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FACULDADE VERDE NORTE

A INCLUSÃO DAS CRIANÇAS COM NECESSIDADES


ESPECIAIS NO SISTEMA DE ENSINO REGULAR:
DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA EDUCADORES

IVANETE LACERDA DA SILVA DIAS

Cândido Sales – BA
Fevereiro/2018
IVANETE LACERDA DA SILVA DIAS

A INCLUSÃO DAS CRIANÇAS COM NECESSIDADE


ESPECIAIS NO SISTEMA DE ENSINO REGULAR:
DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA EDUCADORES

Artigo apresentado ao curso de Especialização


Lato Sensu da Faculdade FAVENORTE, como
requisito parcial à obtenção do Título de Pós
Graduação em Educação especial inclusiva
com ênfase em tecnologia assistiva e
comunicação alternativa.
Orientadora: Profª Dra. Reinilda P. de S. e
Silva.

Cândido Sales – BA
Fevereiro/2018
A verdadeira educação é aquela que
nos possibilita sermos seres humanos,
verdadeiramente humanos.

Claudemir Sales
RESUMO

O presente trabalho tem por finalidade aborda de forma objetiva os aspectos


relacionados á Educação Inclusiva. A inclusão escolar de crianças com
necessidades especiais é, sem dúvida, um dos maiores desafios da sociedade
contemporânea, pois, ela além de inserir a pessoa com deficiência, ela envolve
também a escola, a família e a sociedade. Essa temática tem sido objeto de
pesquisa de vários estudiosos que buscam mostram como o processo de
inclusão pode ser benéfico para toda a sociedade. O objetivo do presente
estudo é analisar e discutir sobre as políticas pedagógicas da educação
especial, bem como verificar como tem ocorrido o processo de inclusão como
garantia de acesso e permanência das pessoas com necessidades
educacionais especiais no sistema regular de ensino. Portanto, pretende-se
perceber e avaliar como tem sido a inserção desses alunos no contexto da
classe comum, mesmo após as inúmeras conquistas e discussões, ainda
existem grandes obstáculos a serem superados, principalmente aqueles que
estão relacionados a antigas concepções, estigma e pelo preconceito em
relação às diferenças e a inclusão. A escola se caracterizou ao longo da sua
história por ser um lugar de interação e convivência entre os indivíduos que ali
frequentam, a educação não pode ser privilégio de um determinado grupo,
dessa forma se faz necessário refletir de maneira critica e reflexiva sobre a
importância de se estabelece um diálogo autêntico, entre a família,
escola/professores. É preciso que a inclusão ocorra verdadeiramente nas
escolas cumprindo assim o que determina a lei, e eliminando os vestígios de
crueldade exercida por uma sociedade que em certo momento de sua história,
perseguiu, mutilou e matou as pessoas pelo simples fato delas possuírem
necessidades educativas especiais.

Palavras-chave: pessoas com deficiência – inclusão – escola regular.


ABSTRACT
The purpose of this study is to objectively address aspects related to Inclusive
Education. The school inclusion of children with special needs is undoubtedly
one of the greatest challenges of contemporary society, since it not only
includes the disabled, it also involves the school, the family and society. This
theme has been the subject of research by several scholars who seek to show
how the process of inclusion can be beneficial to the whole society. The
objective of this study is to analyze and discuss the pedagogical policies of
special education, as well as to verify how the inclusion process has taken
place as a guarantee of access and permanence of people with special
educational needs in the regular education system. Therefore, it is intended to
perceive and evaluate how it has been the insertion of these students in the
context of the common class, even after the numerous conquests and
discussions, there are still great obstacles to overcome, especially those related
to old conceptions, stigma and prejudice in relation to differences and inclusion.
The school has been characterized throughout its history as a place of
interaction and coexistence among the individuals that attend, education can
not be the privilege of a certain group, so it is necessary to reflect in a critical
and reflective way on the importance of an authentic dialogue is established
between the family, school / teachers. Inclusion must take place in schools, thus
fulfilling what the law requires, and eliminating the traces of cruelty exercised by
a society that at one point in its history persecuted, mutilated and killed people
simply because they had special educational needs .

Keywords: people with disabilities - inclusion - regular school.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 7
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................... 10
CONCLUSÃO ................................................................................................ 27
REFERÊNCIAS............................................................................................... 29
INTRODUÇÃO

A educação no Brasil está vivenciando nos últimos anos um período de


profundas mudanças em todos os seus âmbitos. Dessa forma o presente
trabalho apresenta uma discussão sobre a inclusão das crianças com
necessidades especiais no sistema regular de ensino no Brasil. O propósito
principal e romper com paradigma e preconceito que tanto tem dificultado o
processo de inclusão escolar. O ser humano é por natureza um ser sociável
que necessita interagir entre se, dessa forma a expectativa de todo ser humano
é de se apropriar de conhecimento e ao mesmo tempo estabelecer uma
relação afetiva. No entanto, quando existe a impossibilidade de acesso da
criança com necessidades especial ao conhecimento, percebemos o quanto
essa criança terá dificuldades em se relacionar com outros indivíduos no futuro.
A escola precisa assumir uma postura social, revendo concepções e
mudando os paradigmas no intuito de analisar os problemas de forma a
encontrar soluções que seja capaz de associar o Ensino Regular e a Educação
Especial, de forma a consolidar a teoria Vygotskyana onde o meio ao qual o
individuo convive é tido como o maior contribuidor na aquisição do
conhecimento.
Segundo Baptista (2006, p.12), “É necessário que os técnicos,
professores e a própria sociedade se destitua do lugar de saber absoluto e
dividam esse com as pessoas com deficiência e isso muitas pessoas não
aceitam”. Portanto, a inclusão de crianças com necessidades especiais em
nada atrapalha a aprendizagem das outras crianças pelo contrário, a criança
que aprender a conviver com as diferenças aprenderá muito e descobrirá que
participar das atividades sociais é partilhar informações e experiências que
serão benéficas ao seu desenvolvimento;
No Brasil, nos deparamos com uma política pedagógica que se
apresenta teoricamente estruturada e inclusiva, no entanto na prática isso nem
sempre acontece da forma como deveria acontecer, a história nos mostra que
o Brasil assim como vários outros países sempre desrespeitaram as pessoas
deficientes. Porém mesmo não se comportando da forma como deveria ainda
assim, temos um sistema de ensino que está passando por inúmeras
mudanças que sem dúvidas poderão alterar de maneira positiva a história

7
educacional aproximando das crianças ditas “normais” das portadores de
necessidades especiais.
Nesse sentido, Observa-se, em relação à Educação Especial no Brasil,
que, do fim do século XVIII até o século XXI, os avanços ocorreram
visivelmente e que continuam acontecendo, seja no modo de pensar da
sociedade ou em sala de aula, e isso só é possível graças ao poder das
pessoas e principalmente dos pais de crianças especiais que lutam diariamente
para que seus filhos tenham o seu direito garantido, precisamos nós
conscientizarmos que o fato da criança apresentar algum tipo de necessidade
especial não a torna inferior a nem uma outra criança. No entanto, se
quisermos que a aprendizagem e a inclusão aconteçam dentro das nossas
escolas, é preciso antes de tudo, refletir, debater e reformular, se necessário,
de modo consciente, a prática educativa, possibilitando assim que o professor
esteja de fato preparado para atender a estas crianças, criando experiências a
fim de colaborar significativamente para o desenvolvimento e a aprendizagem
dos portadores de necessidades especiais, permitindo amplamente a
comunicação e sua inserção ativa na sociedade.
Para uma melhor compreensão, dessa importante temática buscando
aproximar os estudos de diferentes autores e diferentes concepções sobre o
tema, comparando e analisando seus estudos a propósito da inclusão das
crianças com necessidades especiais no sistema regular das escolas
brasileiras.
Para alcançar os objetivos a que se propôs este trabalho, utilizou-se
uma pesquisa de cunho qualitativo e descritivo e como instrumento de coleta
dos dados uma entrevista semiestruturada. Dessa forma buscamos traçar uma
aproximação do corpo teórico da temática. Tendo com base a este
questionamento foi realizada uma pesquisa de campo na Escola Municipal
Zilda Dias Evangelista localizada em Cândido Sales-BA.
Foi convida a participar da pesquisa 01 (uma) educadora que exercem
a docência na modalidade de educação infantil e que possui uma criança
diagnosticada com Paralisia cerebral (PC) moderada. Também foi entrevistada
a coordenadora pedagógica dessa escola, na oportunidade foi aplicou um
roteiro de entrevista contendo perguntas abertas e tendo como principal
objetivo: Investigar estratégias utilizadas pelo corpo docente para viabilizar no

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processo da prática educativa como forma de auxiliar professores e alunos a
lidarem com as crianças com necessidades especiais.
O presente trabalho tem como principais objetivos, discutir criticamente
sobre como tem ocorrido o processo de inclusão das crianças com
necessidades especiais na rede regular de ensino nas escolas brasileiras,
buscando também entender as dimensões legais, política e pedagógica da
educação especial, focalizando o processo de inclusão como garantia de
acesso e permanência das pessoas com necessidades educacionais especiais
no sistema regular de ensino. E dessa forma perceber como ocorreu o longo
caminho percorrido pela educação especial ao longo da história e quais as
dificuldades para a implantação de uma educação inclusiva que promova entre
outras coisas a formação de professores especializados,
Como professores precisamos estar atentos as nossas práticas
pedagógicas e analisar de forma crítica sobre como estamos agindo na nossa
práxis, pois se de fato queremos uma escola inclusa precisamos avançar no
diálogo, entendemos que a inclusão escolar só será alcançada quando todas
as pessoas, indiscriminadamente, tiverem acesso a informação, ao
conhecimento e aos meios necessários para a formação de sua plena
cidadania. Dessa forma é preciso que haja o aperfeiçoamento dos docentes,
pois de nada adianta incluir a criança na rede regular e deixar de prepara o
professor, quando o professor estiver devidamente capacitado, ele contribuirá
para o desenvolvimento e as competências necessárias de aprendizagem, será
preciso então, respeitar as particularidades do aluno, mostrando a ele o quanto
é importante e estimado.

9
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A INCLUSÃO DAS CRIANÇAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS


NO SISTEMA DE ENSINO REGULAR: DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA
EDUCADORES

1. Breve histórico sobre a educação especial


A história nos mostra que nas últimas décadas ocorreram forte
evidencias da evolução das práticas e os conceitos relacionados ao
atendimento da pessoa com necessidades educativas especiais. Porém, esta
ainda apresenta uma enorme carência de políticas públicas voltadas a inclusão
de indivíduos na sociedade a qual está inserida.
Nas antigas civilizações existia uma total falta de conhecimento, as
pessoas com deficientes eram geralmente abandonadas a própria sorte,
perseguidos e mortos, pois, suas condições não estavam em conformidade
com os padrões estabelecidos pela sociedade da época. Tais práticas eram
consideradas legítimas, não havendo punições para os autores.
Pessoti (1984, p.59) afirma que “embora este momento histórico não
traga na literatura muitas referências quanto aos portadores de deficiência, é
sabido que em Esparta crianças portadoras de deficiências físicas ou mentais
eram consideradas subumanas, o que legitimava sua eliminação ou
abandono”. Ficando assim evidenciada a inexistência de um processo de
interação com tais indivíduos.
Durante a Idade Média houve um avanço na maneira de pensar e agir
por parte da sociedade, os deficientes passaram a escapar do abandono,
perseguição e da exposição, passando então a serem aceitos em conventos ou
igrejas, essas instituições, buscavam esconder no interior de asilos aqueles
que eram considerados inconvenientemente incômodo ou inútil. Tais atitudes
revelam a total falta de conhecimento do assunto, e mostra o lado obscuro da
humanidade.
A Idade Média foi uma fase de institucionalização, em que os
indivíduos que apresentavam deficiência eram segregados e protegidos em
instituições residenciais. E nessas instituições o tratamento variava segundo as

10
concepções de caridade ou castigo predominantes na comunidade em que o
deficiente estava inserido. Mendes (1995).
Com o surgimento do Renascimento, período que sucedeu Idade
Média. Houve mudanças significativas na cultura e nos valores da sociedade, a
fase de ignorância e rejeição do indivíduo começou a ser questionada, os
deficientes mesmo que de forma muita tímida ganharam voz, daí em diante
passaram a falar em direitos e deveres dos deficientes.
Com o objetivo de ampliar os direitos das pessoas com necessidades
especiais foi criado um documento elaborado na Conferência Mundial sobre
Educação Especial, em Salamanca, na Espanha, em 1994, com o objetivo de
fornecer diretrizes básicas para a formulação e reforma de políticas e sistemas
educacionais de acordo com o movimento de inclusão social.
A Declaração de Salamanca é considerada um dos principais
documentos mundiais que visam a inclusão social, ao lado da Convenção de
Direitos da Criança (1988) e da Declaração sobre Educação para Todos de
1990. Ela é o resultado de uma tendência mundial que consolidou a educação
inclusiva, e cuja origem tem sido atribuída aos movimentos de direitos
humanos e de desinstitucionalização manicomial que surgiram a partir das
décadas de 60 e 70.
No Brasil a criação do Instituto dos Meninos Cegos e do Instituto dos
Surdos-mudos, na cidade do Rio de Janeiro, na década de 50, foi um grande
marco para Educação Especial no país. Mas foi no período Imperial que
iniciou-se o tratamento de doentes mentais em Hospitais psiquiátricos. O
objetivo desses institutos eram tirar e ao mesmo tempo isolar surdos e cegos
do convívio social, mesmo estes não necessitando de tal isolamento. Desde
então a Educação Especial passou a se expandir em todo o território nacional,
mesmo que de forma lenta. É importante salientar que tanto a educação
especial quanto a educação brasileira ocorreram de maneira extremamente
vagarosa.
Enquanto que, na década de 1970, observa-se nos
países amplas discussões e questionamentos sobre
a integração dos deficientes mentais na sociedade,
no Brasil acontece neste momento a
institucionalização da Educação Especial em
termos de planejamento de políticas públicas com a
criação do Centro Nacional de Educação Especial
11
(CENESP), em 1973. A finalidade do CENESP era
“promover, em todo território Nacional, a expansão
e melhoria do atendimento aos excepcionais”
(MAZZOTTA,1996, p.55).

O conceito de necessidades educacionais especiais tem sido


constantemente questionado nos últimos anos, isso ocorreu devido a falta de
parâmetros, pois o termo tem sido usado de maneira ampla e vaga, não se
restringindo apenas as pessoas com deficiência, mas às minorias excluídas
socialmente, e ainda, a todos àqueles que necessitem de qualquer apoio para
realizar suas atividades regularmente. Hoje, encontramos diversos estudos que
apontam tanto para a educação especial como também para os portadores de
necessidades especiais e que necessidades são essas. Entretanto, Kassar
(1995, p.15) alerta que:

A educação especial tem sido vista como


qualitativamente diferente da educação. Podemos
mesmo dizer que parecem existir dois tipos de
educação: a educação e a educação especial. Essa
distinção parece tão óbvia que podemos percebê-la
simplesmente observando alguns aspectos, como
por exemplo, a existência de cursos específicos
para a formação de professores, ou curso em nível
de pós graduação que tratam especificamente da
questão educação especial.

É de fundamental importância que a sociedade abrace a causa da


inclusão em todos os âmbitos, pois o processo de inclusão é de suma
importância para o desenvolvimento e preservação dos direitos de todas as
pessoas, bem como para o fortalecimento Estado democrático.
É compreendido como inclusão o direito de todos, ao alcance
continuado ao lugar comum da vida em comunidade, comunidade essa que
deve estar orientada por ações de acolhimento à diversidade humana, de
aceitação das diferenças individuais, de esforço coletivo na equiparação de
oportunidades de desenvolvimento, com qualidade, em todas as dimensões da
vida (Diretrizes Nacionais de Educação Especial para Educação Básica
(BRASIL, 2001, p. 13).
O termo inclusão surgiu a partir da década de 70 com o intuito de
substituir as expressões pessoas deficientes, por pessoas com necessidades

12
educacionais especiais, estas mudanças provocaram grande repercussão em
toda comunidade internacional.
Segundo Marchesi (1995, p. 13) “Ao passo que a concepção baseada
na deficiência considerava mais normal à escolarização destes alunos em
centros específicos de educação especial, a concepção baseada nas
necessidades educacionais especiais vê a integração como a opção normal,
sendo extraordinárias as decisões mais segregadas”. Observa-se que a
agregação de alunos com deficiência na rede regular de ensino no Brasil, teve
seu inicio de forma muito tímida antes dos anos 60 e foi ganhando seu espaço
nas décadas seguintes. Já na década de 80, as escolas brasileiras, tiveram
uma reconstrução da Sociedade Democrática marcada por grandes
movimentos populares que clamavam por melhores condições de vida e
buscavam garantir sua participação nas decisões políticas do país. As políticas
educacionais voltadas para a inclusão representaram uma grande conquista
para a sociedade brasileira, pois permitiu que após anos de exclusão, os
alunos começassem a serem aceitos na rede regular de ensino. Além de
garantirem os direitos desse alunado, também impulsionaram o movimento,
persuadindo os sistemas de ensino a se adequarem às novas orientações
legais.
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo 208, estabelece a
integração escolar como preceito constitucional, preconizando o atendimento
aos indivíduos que apresentam deficiência, preferencialmente na rede regular
de ensino. Dessa forma, ficou então assegurado pela Constituição Brasileira de
1988 o direito de ingresso e permanência de todos à educação, priorizando
assim, o atendimento educacional de pessoas que apresentam necessidades
educacionais especiais Code (1986).
No entanto, o processo de integração não ocorreu da forma como se
esperava, isso ocorreu, principalmente porque as escolas, apresentavam falhas
nas suas estruturas física e metodológica e também na falta de esclarecimento
de pais que se opuseram a permitir que seus filhos estudassem com crianças
que apresentassem alguma limitações, alegando que seus filhos seriam os
maiores prejudicados. Mesmo que os objetivos da educação para todos não
tenham sido alcançados totalmente no Brasil, em alguns países se quer saiu do
papel. Desde então a inclusão das minorias tornou-se assunto relevante que

13
veem ocasionado discussões no cenário internacionalmente, nas diferentes
esferas sociais e educacionais.
Portanto, tem se tornado cada vez mais urgente a necessidade de
aprender a conviver com a diversidade, buscando os meios necessários para
que ocorra de fato a inclusão, e entendermos que tão importante quanto
proporcionar oportunidade é garantir a eficiência da mesma. Ou seja, de nada
adiante o ingresso escolar da criança com necessidades especiais se não for
permitindo os meios para o seu desenvolvimento ocorra. Fernandes (2007).
Neste contexto, nasce a necessidade de materializar a tendência mais atual da
integração da pessoa deficiente, permitindo que ela tenha as mesmas
condições de aprendizagem como qualquer outra pessoa e que tenha seu
desenvolvimento sociocultural favorecido, independentemente das condições,
limitações ou dificuldades que o ser humano manifeste. O direito à igualdade e
oportunidade educacional foi fruto de uma luta histórica, traçada por vários
personagens que estavam descontentes com a situação, essa luta resultou na
obrigatoriedade do Estado em garantir o ingresso e permanência do ensino
para todas as crianças quer sejam ou não deficientes. Por tanto se faz
necessário que todas as ações que apontem para a inclusão da pessoa com
necessidades especiais no ensino regular, sejam pensadas e estruturadas,
para que os direitos dessas crianças não lhe sejam tirados.

A prática de segregar as pessoas com deficiências


foi constituída historicamente a partir das
necessidades de sobrevivência de um meio hostil,
mais efetivou-se, de fato entre as comunidades que
adotaram uma estrutura de classes, privilegiando
alguns de seus membros considerados mais
eficientes no acumulo de bens materiais.
(FERNANDES, 2007, p.37).

A educação inclusiva tem como principal função a quebra de


paradigma e ao mesmo tempo a construção de uma sociedade mais justa e
igualitária, onde as diferenças individuais sejam respeitas e valorizadas, pois
cada pessoa é um ser único dotados de capacidade. A integração é um
processo dinâmico de participação das pessoas num contexto relacional,
legitimando sua interação nos grupos sociais. A integração implica em
reciprocidade. E sob enfoque escolar processo gradual e dinâmico que pode
14
tomar distintas formas de acordo com as necessidades e habilidades dos
alunos. Sob o enfoque psicossocial, a integração representa, portanto, uma via
de mão dupla, envolvendo os portadores de deficiência e a comunidade das
pessoas consideradas normais.

1.1 A FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA UMA EDUCAÇÃO


INCLUSIVA.
A formação de profissionais que atuam na educação, deve sempre
ocorrer de forma simultânea, acompanhado as mudanças ocorridas na
sociedade, pois se faz necessário o aprimoramento desses profissionais,
dando lhe os mecanismos necessários para que este desenvolva seu trabalho
pautado na melhoria do ensino e na igualdade de todos os indivíduos
No que se refere a formação dos professores na área de educação
especial o texto da LDB nº 9.394/96 estabelece que:
Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades
especiais:
III- Professores com especialização adequada em nível médio ou
superior, para atendimento especializado bem como professores do ensino
regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns.
(art.59)
A partir do estante em que o referido artigo citado acima for
concretizado na integra, teremos então de maneira definitiva a inclusão dessas
crianças na educação regular e consequentemente ocorrerão grandes
aberturas para a integração social dos deficientes em geral. Dessa forma
percebemos a importância que possui a escola nesse processo, pois é através
dela que dará desmarginalizacão em outros ambientes inclusive da própria
família.
A educação especial surgiu através de um longo processo, que
proporcionou mudanças fundamentais na forma de pensar e agir da sociedade,
ou seja, de suas concepções do progresso das políticas públicas e dos
movimentos sociais que pressionam o Estado na consolidação de seus direitos
como sujeitos sociais (ANACHE, 2011, p.53).

15
Ao Consideramos a formação inicial do professor para atuar na
educação, percebemos o quanto é importante que os cursos de ensino
superior oferte conteúdos que sejam referentes à conceituação de todos os
tipos de deficiências, e apresente metodologias que possa auxiliar o docente
na sua prática pedagógica pra melhor atender a esses educandos. É de suma
importância que os professores tenham capacidade e sensibilidade para lidar
com situações adversas que eventualmente venha surgir no interior da sala de
aula.

Na perspectiva da educação inclusiva, a Resolução


CNE/CP nº 1/2002, que estabelece as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a formação de
Professores da Educação Básica, define que as
instituições de ensino superior devem prever, em
sua organização curricular, formação docente
voltada para a atenção à diversidade e que
contemple conhecimentos sobre as
especificidades dos alunos com necessidades
educacionais especiais. (BRASIL, 2005a, p.27).

A inclusão de alunos deficientes em classes regulares de ensino deve


ocorrer paralelamente com capacitação de professores que se propõe a esse
trabalho. E de suma importância que o professor tenha a capacitação mínima
do magistério e que essa capacitação se der em maior extensão durante o
curso de pedagogia, para que estas classes ofereçam uma vivencia que
reforce o caráter democrático da escola e da sociedade que o abriga. O
docente deve estar apto a desenvolver sua prática de trabalho voltada a
criação de oportunidades educacionais entre normais e deficientes, sem
prejuízo para ambos. (MANTOAN, 1997, p.148). No entanto, fica evidente que
no cenário atual da educação brasileira ainda há poucas oportunidades de
capacitação. O acesso a capacitação de professores e demais profissionais
que atuam na educação precisa urgentemente serem vistam com prioridades,
uma vez que ela não servem apenas para despertar os sentimentos dos
professores em relação à educação inclusiva, mas sim norteando os
educadores para que estes possam refletir de forma crítica sobre as propostas
de mudanças que tanto se faz necessário para a sociedade.

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Na perspectiva da educação inclusiva, a Resolução
CNE/CP nº 1/2002, que estabelece as Diretrizes
Curriculares Nacionais para a formação de
Professores da Educação Básica, define que as
instituições de ensino superior devem prever, em
sua organização curricular, formação docente
voltada para a atenção à diversidade e que
contemple conhecimentos sobre as
especificidades dos alunos com necessidades
educacionais especiais. (BRASIL, 2005a, p.27).

A inclusão de alunos deficientes em classes regulares de ensino deve


ocorrer paralelamente com capacitação de professores que se propõe a esse
trabalho. E de suma importância que o professor tenha a capacitação mínima
do magistério e que essa capacitação se der em maior extensão durante o
curso de pedagogia, para que estas classes ofereçam uma vivencia que
reforce o caráter democrático da escola e da sociedade que o abriga. O
docente deve estar apto a desenvolver sua prática de trabalho voltada a
criação de oportunidades educacionais entre normais e deficientes, sem
prejuízo para ambos. (MANTOAN, 1997, p .148). No entanto, fica evidente que
no cenário atual da educação brasileira ainda há poucas oportunidades de
capacitação. O acesso a capacitação de professores e demais profissionais
que atuam na educação precisa urgentemente serem vistam com prioridades,
uma vez que ela não servem apenas para despertar os sentimentos dos
professores em relação à educação inclusiva, mas sim norteando os
educadores para que estes possam refletir de forma crítica sobre as propostas
de mudanças que tanto se faz necessário para a sociedade.
A inclusão de alunos deficientes em classes regulares de ensino deve
ocorrer paralelamente com capacitação de professores que se propõe a esse
trabalho. E de suma importância que o professor tenha a capacitação mínima
do magistério e que essa capacitação se der em maior extensão durante o
curso de pedagogia, para que estas classes ofereçam uma vivencia que
reforce o caráter democrático da escola e da sociedade que o abriga. O
docente deve estar apto a desenvolver sua prática de trabalho voltada a
criação de oportunidades educacionais entre normais e deficientes, sem
prejuízo para ambos. (MANTOAN, 1997, p.148). No entanto, fica evidente que
no cenário atual da educação brasileira ainda há poucas oportunidades de

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capacitação. O acesso a capacitação de professores e demais profissionais
que atuam na educação precisa urgentemente serem vistam com prioridades,
uma vez que ela não servem apenas para despertar os sentimentos dos
professores em relação à educação inclusiva, mas sim norteando os
educadores para que estes possam refletir de forma crítica sobre as propostas
de mudanças que tanto se faz necessário para a sociedade.
Um dos fatores que cominam para Essa falta de capacitação, está na
carência de planejamento e investimentos públicos. De acordo com a autora, é
necessário mais investimentos nos processos de formação para reconstruir as
práticas educacionais, reorientando, assim, os processos exercidos na
Formação de Professores.
Segundo Mantoan (1997,p.27), “O grande desfio para o professor em
termo de sua e atuação segundo um currículo construtivista de educação para
o deficiente esta em fazê-lo encarar o aluno como uma pessoa que age decide
e pensa com seus próprios meios” Por tanto uma vez superada a barreira
inicial e estando o professor convicto do seu papel como mediador, entendendo
que sua função não se resume apenas em ensinar, mas também em
proporcionar certas situações que favoreça o educando, permitindo que esse
se sinta igualmente acolhido.
É de responsabilidade principalmente das instituições de superior, nos
termos do art. 62 da LDB, proporcionar aos professores da educação básica o
acesso a pesquisa, ensino e extensão e a relação entre teoria e prática podem
garantir o grau de qualidade social, política e pedagógica. É importante frisar,
que Para se formar educadores que supram as novas exigências educacionais
e rompem com paradigma, faz-se necessário antes de tudo mudanças
urgentes em toda estrutura curricular dos cursos de nível superior, oferecidos
nas instituições educacionais. No entanto tem se tornado cada vez mais difícil
formar professores que saiba lidar com o desafiadora educação especial
inclusiva, pois infelizmente muitos professores se quer tiveram acesso ao
ensino superior, uma vez muitos municípios ainda encontram dificuldades
diversas em permitir que esses educadores ingressem no ensino superior.
Segundo Dermeval Saviani (1995, p. 45) “Ao adquirir competência o
professor ganha também condições de perceber, dentro da escola, os
obstáculos que se opõem à sua ação competência” O professor que tenha em

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sua sala de aula uma criança que apresente alguma deficiência não pode se
ater planejamentos padrões. Muito Pelo contrário, as especificidades exige que
este educador se preocupe em criar mecanismo necessário para atender ao
aluno especial, dessa forma este aluno se sentirá valorizado e compreendido.
É importante ressaltar que o atual modelo de educação brasileira está
longe de ser a ideal, pois ainda é possível perceber traços de exclusão em todo
o sistema de ensino. Portanto, é preciso que haja um engajamento maior da
sociedade, no intuito de desenvolver ações bem como adaptações curriculares
e formação continuada dos professores, sem essas se torna extremamente
difícil concretizar a educação inclusiva.
A escola possui o dever e o compromisso social de educar a todos os
alunos sem exceção, dessa forma os alunos com deficiência estão
assegurados. Porém o despreparo de educadores têm tirado o direito
constitucional de alunos com necessidades especiais, é preciso rever aspectos
relevantes naquilo que diz respeito à formação dos professores, especialmente
aqueles das classes comuns, pois são esses que necessitam de capacitação e
apoio que lhe prepare para recepcionar o aluno com deficiência, todavia
sabemos o quanto e difícil para o educador que não foi preparado para atuar
com criança com necessidades especiais, e de repente se deparar com essa
situação, até então, aquilo que era totalmente desconhecido. Passa a fazer
parte do cotidiano do professor. Por isso, faz-se necessário que os professores
sejam preparados para receber o “novo aluno”, para que a inclusão ocorra e
preciso que o aluno não seja apenas um ser passivo que esteja ali só
fisicamente, mas que lhe seja permitida uma aprendizagem significativa.

Daí a importância de se contar com professores


que tenham sua prática pedagógica alicerçada nos
princípios da pedagogia voltada para a criança e
não para a deficiência, fundamentada na visão pró-
ativa do sujeito, da diferença, como um direito
humano, dos benefícios que um ambiente inclusivo
pode trazer para todos os alunos, garantindo o
acesso e a permanência com qualidade, e uma
aprendizagem com muito sucesso. (FREITAS;
CASTRO, 2007).

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É importante frisar que cabe ao professor desenvolver o interesse,
competência, dedicação e versatilidade no decorrer da de sua pratica
pedagógica. Espera-se que o professor entenda a importância que ele
apresenta diante da integração do aluno portador de deficiência, mostrando
para esse aluno que ele pode sim evoluir, superar desafios e aumentar sua
capacidade atual de ultrapassá-los, para que isso ocorra é preciso que o
professor esteja preparado, buscando sempre se aperfeiçoar, pois a cada dia
o mudo se torna cada vez mais moderno. É imprescindível que o professor
estude, atualize-se e procure adaptar os novos desafios e ele impostos, amplie
os conhecimentos adquiridos, partindo de hipóteses levantadas em seu próprio
espaço educacional.
O professor precisa ser antes de tudo um profissional que não se
contenta em reproduzir métodos e técnicas, aplicando-os a sua classe
diretamente, porque deu certo em outro lugar. Por trás de sua pratica há de
existir sempre uma questão que se reelabora à medida que vai sendo
respondida, constituindo-se de uma cadeia experimental. Mantoan (1997)
Para tanto é de suma importância que se possa construir uma
socialização entre pais, crianças especiais e a comunidade escolar, pois a
acompanhamento dos pais na vida escolar, facilitará a integração e melhorará
o desenvolvimento desses educandos, assim todos saem ganhando. Além do
mais, é muito importante que haja por parte de todos os envolvidos o
compartilhamento de preocupações e expectativas, tomando assim as
iniciativas conjuntas no intuito de favorecer a adaptação e permanência da
criança na escola.
Dessa forma o diálogo entre professores e pais será fundamental, pois
o envolvimento desses favorecerá todo o processo e fará com que os pais se
sintam parte do processo ensino aprendizagem.
Para Mazzotta (1996, P.38) “A educação dos alunos com necessidades
educativas especiais tem os mesmos objetivos da educação de qualquer
cidadão, algumas modificações são às vezes requeridas nas organizações e no
funcionamento da educação escolar para que tais alunos usufruam dos
recursos escolares de que necessitam para o alcance dos seus objetivos”. É
preciso antes de tudo que pense primeiramente na formação do educador, não
visando apenas a sua futura atuação no processo de inclusão, porque não se

20
pode formar indivíduos para a diversidade, mas é possível permitir ao
professor que ele possa dar a essas crianças as bases necessárias para que
de fato elas possam estabelecer um convívio harmônico com as outras
crianças, agindo longe do campo da discriminação e livre do preconceito,
aprendendo a aceitar as pessoas como elas são.

1.2 INCLUSÃO/SISTEMA EDUCACIONAL

É de suma importância compreendermos que a educação inclusiva não


se resume apenas decretos ou diretrizes. Ela extrapola o mero campo de
documentos regimentais, é na escola que ela acontece, construída no dia a dia
no convívio entre os indivíduos que ali estão. Portanto, é preciso que haja a
articulação entre o que está previsto na lei e o que ocorre na prática. Por se
tratar de uma construção que envolve o coletivo se faz necessário uma
mobilização aberta com diálogo e ação de toda a comunidade escolar.
Realizar a inclusão na rede regular de ensino, tem se constituído em
um verdadeiro desafio que envolve mudanças na maneira de pensar da
sociedade. Na verdade não é uma tarefa fácil mudar concepções já
solidificadas enraizadas no âmbito de uma sociedade, a dificuldade aumenta a
medida que deixa de existir o esclarecimento de pontos controversos e abre
espaço para indagações. É evidente que ocorreu nas últimas décadas um
aumento significativo de alunos incluídos na educação inclusiva, porém, o
preconceito juntamente com a falta de conhecimento das leis que os amparam
e beneficiam ainda deixam um grande contingente de pessoas com deficiência
fora da rede regular.

E esse é um dos desafios fundamentais de uma


educação que contribua para quebrar o encanto do
desencanto, para nos livrar da resignação, para
recuperar ou para construir nossa consciência em
critérios de igualdade de justiça, uma sociedade na
qual a proclamação da liberdade individual não
questiona os direitos e a felicidade de todos. Uma
sociedade em que a diferença seja uma
possibilidade para a construção de nossa
autonomia, não o argumento para legitimar injustas
desigualdades econômicas, sociais e políticas
(GENTILI, 2003, p. 54).

21
Todos nós profissionais da educação, temos o desejo de vermos uma
educação que seja verdadeiramente inclusiva e de qualidade e que oportunize
igualdade de aprendizagem para todos. No entanto, ainda existe em nossa
sociedade barreiras que impede que esses ideais sejam concretizados. O
momento atual exige mudanças de reorganização e de quebras de
paradigmas. É possível perceber que aos poucas essas mudanças começam a
acontecer embora elas estão ocorrendo de forma vagarosa mas já podem ser
percebidas.
Espera-se que a escola inclusiva juntamente com os sistemas
educacionais de ensino trabalhe de forma integrada afim de modificarem
atitudes e expectativas dos discentes e que também se mobilize para
construir uma escola inclusiva que seja capaz de atender as especificidades e
diferenças de cada aluno. A educação inclusiva pode ser compreendida como
um conjunto de ações e diretriz para a transformação na estrutura da escola.
Tais ações nos conduzem a busca de um processo amplo de mudanças e
reflexão nos sistemas educacionais, se quisermos ter uma educação inclusiva
em nosso país é preciso romper com as formas tradicionais do pensamento
pedagógico e de ruptura com a concepção determinista da relação entre
condições históricas. Vários teóricos do nosso país defendem a inclusão
escolar total, incondicional para TODOS, como consequências da
transformação do ensino regular. Conforme Mantoan (1998, p. 3)

Uma verdadeira transformação da escolar, precisa


ocorre de tal modo que o aluno tenha a
oportunidade de aprender, mas na condição de que
sejam respeitados as suas peculiaridades,
necessidades e interesses, a sua autonomia
intelectual, o ritmo e suas condições de assimilação
dos conteúdos curriculares.

A transformação da escola só dará, quando começarmos a criar


condições para que todos os alunos estejam efetivamente dentro das salas de
aula e que tenha seus direitos garantidos, a educação inclusiva só começará a
dá passos largos quando houve uma radical reforma da escola, perpassando

22
pelas mudanças do sistema existente e repensando-se inteiramente o currículo
para alcançar as necessidades de todas as crianças.
O processo de inclusão vai além do simples fato de transferir o aluno
da escola especial para a escola regular, uma vez que esse processo, exige
mudanças tanto nos valores quanto na mente de toda sociedade. Sobre esse
aspecto Carvalho (2004). Algumas das inúmeras funções de uma escola que
busca se enquadrar nessa perspectiva de educação é desenvolver culturas,
políticas e práticas inclusivas, marcadas pela responsabilidade e acolhimento
que oferece a todos os que participam do processo educacional escolar. Os
princípios fundamentais que regem a educação inclusiva se desenvolvem
dentro de um contexto amplo que estão interligados á estrutura da sociedade
em que vivemos, esses princípios surgiram a partir de movimentos sócias que
buscava a garantia dos direitos das crianças especiais. É importante salientar,
que para que essas haja as transformações nos sistemas de ensino é preciso
que toda a comunidade escola se mobilize, pois de nada adiante querermos
mudanças se nós mesmos não mudarmos. Mantoan (2000)
Infelizmente as escolas sabem menos da vida dos alunos do que
deveriam saber. Os dados sobre a exclusão nas escolas apontam que os
sistemas de ensino conhecem pouco sobre a desigualdade e suas
consequências sociais, e por isso acaba a não considera muitas situações de
vulnerabilidade vividas pelos alunos, cabe as escolas conhecer o contexto de
cada aluno fazendo as adequação necessárias analisando criticamente as
pontos fortes e fracos desses alunos afim de não permitir que as
desvantagens se traduzam em algo preponderante para a baixa expectativa
em relação ao processo educacional e se revertam em políticas de superação
das dificuldades.

A escola não pode mudar tudo e nem pode mudar a


si mesma sozinha. Ela está intimamente ligada à
sociedade que a mantém. Ela é, ao mesmo tempo,
fator e produto da sociedade. Como instituição
social, ela depende da sociedade e, para se
transformar, depende também da relação que
mantém com outras escolas, com as famílias,
aprendendo em rede com elas, estabelecendo
alianças com a sociedade, com a população
(GADOTI, 2007, p. 12).

23
A educação inclusiva deve está apoiada na ideia que todos podem
aprender, e dessa forma respeitar os princípios dos direitos humanos, tais
atitudes, contribuirá para o desenvolvimento de políticas especiais para
pessoas com deficiência definidas no modelo sejam integradas na rede regular
de ensino, os professores e os demais profissionais que atuam nas escolas,
precisam estarem atentos em desenvolver uma relação de diálogo com a
comunidade, assim poderão perceber possíveis elementos que contribuam na
elaboração de metodologias pedagógicas para o enfrentamento da exclusão
educacional e social.
É extremamente importante que as escolas estejam preparada
fisicamente e profissionalmente para a eliminação das barreiras, por isso a
escola e a família devem buscar o fortalecimento das relações, na Declaração
de Salamanca (1994), afirma que: “ As escolas regulares com orientação
inclusiva são os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias. No
entanto o que percebemos é que falta muito para a educação brasileira de
torna de fato uma educação realmente inclusiva.
As escolas se configuram como sendo um lugar capaz de formar
opiniões, por tanto elas deve se posicionar e não fugir do papel, para isso a
escola precisa romper com metodologias tradicionais que tende a centra o
desenvolvimento da criança em métodos mecanizado que por muitas vezes
não condiz com a realidade dos alunos. A ampliação das oportunidades de
formação dos profissionais da educação para a inclusão, o uso de novas
abordagens pedagógicas, o investimento na educação infantil, o conhecimento
do percurso educacional dos alunos e a construção de políticas de atenção às
diferenças no ensino regular, são exemplos do que deve ser feito para que
possamos ter uma educação inclusiva de qualidade.
Se os direitos das crianças especiais forem assegurados, teremos uma
sociedade fortalecida e consequentemente, observaremos o aumenta da
potencialidade da escola para a construção de uma sociedade mais justa
igualitária, sem preconceito nem discriminação ou outras formas de
intolerância. Gomes (1999). As diferenças são importantes dentro da instituição
escolar, pois enriquecem as relações afetivas e permite que os alunos
aprendam a conviver e respeitar as diferenças.

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Desenvolver uma comunidade inclusiva significa antes de tudo
promover o sentimento de cooperação e dessa forma, facilitar a aproximação
das crianças, favorecendo a amizade entre os alunos á medida que os alunos
vão convivendo com as crianças especiais o entendimento irá muda, eles
passarão a entender que as diferenças fazem parte da vida, da mesma forma a
aproximação entre pais e professores cominará em comportamentos positivos
para todos os envolvidos. É importante frisar que a inclusão escolar é o
caminho mais seguro para que seja garantido o direito incondicional à
escolarização de todos. Uma escola inclusiva deve ser pautada na ética e de
qualidade para todos tenha acesso aos meios imprescindíveis para uma real
aprendizagem de todos os alunos.

As escolas abertas à diversidade são escolas em


que todos os alunos se sentem respeitados e
reconhecidos nas suas diferenças, ou melhor, são
escolas que não são indiferentes às diferenças. Ao
nos referirmos a essas escolas, estamos tratando
de ambientes educacionais que se caracterizam por
um ensino de qualidade, que não exclui, não
categoriza os alunos em grupos arbitrariamente
definidos por perfis de aproveitamento escolar e por
avaliações padronizadas e que não admitem a
dicotomia entre educação regular e especial. As
escolas para todos são escolas inclusivas, em que
todos os alunos estudam juntos, em salas de aula
de ensino regular. Mantoan (2000, p. 7-8)

Quando pensamos em educação inclusiva o que imaginamos são


escolas que atendam realmente as especificidades de todos e não de apenas
um grupo, vale a pena refletirmos naquilo que diz Paulo Freire ao redefinir o
conceito de educar. Para ele, o processo educacional deve partir da vida e da
realidade local do educando. Isso significa dizer que se faz necessário
conhecer de perto o contexto social de cada aluno trazendo para ele aquilo
que realmente é útil, e dessa forma permitir que esse aluno desenvolva uma
postura crítica e aprenda a enfrentar as formas de opressão, injustiças e
desigualdades, cabe a escola formar cidadãos críticos e reflexivos que sejam
capazes de entender quais são os seus direitos e deveres perante a
sociedade. Quando a escola cumpre o seu papel integralmente ele estará
contribuindo para uma melhor qualidade de vida das pessoas. Entendemos que

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a escola pode contribuir para perpetuação de preconceitos, ao mesmo tempo
que pode também trabalhar para desconstruí-los. A inclusão se torna um
processo de ampliação da circulação social quando passa a produzir uma
aproximação dos seus diversos protagonistas, convocando-os à construção
cotidiana de uma sociedade que ofereça oportunidades variadas a todos os
seus cidadãos.

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CONCLUSÃO

Ao término desta pesquisa, podemos concluir que a escola é um dos agentes


responsáveis pela integração da criança na sociedade, além da família. É um
componente capaz de contribuir para o bom desenvolvimento de uma socialização
adequada da criança, por meio de atividades em grupo, de forma que capacite o
relacionamento e participação ativa dessas, caracterizando em cada criança o
sentimento de sentir-se um ser social.
Através da pesquisa bibliográfica, foi possível conhecer o processo histórico
da educação inclusiva, sua reorganização e também os obstáculos que tanto tem
dificultado á inclusão e permanências de crianças portadoras de necessidades
especiais na rede regular de ensino. Tivemos como objetivos, discutir criticamente
sobre como tem ocorrido o processo de inclusão das crianças com necessidades
especiais na rede regular de ensino nas escolas brasileiras, buscando também
entender as dimensões legais, política e pedagógica da educação especial,
focalizando o processo de inclusão como garantia de acesso e permanência das
pessoas com necessidades educacionais especiais no sistema regular de ensino.
Diante dos teóricos analisados contatou-se que a inclusão continua sendo um
grande desafio para a escola e seus educadores. Faz-se necessário que o processo
se estabeleça nas escolas para se valerem às leis, para que desapareçam os
vestígios de uma sociedade que, ao longo de sua história, perseguiu, matou e
humilhou as pessoas com necessidades educativas especiais.
A inclusão escolar tem se constituído atualmente em um amplo paradigma
educacional pois, ela defende a matrícula de todos os alunos na escola regular,
preferencialmente na classe comum, inclusive para os provindos da Educação
Especial muitos por falta e conhecimento acabam interpretando a inclusão como algo
não positivo, e que poderá atrapalhar o processo de aprendizagem daqueles que não
apresentam dificuldades especiais, por tanto se faz preciso que as discursões
avancem no sentido de haja a conscientização de todos
A escola regular precisa estar preparada fisicamente e profissionalmente para
receber de forma adequada todos os alunos, independente das características que
possam apresentar. As escolas regulares com orientação inclusiva são os meios mais
eficazes de combater atitudes discriminatórias. No entanto o que percebemos é que
falta muito para a educação brasileira de torna de fato uma educação realmente
inclusiva.

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O docente deve estar apto a desenvolver sua prática de trabalho voltada á
criação de oportunidades educacionais entre normais e deficientes, sem prejuízo para
ambos. Porém fica cada vez mais evidente que no cenário atual da educação
brasileira ainda há poucas oportunidades de capacitação.
Desenvolver uma sociedade inclusiva significa antes de tudo promover o
sentimento de cooperação e dessa forma, facilitar a aproximação das crianças,
favorecendo a amizade entre os alunos á medida que os alunos vão convivendo com
as crianças especiais o entendimento irá muda, eles passarão a entender que as
diferenças fazem parte da vida, da mesma forma a aproximação entre pais e
professores cominará em comportamentos positivos para todos os envolvidos. É
importante frisar que a inclusão escolar é o caminho mais seguro para que seja
garantido o direito incondicional à escolarização de todos. Uma escola inclusiva deve
ser pautada na ética e de qualidade para todos tenha acesso aos meios
imprescindíveis para uma real aprendizagem de todos os alunos.

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