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A comunidade é quem faz

Realização: WWF Brasil e Provárzea/Ibama


Coordenação: Antônio Oviedo - Coordenador do
Programa Várzea da Amazônia/
WWF-Brasil
Regina Vasquez - Assessora de
Comunicação/WWF-Brasil
Mauro Rufino - Coordenador-Geral
do Provárzea/Ibama

Equipe: Antonio Oviedo, Regina Vasquez e Mauro Ruffino


(PróVárzea)
Redação: Geralda Magela
Projeto Gráfico: André Ramos
Ilustrações: Tati Rivoire

Agradecimentos: técnicos do IBAMA (... vou levantar os


nomes corretos...)

Brasília, julho de 2003


Apresentação

A
pesca desregrada na Amazônia vem causando muitos problemas para a região. O
principal deles é a diminuição da quantidade de peixes nos rios e lagos, com resultados
muito negativos para as comunidades ribeirinhas, que têm no peixe a sua principal fonte
de sobrevivência. Além disso, com a diminuição dos recursos pesqueiros, aumentaram
os conflitos sociais entre pescadores, fenômeno conhecido como a “guerra do peixe”.

Nos últimos anos, várias comunidades ao longo dos rios Amazonas e Solimões - com apoio
de organizações não governamentais, universidades e governos - têm criado estruturas de
gestão mais formais, com o objetivo de formular regras para a pesca em diversos lagos e
reduzir os conflitos na região.

Em decorrência destas iniciativas e visando promover a administração participativa dos


recursos pesqueiros, em 1º de janeiro de 2003, o Ibama publicou a Instrução Normativa
nº29/03, que define as condições para regulamentar os Acordos de Pesca elaborados a
partir de discussões com as comunidades ribeirinhas. O acordo de pesca define as regras de
acesso e de uso dos recursos pesqueiros numa determinada região.

Fruto de um trabalho de parceria entre o WWF-Brasil e o PróVárzea/Ibama, esta publicação


nasceu com o objetivo de divulgar a importância do manejo comunitário e dos acordos de
pesca como estratégias para a manutenção dos estoques pesqueiros na Amazônia e,
portanto, a pesca extrativista.

Concebida como um instrumento de trabalho, esta cartilha poderá ser utilizada por
pescadores, agricultores, estudantes, técnicos agrícolas, professores e moradores de
comunidades ribeirinhas. Contém informações que vão facilitar as discussões e auxiliar no
planejamento e na execução do manejo da pesca - a partir da elaboração dos acordos de
pesca, garantindo a continuidade das pescarias e um futuro melhor para suas comunidades.

Antonio Oviedo Mauro Ruffino


Coordenador do Programa Várzea Coordenador do
da Amazônia/WWF Brasil PróVárzea/IBAMA
ACORDOS DE PESCA: A COMUNIDADE É QUEM FAZ

MANEJO DA PESCA – O QUE ISSO TEM A VER COM VOCÊ

Os rios, lagos e igarapés são muito importantes


para quem mora nas suas margens. Afinal, é
dali que sai o peixe, a maior fonte de alimento
e também de renda para os ribeirinhos. Por isso,
é preciso cuidar bem desse recurso que a
natureza nos oferece de graça.

Manejar a pesca significa controlar a


captura para que os peixes continuem se
reproduzindo e se mantenham estáveis em
quantidade e em tamanho. Assim, as
comunidades de pescadores vão ter peixe por
mais tempo e não só em períodos curtos.

POR QUE A PESCA DEVE SER CONTROLADA?


Porque se o pessoal continuar pescando
sem preservar as áreas de várzea e
sem deixar uma população de
peixes suficiente para a
reprodução, os estoques vão
diminuindo e podem até
acabar. E aí, todo mundo
perde: principalmente as
comunidades de pescadores,
que não terão mais o peixe
para alimentar suas famílias
nem para vender e garantir
a sua sobrevivência.

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ACORDOS DE PESCA: A COMUNIDADE É QUEM FAZ

Espécies ameaçadas

Por causa da pesca sem controle, muitas


espécies estão correndo o risco de
desaparecer. É o caso do pirarucu, um
dos peixes de maior importância na
região amazônica, que hoje é uma
espécie sobrexplorada. E se as coisas
continuarem do jeito que estão, o pirarucu
pode sumir dos nossos lagos. Para não deixar isso
acontecer, o Ibama passou a proibir a pesca do pirarucu de 1º de dezembro a 31 de maio,
período em que ele se reproduz.

TODOS GANHAM COM O MANEJO

• Ganham os pescadores porque, seguindo as


normas, garantem o peixe por mais tempo;

• Ganha o meio ambiente, porque o bom manejo


respeita a capacidade de recuperação do estoque
pesqueiro e mantém a vida de muitos animais
que se alimentam e se reproduzem nesses
ambientes;

• Ganham as pessoas que vendem o


pescado manejado, porque conquistam a
confiança dos consumidores e
demonstram interesse em defender a
natureza;

• Ganham os consumidores porque, ao comprar

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ACORDOS DE PESCA: A COMUNIDADE É QUEM FAZ

o peixe que vem de área manejada, estão ajudando a conservar o meio ambiente e a
melhorar a vida das comunidades ribeirinhas.

Pesquisadores fizeram alguns estudos e descobriram que a pesca em lago manejado rende 60%
a mais do que em lago onde a pesca é feita sem controle.

Veja a diferença:

Com manejo - cada hectare de lago produz 41 quilos de peixe


Sem manejo – cada hectare de lago produz 26 quilos de peixe.

Então vale a pena fazer esse controle. Você não acha? Pense nisso!

ACORDOS DE PESCA – A COMUNIDADE SE ORGANIZA

Com medo de ficar sem o seu principal


meio de sobrevivência, algumas
comunidades começaram a
se organizar para garantir
que não falte o peixe de
cada dia. E já que não
podem proibir os barcos
comerciais de entrarem
nos rios e lagos, estão
descobrindo que o
melhor caminho é
chamar o Ibama, discutir
o assunto e chegar a um
acordo, criando regras que
valem pra todo mundo.
É aí que entram os acordos de pesca.

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ACORDOS DE PESCA: A COMUNIDADE É QUEM FAZ

O que são acordos de pesca?

São normas criadas pelas


comunidades, com a ajuda dos
órgãos de fiscalização, para o
controle da pesca numa região
conhecida. Os comunitários que
usam os mesmos lagos e trechos
de rios se reúnem e definem as
normas que vão fazer parte do
acordo, regulando a pesca de
acordo com os interesses da
comunidade local e com a
conservação dos estoques pesqueiros.

O que dizem os acordos?

• proíbem ou limitam o uso de aparelhos de pesca, como malhadeiras, lanterna de carbureto,


tamanho das malhas, jeito de pescar que possa prejudicar o meio ambiente etc.;

• proíbem a pesca durante o


período do “defeso”, de 01 de
janeiro a 28 de fevereiro, época
em que algumas espécies mais
procuradas se reproduzem, como
o tambaqui, matrinxã, pacu,
marapá, curimatá, branquinha,
aracu e pirapitinga;

• Limitam a quantidade de pescado


que se pode capturar por viagem;

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ACORDOS DE PESCA: A COMUNIDADE É QUEM FAZ

• Podem ainda, proibir a pesca em lagos onde os peixes se reproduzem para povoar outros
lagos na cheia, reservando estas áreas para servir de criadouro natural.

Os acordos também podem estabelecer zonas de pesca, que podem ser:

• áreas de preservação total, onde é proibido pescar;

• áreas de preservação temporária - nesse caso, a pesca é permitida apenas durante uma parte
do ano);

• e também áreas de conservação. Aqui é muito importante a participação da comunidade.


Porque, nessas áreas, só se pode pescar com regras definidas antes. E quem define essas
regras são os comunitários, com os acordos de pesca.

ACORDOS VIRAM LEI

Conflitos entre pescadores artesanais e comerciais já vêm de longa data na Amazônia. Para
solucionar esse problema, algumas comunidades já
desenvolveram experiências de manejo por conta
própria. Agora o Ibama reconheceu o esforço das
comunidades e publicou a Instrução Normativa
que regulamenta os acordos de pesca.

Veja o que diz a lei sobre os acordos


de pesca:

“Entende-se por Acordo de Pesca um conjunto de


medidas específicas decorrentes de tratados
consensuais entre os diversos usuários e o órgão
gestor dos recursos pesqueiros em uma determinada
área, definida geograficamente” (Instrução Normativa 29)

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ACORDOS DE PESCA: A COMUNIDADE É QUEM FAZ

Os acordos precisam:

• representar os interesses coletivos das pessoas que


pescam na área em que o acordo foi feito, como
pescadores comerciais, de subsistência e
ribeirinhos;

• manter a exploração sustentável dos recursos


pesqueiros e, assim, valorizar a atividade de pesca e
o pescador. Isso significa que os acordos devem
criar regras de manejo da pesca que garantam,
também para o futuro, a produção de peixes nos
lagos, rios e igarapés;

• ter condições operacionais, principalmente em termos de fiscalização. Ou seja, não adianta


criar regras que não podem ser cumpridas nem fiscalizadas;

• ser regulamentados por meio de Portarias Normativas do Ibama, que são complementares às
portarias de normas gerais que disciplinam o exercício da atividade pesqueira em cada bacia
hidrográfica . Essas normas têm que ser encaminhadas ao Ibama para serem aprovadas e
publicadas.

Os acordos não podem:

• estabelecer privilégios de um grupo sobre outros.


Isso quer dizer que as restrições de apetrechos,
tamanhos de embarcação, áreas protegidas e
outras normas criadas pelos comunitários
devem ter condições de serem aplicadas a todos
os interessados no uso dos recursos pesqueiros;

• beneficiar somente algumas pessoas

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ACORDOS DE PESCA: A COMUNIDADE É QUEM FAZ

• prejudicar o meio ambiente;

• incluir a aplicação de multas, penalidades e taxas. Só quem pode fazer isso são os órgãos
oficiais de fiscalização, como o Ibama, por exemplo;

• autorizar medidas que estejam proibidas por lei.

PAPEL DA COMUNIDADE LOCAL

A organização da comunidade é muito importante na luta por uma vida melhor. Veja por que:

• Quando a gente se organiza junta forças e, quando vê, as coisas começam a acontecer;

• Quando estamos juntos, a gente pode


muito mais;

• Além disso, ninguém conhece


melhor as dificuldades e sabe
onde é que o sapato apertado que
a própria comunidade ;

Por isso a comunidade precisa


participar. Esse é o sucesso dos
acordos de pesca: a participação comunitária.

VANTAGENS DOS ACORDOS DE PESCA

• Pescadores, que tiram o peixe para vender ou para comer, agricultores e todos os interessados
na pesca participam das decisões e decidem o que é melhor para todo mundo, desde que
não prejudique o meio ambiente.

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ACORDOS DE PESCA: A COMUNIDADE É QUEM FAZ

• Eles definem juntos as regras do jogo e


colocam no papel o que pode e o que
não pode fazer.

• A comunidade aprende a resolver os


problemas e apresenta soluções.

• Depois que são registrados, os


acordos viram lei.

• As regras valem para todo mundo e


todos têm que respeitar. Isso evita
brigas e desgastes sem necessidade.

• Os acordos valorizam o conhecimento dos moradores


locais.

• Fica mais fácil controlar quem não está seguindo as regras do acordo.

• E a cada dia que passa, todo mundo aprende mais...

PASSO-A-PASSO PARA FAZER UM ACORDO DE PESCA

Em muitas comunidades, o pessoal já começou esse trabalho e está tendo o maior sucesso. E já
que os resultados estão sendo tão bons, a gente pode aprender com esses comunitários e usar
como base o caminho que eles já andaram. Então, vamos pegar essa estrada e conhecer,
passo-a-passo, o que é importante fazer para ter um bom acordo de pesca.

Importante! Antes de começar as discussões sobre o acordo, convide alguém que possa

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ACORDOS DE PESCA: A COMUNIDADE É QUEM FAZ

explicar sobre a legislação de pesca da sua região. É importante que a comunidade e todas as
pessoas que estão interessadas em discutir o acordo conheçam o que já é proibido pela lei. Assim
não vão correr o risco de aprovar propostas que vão contra a lei. Um bom caminho é chamar o
Ibama local para participar.

1. MOBILIZAR A COMUNIDADE

O primeiro passo é mobilizar a comunidade. Mobilizar quer dizer chamar todo mundo para
participar explicando porque é importante a colaboração de todos. Devem ser convidadas
pessoas que estão envolvidas com a atividade de
pesca, entre elas:

• lideranças comunitárias;

• representantes de
colônias de pescadores
e de associações;

• agricultores, criadores de
gado, donos de frigoríficos e de
geleiras;

• professores, representantes da Prefeitura;

• É importante que as mulheres também participem!

2. PLANEJAR A REUNIÃO COMUNITÁRIA

• Enviar convite por escrito a todos os envolvidos com a atividade pesqueira, com a lista dos
assuntos que serão discutidos, além do lugar, dia e horário da reunião. É preciso que todos

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ACORDOS DE PESCA: A COMUNIDADE É QUEM FAZ

assinem um papel
confirmando que receberam
o convite. Assim, ninguém
vai poder dizer que não foi
convidado;

•Convidar lideranças
comunitárias,
representantes de colônias
de pescadores,
agricultores, criadores de
gado, estudantes,
professores, donos de
geleiras e frigoríficos,
órgão estadual de meio
ambiente, Ibama e ONGs parceiras.

Organização é importante!

Para conduzir bem a reunião, é importante organizar os trabalhos.

Para isso, convide representantes do Ibama e de outras instituições parceiras para ajudar na
parte técnica.

É importante eleger o presidente da reunião e um secretário para fazer a ata. O presidente deve
organizar o tempo que cada um terá para falar, anotar cada proposta e encaminhá-la à votação.

3. LEVANTAR AS REGRAS DE MANEJO

O levantamento das regras que vão fazer parte do acordo começa na reunião comunitária.
Veja o que deve ser feito nessa reunião:

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ACORDOS DE PESCA: A COMUNIDADE É QUEM FAZ

• apresentar o problema. Exemplo: “a quantidade de peixes vem diminuindo a cada ano; está
difícil encontrar as espécies mais procuradas e que têm melhor preço etc”...;

• discutir as diferentes idéias e propostas de solução, levando em conta o que diz a lei, para
que se possa chegar a um acordo;

• eleger representantes das comunidades para encaminhar, discutir e defender suas propostas na
assembléia intercomunitária. Essa assembléia vai juntar um representante de cada comunidade
que utiliza o mesmo lago ou trecho do rio.

Na Assembléia Intercomunitária

Para essa assembléia, devem ser convidados os representantes de todas as comunidades


envolvidas no Acordo de Pesca e também as outras pessoas ou grupos que usam os recursos
naturais dessas áreas. Recurso natural é tudo que se encontra na natureza: água, peixe,
madeira, sementes etc. Devem ser convidados, entre outros:

• professores da rede escolar;

• colônias de pescadores do
local e de outros municípios;

• associações;

• organizações de proteção ao
meio ambiente;

• sindicatos;

• fazendeiros;

• representantes do Ibama e de outras instituições para dar apoio técnico.

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ACORDOS DE PESCA: A COMUNIDADE É QUEM FAZ

4. APROVAR AS PROPOSTAS E FECHAR O ACORDO

• Na Assembléia Intercomunitária, os representantes das comunidades e de outras instituições


interessadas no assunto apresentam as suas propostas

• As sugestões são discutidas, melhoradas e colocadas juntas em um só documento. Cada


representante volta para a sua comunidade, apresenta e esclarece as propostas que já foram
aprovadas pela Assembléia. Se acharem que é necessário, as comunidades podem
encaminhar novas sugestões.

• Deve-se fazer a quantidade de assembléias que forem necessárias até que se chegue a um
consenso (acordo) das propostas entre os diferentes usuários da área a ser manejada;

• É preciso fazer a Ata da Assembléia e pedir para todos os participantes assinarem. A ata deve
registrar o que foi discutido e o que foi aprovado na reunião.

Importante!!!

• Cuidado com o uso errado de palavras. Procure saber se o sentido daquela palavra usada no
texto é o mesmo entendido por todos;

• No documento deve haver


informações sobre o acordo de
pesca, dizendo onde começa e
onde termina. É importante
também fazer uma
caracterização geográfica da
área, detalhando os tipos de
ambientes de pesca (lagos,
igarapés, enseadas, canais);
localização (região, município);
nome das comunidades, número

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ACORDOS DE PESCA: A COMUNIDADE É QUEM FAZ

de habitantes etc. Essas informações ajudam os técnicos que vão analisar o documento do
acordo de pesca. Muitas vezes eles não conhecem com detalhes a região..

5. LEGALIZAR OS ACORDOS

Como submeter os acordos de pesca ao Ibama para serem legalizados?

• Junto com a proposta aprovada na Assembléia, é preciso encaminhar um ofício à Gerência


Executiva do Ibama no Estado, pedindo a regulamentação do acordo, através de Portaria
Normativa Complementar;

• Além desse documento, tem que ser encaminhada também a Ata da Assembléia que aprovou
o acordo, com as assinaturas de todos os representantes das comunidades e dos outros
participantes da Assembléia;

• Assim que receber os documentos, a Gerência Executiva do Ibama no Estado vai elaborar um
parecer técnico e preparar uma minuta de Portaria (documento inicial), regulamentando o
acordo. Por isso é importante o envolvimento da gerência executiva do Ibama desde o início
do processo.

• A minuta será encaminhada à sede do Ibama em Brasília para a avaliação técnica e jurídica
e outras providências que forem necessárias. Depois, o presidente do Ibama deve assinar a
Portaria, e só então o documento é publicado no Diário Oficial da União.

• É importante que os representantes das comunidades acompanhem o andamento da proposta


no Ibama.

6. DIVULGAR A LEI

Depois que a Portaria regulamentando o Acordo for publicada no Diário Oficial da União, é

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ACORDOS DE PESCA: A COMUNIDADE É QUEM FAZ

importante distribuir cópias do documento a todas as comunidades e instituições que


participaram das discussões para a elaboração do acordo;

Se for possível, é bom divulgar a portaria nos meios de comunicação disponíveis: rádio,
televisão, jornal, jornais comunitários, murais das associações e escolas, etc ...

7. FAZER O MONITORAMENTO

O monitoramento do Acordo de Pesca deve ser feito com base em medidas possíveis de serem
cumpridas pelos próprios pescadores e que possam contar com o apoio do IBAMA. Monitorar
significa fazer o acompanhamento do acordo para verificar quais são os seus resultados.

Veja alguns exemplos de medidas (indicadores) que podem ser utilizadas no monitoramento do
acordo de pesca:

• quantidade, tamanho e peso das espécies capturadas;

• número de comunidades presentes nas assembléias;

• aumento de espécies como


capivaras, patos,
quelônios etc.;

• número de panelas de
pirarucu;

• produção anual por


família;

• número de infrações
registradas;

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ACORDOS DE PESCA: A COMUNIDADE É QUEM FAZ

• número de infratores reincidentes;

• tempo/esforço de captura;

• total de captura (consumo interno


e comercializado);

• número de pessoas
participando dos
mutirões de fiscalização.

É importante que o plano


de monitoramento estabelecido
seja acompanhado por um técnico do órgão ambiental, de preferência pelo
Ibama, de organizações estaduais de meio ambiente, ONGs.

8. AVALIAR O ACORDO

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser feita uma vez por ano, com base nas informações que foram conseguidas
com o monitoramento. Essa avaliação servirá para ver os resultados conseguidos com o acordo
e também para fazer as modificações que forem necessárias.

FIQUE DE OLHO

Quem fiscaliza os acordos?

A fiscalização do cumprimento dos Acordos de Pesca é feita pelo Ibama e por agentes
ambientais voluntários. Esses agentes são pessoas da comunidade que vão ser treinadas pelo
Ibama para ajudar nesse trabalho.

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ACORDOS DE PESCA: A COMUNIDADE É QUEM FAZ

Como você pode ajudar nesse trabalho?

• Busque mais informações e envolva mais gente nesse bate-papo;

• Procure esclarecer as principais dúvidas e os problemas mais importantes que surgirem nessas
discussões. Lideranças comunitárias, professores e técnicos do governo, organizações não-
governamentais e universidades podem ajudar nessa empreitada;

• Se você perceber que há pessoas desrespeitando a lei, comunique isso ao Ibama;

• Divulgue o que está acontecendo nos meios de comunicação: rádio, jornal, televisão;

• Torne-se um agente ambiental voluntário. Os técnicos do Ibama que estão ajudando a fazer
os acordos podem lhe orientar sobre o que é necessário fazer para se tornar um agente
ambiental voluntário.

CONVERSANDO A GENTE DECIDE

Elaborar e acompanhar a implantação dos acordos de pesca e


garantir o bom manejo exige organização, custa tempo e
dinheiro. Por isso, verifique com seus companheiros e
companheiras:

• Todos sabem por que é importante o acordo de


pesca para a comunidade?

• Quais as vantagens e desvantagens?

• A Colônia ou Associação tem condições de facilitar este


trabalho?

• Existem pessoas ou organizações na vizinhança que são contra o acordo de pesca?

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ACORDOS DE PESCA: A COMUNIDADE É QUEM FAZ

• Existem órgãos do governo e ONGs que possam ajudar?

• Qual é a situação dos lagos e várzeas da região?

• As regras do acordo estão sendo seguidas?

• Quais as condições de higiene dos barcos que transportam o pescado?

• Como estão os ganhos da comunidade?

• Como as pessoas estão dividindo as tarefas para o cumprimento dos acordos?

• O acordo está ajudando na comercialização do pescado?

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ACORDOS DE PESCA: A COMUNIDADE É QUEM FAZ

PARA SABER MAIS

Gerências Executivas do Ibama: Palmas/TO


AANE 01 Conj. 03 Lote 20
Boa Vista/RR 77054-970 Palmas, TO
Av. Brigadeiro Eduardo Gomes, 1.332 Tel.: (63) 215-1873/215-2381/215-1872
Mecejana 69304-060 Boa Vista, RR Fax: (63) 215-2645
Tel.: (95) 623-9384/623-9513/623-3020
Fax: (95) 623-9161 Organizações não-governamentais

Macapá/AP WWF-Brasil - Escritório em Rio Branco/AC


Rua Hamilton Silva 1570 Rua Franco Ribeiro, 149
Santa Rita 68902-010 Macapá, AP sala 203 Centro
Tel.: (96) 214-1119/214-1101 69908-020 Rio Branco, AC
Fax: (96) 214-1101 Tel.: (68) 244-1705

Manaus/AM IPAM- Instituto de Pesquisa


Rua João Gonçalves de Souza, s/nº BR 319 Ambiental da Amazônia
Distrito Industrial 69075-830 Manaus, AM Av Rui Barbosa, 136
Tel.: (92) 613-3277/613-3093/237-3710 68100-005 Santarém, PA
Fax: (92) 613-3095/ 237-5177 Tel.: (93) 522-5538

Rio Branco/AC FASE - Federação dos Órgãos para


Rua Veterano Manuel de Barros, 320 Assistência Social e Educacional
Jardim Nazle 69917-150 Rio Branco, AC Trav. Quintino Bocaiúva, 1273 Nazaré,
Tel.: (68) 226-3212 66053-240 Belém, PA
Fax: (68) 226-3211 Tel.: (91) 242-4341

Porto Velho/RO IDSM - Instituto de Desenvolvimento


Av. Jorge Teixeira 3.477 Sustentável Mamirauá
Costa e Silva 78904-320 Porto Velho, RO Av. Brasil, 195
Tel.: (69) 223-3607/223-3598 69470-000 Tefé, AM
Fax: (69) 229-6511 Tel.: (97) 343-4672

Belém/PA
Av. Conselheiro Furtado, 1303
Batista Campos 66035-350 Belém, PA
Tel.: (91) 241-2621/224-5899
Fax: (91) 223-1299

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comunitário e dos acordos de pesca como estratégias para a manutenção dos estoques pesquei-
ros na Amazônia. Concebida como um instrumento de trabalho, a cartilha poderá ser utilizada
por pescadores, agricultores, estudantes, técnicos agrícolas, professores e moradores de comuni-
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