Вы находитесь на странице: 1из 4

Lição 06

Sintomas de uma igreja em declínio - Parte 2


Texto básico: Apocalipse 2.1-7
Objetivo desta lição: Conhecer os principais sintomas que são comuns a uma igreja
doente e que a torna alvo da revitalização (continuação da lição anterior).

Introdução: Como pudemos ver em nossa última lição, a igreja local, como um corpo,
adoece, e alguns sintomas são claramente expostos. É obvio que todas as igrejas podem
dar sinais de que num setor ou outro estão fracas e necessitadas de tratamento. Mas
numa igreja enferma, os sintomas de enfermidade aparecem de maneira generalizada e
atinge todo o corpo de crentes. A fim de dar o remédio certo precisamos continuar
examinando e destacando outros sinais desta enfermidade letal na vida da igreja do
Senhor.

1. Falta de preparação dos leigos para a obra do ministério ou ausência de


discipulado.

Um quarto sintoma que sinaliza que a igreja está enferma é a centralização da liderança.
Uma grande proporção dos membros da igreja são membros passivos ou relativamente
inativos. Isto porque o ministério é centralizado no pastor e em meia dúzia de pessoas.

Novamente, a opinião de Ronaldo Lidório é muito esclarecedora neste ponto. Para ele,

A centralização do clero tem sido, na história da igreja, uma conseqüência


de sua elitização. Em nossos dias sentimos, mesmo na Igreja evangélica,
forte tendência a uma liderança cada vez mais centralizadora e elitizada. Se
por um lado a elitização do clero é conseqüência da postura da própria
Igreja que mistifica e destaca seus líderes como seres especiais, acima da
normalidade, por outro é fruto também do coração enganoso do próprio
líder que procura para si uma posição em que seja servido, admirado e
seguido sem questionamentos. 1

Temos na História do crescimento da IPB um bom exemplo disso. Ricardo Agreste nos
ajuda fornecendo alguns dados estatísticos:

Da fundação da igreja em Alto Jequitibá em 1902 foram criados nos 25


anos que se seguiram: 2 presbitérios, 33 igrejas, 194 congregações, e
recebidos 5.250 membros comungantes. Em outras palavras, durante 25
anos houve nesta região um acréscimo anual de aproximadamente 1,3
igrejas, 7,7 congregações e 210 membros comungantes.2

Enquanto na década de 1917 a 1927 (Plano Brasileiro) o crescimento da IPB era


superior a 80%, na década de 1947 à 1957 seu crescimento foi de aproximadamente
30%. Desde então, nunca mais a IPB alcançou o mesmo índice de crescimento.3

1
LIDORIO. Op Cit., p. 62-74
2
AGRESTE, Ricardo. IPB Ontem e Hoje – Revitalizando Igrejas para a Cidade (apostila utilizada no
Curso de Missões Urbanas no CPAJ)
3
Idem, pp.63-82
“Assim é que, em 1949, a IPB possuía 257 pastores para 336 igrejas, 108 congregações
e 1.825 pontos de pregação”.4

Olhando para estes números podemos constatar uma das causas para este crescimento e
depois para o declinio. A igreja crescia porque fazia uso da força leiga. Neste período de
intenso crescimento da igreja presbiteriana no leste de Minas Gerais e Espírito Santo, os
leigos eram responsáveis pela maior parte da expansão da igreja. Mas alguns anos
depois, a necessidade na formação dos pastores para a denominação iria também
centralizar no ofício pastoral a ênfase no trabalho da igreja.

5. Nostalgia e tradicionalismo.

“Nostalgia é um sentimento que surge a partir da sensação de não poder mais reviver
certos momentos da vida”. É uma forte orientação ao passado e um forte sentimento de
que os melhores dias da igreja já passaram. Um sinal bem claro desta mentalidade na
vida da igreja é a conhecida frase: “é bem melhor ter qualidade do que quantidade”.
Podemos estabelecer aqui uma pequena, mas significativa distinção entre tradição e
tradicionalismo. Em sentido genérico podemos dizer que o vocábulo “tradição”
significa continuidade, permanência de uma doutrina, de hábitos, de valores, de
manifestações culturais etc. que são repassados de geração a geração dentro de uma
sociedade, ou de um grupo social formado pelos mais variados indivíduos e/ou motivos.

Já o vocábulo “tradicionalismo” é um termo que ganha um aspecto negativo,


significando apego exagerado e injustificável às tradições e ao passado. É este exagero
que impede um avanço efetivo no bem estar da igreja e de seus membros. O
“tradicionalismo” é visto como característica de indivíduos que rejeitam e resistem às
mudanças.

De acordo com Mark Driscoll, e já fiz referência a este fato, mais de três mil igrejas
fecham suas portas todos os anos nos Estados Unidos. E a causa disso está, segundo ele,
na nostalgia. Estas igrejas insistem em não abrir mão dos modelos antigos, dos
programas ultrapassados, não inovam em suas liturgias, não atualizam o estilo de
louvor, etc. Preferem viver fiéis ao tradicionalismo e na nostalgia do tempo em que
“tinham sucesso”. 5

6. Falta de relacionamento saudável entre os irmãos. (João 13.35).

Falta de amor cristão. Este é mais um dos sinais que revelam que a igreja está
experimentando um declínio. Igrejas onde os relacionamentos estão fragmentados, onde
existem ressentimentos e mágoas não curadas; onde há ausência de perdão; dificilmente
experimentará crescimento.

Davi disse que a unidade é como o orvalho do céu, traz refrigério e bênçãos espirituais
(Sl 133.3). Devemos entender, portanto, que a desunião faz o contrário. Seca a alma e
faz definhar a vida espiritual. Onde há atitudes críticas, ressentimento, falta de perdão e
amargura de coração, não há espaço para a revitalização.

4
E. Leonard, p. 235

5
Cf. DRISCOLL, Mark. Reformissão. p. 50
O apóstolo Paulo escrevendo aos Gálatas aconselhou: “Se vós, porém, vos mordeis e
devorais uns aos outros, vede que sejais mutuamente destruídos” (Gl 5:15). O apóstolo
Paulo tem em mente uma alcateia de lobos selvagens que avançam uns sobre os outros.
Uma linguagem muito forte que Paulo pinta aqui, mas que serve para nos mostrar o
prejuízo para a comunhão cristã e para a vida da igreja. Quando o amor está ausente dos
relacionamentos, abre-se espaço para disputas carnais, animosidades e divisões dentro
da igreja.

Igrejas onde não há amor, ao contrário, o que existem são contendas, discórdias,
divisões e ciúmes, individualismo, fofocas e divisões, há sim uma urgente necessidade
de reavivamento.

É triste, mas em muitas igrejas há irmãos com feridas abertas e não tratadas. Estão
guardando mágoas antigas, desafetos e indiferenças contra outras pessoas, e em razão
disso perderam o prazer pela vida em comunidade. É preciso tratar com urgência esta
questão. Se queremos um reavivamento na igreja, precisamos lidar com esta doença que
está prejudicando não apenas os envolvidos, mas acaba afetando toda a igreja. Este é o
alerta do autor na carta aos Hebreus: “Cuidado para que não haja alguma raiz de
amargura, que, brotando, vos perturbe, e, por meio dela, muitos sejam contaminados”
(12.15).

“E não entristeçais o Espírito de Deus… Longe de vós toda a amargura, e cólera, e ira, e
gritaria, e blasfêmias… Antes sede uns para com os outros benignos, compassivos,
perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou. Sede, pois,
imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo vos
amou” (Ef 4.30 – 5.2).

7. Falta de paixão evangelística.

Foi Oswald Smith quem disse: “sabemos perfeitamente bem que a igreja tem que
evangelizar, porque do contrário ela se fossiliza”.6 Muitas igrejas estão morrendo
porque não existem nelas atividades evangelísticas. Os crentes sabem que devem
evangelizar, fazem cursos, participam de congressos, leem livros sobre o assunto, mas
não falam de Jesus aos seus conhecidos. Precisamos aprender a fazer a oração de John
Knox: “Oh Deus, dá-me a Escócia para Jesus, senão eu morro”, ou a súplica do apóstolo
Paulo: “Ai de mim se não pregar o evangelho”.

Esta perda do “hábito evangelizador” tem produzido na igreja uma mentalidade de


gueto. É preciso que entendamos de uma vez por todas que os cristãos devem ser
espiritualmente distintos da cultura do mundo, porém, não separados dela socialmente.
A igreja não pode estar isolada das pessoas da comunidade, pois se não há contato,
também não haverá impacto.

A Escritura Sagrada não apoia este modelo isolacionista. Em João 17, temos a
conhecida oração de Jesus, chamada de “oração sacerdotal”. Nela, há pelo menos 15
referências a “mundo”, indicando com isso, o relacionamento dos cristãos com a
sociedade não-cristã. Jesus disse que seus discípulos “não eram do mundo” (v.14); mas
que não deveriam ser tirados do mundo (v.15); afirmou também que seriam odiados

6
SMITH, Oswald. Paixão Pelas Almas. Editora Vida. SP: 1996. p. 92
pelo mundo (v. 14a), e mesmo assim, eram enviados ao mundo (v. 18). Vemos aqui, o
tipo de relacionamento que a igreja deve manter com a sociedade sem Deus - um
relacionamento de envolvimento e não de afastamento, pois identificar-se com o mundo
não significa ser idêntico a ele. E nas palavras de Joseph Aldrich, “a marca da
verdadeira maturidade não é afastamento, mas penetração”.7

O cristão deve ser sal e luz dentro da cidade (Mt 5:13-16). Como cristãos, devem
procurar conhecer os problemas da cidade, saber discutir sobre outros assuntos além da
Bíblia, os quais são de interesse da comunidade. Notem o exemplo dado por Jesus.
Mesmo andando entre “publicanos e pecadores”, ele não precisou viver como eles, mas
viveu entre eles. Nós também não devemos nos alienar e, como bem afirmou Biéler: “A
vida religiosa e a vida material do crente estão ambas sujeitas à mesma ordem de
Deus”.8

Esta perda do hábito evangelizador pode ser encontrado ou se manifestar por causa de
algumas destas razões:

a) Temor de ser rejeitado: ao falar de Cristo, você se expõe, define sua posição,
mostra em que valores você crê. Obviamente, a possibilidade de rejeição existe, e é
muito maior do que a possibilidade de ser respeitado em suas convicções cristãs.

b) Temor de fracassar: às vezes, não temos vergonha de testemunhar abertamente,


mas tememos receber um "NÃO", ao tentarmos evangelizar alguém. Ou então,
tememos fracassar por não comunicarmos com clareza o plano da salvação.

c) Temor de se contaminar com os incrédulos: muitas pessoas, quando se


converteram, foram erradamente instruídas a não cultivarem amizades com
incrédulos. O desejo de santificação é muito positivo, mas algumas pessoas tem
partido para radicalismos e exageros, e adotado uma postura de gueto.

Conclusão e aplicação

1. Discuta com seu grupo os sete sintomas desta lição e verifique se eles se aplicam
à sua igreja. Justifique sua resposta.

7
ALDRICH, Joseph. Amizade, a chave para a evangelização. Vida Nova. SP: 1992, p. 48
8
BIÉLER, André. O pensamento econômico e social de Calvino. Tradução de Valdir Carvalho Luz. São
Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1990. p. 11

Вам также может понравиться