequadamente as suas funções.
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Ela pode ser avaliada por meio de indicadores físicos, químicos e biológicos.
2) Fatores físicos, químicos e biológicos.
3) Facilidade de avaliação, aplicabilidade em diferentes escalas, capacidade de integração, ade-
quação ao nível da análise pretendida, possibilidade de utilização em um grande número
de situações, sensibilidade às variações de clima e de manejo e possibilidade de medição
por métodos qualitativos e quantitativos.
Outra possibilidade de resposta: Devem exercer influência sobre a função para a qual o
solo está sendo avaliado, ser passíveis de medição e comparação com padrões predefinidos
e ser sensíveis a ponto de mostrar diferenças em escala temporal ou espacial.
4) A cor, a textura, a estrutura, a consistência, a resistência à penetração, a profundidade de
enraizamento, a capacidade de retenção de água e a transmissão da água (percolação). São
importantes por apresentarem as seguintes vantagens: têm relação direta com os indi-
cadores químicos e biológicos, apresentam baixo custo e as metodologias são simples e
rápidas.
5) O pH, o teor de carbono orgânico, a disponibilidade de nitrogênio e de nutrientes, a capa-
cidade de troca catiônica (CTC), a condutividade elétrica e a presença de sais solúveis. Os
indicadores químicos são importantes porque avaliam a fertilidade do solo, a produtivi-
dade e a quantidade de nutrientes.
6) Os organismos ou processos biológicos que indicam o estado do ecos-
sistema. Eles atuam na manutenção do equilíbrio do ecossistema.
7) Possibilita um diagnóstico rápido e confiável. O kit permite avaliar os
seguintes parâmetros: infiltração de água, capacidade de retenção de
água, densidade, estabilidade dos agregados, pH, teor de nitrito + nitrato,
concentração de sais, respiração do solo e número de minhocas.
8) Possibilita um diagnóstico rápido e confiável das propriedades físicas
do solo. Qualquer atributo visível a olho nu pode ser avaliado. Ex.: a
porosidade, a estrutura, a pedregosidade, a presença de erosão, a cor,
a profundidade, a cobertura vegetal, a macrofauna do solo, a presença
de serrapilheira, o estado de decomposição da serrapilheira, o vigor da
vegetação, a fauna silvestre, etc.
Atividade Prática
Resposta a critério do aluno.
Capítulo 6
Resposta – página 96
a. Porque os conhecimentos sobre os solos evoluíram junto com a evolu-
ção da química e os processos químicos do solo foram os primeiros a
ser desvendados, proporcionando as principais respostas às intervenções
humanas.
b. Os estudos sobre a biologia do solo têm indicado que os processos quí-
micos do solo são profundamente mediados pela ação biológica.
29
c. A eliminação das queimadas, a cobertura permanente do solo, a adição
de matéria orgânica, a rotação de culturas, os policultivos e o manejo de
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plantas espontâneas.
d. Elas produzem substâncias promotoras de crescimento, que estimulam
o desenvolvimento das plantas associadas.
e. Elas aumentam em até 10 vezes o volume de solo explorado pelas raízes,
melhorando a absorção de fósforo e possibilitando às plantas sobreviver
em condições muito mais inóspitas do que aquelas em que sobrevive-
riam sem essa associação.
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período de quatro a seis meses. Essa prática é utilizada no preparo do
solo para o cultivo de plantas perenes.
• Adubação verde em consórcio − consiste em plantar o adubo
verde consorciado com a cultura principal.
• Adubação verde em sucessão − consiste em plantar o adubo verde
logo após a cultura principal.
• Adubação verde em áreas de pousio temporário − é utilizado
em áreas degradadas ou que não estejam incorporadas ao processo
produtivo.
12) São o resultado da fermentação anaeróbia de uma mistura de esterco
fresco e água, enriquecidas pela mistura de micronutrientes, melaço e
leite ao esterco.
Vantagens: Acredita-se que eles regulam e tonificam o metabolismo
das plantas, aumentando a resistência delas ao ataque de pragas e de
doenças. Eles podem controlar diretamente alguns fitoparasitas, por
meio de substâncias com ação fungicida, bactericida ou inseticida, pre-
sentes em sua composição.
13) É o resultado da decomposição aeróbia de resíduos orgânicos, que se
transformam em húmus, pela ação de micro-organismos. Sua produção
pode ser subdividida em duas etapas: física e química. A etapa física
consiste na quebra mecânica dos resíduos e a etapa química consiste na
decomposição e na transformação da biomassa. O húmus é constituído
por produtos decompostos, pelas partes resistentes dos resíduos orgâni-
cos e por micro-organismos, tanto vivos, quanto mortos.
14) Os calcários (calcítico, magnesiano e dolomítico), a farinha de ossos,
os termofosfatos, os minerais de rocha moídos, as cinzas vegetais, os
resíduos de biodigestores, o húmus de minhoca, o guano, as turfas, as
tortas e as farinhas de resíduos vegetais e animais.
15) Mantendo o solo coberto, fazendo a rotação ou o consórcio de cultu-
ras, fazendo o manejo adequado das plantas espontâneas, introduzindo
plantas com raízes profundas e incorporando o adubo verde ao solo na
época certa.
16) Atividade a critério do aluno.
Capítulo 7
Respostas – página 106
O professor pode sugerir o texto Manejo Integrado de Doenças de Plantas,
de Kátia de Lima Nechet, Emprapa/CPAFRR, disponível no sítio: <http://
www.agronline.com.br/artigos/artigo.php?id=338>. As respostas a seguir
32
foram feitas baseadas nesse texto.
a. Origem biótica, quando causada por patógenos, como fungos, bactérias,
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significativo.
b. Injúria − toda alteração deletéria resultante do ataque de insetos.
c. Dano econômico − perda de produtividade avaliada economica-
mente.
d. Nível de dano econômico − densidade populacional de um inse-
to-praga capaz de causar dano econômico de valor igual ao custo do
controle desse inseto.
3) São os insetos que se alimentam de plantas para sobreviver. As conse-
quências: as plantas atacadas e danificadas por esses insetos produzem
menos do que uma planta não atacada. O ataque dos insetos provoca
injúrias nas plantas, levando à perda de produtividade.
4) Definição das áreas de manejo, determinação das pragas-chave, aplica-
ção das etapas do MIP, planejamento das ações e acompanhamento dos
resultados.
5) As etapas são três:
• Avaliação do ecossistema − consiste na amostragem das popu-
lações de insetos que possam estar relacionados com as injúrias
causadas às plantas. Esses insetos, bem como os possíveis inimigos
naturais, devem ser identificados e quantificados. O MIP se baseia na
amostragem de populações de pragas-alvo e de seus inimigos natu-
rais e no conhecimento da cultura e do clima local.
• Tomada de decisão − é efetuada com base nos aspectos econômi-
cos da cultura e da relação custo/benefício do controle, determinada
pelo NDE.
• Escolha do método de controle − uma vez tomada a decisão
de aplicar método(s) de controle, é necessário escolher qual(is)
método(s) será(ão) utilizado(s). A escolha do(s) método(s) leva em
consideração aspectos técnicos, econômicos, ecológicos e sociais.
6) O processo de colonização e a sucessão ecológica, a influência da diver-
sidade e da estabilidade na sucessão das comunidades, a amplitude dos
nichos para herbívoros, predadores e parasitos, a dinâmica das relações
parasito-hospedeiro, a quantificação da migração e da dispersão e a
determinação da época em que elas ocorrem, a capacidade de suporte
do ambiente, o estabelecimento de níveis de controle e de dano econô-
mico, o conhecimento dos fatores de mortalidade natural e outros.
7) Quando a densidade populacional do inseto-praga atingir valores que
exijam a aplicação de medidas de controle, para que não haja dano
econômico. Ele não precisa ser implantado quando a densidade popula-
cional dos inimigos naturais é capaz de controlar os insetos-praga sem a
34
intervenção do homem.
8) O processo de colonização e a sucessão ecológica, a influência da diver-
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Capítulo 8
Respostas – página 121
O professor pode sugerir o seguinte texto Competição e controle das plantas
daninhas em áreas agrícolas, de Robinson Antonio Pitelli, Série Técnica IPEF,
35
Piracicaba, v. m4, n.12, p.1-24, set., 1987, disponível no sítio: <http://www.
ipef.br/publicacoes/stecnica/nr12/cap01.pdf>. As respostas foram feitas a par-
tir desse texto.
Fundamentos de Agroecologia
a. São as plantas que existiam no local transformado em agroecossistema
e tentam recolonizar esse local, germinando, sem ser plantadas, a partir
do banco de sementes existente no solo.
b. São plantas que ocupam locais onde a cobertura natural foi extinta e o
solo tornou-se exposto. Suas características são: grande agressividade;
grande capacidade de produção de sementes dotadas de alta viabilidade
e longevidade, capazes de germinar em muitos ambientes, e que pos-
suem adaptações especiais para disseminação a curta e a longa distância;
rápido crescimento vegetativo e florescimento; grande capacidade de
competição pela sobrevivência, como alelopatia, hábito trepador e outras
características.
c. Grande resistência, de modo que não possam ser facilmente arrancadas
do solo.
d. O processo de sucessão ecológica consiste na mudança gradativa
da comunidade vegetal, começando com as plantas pioneiras e ter-
minando com a comunidade clímax (geralmente uma floresta). As
plantas pioneiras são as primeiras que aparecem, no processo de suces-
são ecológica.
Respostas – página 128
a. Por meio de técnicas de manejo em pré-semeadura ou transplante das
mudas.
b. Para permitir a germinação, o crescimento inicial e o controle pós-
-emergente das plantas emergidas, por meio de capina manual, gradagem
ou encanteiramento, todos de forma superficial, para evitar revolver
muito o solo novamente e provocar novos estímulos de germinação das
sementes.
c. Pelo uso do fogo, por meio de bicos aplicadores a gás.
Fundamentos de Agroecologia
13) A alelopatia consiste na inibição do crescimento das plantas de uma
espécie pela liberação de substâncias tóxicas ou inibidoras de cresci-
mento, pelas plantas de outra espécie, no ambiente comum. Quando
absorvidas, essas substâncias modificam o crescimento, reduzindo ou
eliminando a habilidade de competição da outra espécie de planta.
14) O controle seletivo consiste na utilização de diferentes práticas para o
controle da população de uma ou de algumas espécies, dentro a comu-
nidade de plantas espontâneas, mantendo-se as demais, com a finalidade
de criar um complexo de plantas espontâneas com funções ecológicas
mais favoráveis ao sistema.
15) Quando for constatada a impossibilidade de conviver com uma espécie,
ela deve ser eliminada (por exemplo, quando produz toxinas ou atua
como vetor de pragas e de doenças). Elas não são erradicadas sempre
porque não são necessariamente prejudiciais à cultura, podendo inclu-
sive ser benéficas.
16 e 17) Atividades a critério do aluno.
Capítulo 9
Respostas – página 144
1) É qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do
meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resul-
tante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde,
a segurança e o bem-estar da população, as atividades sociais e econômicas,
a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a qualidade
dos recursos ambientais.
2) Em positivos e negativos. São exemplos de impactos positivos os reflores-
tamentos, a recomposição de matas ciliares, o tratamento dos efluentes
antes do lançamento nos corpos de água naturais, o repovoamento de
rios com espécies nativas. Os impactos negativos refletem situações
de deterioração ambiental, classificadas em degradação, poluição e
contaminação.
3) Em físicos, químicos, biológicos e sociais.
4) Ele deve exercer influência sobre a função que está sendo avaliada, deve
poder ser medido e comparado com padrões predefinidos e deve ser sensí-
vel a ponto de mostrar diferenças em escala temporal ou espacial.
5) São organismos cujas características (presença/ausência, densidade popu-
lacional, dispersão, sucesso reprodutivo e outras) podem ser utilizadas na
avaliação de atributos do ecossistema. Podem ser animais, insetos, vegetais,
fungos, bactérias, vírus e outros.
6) • Indicadores de saúde ambiental − evidenciam os efeitos de poluentes
38 ou de processos do ecossistema sobre as condições físicas do ambiente ou
sobre os organismos. Exemplo: invertebrados filtradores, que acumulam
poluentes em seus tecidos.
Fundamentos de Agroecologia
Capítulo 10
Respostas – página 147
O professor pode sugerir o texto Produção animal: alternativas sustentáveis frente
às ameaças do aquecimento global, de Tatiana Costa de Figueirado Amormino, dis-
ponível no sítio: < http://www.cienciaanimal.ufpa.br/CA_selecao/M/2010/biblio/
Prod/geral/amormino_producao.pdf >. As repostas das questões foram feitas
baseadas nesse texto.
a. As matas são derrubadas para o estabelecimento de pastagens para o gado.
b. Agropecuária extensiva, com monocultivo.
c. Primeiro, cortam-se as melhores árvores para extração de madeira de ser-
raria, posteriormente utiliza-se o fogo como limpeza da terra visando o 39
estabelecimento de plantações e pastagens para gado.
d. Pela venda de lenha ou carvão extraído das florestas, pelo uso da terra por
Fundamentos de Agroecologia
atividade agrícola e pelo seu uso posterior para cultivar um único tipo de
gramínea, na formação dos pastos.
e. O aumento do efeito estufa, o aquecimento global e a eliminação de plantas
ou solos com grande capacidade para a absorção e fixação do carbono pre-
sente na atmosfera.
f. As queimadas avançam nas áreas de floresta e transformam-se em incên-
dios florestais, provocando a emissão de gás carbônico, originado da
reação entre o carbono armazenado nas árvores e o oxigênio presente na
atmosfera. Retira a cobertura vegetal nativa, que protege o solo dos desgas-
tes naturais, expondo o solo a fatores climáticos, causando o escoamento
superficial das águas da chuva e favorecendo os processos erosivos.
g. Praticar a criação consorciada entre animais e vegetais, em sistemas agroflo-
restais. Replantar árvores de espécies nativas. Conscientizar a sociedade a
respeito dos problemas ambientais causados pelo desmatamento, etc.
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