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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

Pós-graduação em Direito Civil e Processo Civil

Resenha do Artigo: Novo CPC ampliou sobremaneira


os poderes do juiz.

Mariana Marques Machado

Trabalho da disciplina:
Cumprimento de Sentença e Processo de Execução.
Tutor: Alexandre de Castro Catharina.

Avaré
2018.
Artigo: Novo CPC ampliou sobremaneira os poderes do
juiz.

TÍTULO:
O NOVO CPC E OS PODERES DO JUIZ.

REFERÊNCIA:

INTRODUÇÃO:

O presente artigo tem o objetivo de verificar e avaliar os contornos legislativos


dos poderes conferidos ao juiz na esfera do Novo Código de Processo Civil, com
embasamento nas exímias inovações trazidas pelo Código sobre o tema.

Solidificam-se, em um só artigo, o art. 139, sem detrimento de sua reiteração em


dispositivos independentes, os poderes/deveres do juiz que antes estavam desalinhados.

Consoante os pressupostos do Novo Código, na direção do processo, o juiz deve


respeitar as regras instituídas pelo Código de Processo Civil e conforme os valores e os
princípios primordiais definidos na Constituição da República Federativa do Brasil (art.
1º do CPC/2015). Trata-se de verdadeira manifestação do devido processo legal (art. 5º,
inciso LIV, da CF).

RESUMO:

O magistrado é o auxiliar da justiça basilar na tarefa de dirigir e deliberar a


demanda e julgamento da ação, o juiz para ser aceitável a condução do processo tem de
ser habilitado como um juiz natural. É o juiz natural que detém a incumbência da
isonomia ao conduzir o processo, desempenhando satisfatoriamente, os poderes e
verificando suas obrigações ao longo de todo o processo jurisdicional.

Com a inauguração do Código de Processo Civil, ficou decretado no artigo 139 e


141 do CPC que o magistrado é o encarregado pela condução do processo e pelo
julgamento da ação.
No que tange ao art. 141, a alteração não possui maior importância, mas houve
maior transparência nesta norma, salientando que as limitações do litígio não são
determinadas apenas pelo autor no ajuizamento da ação, mas, além disso, pela defesa do
réu. Este texto não expõe a omissão, admitindo com clareza serem as partes que
determinam os contornos da ação, pressupondo-se, o requerente, com a petição inicial, e
o requerido, com a contestação.

Entre os poderes/deveres que já eram presumidos no texto ab-rogado e repetem-se


no atual CPC, ainda que com diferente redação, estão os de: a) zelar pela duração
razoável do processo, b) prevenir ou reprimir atos contrários à dignidade da justiça e
aplicar de ofício as sanções por litigância de má-fé, c) valer-se da técnica de tutela
mandamental ou executiva (sub-rogatória), d) buscar a conciliação das partes, e) exercer
o poder de polícia e requisitar força policial quando necessário (acrescentando-se
também menção expressa à possibilidade de acionar a segurança dos fóruns e tribunais),
f) determinar o comparecimento das partes e g) o de determinar o suprimento de
pressupostos processuais e o saneamento de outras nulidades processuais.

O CPC/2015 potencializa os poderes-deveres do magistrado para instrução e


julgamento da ação, concedendo-lhe maior abrangência para harmonização do método
processual aos traços da relação material que o fundamenta.

Nessa diretriz de ideias, a norma determina ao juiz o tratamento igualitário das


partes (inciso I), em respeito às garantias ao contraditório e à ampla defesa. Outrossim,
concede a remoção de atos processuais protelatórios, igualmente a dilação de prazos
processuais que careçam de maior tempo para sua execução, sem falar na possibilidade
do emprego de distintos meios para garantia da efetividade da tutela jurisdicional
(incisos III, VI e IV, concomitantemente).

O que se constata é a materialização das normas constitucionais do processo, que


demandam tratamento igualitário entre as partes na constituição do provimento
jurisdicional, bem como apuração do processo como dispositivo para realização do
direito material. Dilação dos prazos processuais. Se ainda não estiver concluído, poderá
o magistrado prorrogar o prazo processual, caso essa diligência se mostre apropriada às
indigências do fato concreto. A lei se repete no art. 437, § 2º, a qual autoriza o juiz,
através de requisição da parte, prorrogar o prazo para exibição acerca da prova
documental, em respeito à obscuridade da ação e a quantidade de documentos exibidos
pela parte contrária.
Contudo, cabe salientar o inciso X, que pressupõe a iniciativa do magistrado
oficiar legitimados para demandas coletivas, em particular o Ministério Público e a
Defensoria Pública para, pretendendo, tomarem a decisão de ajuizar as “ações cabíveis”
quando existir “diversas demandas individuais repetitivas”. A norma tinha tudo para
debater com a “conversão da ação individual em ação coletiva” prevista no art. 333. A
rejeição presidencial àquele dispositivo, contudo, não prejudicam a importância (e
suficiência) do citado inciso X do art. 139 para os fins de ensejar um maior (e mais
racional) número de “demandas coletivas” que tenham início no primeiro grau de
jurisdição.

Portanto, nas palavras de Alexandre Freitas Câmara: “O Estado Democrático


brasileiro exige um processo civil democrático. Um processo civil que seja construído
para os jurisdicionados, que somos todos nós. Através de um processo cooperativo
(artigo 6º), que se desenvolve com observância de um contraditório prévio (artigo 9º) e
efetivo (artigo 10), com todos os sujeitos nele atuando de boa-fé (artigo 5º), sendo
tratados de forma isonômica (artigo 7º), no qual se observe a primazia do mérito (artigo
4º) e se produzam decisões verdadeiramente fundamentadas (artigo 11), ter-se-á
respeitado o que consta do artigo 1º do novo CPC, e que nada mais é do que a
reafirmação do que está à base do modelo constitucional de processo civil brasileiro: o
devido processo constitucional.”

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