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Por: Justino M. J. Rodrigues
PREFÁCIO
O presente livro (manual) foi preparado pelos professores deste centro (CPEAES) sob a sua
coordenação e é destinado ao âmplo circulo de estudantes ocupados no estudo de preparação aos
exames de admissão para o ensino superior ou no desenvolvimento da actividade pedagógica nos
centros de ensino e pesquisa em particular.
O traço característico deste livro (manual) consiste em expor os problemas e as tendências
actuais de planos curriculares orientados para o ensino geral e técnico nacional, o
aperfeiçoamento e assimilação das matérias dadas nas escolas, assinalados sob óptica do
desenvolvimento estável dos princípios básicos da teoria e da prática, planificação dos métodos
de estudos, sem expor a metodologia concreta de planificação.
Os autores põe em destaque os elementos que devem ser assimilados e que possam ser úteis nas
diferentes condições de avaliação nos exames de admissão de modo a alcançar os objectivos
desejados.
O livro pode ser utilizado como material de estudo.
O CPEAES ficar-lhe-á muito grato se nos dar a conhecer a sua opinião a cerca da tradução do
presente livro, assim como acerca da sua apresentação e impressão.
Agradecer-lhe-emos também qualquer outra sugestão.
NB: Este livro é propriedade do centro e todos seus direitos e obrigações estão reservados a este
centro ( CPEAES )
É expressamente proibido a sua reprodução, seja ela por fotocópia ou outra forma electrónica,
tanto como a sua venda fora deste estabelecimento (CPEAES) como detentor de todos direitos.
Justino Rodrigues ( Coordenador ),E– Mail rjustino20@yahoo.com.br , Cel? 82-0432 760- www.cpeaes.ac.mz 17
Centro de Preparaçao aos Exames de Admisao ao Ensino Superior- CPEAES www.cpeaes.ac.mz
Justino Rodrigues(Coordenador), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: +258-82 0432 760
Introdução
Este manual de História, foi compilado e adaptado para apoiar os candidatos a Exames de Admissão
na UEM. O trabalho resulta da selecção de variadas e valiosas obras, de pesquisadores nacionais e
estrangeiros, por nós consultadas e devidamente referenciadas (a todos eles vão os nossos sinceros
agradecimentos). Neste âmbito evidenciamos de forma particular os manuais de História de
Moçambique (os actuais volumes I e II editados na UEM), cujos textos tentamos resumir e adaptá-los
aos interesses do nosso curso.
Com esta singela contribuição pretendemos, fundamentalmente, sistematizarr as temáticas básicas,
propostas para os exames, por forma a facilitar ao candidato a assimilação dos conteúdos essenciais
que devem ser retidos. Assim sendo, aconselhamos vivamente aos utentes deste instrumento a
consultarem a lista bibliográfica contida no final deste manual. Os trabalhos por nós indicados, nesta
lista, não são os únicos podendo cada candidato optar por outras leituras por forma a aprofundar os
seus conhecimentos e apreender o encadeamento dos factos históricos que fazem parte da grelha
temática aqui proposta. Para o efeito, é imprescindível efectuar visitas às bibliotecas disponíveis na
cidade do Maputo, onde poderão ser encontradas grande parte das obras por nós recomendadas.
O programa do curso de preparação ao exame de da disciplina História contempla conteúdos,
oficialmente aprovados pela Comissão de Exames da UEM, constituídos por três áreas básicas: i)
História Geral, ii) História de África e iii) História de Moçambique.
Para o tratamento destes assuntos adoptaremos a seguinte metodologia de trabalho:
a) aulas de expositivas concernentes aos temas previstos para o exame de admissão,
b) consolidação da matéria através da resolução de exercícios de aplicação contemplados em cada
unidade temática, revisão dos exames de admissão realizados em épocas passadas,
c) finalmente da realização de testes de simulação para se apurar o nível de acompanhamento e
preparação de cada candidato.
Lembre-se, caro candidato, que o seu sucesso dependerá, fundamentalmente, da sua capacidade de
organização e do seu árduo empenho durante os meses de preparação!
Boa Sorte!
III. UNIDADE – TEMA : A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-1918) ( Tempo previsto 6 horas)
III.1 – O imperialismo e as relações internacionais (séc. XIX a 1914)
III. 2 – O desenvolvimento do conflito (as principais fases do conflito)
III. 3 – A intervenção dos EUA no conflito e o armistício de Brest-Litovsk
III. 4 – A capitulação da Alemanha e a Paz de Paris de 1919
III. 5 – Consequências gerais da guerra (políticas, económicas e sócio-demográficas)
1
Em virtude de existir um manual oficial, relativo a esta temática, não incluimos neste manual nenhum texto referente
a esta disciplina, contudo serão feitos direccionamentos específicos sobre as matérias sugeridas pela Comissão de Exames.
Elaborado por : António Manuel Manso – UEM/Departamento de História 2
Maputo, Março/Abril de 2007 NB: Expressamente proíbido fotocopiar o manual.
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VIII. UNIDADE – TEMA : A FEDERAÇÃO DAS RODÉSIAS E DA NIASSALÂNDIA ( tempo previsto 2 horas)
VIII. 1 – Contextualização
VIII. 2 – Pressupostos para a criação da Federação das Rodésias e da Niassalândia
VIII. 1 – VII. 3 – O caminho sinuoso : da criação ao declínio da federação (1953-1963)
XVI. TEMA : O NACIONALISMO ECONÓMICO DE SALAZAR (1930 – 1960) (Tempo previsto 4 horas)
XVI. 1 – Contextualização
XVI. 2 – Principais instrumentos da política salazarista
XVI. 3 – Reforço do aparelho colonial administrativo e o seu impacto em Moçambique
XVI. 4 – Promoção da burguesia nacional portuguesa
2
Apesar deste termo estar, aparentemente, ligado aos fenómenos ocorridos nos espaços acima mencionados, é
importante tomar em conta que as revoluções burguesas tiveram lugar, posteriormente, em outros continentes e países e
ditaram a entrada para o sistema capitalista dirigido por elites financeiras e industriais ditas burguesas. Um dos vários
exemplos a mencionar é o da Revolução Meiji/Meiji ishin ocorrida no Japão entre 1868 e 1912.
Elaborado por : António Manuel Manso – UEM/Departamento de História 5
Maputo, Março/Abril de 2007 NB: Expressamente proíbido fotocopiar o manual.
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Foi neste contexto que a burguesia comercial, necessitando de protecção e facilidades para realização
das suas actividades mercantis fora da Europa estabeleceu, numa primeira fase, alianças com a coroa
real. Como contrapartida, esta beneficiava de dividendos diversos bem como de impostos em dinheiro
pagos pelos comerciantes (principais detentores do capital comercial). Contudo à medida que a
burguesia foi-se fortalecendo economicamente, passou a contestar as arbitrariedades cometidas pelas
cortes reais e a exigir o respeito das leis que vigoravam em cada Estado.
O que é que a burguesia contestava?
1. A não convocação das assembleias dos representantes (o Parlamento na Inglaterra e os Estados
Gerais na França) para deliberar assuntos importantes da nação.
2. As prisões arbitrárias e inexistência de julgamentos e as execuções sumárias a mando da corte real
e dos altos dignitários como forma de silenciar os seus opositores.
3. Falta de gozo pleno dos direitos e das liberdades individuais por parte dos súbditos, que se reflectia,
entre outros aspectos na prática do sufrágio censitário excluindo-se deste modo as classes inferiores do
cenário político. Portanto, foi nesta base que aos aspectos políticos se acrescentaram também
reivindicações de índole social.
Desta tabela conclui-se que sobre o Terceiro Estado recaiam múltiplas obrigações e benefícios
extremamente reduzidos; por isso a burguesia (camada social economicamente abastada) começou a
reivindicar um melhor tratamento, porque contribuía significativamente para o tesouro do Estado. Por
outro lado, os burgueses já não estavam dispostos a continuar a alimentar a classe nobiliarca que a
consideravam de parasitária.
1.3. Factores financeiros
De uma forma geral os cofres dos estados encontravam-se vazios, devido a múltiplos gastos de
dinheiro aplicado no financiamento de guerras e em despesas supérfluas (em vestuário, na construção
de palácios sumptuosos e na realização de grandes recepções). Esta situação obrigou aos monarcas a
decretarem impostos arbitrários o que provoca fortes protestos por parte dos burgueses o principal
sector a ser taxado e também dos camponeses a quem recaia uma grande parte das obrigações feudais.
Em contrapartida a burguesia, ciente do seu poderio económico, passou a exigir que o lançamento das
tributações fiscais fosse discutido e obtivesse consenso prévio nas assembleias dos representantes que
não eram convocadas fazia bastante tempo. Estas e outras reivindicações encontravam eco na nova
mentalidade cujos fundamentos estavam baseados no Iluminismo ou século das luzes.
Estas e outras ideias alimentaram revoluções burguesas que ocorreram nas datas seguintes:
- Revolução Inglesa (1640 -1688)
- Revolução Americana também conhecida pela designação de Independência das 13 colónias inglesas
da América do Norte 1774/5 -1783
- Revolução Francesa 1789 -1795/9
Ao terminar esta matéria o estudante deve saber explicar os termos seguintes:
Feudalismo, sociedade trinitária, sociedade estamental, Burguesia, absolutismo, antigo regime, privilégios senhoriais,
liberalismo político, constitucionalismo, liberdades individuais, coroa real, rendas, corveias e banalidades, Terceiro Estado,
Iluminismo
I.2.1. Antecedentes
Durante vários anos a Inglaterra foi governada por monarcas absolutistas dos quais se destacaram:
Jaime I (1603-1625), Carlos I (1625-1649) e posteriormente Carlos II e Jaime II (os dois últimos
foram menos expressivos na política interna do país).
De 1611 a 1621 Jaime I governou praticamente sem consultar o Parlamento e após a sua morte (1625)
foi sucedido pelo seu filho Carlos I, que prosseguiu com a política absolutista e expansionista. O novo
rei envolveu-se em guerra com a França e por isso necessitava urgentemente de recursos financeiros
para poder sustentá-la. Como o Parlamento se recusava a conceder mais do que estava previsto pela
lei, Carlos impôs impostos compulsivos aos cidadãos e puniu os refractários enviando tropas para as
suas residências ou colocando-os em prisão sem processo. Contudo a medida mais impopular,
decretada pelo rei, foi chamada ship money - um novo imposto naval que passou a ser aplicado não só
as cidades costeiras (como era hábito), mas também aos condados do interior. Esta contribuição fiscal
irritou particularmente aos comerciantes e serviram de pretexto para fortalecer a oposição desse grupo
à tirania monárquica.
As tensões entre a corte real e os contribuintes agudizaram-se de tal forma que em 1628 o rei foi
obrigado a aceitar a "Petição dos Direitos" (um documento elaborado em 1628 pelos partidários do
Parlamento maioritáriamente constituído por burgueses) reevindicações baseadas na Magna Carta de
1215. Pressionado pela situação, Carlos I viu-se obrigado, após 11 anos de governo autocrático (1629-
1640), a convocar o Parlamento em 1640 a fim de obter dinheiro para punir a resistência escocesa.
Sabendo muito bem que o rei nada podia fazer sem dinheiro, os líderes da Câmara dos comuns
determinaram tomar em suas mãos as rédeas do governo. Aboliram as contribuições navais e os
tribunais especiais que tinham servido como instrumento do absolutismo, aprisionaram vários
representantes deste regime, decretaram uma lei proibindo que o monarca dissolvese o parlamento e
decidiram que este órgão se reunisse em sessão pelo menos uma vez de 3 em 3 anos. Carlos I
respondeu a estas exigências com uma demonstração de força. Na sequência do endurecimento de
posições, ambos os lados reuniram tropas e prepararam-se para uma guerra civil que se desenrolou
entre os anos 1642 e 1648.
I.2.2 PRINCIPAIS FASES DO CONFLITO
1a Fase: 1642 – 1649 (GUERRA CIVIL)
O conflito inicia opondo a Coroa à facção do Parlamento (os rounds heads), também conhecido como
o exército do parlamento , liderado por Oliver Cromwell. A coroa real era especialmente apoiada
pelos cavaleiros (membros da cavalaria – sector de elite do exército real) representantes da nobreza e
do clero. Numa primeira fase registou-se uma supremacia das tropas reais em relação às do Parlamento
inexperientes, mal treinadas e equipadas. Contudo após a batalha de Naseby (14.6.1645) o rei é
aprisionado
Em 1648 Cromwell (puritano) com um exército novo leva o Parlamento a declarar o rei traidor e em
1649 Carlos I foi julgado e decapitado. Consequentemente foi abolida a monarquia e instituída a
República (a Commonwealth ou seja o bem comum). Em suma, a guerra entre o monarca e o exército
do Parlamento possibilitou a tomada do poder pela classe burguesa (maioritariamente constituída por
puritanos que aumentava e se desenvolvia paulatinamente, isto é, uma oligarquia militar e religiosa)
bem como a implantação da República – a Commonwealth.
desta fragilidade e restaurou a monarquia, ou seja o poder voltou às mãos da dinastia Stewart,
representada doravante pelos monarcas Carlos II e posteriomente Jaime II.
O fenómeno que agora iremos estudar é por alguns autores designado por Revolução Americana e por
outros preferem utilizar o otítulo de Emancipação/Luta pela Independência das 13 colónias britânicas
da América do Norte.
Para melhor compreensão deste fenómeno é necessário ter sempre presentes dois acontecimentos
nomeadamente: i) o facto deste acontecimento ter ocorrido após a Revolução Burguesa da Inglaterra
1642-1689), ii) o carácter proteccionista da economia britânica tendente a monopolizar a hegemonia
da actividade mercantil (mercantilismo) bem como as rotas marítimas para o ultramar e iii) o facto de
em simultâneo estar a decorrer a Revolução Industrial fenómeno decisivo para o fortalecimento
económico da burguesia.
- A Nova Inglaterra ( New England ) um conjunto de colónias localizadas a Norte 'das quais se
destacam (Plymouth, Massachusetts, Connecticut, New Haven, Rhoden Island e New Hampshire) com
um centro industrial importantíssimo (em Boston), uma agricultura desenvolvida em moldes
capitalistas bem como se dedicavam à pecuária; destaque especial vai para o desenvolvimento da
educação e do ensino nas universidades de Harvard e Yale;
- Quatro colónias do Centro, onde se haviam fixado holandeses, suecos e ingleses. Aqui estavam
localizados importantes centros da indústria metalúrgica, das finanças e da cultura em Nova Iorque,
Filadélfia, Nova Jersey, Pensilvânia e Delaware;
- Cinco colónias no Sul viradas fundamentalmente para a agricultura (cultivavam o tabaco, o arroz e o
algodão) desenvolvida por uma aristocracia de carácter feudal. O principal centro destes migrantes era
a Virgínia, Maryland e Carolina do Norte bastião dos escravocratas e da
economia de plantações os colonos localizados nesta.
3
Jean Godechot, Les révolutions, in, R. Grousset et Émili G. Léonard, Histoire Universselle III – De la Réforme à
nos Jours, éditions Gallimard, Bruges, 1958;
Elaborado por : António Manuel Manso – UEM/Departamento de História 14
Maputo, Março/Abril de 2007 NB: Expressamente proíbido fotocopiar o manual.
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participantes de 12 colónias à excepção da Geórgia. Neste encontro foi declarado o boicote comercial
contra a Inglaterra. Em resposta Londres decretou o "Acto de Restrição" segundo o qual as colónias
estavam proibidas de comercializarem directamente com outros países sob pena de os seus barcos serem
aprisionados. Estas medidas irritaram os colonos insurrectos e determinaram a radicalização de posições
que conduziram ao início da confrontaçao militar.
A 14 de Julho de 1776 foi realizado o II Congresso de Filadélfia que produziu os seguintes resultados:
a) eleição de George Washington como chefe militar dos insurrectos,
b) apresentação da Declaração de Independência dos EUA por Thomas Jefferson. Este último acto
marcou a
separação política entre a metrópole e as colónias.
Em 1783 em Versalhes a Inglaterra reconhece oficialmente a Independência dos EUA. Contudo só em
1787
entrou em vigor a nova Constituiçao dos EUA que fixava os mecanismos da nova República:
- introdução de uma República Federal
- poder executivo representado pelo Presidente escolhido por um colégio eleitoral composto por
representantes
dos Estados eleitos pelo Congresso estadual)
- poder legislativo pertencente ao Congresso dos EUA (sudividido em 2 câmaras: a do Senado -
câmara alta e a
dos Representantes)
- poder judicial representado pelo Tribunal Supremo (High Court).
Em suma a Constituição de 1787 consagra 2 princípios importantes: o da separação de poderes
(legislativo, executivo e judicial) e o da descentralização (instância federal e nível estadual), como explica
Godechot. Luís Rodrigues analisa o impacto deste fenómeno de forma mais acutilante afirmando que a
Revoluçao Americana "foi, primeiro que tudo, um processo de emancipação política ou de
autodeterminação em relação ao domínio colonial britânico; foi, depois, um evento militar, uma guerra
cuja dimensão, quer militar, quer diplomática, urge não desprezar, uma vez que, como se erá, veio a
assumir uma feição decisiva em momentos determinantes deste processo; foi, por fim, uma verdadeira
revolução política que implantou um novo tipo de governo e de modelo político, consubstanciado na
4
Luís Nuno Rodrigues, A Revolução Americana (1763-1787), in : Fernando Martins e Pedro Aires Oliveira, As
Revoluções Contemporâneas, Edições Colibri, Lisboa Fevereiro de 2005, p. 30.
Elaborado por : António Manuel Manso – UEM/Departamento de História 16
Maputo, Março/Abril de 2007 NB: Expressamente proíbido fotocopiar o manual.
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Burgueses, financeiros, negociantes, mercadores, artífices 4.000.000
Lavradores, cultivadores com gado 2.130.000
Vinhateiros, cultivadores manuais 4.500.000
Operários e jornaleiros 10.000.000
Criados 1.954.000
instituir um imposto geral como a taxa do selo, o rei teria primeiro de convocar os Estados Gerais, que
representavam os três estados do reino". Este posicionamento, mesmo que irreflectido por parte de
alguns nobres, constituiu uma autêntica "revolução nobiliarca" e por isso mesmo certos autores
consideram que a revolução francesa inicia em 1788 e não em 1789.
I.4.3 Causas ideológicas:
Introdução de uma nova ideologia o iluminismo (para mais pormenores cf. Tema I.- Causas Gerais das
Revoluções Burguesas).
I.4.4 : PRINCIPAIS FASES DO CONFLITO
posicionamento das camadas aristocráticas em Junho de1879 o Terceiro estado abandonou os Estados
gerais, autoproclamou-se Assembleia Nacional e decretou que nenhum imposto seria lançado sem o
seu consentimento. Posteriormente a Assembleia Nacional transformou-se em Assembleia Nacional
Constituinte (a 9 de Julho).
A situação política deteriorara-se a ponto de o poder real ser contestado de forma generalizada. É
assim que no dia 14 de Julho uma multidão enfurecida toma de assalto Bastilha, símbolo do regime
absolutista, que funcionava simultâneamente como prisão e arsenal.
No dia 4 de Agosto do mesmo ano a Assembleia Nacional Constituinte decretou as medidas
seguintes:
- suprimiu os privilégios feudais: banimento dos direitos senhoriais (corveias, banalidades, justiças
privadas e a dízima)
- todos os cidadãos, sem distinção de nascimento, podiam ser admitidos a todos empregos e dignidades
eclesiásticas e civis,
- foi instituida igualdade de todos os franceses perante o imposto
- os magistrados repudiaram a venalidade dos cargos
- efectuou-se a nacionalização e posterior venda dos bens da Igreja
Mais tarde, a 26 de Agosto, a Assembleia Constituinte aprova a "Declaração dos Direitos do Homem
e do Cidadão" um documento revolucionário segundo o qual "Os representantes do povo francês,
constituídos em Assembleia Nacional, considerando que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo
dos direitos do homem são as únicas causas das infelicidades públicase da corrupção dos governos,
decidiram expor, numa declaração solene, os direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem..."
onde destacamos 2 ideias fundamentais: " Os homens nascem e permanecem livres e iguais em
direitos", "todos os cidadãos são iguais perante a lei" e "O princípio de toda a soberania reside
essencialmente na nação". Em suma o novo documento continha aquilo que incarnava o lema básico
desta revolução: "liberdade, igualdade, fraternidade".
Em 1791 foi proclamada a monarquia constitucional, através da qual ao rei foi reservado o direito de
veto suspensivo; segundo Mota este novo regime passou a ser caracterizado pelos seguintes aspectos:
- Princípio censitário (isto é, os eleitos eram seleccionados de acordo com suas posses)
- Supressão das ordens e dos privilégios dos senhores
- Todos os indivíduos deveriam ser considerados iguais perante a lei
- Defendia a manutenção da escravidão nas colónias
- Propunha a descentralização administrativa
- Obrigava a nacionalização dos bens do clero. A estes aspectos devemos acrescentar que o rei perde
parte dos poderes a favor de outras instituiçõe. Por exemplo, o poder legislativo pertence à Assembleia
legislativa eleita por dois anos, permanente e inviolável a qual representa a soberania nacional. Por
outro lado, o rei detém o o direito de veto suspensivo contudo este direito "não pode ser aplicado nem
sobre matéria constitucional, nem sobre matéria fiscal" explica Pirenne. Se estas medidas agradavam
os desígnios dos burgueses moderados o mesmo não acontecia nem com os monarquistas e muito
menos com a maioria da populaçao pobre. Sobre este aspecto Pirenne explica que a revolução havia
criado "duas oposições" nomeadamente " a da nobreza da corte, para a qual o novo regime era uma
autêntica ruína, e a do proletariado de Paris, que tinha sido afastado das assembleias eleitorais de 1789,
e cuja situação económica se ia tornando cada vez mais precária, em consequência da fome e da
elevação dos preços resultantes da desorganização do comércio, sobretudo do comércio do trigo, que a
crise do regime provocara". Mais adiante o mesmo autor afirma que pior situação recaía sobre os
camponeses, porque se o direito à propriedade deu largas vantagens aos "camponeses abastados" o
mesmo não aconteceu com os camponeses "mais deserdados" para quem estas medidas truxeram
consigo, consequências por vezes desastrosas". Portanto, conclui o mesmo autor que "A abolição dos
direitos feudais teve pois como consequência tornar maior depois da revolução do que sob o antigo
regime a distinção entre o proprietário e o não-proprietário, e isso não só no plano social como
também, pelo menos teoricamente, no plano político".
Apesar das mudanças revolucionárias já avançadas, parte dos jacobinos (radicais) não concordava que
o rei continuasse a deter o poder, através do direito de veto, facto que criou rotura no seio da
Assembleia Nacional Constituinte. Os receios do referido grupo avolumaram-se, sobretudo porque
neste preciso momento estava a formar-se uma coligação militar e monárquica externa (constituída
numa primeira fase pela Áustria e pela Prússia à qual se juntaram posteriormente a Inglaterra, a
Holanda e a Espanha) que pretendia invadir a França e repôr a ordem monárquica. Segundo Pirenne
esta invasão baseava-se no facto de "A abolição dos direitos feudais, que lesava os interesses dos
príncipes alemães com possessões na Alsácia, criara com estes um conflito que eles levaram perante a
dieta do império" bem como à anexação de Avinhão e do condado Venaissin pertencentes à Santa Sé.
Nessa mesma altura o rei empreendeu uma tentativa de fuga mal sucedida, poi fora preso em
Varennes, sendo este acto considerado pela Assembleia Constituinte, o "prelúdio de uma guerra
ofensiva contra a França".
Este incidente provocou uma reacção das forças externas e foi neste âmbito que o duque de
Brunschvick (chefe do exército invasor) mandou informar, através de um ultimato aos dirigentes da
revolução, que Paris seria totalmente subvertida, se qualquer desacato fosse praticado contra a pessoa
do rei.
Face a estes acontecimentos os feuillants ou monarquistas, que dominavam a Assembleia preferiram
manter a figura do rei. Contráriamente pensavam os Jacobinos " que tinham o apoio da rua e
reclamavam a destituição do rei, o sufrágio universal e reformas populares". Consequentemente,
devido ao conluio que se notava entre a corte real e os invasores externos, o povo liderado pelos
secessionistas Jacobinos rebelou-se, aprisionou o rei e suspendeu-o de todas as suas funções. As
contradições existentes entr Girondinos e Jacobinos foi explicada por Mota nos termos seguintes: "Os
Girondinos –liberais moderados...colocavam em primeiro lugar a união dos cidadãos na defesa do país
ameaçado pelas forças invasoras. O inimigo externo mobilizava o sentimento nacional dos patriotas. A
burguesia montanhesa, mais radical e apoiada pelos sans-culottes parisienses, se empenhava – como o
jovem Saint-Just – no prosseguimento da guerra externa e no aprofundamento da Revolução". É neste
clima que surge a República em 1792, iniciando deste modo a fase da Democracia Social e de
medidas radicais postas em prática pelo governo da Convenção jacobina. Iniciava assim a segunda
fase da Revolução francesa.
intervenção das potências europeias, Napoleão Bonaparte tomou o poder à força assumindo poderes
ditatoriais em 1799 (o Consulado) e desestabilizando a república burguesa. Contudo, os ideais do
constitucionalismo e das liberdades será retomado na primeira década do séc. XIX durante as
chamadas revoluções liberais de 1830 à 1848.
Ao terminar esta matéria o estudante deve saber explicar os termos seguintes:
Estados Gerais, Asssembleia de Notáveis, Terceiro Estado, Assembleia Nacional, Constituinte Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão, Democracia Social, Convenção Jacobina, fase do medo ou do terror, Jacobinos, Girondinos, Lei do
máximo, guilhotina, Directório
1. Indique a composição social das facções que participaram nas revoluções burguesas. Para o efeito descrimine a sua
resposta por países.
3. Descreva as alianças sócio-políticas que se estabeleceram entre as facções envolvidas em cada revolução burguesa.
4. Que argumentos foram apresentados, tanto na Inglaterra como em França, para o combate do Absolutismo?
5. Quais foram os principais mentores que formularam ideias contra o Antigo Regime?
13. Porquê certos autores designam o governo dos Jacobinos de Democracia Social ?
16. Estabeleça uma comparação entre os documentos B e C. Na sua resposta tenha em consideração:
a) os elementos comuns,
b) e os aspectos diferentes.
17. Em que medida as reivindicações políticas levadas a cabo nas 13 colónias britânicas da
América do Norte diferem das ocorridas no continente europeu?
19. Porque razão a luta pela emancipação das treze colónias britânicas da América do Norte é
também considerada uma revolução burguesa?
a) Porque razão?
b) Na actualidade que significado tem esta data para os franceses?
DOCUMENTOS
A. DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO HOMEM E DO CIDADÃO
Os representantes do povo francês, constituídos em Assembleia Nacional, considerando que a ignorância, o esquecimento
ou o desprezo pelos direitos do homem são as únicas causas das infelicidades públicas e da corrupção dos govemos, resol-
veram expor, numa declaração solene, os direitos naturais, inalienáveis e sagrados do homem. (...) Portanto, a Assembleia
Nacional reconhece e declara, na presença e sob os auspícios do Ser Supremo, os seguintes direitos do homem e do
cidadão:
Artigo 1° - Os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos. As distinções sociais só podem ser baseadas na
utilidade comum.
Art. 2° - A finalidade de qualquer associação política é a conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem.
Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança e a resistência à opressão.
Art. 3° - O princípio de toda a soberania reside essencialmente na nação. Nenhum corpo, nenhum indivíduo, pode exercer
autoridade se não dimanar expressamente dela.
Art. 4° - A liberdade consiste em poder fazer tudo o que não prejudique outrem; assim, o exercício dos direitos naturais de
cada homem tem como limites os que asseguram aos outros membros da sociedade o usufruto desses mesmos direitos.
Esses limites só podem ser determinados pela lei. (...)
Art. 6° - A lei é a expressão da vontade geral. Todos os cidadãos têm o direito de participar pessoalmente, ou através dos
seus representantes na sua formação. (...)
(...) Sendo todos os cidadãos iguais a seus olhos, têm igualmente acesso a todas as dignidades, lugares e empregos
públicos, segundo a sua capacidade e sem outra distinção que não seja a das suas virtudes e talentos.
Art. 7° - Nenhum homem pode ser acusado, preso ou detido, a não ser nos casos previstos pela lei e segundo as formas que
ela prescreve. (...)
Art. 9° - Ninguém deverá ser perturbado pelas suas opiniões, mesmo religiosas, desde que a manifestação delas não
perturbe a ordem pública estabelecida pela lei. (...)
Art. 11° - A livre comunicação de pensamentos e opiniões é um dos direitos mais preciosos do homem; portanto, todo o
homem deve poder falar, escrever, imprimir livremente, salvo em casos de abuso dessa liberdade. (...)
Art. 13° - Para manter a força pública e para as despesas da Administração, é indispensável uma contribuição comum; deve
ser repartida igualmente por todos os cidadãos, na razão das suas capacidades. (...)
Art.15°- A sociedade tem o direito de pedir contas a todos os agentes públicos pela sua administração. (...)
Art. 17° - Sendo a propriedade um direito inviolável e sagrado, ninguém pode ser dela privado, a menos que seja de
utilidade pública legalmente constatada e sob condição de justa e prévia indemnização.
Os Lordes espirituais e temporais e os Comuns reunidos hoje declaram para assegurar os seus antigos direitos e liberdades:
- que o pretendido poder da autoridade real de suspender as leis ou a execução das leis sem o consentimento do Parlamento
é ilegal;
Elaborado por : António Manuel Manso – UEM/Departamento de História 26
Maputo, Março/Abril de 2007 NB: Expressamente proíbido fotocopiar o manual.
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- que o pretendido direito da autoridade real de dispensar das leis ou da execução das leis, como foi usurpado e exercido no
passado, é ilegal;
- que levantamento de impostos para a Coroa ou para seu uso sob pretexto de prerrogativa; sem o consentimento do
Parlamento, é ilegal;
- que é um direito dos súbditos apresentar petições ao rei e que todas as prisões e perseguições por causa destas petições
são ilegais;
- que o recrutamento e manutenção de um exército no reino, em tempo de paz, sem o consentimento do Parlamento, são
contrários à lei;
- que as eleições dos membros do Parlamento devem ser livres;
- que a liberdade de palavra, de debate ou de procedimento no seio do Parlamento não podem ser entravadas ou discutidas
noutro local que não seja o próprio Parlamento;
- que enfim, para remediar todos os danos, e para melhoria, consolidação e conservação das leis, o Parlamento deverá ser
reunido frequentemente.
E eles requerem e reclamam com instância todas as coisas acima ditas como seus direitos e liberdades incontestáveis; e
também que nenhumas declarações, juiízos, actos ou procedimentos, que prejudiquem o povo num dos pontos acima refe-
ridos, possam de alguma maneira servir de precedente ou de exemplo no futuro.
Os Lordes espirituais e temporais e os Comuns, reunidos em Westminster determinam que Guilherme e Maria, príncipe e
princesa, de Orange, são e permanecerão declarados rei e rainha de Inglaterra e da Irlanda e dos territórios que dela
dependem. in Les Mémoires de l'Europe. vol. II
C. A MAGNA CARTA (1215)
[1] Em primeiro lugar concedemos a Deus e confirmamos pela presente carta, a nós e a nossos herdeiros perpètuamente,
que a Igreja da Inglaterra seja livre e conserve integralmente os seus direitos e intangíveis as suas liberdades...
[ 12] Nenhum imposto ou pedido será estabelecido no nosso reino, sem o consenso geral, excepto para resgastar a nossa
pessoa, para armar cavaleiro o nosso filho mais velho e para casar, uma primeira vez, a nossa filha mais velha, e neste caso
que a contribuição seja razoável. Que tudo se passe na mesma maneira no que respeita às contribuições da cidade de
Londres.
[13] A cidade de Londres conservará as suas antigas liberdades e todos os seus costumes livres, tanto na terra como na
água. Além disso, queremos e concedemos, que as outras cidades, burgos, vilas e portos sem excepção gozem das suas
liberdades e costumes livres.
[14] Para obter o consenso geral, a fim de lançar um pedido ou imposto fora dos três casos sobreditos, mandaremos
convocar os arcebispos, bispos, abades, condes e grandes barões por meio de cartas individuais; e além disto, mandaremos
convocar duma maneira geral, por intermédio dos nossos bailios e outros magistrados todos os nossos vassalos directos
para um dia determinado a saber, com antecedência de pelo menos quarenta dias, num local determinado, em todas as
nossas cartas indicaremos o motivo da convocação...
[39] Nenhum homem livre será detido, aprisionado, ou despojado dos seus direitos ou bens, ou colocado fora da lei, ou
exilado, ou destituído da sua condição de qualquer maneira que seja. Não procederemos contra ele pela força nem
enviaremos outros que o façam, salvo mediante julgamento legal dos seus pares, ou de acordo com a lei da região.
[41] Todos os mercadores poderão livremente e seguramente sair da Inglaterra, nela entrar, permanecer e passar, quer por
terra quer por água, para comprar e vender, sem receio de extorsões ilegais, de acordo com o antigo costume, excepto em
tempo de guerra e se pertencerem ao país beligerante. Se estes se encontrarem no nosso domínio no princípio da guerra,
serão detidos, sem prejuízo para a sua pessoa e bens, até que nós ou o nosso chanceler saibamos de que maneira os
mercadores deste país, encontrados em terra inimiga, foram tratados; se estes se encontrarem a salvo, aqueles também o
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estarão...
[61] ..Instituimos e concedemos aos nossos barões a seguinte garantia: elegerão vinte e cinco barõe do reino, os quais
deverão com todo o seu poder observar, manter e fazer cumprir a paz e as liberdades que nós concedemos... E se nós não
corrigirmos um abuso... dentro do prazo de quarenta dias a partir do momento em que ele nos tiver sido assinalado... quatro
dos barôes sobreditos levarão este assunto até ao conhecimento dos outros barões e todos... com o apoio dos comuns do
país apoderar-se-ão dos nossos castelos, terras, bens e outras quaisquer coisas à excepção apenas da nossa pessoa e das da
rainha e nossos filhos...
in: Fernanda Espinosa e Maria Luísa Guerra, História – Idade Média Idade Moderna, Porto Editora, E. L. Fluminense,
Porto (sd), pp. 134-135.
A Constituição é composta de um preâmbulo, sete artigos e 26 emendas. Estabelece um sistema federal através da divisão
das atribuições entre os governos federal e estaduais. Institui, também, um governo nacional equilibrado, por meio da
divisão da autoridade entre três poderes independentes - o executivo, o legislativo e o judiciário. O poder executivo faz
cumprir as leis, o poder legislativo promulga as leis, e o poder judiciário interpreta as leis. O poder executivo do governo
nacional é normalmente representado pelo Presidente, o poder legislativo, pelo Congresso, e o poder judiciário, pela Corte
Suprema.
[...] Há certos poderes que a Constituição não concede ao governo nacional ou proíbe aos estados. Esses poderes
reservados pertencem ao povo ou aos estados. Os poderes estaduais compreendem o direito de legislar sobre o divórcio,
matrimónio e escolas públicas. Os poderes reservados ao povo incluem o direito à propriedade e ao julgamento por júri.
Em alguns casos, os governos nacional e estaduais têm poderes concorrentes - isto é, a ação poderá ser exercida por ambos
os níveis de governo. O governo nacional tem autoridade suprema em caso de conflito.
A Corte Suprema possui a autoridade final para interpretar a Constituição. Tem poderes para repelir qualquer lei - federal,
estadual ou municipal- que seja conflitante com qualquer parte da Constituição.
in A Constituição dos Estados Unidos da América com notas explicativas, Agência de Divulgação e Relações Culturais dos
EUA, sl, 1987, p. 2.
«Há em cada Estado três espécies de poderes: o poder legisla/ivo, o poder executivo das coisas que dependem do direito
das gentes e o poder executivo das que dependem do direito civil. Pela primeira, o príncipe ou o magistrado faz leis para
um tempo ou para sempre e corrige ou revoga as que estão feitas. Pela segunda, faz a paz ou a guerra, envia ou recebe
embaixadas, estabelece a segurança, prevê as invasões. Pela Terceira, pune os crimes ou julga os diferendos dos
particulares. Chamar-se-á a esta última o poder de julgar e a outra simplesmente o poder executivo do Estado.»
«O príncipe recebe dos seus súbditos a autoridade que tem sobre eles; e esta autoridade é limtada pelas leis da natureza e
do Estado. As leis da natureza e do Estado são as condições sob que estão submetidos ao seu governo. Uma destas
condições é que, não tendo poder e autoridade sobre eles senão pela sua escolha e pelo seu consentimento, não pode nunca
empregar esta autoridade para quebrar o acto ou o contrato pelo qual ela lhe foi deferida; agiria então contra si mesmo visto
que a sua autoridade não pode subsistir senão pelo título que a estabeleceu [...] O príncipe não pode portanto dispôr do seu
(De um artigo de Diderot na Enciclopédia "sobre Autoridade política", in: Maria L. Guerra, p. 8.
«Como os homens podem criar novas forças mas apenas unir e dirigir as que existem, não têm outro meio, para
sobreviver, senão agregarem-se, unirem forças que possam derrubar os obstáculos, pô-las em jogo para um (único
objectivo, fazê-Ias actuar harmoniosamente).
Este somatório de forças só pode nascer do concurso de muitos. Mas se a força e liberdade de cada homem são os
primeiros instrumentos da sua sobrevivência, como poderá ele comprometê-Ios sem prejudicar e negligenciar os cuidados
que a si mesmo deve? Esta dificuldade, introduzida no meu tema, pode enunciar-se nestes termos: «Encontrar uma forma
de associação que defenda e proteja de toda a força comum a pessoa e os bens de cada associado e em que cada um, ao
unir-se a todos, só a si mesmo obedeça e continue tão livre como antes». Tal é o problema fundamental que no Contrato
Social encontra solução.»
«Ser livre é depender apenas das leis. Os lngleses amaram as leis como os pais amam os filhos porque as fizeram ou
julgaram fazê-Ias. Um tal governo liberal foi estabelecido muito tarde porque foi preciso combater, durante muito tempo,
poderes respeitados: o poder do papa, o mais terrivel de todos porque estava fundado no preconceito e na ignorância: o
poder real, sempre pronto a exceder-se e que era preciso conter nas normas; o poder da baronia que era uma desordem; o
poder dos bispos que, misturando sempre o profano com o sagrado, quiseram impor-se à baronia e aos reis. Pouco a pouco,
a Câmara do Comuns tornou-se o dique que fez parar todas estas torrentes.»
1. A Revolução Industrial
No final da segunda metade do séc. XIX e nos inícios do séc. XX assistiu-se a um acelerado processo
de industrialização e a um grande desenvolvimento da economia capitalista. Estes factos reflectiram-
se na política internacional europeia e além-mar; com efeito, reflectiu-se na emergência de novas
potências industrializadas na Europa, na América e no Extremo Oriente – ou seja na Alemanha, na
França, na Bélgica, nos EUA e no Japão respectivamente. Por exemplo, nos primeiros anos do século
XX, a Alemanha e o Japão desenvolveram a sua industrialização a ponto de se tornarem altamente
competitivos nos mercados internacionais, e, desta forma, passarem a ocupar lugar de destaque entre
as grandes potências imperialistas do Mundo.
Portanto, como resultado da Revolução Industrial, vários países da Europa Ocidental enveredaram por
uma política expansionista e de concorrência sem precedentes justificada por diversas necessidades
tais como:
- a aquisição de matérias-primas necessárias à indústria europeia,
- a exportação de capitais em forma de investimentos bastante rentáveis e
- a procura de novos mercados para o escoamento de produtos manufacturados.
Estes aspectos provocaram uma concorrência desenfreada entre as potências capitalistas europeias que
se degladiavam entre si pela ocupação do chamado "espaço vital" e dos chamados "espaços brancos
do planeta". Portanto podemos afirmar que um dos principais factores da I Guerra Mundial foi o
imperialismo.
Bismarck, que apoiando-se "no nacionalismo étnico e antifrancês e numa aliança entre a aristocracia
Junker e a burguesia industrial" imprimiu uma nova dinâmica na política interna e internacional. Como
afirma Vizentini, foi neste contexto que tanto a Alemanha como a Itália (ora unificadas) "alteraram o
equilíbrio europeu, ao forjar duas novas potências à semelhança das outras potências europeu centro
da Europa, cujo desenvolvimento viria a desequilibrar a balança de poder, na medida em que o
Segundo Reich se tornava potência dominante no centro e depois no conjunto do continente."
Consequentemente, Berlim passou a ser palco de importantes conferências internacionais e os
dirigentes alemães caminham, à semelhança de outras potências europeias, para uma política
imperialista agressiva em busca do chamado Lebensraum5. Deste modo, o expansionismo alemão
começou a manifestar-se a partir da guerra Franco-Prussiana (1870-1871 ), que culminou com a
ocupação da Alsácia e da Lorena zonas pertencentes à França e de alto valor económico e estratégico.
Posteriormente a Alemanha empenhou-se em adquirir colónias e zonas de influência tanto em África
como na Ásia. Foi na sequência destas pretensões e das pressões de potências europeias (Inglaterra)
que a Alemanha começou a preparar-se afincadamente para um possível conflito como nos elucidam
as seguintes passagens da obra de Droz História da Alemanha: "[...Face às dificuldades internas e
externas, o império só tem uma solução: o desenvolvimento do armamentoque assegurará à Alemanha
a aquisição de novos mercados, e, porconseguinte, a manutenção da produção industrial e da
prosperidade material. Sabe-se que a criação de uma poderosa frota de guerra, a segunda do mundo,
executada pelo almirante TIRPITZ, secretário de Estado da Marinha, foi obra pessoal de Guilherme
II. Por este facto o governo alemão corre o risco de um conflito com a Grã-Bretanha, que, após o
fracasso das negociações de 1912 se vê empurrada para para as potências da Entente.Por seu lado, o
exército terrestre vê aumentar os seus efectivos e aperfeiçoar-se o seu armamento, sobretudo no
domínio da aviaçãoe da artilharia pesada. Os novos orçamentos, reclamados em 1912 e 1913, foram
votados por todos os partidos alemães, sociais-democratas inclusive, estes previamente compensados
com a criação de um imposto sobre as grandes fortunas.
No plano militar, o Governo pôde contar com a sua unanimidade da opinião pública, que, bem mais
do que a conquista de liberdades políticas, se preocupa com o lugar do Reich no mundo, com um
'lugar ao sol' ao qual ele tem direito.A Alemanha habitua-se à ideia de que deverá, num futuro
próximo, defender pelas armas a situação política e económica do país...]6
5
Lebensraum, termo alemão que significa espaço vital.
6
Jacques Droz, História da Alemanha, Publicações Europa-América, Mira-Sintra, 1999, pp. 70-71.
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Estava-se então em presença de uma potência emergente, cuja actividade transformaria radicalmente
os destinos de vários estados europeus, asiáticos e balcânicos.
II.1.3 : A crise balcânica
A região dos balcãs foi desde o séc. XVII uma zona para onde confluiram interesses de vários
impérios e países a saber: i) O Império Turco-Otomano que ocupava a região desde essa altura; ii) O
império Austro-Húngaro, desde 1878, manifestou interesse pela região onde manteve uma tutela sobre
a Bósnia-Herzegovina que foi posteriormente anexada em 1909; iii) a Rússia czarista que pretendia
controlar o Estreito de Dardanelos (no Mar Negro) e desta forma encontrar uma saída para o
Mediterrâneo; para o efeito apareceu na região como defensora de interesses dos ortodoxos (religião
dos eslavos do Sul) e aliou-se à Sérvia, um povo que reevindicava a sua libertação do domínio
estrangeiro; iv) a Alemanha interessada em construir uma linha férrea ligando Berlim-Bizâncio-
Bagdade (B-B-B, a linha dos três B's) chocando-se com os propósitos imperialistas da Inglaterra na
zona do Médio Oriente.
Os balcãs tinham-se tornado assim num verdadeiro barril de pólvora, porque havia nesta região,
condições suficientes para alimentar uma série de instabilidades políticas provocadas essencialmente
pelos factores seguintes:
i) sentimentos nacionalistas regionais provocados, em primeiro lugar, pelo domínio da região, por
parte do Império Turco-Otomano e do Império Austro-Húngaro.
ii) manifestações independentistas lideradas pela Sérvia, que possuía um projecto político para a
criação da chamada "Grande Jugoslávia" um espaço territorial que incluiria as regiões da Sérvia, do
Montenegro, da Bósnia, da Eslovénia, e da Croácia.
II.1. 4 : O Nacionalismo
A maior parte dos países expansionistas justificavam a sua grandeza mediante o número de colónias
que possuiam. Assim a disputa colonial fez surgir sentimentos nacionalistas como por exemplo: o
revanchismo (na França), o pan-germanismo (na Alemanha) e o pan-eslavismo (na Rússia).
Que países estiveram envolvidos neste conflito?
Em 1882 foi criada a "Triplice Aliança" uma organização que se consolidou em 1912. Fizeram parte
desta a Alemanha, a Áustria-Hungria e a Itália (que se retirou em 1915)7 e posteriormente a Turquia.
7
A Inglaterra e a França, pelo Tratado de Londres em Abril de 1915 conseguem aliciar a Itália para o lado
da Entente, prometendo a conquista e a devolução do Trentino, Trieste, Istria e litoral da Dalmácia (terras
irredentas/irredentismo).
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8
Rever dados sobre o conflito de Fachoda.
9
Guy Pedroncini, Les négociations secrètes pendant la grande guerre, Édition Flammarion, Paris 1969, p. 19.
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iniciado um novo tipo de guerra cruel e desgastante. A este respeito Vizentini expica que os soldados
abrigavam-se em trincheiras protegidas por sacos de areia, reforçadas por "barreiras de arame farpado,
blindagens, posições de tiro, postos de observação, cercas electrificadas em alguns setores e terrenos
minados,em linhas defensivas paralelas"10. Os soldados viviam nelas sob condições insalubres – no
meio da lama, do frio, da morte e da metralha durante vários meses sob ameaça de doenças e de
epidemias. As trincheiras, que haviam sido introduzidas pelos franceses, cedo se disseminaram em
quase todas as frentes de combate e tiveram por consequência a introdução da "guerra de desgaste, de
tensão e esgotamento das forças humanas, técnicas e industriais". Por outro lado esta fase serviu
igualmente para a maior parte dos países rearmarem-se e retomarem a guerra com meios bélicos mais
sofisticados.
3ª fase : 1917-1918 guerra de movimento, crises sociais generalizadas e final do conflito; a maior parte
dos países não estava economicamente preparada para uma guerra desta natureza, facto que os obrigou
a desviarem recurso para o sector militar. Isto provocou a fragilização das economias nacionais e a
emergência de convulsões políticas e sociais que se reflectiram negativamente no período pós-guerra
(ler o capítulo sobre o Fascismo e o Nazismo).
Em 1917 ocorrem dois acontecimentos importantes: a retirada da Rússia e a entrada dos EUA para a
guerra: intervenção dos EUA no conflito e o armistício de Brest-Litovsk.
10
Paulo G. Fagundes Vizentini, Primeira Guerra Mundial –Relações Internacionais do Século 20, Editora da
Universidade, Porto Alegre, 1996, p. 46.
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durante 15 anos, Posnania, Alta Silésia e a Prússia Ocidental), à Checoslováquia (Hlucínsko - região
da Alta Silésia) e à Bélgica (as regiões de Eupen e Malmédy); a criação de um território no Sarre sob o
controlo da Sociedade das Nações durante 15 anos;
- as colónias africanas (Togo e Camarões na África Ocidental) foram subdivididas entre a França e a
Inglaterra; o Tanganhica e Sudoeste Africano ficou sob tutela da União sul-africana, o Ruanda-Urundi
foi ocupadao pela Bélgica. As colónias alemãs do Pacífico foram distribuídas entre a Austrália e o
Japão.
Pelo Tratado de Versalhes a Alemanha reconheceu a independência da Checoslováquia e da Polónia.
b) Cláusulas militares
Redução substancial de homens (a Alemanha só devia possuir cca de 100.000 homens), de material
bélico, supressão da marinha (submarinos) e da aviação, bem como a abolição do serviço militar.
A margem esquerda do rio Reno (do lado da Alemanha) foi militarmente ocupada por tropas dos
Aliados, por 15 anos; da mesma forma a margem direita do mesmo rio (numa extensão de 50km) foi
desmilitarizada a fim de se evitar um possível ataque alemão à França.
c) Cláusulas económicas
A Alemanha foi obrigada a pagar pesadas indemnizações (principalmente à França) para a reparação
dos prejuízos de guerra. Parte da marinha mercante devia entregar aos aliados em compensação dos
barrcos destruídos durante a guerra submarina.
II.2.8 : TRATADO DE ST. GERMAIN-EN-LAYE com a Áustria (Setembro de 1919)
Este dispositivo conduziu à desagregação do império Austro-Húngaro e originou uma mudança do
mapa político da Europa uma vez que:
- da desintegração da Dupla Monarquia surgiram 2 estados independentes : a Áustria e a Hungria;
- aos dois países supramencionados foi proibido de doravante estabelecerem qualquer tipo de
alianças/coligaçao entre si ;
- a Áustria foi igulmente impedida de formar coalisões com a Alemanha;
- foi reconhecida a independência de vários estados Danubianos (Checoslováquia, Polónia,
Estónia, Lituânia, Letónia e Finlândia)
- Surgimento de um novo país na zona meridional da Europa - a Jugoslávia.
II.2.9: Consequências gerais da guerra : políticas, económicas e sócio-demográficas
1. Políticas
Os tratados de paz assinados após o conflito agravaram os problemas de fronteiras contestadas e o
tratamento de minorias europeias; foi neste contexto que surgiram reenvidicações dos países
perdedores que passaram a exigir a revisão dos tratados então assinados; um dos países revisionistas
foi a Alemanha.
As consequências da guerra foram para este país desastrosas. A chamada "humilhação" promovida
pelo tratado de Versalhes, foi originada pela posição de força dos países vencedores manifestada pelo
Diktat. Na realidade o que se passou foi que os vencedores conservaram para si as possessões
coloniais dos vencidos o que provocou um verdadeiro descontentamento e a radicalização do
nacionalismo alemão, que encontrou eco e apoio no seio de sectores sociais conservadores.
A guerra teve implicações no delineamento de um novo mapa político colonial de África. Assim várias
zonas de interesse alemão passaram a ser geridas por outros países: na África Ocidental o Togo e o
Camarões foram distribuídos à França e à Inglaterra;na África Oriental Tanganhica passou para a
Inglaterra e as regiões do Ruanda-Urundi foram ocupadas pela Bélgica; na África Meridional, o
Sudoeste Africano (actual Namíbia) foi posta sob o mandato da Sociedade das Nações (1919) e por
esta confiada à África do Sul. Cumulativamente as colónias do Pacífico foram distribuídas entre a
Austrália e o Japão.
A formação da Sociedade das Nações (SDN)
Após a Primeira Guerra Mundial, e sob proposta do presidente dos Estados Unidos da América, foi
criada a Sociedade das Nações (28/4/1919) com sede em Genebra. Este orgão tinha como tarefas
preparar o desarmamento e evitar futuros conflitos armados por meio de apelos à cooperação
internacional. O seu fraco desempenho ante os conflitos que conduziram à Segunda Guerra Mundial11,
determinou a sua dissolução ( em 1946 ) e respectiva substituição pela Organizaçâo das Nações
Unidas ( ONU ) com sede em Nova Iorque.
Económicos
A destruição de várias infra-estruturas industriais na Europa, conduziu a uma série de implicações
negativas tais como: a desorganização do aparelho produtivo que se repercurtiu no desemprego e na
miséria da população europeia; a sobrevalorização de prioridades para a economia de guerra ditou uma
certa negligência de sectores tais como a produção e distribuição alimentar, a saúde a educação e os
transportes.
A Europa deixou de ser a fornecedora de produtos para o resto do mundo e passou a comprar fora o
que antes produzia devido à ruptura do comércio externo que registava uma inflação generalizada
(drástica diminuição das exportações em benefício das importações); forte inflação que conduziu à
11
Guerra sino-japonesa 1937), a Guerra Civil Espanhola (1936-1939) e a a Segunda Guerra Mundial (1939-1945)
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desvalorização das moedas europeias (com maior incidência para o marco alemão) e consequente
valorização do dólar e ascensão da economia americana. Desta forma, os EUA transformaram-se na
principal potência credora e investem seus capitais na reabilitação da economia da Europa Ocidental.
Sócio-demográficos
Diminuição significativa da população activa da Europa devida a mortes e a um grande número de
mutilados reduz desta forma não só o número de pessoas como também a potencial mão-de-obra que
poderia ser utilizada no mercado de emprego. Esta situação provocou, por sua vez, a distorção da
pirâmede etária do Velho Continente cacterizada por uma população velha, como também esteve na
origem do aumento de mulheres que passam a ser admitidas para trabalharem em diversos sectores da
vida económica e pública. Paradoxalmente a fraca natalidade nos países economicamente mais
desenvolvidos tem-lhes permitido, em períodos posteriores, a elevação e melhoria do nível de vida dos
seus habitantes (isto é uma distribuição substancial dos rendimentos conseguidos por cada país).
2. A I Guerra Mundial (1914-1918) foi um conflito provocado por diversos factores. Refira-se resumidamente às causas
económicas.
3. Comente a afirmação seguinte: Antes da I Guerra Mundial a Europa vivia um clima de verdadeira "Paz Armada".
5. A Alemanha e a França foram dois países que se haviam preparado minuciosamente para a IGM,
em que consistiu tal preparação?
7. Explique a seguinte afirmação: "A Europa era um jogo de influências. Os vários tratados de paz, e
sobretudo o Tratado de Versalhes (28.6.19199) assinado com a Alemanha, punham os fundamentos de
novos conflitos".
10. Durante a 1 a Guerra Mundial Portugal aliou-se a Tríplice Entente para defender o seu império em
Moçambique. Explique a razão deste procedimento.
11. A I Guerra Mundial (1914-1918) desenvolveu-se igualmente em África. Indique as principais zonas
deste continente que foram disputadas durante o conflito bem como as potências envolvidas nessas contendas.
Documentos
1. Os 14 Pontos de Wilson
11. restauração da Romênia, da Sérvia e de Montenegro e direito de acesso ao mar para a Sérvia;
12. reconhecimento do direito ao desenvolvimento autônomo do povo da Turquia e abertura permanente dos estreitos que
ligam o mar Negro ao Mediterrâneo;
Em Outubro de 1922 Mussolini organizou a "Marcha sobre Roma" que culminou com assalto ao poder
em 1924 após eleições fraudulentas. Mussolini tornou-se assim o "dono da Itália" - o "Duce"- como foi
então chamado. Institucionalizou o autoritarismo, marcado pela promoção da ditadura fascista.
Mussolini adopta uma política expansionista inspirando-se nos tempos gloriosos do Antigo Império
Romano. Desta forma a Itália lançar-se-ia num projecto expansionista, conquistando a Etiópia em
1935 e apoiando os rebeldes nacionalistas na Guerra Civil da Espanha em 1936-1939.
Outras medidas importantes se seguiram:1933 a Alemanha retirou-se da SDN12 o que significava que a
partir daquele momento o país não se submeteria a qualquer decisão daquele órgão internacional; em
1935 decreta o serviço militar obrigatório de dois anos e em 1936 Hitler anuncia um plano quadrienal
para o rearmamento da Alemanha; no mesmo ano o III Reich efectua a ocupação da Renânia. É
também na mesma altura que a Itália e a Alemanha selam o chamado Pacto de Aço dando origem ao
eixo Roma-Berlim.
12
Nesse mesmo ano também o Japão abandona a SDN e em 1936 assina com a Alemanha o Pacto anti-komintern.
Nesta altura a tendência militarista do Sol Nascente visava a conquista do Norte da China facto que degenerou na guerra
sino-japonesa de 1937.
13
A primeira tantativa de governo ditatorial, na Espanha, ocorreu em 1923 e foi liderada pelo General Primo de
Rivera, mas o regime mais duradoiro foi o do General Franco de 1936-1974).
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Presidente do Conselho e passou a acumular os dois cargos instituindo uma política ditatorial. A sua
govemação foi caracterizada pela introdução (por meio da Constituição de 1933) do sistema político
designado "ESTADO NOVO CORPORATIVO", baseado num sistema económico e social
corporativo, no qual as liberdades se encontravam limitadas em nome dos interesses gerais do país.
Para implementar a sua política, Salazar pautou pela repressão sistemática das liberdades individuais e
criou várias instituições das quais se destacam: em 1936 a Mocidade Portuguesa
(organização juvenil de índole fascista); em 1945 a PIDE e em 1969 a DGS (Direcção Geral de
Segurança). Em suma, como explica Margarida Mendes, o lema da governação salazarista se baseava
no lema seguinte : "Deus, Pátria, Família...No fundo, esvaziando os poderes da Assembleia Nacional
e do Presidente da República para reforçar os do Governo, a Constituição de 1933 permite uma
verdadeira 'ditadura pessoal do Conselho'...Qualquer colectividade, fosse política, cultural,
desportiva, recreativa, social ou de benefecência teria de solicitar a prévia autorização do Governo
que aprovava os seus estatos e homologava os corpos gerentes. Quanto à liberdade de expressão do
pensamento, o regime actuava de forma preventiva através da censura prévia, não querendo correr o
risco de deixar escrever, falar ou mostrar"14.
Após a sua morte em 1968, Salazar foi substituído por Marcelo Caetano, que deu continuidade à
política fascista até 25 de Abril de 1974, altura em que ocorreu a Revolução dos Cravos em Portugal.
GLOSSÁRIO DO NAZISMO
Campo de concentração, locais de internamento para a guarda dos "inimigos do III Reich. Os campos de concentração
começam a ser construídos logo que Hitler assumiu o poder na Alemanha. Existiam vários tipos de campos: campos de
trabalho, campos de reclusão/prisão e campos de extermínio. Auschwitz, Auschwitz-Birkenau, Dachau,
Campos de extermínio, campos de concentração destinados à exterminação dos reclusos os campos de extermínio
alemães estavam localizados nas seguintes regiões da Polónia: Auschwitz-Birkenau, Belzek, Chelmo, Madjanek, Sobibor,
Treblinka.
Deportação, movimentação de populações de umas para outras áreas residenciais com o objectivo de reassentá-las. No
que diz respeito aos judeus da Europa, a deportação manifestou-se na movimentaçao de populações para os guetos ou para
os campos de concentração transitórios de onde eram levados para o centro de exterminação.
Gestapo, polícia secreta alemã, foi criada em 1933 para proteger o regime dos seus opositores políticos. Após 1936 esta
organização esteve sob liderança de Himmler.
Holocausto,termo de origem hebraica (olah)que significa 'sacrifício queimado' e que no grego (holokauston) significa
14
Margarida Mendes de Matos et alii, História 12° Ano, 1° Volume, Textos Editora, Lisboa, p. 304.
'uma oferenda consumida pelo fogo'. Nos campos de concentração certos presos eram queimados vivos em crematórios e
desta prática que surgiu o termo generalizado holocausto.
Nuremberg, cidade alemã, onde o Parlamento imperial se reuniu em 1935 para promulgar, na pessoa de Hitler, as
famosas Leis de Nuremberga.Dez anos mais tarde foi convocado para a mesma cidade o Tribunal Militar Internacional
para julgar os criminosos Nazis ligados ao Holocausto.
Fonte: http://www.worldwar-2eu/
importa salientar: i)1936 - assinatura do "Pacto de Aço" entre a Itália e a Alemanha (dando origem ao Eixo
Roma-Berlim); ii)1936 - assinatura do Pacto Anti-KOMINTERN entre a Alemanha e o Japão; iii) 1938-
Acordo de Munique. Foram signatários deste acordo osseguintes países: a Alemanha (país interessado), a
Inglaterra, a França, a Itália e a Checoslováquia (país visado).
Com este acordo a Alemanha pretendia ocupar os Sudetas como forma a obter acesso facilitado à Polônia.
Os países da Europa Ocidental viam nisto uma oportunidade para a Alemanha atacar a URSS e desta
forma aniquilar o "perigo comunista"; iv) 1940 Pacto Tripartido assinado entre a Alemanha, a Itália e o
Japão e que deu origem ao Eixo "Berlim-Roma-Tóquio" coligação fascista da II Guerra Mundial.
lançamento de 2 bombas atómicas, nos dias 6 e 9 de Agosto, sobre as cidades japonesas de Hiroshima e
Nagasaki respectivamente.
IV. 3 : TRATADOS E CONFERÊNCIAS DA II GUERRA MUNDIAL
Estaline da URSS reivindica o acesso ao mares Cáspio e Negro bem como alargamento das fronteiras
da Polónia para o Ocidente à custa da Alemanha. A Inglaterra aceita a incorporação na URSS dos
estados Bálticos (Lituânia, Letónia e Estónia) bem como o avanço dos Soviéticos sobre Berlim. É
proposta a ocupação e a divisão da Alemanha.
a) Político
- emergência de novas potências mundiais : URSS, EUA, Grã-Bretanha, França e República da China
(mais tarde Alemanha),
- criação da ONU em substituição da já fragilizada Sociedade das Nações;
- ocupação da Alemanha pelas potências vencedoras culminou com a divisão da Alemanha e a criação
da República Democrática Alemã em 1949 sob a influência da Rússia Soviética; estes acontecimentos
conduziram igualmente a uma radicalização de posições entre o bloco capitalista e o bloco socialista
dando origem à guerra fria;
- após a guerra (1950-1953)divisão da Coreia em dois estados, pelo paralelo 38°: Coreia do Norte
(socialista apoiada pela URSS) e Coreia do Sul (capitalista e apoiada peos EUA);
- mudança substancial do mapa político da Ásia e da África motivado pelo início da descolonização
como resultado de várias resoluções adoptadas nas conferências realizadas durante a II Guerra
Mundial e por causa das reevindicações, apresentadas na ONU, pelos povos subjugados. Ocorrem
então várias indepêndências na Ásia (finais dos anos 40 até a década 70) e em África (desde a década
50 até a década 90 do século XX);
- formação de blocos militares OTAN e Pacto de Varsóvia e de organismos económicos OCDE (países
da Europa ocidental) e o CAME (países socialistas);
- surgimento dos "Não Alinhados" (cf. capítulo a seguir);
b) Económicas
- criação de organismos económicos internacionais OCDE (dos países da Europa ocidental) – actual
UE (União Europeia) e o CAME (Comunidade para Ajuda Mútua Económica dos países socialistas)
Ao terminar esta matéria o estudante deve ser capaz de explicar os seguintes termos:
Mito do perigo comunista, Eixo Roma-Berlim, Pacto Anti-KOMINTERN, "BLITZKR1EG, Carta do Atlântico,
desnazificação, descartelização
Logo após a 2a Guerra Mundial, a política internacional foi caracterizada essencialmente pelo
confronto entre o neoliberalismo (democracias ocidentais) e o dirigismo socialista (democracias
populares do Leste), consequentemente as decisões da política internacional passaram a ser
determinadas por dois países: os EUA representando o bloco capitalista e a URSS liderando o bloco
socialista surgindo deste modo o chamado BIPOLARlSMO POLÍTICO.
15
Edward M. Burns et alii, História da Civilização Ocidental, Volume 2, Editora Globo, 31a edição, S. Paulo, pp.
738-739.
Elaborado por : António Manuel Manso – UEM/Departamento de História 54
Maputo, Março/Abril de 2007 NB: Expressamente proíbido fotocopiar o manual.
Centro de Preparaçao aos Exames de Admisao ao Ensino Superior- CPEAES www.cpeaes.ac.mz
Justino Rodrigues(Coordenador), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: +258-82 0432 760
- oposição à criação de bases militares pertencentes às potências imperialistas nos territórios dos não-
alinhados
- luta pelo desanuviamento internacional
- anti-imperialismo, anti-colonialismo e anti-neocolonialismo
- luta contra o apartheid e o sionismo
- cooperação económica e política entre os países do 3° Mundo (na actualidade cooperação sul-sul)
- luta por uma nova ordem económica internacional (comércio, agricultura, dívidas).
4. Em que países foi mais notória a difusão das ideias dos partidos acima mencionados?
10. Tal como antes da I Guerra Mundial a Alemanha preparou para a II Guerra Mundial um
plano militar. Identifique-o e diga qual era o objectivo do mesmo.
13. Comente a seguinte frase: A política interna e externa da Alemanha entre 1919 e 1939
contribuiu inequívocamente para o início de um novo conflito mundial.
14. Entre que países foi assinado o "Pacto Anti-Komintern" e qual era o objectivo deste acordo?
16. Como é que Hitler fundamentou, na referida conferência, as suas pretensões anexionistas?
18. Justifique a seguinte asserção : O dia "D" revestiu-se de importância crucial para a reviravolta da guerra na frente
Ocidental.
19. Pode-se afirmar razão se afirma que a II Guerra Mundial teve dois desfechos ?
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Maputo, Março/Abril de 2007 NB: Expressamente proíbido fotocopiar o manual.
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20. Comente a seguinte afirmação : A preocupação do ordenamento democrático foi insistentemente colocada pelos países
ocidentais durante e após a II Guerra Mundial.
22. Explique o sentido dos termos : "guerra fria", "Cortina de ferro", Pereströika e Glasnost.
I - O FASCISMO EM ITÁLIA
"No vale do Pó, a cidade é, em geral, menos "vermelha" que o campo, porque na cidade encontram-se os grandes
proprietários fundiários, os oficiais, os funcionários, os membros das profissões liberais, os comerciantes. É nestes grupos
sociais que se recrutam os fascistas (...).
Em cima de camiões com armas cedidas pela Associação Agrária ( de proprietários fundiários ) ou pelos depósitos dos
regimentos, os "camisas negras" dirigem-se para o local que é o objectivo da expedição. Uma vez chegados, começam por
espanar todos aqueles que se descobrem à passagem das bandeiras ou que têm uma gravata ou camisa vermelhas.
Precipitam-se para a sede do sindicato, da cooperativa, da casa do povo, forçam as portas, atiram para a rua mobiliário,
livros e, por cima, derramam bidõcs de petróleo: alguns minutos depois, tudo arde (...)." Rossi, O nascimento do Fascismo.
II - AS BASES DO FASCISMO
" O fascismo nega que a maioria, só pelo facto de ser maioria possa dirigir as sociedades humanas; nega que essa maioria
possa govemar graças a consultas eleitorais periódicas. Afirma que a desigualdade é, para o Homem, inapagável, fecunda e
benfazeja (...). O fascismo recusa, na democracia, a absurda mentira da igualdade política (...). Para o fascista tudo está no
Estado, nada do que é humano ou espiritual existe fora do Estado. Nesse sentido o fascismo é totalitario (...). Nem partidos
políticos, nem sindicatos, nem indivíduos podem existir fora do Estado. Por consequência o fascismo opôe-se ao
socialismo (...) e é inimigo do sindicalismo (...).
O fascismo quer um estado forte, poderosamente organizado e apoiado numa larga base popular (...). O fascismo não
acredita nem na possibilidade nem na utilidade de uma paz perpétua (...). Só a guerra desenvolve ao máximo todas as
energias humanas.
Mussolini, A doutrina do fascismo ( 1930 ).
VI – A CONFERÊNCIA DE POTSDAM
Princípios a que deve obedecer o regime da Alemanha durante o período inicial de controlo:
1. Completo desarmamento e completa desmilitarização da Alemanha, assim como a eliminação e controlo de todas as
indústrias alemãs que possam servir para a produção militar. (...)
3. Destruir o Partido Nacional-Socialista e as suas organizações, dissolver todas as instituições nazis, assegurar-se de que
estas não voltarão a surgir sob qualquer forma e prevenir toda a actividade ou propaganda nazi ou militarista.
IX - A QUESTÃO CUBANA
Então, ao fim de seis ou sete dias, o nosso embaixador em Washington, Anatole Dobrynine, informou-nos que o irmão do
A partir de 1870 ocorre a segunda fase da Revolução Industrial fenómeno que conferiu ao capitalismo
um novo dinamismo em matéria de desenvolvimento económico. Desta forma, o aumento e a
emergência de novos sectores indústriais ditaram o surgimento de novas exigências, que conduziram
certos países da Europa Ocidental à anexação de territórios pelos objectivos seguintes:
- a procura de matérias-primas para as indústrias europeias (algodão, minérios preciosos e oleaginosas
em África, nas Américas e na Ásia),
- a procura de novos mercados para o escoamento dos produtos manufacturados na Europa,
- a exportação de capitais em forma de investimeutos bastante lucrativos, uma vez que os custos da
mão-de-obra eram baixíssimos e por vezes inexistentes porque a mão-de-obra gratuita era conseguida
na base do trabalho forçado (como aconteceu durante o período colonial no sector plantações – Centro
e Norte de Moçambique onde haviam sido instaladas companhias de capital multinacional; para mais
pormenores consulte o capítulo da História de Moçambique sobre As Companhias Magestáticas e
arrendatárias),
- a procura de terras para acomodar uma população cada vez mais crescente constituída por
desempregados e aventureiros que pretendiam obter meios para a sua sobrevivência e que resultou no
estabelecimento de várias colónias em diversas partes do continente africano.
O Nacionalismo
O prestígio de um dado país era determinado pelo número de colónias que o mesmo possuia. Como
estas eram consideradas pelos governos como a solução de vários problemas sócio-económicos da
população empobrecida, a ocupação de regiões estratégicas no mundo provocaram rivalidades entre os
países europeus. Por sua vez, as populações desses mesmos países desejosas de verem resolvidos os
seus problemas asim como o engrandecimento das economias dos seus países, passaram a apoiar as
políticas expansionistas dos respectivos governos.
Congo.
Por parte de Portugal sobressaiem os nomes de: Serpa Pinto, Hermenegildo Capelo, Paiva de Andrade,
Roberto Ivens que em 1879 efectuaram várias viagens na Africa Central e entre Angola e
Moçambique. Esta última faixa foi posteriormente reclamada por Portugal através do famoso "mapa-
côr de-rosa". No tocante à Alemanha registe-se a participação de Karl Peters que teve a sua actividade
concentrada na África Central e Oriental ( no Zanzibar) e Nachtigal na África Ocidental.
continente". Devemos então concluir que, a ocupação de África havia já começado antes da
Conferência de Berlin e prosseguiu, de forma sistemática, após este evento.
fundamenta-se por dois aspectos: em primeiro plano pelo facto de nesta região da África Meridional a
Alemanha, que já dominava o Sudoeste Africano, ter demonstrado uma tendência filo-boer, por outro
lado os alemães haviam deslocado os seus vasos de guerra para a Baía da Lagoa em 1895, onde
estavam aguardar o desfecho que teria a guerra entre os portugueses e Ngungunhana.
1905-1907 ocorreu a Revolta "Maji-Maji" ou "Mau-Mau" no Tanganhica. Foi um levantamento da
população local contra a administração alemã. Os líderes deste motim foram Abushiri e Bwana Heri.
metrópole até ao local mais recôndito da colónia. Levada a cabo pela França e por Portugal, este
método considera os chefes africanos como a mais baixa instância da máquina administrativa, cujos
pólos decisórios estão centrados na metrópole.
3. Domínios (designação de origem latina – dominus = senhor) que significava terra do senhor em
referência às colónias inglesas com auto-governo, mas que mantinham ligações de ordem económica e
cultural com a metrópole.
4. Protectorado designação que os britânicos davam a um território independente mas sob sua
protecção. No século XIX os protectorados surgem da incapacidade de as potências coloniais
destronarem os reinos africanos.
BÉLGICA
LEOPOLDO II conseguiu na Conferência de Berlin (1884-1885) fazer reconhecer como propriedade privada Estado Livre do Congo. Em 1908 cedeu este
território ao Estado belga, que passou a administrá-lo como colónia.
FRANÇA
Jules FERRY - defensor da política francesa em Tonkin (Vietname); Théophille DELCASSÉ (1852-1953) ministro dos negócios estrangeiros (1898-
1905 e 1914-1915) foi o impulsionador da Entente Cordiale com a Grã-Bretanha (1904); Jean-Baptiste MARCHAND (1863-1934) general e explorador
francês que se provocou o conflito de Fachoda (Sudão) onde interveio o marechal britânico KITCHENER.
INGLATERRA
CHAMBERLAIN (1895-1903) - ministro das colónias, DISRAELI (1868-18880) primeiro ministro, GLADSTONE (1868-1894) três vezes eleito
primeiro-ministro; CECIL RHODES fundador da British South African Company (B.S.A.C.) foi primeiro ministro do Cabo (1890-1895) demitido após o
falhanço do raid de Jameson contra os Boers; Lord Herbert KITCHENER (1899-1902) marechal envolvido no conflito de Fachoda (Sudão), na Guerra
Anglo-boer (1899-1902) e combateu na Índia. Foi Ministro da Guerra (1914-1916).
ITÁLIA
IMPERADOR VICTOR EMMANUEL II (1869-1940) rei da Itália 1900-1946); Francesco CRISPI primeiro ministro engajado na renovação da Tríplice
Entente e envolveu a Itália na política expansionista. Demitiu-se em 1896, após o desaire de Adwa/Adua.
PORTUGAL
ANTONIO ENNES (1848-1901) ministro da Marinha e comissário régio de Moçambique; MOUZINHO DE ALBUQUERQUE (1855-1902) oficial do
exército português célebre por ter capturado Ngungunhana na sequência das campanhas de ocupação colonial efectiva em Moçambique.
Ao terminar esta matéria o estudante deve ser capaz de explicar os seguintes termos:
Colonialismo Mercantil, colonialismo, capitalismo, Tratado do Zaire, Conferência de Berlim, "direito histórico",
"ocupação efectiva", Mapa Côr-de-Rosa, Crises do Transvaal, administração indirecta , administração directa,
protectorado
Observe na página seguinte o estágio da partilha do continente africano antes da I Guerra Mundial e
complete o mapa colocando à frente de cada rectângulo o nome da potência colonizadora.
Fonte: Henri Bruschwig, A Partilha de África Negra, Editora Perspectiva, S. Paulo, 1974, p. 74.
DOCUMENTO
Jules Ferry, primeiro-ministro da França em 1885, indicou as razões fundamentais do desejo europeu de possuir colónias
em África, ao defender perante a Câmara dos Deputados a política colonial do seu governo.
É ou não evidente que os grandes Estados da Europa moderna, na medida em que se industrializaram, têm de enfrentar
esse problema enorme e de difícil resolução, fundamento da sua vida industrial, condição da sua própria existência, que é
o problema dos mercados ? Não se viu já que as grandes nações industriais, uma após outra, acabam por ter uma política
colonial? E poder-se-á dizer que essa política seja um luxo para uma nação moderna? Não, meus senhores, essa política é,
para todos nós, uma necessidade, como o próprio mercado.
Hoje em dia, como se sabe, a lei da oferta e da procura, a liberdade de comércio, as influências da especulação,
estenderam-se a todo o mundo.
Para os países ricos, as colónias são um dos métodos mais lucrativos para o investimento de capitais...A França que
dispõe de capitais a ponto de não saber o que fazer deles, e que exporta em quantidades consideráveis, tem interesse em
considerar este aspecto da questão colonial.É o mesmo problema que se pôs nos primórdios da nossa indústria.
A política colonial é uma consequência da política industrial, pois que a exportação é um factor essencial de uma
economia sã nos Estados ricos, onde o capital abunda e aumenta rapidamente, onde a indústria se desenvolve sem cessar
e atrai a parte mais numerosa da população trabalhadora, ou pelo menos a mais enérgica, onde a agricultura tem de se
industrializar para sobreviver...
O mercado europeu está saturado; torna-se pois necessário criar novas massas de consumidores noutras partes do
globo, se não quisermos precipitar a sociedade moderna na bancarrota e preparar ao século que vai nascer um cataclismo
social cujas consequências não podemos calcular.
In, Kwame Nkrumah, A África deve unir-se, 3° Mundo e Revolução –série dois n° 1, Lisboa, 1977, pp. 36-37.
II. 1 – Contextualização
Após a 2a Guerra Mundial a Inglaterra pretendia livrar-se das responsabilidades relativas aos custos de
administração da Rodésia do Norte (Zâmbia) e da Niassalândia (Malawi) sem contudo perder o
estatuto de potência colonizadora.
Como nos explica Ana Maria Gentili Apartheid em língua afrikaans significa "separação". Na sua
acepção mais comum, pode traduzir-se por "identidade separada" e designa a política oficial do
governo sul-africano no que respeita aos direitos sociais e políticos e às relações entre os diversos
grupos sociais dentro da União. O Apartheid não pode, pois, ser traduzido simplesmente como
"racismo" ou "discriminação racial"; constitui um sistema social, económico e político-constitucional.
Podemos concluir que o apartheid é uma ideologia surgida na África do Sul, introduzida nos inícios
do século XX, caracterizada pelo desenvolvimento em separado na base de discriminação racial tendo
por objectivo garantir o bem-estar dos brancos boeres. Esta ideologia foi defendida pelo Partido
Nacional representante dos interesses boers.
VIII.2 - Povoamento da África do Sul
Para melhor compreendermos a história da África do Sul devemos estudar, em primeiro lugar, o
processo de povoamento desta região e as implicações deste aspecto no surgimento da discriminação.
Os Africanos
Estes constituem a maioria populacional na África do Sul e subdividem-se em duas componentes: a
autóctone composta pelos Khoisan (os khoi-khois e os Sans) e a de origem Bantu constituída
esssencialmente por Zulus, Xhosas, Sutos, Changanas, Swazis e Setswanas. Os boers consideravam os
africanos como seus servidores e por isso chamavam-lhes cafres (palavra de origem árabe, kaffir
significa servidor/escravo)
Os Europeus
Por volta da segunda metade do século XVII Holandeses, Ingleses e Franceses começam a afluir para
a costa ocidental de África por motivos comerciais. Foi nesta sequência que chegam ao Cabo
holandeses integrados em caravanas da Co. Holandesa das Índias Orientais lideradas e fundam aí uma
colónia, em 1652, liderada por Jan van Riebeck. Os Boers (palavra de origem holandesa para designar
camponês/farmeiro) possuíam uma mentalidade de carácter feudal. Auto-intitulavam-se de Africanders
(africanos), porque consideravam a África do Sul sua mãe-pátria.
No seu relacionamento com a população negra os boeres adoptaram atitudes de menosprezo devido ao
sentimento de supremacia racial e porque eles provinham de uma sociedade onde os laços de
dependência entre os homens (feudalismo) determinavam o estatuto social de cada indivíduo bem
como a sua hierarquização.
A partir da segunda metade do século XVIII, os Ingleses começaram a afluir às zonas habitadas pelos
boeres por isso passaram a ser designados de uitlanders. Os britânicos dedicavam-se ao comércio e
interessavam-se pela prospecção mineira.
Simultâneamente chegam ao Cabo pequenos contingentes de Franceses (os Huguenotes) refugiados
devido a conflitos religiosos (entre protestantes e católicos).
Os Asiáticos
Este grupo populacional é maioritáriamente constituído por Indianos, Malaios e Chineses que, na
primeira metade do século XX, aflui a África do Sul à procura de emprego.
Como resultado de vários desentendimentos, com a administração inglesa, os boers organizam entre
1835-1840 a Grande Marcha (Great Treck) e decidiram sair do Cabo. Esta acto culminou com a
criação de dois estados boers: O Estado Livre de Orange (ELO) e a República do Transvaal/República
da África do Sul. Com a descoberta de recursos auríferos importantes na região de Witwateresrand
(Transvaal) agudizaram-se os interesses dos ingleses em controlarem esta região. Como explicam
Richardson e van-Helten, "a bem sucedida exploração dos jazigos auríferos de Witwatersrand
revolucionou a indústria mineira do Transvaal...Em 1886...o Transvaal contribuia com apenas 0.16%
da produção mundial. Por volta de 1898 a República Sul-africana atingia nada menos que 27.55% da
produção mundial de ouro"16. É neste contexto que devemos entender as constantes pressões que a
administração inglesa do Cabo foi efectuando sobre a República da África do Sul .
As contradições entre os boeres e ingleses culminaram na chamada guerra Anglo-Boer ocorrida entre
os anos 1899 e 1902. Após este conflito foi assinado o acordo de Vereeniging, em Maio de 1902, entre
os beligerantes que não incluía a participação da população negra na decisão dos assuntos da África do
Sul. Isto demonstrava o início da descriminação dos negros bem como a supremacia da população
branca em relação aos nativos. Portanto, em 1910 é constituído o governo de União Sul Africana onde
os negros não estavam representados: Estava assim dado o primeiro passo para a descriminação da
população negra na África do Sul.
Os instrumentos de discriminação manifestavam-se igualmente através da introdução de dispositivos
legais . Neste contexto em 1913 foi promulgada a Lei da Terra (Native Land Law emendada em
1936) que reservava cerca de 87% de terras aráveis aos brancos e os restantes 13% aos negros (que na
altura perfazia uma população de cca 30 milhões de habitantes). Esta medida criava as condições para
o aprovisionamento de mão-de-obra para as minas e plantações (porque grande parte dos indivíduos
negros para poder sobreviver tinha de procurar emprego); podemos por outro lado afirmar que esta
medida iria igualmente contribuir para a protecção da população branca boer empobrecida que
passaria a dispôr de meios para a sua sobrevivência.
Em 1925 foi decretada a Lei do Trabalho e das Minas (Mines and Works Act) que discriminava os
trabalhadores em função da sua côr (é a chamada colour bar ou seja barreira racial). Como nos
explica Ana Gentili "...A partir de meados dos anos vinte, a política de favorecimento dos brancos
"pobres" tinha significado a adopção de uma legislação laboral de cunho racista, que discriminava os
trabalhadores em função da sua côr, legislação essa apoiada ou antes, desejada pelos sindicatos
16
Certos autores indicam que a descoberta do ouro no Rand havia sido feita em 1850.
Elaborado por : António Manuel Manso – UEM/Departamento de História 72
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brancos". Cinco anos mais tarde, em 1930, foi introduzida Lei do Passe (um dispositivo para a
identificação dos negros) destinado a controlar os movimetos das populações negras nos centros
urbanos.
apoiou o processo da abolição formal do Apartheid que culminou com a libertação de Nelson
Mandela e de todos os presos políticos.
Em 1994 foi formado um governo de transição, no qual fizeram parte Nelson Mandela, Frederik de
Klerk e Gatsha Buthelezi. Foi igualmente elaborada uma nova constituição, bem como realizaram-se
eleições gerais livres onde, entre vários, concorreram o Partido Nacional, o ANC e o INKATA
representados pelas individualidades atrás mencionadas. Estas eleições foram ganhas pelo ANC que
formou, na história da África do Sul, o primeiro governo democrático e de maioria negra.
Ao terminar esta matéria o estudante deve ser capaz de explicar os seguintes termos:
Apartheid, boers, cafres, uitlanders, Great Treck, Lei da Terra, Lei do Trabalho e das Minas, passe, Afrikaner
Broederbond, Afrikaans, bantustões, Nkhonto we sizwe, Carta da liberdade, Processo Rivónia
Bantu é um conceito de carácter meramente linguístico (criado pelo linguista alemão Bleek em 1862
), para referir o grande parantesco existente a nível de 300 línguas africanas, que utilizam vários
vocábulos comuns e onde se destaca a palavra BANTU (singular Antu) para designar os
homens/gente/pessoas. Portanto bantu não é sinónimo de raça ou tribo.
IX.2 - Causas da migração Bantu
A expansão Bantu é um fenómeno que consistiu no deslocamento de vagas sucessivas de populações
africanas, ocorridas entre os séculos III e IV da nossa era. O processo de expansão terá,
provávelmente, iniciado entre os anos 200/300 da nossa era, e segundo teorias este teria sido causado
pela melhoria dos processos da metalurgia do ferro, que por sua vez teve reflexos na melhoria da
produção agrícola e na estabilidade alimentar tendo culminado numa explosão
populacional/demográfica. A procura de terras para a agricultura aumentou e provocou a necessidade
de expansão/migração das populações para outras regiões.
IX.3 - Processo de expansão bantu
Inicialmente o NÚCLEO PROTO-BANTU 1 formou-se entre os rios Ubangui e Chari próximo do
lago Chade. Desta região ocorreu uma dispersão para a região das grandes florestas/ EQUATORIAL
onde se formou o NÚCLEO PROTO-BANTU 2.
A partir desta zona registaram-se duas dispersões – a primeira em direcção a SUDOESTE de África e
que foi responsável pelo povoamento nas actuais regiões de Angola e Namíbia. A segunda dirigiu-se
para a região dos Grandes Lagos ( Tanganhica, Alberto e Vitória ), onde se formou o NÚCLEO
PROTO-BANTU 3. Por sua vez deste grupo uma das dispersões direccionou-se para a zona
SUDESTE de África e deu origem ao povoamento das actuais regiões de Moçambique, Zimbabwe,
Swazilândia e RSA.
IX.4 - Principais grupos populacionais de Moçambique
Macua - Lomuè : em Nampula, Sul de Cabo Delgado, Noerte da Zambézia e Sudeste do Niassa;
Ajaua/Yao e Cheua/Nianja : no Niassa e parte de Tete; Maconde : em Cabo Delgado; Chuabo : na
Zambézia; Sena e Ndau : Sofala, parte da Zambézia e de Tete respectivamente; Chona : Manica;
Tsonga : (Changanas em Gaza e no Maputo, Rongas em Maputo, Bitongas e Chopes em Inhambane)1
IX.5 - Grupos etno-linguisticos fronteiriços
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Maputo, Março/Abril de 2007 NB: Expressamente proíbido fotocopiar o manual.
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Surgiram como o resultado da partilha de África e dos traçados arbitrários de fronteiras efectuazos
pelos Europeus. O critério utilizado na altura tomava em consideração o espaço territorial (traduzido
em coordenadas geográficas) e não o tipo de população nele existente. Consequentemente, em quase
toda a África, são vários os casos de grupos etno-linguísticos partilhando espaços geográficos
pertencentes a países diferentes. Por isso Moçambique partilha grupos etno-linguísticos com os
seguintes países:
• Macondes e pequenas bolsas de Ajauas com a Tanzânia através de Cabo Delgado
• Cheuas/Nianjas com o Malawi e Zâmbia através das província do Niassa e Tete respectivamente
• Chonas com o Zimbabwe pela província de Manica
• Changanas com a Suazilândia e África do Sul
A produção artesanal (olaria, metalurgia e produção têxtil) tinha por finalidade suprir as necessidades
domésticas e os excedentes entravam no circuito da troca.
X.1 - Periodização
A expansão mercantil árabo-persa para a região da África Oriental intensifica-se entre os séculos IX e
XIII data da fixação destes mercadores na zona supracitada.
As primeiras vagas de mercadores são originárias da Península Arábica (árabes) e do Golfo Pérsico
(Persas); mais tarde surgiram outros(os Baneanes), provenientes da Índia.
Estes comerciantes estabeleceram-se em diversas zonas costeiras onde fundaran feitorias (ao longo da
costa oriental africana) das quais se destacam Mogadiscio, Melinde, Mombaça, Kilwa/Quiloa, Sofala,
Ilha de Moçambique e Angoche.
Foram transacionados vários tipos de produtos com maior incidência para o ouro adquirido a partir do
Império de Monomotapa, através de Sofala, principal centro de escoamento deste produto.
X. 4 - Consequências gerais
c) KOTI ( em Angoche ).
X. 4.1 – Religiosas
X. 4.2 - Culturais
Sob o ponto de vista cultural a influência dos mercadores asiáticos teve como reflexos a adopção de
diversos elementos tais como:
- no vestuário o uso do cofió, do lenço, da capulana e da túnica,
- no calçado a utilização das sandálias/chinelos,
- na dança a difusão do tufo (dança praticada por mulheres) e do molide/maulide (dança mágico-
religiosa praticada essencialmente por homens)
- na alimentação destaca-se a utilização de diversos condimentos orientais (canela, açafrão, gengibre,
pimenta etc.) com especial realce para os "picantes" (vulgo piri-piri).
- a nível sócio-demográfico a miscigenação entre mercadores asiáticos e a população africana deu
origem ao surgimento de bolsas de mestiçagem ao longo do litoral este de África e nas ilhas do
Oceano Índico (Ilhas Quirimbas, Cabaceira Pequena e Cabaceira Grande, Ilha de Moçambique,
Angoxe, Somália, Zanzibar, Ilhas Comores, Ilhas Reunião e Madagáscar) .
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Nas colónias portuguesas o tráfico estendeu-se até inícios do século XX.
Elaborado por : António Manuel Manso – UEM/Departamento de História 79
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Estrategicamente localizada ao longo da costa oriental africana, esta ilha tornou-se um lugar privilegiado e preferido
pelos
árabes e portugueses. Esta funcionou como capital da colónia até 1898, altura em que foi transferida para Lourenço
Marques.
Elaborado por : António Manuel Manso – UEM/Departamento de História 80
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a) Desvio de prioridades (da agricultura para a mineração do ouro) que por vezes provocava penúria
alimentar em anos de fraco rendimento agrícola)
b) Mortes maciças devido à falta de segurança nas minas e ao frequente desabamento de terras no
interior das
mesmas.
c) Fuga de populações inteiras (com os seus chefes) das áreas de mineração intensa.
em direcção ao Novo Mundo (Guiana, Guadalupe, Martinica); por outro lado os portugueses haviam
adoptado várias designações tais como: serviçais/trabalhadores engajados para os que eram levados à
S. Tomé a fim de trabalharem nas roças de café, shibalo e contratados (para uso doméstico).
O término do comércio de escravos deveu-se a dois factores: i) às pressões britânicas relativas à sua
abolição e ii) à diminuição da procura de mão-de-obra escrava pelo Brasil. De facto, a procura de mão-
de-obra local para ser utilizada nos diversos empreendimentos que os europeus começavam a
implantar em África, local de onde era retirados os escravos, ditaram uma nova postura por parte dos
detentores do capital. Como nos explica eli.j.mar, "A verdadeira intenção dos ingleses em querer
acabar com esta transacção deixaram-na transparecer mais claramente no Sul de África, e, que ela
nada tinha a ver com a propaganda liberal e humanista defendendo os direitos do povo
africano...Deste modo seria mais económico utilizar a mão-de-obra no próprio continente, onde se
verificou ser possível produzir matérias-primas para serem trabalhadas em fábricas e mesmo
produtos para o funcionamento das máquinas..."
Foi na metade do séc.XVI que os portugueses iniciaram tentativas para se estabelecerem no interior de
Moçambique. A base sobre a qual assentaria tal política colonial seria a introdução do "sistema de
prazos da coroa" ( também designado sistema de prazos da Zambézia ).
XII. 1 - Definição
Prazo era uma superfície de terra (cca de cinco léguas) cedida pela coroa portuguesa a 1 indivíduo - o
prazeiro- por um período de 2 ou 3 gerações (prazo de 3 gerações). Depois deste período, prazeiro
podia requerer o prolongamento do mesmo por mais outro período idêntico, mas esta solicitação só
poderia ser feita pela filha / neta do prazeiro. Portanto a sucessão era feita pela via femenina.
• Pagar o imposto anual (foro), à coroa, correspondente a 1/10 do rendimento do prazo, isto é, do
imposto da suposta produção agrícola e do imposto recolhido entre os habitantes indígenas;
• Sujeitar-se às leis régias e aos seus representantes na pessoa do capitão-mor, que por sua vez
estava dependente do vice-rei da India e ajudá-lo sempre que a sua cooperação fosse requerida.
XII - 4. Área ocupada pelos prazos
Centro de Moçambique ao longo do vale do Zambeze nas actuais províncias de Tete e Zambézia
(entre Quelimane e Zumbo) onde na 2ª metade XVIII e cerca de 100 casas / prazos (Tete 54; Sena 31;
Quelimane 15).
XII. 5 - Causas do declínio dos prazos
O comércio de escravos teve reflexos negativos ( a partir da 2ª metade do séc. XVIII), uma vez que os
prazeiros começaram a exportar os próprios A-Chicunda (indivíduos que tinham por função proteger
militarmente os prazos) que se revoltaram e começaram a atacar os próprios prazos.A partir de 1830
os ataques dos Gaza Nguni que até 1840 haviam ocupado cerca de 28 prazos.
Como resultado deste fenómeno surgiram famílias luso-afro-indianizadas que formaram novos prazos
/ dinastias ao longo das margens do rio Zambeze. Exemplos:
1. Estado de Massangano (família Cruz)
2. Estado da Gorongosa (Manuel António de Sousa / Gouveia / Bonga)
3. Macanga (Caetano Pereira)
4. Massingire (Vaz dos Anjos)
Outros localizados à ocidente de Tete pertencentes às seguintes famílias: José do Rosário Andrade,
José de Araújo Lobo, Firmino Luís Germano e João Bonifácio da Silva. Alguns destes apelidos
existem até hoje o que explica, também a miscegenação que se reflecte nestes locais. Os novos
senhores não estavam abrangidos pela antiga legislação feudal que regulava a concessão de terras e a
sua renovação de três em três gerações, não pagavam nem foros nem dízimos à Coroa portuguesa. Não
eram, portanto, seus tributários e não era da Coroa que advinha a sua legalidade. Esta assentava na
força militar. Cientes do fracasso da sua política de penetração no interior do vale do Zambeze, os
portugueses iniciaram por decretar a extinção dos "novos prazos" e posteriormente encetaram
campanhas militares contra estes novos reinos.Em 1886 derrubaram Massangano, em 1889 Macanga
e nos anos subsequentes os senhores de Tete, Zumbo e Maganja.
O trabalho migratório de Moçambique para a agricultura e para as minas da África do Sul, teve a sua
fonte em trabalhadores oriundos de zonas extremamente longínquas. Os trabalhadores não se fixavam
perto dos locais de trabalho e após os contratos regressavam às suas aldeias. Havia dois tipos de
trabalhadores: os primeiros eram recrutados no seu país de origem, por um período de 2 a 5 anos; no
final do contrato estes eram livres de regressarem às suas terras ou de contrairem un novo
compromisso laboral. O outro tipo de trabalhadores deslocava-se individualmente ou em grupos, a pé,
à procura de trabalho. Estes por vezes genhavam mais que os primeiros, pois podiam escolher o
patrão, e os seus contratos eram menos extensos variando entre quatro meses e um ano.
XIII.1 - Causas gerais do trabalho migratório
a) Desenvolvimento da economia colonial capitalista na África Austral em geral e no Natal em
particular
b) Crise ecológica ( seca entre 1860-61), com repercursões a nível da agricultura e da produção
alimentar. Como recurso iniciaram migrações com o objectivo de obter vários produtos
alimentares
c) Declínio do comércio do marfim no sul de Moçambique que provocou um excedente de mão-de-
obra desempregada
d) Abertura das minas de diamante de KIMBERLEY em 1870 e de ouro no TRANSVAAL/ RAND
em 1886, que proporcionavam maiores incentivos salariais em relação aos pagos em Moçambique
e na zona do capital de plantações na própria África do Sul
e) Escassez de mão-de-obra no Natal devido a hostilidade do reino Zulu em empregar sua mão-de-
obra fora das fronteiras do reino. Como solução recorreu-se à contratação da força de trabalho no
sul de Moçambique.
XIII.2 - Principais intervenientes no recrutamento de mão-de-obra
• Comerciantes ingleses ( de Durban e Natal) Asiáticos (Baneanes), Chefaturas locais (Maputo e
Zulus).
• A WENELA (criada em 1897) é um orgão da Câmara das Minas (instituida em 1887 ) que obteve
o monopólio de recrutamento da mão-de-obra em Moçambique, através de um acordo secreto com
o governo português em 1901 e confirmado em 1909, data da 1ª Convenção entre Moçambique e o
Transvaal.
1901- Devido à Guerra anglo-boer, o período de contrato foi limitado por um ano; as dificuldades de
recrutamento, ao longo deste período, levaram as autoridades britânicas "a negociarem com Portugal
um regulamento que foi conhecido como Modus-Vivendi de 1901 que restabelecia os acordos
anteriores ao período da guerra.
O período de contrato foi limitado a um ano; simultâneamente foi proibido à, WENELA, o
estabelecimento de estações de recrutamento a norte do paralelo 22º. No mesmo ano, através de um
1909- Assinada a 1ª Convenção entre Moçambique (governo colonial) e o Transvaal que tomou as
seguintes decisões:
• Utilização do porto de Lourenço Marques pelo Transvaal estabelecendo que 50% do tráfego dessa
área
( Lourenço Marques-Transvaal ) devia passar pelo porto de Lourenço Marques
• Concessão do monopólio do recrutamento de mão de obra pela WENELA
• introdução do sistema de pagamento diferido de salários (em regime voluntário)
• a possibilidade de o governo colonial cobrar impostos nas minas
- direito de o governo colonial receber 1 taxa ( a ser paga pelas minas ) por cada mineiro recrutado
• manutenção de contratos em 12 meses renováveis.
1928- A Convenção de 1928 (válida para 10 anos) manteve em vigor todos os acordos anteriores
(utilização do porto e das vias de comunicações entre o Transvaal e Lourenço Marques) e foram
adoptadas as decisões seguintes:
- manutenção da cláusula de 1909 concernente ao tráfego ferroviário entre o Rand e o porto de
Lourenço Marques;
- Extensão do período do contrato dos trabalhadores de 12 para 18 meses mas era proibido tornar a
contratar o trabalhador antes de ter permanecido 6 meses em Moçambique;
- Introdução do sistema de pagamento diferido obrigatório, segundo o qual uma parte dos salários era
entregue à Curadoria e pago aos trabalhadores após o seu regresso à Moçambique;
1964- Assinado o Acordo segundo o qual os trabalhadores só podiam ser empregados com o
conhecimento do Instituto do Trabalho ( em substituição dos Serviços dos Negócios Indígenas
abolidos em 1961)
- o período de contrato permaneceu em 12 meses (313 turnos) extensivos ao máximo de 18 meses
- a introdução da chamada "claúsula ouro" mediante a qual após o período de 18 meses 60% dos
salários referentes ao restante período do contrato, poderiam ser retidos em nome do trabalhador,
sendo este montante depositado pela Wenela num banco sul-africano previamente designado pelo
governo colonial. Esta quantia seria trocada por ouro à um preço fixo em rands, e por sua vez o ouro
seria vendido pela África do Sul no mercado internacional e o lucro entregue à Portugal.
1965- Na sequência dos planos do Nacionalismo Económico, foramo governo colonial admitiu novas
empresas portuguesas: a ATAS, a ALGOS e a CAMON que iniciaram a sua actividade em 1967,
recrutando força de trabalho para as minas e plantações da África do Sul.
XIV.1 - Contexto
A Conferência de Berlim ( 1884-1885 ) havia definido como critério a "ocupação efectiva dos
territórios seguida de notificação internacional", contudo Portugal enfrentava diversos problemas dos
quais se destacam: uma crise económica ( falta de meios financeiros ) e ausência de um corpo de
capacitados para administrarem as colónias.Como recurso Portugal optou por arrendar parcelas de
terra correspondentes às actuais regiões do centros do norte de Moçambique ao capital multinacional;
esta medida servia para justificar perante outras potências coloniais a sua presença nesses territórios.
Assim sendo, e na base do decreto de 1890, Portugal decidiu criar sociedades por acções, companhias,
com capital estrangeiro (multinacional): inglês, francês, alemão e suíço. Surgiram desta forma dois
tipos de companhias: as companhias magestáticas e as companhias arrendatárias.
Companhias Magestáticas (Co de Moçambique e Co do Niassa) eram aquelas que obtinham os
direitos de concessão através de uma carta de sua majestade o rei de Portugal. Orgânicamente as
companhias possuiam a sua sede em Lisboa.
Companhias Arrendatárias ou de Prazos (Co da Zambézia, Co do Boror, Co do Luabo, Sociedade
do Madal etc.) eram aquelas que alugavam terras e bens das outras companhias, principalmente os da
Co. de Moçambique.
De uma forma geral as companhias podiam arrendar os territórios, mas nunca deviam aliená-los uma
vez que estavam sob jurisdição portuguesa, e este reservava-se o direito de recuperar os territórios uma
vez expirado o contrato.
XIV.2 - Breve Cronologia das Companhias
Co de Moçambique-magestática ( regiões de Manica e Sofala, 1888-1942)
Co do Niassa-magestática (regiões de Niassa Cabo Delgado e norte de Nampula, 1891-1929)
Co da Zambézia- arrendatária (1892)
Co do Boror- arrendatária (1898)
Sociedade do Madal (1904)
Empresa Agrícola do Lugela (1906)
Sena Sugar Estates (1920)
XIV.3 - Função das Companhias : económica e Político-Administrativa
De uma forma geral podemos afirmar que as companhias cumpriram duas funções básicas: económica
e política-administrativa.
Função económica
A maior parte das companhias dedicou-se à exploração agrícola (prática de monoculturas para a
aquisiçãode matérias-primas ), exportação de mão-de-obra e colecta de impostos (o imposto de
palhota: mussoco – imposto de capitação).
Companhia de Moçambique
A Co de Moçambique dedicou-se às seguintes actividades: cobrança do imposto de palhota,
concessão de terras para colonos/ empresas subsidiárias; prospecção mineira; transportes e
comunicação (a este nível possuia uma concessionária a The Beira Railway responsável pela
construção do troço ferroviário Beira-Macequece e a The Port of Beira Development Corporation que
construiu o porto da Beira); economia de plantações-farmas para horticultura, fruticultura, cultivo do
milho, da cana sacarina, produção da copra, borracha e algodão.
Companhia do Niassa
A Co. do Niassa desenvolveu as seguintes actividades: Cobrança de impostos de palhota em géneros
(borracha, café, goma, cera, marfim); exportação de mão de obra para a RAS até 1913, minas de cobre
no Catanga (Zaire), construção do porto de Mombaça, Companhia do Boror; utilização de mão-de-
obra gratuita nas machambas dos administradores e capatazes da companhia bem como para o
transporte de mercadoria; monopólio na cobrança de taxas aduaneiras na área da sua jurisdição.
A Companhia do Niassa e algumas empresas suas locatárias não desenvolveram a agricultura de
plantação em larga escala, mas exerceram um domínio nas áreas seguintes:
• Fabrico e venda de bebidas alcoólicas, venda de armas de fogo, exportação de esponjas, cereais,
pérolas e âmbar
• Monopólio e cobrança de taxas aduaneiras na área da sua jurisdição.
XIV.4 - Função político - administrativa
Por um lado, a Companhia de Moçambique ajuda os portugueses a dominarem a revolta do Barué
(1917) e durante a I Guerra Mundial esteve ao lado dos Portugueses e Ingleses na luta contra os
Alemães. Por outro a Companhia do Niassa participou igualmente em campanhas de ocupação
colonial efectiva no Norte de Moçambique bem como envolveu-se na Primeira Guerra Mundial
ajudando os portugueses na sua luta contra os Alemães.
A Companhia de Moçambique havia sido autorizada a emitir moeda através do Banco da Beira transformado, mais tarde em BNU (Banco Nacional
Ultramarino que corresponde ao actual Banco de Moçambique). António Garcia, Por Terras d'África Memórias do Chiveve, Latitudes, n° 25, Dezembro
de 2005, p.42.
1954 albergava até aos anos 60 cerca de 1.400 das 3.000 famílias previstas. Particularmente
importante neste plano foi a construção do troço ferroviário ligando Lourenço Marques a Malvérnia
(actual Chicualacuala), na fronteira da então Rodésia do Sul. Esta linha revestiu-se de vital
importância uma vez que se manteria à custa do crescente tráfego da nova Federação das Rodésias e
Niassalândia.
Posteriormente em 1943 as autoridades coloniais promulgaram a Lei da Nacionalização de Capitais
criando-se assim condições para o reforço do sector financeiro, para a protecção da burguesia nacional
e para o surgimento de grandes empresas. Assim sendo decidiu-se que se considerariam empresas
portuguesas apenas aquelas que detivessem 60% do capital português; adicionalmente a exploração do
sector de serviços e de actividades públicas foi exclusivamente reservada às empresas cujos
proprietários deviam ser portugueses. Consequentemente começaram a surgir em Moçambique
grandes empresas das quais se destacam o Grupo Entreposto (subsidiário da Companhia de
Moçambique já extinta em 1942), a CUF (Companhia União Fabril) propietária da Sociedade Agrícola
do Incomáti, o Grupo Champalimaud (indústria de cimentos), a Companhia João Ferreira dos Santos,
Monteiro e Giro detentores de monopólios nas áreas comercial e agrícola.
A actividade financeira manifestou-se igualmente no sector bancário, onde estavam representados
interesses do Banco Português do Atlântico-BPA (na Sociedade Hidroeléctrica do Revué-SHER e nos
sectores de algodão, têxteis, açucar e vidro). O Banco Nacional Ultramarino (BNU) detinha ? do
capital da Companhia Colonial do Búzi, bem como possuía interesses na CUF (supra) e na SOCAJÚ
(fábrica de processamento de castanha de cajú).
1951 através de uma emenda constitucional Portugal muda o estatuto juridico de Moçambique de colónia para Província
ultramarina.
1961 um grupo de jovens estudantes das colónias portuguesas (Amílcar Cabral, Agostinho Neto, Marcelino dos Santos
reuniram-se em Casablanca, no Marrocos, e constituiram a CONCP (Conferência das Organizações Nacionalistas das
Colónias Portuguesas)
1962 (23 a 28 de Setembro) realiza-se em Dar es Slam (Tanzania) o I Congresso da FRELIMO (Frente de Libertação de
Moçambique) que resultou da fusão de três movimentos: UDENAMO (formada em 1960 na então Rodésia do Sul na
cidade de Bulawayo, era costituida por individuos oriundos de Manica e Sofala, Gaza e Lourenço Marques), a MANU-
Mozambique African National Union (criado em Mombaça no Quénia em 1961 nele militavam indivíduos vindos de Cabo
Delgado) e a UNAMI (constituida em 1961 na Niassalândia era representada por pessoas provenientes de Tete, Zambézia e
Niassa). Estas organizações eram caracterizados por posicionamentos tribais e regionalistas. O novo movimento elege para
presidente do movimento Eduardo Chivambo Mondlane.
1970 apoiado pela OTAN e pela África do Sul, Portugal desencadeia uma grande ofensiva militar designada "Nó Górdio"
e que foi liderada por Kaúlza de Arriaga. A operação tinha por objectivo liquidar definitivamente a FRELIMO.
1974 (25 Abril) golpe de Estado/"Revolução dos Cravos", em Lisboa, protagonizado pelo MFA (Movimento da Forças
Armadas) e que decorreu sem derramamento de sangue. Consequentemente Portugal renúncia ao seu império colonial e o
regime fascista liderado por Marcelo Caetano chega ao seu término.
1974 (7 Setembro) Acordo de Lusaka (capital da Zâmbia) entre le Portugal e a FRELIMO; este acontecimento simboliza o
fim dos dez anos de guerra anti-colonial levada a cabo pela FRELIMO.o acordo de Lusaka previa a formação de um
governo de transição que organizaria o processo referente à independência de Moçambique. O Governo de Transição foi
constituído em Inhambane (na praia do Tofo) tendo sido escolhido Joaquim Chissano para liderar este elenco.
1975 (25 de Junho) Proclamação da independência de Moçambique. Samora Moisés Machel presidente da FRELIMO,
torna-se o primeiro presidente da República de Moçambique e comandante das forças armadas de Moçambique.
1976 (3 de Março) na sequência das sanções decretadas contra o governo de Ian Smith, Moçambique fecha suas fronteiras
Elaborado por : António Manuel Manso – UEM/Departamento de História 94
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à Rodésia. Samora Machel proclama o estado de guerra contra a Rodésia.
1976 A Rodésia inicia bombardeamentos aéreos dirigios contra as infraestrutruras económicas nacionais ao longo da
fronteira ocidental de Moçambique, aparentemente sob o pretexto de que o governo moçambicano apoiava a ZANU
(movimento guerrilheiro dirigido por Roberto Mugabe, que lutava pela independência do Zimbabwe).
1976 Criação, em Moçambique, da RNM (Resistência Nacional de Moçambique), este movimento guerrilheiro, que se
opunha à política do governo moçamambicano, foi dirigido por André Matsangaissa (dissidente do exército - FPLM) que
passou a ser apoiado pela Rodésia. Deu-se assim o início de um longo conflito que durou dezasseis anos.
1977 (4 de Fevereiro) Realização do III Congresso da FRELIMO, que se declarou como partido marxista-leninista.
1981 A RNM passa a designar-se RENAMO. Este movimento, após a morte de A. Matsangaíssa, passa a ser dirigido por
Afonso Marceta Dhlakhama actual presidente do partido RENAMO.
1983 IV Congresso da FRELIMO. Samora Machel é reconduzido nas suas funções de presidente do Partido FRELIMO. O
congresso é marcado por acesos debates relativos à linha política do partido. Inicia assim o processo de reformas referentes
à ideologia do partido e ao modelo de desenvolvimento económico.
1984 (16 Março) Os presidentes Pieter W. Botha daÁfrica do Sul e Samora Machel de Moçambique assinam em
Nkomati um pacto de "não-agressão e de boa vizinhança" entre os dois países.
1986 (19 de Outubro) Um acidente de aviação em Mbuzini (África do Sul), vitimou o presidente Samora Machel. Foram
vítimas dete acidente o presidente Samora Machel e a maior parte dos membros da delegeção.
1986 (3 de Novembro) O Comité central da FRELIMO elege Joaquim Alberto Chissano para o cargo de presidente de
Moçambique.
1989 (31 de Julho) V Congresso da FRELIMO. O Partido abandona formalmente a referência ao marxismo-leninismo.
1990 (2 de Novembro) Adopção da nova Constituição que instaura o multipartidarismo, a abolição da pena de morte, o
direito à greve, a economia de mercado e mudança da designação do país de República Popular de Moçambique para a de
1992 (4 de Outubro) Acordo de paz assinado em Roma por Joaquim Alberto Chissano (presidente da República) e
Afonso Marceta Dlakhama, líder da RENAMO. Este acto pôs fim aos 16 anos de guerra entre os rebeldes e o governo.
1993 (3 Março) Chegada dos "capacetes azuis" para uma operação de manutenção de Paz designada ONUMOZ
(desarmamento e reintegração dos antigos militares e combatentes da RENAMO bem como a formação do exército de
unidade nacional.
1994 (27/29 de Outubro) Realização das primeiras eleições presidenciais e legislativas multipartidárias. Joaquim Chissano
é eleito Presidente da República. A RENAMO torna-se o segundo partido mais votado e ganha uma boa margem de
assentos na assembleia da república.
1995 (31 de Janeiro) Fim do mandato da ONUMOZ. A ONU aprova os resultados das eleições.
1999 (Dezembro) Eleições presidenciais e legislativas. Joaquin Chissano é reeleito com 52,29% de votos contra 47,71%
de Afonso Dhlakama (RENAMO). A oposição reclama haver fraude e contesta o escrutínio.
2000 (Novembro) a oposição contestando os resultados das eleições, organiza violentas manifestações ocorrem por todo o
país e que resultam no trágico acontecimento de Montepuez em que pereceram dezenas de pessoas: manifestantes,
prisioneiros e polícias.
2003 Realiza-se em Maputo a cimeira para a constituição da União Africana (U.A.); neste encontro Joaquim Alberto
Chissano, presidente de Moçambique, sucede a Thabo Mbeki (da África do Su) na presidência da União Africana.
2004 (Dezembro) realizam-se eleições presidenciais e legislativas. Armando Emílio Guebuza e o seu partido FRELIMO
ganham a presidência da República e larga maioria de assentos no parlamento moçambicano.
A partir de finais do séc. XIX a economia colonial em Moçambique repousa sob dois pilares fundamentais: o capital de
plantações (representado pelas companhias magestáticas e arrendatárias no centro e norte) e o capital mineiro (através do
fluxo migratóriode trabalhadores moçambicanos para a África do Sul).
1953-1958 I Plano de Fomento Nacional : previa investimentos da ordem de 1.848.500 contos dos quais vieram a ser
realmente aplicados 1.661.284 distribuídos pelas áreas de Caminhos de ferro, portos e transportes aéreos (63%);
1959-1964 II Plano de Fomento Nacional à semelhança do primeiro privilegiava investientos públicos e de alguns (poucos)
projectos do sector privado; assim sendo o povoamento dos colonatos para a produção de tabaco e chá, as cominicações e
os transportes, o aproveitamento de recursos (agrícolas, florestais, pecuários, hidro-agrícola e hidro-electricos), pesquisas
na área cartográfica e geofísica. Foi contemplada uma pequena verba para a instrução, saúde e melhoramentos locais
(abastecimento de água). Juntamente com os estudos científicos do território esta verba não ultrapassava os 19 por cento
dos investimentos programados, ou seja, apenas cerca de 520 mil contos.
1960-1975 Construção da barragem hidroélectrica de Cabora-Bassa (na província de Tete), integrado no II plano de
Fomento Nacional, que produz cca de quatro mil megawatts. O principal consumidor desta energia é a ESKOM empresa
d'electricidade da África do Sul. A partir de Novembro de 2005 este empreendimento passou para a gestão maioritária de
Moçambique.
1975 (24 de Julho) O governo moçambicano decreta a nacionalização de todos os bensmóveis e imóveis (hospitais,
escolas, empresas, prédios de rendimento e terras).
Para reduzir as assimetrias herdadas do tempo colonial, o novo governo desenvolveu planos tendentes a contemplar a dotar
as populações rurais de infraestruturas básicas. Assim sendo, e no âmbito das políticas de desenvolvimento traçadas, foram
adoptadas duas modalidades básicas a saber: a introdução das aldeias comunais e das cooperativas de produção. A este
conjunto de medidas que se designa por socialização do campo.
1976 (Março) Moçambique fecha as suas fronteiras com a Rodésia e consequentemente a linha férrea e o
oleoduto/pipeline ligando Beira à Rodésia.
1978 A África do Sul suspende o pagamento de salários em ouro, à Moçambique, uma prática que remonta dos acordos
anteriores entre o governo colonial e as autoridades sul-africanas. Esta medida implicou uma redução significativa de
divisas para Moçambique.
1980 criação da SADCC da qual Moçambique pasou a fazer parte coordenando o sector de Transportes e Comunicações
1984 (Junho) Moçambique adere à Convenção de Lomé, um passo formal para a adesão ao grupo A.C.P. (África
Caraíbas e Pacífico. Esta medida permite ao país iniciar passos para a cooperação com a CEE nos domínios económico,
social e cultural.
1987 o governo moçambicano apresenta ao país o Programa de Reabilitação Económica (PRE) um novo instrumento para
a revitalização da economia nacional.
1998 (22 Janeiro) Os membros do clube de Paris Paris reduzem a dívida moçambicana em 80%
Mozambique. Início do funcionamento da MOZAL I, fábrica de alumínio, que após a barragem de Cabora Bassa, é o
segundo grande projecto industrial istalado em Moçambique. Localizada a 20 Km de Maputo a fábrica tem como
accionistas principais: BHPbilliton australiana (47%), Mitsubishi Corporation of Japan (25%), IDC-Industrial Development
Corporation of South Africa (24%) e o Estado Moçambicano (4%).
2000 (Setembro) Inauguração oficial da MOZAL I, uma fábrica situada em Beluluane produzindo cca de 253.000
toneladas de alumínio por ano.
2003 (Março) Inauguração da fábrica MOZAL II (segunda fase do projecto MOZAL). A produção de alumínio sobe para
506.000 toneladas por ano.
2004 (Junho) Inauguração oficial da exploração do gás naturall de Pande (na província de Inhambane a sul do país) que
fornece cca de 120 giga joules duma reserva calculada para 25 anos de exploração. Numa primeira fase o gás é
maioritariamente exportado para a África do Sul por meio de um gaseoduto de 586 Kms ligando Moçambique
(Pande/Temane) à África do Sul (Secunda).
Parte I
Nome______________________________________________________________________________________________
________
7. O Contrato Social e Espírito das Leis (1748) são obras pertencentes aos pensadores iluministas:
A. Locke e Montesquieu
B. Voltaire e Rousseau
C. Rousseau e Locke
D. Montesquieu e Leibnitz
10. Os whigs e tories hostilizaram os governos de Carlos II e Jaime II por estes serem:
A. pró-catolicistas e anarquistas
B. puritanos e extremistas
C. anglicanos e conservadores
D. absolutistas e catolicistas
11. Durante a revolução Americana George Washington foi escolhido para ser
A. chefe da revolta de Boston conhecida como Boston tea party
B. comandante do exército de Boston e posteriormente presidente dos EUA
C. comandante militar dos insurectos
D. comandante militar e posteriormente presidente dos EUA
12. Entre os tratados importantes assinados em Versalhes conta-se o do reconhecimento da independência das 13 colónias
americanas ocorrido:
A. em inícios do século XVIII
B. em meados do século XVIII
C. na segunda metade do século XVIII
D. na primeira metade do século XVIII
15. Durante a fase da restaurção monárquica, na Inglaterra, o poder foi assumido pelos reis:
A. Carlos I e Jaime I
B. Carlos II e Jaime I
C. Carlios II e Jaime II
D. Carlos II e Guilherme de Orange
16. "Por mais fortuna que pudesse adquirir um comerciante, um manufactureiro, um banqueiro ou um advogado, ainda
assim continuava excluído dos privilégios:
A. sociais
B. ideológicos
C. políticos
18. Terminada a I Guerra Mundial, foi criada, em 1919, a Sociedade das Nações (SDN) cuja sede era:
A. Nova Iorque
B. Roma
C. Suíça
D. Genebra
21. Durante a I Guerra Mundial a Alemanha invadiu a Bélgica com o objectivo fundamental de penetrar:
A. em Berlin
B. na Provença
C. na França
D. na Holanda
26. O final da I Guerra Mundial foi assinalado com a assinatura de um armistício na densa floresta de:
A. Cambrai
B. Compiègne
C. Rethondes
D. Versalhes
28. Em 1926 e em 1934 dois países entram para a Sociedade das Nações, são eles:
A. França e Rússia
B. Itália e Rússia
C. Alemanha e Rússia
D. Áustria e Alemanha
32. O golpe militar que viria a conduzir Salazar ao poder, foi protagonizado em Portugal, no ano de:
A. 1916
B. 1926
C.1932
D. 1933
34. Após a I Guerra Mundial e como resultado do repúdio ao Tratado de Versalhes, da desorganização económica, da
inflação e da instabilidade económica surgiu o partido:
A. Nacional-Fascista
B. Nacional-Democrata
C. Nacional-Socialista
D. Nacional-Unionista
38. A Declaração do Cairo de 1943 reuniu Churchill, Roosevelt e Chiang Kai-Shek para:
A. discutir o destino do império japonês
B. discutir as estratégias militares no Norte de Africa
C. discutir as estratégias militares a serem utilizadas na Ásia Centra
D. discutir as estratégias militares do Médio Oriente
Parte II
Nome______________________________________________________________________________________________
________
2. A sociedade francesa no século XVIII estava subdividida em ordens e por isso mesmo também designada
A. sociedade estamental ou trinitária
B. sociedade estamental ou castas
C. sociedade trinitária ou estigmatizada
D. sociedade clerical e aristocrática
3. A crise ecológica e a revolta nobiliarca foram dois acontecimentos que marcaram a França :
A. no início do século XVII
B. em meados do século XVII
C. no início do século XVIII
D. em finais do século XVIII
10. A independência das 13 colónias americanas é considerada uma revolução burguesa porque:
A. destruiu o monopólio commercial da Co Inglesa das Índias Orientais
B. eliminou o decreto Inglês que proibia os colonos burgueses de se expandirem para as terras do interior
C. introduziu medidas proteccionistas que beneficiaram os comerciantes e industriais americanos
D. destruiu estruturas de cariz feudal vigentes no seio dos colonos escravocratas
14. Uma das lutas ideológicas que se desenrolou durante a Revolução inglesa foi :
A. a oposição entre o anglicanismo e o cristianismo
B. a oposição entre o anglicanismo e o puritanismo
C. a oposição entre o puritanismo e o anglicanismo
D. a oposição entre o catolicismo e o protestantismo
17. Nos finais do século XIX surgiu na Europa afigura de um proeminente estadista, nomeadamente, Otto von Bismarck. O
seu nome está associado a
A. unificação da Prússia
B. unificação da Rússia
C. unificação dos principados alemães
D. unificação dos principados
19. Os Impérios Austro-húngaro, alemão e Turco-otomano são também conhecidos pela designação de:
A. Tríplice Aliança
B. "Impérios Centrais" :
C. Aliança Dual
D. Tríplice Entente
20. Genebra e Nova York são as capitais que albergam duas organizações importantes:
A. OIT e SDN
B. SDN e ONU
C. SDN e FAO
D. SDN e PNUD
21. "Os soldados abrigavam-se em recintos protegidos por sacos de arame farpado e viviam no meio da lama, do frio, da
morte e da metralha". O fenómeno descrito retrata:
A. a estabilização das frentes
B. a guerra fria
C. a guerra das estrelas
D. a guerra química
22. Para conseguir invadir a França a Alemanha teve que violar a neutralidade da:
A. Polónia
B. Holanda
C. Suíça
D. Bélgica
25. No final da I Guerra Mundial Guilherme II, kaiser alemão, abdicou ao trono devido:
A. à derrota alemã e da instabilidade política interna do país
B. à derrota alemã e ao surgimento do fascismo na Itália
C. à derrota alemã e ao surgimento de partidos nazis no seu país
D. à derrota alemã e ascensão de Hitler, grande opositor do imperador
27. O golpe militar que viria a conduzir Salazar ao poder foi dirigido por:
A. General Pinto Gomes
B. general Gomes da Costa
C. general Costa Gomes
D. general Mendes Cabeçadas
29. De entre as medidas económicas preconizadas pelo fascismo e pelo nazismo figuram:
A. o proteccionismo e o inflaccionismo
B. o proteccionismo e o corporativismo
C. o proteccionismo e o mercantilismo
D. o proteccionismo e o livre-cambismo
31. Os ataques kamikazi, muito famosos durante a II guerra Mundial, foram protagonizados pela aviação:
A. alemã
B. japonesa
C. italiana
D. soviética
32. A 2 de Setembro de 1945 os Aliados assinaram a rendição incondicional com do Japão. Este acto ocorreu:
A. a bordo do Couraçado "Missouri"
B. em Tókio
C. em Nagasaki
D. em Osaka
37. Os antagonismos ideológicos surgidos após a II Guerra Mundial estiveram na origem dos seguintes fenómenos:
A. fascismo, colonialismo e não-alinhamento
B. bipolarismo político e corrida armamentista
C. fascismo e corrida armamentista
D. colonialismo e não-alinhamento
38. O mais sério conflito armado do pós-guerra imediato ocorreu entre 1950 e 1953 e opôs:
A. o Vietname e os EUA
B. Cuba e os EUA
C. as duas Coreias
D. tropas da URSS e dos países da Europa Ocidental devido ao "bloqueio de Berlim"
39. ANZUS E CENTO são duas siglas de alianças militares que pertenciam aos países:
A. do bloco socialista
B. do bloco capitalista
C. árabes
D. asiáticos (Iraque e Irão)
Parte III
Nome______________________________________________________________________________________________
________
2. Até finais do século XVIII os únicos países do Velho Continente que haviam adoptado o modelo parlamentar eram:
A. Suíça e Áustria
B. Espanha e Prússia
C. Holanda e Inglaterra
D. Alemanha Federal e Itália
4. "Os Lordes espirituais e temporais e os Comuns, determinaram que Guilherma e Maria são e permanecerão declarados
rei e rainha de Inglaterra e da Irlanda e dos territórios que dela dependem". Esta frase enquadra-se nos acontecimentos da
revolução:
A. Industrial na Inglaterra
B. Francesa de 1789
C. Gloriosa de 1689
D. Inglesa de 1640
5a. Dois acontecimentos importantes marcaram a França nos anos 1787 e1788:
A. a crise ecológica e o assalto à Bastilha
B. a crise económica e o assalto à Bastilha
C. a crise económica e a criação da Convenção
D. a crise ecológica e a revolta nobiliarca
6. Torna-se célebre pela defesa da tolerância e da independência do Estado em relação à Igreja. Estamos a falar de:
A. Rousseau
B. Condillac
C. Voltaire
D. Diderot
7. "É preciso que o poder faça parar o poder". Esta frase constitui a máxima fundamental inserida na obra:
A. O Espírito das Leis
B. Autoridade política
C. Dicionário Filosófico
D. O Contrato Social
8. "É preciso que o poder faça parar o poder". Esta máxima foi pronunciada pelo pensador iluminista:
A. Montesquieu
B. D'Alembert
C. Locke
D. Maquiavel
9. "Sendo a propriedade um direito inviolável e sagrado, ninguém pode ser dela privado, a menos que seja de utilidade
pública legamente constatada e sob condição de justa e prévia indemnização." Este pensamento liberal está contido no
seguinte documento:
A. Magna Carta da Liberdade de 1215
B. Declaração dos Direitos de 1689
C. Provisões de Oxford de 1258
D. Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
10. O filósofo do "século das luzes" que assentou as suas ideias no princípio de que "O Homem é bom por natureza e todo
o mal é consequência da civilização" foi:
A. Voltaire
B. Newton
C. Rousseau
D. Descartes
12. O princípio da abolição da escravatura nas colónias foi pela primeira vez formulado durante:
A. a revolução inglesa de 1640
B. a revolução industrial
C. a revolução francesa
D. a revolução americana
14. A revolução nobiliarca de 1788 ocorreu devido as tentativas de reforma fiscal sugeridas por:
A. Calonne e de Brienne
B. de Brienne e Turgot
C. Calonne e Turgott
D. Calonne e Necker
16. Pelo Congresso de Berlim em 1878, as províncias turcas da Bósnia e Herzegovina foram postas sob o controle:
A. da Áustria
B. da Rússia
C. da Hungria
D. da Alemanha
20. Genebra e Nova Iorque são as capitais que albergam duas organizações importantes:
A. OIT e SDN
B. SDN e ONU
C. SDN e FAO
D. SDN e PNUD
25. Como resultado da derrota alemã e da instabilidade política interna, Guilherme II abdicou do trono e refugiou-se na :
A. Bélgica
B. Áustria
C. Itália
D. Holanda
26. Após a ocupação da Alsácia e Lorena pela Alemanha a França desenvolveu uma ampla campanha:
A. pan-gaulesa
B. revanchista
C. pan-germanista
D. imperialista
28. Como resultado da oposição do Senado norte-americano em relação aos "14 artigos de Wilson":
A. os EUA impediram a entrada da Rússia na SDN
B. os EUA deixaram de pagar as suas cotas na SDN
C. os EUA marcaram a sua ausência na SDN
D. os EUA adiaram a sua integração na SDN
31. Contudo o pacto referido em 30 foi violado e a URSS foi atacada no dia:
A. 22 de Junho de 1939
B. 22 de Junho de 1941
C. 22 de Junho de 1943
D. 22 de Junho de 1944
33. Churchill, Roosevelt e Chiang Kai-Shek de 1943 reuniram-se para discutir o destino do império japonês. Este encontro
teve lugar:
A. no Egitpo
B. no Iraque
C. no Irãodiscutir as estratégias militares a serem utilizadas na Ásia Centra
D. na China
PARTE IV
Nome______________________________________________________________________________________________
________
1. A sociedade medieval caracterizou-se essencialmente pelos aspectos seguintes:
A. hierarquização das classes e privilégios da aristocracia e economia rural
B. estigmatização social, promoção do anti-cristianismo e economia rural
C. distribuição de terras ao clero, pagamento do dízimo aos camponeses e economia rural
D. multiplicidade de tarefas, diminuição de impostos aos camponeses e economia rural
2. Até finais do século XVIII os únicos países do Velho Continente que haviam adoptado o modelo parlamentar eram:
A. Suíça e Áustria
B. Espanha e Prússia
C. Holanda e Inglaterra
D. Alemanha Federal e Itália
4. "Os Lordes espirituais e temporais e os Comuns, determinaram que Guilherma e Maria são e permanecerão declarados
rei e rainha de Inglaterra e da Irlanda e dos territórios que dela dependem". Esta frase enquadra-se nos acontecimentos da
revolução:
A. Industrial na Inglaterra
B. Francesa de 1789
C. Gloriosa de 1689
D. Inglesa de 1640
6. Torna-se célebre pela defesa da tolerância e da independência em relação à Igreja. Estamos a falar de:
A. Rousseau
B. Condillac
C. Voltaire
D. Diderot
7. "É preciso que o poder faça parar o poder". Esta frase constitui a máxima fundamental inserida na obra:
A. O Espírito das Leis
B. Autoridade política
C. Dicionário Filosófico
D. O Contrato Social
8. "É preciso que o poder faça parar o poder". Esta máxima foi pronunciada pelo pensador iluminista:
A. Montesquieu
B. D'Alembert
C. Locke
D. Maquiavel
9. "Sendo a propriedade um direito inviolável e sagrado, ninguém pode ser dela privado, a menos que seja de utilidade
pública legamente constatada e sob condição de justa e prévia indemnização." Este pensamento liberal está contido no
seguinte documento:
A. Magna Carta da Liberdade de 1215
B. Declaração dos Direitos de 1689
C. Provisões de Oxford de 1258
D. Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
10. O filósofo do "século das luzes" que assentou as suas ideias no princípio de que "O Homem é bom por natureza e todo
o mal é consequência da civilização" foi:
A. Voltaire
B. Newton
C. Rousseau
D. Descartes
12. O princípio da abolição da escravatura nas colónias foi pela primeira vez formulado durante:
A. a revolução inglesa de 1640
B. a revolução industrial
C. a revolução francesa
D. a revolução americana
14. A revolução nobiliarca de 1788 ocorreu devido as tentativas de reforma fiscal sugeridas por:
A. Calonne e de Brienne
B. de Brienne e Turgot
C. Calonne e Turgott
D. Calonne e Necker
16. Pelo Congresso de Berlim em 1878, as províncias turcas da Bósnia e Herzegovina foram postas sob o controle:
A. da Áustria
B. da Rússia
C. da Hungria
D. da Alemanha
20. Genebra e Nova Iorque são as capitais que albergam duas organizações importantes:
A. OIT e SDN
B. SDN e ONU
C. SDN e FAO
D. SDN e PNUD
25. Como resultado da derrota alemã e da instabilidade política interna, Guilherme II abdicou do trono e refugiou-se na :
A. Bélgica
B. Áustria
C. Itália
D. Holanda
26. Após a ocupação da Alsácia e Lorena pela Alemanha a França desenvolveu uma ampla campanha:
A. pan-gaulesa
B. revanchista
C. pan-germanista
D. imperialista
28. Como resultado da oposição do Senado norte-americano em relação aos "14 artigos de Wilson":
A. os EUA impediram a entrada da Rússia na SDN
B. os EUA deixaram de pagar as suas cotas na SDN
C. os EUA marcaram a sua ausência na SDN
D. os EUA adiaram a sua integração na SDN
31. Contudo o pacto referido em 30 foi violado e a URSS foi atacada no dia:
A. 22 de Junho de 1939
B. 22 de Junho de 1941
C. 22 de Junho de 1943
D. 22 de Junho de 1944
33. Churchill, Roosevelt e Chiang Kai-Shek de 1943 reuniram-se para discutir o destino do império japonês. Este encontro
teve lugar:
A. no Egitpo
B. no Iraque
C. no Irãodiscutir as estratégias militares a serem utilizadas na Ásia Centra
D. na China
38. Durante a a "guerra fria" McCarty teorizou sobre a luta contra o comunismo interno:
A. na China
B. nos EUA
C. na URSS
D. na RDA
40. A contenda referida em 37 opôs dois exércitos que eram apoiados pelos:
A. russos e americanos
B. russos e chineses de um lado e americanos por outro
C. russos e coreanos de um lado e coreanos e japoneses do outro
D. russos e chineses de um lado e japoneses e coreanos de outro
Parte V
Nome______________________________________________________________________
3. Apesar da tendência absolutista, Jaime I enfrentou a primeira oposição levada a cabo por Sir Edward Coke que assumia
o cargo de:
A. líder dos Round heads
B. bispo da Cantuária
C. Líder da Câmara dos Lordes
D. presidente do tribunal supremo
4. Em 1640, o rei Carlos I viu-se obrigado a convocar o Parlamento depois de onze anos de governo autocrático para :
A. obter dinheiro para punir a resistência dos escoceses
B. obter dinheiro para lutar contra a França
C. obter dinheiro para lutar contra os puritanos
D. obter dinheiro para lutar contra os católicos irlandeses
10. As reformas efectuadas no âmbito das "Jornadas de Agosto" de 1789 tiveram como efeito essencial:
A. a criação da Assembleia Constituinte
B. a anulação das diferenças de classe e do desnível social
C. B e D complementam-se
D. colocar os franceses em igualdade perante a lei
12. Em Agosto de 1791 foi emitida a "Declaração de Pilnitz" por iniciativa dos países seguintes :
A. Áustria e Prússia
B. Áustria e Alemanha,
C. Áustria e Inglaterra
D. Áustria, Bélgica e Espanha
16. Entre os episódios da Revolução Francesa contam-se as "Jornadas de Outubro" de 1789. Esta sublevação foi
essencialmente protagonizada :
A. por mulheres enfurecidas com a falta da emancipação política
B. por mulheres enfurecidas com o aumento do preço do pão
C. por mulheres enfurecidas com a recusa do rei em oficializar o divórcio
D. por mulheres enfurecidas com a recusa do clero em oficializar o divórcio
19. Antes de ser dominada pela Áustria-Hungria a Bósnia e Herzegovina estavam sob o domínio:
A. Sérvio
B. Alemão
C. Turco
D. Búlgaro
20. O acto que sancionou a tutela administrativa da Bósnio e Herzegovina pela Áustria-Hungria foi:
A. o Congresso de Berlin de de 1877
B. o Congresso de Berlin de de 1878
C. o Congresso de Berlin de de 1879
D. o Congresso de Berlin de de 1885
21. Contudo em 1909 a Áustria-Hungria anexa definitivamente o referido território como resultado:
A. de um posicionamento unilateral
B. do Congresso de Berlin de 1879
C. das conversações secretas entre os imperadores austríaco e o príncipe búlgaro
D. de um tratado militar entre a Áustria e a Turquia em 1907
22. Quando a Áustria ocupou o referido território, a Rússia ameaçou entrar em guerra em socorro dos seus irmãos eslavos.
Contudo, cedo abandonou esta ideia porque:
A. A Alemanha ameaçara apoiar militarmente a Áustria
B. A Rússia ainda não estava refeita da guerra Russo-Japonesa
C. A Sérvia achava inoportuna a sua intervenção do seu "irmão mais velho"
D. As respostas A e B complementam-se
24. O assassinato de Francisco Ferdinando foi cometido em Serajevo. Contudo esta conspiração fora preparada:
A. na Eslovénia
B. em Belgrado
C. no Montenegro
D. na Grande Jugoslávia
25. No início o ambiente político na Tríplice Entente estava minado devido às desconfianças entre a :
A. Inglaterra e a França
B. Inglaterra e a Bélgica
C. Inglaterra e a Rússia
D. França e Rússia
27. Neste contexto o primeiro pretendia defender os seus interesses na região do Médio Oriente e o segundo queria :
A. obter acesso ao Mar Mediterrâneo
B. dominar a Síria e o Líbano
C. obter acesso ao Mar Vermelho
D. dominar a Áustria grande concorrente da região
33. Entre os anos 1905-1913, dois países europeus estiveram à beira da guerra. Estamo-nos a referir :
A. da Inglaterra e da Alemanha
B. da Rússia e da Áustria
C. da França e da Alemanha
D. da França e da Bélgica
36. Pelo Tatado de Versalhes as minas de carvão do Sarre seriam cedidas à França, que teria o direito de explorá-las
durante :
A. 5 anos
B. 10 anos
C. 15 anos
D. 20 anos
39. Uma das cláusulas do Tratado de Sèvres, com a Turquia, previa que a Síria:
A. estivesse sob o mandato da Inglaterra
B. estivesse sob o mandato da França
C. estivesse sob o mandato da Rússia
D. estivesse sob o mandato da Áustria
A ascensão de Hitler ao poder, na Alemanha
Parte VI
Nome______________________________________________________________________
3. Apesar da tendência absolutista, Jaime I enfrentou a primeira oposição levada a cabo por Sir Edward Coke que
assumia o cargo de:
A. líder dos Round heads
B. bispo da Cantuária
C. Líder da Câmara dos Lordes
D. presidente do tribunal supremo
4. Em 1640, o rei Carlos I viu-se obrigado a convocar o Parlamento depois de onze anos de governo autocrático para :
A. obter dinheiro para punir a resistência dos escoceses
B. obter dinheiro para lutar contra a França
C. obter dinheiro para lutar contra os puritanos
D. obter dinheiro para lutar contra os católicos irlandeses
10. As reformas efectuadas no âmbito das "Jornadas de Agosto" de 1789 tiveram como efeito essencial:
A. a criação da Assembleia Constituinte
B. a anulação das diferenças de classe e do desnível social
C. B e D complementam-se
D. colocar os franceses em igualdade perante a lei
12. Em Agosto de 1791 foi emitida a "Declaração de Pilnitz" por iniciativa dos países seguintes :
A. Áustria e Prússia
B. Áustria e Alemanha,
C. Áustria e Inglaterra
D. Áustria, Bélgica e Espanha
16. Entre os episódios da Revolução Francesa contam-se as "Jornadas de Outubro". Esta sublevação foi
essencialmente
protagonizada :
A. por mulheres enfurecidas com a falta da emancipação política
B. por mulheres enfurecidas com o aumento do preço do pão
C. por mulheres enfurecidas com a recusa do rei em oficializar o divórcio
D. por mulheres enfurecidas com a recusa do clero em oficializar o divórcio
19. Antes de ser dominada pela Áustria-Hungria a Bósnia e Herzegovina estavam sob o domínio:
A. Sérvio
B. Alemão
C. Turco
D. Búlgaro
20. O acto que sancionou a tutela administrativa da Bósnio e Herzegovina pela Áustria-Hungria foi:
A. o Congresso de Berlin de de 1877
B. o Congresso de Berlin de de 1878
C. o Congresso de Berlin de de 1879
D. o Congresso de Berlin de de 1885
21. Contudo em 1909 a Áustria-Hungria anexa definitivamente o referido território como resultado:
A. de um posicionamento unilateral
B. do Congresso de Berlin de 1879
C. das conversações secretas entre os imperadores austríaco e o príncipe búlgaro
D. de um tratado militar entre a Áustria e a Turquia em 1907
22. Quando a Áustria ocupou o referido território, a Rússia ameaçou entrar em guerra em socorro dos seus irmãos
eslavos. Contudo, cedo abandonou esta ideia porque:
A. A Alemanha ameaçara apoiar militarmente a Áustria
B. A Rússia ainda não estava refeita da guerra Russo-Japonesa
C. A Sérvia achava inoportuna a sua intervenção do seu "irmão mais velho"
D. As respostas A e B complementam-se
24. O assassinato de Francisco Ferdinando foi cometido em Serajevo. Contudo esta conspiração fora preparada:
A. na Eslovénia
B. em Belgrado
C. no Montenegro
D. na Grande Jugoslávia
25. No início o ambiente político na Tríplice Entente estava minado devido às desconfianças entre a :
A. Inglaterra e a França
B. Inglaterra e a Bélgica
C. Inglaterra e a Rússia
D. França e Rússia
26. As desinteligências baseavam-se fundamentalmente no controle:
A. de Sófia, e da Turquia
B. da Turquia, do Iraque e do Mediterrâneo Oriental
C. do Bósforo, Dardanelos e Constantinopla
D. da Turquia e da Bulgária
27. Neste contexto o primeiro pretendia defender os seus interesses na região do Médio Oriente e o segundo queria :
A. obter acesso ao Mar Mediterrâneo
B. dominar a Síria e o Líbano
C. obter acesso ao Mar Vermelho
D. dominar a Áustria grande concorrente da região
33. Entre os anos 1905-1913, dois países europeus estiveram à beira da guerra. Estamo-nos a referir :
A. da Inglaterra e da Alemanha
B. da Rússia e da Áustria
C. da França e da Alemanha
D. da França e da Bélgica
36. Pelo Tatado de Versalhes as minas de carvão do Sarre seriam cedidas à França, que teria o direito de explorá-las
durante :
A. 5 anos
B. 10 anos
C. 15 anos
D. 20 anos
39. Uma das cláusulas do Tratado de Sèvres, com a Turquia, previa que a Síria:
A. estivesse sob o mandato da Inglaterra
B. estivesse sob o mandato da França
C. estivesse sob o mandato da Rússia
D. estivesse sob o mandato da Áustria
A ascensão de Hitler ao poder, na Alemanha
Parte I
TESTE DE HISTÓRIA
NOME__________________________________________________________________________________________
1. No fim do século XVIII só havia soberania estrangeira em alguns pontos de África,
nomeadamente:
( ) costa de Angola e de Moçambique, Gâmbia britânica e no Senegal francês
( ) costa da Somália italiana, Madagáscar francês e Angra-Pequeña alemã
( ) costa do Ouro britânica, Madagascar francês e Walfisch Bay alemã
( ) costa do Marfim francês, Costa de Angola e Moçambique e Gâmbia britânica
2. Entre as causas que colocaram a África entre os continentes onde, como na Austrália e na América, emigrantes de espírito aventureiro
contam-se:
( ) descoberta de pedras preciosas no Natal, de diamante em Kimberley e no Transvaal, e
do urânio na Rodésia do Norte
( ) descoberta de marfim no Congo, descoberta de diamante en Kimberley e no
Transvaal, e do urânio na Rodésia do Sul
( ) descoberta de óleo de palma no Congo, descoberta de diamante en Kimberley e no
Transvaal, e do urânio na Rodésia Sul
( ) descoberta caual do diamante no Transvaal, do ouro no Rand e do cobre na Rodésia
do Norte
3. Os aspectos que atraíram o interesse dos britânicos para a zona do actual Zimbabwe foram fundamentalmente :
( ) o marfim e o ouro
( ) o marfim e os escravos
( ) o marfim e as pedras semi-preciosas
( ) o marfim e os diamantes do Rand
5. Com a assinatura, em 1888, da Rudd Concession estavam abertas as portas para o início da dominação britânica no
território que hoje se chama Zimbabwe. Contudo, foi em 1895, que a nova colónia foi subdividida em duas
províncias, nomeadamente :
( ) Mashonalândia (a parte ocidental) e Matabelelândia (a parte oriental)
( ) Mashonalândia (a parte ocidental) e Manicalândia (a parte oriental)
( ) Mashonalândia (a parte ocidental) e a Barotselândia (a parte oriental)
( ) Manicalândia (a parte ocidental) e Manicalândia ( a parte oriental)
10. Em Setembro de 1876 realizou-se em Bruxelas uma conferência internacional deGeografia que culminou com a
criação da AIA. Este organismo elegeu para presidente e secretário-geral respectivamente:
( ) Leopoldo II e Greindl
( ) Leopoldo II, Greindl e depois o Coronel Strauch
( ) Leopoldo I, Greindl e depois Banning (agente de Leopoldo)
( ) Leopoldo II, Greindl e depois Banning
11. Durante a 1a Guerra Mundial os alemães resistiram tenazmente até ao fim do conflitona região da:
( ) África Oriental
( ) África Ocidental
( ) África Central
( ) África Meridional)
12. Nessa região o contingente alemão foi chefiado por:
( ) von Litton Vorbeck
( ) von Kusserow
( ) von Schlieffen
( ) von der Heydt
19. No âmbito do processo Rivónia, além de Nelson Mandela foram igualmente condenados à prisão perpétua :
( ) Walter Sisulu e Oliver Tambo
( ) Walter Sisulu e o Pe John K. Dube
( ) Walter Sisulu e Ngovani Mbeki
( ) Walter Sisulu e Moses Kotane
20. Da mesma forma como surgiu o braço armado Unkonto we sizwe, também foi criado em 1963 o Poko. Estes dois
instrumentos de guerrilha pertenciam :
( ) ao ANC e ao Partido Comunista Sul-africano
( ) ao ANC e ao PAC (Pan-African Congress)
( ) ao ANC e ao Congresso dos Mestiços
( ) ao ANC e ao Congresso dos Democratas
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Maputo, Março/Abril de 2007 NB: Expressamente proíbido fotocopiar o manual.
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Justino Rodrigues(Coordenador), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: +258-82 0432 760
21. A força de trabalho recrutada internamente (na África do Sul) e na região era regimentada controlada e organizada,
em casernas para mineiros rigidamente separados por grupos étnicos ou de proveniência. Estes alojamentos eram
designados por:
( ) homelands
( ) bantustans
( ) compounds
( ) ghettos
23. Muito antes do acordo entre Mouzinho de Albuquerque e o Transvaal as autoridades coloniais em Moçambique já
haviam estabelecido postos na fronteira para controlar o trabalhador migrante nas regiões de:
( ) Ressano Garcia, Pafúri e Rio dos Elefantes
( ) Ressano Garcia, Namaacha e Rio dos Elefantes
( ) Ressano Garcia, Matola e Rio dos Elefantes
( ) Lourenço Marques, Ressano Garcia e Rio dos Elefantes
24. A verdadeira razão da interdição à WENELA do recrutamento de mão-de-obra a Norte do paralelo 22° era:
( ) a fraqueza físiológica dos trabalhadores daquela região
( ) a distância que os separava da África do Sul debilitava-os
( ) evitar a competição entre o capital mineiro e o capital de plantações
( ) evitar o aumento de mineiros e desta forma permitir o aumento de salários aos brancos
25. O acordo estipulava que os trabalhadores só podiam ser empregados com o conhecimento do Instituto do Trabalho.
Esta medida foi tomada :
( ) 1961
( ) 1962
( ) 1963
( ) 1964
26. A partir de 1976 o importante posto de passagem de mão-de-obra, Pafúri, deixou de ser utilizado devido :
( ) à destruição do posto pela aviação rodesiana
( ) à situação de escassez de mão-de-obra devido ao recrutamento militar em Moçambique
( ) à situação de guerra civil entre o MNR e o governo Moçambicano
( ) à situação de guerra criada pelos ataques rodesianos a Moçambique
28. Únicas zonas de Moçambique onde o imposto de palhota era pagável em divisas :
( ) Gaza , Maputo e Inhambane
( ) Gaza, Manica e Inhambane
( ) Gaza, Inhambane e Tete
( ) Gaza, Inhambane e Niassa
29. Em 1938, o governo colonial criou a JEAC. Através deste organismo Lisboa pretendia :
( ) limitar os índices de produção do algodão
( ) estabelecer o maior controle sobre as companhias concessionárias em Moçambique
( ) limitar os indices de produção de algodão a nível dos camponeses
( ) evitar a concorrência entre as companhias algodoeiras e os camponeses
30. "...a exploração de serviços públicos, actividades em regime exclusivo ou quaisquer outras de interesse fundamental
para a defesa do estado ou para a economia, só seria permitida a empresas portuguesas. Este princípio geral estava
contido :
( ) na Lei de Nacionalização de Capitais de 1943
( ) no Acto Colonial de 1930
( ) na circular 818/D7 de 1942
( ) no novo Regulamento dos Serviços Indígenas de 1944
31. Faça corresponder a coluna A e B colocando no espaço entre parênteses o número que achar correcto.
A. B.
1. Congresso de Viena ( ) Novembro de 1884- Fevereiro de1885
2. Triplice Aliança ( ) 1904-1905
3. criação do colonato do Limpopo ( ) 1946
4. Criação da RNLSC ( ) 1815
5. guerra Russo-Japonesa ( ) 1951
6. Tratado anglo-português sobre a embocadura do Congo ( ) 1940
7. Primeira crise Marroquina ( ) 1882
8. constituição da SHER ( ) 1954
9. Formação da União sul-africana ( ) 1914-1918
10. Alemanha perde as suas colónias ( ) 1884
11. Congresso de Berlin ( ) 1960
12. Estabelecimento da CAM em Ocua ( ) 1910
13. Co do Niassa lança campanha militar contra os Macondes ( ) 1905
14. Fundação da UDENAMO ( ) 1946
15. chegada do governador T. Bettencourt ( ) 1920
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1. A expansão marítima europeia, nos séculos XV e XVII, esteve na origem do colonialismo mercantil:
A. vigente entre os séculos XVI e XVII
B. vigente entre os séculos XVI e XVIII
C. vigente entre os séculos XVI e XIX
D. vigente entre os séculos XVIII e XIX
2. A preocupação dos países europeus pela ocupação colonial efectiva foi devida:
A. às recomendações da Conferência de Berlim 1884/85
B. às recomendações do tratado de Zaire de 1884
C. às séria ameaça que a Alemanha representava no cenário imperialista
D. à decisão do rei Leopoldo, da Bélgica, em adquirir o Congo
3. Ki-Zerbo na sua obra História da África Negra, Vol. II afirma que a penetração imperialista em
África foi levada a cabo por "três figuras", nomeadamente:
A. missionários, exploradores e militares
B. missionários, comerciantes e cientistas
C. missionários, mercadores e militares
D. missionários, aventureiros e militares
4. O interesse pela África levou os europeus a conhecerem a geografia deste continente. A disputa sobre
o conhecimento da nascente do Nilo conduziu aà acesas discussões entre:
A. Stanley e Burton
B. Brazza e Burton
C. Speke e Burton
D. Livingstone e Burton
8. O Tratado do Zaïre foi contestado pela Bélgica, porque este país queria evitar a concorrência da
Alemanha uma potência colonial emergente nesta região. Esta a afirmaçao é:
A. verdadeira
B. parcialmente verdadeira
C. parcialmente falsa
D. totalmente falsa
D. crise do Transvaal
23. Entre 1915 a 1951 o governo britânico opôs-se à criação da federação das Rodésias e Niassalândia porque :
A. estava contra o apartheid
B. exigia a representatividade dos negros naquela organização
C. queria evitar o assalto ao poder por parte dos "rand-lords"
D. exigia que os negros e os brancos formassem um so partido
25. Os colonos rodesianos participaram na Federação das Rodésias do Sul e Niassalândia, porque pretendiam:
A. a protecção dos colonos da Rodésia do Norte
B. declarar unilateralmente a independência do território
C. a protecção da Inglaterra e dos boeres da União sul-africana
D. controlar o cobre da Rodésia do Norte e a mão-de-obra da Niassalândia
32. A colour bar foi fortalecida pelos regulamentos das minas e pelas leis do trabalho de 1911 e incorporada no Mines Works
Amendment Act de 1926. Um dos três princípios em que assentava a política da colour bar nas minas era:
A. o sitema da máxima média, isto é, o controlo dos salários dos trabalhadores africanos de modo a não excederem um máximo muito
baixo
B. o sitema da máxima média, isto é, o controlo dos salários dos trabalhadores africanos de modo a não excederem um máximo muito
baixo
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C. o sitema da máxima média, isto é, o controlo dos salários dos trabalhadores africanos e boeres de modo a não excederem um máximo
muito baixo
D. o sitema da máxima média, isto é, o controlo dos salários dos trabalhadores ingleses de modo a não excederem um máximo muito
baixo
34. A antiga colónia do Sudoeste africano é entregue, pela SDN, à União Sul-africana em:
A. 1910
B. 1918
C. 1920
D. 1928
35. A 6 de Dezembro de 1956, foram presos na África do Sul 156 dirigentes nacionalistas em surtidas por todo o país, acusados de:
A. porte ilegal de armas
B. terem apoiado a "greve do balde"
C. pratica de violência nas townships
D. alta traição por terem participado no Congresso do Povo
Parte II
História de África
1. O colonialismo mercantil foi o resultado da expansão:
A. colonial imperialista
B. imperialista europeia do século XIX
C. mercantil das cidades italianas
D. marítima europeia entre os séculos XV e XVII séculos
3. A corrida das potências imperialistas pelo domínio do continente africano visava essencialmente o controle de:
A. plantações, escravos e mão-de-obra
B. plantações, minas e mercados
C. mão-de-obra, minas e escravos
D. escravos, plantações e minas
5. Réné Caillé preocupou-se bastante em descobrir o Tombuctu (um dos antigos centros da civilização africana) localizado:
A. na África Meridional
B. na África Central
C. na África Ocidental
D. no Corno de África
7. J. Ki-Zerbo afirma que a indirect rule esteve baseada em dois postulados britânicos, nomeadamente:
A. autonomia financeira isenta de autonomia parlamentar
B. autonomia económica isenta de autonomia política
C. autonomia financeira, condição e medida da autonomia política
D. autonomia parlamentar que deve ser reforçada pela autonomia financeira
8. A teoria dos "três M" desenvolvida pelo autor acima mencionado refere-se à:
A. penetração imperialista em África
B. disputa entre britânicos e portugueses pelo território da Mashonalândia
C. questão da ocupação colonial efectiva discutida na Conferência de Berlin (1884/85)
D. penetração imperialista no "corno de África"
10. A grande disputa entre os países imperialistas pelo domínio do Congo deveu-se essencialmente a dois factores:
A. vias de acesso e comércio
B. vias de acesso e comércio de escravos
C. vias de acesso e evangelização
D. vias de acesso e minas
11. Nachtigal e Lüderitz foram os responsáveis pela criação, em 1884, de duas colónias alemãs localizadas:
A. na África ocidental e do Norte
B. na África Ocidental e Oriental
C. na África Ocidental e no Corno de África
D. na África Ocidental e Austral
14. Durante a Conferência de Berlim o rei Leopoldo II para se apoderar do Congo obteve o apoio dos países seguintes:
A. Bélgica e Alemanha
B. EUA e França
C. Portugal e França
D. Estados Unidos da América e da Alemanha
16. Guilherme I declarou o protectorado do Zanzibar que havia sido préviamente reconhecido por :
A. von Caprivi
B. Karl Peters
C. Nachtigal
D. Adolf Lüderitz
18. Os Ndebele e os Shonas, populações dominadas pelos britânicos, pertencem à actual região:
A. da Mashonalândia no Zimbabwe
B. da Matabelelândia no Zimbabwe
C. da Manicalândia no Zimbabwe
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D. do Zimbabwe
23. Quando em 1953 foi criada a Federação das Rodésias e Niassalândia, os negros:
A. haviam sido totalmente ignorados nesta organização
B. possuiam uma parte ínfima de assentos nesta organização
C. receberam, gradualmente assentos que lhes permitiria no futuro próximo alguma paridade
D. receberam de Ian Smith garantias de autonomia política
24. A decisão para a criação da Federação das Rodésias e Niassalândia foi dada pelo primeiro-ministro britânico:
A. Churchill
B. M. O. Littleton
C. M. Griffith
D. Jones Creesh
25. "O Africânder deve ser o boss (patrão) em toda a África do Sul". Esta afirmação pertence a:
A. Hertzog
B. Malan
C. Botha
D. Andries Visoer
26. No dia 16 de Junho de 1976 ocorreu o massacre do Soweto. Este acontecimento resultou de manifestações contra:
A. a introdução da lei do Passe
B.a introdução do afrikaans que passaria a ser, com o inglês, uma língua obrigatória nas escolas
C. interdição de casamentos mistos
D. criação dos bantustões, das homelands e das townships
D. Vorster
28. Ngovane Mbeki, Oliver Thambo e Walter Sisulu são membros do ANC da África do Sul :
A. fundadores desta organização política
B. julgados no processo Rivónia
C. encarcerados em Roben Island
D. ideólodos do Umkhonto we Sizwe
Parte III
1. A economia europeia dos séculos XVI e XVIII esteve essencialmente assente no desenvolvimento:
A. do colonialismo mercantil
B. das colónias de povoamento
C. dos latifúndios
D. no desenvolvimento das zonas rurais
2. A primeira expansão marítima europeia teve como resultado entre outros aspectos:
A. a ocupação do litoral africano e a emergência do colonialismo mercantil
B. a ocupação do litoral africano e as guerras de resistência colonial
C. a ocupação do litoral africano seguida de ocupação colonial efectiva
D. a ocupação colonial efectiva seguida de ocupação do litoral africano
4. Antes da confirmação por Stanley de que a nascente do rio Nilo encontrava-se no lago Vitória:
A. Speke já detinha este conhecimento
B. Burton já visitara o lago Vitória
C. Henri Barth havia catalogado este facto
D. Livingstone defendera esta tese no "Congresso Geográfico de Londres"
6. O Tratado do Zaïre de 1884 foi exclusivamente contestado pela Bélgica. Esta afirmação é:
A. verdadeira
B. parcialmente verdadeira
C. parcialmente falsa
D. totalmente falsa
7. "As três figuras principais desta cadeia de acontecimentos são os missionários, os mercadores e os militares (os três M)".
Esta teoria referente à penetração imperialista em África foi desenvolvida por:
A. Ki-Zerbo na sua obra História da África Negra,
B. Carlos Serra , História de Moçambique, capítulo
C. Ana Maria Gentili
D. Henri Brunschwig, A Partilha de África
11. Entre os grandes defensores da política colonial destacam-se Chamberlain e Kitchener da:
A. França
B. Bélgica
C. Alemanha
D. Grã-Bretanha
14. A conferência que adoptou o princípio da criação da federação das Rodésias e Niassalândia ocorreu em:
A. Salisbúria
B. Manicaland
C. Victoria Falls
D. Mashonaland
15. Uma das ideias apresentadas para justificar a não integração dos negros na federação das Rodésias e Niassalândia
prendia-se com o facto de :
A. os negros pretenderem a independência da região pertencente aos Shonas
B. alegadamente não haverem indígenas civilizados
C. haver lutas entre shonas e Ndebeles
D. os brancos rodesianos reevindicarem a maior parte de terras férteis do Niassalândia
17. Contudo, após a sua criação em 1953, a federação foi assolada por divergências provocadas em parte, por Roy Welensky que numa
maquinação com o governo britânico apoderou-se habilmente do pelouro:
A. das finanças
B. dos assuntos externos
C. das minas
D. dos transportes e comunicações
18. Com a adopção da Lei de Terras em 1913 a população negra da África do Sul:
A. ganhou oportunidades iguais de exploração deste recurso
B. foi compelida a procurar emprego nas minas como forma de complementar os seus rendimentos económicos
C. ficou a depender exclusivamente do mercado de emprego porque as terras já não chegavam para todos
D. entrou em acordo com os boers para estes cederem parte das terras aráveis.
21. No dia 16 de Junho de 1976 ocorreu o massacre do Soweto. Este acontecimento resultou de manifestações contra:
A. a introdução da lei do Passe
B. a introdução do afrikaans que passaria a ser uma língua obrigatória nas escolas
C. interdição de casamentos mistos
D. criação dos bantustões, das homelands e das townships
24. Observe atentamente o mapa colonial, na página seguinte e preencha à frente de cada rectângulo o nome do país colonizador
5. Evidências da referida expansão, em Moçambique, podem ser encontradas nas estações arqueológicas já estudadas nomeadamente:
A. Nampula, Sofala e Ilha de Moçambique
B. Nampula, Gaza e Niassa
C. Nampula, Maputo e Cabo Delgado
D. Nampula, Niassa e Sofala
6. No que concerne à divisão de tarefas no seio das primeiras sociedades sedentárias, eram respeitados determinados critérios dos quais
se destacam:
A. exclusivamente a idade
B. a divisão por sexo
C. por sexo, idade e experiência
D. fundamentalmente na base do género e idade
7. A agricultura constituia a principal actividade produtiva das primeiras sociedades, a caça a recolecção e a pesca eram :
A. subsidiárias e destinavam-se a complementar a dieta alimentar
B. complementares e destinavam-se a alimentar os circuitos de comércio local
C. complementares e os seus produtos trocados por cereais
D. complementares e os seus produtos eram vendidos nomercado regional
10. Escreveu Al- Masudi, em 943, que "bilad as Sufala" era um centro comercial provavelmente localizado na:
A. foz do Zambeze
B. foz do rio Búzi
C. Ilha do Ibo
D. Ilha deMoçambique
12. O principal objectivo que trouxe os portugueses a Moçambique no séc. XVI foi:
A. o ouro
B. o ouro, o marfim e os escravos
C. o ouro e os escravos
D. nehuma das alternativas está correcta
13. Determinados a controlar as fontes do ouro os portugueses enviaram, em 1629, um ultimato a Mavura para:
A. no espaço de um ano expulsar os mercadores árabo-swahilis das suas terras
B. obrigar as populações locais a aumentar a quantidade de ouro
C. obrigar as populações a aumentarem o número de semanas que deviam dedicar à mineração
D. no espaço de um ano aumentar para sete o número de meses que as mushas deviam dedicar à mineração
15. O comércio do marfim provocou várias consequências das quais se destacam as de carácter:
A. sócio-demográfico
B. ecológico
C. político e demográfico
D. politico e social.
16. Diocleciano F. das Neves e Inácio José P. de Raposo financiaram e armaram caçadores africanos para o abate dos elefantes e o
aproveitamento do marfim. Tais homens eram conhecidos por:
A. A-chikundas
B. A- chisi
C. Amapisi
D. vashambadzi
17. O comércio do ouro e do marfim configurou a base económica dos prazos até finais do século:
A. XVII
B. XVIII
C. XIX
D. XX
24. Em 1895 a Co de Moçambique organizou expedições militares na zona Centro, concretamente nas regiões de:
A. Búzi e Báruè
B. Búzi e Moribane
C. Búzi e Macanga
D. Búzi e Sena
26. A The Beira Railway concessionária da Co. de Moçambique foi responsável pela construção do troço ferroviário
A. Beira-Macequece
B. Beira-Chimoio
C. Beira-Sena
D. Beira-Machipanda
27. A sociedade mencionada no número anterior havia sido formada com capitais:
A. alemães
B. alemães e suiços
C. ingleses e suiços
D. britânicos
28. A Co de Moçambique gozava do direito de emissão de moeda. Esta medida surgiu para:
A. disciplinar a circulação de moedas de várias origens utilizadas nesta região
B. captar as divisas existentes porque nesta região circulavam os shillings
C. captar as divisas porque aqui circulavam moedas indianas, inglesas mexicanas e portuguesas
D. afastar as tais moedas e adoptar as moedas portuguesas de prata, ouro e também de cobre
30. Com a entrada em funcionamento das companhias a referida contribuição passou a ser designada por:
A. Mphondoro
B. imposto de palhota
C. ensaca
D. imposto de capitação
31. O Acto Colonial e a Carta Orgânica do Império Colonial Português eram dois dispositivos importantes :
A. da economia colonial portuguesa
B. do nacionalismo económico de Salazar
C. da economia capitalista portuguesa
D. do nacionalismo fascista português
32. A partir de Outubro de 1926, com as novas leis promulgadas pelo novo regime o governo colonial fascista pretendia, entre
outros aspectos, a unificação territorial de Moçambique. Isto passava pela abolição do sistema de Companhias Majestáticas. A
primeira vítima desta decisão foi:
A. a Companhia do Niassa
B. a Companhia de Moçambique
C. a Companhia da Zambézia
D. a Companhia do Boror
34. Apesar da WENELA manter o monopólio do recrutamento de mão-de-obra, o governo português autorizou outras companhias
recrutadoras de capitais exclusivamente portugueses. Esta afirmação é:
A. verdadeira
B. falsa porque a partir de 1928 a R.N.L.B. começou a recrutar moçambicanos a partir de Tete
C. parcialmente verdadeira
D. parcialmente falsa
35. Não obstante as más condições de trabalho nas minas e nas plantações fora de Moçambique, verificou-se um grande fluxo de migrantes
moçambicanos para tais territórios. Este facto deveu-se a:
A. existência de salários muito atractivos principalmente nas minas
B. possibilidade de adquirir mercadorias de qualidade em relação vendiam em Moçambique
C. possibilidade de poder depositar uma parte do dinheiro no estrangeiro
D. a primeira e a segunda variantes são correctas
36. Numa primeira fase a mão-de-obra recrutada no sul de Moçambique era empregue:
A. no Natal e em Durban
B. no Natal e no Transvaal
C. no Natal e no Rand
D. no Natal e no Estado Livre do Orange
40. A tal lei especificava ainda que as empresas portuguesas eram todas aquelas em que:
A. pelo menos 60% do capital fosse pertença de portugueses
B. 50% do capital fosse pertença de portugueses
C. 50% do capital pertencesse a portugueses e o resto a intervenientes estrangeiros
D. 75% do capital pertencesse a portugueses e 25% a intervenientes estrangeiros
41. Entre 1939 e 1940 o governo colonial intensificou as medidas conducentes ao cultivo forçado do:
A. algodão e do café
B. do algodão e do chá
C. algodão e do arroz
D. algodão e do sisal
43. Pode-se afirmar que o governo colonial português possuia em Moçambique três fontes de receitas:
A. Impostos, caminhos-de-ferro e companhias
B. Impostos, trabalho migratório e as plantações
C. Mussoco, trabalho migratório e as plantações
D. Mussoco, energia de Cabora Bassa e plantações
44. Com a chegada do novo Governador-geral em Moçambique e na base da circular 818/D7 o sistema fiscal aplicado aos
negros sofreu alterações porque:
A. foi reforçado o mussoco
B. as mulheres passaram a pagar o chamado 'imposto exclusivo'
C. as mulheres e os homens inválidos passaram a ser taxados
D. o imposto de palhota foi reactivado
45. O Primeiro Plano de Fomento Nacional 1953-1958 não contemplava as áreas de saúde e de educação:
A. verdadeira
B. falsa
C. o seu orçamento era extremamente exíguo
D. estas áreas estavam contempladas nos diversos (3% de 1.848.500 contos)
46. A obra principal do referido plano foi a construção de cca de 300 km de linha férrea ligando:
Lourenço Marques a Malvérnia. O principal objectivo deste empreendimento era:
A. aproveitar o tráfego da nova Federação das Rodésias e Niassalândia
B. competir com os caminhos de ferro da RAS
C. impedir o Transvaal de construir um troço ferroviário em direcção à Rodésia do Sul
D. nenhuma resposta é correcta
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I. HISTÓRIA GERAL
1. Abel Assis, Gulamo Tajú e Luís Covane, Da Aurora do Capitalismo às vésperas da Primeira Guerra
Mundial: História 9a Classe, MNED
A revolução burguesa na Inglaterra; Luta pela independência nas colónias Inglesas da América do
Norte; Revolução Burguesa na França; Início do imperialismo e política imperialista; As grandes
potências imperialistas e a partilha do Mundo.
2. Bernard Droz, e Antony Rowley, História do Século XX: O Nascimento do Mundo Contemporâneo,
2a edição, Lisboa, 1999.
Os fracassos da SDN; A guerra da Etiópia, A guerra de Espanha. As crises do ano de 1938; O
nascimento da Guerra Fria.
3. Margarida Mendes de Matos, História : 11° Ano vols. I e II, Texto Editora, Lisboa, 1995.
4. Margarida Mendes de Matos et alii, História 12° Ano, 1° Volume, Textos Editora, Lisboa, 1995, p.
304.
6. Paulo Fagundes Vizentini, Primeira Guerra Mundial: Relações internacionais do século 20-primeira
parte, Editora da Universidade, Porto Alegre, 1996.
8. Joseph Ki-Zerbo, História da África Negra, Vol. II, Edição revista e actualizada pelo autor,
Publicações Europa-América, Viseu, 1972 (?).
A invasão do continente: a África arrancada aos Africanos: I - A descoberta, I I - A invasão e a
partilha; A África Central Britânica: federação e nacionalismo; A União Sul-Africana depois de
1946.
11. Eli. j. e. mar., Portugal e capital multinacional em Moçambique 1503-1973, Vol. II, African
Studies Editorial, Denmark, 1975.
O início da era colonial. A formação de Companhias Magestáticas; A economia de Moçambique
depois de 1910.
12. Luís António Covane, As relações económicas entre Moçambique e a África do Sul 1850 – 1964
(acordos e regulamentos principais), Estudos 6, Arquivo Histórico de Moçambique, 1989.
13. História: Manual da 10a Classe, Universidade Eduardo Mondlane (Departamento de História –
Faculdade de Letras), Maputo, 1980.
OBRAS CONSULTADAS
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Elaborado por : António Manuel Manso – UEM/Departamento de História 165
Maputo, Março/Abril de 2007 NB: Expressamente proíbido fotocopiar o manual.
Centro de Preparaçao aos Exames de Admisao ao Ensino Superior- CPEAES www.cpeaes.ac.mz
Justino Rodrigues(Coordenador), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: +258-82 0432 760
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