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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Praça Mal Deodoro, 55 CEP 90010908 Porto Alegre RS www.tjrs.jus.br
PARECER CGJGABJC GABINETE DOS JUÍZESCORREGEDORES DA
JUSTIÇA
Senhora CorregedoraGeral
Conforme informação da Direção de Gestão de Pessoas (doc nº 0487294)
os atuais concursos públicos para provimento dos cargos de Oficial de Justiça PJH e Assistente
Social Judiciário PJJ, do Quadro de Pessoal dos Serviços Auxiliares do 1º Grau, tem prazo de
validade expirando em 17.12.2018.
Atualmente, segundo informa o sistema informatizado (BI), existem 1174 cargos
de oficial de justiça já destinados às Comarcas, dos quais 1013 estão providos, e 161 vagos. a sua
vez o quadro de assistentes sociais conta com 13 cargos vagos.
De outro lado, há, ainda, previsão de que seja realizada ao menos uma última
chamada em cada concurso, em razão de sua previsão editalícia, de sorte que este número de vagas
deve ser inferior ao ora informado no momento da abertura do certame.
Em outras palavras, feito o chamamento dos candidatos da última chamada (onde
se aguarda ainda definição da Presidência do TJRS acerca do número de cargos que será possível
prover) restará exaurido o concurso, independentemente de ainda não ter sido encerrado seu
prazo de validade.
Assim, em face da proximidade do exaurimento do concurso, a partir da qual não
haverá possibilidade de nomeação de novos servidores, é necessário que se analise a viabilidade da
abertura de novo concurso.
Por fim, importa consignar que a duração média para a realização de concursos
públicos para o provimento de cargos é de cerca de um (01) ano.
Portanto, certo que durante este período não haverá a possibilidade de nomeação
de novos servidores para os cargos de assistente social e oficial de justiça.
Feitas estas breves considerações, a conclusão que se impõe é que urge a
deflagração do procedimento visando o encaminhamento para realização de novo concurso
para os cargos de Oficial de Justiça e de Assistente Social, considerando ainda trataremse de
cargos de alta relevânia e que certamente a ausência de servidores, em razão de
aposentadorias e exonerações, nestes quadros, comprometerão a adequada prestação
jurisdicional em comarcas do Estado. Desta forma, se impõe a tomada de providências no
sentido de que seja autorizada pelo egrégio Conselho da Magistratura a realização das
providências iniciais necessárias para a formatação e posterior abertura de novo concurso.
Registrese que a efetiva abertura do processo seletivo, com a publicação do
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respectivo edital, somente se dará após o chamamento das remanescentes vagas dos concursos
vigentes. Desta forma, resta assegurado o direito dos aprovados naqueles certames em assumir o
cargo para o qual lograram aprovação, caso tenham classificação suficiente para tanto.
Com relação às premissas que regerão o certame, consideramos que devem ser
adotadas, de regra, aquelas que nortearam os concursos públicos que ora se encerram.
Quanto ao número de vagas, sugerimos que estas devam corresponder ao número
de vagas existentes quando da abertura do edital (hoje correspondendo a 161 cargos de oficial de
justiça e 13 de assistente social), mais as que se vagarem e estiverem aptas para nomeação no
período de validade do concurso.
De outro norte, se justifica a manutenção do limitador do número de vagas abertas
no período de validade do concurso que sejam possíveis de chamada, tendo em vista a recente
alteração na orientação jurisprudencial relativamente à obrigatoriedade de a Administração chamar
todos os candidatos aprovados para suprirem as vagas oferecidas, caso ultrapassadas as vagas
ofertadas no edital. Conforme destacado no acórdão datado de 29 de julho de 2009 do processo
administrativo nº 001009/0005829, sendo Relator o então CorregedorGeral da Justiça, Des. Luiz
Felipe Brasil Santos:
Nesse contexto, atento às limitações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que atrela o
gestor ao teto orçamentário para poder nomear novos servidores, há que se adotar medidas de
cautela que possibilitem, em contrapartida, a administração da necessidade e da possibilidade,
sem, entretanto, atentar contra o limite legal e orçamentário.
Por isso, o número de vagas a ser oferecido não pode ser demasiado grande que inviabilize o
mencionado teto orçamentário, diante da obrigatoriedade subjetiva do chamamento de todos os
candidatos aprovados no concurso que atinjam o número de vagas disponibilizadas. Mas também
não é possível que se estabeleça um número muito tímido de vagas que venha a se tornar inócuo
diante das necessidades da Administração, frente à conhecida dinâmica de rotatividade inerente a
este cargo em específico.
Para enfrentar esta situação paradoxal, há que se adotar em paralelo duas medidas de cunho
estratégico: uma é projetar um número razoável de vagas além das existentes no momento da
publicação do edital de abertura do concurso ...
Quanto ao prazo de validade do concurso sugerese que este seja fixado em dois
anos, tendo em vista o grande número de vagas a serem disponibilizadas, evitandose desta forma,
qualquer comprometimento financeiro do Tribunal de Justiça, caso não haja orçamento para o
chamamento de todos os aprovados dentro dos limites do edital.
Também sugerese que seja mantida a distribuição das vagas em caráter estadual.
Embora a adoção da sistemática da regionalização da distribuição das vagas evitasse “prematuras
exonerações ou a opção por outras carreiras em função do descontentamento com lotação
temporária que viabilize movimentação ao menos horizontal, pois prestigiaria a permanência do
servidor por mais tempo na região de seu interesse, compatibilizando as necessidades da
Administração com as do servidor” (parecer de 03/11/2009 do mencionando processo), a premência
da nomeação de novos servidores não recomenda a alteração do sistema para regionalização em
face, principalmente, da maior demora na elaboração dos editais e das provas, que deverão também
ser regionalizadas.
Tendo em vista o grande número de vagas abertas não se recomenda, neste
momento, a sistemática de recrutamento de caráter regional, em especial pelo fato de que haveria
necessidade de possibilitar prévia movimentação para as vagas existentes, para só depois
disponibilizar as vacâncias no edital do concurso. Nessa hipótese, as inúmeras movimentações, bem
como a necessidade de abertura de sucessivos editais de remoção, em efeito cascata, tomariam um
considerável tempo (no momento imprescindível) para se chegar a um número seguro e razoável de
vagas a serem oferecidas em cada uma das regiões. Diante disso, temos que deve ser mantido o
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sistema de distribuição de vagas pelo critério Estadual, em face de se mostrar mais seguro e mais
célere.
Igualmente consideramos que deve ser mantida a opção do candidato optar,
exclusivamente, pela última chamada. Quando da manifestação em audiência pública o candidato
poderá escolher entre as vagas oferecidas; optar por última chamada; optar por assumir a última
posição na lista de classificação dos aprovados ou desistir do certame. Cumpre deixar claro que na
hipótese de optar pela última chamada ou ir para o final da lista, não haverá garantia de futura
nomeação. Deverá tal escolha ser documentada, quando da oferta das vagas ao candidato, sendo
irretratável a escolha feita na ocasião da audiência pública.
Em face destas considerações, OPINO no sentido de que seja autorizada a
realização das providências iniciais necessárias para a formatação e posterior abertura do próximo
Concurso Público para o cargo de Oficial de Justiça, com prazo de validade de dois anos,
renovável por igual período, em caráter estadual, para preenchimento das vagas existentes na data
da publicação do respectivo edital, hoje 161, mais as que vagarem durante o prazo de validade do
concurso, e estiverem aptas para nomeação, da mesma forma ocorrendo com os Assistentes
Sociais, onde hoje temos 13 vagas.
Sugiro que o edital de abertura do novo concurso somente seja publicado em
momento posterior à chamada dos últimos candidatos dos concursos em vigor.
Sugiro, ainda, caso aprovada a abertura dos concursos, que a comissão
examinadora seja composta pelos JuízesCorregedores Sílvia Muradás Fiori, Maurício Ramires e
André Vorraber Costa, sendo a primeira na condição de presidente, tendo como suplentes os Juízes
Corregedores Gioconda Fianco Pitt e André de Oliveira Pires.
Sugerese, por fim, que uma Assistente Social, vinculada à CorregedoriaGeral da
Justiça, seja nomeada para fazer parte da comissão para avaliar a documentação de ingresso dos
futuros nomeados no cargo de Assistente Social Judiciário.
À consideração de Vossa Excelência.
Rogério Delatorre,
JuizCorregedor.
Documento assinado eletronicamente por Rogério Delatorre, JuizCorregedor, em
16/08/2018, às 16:00, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
https://www.tjrs.jus.br/sei/controlador_externo.php?
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0 informando o código verificador
0507321 e o código CRC B104018B.
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17/08/2018 SEI/TJRS 0507321 Parecer
8.2018.7030/0000010 0507321v9
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