Вы находитесь на странице: 1из 31

CURSO TÉCNICO DE ELETROTÉCNICA

APOSTILA DE TRANSFORMADORES II

PROF. ROGERIO KUHN KLASSEN 2017


Sumário

CAPÍTULO I – DIAGRAMAS .................................................................................................6

1. COMUTADOR DE DERIVAÇÕES (TAP´S) .............................................................6

1.1 TIPOS DE COMUTADORES .....................................................................................7

1.1.1 TIPO PAINEL.............................................................................................................7

1.1.2 COMUTADOR ACIONADO A VAZIO (LINEAR E ROTATIVO) ........................8

1.1.3 COMUTADOR SOB CARGA ...................................................................................9

EXEMPLO 1.1 ...........................................................................................................11

EXEMPLO 1.1 (Resposta) .........................................................................................12

CAPÍTULO II – MARCAÇÃO DOS ENROLAMENTOS E POLARIDADE ......................13

2. INTRODUÇÃO .........................................................................................................13

2.1 MARCAÇÃO DOS ENROLAMENTOS ..................................................................13

2.1.1 TERMINAIS .............................................................................................................13

2.1.2 LOCALIZAÇÃO DOS TERMINAIS DE MT E BT ...............................................13

2.2 POLARIDADE DOS TRANSFORMADORES ........................................................14

2.3 ENSAIOS PARA DETERMINAÇÃO DA POLARIDADE .....................................15

2.3.1 MÉTODO DA CORRENTE ALTERNADA..............................................................16

2.3.1 MÉTODO DO GOLPE INDUTIVO EM CORRENTE CONTÍNUA .....................17

2.1.1 MÉTODO DO TRANSFORMADOR PADRÃO ....................................................18

CAPÍTULO III – DESLOCAMENTO ANGULAR................................................................20

3. INTRODUÇÃO .........................................................................................................20

3.1 DEFINIÇÃO DE DESLOCAMENTO ANGULAR ..................................................20

3.2 TIPOS DE DESLOCAMENTO ANGULAR PADRONIZADOS ............................20

3.3 ENSAIO DO DESLOCAMENTO ANGULAR - NBR 5380/82 ...............................21


CAPÍTULO IV – ENSAIOS DE CURTO- CIRCUITO..........................................................23

4.1 ENSAIO DE CURTO – CIRCUITO .........................................................................23

CAPÍTULO V – OPERAÇÃO DE TRANSFORMADORES EM PARALELO....................25

5. INTRODUÇÃO .........................................................................................................25

5.1 CONDIÇÕES NECESSÁRIAS À INTERLIGAÇÃO...............................................26

5.1.1 ANÁLISE DE CADA UMA DAS CONDIÇÕES ...................................................26

5.1.1.2 IGUAL DEFASAMENTO DE DIAGRAMAS VETORIAIS ..............................27

5.1.1.3 IMPEDÂNCIAS PERCENTUAIS IGUAIS .........................................................27

5.2 DIAGRAMAS ............................................................................................................28

5.2.2 MULTIFILAR: .........................................................................................................28

5.3 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO PARALELISMO DE


TRANSFORMADORES .................................................................................................................29

5.4 DIVISÃO DA CARGA ENTRE OS TRANSFORMADORES EM PARALELO....29

LISTA DE EXERCÍCIOS .......................................................................................................31


CAPÍTULO I – DIAGRAMAS

1. COMUTADOR DE DERIVAÇÕES (TAP´S)

Os transformadores são projetados para certas tensões nominais primárias e secundárias.


Porém, devido à existência de quedas de tensão nos circuitos alimentadores, dificilmente o
enrolamento primário receberá tensão nominal e isto comprometerá a tensão do secundário.
Por definição, temos que o comutador de derivações é um dispositivo que permite alterar a
relação de espiras de um transformador, pela modificação das derivações de um mesmo enrolamento
(NBR 5458/81).

Figura 1.1 – Derivações do enrolamento

Para que a tensão do secundário se mantenha aproximadamente constante, mesmo com


variações da tensão primário, muitos transformadores são dotados de derivações ou TAP´S no
enrolamento de alta tensão.
Quando a tensão do primário é menor do que a sua tensão nominal, são RETIRADAS espiras
do seu enrolamento, quando a tensão for maior são ADICIONADAS espiras. Em ambos os casos esse
processo é realizado através do comutador do transformador, onde o operador irá fazer o ajuste
necessário.
O comutador é instalado no enrolamento de MT, pois o mesmo possui menor corrente nominal
que o enrolamento de BT e com isto ocorrem menos problemas decorrentes de contato (queda de
tensão e efeito joule).
Existem comutadores de transformadores de grande porte, transformadores de força ou
potência, que podem ser operados sob carga.
Já em transformadores de distribuição, a comutação não pode ser realizada sem que o mesmo
esteja desconectado da rede.

1.1 TIPOS DE COMUTADORES

O comutador tem várias formas: linear, rotativo e de painel, sendo a sua escolha dependente do
valor da corrente e da complexidade das ligações a realizar.

1.1.1 TIPO PAINEL


O painel é instalado imerso em óleo isolante e localizado acima das ferragens superiores de
aperto do núcleo, num ângulo que varia de 20° a 30°, para evitar depósitos de impurezas em sua
superfície superior.
A Figura 1.2 mostra um comutador tipo painel de posições. Consta de chapa de fenolite a qual
recebe dentro de determinada disposição, os terminais dos enrolamentos.
Os parafusos que recebem estes terminais estão isolados desta chapa do painel por meio de
buchas de porcelana ou epóxi para garantir boa isolação entre eles.
A conexão entre os parafusos é feita por pontes de ligação de formato adequado a fácil troca de
posição e perfeito contato com o aperto das porcas.
Só se usa comutador tipo painel para casos em que se tenha oito (8) ou mais derivações ou no
caso de religáveis.
É cada vez mais comum a substituição deste tipo de comutador por outro, tendo em vista os
transtornos que na ligação do mesmo pode haver. Como exemplo é comum haver queda de chaves de
aperto dentro do transformador, tendo que remover grandes partes do mesmo ou senão todo o
conjunto interno para retirada da chave.
Figura 1.2 – Comutador tipo painel

1.1.2 COMUTADOR ACIONADO A VAZIO (LINEAR E ROTATIVO)

Este tipo de comutador tem como principal vantagem a facilidade de operação, sendo sua
manobra feita internamente por meio de uma manopla situada acima do nível do óleo, ou feita
externamente. O acionamento externo é usado obrigatoriamente quando o transformador possui
conservador de óleo, ou ainda quando o mesmo possui potência maior que 300KVA.

Os tipos de comutadores acionados à vazio utilizados são:

Comutador linear 30A: com número de posições inferior ou igual a 7; há tanto com
acionamentos externo quanto interno, simples ou duplo; usado até 500kVA.

Comutador linear 75A, 200A ou 300A: com as mesmas características do anterior,


sendo que este é usado de 750kVA até 4000kVA;

Comutador linear 300A: número de posições até 13; acionamento externo; usado para
potências superiores a 3MVA; este comutador possui grande flexibilidade; admite até 3
colunas, com até 4 grupos de contato por colunas;

Comutador rotativo: até 7 posições, com acionamento externo para tensões até classe
145kW e corrente até 1200A, normalmente 200, 300, 400, 800 e 1200A;
Todos os comutadores mencionados são para acionamento sem tensão e sem carga.
Figura 1.3 – Comutador tipo linear e rotativo

1.1.3 COMUTADOR SOB CARGA

O comutador sob carga é composto de alguns sistemas de proteção próprios. Possui pontos
básicos de funcionamento para conexão externa: alimentação do motor de rotação, pontos de conexão
para comando elevar-baixar (ligados às bobinas dos contatores da chave de partida reversora), ponto
de retenção e ponto de conexão para comando externo.
O motor ligado ao eixo do comutador é acionado por chave reversora. Os pontos de retenção
da tensão de alimentação também devem ser alimentados, fase-fase ou fase-neutro conforme
especificado pelo cliente. Os pontos elevar-baixar são acionados por comando externo e dão partida à
chave reversora. Com este mecanismo fazemos o giro do eixo do comutador e consequentemente do
mecanismo de fechamento dos contatos.
Muitas vezes, os sistemas dos clientes exigem controle remoto da posição em que se encontra
o comutador.
O acionamento motorizado do comutador pode fazer comutação independente de circuitos
externos, para isto basta alimentá-lo corretamente. Neste caso, a comutação elétrica é feita apenas
manualmente nos botões de comando do próprio acionamento (ou manual na manivela, não
possibilitando qualquer outro tipo de acionamento).

Figura 1.4 – Comutador sob carga.

0
EXEMPLO 1.1

Complete a tabela referente às posições do comutador


comutador com os valores de tensões e
ligações.
O valor máximo de tensão primária é de 13,8KV e o valor mínimo é 11,4KV.

1
EXEMPLO 1.1 (Resposta
Resposta)

Para determinar as tensões de placa deve-se


deve se primeiro saber a variação a cada posição, pode se
utilizar a seguinte equação:
Variação = (Vmax - Vmin) / (n°
n° posições – 1)
Var= (13800-11400) / 5-11 = 2400 / 4 = 600V
Agora basta preencher a tabela da 1° a 5° posição subtraindo 600V a cada posição.
A ligação desse modelo segue uma lógica alfabética, assim as posições são determinadas como:
a-b, b-c, c-d, d-e, e-f.

12
CAPÍTULO II – MARCAÇÃO DOS ENROLAMENTOS E POLARIDADE

2. INTRODUÇÃO

Este estudo visa determinar as polaridades dos transformadores monofásicos, que podem ser
aditivo ou subtrativo.
Em transformadores trifásicos, o ensaio de polaridade é dispensável, à vista do levantamento do
diagrama fasorial.

2.1 MARCAÇÃO DOS ENROLAMENTOS

Os terminais dos enrolamentos e respectivas ligações devem ser claramente identificados por
meio de marcação constituída por algarismos e letras. (NBR 5356/81).

2.1.1 TERMINAIS

Os terminais dos diversos enrolamentos devem ser marcados com as letras MAIÚSCULAS H,
X, Y e Z. A letra H é reservada ao enrolamento de alta tensão. A sequência das demais letras deve ser
baseada na ordem decrescente das tensões nominais dos enrolamentos ( NBR 5356/81 ).

2.1.2 LOCALIZAÇÃO DOS TERMINAIS DE MT E BT

O terminal H1 deve ser localizado à direita do grupo de terminais de alta tensão, quando se olha
o transformador do lado desta tensão. Os outros terminais H devem seguir a ordem numérica dos
terminais, da direita para a esquerda.
Quando o enrolamento de alta tensão, em transformadores monofásicos, possuir apenas um
terminal acessível externamente, este será marcado com H1, e o outro terminal, aterrado internamente,
é designado por H2. (NBR 5356/81)

13
Figura 2.1 – Localização dos terminais

2.2 POLARIDADE DOS TRANSFORMADORES

A polaridade dos transformadores depende fundamentalmente de como são enroladas as espiras


do primário e do secundário, conforme mostra a figura 2.2. Evidentemente, elas podem ter sentidos
concordantes ou discordantes.
Por exemplo, aplicando-se uma tensão V1 ao primário de ambos os transformadores, com
polaridades indicada na figura 2.2, haverá circulação de correntes nesses enrolamentos, segundo o sentido
mostrado. Admitindo que as tensões e correntes estejam crescendo, então os correspondentes fluxos serão
crescentes e seus sentidos aqueles indicados (vide na figura 2.2 o sentido de f). Como é conhecido da
teoria de transformadores, devido ao referido fluxo surgem fems enrolamentos secundários que,
conforme a lei de Lenz, contrariam a causa que as deu origem. Logo no caso (a), tem-se uma fem
induzida que tenderia a produzir a corrente I2 indicada e portanto E2 apresenta o sentido indicado, ou
seja, de 2' para 1'. Dessa forma, a corrente I2 é responsável por um fluxo contrário ao fluxo f. Já no caso
(b), tal fem deve ter sentido exatamente oposto ao anterior, com o propósito de continuar produzindo um
fluxo contrário ao indutor.

14
Figura 2.2 – Localização dos terminais

Analogamente ao que acontece no secundário, estando o mesmo fluxo f sendo enlaçado


também pelo primário, ali se tem uma fem induzida, que funciona como queda de tensão no circuito do
primário, sendo então denominada de fcem, tendo um sentido como indicado na figura 2.2. Uma vez
que a tensão aplicada (V1) tem a mesma polaridade, em ambos os casos, deve-se ter a mesma
polaridade para a fcem E1 de modo que tenhamos o efeito de queda de tensão.
Ligando-se agora os terminais 1 e 1' e colocando-se um voltímetro entre 2 e 2', pode-se
verificar que as tensões induzidas (E1 e E2) podem se subtrair (caso a) ou se somar (caso b),
originando daí a designação para os transformadores:

Caso a: Polaridade subtrativa (mesmo sentido dos enrolamentos).


Caso b: Polaridade aditiva (sentidos contrários dos enrolamentos).

2.3 ENSAIOS PARA DETERMINAÇÃO DA POLARIDADE

A ABNT reconhece três métodos de determinação de polaridade dos transformadores:

Método da Corrente Alternada


Método do Golpe Indutivo em Corrente Continua
Método do Transformador Padrão

15
2.3.1 MÉTODO DA CORRENTE ALTERNADA

É o método mais simples de ser entendido sendo que o nome da polaridade dos transformadores
monofásicos é sugerido por esse método.
Ligam – se dois bornes adjacentes do primário e do secundário, alimenta-
alimenta se o primário e
medem-se as tensões primárias (V1), secundária (V2) e a tensão entre os bornes livres (V12).
Se os dois enrolamentos
entos forem enrolados no mesmo sentido as polaridades elétricas
instantâneas dos dois bornes adjacentes do primário e secundário são as mesmas. Assim se forem
ligados dois bornes adjacentes e o transformador alimentado pela AT e se a tensão entre os bornes
borne
livres for a diferença das duas tensões a polaridade é chamada SUBTRATIVA.

Figura 2.3 –Método da corrente alternada

Na figura 2.3, a, tem-se:

V12= V1 – V2 (2.1)

Caso contrário a polaridade é ADITIVA como mostra a figura 2.3,b.

V12= V1 + V2 (4.2)

16
Figura 2.4 – Esquema prático do método da corrente alternada

2.3.1 MÉTODO DO GOLPE INDUTIVO EM CORRENTE CONTÍNUA

Alimenta – se o primário do transformador com CC adequada de forma que o voltímetro


indique deflexão positiva.
Desloca – se o voltímetro para o secundário e desliga – se a alimentação do primário e a F.E.M
induzida no secundário irá fazer o ponteiro do voltímetro deflexionar no sentido positivo ou negativo.

Figura 2.5 – Método do golpe indutivo em corrente contínua


contínu

Caso deslocar o ponteiro para o lado POSITIVO a polaridade é ADITIVA.

Caso deslocar o ponteiro para o lado NEGATIVO a polaridade é SUBTRATIVA.

17
Figura 2.6 – Esquema prático do método do golpe indutivo em corrente contínua

2.1.1 MÉTODO DO TRANSFORMADOR PADRÃO

Os dois transformadores são alimentados com tensão reduzida, suportável por ambos. As
tensões secundárias podem ser iguais, para mesma relação de espiras ou diferentes.
Se o transformador sob teste tiver a mesma polaridade que o transformador padrão
padr a tensão
indicada no voltímetro será a diferença das duas tensões secundárias caso contrário será a soma das
tensões secundárias.

Figura 2.7 – Método do transformador padrão

18
Figura 2.8 – Esquema prático do método do transformador padrão

19
CAPÍTULO III – DESLOCAMENTO ANGULAR

3. INTRODUÇÃO

A importância dessa característica está relacionada com a ligação de transformadores em


paralelo e para análise de circuitos de proteção de subestações.
Assim como para ligar transformadores monofásicos em paralelo deve-se considerar a
polaridade, para ligar transformadores trifásicos em paralelo deve ser considerado o deslocamento
angular dos transformadores.

3.1 DEFINIÇÃO DE DESLOCAMENTO ANGULAR

Diferença angular entre os fasores que representam as tensões entre o ponto neutro (real ou
ideal) e os terminais correspondentes de dois enrolamentos, quando um sistema de seqüência positiva
de tensões é aplicado aos terminais de tensão mais elevada, na ordem numérica dos terminais.
Admite-se que os fasores giram em sentido anti-horário.(NBR-5458/1986)
Pode-se definir também, como deslocamento angular de um transformador trifásico, o ângulo
formado entre “as retas” que unem os centros geométricos (pontos neutros reais ou ideais) dos
triângulos das tensões do primário e do secundário com terminais correspondentes (mesmo índice
numérico) desses triângulos.

3.2 TIPOS DE DESLOCAMENTO ANGULAR PADRONIZADOS

Devido às várias possibilidades de deslocamentos angulares a ABNT (NBR 5380/82),


aconselha dois deslocamentos angulares como padrão:

Grupo 1: Deslocamento angular de 0° ou 0h;


Grupo 2: Deslocamento angular de 30° ou 1h.

A norma NBR 5380/82 fornece os procedimentos para determinar o deslocamento angular de


transformadores trifásicos enquadrados no grupo 1 (0°) e grupo 2 (30°) sem que se conheçam as
conexões internas.
20
3.3 ENSAIO DO DESLOCAMENTO ANGULAR - NBR 5380/82

Este ensaio permite a obtenção dos elementos para verificação do diagrama fasorial das
ligações do transformador.

I. Ligam-se entre si os terminais H1 e X1;


II. Ligam-se os terminais de alta tensão a uma fonte trifásica de tensão reduzida;
III. Medem-se as tensões entre vários pares de terminais, de acordo com o grupo a que o
transformador pertence e comparam-se entre si os valores conforme tabela 3.1.

Figura 3.1 – Esquema prático da ligação do ensaio do deslocamento angular

21
Figura 3.1 – Tabela do deslocamento angular

22
CAPÍTULO IV – ENSAIOS DE CURTO- CIRCUITO

4.1 ENSAIO DE CURTO – CIRCUITO

O ensaio de curto – circuito é utilizado para determinar a impedância equivalente do


transformador.
O secundário é curto – circuitado e aplica-se tensão reduzida no primário de modo que circule
corrente nominal no primário e secundário.

Figura 4.1 – Esquema prático do ensaio de curto circuito em transformador


monofásico

Figura 4.2 – Circuito elétrico simplificado do ensaio de curto circuito em transformador


monofásico

23
A impedância equivalente é dada por:

EXERCÍCIOS:

1. Quanto vale V1cc de um transformador de 13,8KV, cuja Z = 4,5%.

2. Os dados nominais de um transformador de distribuição são: 150KVA, 3KV / 0,38KV e


Zeq=3,6%. Calcule o valor de V1cc em Volts.

24
CAPÍTULO V – OPERAÇÃO DE TRANSFORMADORES EM PARALELO

5. INTRODUÇÃO

Quando ocorre o aumento de carga instalada pelos consumidores e o transformador conectado


a rede elétrica não pode atender o acréscimo dessa nova demanda, há a necessidade de substituí-lo
por um de capacidade maior. É melhor, na maioria das vezes, conectarmos em paralelo outro
transformador do que substituir o instalado por um de potência maior. Dessa forma teremos uma
maior confiabilidade no caso de defeito de um deles.
Em subestações costuma-se utilizar dois ou mais transformadores em paralelo quando a carga
é maior que 500KVA.

Figura 5.1 – Transformadores em paralelo

25
Figura 5.2 – Banco de transformadores de força em paralelo

5.1 CONDIÇÕES NECESSÁRIAS À INTERLIGAÇÃO

Afirmamos que dois ou mais transformadores estão ligados em paralelo quando recebem
energia de uma mesma linha primária e fornecem energia para uma mesma linha secundária.
Porém, só é possível ligar transformadores em paralelo quando:

As tensões primárias e secundárias forem as mesmas, inclusive nos TAP´S.

Os transformadores trifásicos tiverem o mesmo deslocamento angular e os monofásicos


à mesma polaridade.
As suas impedâncias percentuais forem iguais, essa condição é desejável, porém não é
obrigatória.

5.1.1 ANÁLISE DE CADA UMA DAS CONDIÇÕES

5.1.1.1 IGUALDADE DE TENSÕES E RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO

Por estarem unidos os primários e os secundários torna-se lógico que as tensões primárias e
secundárias devam ser iguais, pois se assim não fosse um transformado alimentaria o outro. Não basta
que a relação de transformação seja igual, devem também ser iguais as respectivas tensões.
Por exemplo: um transformador de 1000V/100V e outro de 100V/10V. Têm igual relação mas
26
não é possível ligar um primário de 1000V com outro de 100V.
Igualdade de tensões primária e secundária implica igual relação de transformação mas igual
relação não implica iguais tensões primárias e secundárias.
Se não se cumprir esta condição aparecem, logo em vazio, elevadas correntes de circulação
entre os transformadores. Não é conveniente que estas correntes atinjam mais do que 10% das
correntes nominais. A corrente de circulação dá origem a uma potência circulante, também chamada
potência de compensação, cujo principal efeito, é o de aumentar a carga no transformador de maior
tensão secundária, podendo sobrecarregá-lo.

5.1.1.2 IGUAL DEFASAMENTO DE DIAGRAMAS VETORIAIS

Os diagramas vetoriais dos transformadores devem ser exatamente iguais, caso contrário a
diferença vetorial das tensões secundárias será inadmissível podendo queimar o transformador
mesmo a vazio. Por isto que há uma padronização dos deslocamentos angulares no Brasil em dois
grupos apenas: Grupo 1, 0° ou 0h e o Grupo 2, 30° ou 1h.

5.1.1.3 IMPEDÂNCIAS PERCENTUAIS IGUAIS

As impedâncias, se bem que possam ser diferentes, causam um mau aproveitamento do banco.
É aceito que as impedâncias possam divergir em apenas mais ou menos 7,5% da média das
impedâncias, pois o transformador de menor impedância recebe uma maior carga relativa. Se o
transformador de menor impedância for o de maior potência são aceitas variações de 10% a 20%. No
caso contrário é a ligação em paralelo é geralmente anti-econômica.

27
5.2 DIAGRAMAS

5.2.1 UNIFILAR:

Figura 5.3 – Diagrama unifilar do banco de transformadores em paralelo

5.2.2 MULTIFILAR:

Figura 5.4 – Diagrama multifilar do banco de transformadores em paralelo

28
5.3 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO PARALELISMO DE TRANSFORMADORES

VANTAGENS:

Maior confiabilidade;

Maior rendimento;

Aumento da capacidade.

DESVANTAGEM:

Maior corrente de curto-circuito, o que eleva os custos dos dispositivos de proteção. Em


geral, utiliza-se até três transformadores em paralelo.

5.4 DIVISÃO DA CARGA ENTRE OS TRANSFORMADORES EM PARALELO

A divisão de carga entre transformadores em paralelo depende somente das características


dos transformadores e não pode ser controlada pelo operador conforme é realizado em geradores
síncronos. Ou seja, a distribuição de carga depende da potência de cada transformador e de sua
impedância equivalente.
A divisão da carga é perfeita quando os transformadores fornecem uma parcela
proporcional à sua potência nominal de forma que, quando um chegar à sua potência nominal,
todos chegam a esta situação.
Para saber qual a potência que cada um dos transformadores vai contribuir para o sistema
temos que encontrar:

29
POTÊNCIA MÁXIMA DISPONÍVEL

Pode-se calcular a potência máxima permitida para a carga de modo que nenhum dos
transformadores trabalhe com sobrecarga.
Quanto menor for a impedância percentual maior é o carregamento do transformador.
Quando o transformador de menor impedância alcançar a sua potência nominal os outros ainda

30
não alcançaram limitando a capacidade do banco de transformadores.
O carregamento de cada transformador, conforme já analisado, é expresso por:

LISTA DE EXERCÍCIOS

1. Calcular as potências fornecidas por cada transformador para uma carga de SC= 1545KVA e
calcular a potência máxima do banco.

Trafo 1: S1n = 300KVA, Z1 = 4,5%


Trafo 2: S2n = 500KVA, Z2 = 4,9%
Trafo 3: S3n = 750KVA, Z3 = 5,1%

2. Calcular a contribuição de cada transformador que devem alimentar uma carga de


2100KVA. Dados:

Trafo 1: S1n = 1000KVA, Z1 = 3,5%


Trafo 2: S2n = 500KVA, Z2 = 5,0%
Trafo 3: S3n = 750KVA, Z3 = 4,5%

31
3. Dois transformadores são colocados em paralelo para alimentar uma carga de 1000KVA.
Calcule a contribuição, carregamento e a máxima potência do banco. Dados:

TRANSFORMADOR S(KV Z (%)


01 A) 5 4,29
02 7 5,1
50

32
33

Вам также может понравиться