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contemporânea. Desde dos antigos gregos que usaram a retórica para tentar mudar as
atitudes do público até aos dias de hoje, o processo de persuasão é um aspeto tão
importante e presente nas nossas vidas diárias que muitas vezes deixamos de nos
assim como o conceito de atitude, interligando estas duas noções com a ditadura de
Atitudes
Para definir persuasão teremos de entender o que são atitudes e como se formam.
Thomas e Znaniecki, no início do século XX, colocaram a atitude num contexto social,
Este conceito pode ser definido como uma tendência psicológica que é expressa pela
(Eagly & Chaiken, 1993). Atitudes são em primeiro lugar, avaliações (Cooper,
Blackman, & Keller, 2016). Ter uma atitude significa que o sujeito categorizou algo e
fez um julgamento do seu valor. Significa que deixa de estar neutro sobre o assunto e
Ninguém nasce com atitudes, estas são aprendidas e dependem do que o individuo
aprendeu no curso da sua vida social e cultural. Pode haver predisposição genética para
um certo traço de personalidade (exemplo: extroversão) que consequentemente irá levar
a pessoa a ter uma atitude mais positiva em experienciar coisas novas mas se a pessoa
não tiver a oportunidade dessa experiência, ou sempre que tentou algo novo correu mal,
é provável que a atitude se torne negativa. Por isso, mesmo se as atitudes têm um
antecedente genético, as preferências herdadas não vão equivaler as suas atitudes. Alice
encontros com objetos sociais. “Os indivíduos não têm uma atitude até encontrarem
primeiro o objeto de atitude (ou informações sobre ele) e responder de forma avaliativa
ao mesmo.”
Retórica
“Onde quer que haja persuasão, há retórica. E onde quer que haja significado há
Com origens na filosofia, nos sistemas políticos e na aprendizagem dos antigos gregos
A retórica clássica é caracterizada por três elementos distintos mas não separáveis
(Holt & MacPherson, 2010) e por fim Pathos diz respeito aos sentimentos/emoções
como a felicidade, tristeza, satisfação, pena ou medo (Aho, 1985), em que o persuasor
Definição de Persuasão
comunicador busca provocar uma certa resposta no recetor. De uma forma mais
completa Victoria O'Donnell e June Kable (1982) definiram a persuasão como: “Um
recetor estão ligados por símbolos verbais e não-verbais, através dos quais o persuasor
A diferença entre persuasão e influência social é que a influência social pode ocorrer
influenciar o destinatário.
Respostas a persuasão
A persuasão tenta evocar uma mudança específica nas atitudes ou nos comportamentos
de uma audiência. Segundo Roloff & Miller (1980) existem 3 tipos de respostas
possíveis.
(3) Mudança de resposta: As pessoas relutam em mudar por isso o persuasor tem de
“âncora”).
Teorias
Umas das primeiras abordagens empíricas feitas foram com base no “efeito principal”
onde qualquer variável (e.g. um estado emocional, uma fonte credível…) teria apenas
O modelo Hovland-Yale (Hovland et al., 1953) sustentava que qualquer coisa que
ideal para a mudança de atitude e que qualquer aspeto que afetasse essa aprendizagem
seria prejudicial. A distração da pessoa seria então prejudicial pois iria interferir com a
aprendizagem da mensagem.
Com mais estudos apercebeu-se que não bastava um único mecanismo de persuasão e
a fonte é agradável/atraente). Esta teoria foi importante porque sugeriu que a mudança
de atitude produzida por uma fonte perita provavelmente persistiria mesmo se a pessoa
se esquecesse da fonte pois a mudança estava ligada à aceitação dos argumentos e não à
fonte em si. Mudanças produzidas por uma fonte atraente, no entanto, não persistiriam
se a fonte fosse esquecida pois a mudança estava ligada à identificação que a pessoa tem
Elaboração (Petty & Cacioppo, 1979). Este afirma que mudanças nas atitudes e nos
que o foco é a mensagem. Mas se por outro lado este não estiver motivado ou não
por Petty e Cacioppo como uma heurística. Se a pessoa não for credível devia enfatizar
sobre questões políticas ou quando tentam reunir o país durante as crises nacionais. O
própria causa e de danificar uma causa oponente. A propaganda às vezes é vista como
ensinar uma pessoa certas informações factuais e pôr a pessoa a pensar logicamente
para que seja capaz de fazer as próprias decisões enquanto que o objetivo da propaganda
é instruir informações não-factuais ou fazer com que a opinião apareça como facto.
Thomson (1977) afirma que: “Hitler compartilhar com Júlio César e Napoleão
Bonaparte, não apenas o uso massivo de novos métodos de propaganda, mas também
Mein Kampf, como uma fundação cuidadosamente construída de afirmações, sejam elas
verdadeiras ou falsas, feitas para substituir as ideias antigas com as novas impostas por
ele.
Hitler via as massas como sendo "maleáveis, corruptas e corruptíveis", aberto a apelos
emocionais, mas especialmente ele percebeu que a propaganda poderia se tornar muito
mais eficaz se uma grande dose de intimidação e terror a fortalece-se (Zeman, 1973).
estabelece uma imagem que apelou ao povo desmoralizado e confuso da Alemanha. Ele
prometeu restaurar a Alemanha à sua antiga glória e livrar o país das algemas impostas
A maior vantagem de Hitler e Goebbels era a condição psicológica do seu povo. A via
principal da propaganda nazista não eram os jornais, pois os apelos emocionais que o
Hitler fazia não se aplicavam facilmente no papel. Assim, com o rádio, os nazistas
alcançaram o seu maior sucesso. Este meio foi usado como o principal meio de
propaganda. A rádio tornou-se ainda mais relevante quando o governo nazista produziu
um canal de rádio para as massas (o Volksempfänger) e eventualmente introduziu o
Referências:
Aho, J. (1985). Rhetoric and the invention of double entry bookkeeping. Rhetorica: A
Andersen, K. (1971). Persuasion: Theory and practice. Boston, MA: Allyn & Bacon.
Cooper, J., Blackman, S. J., & Keller, K. (2016). The science of attitudes. New York,
NY: Routledge.
Eagly, A. H., & Chaiken, S. (1998). Attitude structure and function. In D. T. Gilbert,
S. T. Fiske, & G. Lindzey (Eds.), Handbook of social psychology (4th ed., Vol. 1, pp.
13–39.
Holt, R., & MacPherson, A. (2010). Sensemaking, rhetoric and the socially competent
Hovland, C.I., Janis, I.L., & Kelley, H.H. (1953). Communication and persuasion:
Psychological studies of opinion change. New Haven, CT: Yale University Press.
Hyde, M. (2004). The ethos of rhetoric. Columbia: University of South Carolina Press.
Random House.
Petty, R.E., & Cacioppo, J.T. (1979). Issue involvement can increase or decrease
Roloff, M. E., Miller, G. R., & Roloff, M. E. (Ed.) (1980). Persuasion: New