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Procariotos e Eucariotos. Organelas e diferenciação celular.

por Fabio Dias Magalhães

Nosso objetivo aqui é diferenciar a célula eucariota da procariota, comentando as funções de suas organelas
citoplasmáticas.

A célula eucariota é compartimentada


As células apresentam, todas elas, membrana plasmática, limitando o meio interno celular. A diferença das células
eucariotas das procariotas é que as primeiras apresentam, além da membrana plasmática, outras estruturas
membranosas, que levam à separação das células eucariotas em compartimentos, as organelas.

FIGURA 1 Célula eucariota animal (A) é compartimentada por organelas, o que não ocorre na célula procariota (B). O
que isso interfere nos fenômenos de transcrição e tradução? Quais são as funções das organelas mostradas na
figura?

FIGURA 2 :A célula vegetal apresenta cloroplastos e parede celular. Os plasmodesmos permitem a comunicação
entre as células.
Toda (ou quase toda) célula apresenta DNA como material genético. E esse ácido tem duas propriedades: a
duplicação e a transcrição. A duplicação é um pre-requisito para a divisão celular. Já a transcrição é uma etapa
fundamental a tradução, quando aminoácidos se ligam formando proteínas, no ribossomo.

Enquanto o DNA é disperso pelo citoplasma bacteriano, nas células eucariotas ele se encontra em compartimentos:
núcleo, mitocôndria e cloroplasto. O DNA do núcleo é linear, já o das mitocôndrias e cloroplastos é circular,
semelhante ao de bactérias. A presença desse ácido permite a essas organelas se reproduzir. E como em
mitocôndrias e cloroplastos existem ribossomos, essas organelas podem ainda sintetizar as proteinas da respiração e
fotossíntese,respectivamente. A síntese protéica de mitocondrias e cloroplastos pode ser inibida por antibióticos, já
que os ribossomos mitocondriais e cloroplásticos se parecem com os de bactérias.

DNA circular, capacidade de reprodução, ribossomos semelhantes aos de bactérias e sensibilidade a antibióticos
evidenciam a ancestralidade procariota de mitocôndria e cloroplastos.

Figura 3 Teoria endossimbiótica: mitocôndrias e cloroplastos são descendentes de bactérias. Quais são as
evidências dessa teoria?

Por ter uma célula compartimentada, a síntese protéica nos eucariotos ocorrem em duas fases fisicamente
separadas. A transcrição a partir do DNA cromossômico ocorre no núcleo e a tradução no citoplasma. Já em
procariotos a transcrição e tradução podem acontecer simultâneamente, por não existir núcleo (da mesma forma
como ocorre na mitocôndria e cloroplasto).

Fig 4: Nos Procariotos (a), o RNAm ainda sendo transcrito pode se ligar a ribossomos e já iniciar a tradução. Nos
eucaritos (b) isso não é possível por causa da presença do envelope nuclear. Além disso, perceba que nos
eucariotos a transcrição produz um pré- RNAm que deve ser processado para formar o RNAm , que é menor por não
conter trechos chamados de introns. Assim, o splicing , que é o processamento do RNA no qual ocorre retirada de
introns, só ocorre nos eucaritos. O que são polirribossomos?

Os ribossomos são encontrados, nos eucariotos, livres no citoplasma, no retículo endoplasmático, nas mitocondrias
e cloroplastos. Os ribossomos livres sintetizam proteínas que serão utilizadas pelo citoplasma e núcleo, como
enzimas ou constituintes do citoesqueleto. Vários ribossomos podem estar ligados ao mesmo RNAm, permitindo
que a partir da informação de uma molécula de RNAm se produzam várias proteínas, são os polirribossomos. Os
ribossomos do retículo endoplasmático produzem proteínas que serão enviadas para o complexo de Golgi.

Figura 5: Os polirribossomos permitem a síntese de várias proteínas iguais a partir de um mesmo RNA mensageiro.
Observe na figura o sentido de deslocamento dos ribossomos e veja que o ribossomo com a maior proteína é aquele
que está no final do processo da tradução.

O retículo endoplasmático e o complexo de Golgi


O retículo endoplasmático liso (REL), ou seja, aquele que não apresenta ribossomos, é o local do metabolismo de
lipídeos, de carboidratos, toxinas e drogas e são, por isso, abundantes nos hepatócitos. Ele armazena e libera cálcio,
o que justifica sua alta taxa em miócitos, nos quais é chamado de retículo sarcoplasmático.

O retículo endoplasmático rugoso (RER) produz proteínas que são enviadas por vesículas para o complexo de
Golgi. Participa, ainda, da formação dos peroxissomos. Os peroxissomos contém catalase e degradam o peróxido
de hidrogênio.
Figura 6 O retículo endoplasmático funciona como um sistema de encanamento permitindo um fluxo de substâncias
pela célula

Figura 7 O retículo endoplasmático rugoso está intimamente ligado ao núcleo. Assim, o RNAm se difunde do núcleo
diretamente para o RER, permitindo a tradução. Além do mais, é o retículo endoplasmático que recompõe o núcleo
na telófase (final da divisão celular).
Síntese proteica no retículo endoplasmático rugoso

O complexo de Golgi recebe as proteínas do RER e as processa, podendo as glicosilar. Ele empacota essas
proteínas, ou seja, ele as dispõe e as concentra em vesículas que serão despachadas para 3 destinos: secreção,
glicocálice ou permanência no citoplasma como lisossomos, relacionados à digestão intracelular.

Figura 8 O Complexo de Golgi é como o despachante da célula. Ele recebe e envia substâncias.
Complexo de Golgi

Figura 9 O fluxo de material, da esquerda para direita: proteínas são sintetizadas no RER, enviadas para o Golgi,
que modifica essas proteínas. Essas são empacotadas em vesículas, enviadas para o ambiente extracelular
(secreção), ou para constituir a membrana plasmática (glicocálice) ou permanecem na célula (lisossomo).

Figura 10 Formação do glicocálice através da glicosilação de proteínas e empacotamento feitos pelo Golgi. O
glicocálice participa do reconhecimento e adesão intercelulares.

O complexo de Golgi também participa da formação do acrossomo do espermatozoide e da lamela médiana


citocinese vegetal.
Figura 11 Espermiogênese. O Golgi forma o acrossoma, estrutura com enzimas digestivas que possibilitam a
penetração no ovócito.

Figura 12 Nos
vegetais a citocinese é centrifuga, ou seja, ocorre de dentro para fora, com a formação da lamela média, derivada do
complexo de Golgi.

Figura 13 Digestão intracelular. Partículas fagocitadas se mantém em uma vesícula chamada de fagossomo, que se
funde ao lisossomo formando um vacúolo digestivo. Os resíduos são liberados por exocitose.
A diferenciação celular e a distribuição de organelas
No nosso corpo, praticamente todas as células tem o mesmo DNA, entretanto não sintetizam as mesmas proteínas.
Isso ocorre porque existem trechos ativos e outros inativos do DNA, o que acaba por levar a produção de proteínas
diferentes por cada célula, que terão ainda formatos e distribuição diferente de organelas, o que lhes dará funções
diferentes. Esse processo é chamado de diferenciação celular, e ele resulta da expressão diferencial de genes.
A divisão de trabalho de nossas células envolve, então, uma distribuição desigual de organelas e formatos celulares
diferentes. Esses formatos resultam de diferentes arranjos de citoesqueleto. Observe alguns exemplos:

O enterócito, célula do intestino, apresenta microvilosidades, que aumentam a superfície absortiva. A grande
quantidade de mitocôndrias permite a produção de ATP necessário para processos de transporte ativo.
Célula caliciforme, especializada na secrecão de muco, apresenta grande quantidade de vesículas de secreção.

Hemácias: transportam O2 e a ausência de mitocôndrias favorece essa função pois a célula não consome esse gás,
produzindo energia apenas por fermentação. Seu formato bicôncavo permite grande superfície de trocas e a
ausência do núcleo (perdido por autofagia) impede, por falta de DNA, tanto a síntese protéica quanto a divisão
celular. Isso limita a vida da célula a 120 dias.
O hepatócito tem várias funções, o que justifica o grande desenvolvimento tanto do REL ("Smoth endoplasmatic
reticulum"), que metaboliza drogas e toxinas, carboidratos (como glicogênio) e lipideos (como colesterol), quanto
RER ("Rough endoplasmatic reticulum") , que sintetiza proteínas para exportação como albumina e fatores de
coagulação.

O plasmócito apresenta grande quantidade de RER, também chamado de reticulo endoplasmático granular (REG),
responsável pela síntese de anticorpos.

O reticulo sarcoplasmático, o REL dos miócitos, armazena e libera cálcio, fundamental para a contração muscular.
Detalhe da fibra muscular esquelética (ou célula muscular esquelética). Seu citoesqueleto especializado e a alta
porcentagem de mitocôndrias (produção de ATP) e retículo endoplasmático (modulação do cálcio intracelular)
permite sua função contrátil. Nas células musculares, o restículo endoplasmático é chamado de retículo
sarcoplasmático. Veja, abaixo, a miofibrila, contendo os sarcômeros, a unidade contrátil.

Revisão
1.Células procariotas tem DNA cromossômico circular, não apresentam introns e por isso não realizam splicing,não
apresentam organelas membranosas e nem citoesqueleto.
2.Células eucariotas são compartimentadas por estruturas membranosas chamadas organelas. O DNA é encontrado
no núcleo, mitocôndria e cloroplasto, o que lhes permitem se replicar e sintetizar proteinas. Os ribossomos são
encontrados livres no citoplasma, nas mitocôndrias, cloroplasto e retículo endoplasmático.
3. O retículo endoplasmático transporta substâncias. O REL metaboliza toxinas, carboidratos e lipideos, por isso é
abundante em hepatócitos. E armazena cálcio, e por isso é rico nos miócitos. O RER produz proteinas para
exportação, e é bastante encontrado nos plasmócitos.
4. O complexo de Golgi glicosila proteinas e as empacota enviando para três destinos: 1)secreção; 2) formação do
glicocálice; 3)Lisossomos (relacionado à digestão intracelular)

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