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lamento, como mostra a Figura 1. para melhorar a eficiência de tração, fluência no processo de compactação
Após o dimensionamento da potên- como, por exemplo, a escolha de pneus do solo. A Figura 2 mostra uma rela-
cia requerida para tracionar os im- mais adequados para as diferentes si- ção entre o teor de umidade e a densi-
plementos selecionados, espera-se que tuações de solo. Os pneus arrozeiros, dade global de um Latossolo Verme-
o trator se mantenha dentro deste li- de gomos mais altos, foram desen- lho-escuro, quando submetido a três
mite, adicionando lastro, quando este volvidos para atingir as zonas mais fir- energias de compactação. Na prática,
valor ultrapassar 16% ou retirando las- mes do solo e manter um alto rendi- esta energia de compactação represen-
tro quando este valor ficar abaixo de mento de tração. ta o número de passadas do trator
8%. Outras maneiras são conhecidas O teor de umidade tem grande in- no solo. Pode-se verificar que cada
curva aponta um teor de umidade
ótimo, que favorece a obtenção de
100 valor máximo de densidade, ou seja,
de compactação, ficando este teor
próximo ao de umidade correspon-
90 dente à capacidade de campo. É in-
Fig.l -
~ teressante que se obtenha uma curva
Rendimento de de compactação para cada tipo de
I",oo- 80
r-''"::
tração X solo e que se evite o trabalho com má-
"t:I
" 70 porcentagem de quinas próximo a este ponto de ótimo
o patinagem do teor de umidade. Outro fato impor-
c
"E pneu para um tante a notar é que, à medida que a
:; 60
c energia de compactação aumenta, é
trator de tração
"
e<: necessário uma quantidade menor de
50 das rodas trasei raso água para se alcançar o máximo de
Fonte: ASAE compactação; isto serve de alerta
(1985).
40 para os equipamentos mais pesados.
O 5 10 15 20 25 30 Uma outra variável a ser considera-
da no processo de compactação é a tex-
% Patinagem
tura do solo. Solos, cuja constituição
seja de partículas do mesmo tamanho,
são menos susceptíveis ao processo de
compactação, comparados àqueles onde
1,50 há mistura de argila, silte e areia. Isto
1,46 • . LL
PL
;
51%
34%
se deve ao fato de as partículas de ta-
manhos diferentes se arranjarem e pre-
PI ;
17%
encherem os poros, quando submetidas
1,42 a uma pressão no solo. As pressões
M~
aplicadas à superfície do solo por um
~ 1,38 pneu de trator são aproximadamente
~
c
c iguais àquela de inflar um pneu. Entre-
e~ 1,34 tanto, em alguns pontos, como no gomo
Q.
-e
do pneu e nas partes laterais dos aros,
;;:" 1,30 ocorrem pressões maiores, localizadas.
~
;; As pressões geradas na subsuperfície do
Cl
1,26 solo são chamadas de contato, que é a
carga total aplicada à superfície do so-
1,22 lo, distribuída na área de contato com
o solo (Fig. 3).
1,18 No caso dos tratores, esta área de
contato com o solo, mencionada na Fi-
gura 3, são as rodas e, no caso dos ím-
24 26 28 30 32 34 36 38 40 plementos, como o arado e as grades,
são os discos. Por este motivo é que
Teor de Umidade (%)
as zrades pesadas são consideradas agen-
uisadores de compactação, pois
Fig.2 - Curva de compactação do Latossolo Vermelho-escuro. o peso total do equipamento é distri-
Fonte: Mantovani et ai (1984). buído numa área muito pequena do
disco. O volume de poros destruídos
lnf. Agropec., Belo Horizonte,!l (147) março de 1987 53
Manejo do Solo
RESISTÊNCIA
À PENETRAÇÃO
Porosidade = 1 _ DG
DP Ê 10
,:::
o
-o
."," 15
:;
Densidade global =..M... ..::c
o
V o':: 20
onde 25
Franco-siltoso
DG ::: Densidade aparente (g/cm) 30
Milho. Plantio .;
DP Densidade de partícula
(g/cm) Fig. 4 - Curvas típicas de resistência do solo.
M Massa de solo seco a 105° C, g Fonte: LiljedahI et aI (1979).
V Volume da amostra (em")
1,40 <:>
Sin tomas visuais
1,38 no solo:
Fig. 6 - Distribuição da pressão
- crosta no solo;
do pneu no solo.
O 7 14 21 28 35 - zona compacta-
Fonte:Chancellor (1977).
da de superfície;
RESISTtcNCIA DO SOLO (kg f/cm2)
- água empoçada;
- erosão excessiva REFERÊNCIAS
Fig. 5 - Relação entre resistência e densidade do solo pela água; AMERICAN SOCIETYOF AGRICULTURAL
para um solo no teor de umidade de capacidade de campo. - aumento de re- ENGINEERS, St. Joseph. Agricultural
Fo nre: Chancello r (i 47 7). querimento de potên- engineers yearbook. St. Joseph. Michi-
gan, 1985. 798 p. (EP. 371).
ta do penetrômetro (kgf/cm-). cia para o preparo do solo.
A relação entre resistência e densi- AMERICAN SOCIETYOF AGRICULTURA L
ENGINEERS, St. Joseph. Compaction
dade global do solo varia de um tipo CAUSASDAMÁ of agricultural soi!' St. Jo seph , Michi-
para outro e, para um determinado so- ESTRUTURA DO SOLO gan, 1971. 471 p. (Monograph).
lo, com o teor de umidade. Mesmo BOWERS, W. Modem concept of farm ma-
quando o mesmo teor de umidade é chinery management. Illinois, StipesPu-
usado, a relação das leituras de cone
o desenvolvimento da má estrutu- blishing Co. Champaign , 1970.
ra é um fenômeno associado com ope- CHANCELLOR, W.J. Compaction of soil
penetrômetro e densidade global do by agricultural equipment. Berkely ,
rações freqüentes de preparo de solo.
solo pode ser diferente entre um solo University of California , 1977. 53 p.
compactado em condições de labora- As causas mais comuns da má es- (Bulletin , 1981).
tório quando comparado com outro trutura do solo incluem: HUNT, F. Farme power and machinery ma-
nagement. Ames, Iowa State University
compactado em condições de campo. drenagem inadequada;
Press, 1977. 365 p.
De posse destas informações, po- - preparo excessivo do solo; LILJEOAHL, J. B.; CARLETON, W. M.;
de-se entender agora como uma com- - sistema intensiva de exploração TURNQUlST, P.K. & SMITH O.W.
de cultura; Tractor and their power units. 3. ed.
pactação do solo se desenvolve. Após
New York, John Wiley, 1979.
uma pressão no solo, ocorrem a quebra operações impróprias no cam-
MANTOVANI, E.C.; KRUTZ, G.W.; GIB-
do agregado dele e o aumento da den- po;
SON, H.G. & STEINHAROT, G.c. A
sidade global. Na quebra do agregado, tipo de implementos agrícolas. soi! surface traffic-corn yield model for
ocorre uma redução dos poros acarre- a soi! under cerrado vegetation in Brazi!
with less than 10 years of cultivations.
tando: diminuição da troca de oxigê- MELHORIA DA St. Joseph, Michigan, ASAE, 1984. 20p.
nio e dióxido de carbono; limitação ESTRUTURA DO SOLO ,(ASAE, Paper, 84-1546).
do movimento de nutrientes na água; MANTOV ANI, E.C. & MANTOVANI, A.
diminuição da taxa de infiltração de Elementos básicos de mecanização: ren-
A fim de melhorar a estrutura do dimento dos conjuntos e custo do tra-
água no solo. balho. Sete Lagoas, EMBRAPA/CNPMS,
Com o aumento da densidade glo- solo, várias medidas podem ser toma- 1981. 25 p.
bal, o solo aumenta a sua resistência das a saber: ROBERTSON, L. S.; ERICHSON, A. E.
& CHRISTENSON, O.R. Visual systoms,
à penetração, ocasionando um siste- - proporcionar uma adequada
causes and remedies of bad soil struc-
ma radicular superficial e um aumen- drenagem, tanto na superfície como na tures. Michigan, State University. 8 p.
to dos requerimentos de potência. subsuperfície do solo; 1976. (Research report, 1).