MC
mundocristão
M AX LU C A D O
GÁLATAS
LIBERDADE EM CRISTO
MC
mundocristão
São Paulo
Copyright © 2007 por Thomas Nelson
Publicado originalmente por Thomas Nelson Inc., Nashville, Tennessee, EUA.
Direitos negociados por Silvia Bastos, S. L., Agência Literária.
É expressamente proibida a reprodução total ou parcial deste livro, por quaisquer meios
(eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação e outros), sem prévia autorização, por
escrito, da editora.
Lucado, Max
Gálatas: liberdade em Cristo / Max Lucado; traduzido por Daniel Faria. — São Paulo:
Mundo Cristão, 2014. — (Coleção lições de vida)
14-05638 CDD-227.406
Os E d it o r e s
Você tem um livro especial em mãos. Palavras esculpidas em ou
tras línguas. Ações ocorridas em épocas distantes. A contecim en
tos registrados em terras longínquas. Conselhos oferecidos a um
povo estrangeiro. Esse é um livro singular.
É de surpreender que alguém o leia. É antigo demais. Alguns
dos escritos datam de cinco mil anos atrás. É esquisito demais. O
livro fala de enchentes incríveis, incêndios, terrem otos e pessoas
com habilidades sobrenaturais. E radical demais. A Bíblia convi
da à devoção eterna a um carpinteiro que chamava a si mesmo de
Filho de Deus.
A lógica diz que esse livro não sobrevivería. Antigo demais, es
quisito demais, radical demais.
A Bíblia foi proibida, queimada, escarnecida e ridicularizada.
A cadêm icos zom baram dela. Reis decretaram sua ilegalidade.
M ais de mil vezes, a cova foi aberta e o canto fúnebre começou a
ser entoado, mas, por alguma razão, a Bíblia nunca perm aneceu
na sepultura. N ão som ente sobreviveu; ela prosperou. É o livro
mais popular em toda a história. H á anos tem sido o mais ven
dido no mundo!
Não existe na terra uma explicação para isso. Essa, talvez, seja a
única explicação. A resposta? A durabilidade da Bíblia não se en
contra na terra; encontra-se no céu. Para os milhões que testaram
suas afirmações e reivindicaram suas promessas, há somente uma
resposta: a Bíblia é o livro e a voz de Deus.
Ao ler, seria sábio de sua parte pensar um pouco a respeito de
duas perguntas: Q ual o propósito da Bíblia? Com o devo estudá-
-la? O tempo gasto na reflexão acerca dessas duas questões vai en
grandecer consideravelmente seu estudo bíblico.
Q ual o propósito da Bíblia?
Permita que ela própria responda a essa pergunta: Porque des
de criança você conhece as Sagradas Letras, que são capazes de torná-
-lo sábio para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus (2Tm 3.15).
O propósito da Bíblia? Salvação. O maior desejo de Deus é tra
zer seus filhos para casa. O livro dele, a Bíblia, descreve seu plano
de salvação. O propósito da Bíblia é proclamar o plano e o desejo
de D eus de salvar seus filhos.
E essa a razão de a Bíblia ter resistido ao longo dos séculos.
Ela tem a ousadia de enfrentar as questões mais difíceis a respei
to da vida: Para onde vou depois de morrer? Existe um Deus? O
que faço com os meus medos? A Bíblia oferece respostas a essas
questões cruciais. Ê o m apa que nos conduz ao m aior tesouro de
Deus: a vida eterna.
M as como usamos a Bíblia? Inúmeros exemplares das Escritu
ras repousam em estantes e cabeceiras sem serem lidos pelo sim
ples fato de as pessoas não saberem como lê-la. O que podemos
fazer para torná-la real em nossa vida?
A resposta mais clara encontra-se nas palavras de Jesus. Ele
prometeu: Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e
aporta lhes será aberta (M t 7.7).
O prim eiro passo na com preensão da Bíblia é pedir a D eus
para ajudar-nos. Devemos ler em oração. Se alguém com preen
de a Palavra de D eus, é por causa de D eus, e não do leitor: M as
o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, lhes
ensinará todas as coisas e lhes fa r á lembrar tudo o que eu lhes disse
(Jo 14.26).
Antes de ler a Bíblia, ore. Convide D eus para falar com você.
Não vá às Escrituras procurando por sua maneira de pensar; vá em
busca da m aneira de pensar dele.
Não devemos ler a Bíblia som ente em oração; devemos lê-la
com cuidado. A garantia é: busquem, e encontrarão. A Bíblia não é
um jornal a ser folheado, mas um a m ina a ser garimpada: se pro
curar a sabedoria como se procura a prata e buscá-la como quem busca
um tesouro escondido, então você entenderá o que é temer o Senhor e
achará o conhecimento de Deus (Pv 2.4-5).
Q ualquer achado valioso requer esforço. A Bíblia não é exce
ção. Para compreendê-la, você não precisa ser brilhante, mas tem
de estar disposto a arregaçar as mangas e procurar, como obreiro que
não tem do que se envergonhar e que maneja corretamente a palavra
da verdade (2Tm 2.15).
Eis um ponto prático: estude a Bíblia um pouco de cada vez.
Não se sacia a fome comendo 21 refeições de um a só vez a cada
semana. O corpo precisa de um a dieta constante para permanecer
forte. O mesmo acontece com a alma. Q uando Deus enviou ali
m ento a seu povo, no deserto, ele não providenciou pães prontos.
E m vez disso, enviou o maná, desta forma: flocosfinos semelhantes
a geada [...] sobre a superfície do deserto (Ex 16.14).
Deus concedeu m aná em porções lim itadas e envia alim ento
espiritual da mesma forma: abrindo os céus com nutrientes sufi
cientes para a fome de hoje e providenciando ordem sobre ordem,
regra e mais regra; um pouco aqui, um pouco ali (Is 28.10).
Não desanime se a colheita de sua leitura parece pequena. H á
dias em que uma porção m enor é tudo de que precisamos. O im
portante é buscar diariamente a mensagem daquele dia. Uma dieta
constante da Palavra de Deus no decorrer da vida edifica a saúde
da m ente e da alma.
U m a garotinha voltou de seu prim eiro dia na escola. A mãe
perguntou:
— Você aprendeu alguma coisa?
— Pelo visto, não aprendi o bastante — a m enina respondeu.
— Tenho de voltar amanhã, depois de amanhã e depois de depois
de amanhã...
E assim que funciona a aprendizagem e é assim que funciona
o estudo da Bíblia. A compreensão vem pouco a pouco, ao lon
go da vida.
H á um terceiro passo na compreensão da Bíblia. Depois do pe
dido e da busca, vem o bater à porta. Depois de perguntar e pro
curar, você bate: Batam, e aporta lhes será aberta (M t 7.7).
Bater é estar diante da porta de Deus. Ficar disponível. Subir
as escadas, cruzar o pórtico, colocar-se à porta e se voluntariar.
Bater vai além da esfera do pensamento e entra na esfera da ação.
Bater é perguntar: O que posso fazer? Com o posso obedecer?
Aonde posso ir?
U m a coisa é saber o que fazer. O utra é fazer. M as para aqueles
que fazem, que escolhem obedecer, um a recom pensa especial os
aguarda: Mas o homem que observa atentamente a lei perfeita, que traz
a liberdade, epersevera na prática dessa lei, não esquecendo o que ouviu
mas praticando-o, seráfeliz naquilo quefizer (T g 1.25).
U m a promessa e tanto! A felicidade vem para quem pratica o
que lê! E o mesmo com m edicam entos. Se você apenas ler o ró
tulo, mas ignorar as pílulas, de nada vai adiantar. É o mesmo com
comida. Se você apenas ler a receita, mas nunca cozinhar, não vai
ser alimentado. D á-se o mesmo com a Bíblia. Se você apenas ler
as palavras, mas nunca obedecer, jam ais conhecerá a alegria que
Deus prometeu.
Peça. Procure. Bata. Simples, não é? Por que então não tentar?
Se o fizer, entenderá por que você tem nas mãos o livro mais ex
traordinário da história.
Só faltava a assinatura do presidente para a Proclamação de Em an
cipação ser concluída. M as Abraham Lincoln não estava prepara
do. Sua mão doía de tanto cum prim entar visitantes na recepção.
“Esperem até m inha mão ficar m elhor”, ele teria pedido. “Não
quero que m inha assinatura saia trem ida. Q uero que as pessoas
saibam que eu libertei os escravos convicto do que fazia.”
Gálatas é a Proclamação de Emancipação para a igreja. Escri
to por alguém que conheceu a escravidão, o livro declara e define
a liberdade cristã. Paulo o escreveu a fim de refutar a ideia diabó
lica de que a salvação se baseia na adesão a um código religioso.
M uitos cristãos primitivos eram judeus acostumados a seguir a
lei de Moisés. Em bora tivessem aceitado o dom da graça ofereci
da por Cristo na cruz, alguns deles estavam se afastando do cami
nho — substituíam a dádiva de Deus pelo esforço humano. Com
franqueza, Paulo identificou o problema: legalismo.
E m toda parte onde o evangelho é pregado, há quem diga que
é algo bom demais para ser verdade. “A fé não basta”, diz o legalis
ta, “precisamos obter a aprovação de D eus”. Alguns ensinam que
ganham os o favor de Deus de acordo com o que sabemos (inte-
lectualismo). O utros insistem que somos salvos com base no que
fazemos (moralismo). Ainda outros afirmam que a salvação é de
term inada pelo que sentimos (emocionalismo).
Seja qual for a definição, contesta Paulo, o legalismo é here
sia. A salvação só vem por meio da cruz — sem acréscimos, sem
alterações.
Somos livres em Cristo. “Foi para a liberdade que Cristo nos
libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter
novamente a um jugo de escravidão” (5.1). Gálatas é um a carta de
alforria. D urante a leitura, preste atenção à confiança do escritor.
Sua mão não treme; sua convicção não vacila.
A nossa tam bém não deveria.
R eflexão
N em todo m undo gosta de confrontos. Pouca gente passa o dia
à procura de discussão. N o entanto, o conflito é um fato inevi
tável da existência. Descreva como você se sente e como costu
ma agir quando precisa confrontar um amigo, vizinho ou colega
com a verdade.
S it u a ç ã o
Após pregar as boas-novas da maravilhosa graça de Deus por toda
a Galácia (isto é, a atual Turquia), o apóstolo Paulo ficou m ui
to preocupado ao ouvir que alguns mestres religiosos influentes
na região insistiam que a salvação não vem som ente pela graça.
E le escreveu um a carta para refutar a ideia de que o favor de
Deus é obtido m ediante o cum prim ento das leis e dos costumes
judaicos.
O bservação
Leia Gálatas 1.1-9 da N V I ou da RA.
às igrejas da Galácia:
E xplo ração
1. Existe um tom abrupto e sombrio nas primeiras frases da carta
de Paulo aos gaiatas. Por quê?
I n s p ir a ç ã o
“Q ual obra Deus quer que façamos? O rar mais? D oar mais? E s
tudar? Viajar? D ecorar aTorá? Q ual obra ele quer?” A stuto esse
esquema de Satanás. E m vez de nos afastar da graça, ele nos faz
questioná-la ou tentar merecê-la... e, no final, nem sequer sabe
mos o que ela é.
O que, então, Deus deseja que façamos? Q ual é a obra que ele
busca? Crer. Só isso. Crer naquele que ele enviou. “A obra de Deus
é esta: crer naquele que ele enviou” (Jo 6.29).
Alguém está lendo isso, balançando a cabeça e perguntando:
“Você está dizendo que é possível ir para o céu sem boas obras?”.
A resposta é não. Boas obras são um requisito. O utra pessoa está
lendo e perguntando: “Você está dizendo que é possível ir para o
céu sem ter bom caráter?”. M ais um a vez, m inha resposta é não.
Bom caráter tam bém é necessário. Para entrar no céu, é preciso
ter boas obras e bom caráter.
M as, infelizmente, aí reside o problema. Você não tem nenhu
m a das duas coisas.
Sim, você fez algumas coisas boas na vida, mas não possui boas
obras suficientes para subir ao céu, independentem ente de seu sa
crifício. Por mais nobres que sejam suas doações, elas não bastam
para levá-lo ao céu.
Você tam bém não possui caráter suficiente para subir ao céu.
Por favor, não se sinta ofendido. (O u sinta-se, se necessário.) E
provável que você seja um a pessoa decente. M as a decência não é
suficiente. Os que veem a Deus não são decentes; são santos. “Sem
santidade ninguém verá o Senhor” (H b 12.14).
Você talvez seja um a boa pessoa. Talvez pague impostos, cui
de bem de seus filhos e durm a com a consciência lim pa. Sem
Cristo, porém , você não é santo. Sendo assim, como pode ir para
o céu?
Basta crer.
Aceite a obra já feita, a obra de Jesus na cruz.
Basta crer...
É sim ples assim? Sim , é sim ples assim. É fácil assim? N ão
houve nada de fácil nisso. A cruz era pesada, o sangue era verda
deiro e o preço era alto. Teria levado você e eu à falência, por isso
ele pagou por nós. Cham e de simples. Cham e de dádiva. M as não
chame de fácil.
C ham e do que é. Cham e de graça.
T r e c h o d e O u v in d o D e u s n a t o r m e n t a
R eação
6. Por que as pessoas têm tanta dificuldade de compreender o con
ceito de graça?7
11. Qual será sua reação na próxima vez em que ouvir alguém pro
pagar um a versão distorcida do evangelho?
L iç õ e s d e v id a
A graça é o que distingue o cristianismo de todas as religiões do
mundo. A salvação gratuita, o perdão e a vida eterna são ofereci
dos por Deus não como recompensa, mas como presentes. Nada
— absolutam ente nada — é exigido de nossa parte, exceto crer.
N ada de contrapartidas ou letras miúdas. Q uando confiamos no
que Cristo fez, quando confiamos apenas em suas promessas, to
dos os tesouros do céu se tornam nossos. Não importa quanto sua
vida esteja atribulada no momento. A graça é verdadeira e segura,
independentem ente do que você faça ou deixe de fazer no futuro.
Parece bom demais para ser verdade, concorda? M as é nisso que
consiste, em poucas palavras, o evangelho simples. A pergunta é:
Você já recebeu esse maravilhoso presente de Cristo?
D evoção
Pai, obrigado pelo evangelho. E u jamais poderia obter teu favor,
mas posso ser um recipiente de tua graça. Posso desfrutar de to
das as tuas bênçãos simplesmente confiando em Cristo como meu
único e suficiente Salvador. Ajuda-m e a viver conforme essa m en
sagem. A juda-m e a m ostrá-la por interm édio de m inha vida e a
partilhá-la com meus lábios.
Pa r a pen sar
Descreva o m om ento em que você sofreu o primeiro impacto por
causa da natureza “livre” do evangelho — o fato de ser a fé, e não
as obras, a porta de entrada para a paz com Deus.
A DEFESA DO EV A N G ELH O
R eflexão
Em certo sentido, tudo na vida diz respeito a nossa interação com
Deus. Alguns fogem dele. O utros o ignoram. Aquele ali teve um
vislumbre de Deus na vida de um amigo e agora quer olhar mais
de perto. Esse outro se desviou da fé que tinha na infância e agora
percorre o caminho de volta. Q ual é a sua história de fé?
S it u a ç ã o
Falsos mestres se infiltraram na igreja gálata, tentando acrescentar
exigências legalistas ao evangelho simples. Paulo reiterou a verda
de da salvação — a saber, somente pela fé em Cristo — compar
tilhando a história de sua milagrosa conversão.
O bservação
Leia Gálatas 1.11-24 da N V I ou da RA.
E xplo ração
1. Q uando foi que D eus se tornou real para você e passou a ser
mais que um nome ou um a ideia?
In s p ir a ç ã o
Por mais que o povo de Deus tivesse se esquecido de Deus, ele não
se esqueceu deles. Ele manteve sua palavra...
Deus não desistiu. Ele nunca desiste.
Q uando José foi jogado no fundo do poço por seus irm ãos,
D eus não desistiu.
Q uando M oisés disse: “A h, Senhor! Peço-te que envies outra
pessoa”, Deus não desistiu.
Q uando os israelitas libertos queriam a escravidão no Egito
em vez de leite e mel, Deus não desistiu.
Quando Arão criou um deus falso enquanto Moisés estava com
o verdadeiro, D eus não desistiu.
Q u an d o som ente dois dos dez espias acharam que o C ria
dor tin h a p o d er suficiente para lhes conceder a criação, D eus
não desistiu.
Q uando Sansão sussurrou a Dalila, quando Saul gritou com
Davi, quando Davi m aquinou contra Urias, Deus não desistiu.
Q uando a palavra de Deus ficou esquecida e os ídolos dos ho
mens reluziam no alto, Deus não desistiu.
Q uando os filhos de Israel foram levados para o cativeiro, Deus
não desistiu.
Ele poderia ter desistido. Poderia ter virado as costas. Poderia
ter se afastado daquele confusão miserável, mas não o fez.
Ele não desistiu.
Quando ele se fez carne e foi vítima de uma tentativa de assassi
nato antes mesmo de completar dois anos de idade, ele não desistiu.
Q uando as pessoas de sua cidade natal tentaram em purrá-lo
de um penhasco, ele não desistiu.
Q uando seus irmãos o ridicularizaram, ele não desistiu.
Q uando ele foi acusado de blasfemar contra Deus por pessoas
que não tem iam a Deus, ele não desistiu.
Q uando Pedro o adorou na ceia e o amaldiçoou na fogueira,
ele não desistiu.
Q uando as pessoas cuspiram em seu rosto, ele não cuspiu de
volta. Q uando o estapearam, ele não revidou. Q uando um chico
te rasgou suas costas, ele não exigiu que anjos fizessem o soldado
engolir o chicote.
E quando mãos hum anas usaram pregos para atar as mãos di
vinas a um a cruz, não foram os soldados que mantiveram as mãos
de Jesus firmes. Foi Deus.
T r e c h o d e S e is h o r a s d e u m a se x t a - f e ir a
R eação
6. Q ue situações em sua vida comprovam que D eus não desiste
de seus filhos?
10. Paulo enfatiza que sua experiência com o Senhor foi direta,
sem a mediação de outras pessoas. Q uanto de seu conhecimento
de Deus se baseia na experiência pessoal?
L iç õ e s d e v id a
Costum a-se dizer que “os caminhos do Senhor são insondáveis”.
É verdade. A começar pelo evangelho da graça. O perdão incon
dicional e a adoção na família real de Deus oferecidos a seus ini
migos? As riquezas mais gloriosas dos céus derramadas sobre os
menos merecedores? Tudo parece um conto de fadas. E a coisa fica
ainda mais incrível. Deus anuncia sua intenção de colaborar com
gente como nós para que outros experimentem seu amor e graça.
Ele poderia usar anjos ou meios sobrenaturais. O Senhor, porém,
nunca desiste de nós e jam ais aborta seu plano. Ele trabalha em
nós e através de nós, apesar de nós. Os vilões se tornam os heróis.
Q ue mistério! Q ue milagre! Q ue Deus maravilhoso nós servimos!
D evoção
Pai, tu me deixas maravilhado! Obrigado pela beleza e pelo poder
do evangelho. A bro m eu coração a ti e te convido para trabalhar
em mim. Transform a-m e. Faze da m inha vida um tributo contí
nuo a tua bondade e graça.
Pa r a p en sa r
Descreva a história de sua jornada de fé.
J u s t if ic a d o s p e r a n t e D eus
R eflexão
Praticam ente todo grupo eclesiástico ou tradição religiosa possui
um código de conduta particular. Quais seriam algumas das ati
vidades prescritas e proibidas pela comunidade espiritual em que
você cresceu?
S it u a ç ã o
Os gálatas não judeus colocaram sua fé em Cristo, mas depois lhes
foi dito que deveriam aderir às leis judaicas para garantir a apro
vação de Deus. O apóstolo Pedro ajudou na confusão ao m ostrar
favoritismo pelos judeus. Paulo confrontou e corrigiu Pedro, além
de reiterar que somente Jesus pode nos justificar perante Deus.
O bservação
L e ia G álatas 2 .1 1 - 2 1 da N V 1 ou d a R A .
E xplo ração
1. Q ue atitude de Pedro levou Paulo a acusá-lo de hipocrisia?
I n s p ir a ç ã o
Jesus fez por nós o que eu fiz para uma de minhas filhas numa loja
do Aeroporto de LaGuardia, em Nova York. N a placa acima das
peças de cerâmica, lia-se: Não toque. M as o desejo era mais forte
que o aviso, e ela tocou. E a peça tombou. Q uando olhei, Sara, de
dez anos, segurava os dois pedaços da escultura, um arranha-céus
de Nova York. Ao lado dela, o gerente da loja, nada contente. Acima
dos dois, o sinal de aviso. Entre nós, um silêncio nervoso. M inha
filha não tinha dinheiro. O gerente não tinha misericórdia. Então,
eu fiz o que os pais fazem: me introm etí na história. “Q uanto nós
devemos ao senhor?”, perguntei.
Com o assim eu devia algo? Simples. E la era m inha filha. E,
um a vez que ela não podia pagar, eu paguei.
Uma vez que você e eu não podemos pagar, Cristo pagou. Q ue
bramos muito mais que souvenirs. Quebramos mandamentos, pro
messas e, pior de tudo, partim os o coração de Deus.
M as Cristo vê nossa condição. Com a lei na parede e os m an
damentos despedaçados no chão, ele se aproxima (como um vizi
nho) e oferece uma dádiva (como um Salvador).
E o que nós devemos? Nós devemos a Deus um a vida perfeita.
Obediência perfeita a todo m andam ento. Não só ao m andam en
to do batism o, mas aos m andam entos da hum ildade, da hones
tidade, da integridade. Somos incapazes de corresponder. Seria o
mesmo que nos cobrar pelos prédios de toda a cidade. M as Cristo
pode, e de fato o fez.
T r e c h o d e O Sa lv a d o r m o r a a o l a d o
R eação
6. Por que tantas pessoas têm dificuldade de entender e acolher as
ações de Cristo em seu favor?
L iç õ e s d e v id a
Tentar se justificar com Deus cumprindo um m onte de regras re
ligiosas é um a fórm ula fadada à frustração e ao fracasso. Prim ei
ro problema: Quais seriam essas regras? Os requisitos variariam
de religião para religião, de pessoa para pessoa e de geração para
geração. E se você usar a lista errada? Segundo problema: Q ual a
definição exata de “cum prir” regras? Temos de segui-las à perfei
ção? O u temos permissão de cometer um número razoável de er
ros e tropeços? E o que se entende por “razoável”? O evangelho de
Cristo elimina toda essa confusão ao declarar de forma categórica
que ninguém , a não ser Cristo, é bom o suficiente. Somente pela
fé nele, somente pela confiança nos esforços dele em nosso favor,
é que somos qualificados para o céu.
D evo ção
Pai, não somos justificados diante de ti por meio de esforços hu
manos, e não permanecemos justificados em tua presença por meio
de obras. Viver em tua graça significa viver na total dependência
de Cristo.
R eflexão
A fé é um a dessas palavras que usamos muito, mas, provavelmen
te, não a demonstram os da form a devida. Deveria ser um verbo,
na verdade, algo que fazem os ativamente. E m nossa linguagem,
porém , é um substantivo, apenas mais um a qualidade de caráter
que tentamos adquirir. Quais são as verdadeiras características de
alguém que possui um a fé viva e ativa?
Sit u a ç ã o
Com urgência e intensidade, o apóstolo Paulo admoesta os cristãos
na Galácia a relembrarem a verdade fundamental do cristianismo:
assim como chegamos a Cristo somente pela fé, agora também an
damos com ele somente pela fé. Obras religiosas, por maiores que
sejam, não obtêm aprovação maior de Deus.
O bservação
Leia Gálatas 3.1-9 da N V I ou da RA.
E xplo ração
1. Por que Paulo usa linguagem e tom tão enérgicos em sua car
ta aos gálatas?
I n s p ir a ç ã o
A verdadeira questão não é “como obtenho mais do Espírito”, mas
sim, “como o Espírito pode obter mais de m im ”. Para essa per
gunta, esperamos um a resposta nível M adre Tereza. Construa um
orfanato. M em orize Levítico. D ê banho em leprosos. Permaneça
acordado durante a leitura dos livros do Lucado. “Faça isso e fica
rá cheio do Espírito”, acreditamos.
“Faça isso e ficará cheio de cansaço”, corrige Deus. Você deseja
o Espírito de Deus? Aqui está o que você deve fazer. Peça. “Pois
todo o que pede, recebe [...] Se vocês, apesar de serem maus, sabem
dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai que está nos céus
dará o Espírito Santo a quem o pedir!” (Lc 11.10,13).
O Espírito enche enquanto as orações fluem. Deseja ser cheio
de força? É claro que sim! Então ore: “Senhor, eu recebo tua ener
gia. Capacitado pelo teu Espírito Santo, posso fazer todas as coi
sas por meio de Cristo, que me concede força”. Receba o Espírito
em cada cômodo de seu coração.
Fiz algo semelhante com o ar do meu aparelho de ar condiciona
do. Durante meus estudos na sala de jantar, o ar fresco me envolve.
D o lado de fora, a calçada ferve no calor. D entro de casa, porém, o
frio é digno do Alasca. Por quê? D uas razões. H á um compressor
ao lado de minha casa. Eu não o construí nem o instalei. Veio com
a hipoteca. D ê os créditos pela casa fresca a um bom compressor.
M as dê os créditos tam bém às saídas de vento. E u não insta
lei os “formadores de ar”, mas abri os “bloqueadores de ar”. O ar
fresco enche a casa porque as saídas estão abertas. Fui de côm o
do a cômodo, abrindo as travas e liberando o ar. O Espírito Santo
encherá sua vida quando você fizer o mesmo: quando, de cômodo
a cômodo, você convidá-lo a entrar.
Tente o seguinte: antes de sair da cama, acom panhe m ental
m ente o E spírito a cada cômodo de sua casa. A ntes de seus pés
tocarem o chão, abra cada saída de ar. Raiva no quarto? Dívidas
espalhadas pela mesa? Conflitos no escritório? Precisa de ar no
porão ou de uma mudança de atmosfera nos corredores? Convide
o Espírito para encher cada espaço de sua vida.
T r e c h o d e Q u e m t e m sed e venh a
R eação
6. Como você percebe que está cheio do Espírito de Deus?
7. Q uando foi a última vez que um cristão mais velho e sábio de
safiou você a repensar um conceito ou um a prática espiritual em
sua vida?
L iç õ e s d e v id a
Assim como Abraão, nós somos justificados perante Deus somen
te pela fé. E assim como ele, somos comissionados a abençoar to
das as nações, partilhando e m ostrando as boas-novas do perdão
divino. A intenção de Deus é que agora, perdoados e livres, nós
sejamos faróis de esperança e vida para o m undo. N o entanto,
quando nos esquecemos de que a salvação é pela graça, deixamos
de brilhar. Viver pelo próprio esforço obscurece nosso coração e
enfraquece nosso entusiasmo. Além disso, quando caímos na ar
madilha de tentar obter a aprovação de Deus, vendemos uma ima
gem enganosa e pouco atraente daquilo que significa ser filho de
Deus. Deleite-se com a estonteante notícia de que você j á é ple
namente aceito em Cristo. E m seguida, viva passando adiante essa
maravilhosa graça.
D evo ção
O Senhor, im pede-m e de ser enganado. Protege-m e da crença
insensata de que sou capaz de fazer algo para merecer tua apro
vação contínua. M ostra-m e como viver livre e pleno na graça do
teu Espírito.
Pa r a pen sar
Usando Gálatas 5.22-23 como medida, analise sua caminhada de fé.
A LEI E A PRO M ESSA
R eflexão
Q uando o assunto é fé, algumas pessoas ficam extremamente sé
rias — quase ao ponto da austeridade. O utros lidam com o tema
de forma mais alegre e despreocupada. Os grupos mais sérios pas
sam muito mais tempo olhando para trás (ou para dentro); os mais
despreocupados costumam olhar para frente. O primeiro tende a
errar pelo lado do legalismo, e o segundo, pelo lado da libertina
gem. Q ual desses caminhos você tende a seguir?
S it u a ç ã o
O apóstolo Paulo instrui os cristãos gálatas a não darem aten
ção a falsos m estres, que os incitam a su b stitu ir a liberdade
que têm em C risto pela escravidão à lei judaica. A qui ele m os
tra por que as regras religiosas são incapazes de ajudar alguém a
justificar-se perante D eus e por que som ente C risto é capaz de
nos salvar.
O bservação
Leia Gálatas 3.10-18 da N V J ou da RA.
E xplo ração
1. Por que Paulo diz que aqueles cuja espiritualidade consiste em
“observar regras religiosas” estão debaixo de maldição?
2. E o que dizer daquela pessoa rara que dem onstra devoção ra
dical a Deus, vive de forma abnegada e nunca é vista fazendo algo
errado? Isso tem algum valor aos olhos de Deus?
3. A Bíblia nos diz que “o justo viverá pela fé” (v. 11, RA). Q ual o
significado dessa im portante afirmação?
5. Por que os fariseus, tão zelosos em relação à lei, ficaram tão con
fusos e se opuseram tanto a Cristo?
In s p ir a ç ã o
Tenho um quadro de Jesus rindo. E stá pendurado na parede em
frente a m inha mesa.
E um retrato incrível. A cabeça inclinada. A boca aberta. Os
olhos brilhantes. Ele não está apenas sorrindo. Não está rindo de
form a sutil. Ele chega a rugir. E um a gargalhada incom um , da
quelas que só ocorrem em circunstâncias especiais. Ele tem difi
culdades de recuperar o fôlego.
G anhei o quadro de um sacerdote episcopal que carrega cha
rutos no bolso e coleciona retratos de Jesus sorrindo. “E u os dou
a qualquer pessoa que tenha a possível tendência de levar Deus
extremam ente a sério”, explicou ele ao me entregar o presente.
Serviu como um a luva.
E u não sou do tipo que imagina um Deus sorrindo. Um Deus
lam entando, sim. U m D eus com raiva, OK. U m D eus poderoso,
com certeza. M as um Deus gargalhando? Parece muito... muito...
muito diferente do que Deus deveria fazer — e ser. O que só mos
tra quanto eu sei — ou não sei — sobre Deus.
O que eu acho que ele estava fazendo quando esticou o pesco
ço da girafa? U m exercício de engenharia? O que eu acho que ele
tinha em m ente quando disse à avestruz onde colocar a cabeça?
Espeleologia? O que eu acho que ele estava fazendo quando pro
jetou o grito de acasalamento do macaco? O u as oito pernas do
polvo? E o que eu visualizo em seu rosto quando imagino sua ex
pressão ao ver aquele primeiro olhar de Adão em Eva? U m bocejo?
Dificilmente.
Q u a n d o m inha visão m elhora e sou capaz de enxergar sem
meus óculos embaçados, vejo que o senso de hum or talvez seja a
única m aneira de Deus nos aturar por tanto tempo.
E dele aquele sorriso enquanto M oisés esfrega os olhos diante
da sarça ardente falante?
E ele sorrindo enquanto Jonas desembarca na praia, pingando
sucos gástricos e com cheiro de peixe?
E ele com brilho nos olhos enquanto observa os discípulos ali
m entando milhares de pessoas com o lanche de um rapaz?
Você acha que o rosto dele fica inexpressivo enquanto fala so
bre o sujeito com a trava no olho apontando para o cisco no olho
do amigo?
C onsegue m esm o im aginar Jesus com expressão séria abra
çando criancinhas?
Não, eu acho que Jesus sorriu. Acho que ele riu um pouco das
pessoas e um m onte com elas.
T r e c h o d e N o olho d o furacão
R eação
6. Como essa imagem de um Cristo cheio de alegria contrasta com
a natureza austera e legalista de muitos cristãos?
D evoção
Jesus, que maravilhoso Salvador tu és! O brigado por te colocares
debaixo da m aldição que me era reservada. E u te louvo por me
abençoares com a graciosa dádiva da vida eterna. Q ue eu possa
propagar essa grande promessa e esperança a todos ao meu redor.
Pa r a pen sar
Antes de experimentar a graça e entender o amor incondicional de
Cristo, alguma vez você se sentiu “amaldiçoado” espiritualmente?
O P R O P Ó S IT O DA LEI
R eflexão
Todos já tivemos a experiência de tentar evitar certas tentações,
como sair à procura de presentes escondidos na véspera de Natal
na infância ou, quando adultos, resistir à proposta de um a sobre
mesa suculenta. Explique a síndrome do “fruto proibido”: por que
algo que está fora de alcance parece ainda mais tentador?
S it u a ç ã o
Se as pessoas não são salvas pela observância diligente das regras
de D eus, qual é, então, a finalidade de todas essas leis antigas?
Paulo responde a essa pergunta na seguinte passagem de sua car
ta aos gálatas.
O bservação
Leia Gálatas 3.19-29 da N V I ou da RA.
E xplo ração
1. Por que não somos capazes de cumprir a lei de Deus?
2. Se a lei não pode nos salvar, por que Deus a deu para nós?
I n s p ir a ç ã o
Lembra-se dos bons e velhos tempos em que os cartões de crédito
eram marcados de forma manual? O balconista pegava seu cartão,
colocava na m áquina de impressão e rrac-rrac, os números eram
registrados e a compra estava concluída.
Se o ruído não chamasse sua atenção, o demonstrativo no final
do mês faria o serviço. Trinta dias é bastante tempo para acumular
compras suficientes para rrac-rraqu ear seu orçamento.
E uma vida inteira é suficiente para rrac-rraqu ear algum débi
to im portante no céu.
Você berra com seus filhos, rrac-rrac.
Você cobiça o carro de um amigo, rrac-rrac.
Você inveja o sucesso de seu vizinho, rrac-rrac.
Você quebra um a promessa, rrac-rrac.
Você mente, rrac-rrac.
Você perde o controle, rrac-rrac...
M ais e mais débitos.
D e início, tentam os pagar a dívida... Cada oração é um cheque
preenchido, e cada boa ação, um pagam ento feito. Se fizéssemos
uma boa ação para cada ato mau, nosso saldo bancário ficaria balan
ceado, certo? Se eu posso compensar minhas ofensas com elogios,
m inha luxúria com fidelidade, minhas reclamações com contribui
ções, meus vícios com vitórias, m inha conta não seria justificada?
A í reside o problema. Com o lidar com a dívida que tenho para
com Deus?
Negá-la? M inha consciência não permite.
A char pecados piores nos outros? Deus não cairia nessa.
A legar im unidade por filiação? O rgulho fam iliar não ajuda
ria em nada.
T entar compensar? Poderia ser, mas isso nos conduz de vol
ta ao problema. Não conhecemos o custo do pecado. N em sequer
sabemos qual o valor de nossa dívida.
E ntão o que fazemos? Veja a resposta de Paulo.
R eação
6. Por que é tão difícil que pessoas em grande parte decentes acre
ditem que estão aquém do padrão perfeito de Deus (Rm 3.23)?
10. Se a lei de D eus não pode gerar vida espiritual (v. 21), onde
surge a vida espiritual?
L iç õ e s d e v id a
N a época de Cristo, os escribas legalistas tinham dissecado e ca
talogado aT orá (os cinco primeiros livros da Bíblia) alistando 613
mandamentos — 365 do tipo “não faça” e 248 do tipo “faça”. Havia
tam bém diversos rabinos (ou mestres) que debatiam incessante
mente entre si sobre como a pessoa tem ente a Deus deveria inter
pretar e aplicar esses decretos divinos. Cada rabi tinha sua própria
interpretação das coisas, seu próprio “jugo” (forma de entender e
seguir a Torá). O resultado: um estilo de vida confuso, muitas ve
zes contraditório, sempre exaustivo. E n tra em cena o rabi Jesus.
E le oferece um novo “jugo” (cf. M t 11.28-30), um novo e radi
cal estilo de vida, que começa quando alguém “vem a ele” (cf. Jo
6.35,37). Essa era a forma de Jesus dizer que temos paz com Deus
e entram os na vida verdadeira não quando nos esforçamos para
ser bons, mas quando confiamos em Jesus para lidar com nossos
pecados e nos conceder sua justiça.
D evoção
Senhor Jesus, m uito obrigado por me concederes liberdade em ti.
E u te louvo pelo incrível fato de estar justificado perante D eus
pela graça, pela confiança em teu pagam ento por meus pecados.
Tu gravaste tua lei em meu coração e me deste teu Espírito. Aju-
da-m e a ouvir a voz do Espírito e a seguir sua direção.
Pa r a pen sar
Leia o salmo 119 e registre aqui suas impressões.
F il h o s d e D eus
R eflexão
E comum ouvir pessoas fazendo comentários do tipo: “Não im
porta se você é cristão, hindu, m uçulmano ou quem for; a verda
de é que somos todos filhos de D eus”. Q ual é sua opinião a esse
respeito? É verdade, parcialmente verdade ou m entira completa?
S it u a ç ã o
Paulo está escrevendo aos cristãos na Galácia, que, por sua vez, es
tão ouvindo falsos mestres dizerem que a justificação perante Deus
exige não som ente fé em C risto, mas aderência à lei de M oisés.
Ele m ostra que a lei nos foi concedida visando apenas apontar a
Cristo. Ela não pode nos salvar. Som ente pela fé é que podemos
nos tornar verdadeiros filhos de Deus.
O bservação
Leia Gálatas 4.1-11 da N V I ou da RA.
E xplo ração
1. Releia Gálatas 3.26-29 para analisar o contexto da passagem. O
que Paulo diz acerca dos cristãos na Galácia? Ele os considerava
cristãos “de segunda categoria”?
I n s p ir a ç ã o
Deus está construindo uma família. Um a família permanente. Fa
mílias terrenas desfrutam de vida curta. M esm o aqueles que es
caparam do divórcio acabam separados pela m orte. A família de
Deus, no entanto, sobreviverá ao universo. “Por essa razão, ajoelho-
-m e diante do Pai, do qual recebe o nom e toda a família nos céus
e na terra” (E f 3.14-15).
O próprio Jesus definiu sua família de acordo com a fé, e não
segundo a carne. “H avia m uita gente assentada ao seu redor; e
lhe disseram: ‘Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e te procuram’.
‘Q uem é m inha mãe, e quem são meus irmãos? [...] Q uem faz a
vontade de D eus, este é m eu irmão, m inha irm ã e m inha m ãe’”
(M c 3.32-33,35).
A crença com um identifica os m em bros da família de Deus.
A afeição comum os une. Paulo apresenta a seguinte regra de re
lacionam ento para a igreja: “D ediquem -se uns aos outros com
am or fraternal” (R m 12.10). O apóstolo faz o papel de artífice
das palavras aqui, envolvendo o versículo com term os fraternais
gêm eos. Ele com eça com philostorgos (philos significa “am igá
vel”; storgos significa “am or fam iliar”) e conclui com philadelphia
(phileo significa “afeição terna”; adelphia significa “irm andade”).
Um a tradução estranha, porém precisa, do versículo seria: “Tenham
um a devoção de amigo/de família uns para com os outros de um
jeito amigável/familiar”. Se Paulo não nos atinge com o prim ei
ro adjetivo, ele nos acerta com o segundo. Nos dois casos ele nos
lembra: a igreja é a família de Deus.
Você não me escolheu. E u não escolhi você. Você pode não
gostar de mim. Eu posso não gostar de você. M as como Deus nos
escolheu e gosta de ambos, nós somos um a família.
E tratam os uns aos outros como amigos.
T r e c h o d e C u r e f o r t h e c o m m o n l if e [ C u r a p a r a a v id a c o m u m ]
R eação
6. Em que ocasião sua igreja ou seu círculo de amigos cristãos mais
se pareceu com um a família?
9. Você se dirige a Deus como seu “Pai” (cf. 4.6)? Sua m ente e seu
coração têm dificuldades de compreender esse conceito?
10. E m sua jornada pessoal neste m om ento, você tende a viver
como escravo da lei de Deus ou como filho e herdeiro dele?
L iç õ e s d e v id a
Q ue bom pai ama mais um filho que a outro? Nenhum! E, no en
tanto, um pai sábio e atencioso demonstrará sua afeição pelos filhos
de maneiras diferentes. Dependendo de fatores como personalida
de, idade e situação de vida, uma mãe interagirá com seus filhos de
maneiras diferentes. E assim é com Deus. Ele não lida com seus
filhos exatamente da mesma forma. M uitas realidades entram em
jogo. E é por isso que nunca deveriamos nos comparar com os ou
tros nem invejar o relacionamento que outro cristão tem com Deus.
C ada relacionam ento com D eus é único. Ele abençoará você de
certas maneiras; ele abençoará outra pessoa de maneiras diferen
tes. Apesar das discrepâncias, somos todos amados por seu amor
perfeito e incondicional. Cada filho é estimado e é infinitam ente
especial. Cada filho é um herdeiro de bênçãos espirituais sem fim!
D evo ção
Pai, que privilégio ser teu filho por meio da fé em Cristo. A juda-
-m e a lem brar hoje que eu sou membro definitivo da família real
e concede-me a sabedoria e a força para ter um a vida adequada a
m inha herança.
Pa r a p en sa r
E m sua opinião, nossa visão de Deus como nosso “Pai” é influen
ciada pelo tipo de pai terreno que temos ou tivemos?
À IM A G EM DE C R IS T O
R eflexão
“Papagaio velho não aprende a falar”, diz o ditado. “Q uando a
criança atinge a idade de seis anos, sua personalidade já está es
sencialm ente form ada”, declaram os pesquisadores. Q ual é sua
opinião a esse respeito? Você conhece alguma exceção drástica à
noção de que pessoas são incapazes de passar por um a m udança
radical e profunda posteriorm ente na vida?
S it u a ç ã o
Paulo escreve aos cristãos gálatas para reiterar a ideia de que a sal
vação ocorre pela fé na promessa de Deus, e não pela aderência à
lei divina. Enfatiza tam bém o desejo de Deus de que, pela fé, seus
filhos sejam transformados, a fim de se tornarem como Cristo em
seus pensamentos, caráter e ações.
O bservação
Leia Gálatas 4.12-20 da N V I ou da RA.
E xplo ração
1. O que exatam ente Paulo quer dizer quando fala de tornar-se
como outras pessoas (cf. IC o 9.22)? Com o isso é diferente de ser
“falso”?
5. O que significa ter Cristo “form ado” em nós (v. 19, RA)?
I n s p ir a ç ã o
Quando m inha filha Jenna era criança, eu costumava levá-la a um
parque perto de nosso apartamento. Certo dia, enquanto ela brin
cava num a caixa de areia, um vendedor de sorvetes se aproximou.
Com prei uma surpresa para ela e, quando me virei para entregar-
-lhe o sorvete, vi que ela estava com a boca cheia de areia. O nde
eu queria pôr uma guloseima, ela havia colocado terra.
Eu a amei com sua boca suja de areia? C om certeza. E la era
menos m inha filha por estar com a boca suja de areia? Claro que
não. E u permitiria que ela continuasse com areia na boca? D e jeito
nenhum . Eu a amava exatamente como ela era, mas me recusava
a deixá-la daquele jeito. Levei m inha filha até a fonte da água e
lavei sua boca. Por quê? Porque eu a amo.
D eus faz o m esm o conosco. Ele nos leva até a fonte. “Cuspa
a terra, meu querido”, exorta nosso Pai. “Tenho algo m elhor para
você.” Assim, ele nos lim pa de nossa imundície: imoralidade, de
sonestidade, preconceitos, amargura, ganância. Não apreciamos
a limpeza; por vezes preferimos a areia ao sorvete. “Posso comer
terra se eu quiser”, afirmamos, fazendo careta. O que é verdade —
nós podemos. M as, se o fizermos, a perda é nossa. Deus tem um a
oferta melhor. Q uer que sejamos semelhantes a Jesus.
Boas-novas não é isso? Você não está preso à personalidade de
hoje. Não está fadado a viver eternam ente irritado. Você é m utá
vel. M esm o que tenha se preocupado em cada dia de sua existên
cia, não precisa se preocupar o resto da vida. E daí que você nasceu
intolerante? Não precisa m orrer assim.
O nde surgiu a ideia de que somos imutáveis? D e onde vieram
afirmações do tipo “É da m inha natureza ficar preocupado”, ou
“Sem pre serei pessim ista; sou assim e ponto”, ou “T enho gênio
difícil; não posso evitar”? Q uem disse? Acaso diriamos coisas se
m elhantes com relação ao nosso corpo? “É da m inha natureza ter
uma perna quebrada. Não posso fazer nada a respeito.” É claro que
não. Se nosso corpo não funciona bem, buscamos ajuda. Não deve
riamos fazer o mesmo com nosso coração? Não deveriamos buscar
ajuda para nossas atitudes azedas? Não podemos pedir tratam en
to para nosso egoísmo? É claro que sim. Jesus pode mudar nosso
coração. Ele quer que tenham os um coração semelhante ao dele.
T r e c h o d e Sim p l e s m e n t e c o m o J e su s
R eação
6. Jesus quer m udar nosso coração. Q ue ferramentas ele usa para
isso?
10. E m quais áreas específicas de sua vida você sente que D eus
tenta produzir transform ação profunda?
11. N esta semana, como você pode ser um a força prática e posi
tiva para gerar m udança na vida dos que estão à sua volta? C ite
algumas ações práticas específicas.
L iç õ e s d e v id a
O objetivo da vida cristã não é o conhecimento, compreender um
punhado de conceitos teológicos ou m em orizar passagens enor
mes da Bíblia. Seguir a Cristo também não diz respeito à atividade,
inscrever-se para servir sem cessar na igreja ou realizar um a lista
diária de “afazeres” para Deus. O desejo final de Cristo consiste em
que cada um de nós nos tornem os semelhantes a ele. Assim que
nos tornam os filhos de Deus pela fé em Cristo — ao recebermos
um a nova natureza (cf. 2C o 5.17) — ele deseja transform ar por
completo, de dentro para fora, nossa maneira de pensar, falar e agir.
Ele faz isso sobretudo pela verdade de sua Palavra, pelo poder de
seu Espírito e com o encorajamento de seu povo. A vida é o labo
ratório em que ele nos refaz visando o povo que ele concebeu no
início, antes que o pecado mergulhasse o mundo em trevas e ruína.
Tenha ânimo, Cristo está sendo formado em você!
D evoção
Pai, obrigado pela grandiosa promessa de que seremos transfor
mados. O ro pedindo que eu possa cooperar plenam ente com as
advertências e ordenanças do teu Espírito. D á-m e olhos para ver
e vontade para subm eter-m e a teu processo, por vezes doloroso,
de transformação.
Pa r a pen sar
Quais são as três falhas de caráter que você mais gostaria de mudar?
E s c r a v id ã o o u l ib e r d a d e ?
R eflexão
H á m uitas histórias bíblicas incríveis no A n tig o T estam ento
— Noé e a arca, a travessia do m ar Vermelho, Davi versus Golias.
Q ual dessas histórias você considera, hoje, a mais inspiradora es
piritualm ente em sua vida? Por quê?
S it u a ç ã o
Sob a pressão de alguns falsos m estres persuasivos, a igreja na
Galácia estava prestes a adotar um a espiritualidade eclética que
misturava a graça de C risto com a lei do judaísmo. Paulo usou a
história de Sara e H agar do A ntigo Testam ento (c£ G n 16) para
ilustrar a profunda diferença entre viver pela lei e viver pela graça.
O bservação
Leia Gálatas 4.21— 5.1 da N V I ou da RA.
°Regozije-se, ó estéril,
você que nunca teve um filho;
grite de alegria,
você que nunca esteve
em trabalho de parto;
porque mais são osfilhos
da mulher abandonada
do que os daquela
que tem marido
E xplo ração
1. Por quais razões algumas pessoas preferem um a espiritualida
de baseada na lei?
2. Recapitule a história central de Abraão, Sara, Hagar, Isaque e
Ismael (G n 15— 17) e resuma o que aconteceu.
3. Por que Paulo usa essa história para ilustrar o caso de Gálatas?
I n s p ir a ç ã o
Com o você preencheria este espaço em branco?
Uma pessoa é justificada perante Deus por meio d e __________ .
Afirmação simples. No entanto, não se deixe enganar por sua
simplicidade. Sua m aneira de preencher a frase é de total im por
tância; reflete a natureza de sua fé.
U m a pessoa é justificada perante D eus por meio de...
Bondade. U m a pessoa é justificada perante Deus por meio da
bondade. Pagar impostos. D ar sanduíches aos pobres. Não ultra
passar o Hmite de velocidade nem beber sem moderação ou inge
rir álcool. A conduta cristã — eis o segredo.
Sofrimento. Aí está a resposta. É assim que acontece a justifica
ção perante Deus — sofrendo. D orm ir na terra batida. Atravessar
selvas úmidas. Malária. Pobreza. Dias frios. N oites de vigília. Vo
tos de castidade. Cabeça raspada, pés descalços. Q uanto m aior a
dor, m aior a santidade.
N ada disso. A form a de ser justificado perante Deus? A dou
trina. Interpretação imparcial da verdade. Teologia herm ética que
explica cada mistério. O milênio simplificado. A inspiração escla
recida. O papel da m ulher definido de um a vez por todas. D eus
tem de nos salvar — afinal, somos mais inteligentes que ele.
Com o somos justificados perante Deus? Todos os itens acima
são buscados. Todos são ensinados. Todos são demonstrados. M as
nenhum deles procede de Deus.
D e fato, este é o problem a. N enhum deles procede de Deus.
Todos procedem do homem. Pense nisto. Q uem é a principal força
nos exemplos acima? A hum anidade ou Deus? Q uem é o sujeito
do verbo “salvar”, você ou ele?
Se nós somos salvos pelas boas obras, não precisamos de Deus
— bastam lem bretes semanais do que é certo e errado e chega
remos ao céu. Se somos salvos pelo sofrim ento, certam ente não
precisamos de Deus. Basta um chicote, um a corrente e o evange
lho da culpa. Se somos salvos pela doutrina, então, pelo am or de
Deus, vamos estudar! Não precisamos de Deus, precisamos de um
léxico. Analisar as questões. Explorar as opções. Decifrar a verdade.
Mas tome cuidado... Se você estiver salvando a si mesmo, nun
ca terá certeza de nada. N unca saberá se sofreu o suficiente, se la
m entou o suficiente ou se aprendeu o suficiente. Este é o resultado
da religião computadorizada: medo, insegurança, instabilidade.
T r e c h o d e Q u a n d o o s a n j o s s i l e n c ia r a m
R eação
6. Descreva o m om ento em sua vida quando a “lâmpada acendeu”
e você se deu conta de que o evangelho oferece aceitação eterna e
incondicional e liberdade radical.
7. O que o nascim ento milagroso de Isaque sugere sobre a natu
reza da graça?
L iç õ e s d e v id a
C onsiderando a liberdade gloriosa oferecida sob a nova aliança
de Deus, por que alguém preferiría a antiga? É um a boa pergun
ta com um a resposta complexa. Algumas pessoas não apreciam a
graça por ela ser dem asiadam ente irracional e arriscada. O utros
se assustam por que ela é excessivamente vasta e difícil de medir.
A inda outros trem em diante dela por ser “injusta”. Pessoas más
perdoadas? C om pletam ente? Sem fa ze r nada? O oposto da gra
ça é a lei. Regras inflexíveis. Fórmulas concretas. Objetivos claros
e m ensuráveis para a pessoa se orientar. A lei é um sistema que
atende ao orgulho hum ano prom etendo recom pensar quem tra
balha duro e é mais competitivo. M as a verdadeira recompensa?
Escravidão, uma sensação disseminada de obrigação, medo e culpa.
E, nas letras miúdas, a garantia do fracasso final. Não à toa, Pau
lo disse: “Foi para a liberdade que C risto nos libertou. Portanto,
perm aneçam firmes e não se deixem subm eter novam ente a um
jugo de escravidão” (5.1).
D evoção
Pai, hoje, quando eu for atorm entado pelas implacáveis dem an
das e pelos padrões perfeitos da lei, faze-me lem brar que, graças a
Cristo, eu sou livre. Sou um verdadeiro filho espiritual de Abraão
e Sara. D á-m e a sabedoria e a força para lançar fora todos esses
pensam entos legalistas.
Pa r a pen sar
E possível dizer que a liberdade da lei é exclusiva do cristianis
mo? Com o essa liberdade desafia você a viver de modo diferente?
E m a n c ip a ç ã o !
R eflexão
A lguém sabiam ente observou que a vida é um a jornada e um a
batalha. D e fato, as duas metáforas podem ser encontradas na Bí
blia, descritivas do que significa e do que é tentar seguir a Cristo.
Usando a analogia da vida como jornada, descreva um a experiên
cia recente em que você se afastou do caminho. O que provocou
o desvio e como você conseguiu voltar aos trilhos?
S it u a ç ã o
Falsos mestres diziam aos cristãos na Galácia que Deus os acei
taria não apenas por sua fé em Jesus, mas pelo cum prim ento dos
rituais judaicos. Paulo lhes escreve esta firme advertência: Não se
trata de um a equação “x + y”, mas sim de “x ou y”. Você pode ten
tar guardar a lei (mas terá de fazê-lo com perfeição), ou você re
conhece sua necessidade de Cristo como seu substituto e Salvador.
Não há m eio-termo.
O bservação
Leia Gálatas 5.2-15 da N V I ou da RA.
E xplo ração
1. A o que parece, alguns dos cristãos não judeus na G alácia es
tavam se subm etendo ao ritual judaico da circuncisão. Por quê?
2. Q ual é o “objetivo” por trás de rituais como o batismo e a ceia
do Senhor?
3. Por que as idéias que adotamos (ou não) são tão importantes?
5. O que Paulo diz nessa passagem para sugerir que a vida espiritual
não diz respeito a cumprir regras, mas a construir relacionamentos?
I n s p ir a ç ã o
A verdadeira hum ildade não consiste em pensar m odestam en
te a respeito de si m esmo, mas em pensar corretam ente sobre si
mesmo. O coração hum ilde não diz: “Não consigo realizar nada”.
Pelo contrário, diz: “Não posso fazer tudo. Sei qual é m inha parte
e fico feliz de fazê-la”.
Quando Paulo escreve “considerem os outros superiores a si mes
m os” (Fp 2.3), ele usa um verbo que significa “calcular”, “estimar”.
A palavra im plica um julgam ento consciente apoiado em fatos
cuidadosam ente ponderados. C onsiderar os outros superiores a
si mesmo, portanto, não é dizer que você não tem lugar; é dizer
que você sabe qual é seu lugar. “Ninguém tenha de si mesmo um
conceito mais elevado do que deve ter; mas, ao contrário, tenha
um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus
lhe concedeu” (Rm 12.3).
O ra, Jesus não é nosso exemplo? C ontente por ser conhecido
como carpinteiro. Feliz por ser confundido com o jardineiro. Ser
viu seus seguidores lavando-lhes os pés. Serviu a nós fazendo o
mesmo. Cada m anhã ele nos presenteia com beleza. Cada dom in
go ele nos chama à sua mesa. Cada m om ento ele habita em nosso
coração. Acaso ele não fala do dia em que o mestre “se vestirá para
servir, fará que se reclinem à mesa, e virá servi-los” (Lc 12.37)?
Se Jesus se dispõe tanto a nos honrar, será que não podem os
fazer o mesmo para os outros? Priorize as pessoas. Aceite sua par
te no plano. E, acima de tudo, considere os outros superiores a si
mesmo. O amor é assim. Pois o amor “não se vangloria, não se or
gulha” ( IC o 13.4).
T r e c h o d e U m a m o r q u e vale a p e n a
R eação
6. Por que é tão difícil viver de acordo com a instrução “sirvam uns
aos outros m ediante o am or” (v. 13)?
11. Selecione três pessoas com quem você se encontrará nas pró
ximas 48 horas e liste duas maneiras específicas de comprometer-
-se em servi-las com amor.
L iç õ e s d e v id a
Liberdade cristã não significa perm issão para fazer o que vier à
cabeça. Significa ser libertado da prisão do egoísmo e solto da es
cravidão da insegurança e do orgulho. Entendem os que, em C ris
to, D eus de fato nos am a e nos aceita. C om preendem os que ele
vive em nós para nos transformar, atender às nossas necessidades,
alcançar pessoas por nosso intermédio, e somos transformados. Já
não tem os de nos esforçar para cham ar a atenção dele ou obter
sua aprovação ou persistir em sua graça. Nós já desfrutamos des
sas coisas num a m edida infinita! D e repente, somos emancipados
para voltar nosso foco e atenção às necessidades alheias. Nós servi
mos ao perm itir que o amor divino flua através de nós! O segredo
para um a vida de liberdade? Descansar na perfeita graça de Deus
e confiar em seu infinito poder.
D evo ção
Pai, abre meus olhos para a verdade transform adora de que “a fé
atua pelo am or” (v. 6). D á-m e um coração para servir às pessoas
com amor.
Pa r a p en sa r
C ite os principais dons que Deus lhe deu para servir às pessoas.
S e g u in d o o E s p ír it o
R eflexão
H oje em dia é popular falar de “espiritualidade”. M uitas vezes,
porém , a palavra é usada de form a vaga e confusa, sem nenhum a
m enção ao E spírito de D eus. C om o você explicaria o Espírito
Santo a um a criança de dez anos?
S it u a ç ã o
A carta aos gálatas argumenta que só há duas formas de abordar a
Deus. A primeira é centrada no hom em — convocar pessoas para
fazer certas coisas a fim de obter a aprovação divina. Essa forma,
insiste Paulo, é um exercício inútil. A outra maneira é a boa-nova
de que a aceitação de Deus é possível por causa do que Jesus já fez
pelos pecadores. Além disso, os que adotam esse evangelho recebem
o Espírito de Deus para capacitá-los a viver um novo tipo de vida.
O bservação
Leia Gálatas 5.16-26 da N V I ou da RA.
E xplo ração
1 .0 que o versículo 17 quer dizer quando fala de nossa “carne”?
I n s p ir a ç ã o
A maioria dos cristãos acha mais fácil aceitar a cruz do que o E s
pírito de Cristo. A Sexta-feira Santa faz mais sentido que o Pen-
tecostes. Cristo, nosso substituto. Jesus tom ando nosso lugar. O
Salvador pagando por nossos pecados. Conceitos impressionantes,
porém adotáveis. Caem na área da transação e substituição, terri
tório familiar para nós. M as as discussões sobre o Espírito Santo
nos conduzem ao reino do sobrenatural e do invisível. Logo nos
calamos e ficamos cautelosos, com medo do que não podemos ver
ou explicar.
É útil considerar a obra do Espírito do seguinte ângulo: o que
Jesus realizou na G alileia é o que o Espírito realiza em nós. Je
sus habitou entre o povo, ensinando, confortando e convencen
do. O Espírito Santo habita entre nós, ensinando, confortando e
convencendo. A palavra preferida do Novo Testam ento para essa
prom essa é oikeo, que significa “viver” ou “habitar”. Oikeo deriva
do substantivo grego oikos, que significa “casa”. O Espírito Santo
habita no cristão assim como o proprietário habita em sua casa.
Os que confiam na ação de Deus descobrem que o Espírito de
Deus está neles — vivendo e respirando Deus! [...]
Mas, se o próprio Deus está em vocês, dificilmente irão pensar
mais em vocês mesmos que nele. Quem não recebeu esse Deus in
visível, mas plenamente presente, o Espírito de Cristo, não saberá
do que estamos falando. Mas vocês que o receberam e o têm ha
bitando em vocês, mesmo que ainda experimentem as limitações
do pecado, experimentam a vida de acordo com Deus.
Romanos 8.5,9-10, A Mensagem
T r e c h o d e Q u e m t e m sed e venh a
R eação
6. Você acha difícil com preender a ideia bíblica de que, na pes
soa do Espírito de Cristo, o próprio D eus fez residência em sua
vida?
L iç õ e s d e v id a
A vida cristã não é apenas difícil; é impossível. Isto é, impossível
enquanto tentarm os viver para Deus com nossos próprios esfor
ços. Resistir ao apelo do pecado? Superar nossa tendência natu
ral ao orgulho e egoísmo? Servir ao próximo com amor? Encare a
verdade: jamais faremos essas coisas até que nos entreguemos ao
Espírito de Deus. Q ue equívoco trágico — e que m entira dem o
níaca — acreditar que precisamos do Espírito para iniciar a vida
cristã, mas não para continuar a vivê-la! C om o um forte ven
to (Jo 3), como um poderoso rio (Jo 7), o Espírito Santo dese
ja se mover poderosam ente pela alma de cada cristão. Revelando.
Convencendo. Confortando. Aconselhando. Ensinando. Guiando.
Transform ando. Capacitando. Você já o convidou a realizar sua
obra? Está plenam ente entregue a sua liderança?
D evo ção
Espírito de Deus, sê livre em meu coração. Faze a obra que só tu
podes fazer. Renova-me. Enche-m e. M olda-m e. Recria-me. Usa-
-me. Produz o caráter de Jesus em m inha vida.
Pa r a pen sar
Q ue medidas específicas o cristão precisa tom ar ao confrontar os
desejos da velha natureza?
U m a v id a c h e ia d e g ra ça
R eflexão
N u m a cultura que defende as idéias de “viver e deixar viver” e
“cada um cuida de sua vida”, os cristãos tendem a fugir do con
fronto quando alguém se envolve em atividades não tão honrosas.
A Bíblia, contudo, exorta os cristãos a responsabilizarem as pes
soas. Como é sua experiência nessa área? Você já foi abordado por
outro cristão por causa de seu comportamento? O que aconteceu?
S it u a ç ã o
Paulo conclui dizendo que a tentativa de viver conforme a lei ju
daica do A ntigo T estam ento leva pessoas orgulhosas a tecerem
comparações e a competirem entre si. A adoção da graça, por ou
tro lado, resulta na formação de uma família espiritual compassiva.
Seu conselho final aos gálatas? Parem de se preocupar com a vida
alheia e vivam sendo a nova pessoa cheia de graça que vocês são.
O bservação
Leia Gálatas 6.1-18 da N V I ou da RA.
E xplo ração
1. Q ual é a reação correta quando algum irm ão sucumbe à ten
tação?
R eação
6. C rescim ento. M aturidade. M udança de vida. Seja qual for o
nome, como, especificamente, você cresceu nos últimos anos?
7. Paulo diz que devemos levar os fardos pesados uns dos outros
(v. 2), ainda que cada um leve a própria carga (v. 5). Qual é a dife
rença entre os dois casos?
D evo ção
Pai, desejo tanto conhecer tua graça, deleitar-m e nela, ser trans
form ado por ela, partilhá-la com o mundo! A fasta-m e do orgu
lho. Faze-m e que eu jamais me glorie, “a não ser na cruz de nosso
Senhor Jesus C risto” (v. 14).
• Para mais passagens bíblicas sobre viver pela graça, leia Sal
mos 84.11; A tos 13.43; Lucas 2.40; 2C oríntios 8.9; 12.9;
2Tim óteo 2.1; lP edro 5.5.
• Para completar o livro de Gálatas durante este estudo em
doze partes, leia Gálatas 6.1-18.
Pa r a pen sar
O que Paulo pretende dizer quando escreve que, por meio da cruz
de Cristo, “o m undo foi crucificado para m im , e eu para o m un
do” (6.14)?
Os textos da seção “Inspiração” foram traduzidos diretamente dos
originais em inglês de M ax Lucado.
Os livros a seguir foram publicados por W Publishing Group,
um a divisão daThom as Nelson, Inc., Nashville,Tennessee, EUA.
Q uando for o caso, apresentam os entre colchetes as correspon
dentes versões em português.
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