Bioética e Diretivas Antecipadas de Vontade Luciana Dadalto 1? Edigdo - Copyright® 2014 Todos os Direitos Reservados. ismas/ Editora Appris Coordenadora Administrativa: Eliane Andrade administrativo@editoraappris.com.br Diagramagao e Projeto Visual: Tiago Ferreira redatorial@editoraprismas.com Capa: Danielle Paulino Dados Internacionais de Catalogacao na Publicago (CIP) Elaborado por: Sénia Magalhaes Bibliotecéria CRB 9/1191 Dadalto, Luciana Di22b Bioética e Diretivas Antecipadas de Vontade 2014 / Luciana Dadalto. ~ 1. ed. ~ Curitiba : Editora Prismas, 2014, 289 p.; 23 cm ISBN 978-85-8192-394.9, 1.Bloética, 2. Cuidados Palativos 3, Saide. 4. Coleco Bioética. I Titulo. [c00 (21. ed.) 610 cou-61 EDTORY PRISMAS Editora Prismas Fone: (41) 3156-4731 Rua José Tomasi, 924 - Santa Felicidade Curitiba/PR - CEP: 82015-630 www.editoraprismas.com Bioética e Diretivas Antecipadas de Vontade Coordenagao: Luciana Dadalto EDITOR, PRISMAS Curitiba 2014Referéncias Abellén Salort, José C: “Biadtica, autonomia y libertad”, Fundacion Universitaria — Espariola, Madrid, 2006; AVY, ‘Ana: Autonomia, liberted y testamento ’égimen Juridico y publicidad, Dykinson, Madrid, 2008 Abollin Salort, 1.C:Cord.. “La praxis def consentimiento informado en fa relaciin sanitaria, Aspectos biojuridicos”, Cuadernos Pricticos, Difusién Juridica, Madrid, 2008 Abellin Salort, J.C. “Autonomia, dependencia y vida social” en: AAV. Lacalle, M, (Coord,|: *Cuestiones disputadas de la vida en sociedad’ Voz de Papel, Madrid, 2006, De Montalvo J8askeldinen, Federico: Muerte digna y Constitucién. Los limites del testamento vi Univ. Pontificia de Comills, Madrid, 2008 Gracia G., D.: Fundamentos de Bioética, EUDEMA, Mactid, 1989. Navarro Michel M., £1 documento de voluntades antcioadas (el mal lamado testamento Notaria, 2003+, p. 25 Postigo Solana, Elena &Tomds y Garrido, Gloria (Eds,): Bloética personalist: Clencia y controversios Eiunsa 2007; Serrano Ruiz-Calderén, J. M: La eutanasia,Eiunsa, Madrid, 2007 Vila-Coro, M.0.! LA VIDA EW LA ENCRUCIADA,, OYKINSON, MADRID, 2008, 154 Bioética e Diretivas Antecipadas de Vontade Diretivas Antecipadas de Vontad Tratamento nos Direitos Francés e Belga Carla Vasconcelos Carvalho”” as: Doutrands to ela Universidade Federal de Minas Gea Dut i e pela Universidade Livre de Bruxelas; 207 em Oi Direito pela Universidade Federal de Minas Gi Professora; Advogada. 155“La fin de vie est une autre allure de la vie et non simplement le bout de celle-ci:"™ 9.1. Introdugao © Direito classifica a morte, no ambito da sua teoria geral, como um fato juridico em sentido estrito, ou um fato da natureza apto & pro- ducdo de efeitos juridicos. Nao cria, pois, a morte, que tampouco é um fenémeno exclusivamente humano. A morte um fendmeno do vivant, daquele que vive, qualquer que seja a sua natureza como ser vivo. A dife- renga essencial por consideracio ao homem é a de que este racionaliza 0 seu viver, 0 qualifica, o valoriza, e por vezes mesmo o destréi ou Reconhecendo o Direito ser a morte um fenémeno extrajul co, caber-Ihe-ia to somente qualifica-la e atribuir-the consequéncias em termos de nascimento, modificacSo, extinggo de direitos ou obrigacdes Nesta perspectiva, ndo haveria, em principio, um direito morte, ou a.um tipo de morte especifica, sendo essa mera consequéncia natural do viver. © fenémeno natural da morte constitui, contudo, objeto impor- tante para outras ciéncias, assim como outros fendmenos que com ele compartilham o cardter de biolégico. O avanco cientifico, por sua vez, especialmente no campo da biotecnologia, interfere e produz consequ- €ncias no tratamento que o Direito confere & morte. € que a0 buscar alterar 0 processo natural da morte® tais ciéncias acabam por afetar a 208 COMITE CONSULTATIF NATIONAL O’ETHIQUE. Avis 121 - Fin de vie, autonomie de lo personne, volonté de mouri. Disponivel em: . Acesso em 15.01.2014, p.9. 209 Evoca-se aqui uma contradico fundamental da ciéncia: tanto se investe em prolongar a vida, ese obtém sucesso em tal empreitada, afastando-se e controlando-se ‘a morte, que se perde em parte a noglo do valor da vida, passando a se the desprezar a ongevidade alcancada, numa nova lute, agora por dar-the cabo. difculdade enfrentada ‘no tratamento do ser humano em relacio a sua condi¢ao de ser vivo, epor consequénci sua finitude, & exposta no relatério do Comit® Consultivo Nacional de Etica da Franca: “Assim, nossa sociedade, que apresenta tendéncia a recusar a morte et @ esperar uma resposta da técnica médica, pode desejar a0 mesmo tempo afastar a medicina quando Capitulo9 157