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Plano Diretor duplica área da cidade

destinada à produção de novas


moradias populares
Cerca de 60% das áreas construídas nas ZEIS serão destinadas para
empreendimentos voltados a atender famílias com renda de até três salários mínimos.
Cota de Solidariedade também estimula produção de moradias para pessoas com
baixa renda

O novo Plano Diretor Estratégico (PDE), sancionado nesta quinta-feira (31) pelo prefeito
Fernando Haddad, tem como um de seus principais avanços fortalecer estratégias para a
implementação da política habitacional da cidade voltada para a população de baixa renda.
O plano, que define os rumos do desenvolvimento urbano pelos próximos 16 anos, traz
inovações como a ampliação em 107% das áreas demarcadas como Zonas Especiais de
Interesse Social (ZEIS) voltadas à produção de moradias populares.

Foram incluídas como ZEIS regiões bem localizadas e próximas ao centro da cidade, como
Campos Elíseos, Bela Vista, Santa Efigênia, Pari e Brás. Também foram demarcadas novas
áreas de ZEIS na periferia, em especial para a reurbanização e regularização fundiária de
habitações precárias já existentes, que poderão assim receber melhorias, infraestrutura e ter
sua documentação regularizada.

O novo plano determina que 60% da área construída nas ZEIS dos tipos 1, 2, 3 e 4 sejam
destinadas para empreendimentos de Habitação de Interesse Social (HIS) da chamada faixa
1, voltada estritamente para atender famílias com renda de até três salários. No plano
anterior, cerca de 40% da área construída nas ZEIS eram destinadas a famílias com renda
de até seis salários mínimos e outros 40% para aquelas com renda de até 16 salários
mínimos. Com essas alterações, o plano reserva mais áreas para a produção de moradias
populares e democratiza o acesso à terra urbanizada.

“O Plano tem como um dos eixos centrais a questão habitacional e a produção de moradias
populares. Além de avançar na reserva de terras, que é um bem finito, articula-se ainda
novas formas de financiamento e captação de recursos para a produção de moradias”, disse
o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Mello Franco, durante a
cerimônia de sanção do Plano Diretor.
“Planejamento urbano é fazer o que tem que ser feito. Para a ONU-Hábitat que promove
isso para as cidades é motivo de orgulho ver São Paulo fazendo o que tem que ser feito.
Todos os conceitos globais defendidos pelo ONU Habitat estão presentes nesse Plano
Diretor de SP”, disse o diretor do Escritório Regional para América Latina e Caribe da
ONU-Habitat, Elkin Velásquez durante a cerimônia de sanção do Plano Diretor.

Outra novidade é a criação das ZEIS do tipo 5, que são destinadas para uma produção mais
diversificada, que inclui HIS e também Habitação de Mercado Popular (HMP).

Mais recursos

Além de incentivar a construção de moradias para pessoas de baixa renda pela iniciativa
privada, o PDE estabelece ainda formas de arrecadar recursos para que a administração
municipal produza mais unidades habitacionais. O plano vincula 30% dos recursos do
Fundo de Desenvolvimento Urbano (Fundurb), onde são depositados os recursos
arrecadados com a Outorga Onerosa do Direito de Construir. Os recursos serão voltados
para a produção de Habitações de Interesse Social (HIS), priorizando a compra de terrenos
bem localizados, principalmente, demarcados como ZEIS 3.

O PDE também garante mais recursos para a habitação ao estabelecer que 25% dos recursos
arrecadados pelas Operações Urbanas Consorciadas, por meio da venda de Certificado de
Potencial Adicional de Construção (Cepac) sejam destinados para aquisição de terrenos
que abrigarão moradias sociais.

Durante a cerimônia de sanção do Plano Diretor, o prefeito Fernando Haddad ressaltou a


importância da lei para desenvolver projetos de moradia popular. “Com a ampliação das
áreas de ZEIS e os 30% do Fundurb para a aquisição de terras e subsídio a produção de
moradias, 55 mil novas unidades ficará pouco perto do que São Paulo poderá produzir”,
disse. “Nos não queremos mais só predio na cidade. Queremos o desenvolvimento da
cidade. Nos confundimos desenvolvimento com empreendimentos. Desenvolvimento é a
combinação de investimentos privados e públicos”, afirmou.

Segundo o prefeito, o Plano está alinhado com o que de moderno existe em diretrizes
urbanas no mundo. “Ele já está sendo discutido na esfera internacional e mesmo sem ainda
estar sancionado, já é objeto de artigos pelo mundo”, disse.

Cota de Solidariedade

Outro avanço do novo Plano Diretor é a criação da Cota de Solidariedade que estabelece
mecanismos de contrapartida para grandes empreendimentos. Aqueles com mais de 20 mil
m² de área construída devem destinar o correspondente à 10% de sua área para Habitação
de Interesse Social (HIS). A cota pode ser promovida também em terrenos situados na
Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana, ou pela doação de outros terrenos ou
de recursos a serem repassados para o Fundurb.

Imóveis abandonados

Para garantir a função social da propriedade, o novo PDE avança ainda na regulamentação
de dispositivos para inibir a ociosidade de imóveis localizados em áreas com grande
infraestrutura. O plano prevê a aplicação de instrumentos como o Parcelamento, Edificação
e Utilização Compulsórios (PEUC) e o IPTU Progressivo no Tempo. Ainda nesse sentido,
a medida inova ao instituir a arrecadação de imóveis abandonados, que poderão ser
destinados para programas habitacionais e instalação de equipamentos públicos.

Definições
ZEIS 1: áreas ocupadas precariamente e de forma irregular, predominantemente por
pessoas de baixa renda, que exigem regularização fundiária e qualificação habitacional,
urbanística e ambiental, por meio de melhorias na infraestrutura e construção de
equipamentos urbanos

ZEIS 2: áreas vazias, glebas ou lotes não edificados ou subutilizados, adequados para
urbanização e destinados para a construção de Habitação de Interesse Social (HIS)

ZEIS 3: áreas com imóveis ociosos, encortiçados ou deteriorados, subtilizados ou não


utilizados, localizados em regiões com infraestrutura urbana, boa oferta de empregos e
equipamentos urbanos, destinados à moradia social

ZEIS 4: áreas vazias, glebas ou lotes não edificados ou subutilizados próprias à urbanização
para atendimento de famílias reassentadas em função de intervenções em área de proteção
aos mananciais

ZEIS 5: áreas vazias ou subutilizadas, bem dotadas de infraestrutura onde haja interesse
privado em produzir empreendimentos habitacionais de mercado popular e de interesse
social

HIS Faixa 1: até três salários mínimos


HIS Faixa 2: até seis salários mínimos

HMP: até dez salários mínimos

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