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ADMINISTRATIVO
BENS PÚBLICOS
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Sumário
BENS PÚBLICOSi
1. Domínio público
2. Bens públicos
2.1. Conceito
São aqueles bens móveis ou imóveis pertencentes às pessoas de direito público, bem
como aqueles que, ainda que pertencentes à iniciativa privada, estão se prestando à
prestação de serviço público (AFETADOS AO SERVIÇO PÚBLICO, ou seja, destinados ao
serviço público). Exemplo: ônibus usado pelas concessionárias de transporte público coletivo.
Celso Antônio Bandeira de Mello inclui ainda aqueles bens que, embora não pertençam
a uma dessas pessoas, estejam afetados à prestação de um serviço público, sob o
fundamento que, uma vez afetados, se submetem ao regime jurídico dos bens de propriedade
pública.
O CC/02 restringiu bastante os bens públicos, afirmando que em seu artigo 98 que:
São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito
público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.
São os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público. Entes políticos
(U/E/M/DF), autarquias, fundação pública de direito público. Obs. pessoa jurídica de direito
privado prestadora de serviço público (empresa pública e SEM), desde que os bens estejam
diretamente ligados à prestação de serviço. Fundamento: garantir a o princípio da
continuidade.
Obs. Os titulares são as pessoas jurídicas públicas e não os órgãos. Ex. Tribunal de
Justiça, Assembleia Legislativa – o titula é o estado membro.
Obs. Art. 28 da Lei 8987/95 – concessionárias e permissionárias (empresa privada.
Estão fora da Administração) – não podem dar em garantias os bens que irão comprometer a
serviço público. O fundamento é o mesmo – continuidade do serviço público.
a) Quanto à titularidade
- Federais: art. 20 CF (rol exemplificativo)–
- Estaduais: art. 26 CF (rol exemplificativo).
- Municipais: não participam da partilha na CF, mas podem estar em outras leis
(orgânica, por exemplo).
- Distritais: tem competência somatória – bens dos estados e dos municípios, já que ele
não pode ser dividido em municípios.
b) Quanto à destinação
- Bem de uso comum do povo:
Também é chamado de bem de domínio público em virtude de sua natureza ou por lei.
Estão à disposição da coletividade. Destinam-se à utilização geral sem distinção.
OBS. não precisa de autorização para uso normal. No entanto, o poder Público pode
regulamentar, disciplinar a sua utilização. Ex. praça que fecha às 22h devido à violência.
Obs. art. 5º, XVI – como conciliar o direito de reunião e o uso do bem comum do povo?
O Poder Público pode impedir que a reunião aconteça em determinado local ou horário,
devendo indicar outro local que tenha a mesmo visibilidade, repercussão – jurisprudência.
- Bem de uso especial ou patrimônio administrativo
Em virtude da destinação com o uso específico ou não, os bens públicos podem ser
classificados juridicamente em:
1) Bens de Domínio Público (uso comum e uso especial) (são inalienáveis) e;
2) Bens de Domínio Privado, sem utilização pública (bens dominiais) (podem ser
alienados).
Com maior rigor técnico, tais bens são reclassificados, para efeitos administrativos, em
bens do domínio público ou indisponíveis (os de primeira categoria: de uso comum do povo),
bens patrimoniais indisponíveis (os da segunda categoria: de uso especial) e bens
patrimoniais disponíveis (os da terceira e última categoria: dominicais).
4. Regime jurídico
4.1. Inalienabilidade
O Novo CC dispõe serem inalienáveis apenas os bens públicos de uso comum do povo
e de uso especial (art. 100). Os dominicais perderam essa peculiaridade (art. 101). Mas, de se
observar que a perda dessa inalienabilidade não vulnera os bens públicos à aquisição por
usucapião (essa proibição foi mantida no novo texto, art. 102, com fundamento em comando
expresso da CF/88, art. 183, §3º)
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*A banca FCC cobrou essa temática na prova da DPE-BA, em 2016, e considerou correta as seguintes
assertivas: “alienáveis, os bens dominicais, observadas as determinações legais” e “inalienáveis, os bens
públicos de uso comum do povo na forma que a lei determinar”.
AFETAÇÃO DESAFETAÇÃO
Transformação do bem de dominical Transformação do bem de uso
em uso comum ou especial comum/especial em bem dominical
Não é desafetado pelo simples não
Pode ser feita de qualquer maneira: uso. Tem que ser lei ou ato administrativo
lei, ato ou simples uso. autorizado por lei. Obs. pode ser também
desafetado por um evento da natureza. Ex.
chuva que derruba a escola
A) Desafetação
B) autorização legislativa – se for bem de pessoa jurídica de direito público.
a) DAÇÃO em pagamento;
OBS: O §1 aduz que, caso cessem as razões da doação, o bem deve voltar ao domínio
do ente – norma exclusiva da União – STF.
c) PERMUTA, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art.
24 desta Lei;
d) INVESTIDURA;
Obs. Legitimação de domínio = regularização fundiária, nos termos das leis. Ex. lei
minha casa, minha vida. Não se trata de usucapião – a própria lei autoriza.
Obs. ADI 927 – competência legislativa sobre licitação e contratos: Normas gerais –
União – e normas especiais - Estado e Município. As normas específicas só servem para
quem legisla. A lei de licitações muitas vezes traz dispositivos específicos, que extrapolam a
4.2. Impenhorabilidade
Isso se justifica pelo fato dele não poder ser alienado de forma livre no final do
processo.
Eles não podem ser objeto de penhora, arresto ou sequestro. Esses dois últimos são
cautelares típicas.
A garantia do credor é o sistema de precatórios.
Não pode ser direito real de garantia. Não pode sofrer penhor, hipoteca e anticrese.
Penhor: bem móvel dado em garantia, fora da ação judicial. (joias na Caixa). É bem
empenhado e não penhorado. Não confundir.
Hipoteca: bens imóveis
Anticrese: produto da exploração do bem
4.4. Imprescritibilidade
Bens públicos não podem ser objeto de prescrição aquisitiva. Não cabe usucapião. Art.
191, 483, §3º da CF, art. 402 CC e a Súmula 340 STF trazem essa proibição.
Além disso, não são indenizáveis acessões e benfeitorias realizadas sem autorização
do poder público.
Obs. Lei 11.977/2009 (Programa Minha Casa, Minha Vida) = prevê a conversão da
posse em registro de propriedade, erroneamente utilizando o termo ‘usucapião’. É caso de
legitimação da posse – urbano. 5 anos.
Civil e processo civil. Recurso especial. Usucapião. Domínio público. Enfiteuse. ` - É possível
reconhecer a usucapião do domínio útil de bem público sobre o qual tinha sido, anteriormente,
instituída enfiteuse, pois, nesta circunstância, existe apenas a substituição do enfiteuta pelo
usucapiente, não trazendo qualquer prejuízo ao Estado. Recurso especial não conhecido.
(REsp 575.572/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em
06/09/2005, DJ 06/02/2006, p. 276)
A jurisprudência do STJ diz não ser possível a posse de bem público, pois sua ocupação
irregular (ausente de aquiescência do titular do domínio) representa mera detenção de
natureza precária. Consoante precedente da Corte Especial, são bens públicos os imóveis
administrados pela Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), empresa pública em que
figura a União como coproprietária (Lei n. 5.861/1972) e que tem a gestão das terras públicas
no DF, possuindo personalidade jurídica distinta desse ente federado. Sendo assim, na ação
reivindicatória ajuizada por ela, não há falar em direito de retenção de benfeitorias (art. 516 do
CC/1916 e art. 1.219 do CC/2002), que pressupõe a existência de posse. REsp 841.905-DF,
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 17/5/2011.
*Mas, deve-se ter cuidado com a jurisprudência recente do STJ sobre o assunto:
*#IMPORTANTE #DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA:
RECURSO ESPECIAL. POSSE. DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. BEM PÚBLICO
DOMINICAL. LITÍGIO ENTRE PARTICULARES. INTERDITO POSSESSÓRIO.
POSSIBILIDADE. FUNÇÃO SOCIAL. OCORRÊNCIA. 1. Na ocupação de bem público, duas
situações devem ter tratamentos distintos: i) aquela em que o particular invade imóvel público
e almeja proteção possessória ou indenização/retenção em face do ente estatal e ii) as
contendas possessórias entre particulares no tocante a imóvel situado em terras públicas. 2.
A posse deve ser protegida como um fim em si mesma, exercendo o particular o poder fático
sobre a res e garantindo sua função social, sendo que o critério para aferir se há posse ou
detenção não é o estrutural e sim o funcional. É a afetação do bem a uma finalidade pública
que dirá se pode ou não ser objeto de atos possessórias por um particular. 3. A jurisprudência
do STJ é sedimentada no sentido de que o particular tem apenas detenção em relação ao
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CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Particular que ocupa bem público dominical poderá ajuizar ações
possessórias para defender a sua permanência no local?. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/149ef6419512be56a93169cd5e6fa8fd>.
Acesso em: 04/05/2017
5. Aquisição
Compra
Requisitos: imóveis – autorização legislativa, interesse público justificado, prévia
avaliação, licitação na modalidade concorrência (ressalvadas as situações previstas no art.
17, I, da Lei 8.666). Móveis – dispensa autorização legislativa específica, licitação
na modalidade leilão, dispensada em alguns casos (ex: art. 24, VIII). Regida pelo art. 481, do
CC, uma vez que não há venda administrativa.
Usucapião
U, E, M, autarquias, fundações públicas.
Doação
Requisitos: autorização legislativa, interesse justificado, avaliação prévia, licitação
prévia (dispensável se for para outro órgão ou entidade da Administração Pública de qualquer
esfera do governo). Art. 17, II, a, Lei 8666/93.
Modernamente as doações vêm sendo substituídas por concessões de direito real de
uso.
A maioria da doutrina entende que não cabe a doação com encargo.
Hely Lopes Meireles, neste ponto seguido por José dos Santos Carvalho, entende que
o uso comum deve ser gratuito. Logo, a classificação de uso comum extraordinário, na
realidade seria uma espécie de uso especial, independente de se tratar de forma de uso de
bem de uso comum ou de uso especial.
Os bens públicos de domínio público são usados por utilização pública pelo Estado; se
o particular vai fazer um uso privado, que não pode colidir com a utilização pública, será
regido pelas regras de direito público. Os instrumentos que viabilizam a sua utilização serão
de direito público: CONCESSÃO, AUTORIZAÇÃO e PERMISSÃO.
ATENÇÃO: esses institutos não se confundem com os destinados à prestação de
serviço público. Aqui, trata-se de uso de bens públicos.
a) Temporal: a autorização comum não tem qualquer limitação de tempo para ser
concedida; a autorização urbanística só pode ser conferida para aqueles que completaram os
requisitos legais até 30 de junho de 2001;
Há ainda a figura da concessão coletiva de uso especial para fins de moradia (art. 2º
da MP 2220), semelhante também ao usucapião especial coletivo de imóvel urbano particular.
Outorgada para moradia em imóvel público urbano com área superior a 250 metros
quadrados, ocupado por população de baixa renda para sua moradia, por 5 anos,
ininterruptamente, e sem oposição, não sendo possível identificar os terrenos ocupados por
possuidor, não podendo este ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural. A cada
concessionário é atribuída fração ideal do terreno.
Concessão X usucapião:
1- objeto; 2- previsão de termo final para aquisição do direito.
Nas palavras de Carvalho Filho: A distinção entre a concessão de uso especial para
fins de moradia e o usucapião especial urbano, quanto aos pressupostos, reside em dois
pontos: 1º) nesta o objeto é imóvel privado, ao passo que naquela é imóvel público (federal,
estadual, distrital ou municipal, desde que regular a ocupação, como reza o art. 3º); 2º) na
concessão só se conferiu o direito ao possuidor se os pressupostos foram atendidos até 30 de
junho de 2001, ao passo que no usucapião não foi previsto termo final para a aquisição do
direito.
Concessão X concessão de direito real de moradia: finalidade exclusiva de moradia,
presente nesta última.
QUADRO DE RESUMO
d) Outras formas
Institutos privados utilizados pelo Estado - comodato, arrendamento, concessão de
direito real de uso, cessão de uso, locação.
UTILIZAÇÃO PELOS INSTITUTOS DE DIREITO PRIVADO:
O emprego de institutos de direito privado para transferência de uso privativo somente
é possível no caso de BENS DOMINICAIS, pois são os únicos que estão dentro do comércio
jurídico de direito privado.
Assim, em relação aos bens públicos de domínio privado, como são bens disponíveis e
desafetados, a cessão dos mesmos a particulares pode ser feita tanto por meio de
instrumentos públicos (concessão, permissão e autorização), quanto por instrumentos de
direito privado (locação, arrendamento, enfiteuse e as concessões de direito real de uso).
O STF, a propósito da Lei nº 7.450/85, que fixara o foro em 0,6% do valor do respectivo
domínio pleno (alterando o art. 101 do Decreto-lei nº 9760/46), decidiu que, apesar de
assegurado o direito dos anteriores enfiteutas, por ser o contrato tido como ato jurídico
perfeito, é admissível a correção monetária de seu valor a fim de evitar enriquecimento sem
causa do enfiteuta (RE 185.578-RJ, 1ª Turma, Min. Ilmar Galvão, 06/10/98). Nesse sentido:
O instituto está em desuso, por não mais existirem as primitivas razões que justificaram
os infindáveis aforamentos que até hoje emperram a Administração local com obsoletas
limitações ao domínio pleno dos bens municipais. O Novo CC não mais trata do instituto.
Ocorre, entretanto, conforme salienta CARVALHO FILHO, que há várias áreas federais
cujo uso é conferido através de enfiteuse, como é o caso dos terrenos de marinha e seus
acrescidos, o que é previsto, inclusive, no art. 49, § 3º, do ADCT da CF. A enfiteuse de
terrenos de marinha, aliás, foi a única forma ressalvada pelo novo Código Civil (art. 2.038, §
2º), com a previsão de que seria regulada por lei especial.
- Locação – contrato de direito privado pelo qual o proprietário transfere a posse do
bem ao locatário, que tem a obrigação de pagar quantia certa – o aluguel – por período
determinado de uso do bem.
Nos termos do Decreto-lei n.º 9.760/46, é possível a locação de bens dominicais da
União, que se fará mediante contrato, não ficando sujeito a disposições de outras leis
concernentes à locação.
É possível a rescisão do contrato caso o imóvel torne-se necessário ao serviço público.
Isto se fará por ato administrativo da União (auto-executório), sem que esta fique obrigada a
pagar ao locatário indenização, salvo benfeitorias necessárias. Além disso, se o locatário
sublocar o imóvel ou deixar de pagar os aluguéis nos prazos estipulados, dar-se-á rescisão de
pleno direito, imitindo-se a União sumariamente na posse da coisa locada.
José dos Santos Carvalho, no entanto, ressalta que há estudiosos que não aceitam o
regime de locação civil para bens públicos.
*OUSESABER: A locação é o contrato de direito privado que tem por objetivo transferir a
posse direta do bem de propriedade do locador ao locatário, mediante o pagamento de
remuneração. Consoante disposição própria, a Lei de Locações não é aplicável aos contratos
de locação de imóveis de propriedade da União, Estados e Municípios, suas autarquias e
fundações públicas, as quais continuam reguladas pelo CC e pelas leis especiais. Apesar de
7. Bens em espécie
- Bens da União
MARIA SYLVIA: os terrenos reservados podem ser bens públicos ou bens particulares.
A presunção é a de que sejam bens públicos.
UNIÃO
Terrenos marginais de rios e ilhas
Terrenos marginais dos rios
situadas nos territórios, na faixa de fronteira
navegáveis, em territórios federal, se por título
e nas zonas onde se faça sentir a influência
legítimo não pertencerem a particulares.
das marés.
Trata-se de recurso especial sob o regime do art. 543-C do CPC c/c Res. n. 8/2008-
STJ no qual a Seção entendeu que, na forma em que dispõe o art. 1º do Dec. n. 2.398/1987,
compete ao Serviço do Patrimônio da União a atualização anual da taxa de ocupação dos
terrenos de marinha. A norma contida no art. 28 da Lei n. 9.784/1999 cede lugar à aplicação
do referido decreto pelos seguintes motivos: o Dec. n. 2.398/1987 é diploma normativo
específico, incidindo, no caso, os arts. 2º, § 2º, da LICC e 69 da Lei n. 9.784/1999; não se
trata de imposição de deveres ou ônus ao administrado, mas de atualização anual da taxa de
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O Brasil não exerce soberania na zona contígua, mas exerce poder de polícia.
De 12 até 200 milhas há a zona econômica exclusiva = aqui os recursos naturais
pertencem a União.
Plataforma continental =Começa na linha de base do mar territorial. Terra que fica
embaixo das águas. Numa profundidade de 200m e 90 km. ATENÇÃO – essa terra não é a
da União e sim os seus recursos naturais.
Quando foi elaborado, a ideia era de que as águas não acabariam, por isso, as águas
foram divididas em:
1) ÁGUAS PARTICULARES – Obs. Citadas apenas para fins de classificação.
2) ÁGUAS PÚBLICAS – que, por sua vez, foram divididas em:
a) águas correntes: mar territorial, rios e riachos,
b) águas dormentes: lagos, lagoas e açudes,
c) potenciais de energia hidráulica (estabelecidos pela CF/88)
RIOS PÚBLICOS – são os situados dentro de terrenos públicos, bem como os
navegáveis e os flutuáveis. Navegáveis são os rios que comportam navegabilidade de
qualquer espécie de embarcação. Flutuáveis são os rios que comportam o transporte de
hastes de lenha. Os braços de rios que saem desses rios e os que influenciam na construção
de um rio navegável, também são públicos.
LAGOS E LAGOAS PÚBLICAS – mesma definição dada aos rios públicos.
MAR TERRITORIAL – oceano a partir da baixa-mar, costa, 12 milhas.
As águas públicas podem ser:
1) FEDERAIS – se situam em território da União; que atravessam mais de um Estado;
os que servem de limite para mais de um país; os que nascem em território estrangeiro e se
estendem ao Brasil e vice-versa; mar territorial e potenciais de energia elétrica.
2) ESTADUAIS – todas aquelas que não forem do domínio da União.
Não existem águas municipais (artigo 20, III e artigo 26, I, da CF/88).
Existe uma corrente, mais moderna, que diz que essa titularidade de águas
públicas e privadas não foi acolhida pela CF/88; por essa corrente todas as águas são
PÚBLICAS, estaduais ou federais. A Justiça Federal já tem decisão nesse sentido,
entendendo a água como bem de domínio público. A Lei 9.493/97 regulamenta a utilização
das águas, tratando-as como bens de domínio público e de fornecimento finito. Há
doutrinadores de peso defendendo esse entendimento de que NÃO há mais águas privadas.
E se em sua prova prática de concurso o enunciado alegar que o Poder Público foi
omisso na fiscalização dessa edificação, como refutar essa tese?
Deve-se explicar que essa construção foi feita em desacordo com a legislação
urbanística e ambiental, sendo ainda realizada em um local que é classificado como área de
uso comum do povo. Logo, não será possível que a União aproveite economicamente essa
edificação. Ao contrário, o Poder Público terá despesas para demolir a construção feita ou, no
máximo, regularizar a edificação para adequá-la à legislação vigente.
Este material foi produzido pelos coaches com base em anotações pessoais de aulas,
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